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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Cinco dicas para cuidar dos dentes do bebê



Durante toda a gestação, as mamães geralmente se preocupam em aprender ou relembrar todos os principais cuidados com o bebê. Depois da alta hospitalar, é hora de colocar esse conhecimento em prática. Um dos cuidados fundamentais se refere ao nascimento dos dentes. Hoje se sabe que, mesmo sendo dentes de leite, eles também podem cariar e ainda – quando não cuidados devidamente – causar problemas para a criança quando surgirem os dentes permanentes. O odontopediatra Danilo Duarte, editor da Revista da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), revela cinco cuidados importantes que não devem ser negligenciados.


  1. Higiene bucal do bebê deve começar cedo. “Após o nascimento do bebê e ainda antes da erupção dos dentes de leite, deve-se iniciar a higiene bucal. A orientação é limpar delicadamente a gengiva, bochechas e língua do bebê com uma gaze embebida em água filtrada ou aquecida. Também há quem prefira optar por uma dedeira de silicone, que simula uma escova de dente infantil. Nesse período, não há necessidade de higienização várias vezes ao dia – duas são suficientes. Dessa maneira, além da limpeza em si, o bebê irá se acostumar, precocemente, com o hábito de cuidar da higiene bucal.”
  2. Dente de leite é sempre importante. “Muitos pais imaginam que os dentes de leite não são importantes, porque serão substituídos pelos dentes permanentes. Essa ideia é equivocada, podendo trazer uma série de problemas para o bebê. Assim, é fundamental a primeira visita ao cirurgião-dentista nos primeiros dias ou meses de vida do bebê, para que o profissional possa explicar aos pais toda a importância da saúde bucal do bebê, bem como criar um vínculo afetivo e profissional entre o núcleo familiar, o bebê e o cirurgião-dentista.  Os dentes de leite têm importância fundamental na alimentação e mastigação, na fala e na estética – sendo responsáveis por manter os espaços até a erupção dos dentes permanentes.”
  3. Observe os dentes de sua criança. “Os pais (núcleo familiar) são de extrema importância no sistema de manutenção de uma vida saudável de seu bebê – devendo estar permanentemente atentos aos sinais de quaisquer alterações na boca da criança. O primeiro sinal da cárie são manchas brancas e opacas, assim como sangramentos gengivais podem indicar as doenças da gengiva. Além disso, é importante os pais ficarem vigilantes com relação à respiração, deglutição e mastigação da criança, a fim de evitar o uso sistemático de chupetas e mamadeiras, bem como observar outros hábitos inadequados que possam ter início nessa fase da vida.”
  4. A hora de começar a escovar os dentes de leite. “Os dentes de leite começam a ‘aparecer’ na boca do bebê por volta dos seis meses de vida. Entre 24 e 30 meses, a dentição decídua já está completa. O momento mais oportuno para iniciar a escovação é justamente no aparecimento do primeiro dente. Vale lembrar que a escovação deverá ser feita pelos pais (ou cuidadores habilitados), utilizando escova infantil, de cabeça pequena e cerdas ultramacias. O creme dental utilizado é um auxiliar fundamental no controle da cárie e deve ser indicado – especialmente aqueles que contêm flúor. Entretanto, por ser terapêutico, os pais devem ter cuidado em relação à quantidade. O cirurgião-dentista também deverá ser consultado sobre o uso do flúor, de acordo com a necessidade da criança.”
  5. Alimentação está alinhada com saúde bucal. “Encerrada a fase do aleitamento materno, ocorre a introdução gradativa de papinhas, alimentos semissólidos e sólidos. Nesse estágio, é fundamental oferecer à criança alimentos saudáveis, ricos em fibras e pouco industrializados. Os alimentos sólidos (duros) estimulam a mastigação, que, por sua vez, contribui para o crescimento e desenvolvimento da face e da arcada dentária. Ainda aumenta a salivação, que auxilia na limpeza e estabilização do pH da cavidade bucal. É importante ressaltar que o uso excessivo do açúcar não somente é prejudicial aos dentes, como também para a saúde de maneira geral.  Sendo assim, os pais devem cuidar muito bem da alimentação na primeira infância sempre ao lado de uma perfeita higiene bucal.  Na dúvida, é sempre oportuno consultar um odontopediatra.”




Fonte: Dr. Danilo Duarte - odontopediatra e editor da Revista da APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas www.apcd.org.br




 

"Agosto Dourado" reforça a importância do aleitamento materno


 
Unidades da rede municipal de saúde realizam ações de incentivo à amamentação


         Agosto é o mês do aleitamento materno, e, por isso, durante o "Agosto Dourado", diversas unidades da rede municipal de saúde vão intensificar as ações de conscientização, incentivo e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.

         Ao longo do mês, haverá distribuição de material educativo, exposições, exibições de filmes sobre amamentação, grupos de aleitamento materno, oficinas de shantala – técnica indiana de massagem - e origamis – técnica japonesa de dobradura de papel - , orientação sobre puericultura, saúde da mulher, com equipes de saúde bucal, grupos de odonto-bebê e palestras a respeito do tema.

         A UBS Jardim Robru I, em Guaianases, na Zona Leste, terá Chá com Prosa e Atividade Física, A Hora do Mamaço e sorteio de serviços de beleza - escova, sobrancelha e maquiagem - entre as participantes.

         Em São Mateus, também na Zona Leste, palestras sobre temas ligados à amamentação e dança circular materna marcarão o evento ‘Junt@s pela Amamentação’, que também terá a premiação da gincana pela amamentação, realizada de junho a agosto.

         Na programação do Agosto Dourado, está prevista a realização de “mamaços” em todas as regiões da cidade. Na Zona Norte, dois marcarão as comemorações: o primeiro nesta quinta-feira (3), das 8h às 12h, no CEU Perus; a partir das 14h, o “mamaço” acontece no auditório do Cantareira Norte Shopping. Entre as atividades programadas, estão passeata de divulgação da importância do Aleitamento Materno (saída da praça de alimentação e término no auditório), orientações sobre como realizar a higiene bucal do bebê, apresentação de coral e entrega de lembranças para as participantes, entre outras.

         As munícipes interessadas em participar de alguma ação na região onde mora ou trabalha deverá buscar informação sobre as atividades oferecidas na UBS de referência.

Bancos de Leite Humano

         Três unidades municipais contam com serviço de Banco de Leite Humano na cidade; são eles: o Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (Ermelino Matarazzo) e o Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), que fazem parte da Autarquia Hospitalar Municipal (AHM), e o Hospital Municipal e Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha. A campanha de incentivo à doação de leite humano é contínua, pois sempre são necessárias doadoras.

         As doadoras são aquelas que amamentam seus bebês e doam o excedente de sua produção láctea. Elas realizam a coleta do leite excedente na própria casa, armazenando em frascos de vidro esterilizados, fornecidos pelo Banco de Leite Humano.

         O procedimento de doação é muito simples: a mãe interessada em doar recebe uma rotina de procedimentos para a coleta adequada do leite, via e-mail e a maternidade entra em contato por telefone para esclarecer todas as dúvidas. É colhida sorologia antes do início da doação.

         O serviço de Banco de Leite Humano do Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (Ermelino Matarazzo) recebe, em média, 45 litros de coleta externa/mês, contra uma necessidade real de 150 a 200 litros/mês, que supriria a necessidade dos bebês da unidade neonatal. Atualmente, há 17 doadoras cadastradas.

         O serviço de Banco de Leite Humano do Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo) recebe, em média, 28 litros de coleta externa/mês. A necessidade real é de 150 a 200 litros/mês. Atualmente, há 15 doadoras cadastradas.

         E o do Hospital Municipal e Maternidade de Vila Nova Cachoeirinha recebe, em média, 40 litros de coleta externa/mês; contra uma demanda de 100 a 150 litros/mês. Atualmente, há 50 doadoras cadastradas.

Ambulatório de Umbigo e Amamentação

         É um serviço da Maternidade Cachoeirinha. O atendimento é diário, das 7h às 10h, feito por médicos, residentes e profissionais de enfermagem.  Primeiro, as mães com os bebês se reúnem em uma sala para as orientações sobre amamentação e depois são encaminhados à consultaO retorno é agendado de dois a quatro dias após a alta, para reavaliação e incentivo à amamentação.

         Há um plantão tira-dúvida sobre amamentação, diariamente, das 7h às 19h. A paciente com problemas relacionados à amamentação deve procurar o pronto-socorro para ser posteriormente encaminhada ao Banco de Leite Humano.

         As mães são orientadas a manter a amamentação exclusiva e em livre demanda até os seis meses e continuar o aleitamento até dois anos ou mais.

Demais orientações:

ü  Benefícios do leite materno;
ü  Avaliação da pega e posição no seio materno;
ü  Fisiologia da lactação;
ü  Esclarecimentos de tabus;
ü  Planejamento Familiar - Anticoncepção;
ü  Extração, estocagem e descongelamento do leite materno;
ü  Aleitamento e trabalho da mulher;

         São agendados retornos para casos nos quais forem detectados problemas com amamentação que precisarem de maior acompanhamento. Nos últimos quatro meses, o ambulatório realizou 806 atendimentos.

UBS Jardim Guarujá
         A unidade possui um grupo sobre aleitamento materno. Participam de 15 a 20 mães. Os encontros acontecem quinzenalmente, às terças-feiras. Os temas abordados são:
·         - Sensibilização das gestantes quanto ao uso consciente da licença maternidade;
·         - Ordenha e armazenamento do leite materno;
·         - Benefícios do leite materno;
·         - Treinamento para cuidadores;
·         - Preparo e administração do leite materno congelado.

         A UBS Jardim Guarujá possui o cantinho da amamentação. O espaço foi inaugurado em 2 de setembro de 2016 pensado na privacidade e bem-estar da mãe e do bebê. Exclusivo e único no SUS em São Paulo, o cantinho da amamentação foi criado com um ambiente calmo e decorado de forma lúdica.



Serviço:
3/8 - UBS Jardim Robru I
Chá com Prosa e Atividade Física
Endereço: Avenida Nordestina, 5.593, Lajeado

3/8, às 14h – Cantareira Norte Shopping
A Hora do Mamaço
Endereço: Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 11.001, Parada de Taipas

4/8, às 10h - UBS Jardim Robru I
A Hora do Mamaço
Endereço: Avenida Nordestina, 5.593, Lajeado

4/8, das 8h às 13h
Junt@s pela Amamentação
Local: Avenida Mateo Bei, 263 – São Mateus





“Crimes” contra pacientes, planos de saúde e SUS



Uma cena muito comum nos hospitais e clínicas brasileiras pode se tornar crime: a autorização prévia para atendimento de urgência e emergência. No último dia 12 de julho, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que veda e enquadra como crime a exigência de autorização prévia de operadoras de planos de saúde para atendimento de casos de urgência ou emergência. A proposta prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Se a recusa de atendimento resultar em lesão grave ou morte, o tempo de detenção poderá ser aumentado em metade ou triplicado.

Alguns senadores queriam estender a pena para outros atendimentos, mas num primeiro momento apenas a autorização prévia de urgência e emergência será considerada um delito. Quando se trata de um caso de alto risco o atendimento deve ser imediato, sem qualquer tipo de consulta a operadora. O paciente corre risco de vida e, como em milhares de casos que acompanhamos diariamente pela mídia, pode perder a vida por conta da falta de atendimento urgente.

Para os serviços de pronto atendimento, cria-se a necessidade maior de serviços de triagem. Uma classificação de risco do paciente mais eficiente permitirá aos serviços de urgência e urgência a defesa diante de alegações infundadas de pacientes e familiares. Lamentavelmente, há aqueles que sabedores da criminalização da exigência de autorização, poderão tentar aproveitar-se de condições já sabidas de atraso de pagamentos e quiçá da ausência mesmo de plano, como ocorreu quando da proibição da exigência de caução para a realização de atendimentos.

Como em qualquer crime tipificado no Código Penal Brasileiro, será necessário instaurar um inquérito policial e a ação da equipe médica e do estabelecimento hospitalar deverá ser apurado, antes da aplicação de qualquer pena ou sanção.
Tal medida, se aprovada visa barrar a prática de hospitais e clínicas que tratam a vida comercialmente. Ainda que nossa sociedade seja capitalista, em que se visa sobretudo o lucro, a saúde deve ser vista como um bem social e coletivo a ser priorizado a qualquer custo. O paciente não deve ser enxergado somente como cifras, em especial ao ingressar em um hospital entre a vida e a morte.

O projeto aprovado pelo Senado também prevê que deverá responder pelo crime o representante, funcionário, gerente ou diretor dos planos de saúde ou da unidade de saúde que condicionar o atendimento à prévia autorização dos planos de saúde. A proposta também estende a punição a qualquer outro tipo de condição para o atendimento de urgência e emergência, como a exigência de cheque-caução ou nota promissória.

Ou seja, qualquer tipo de garantia financeira para o atendimento de urgência emergência também poderá resultar em crime. Vale lembrar que em Brasília, em 2012, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu de infarto agudo do miocárdio após ter seu atendimento recusado em dois hospitais. Ele deixou de ser socorrido pelo fato de não ter podido fornecer um cheque-caução, garantia exigida até que fosse emitida a autorização do seu plano de saúde para o atendimento. Esse é um exemplo que ocorre cotidianamente nos estabelecimentos hospitalares pelo país.

No relatório dos senadores, fundamento utilizado para apresentar o projeto de lei, foi ressaltada nota técnica encaminhada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que descreve as autorizações prévias como mecanismos de regulação aceitos no mercado de saúde complementar, desde que não impeçam ou dificultem o atendimento em situações de urgência e emergência.

Logicamente, no papel, o texto impressiona e pode ser uma forma populista de se resolver um problema maior que é a precariedade no atendimento nos hospitais de portas abertas do SUS. Fato é que as punições demorarão a chegar. 
A responsabilização criminal e civil poderá salvar milhares de vidas todos os anos daqueles que procuram os serviços privados, mas e a questão dos públicos, os quais não exigem caução, mas acabam por trazer danos aos paciente pela demora no atendimento e a precariedade dos serviços?
Deve-se analisar com cautela essa projeto, para que ele não sirva apenas como mais um paliativo a esconder os reais problemas na saúde.






Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos/SP, presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde, membro do Comitê de Ética da UNESP para pesquisa em seres humanos e Doutoranda em Saúde Pública.




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