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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Legalidade da taxa de conveniência e impressão na compra de ingressos via internet



Os frequentadores de shows musicais, espetáculos e exposições que optam por adquirir os ingressos pela internet, têm que pagar uma taxa de conveniência que pode chegar a 20% do valor do ticket adquirido, tendo que optar ainda pela taxa de entrega dos Correios ou a de impressão, cujos valores variam de R$ 8,00 a R$ 30,00. Normalmente, a opção pela compra online se dá pela comodidade de não enfrentar fila e resolver tudo sem precisar sair de casa, mas a grande discussão que cerca o tema é sobre a legalidade da cobrança adicional. 

A taxa de conveniência é válida se garantir uma vantagem ao consumidor, por exemplo, se a entrega for feita em casa ou se ele tiver preferência pela retirada no local do evento. No entanto, o valor tem sido cobrado mesmo nos casos de o cliente imprimir o bilhete em sua própria casa, utilizando a sua própria impressora, apenas pelo fato de ter escolhido a internet como o canal da compra, que é a citada taxa de impressão.

As empresas que praticam essa política geralmente alegam que a comodidade oferecida ao consumidor implica em custos, como o da constante atualização dos serviços de venda e distribuição dos tickets e de todo o investimento em estrutura que é necessário para executar uma operação a nível nacional com a devida segurança. Além disso, elas mantêm publicada a informação sobre a cobrança, deixando o usuário à vontade para escolher a bilheteria oficial, em que não há a incidência de tarifas extras. 

Segundo o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG) a cobrança dessas taxas caracteriza-se como transferência de custos internos da empresa para o consumidor, impondo a ele onerosidade excessiva. Dessa forma, a tarifa é considerada abusiva e remunera uma conveniência que não existe, já que o cliente está sendo cobrado por utilizar um recurso que já é inerente ao serviço prestado pelas empresas. 

Corroborando com este parecer, temos o Processo Administrativo n.º 0024.15.005625-7, que foi instaurado pela Promotoria do Consumidor de Minas Gerais através de denúncia, no qual foi apurado prática abusiva de mercado pela empresa Tickets For Fun (que controla 80% do mercado de megashows), com base no artigo 6º, inciso II e art. 39, inciso I e V do CDC, aplicando multa no valor de R$ 1.734.062,50.

O certo é que mesmo com a vantagem de pagar a compra em casa, com cartão de crédito, o valor adicional pode não compensar a comodidade, já que os ingressos, por si só, já têm preços bastante altos. O recomendado é que o consumidor que se sentir lesado procure o Procon mais próximo e formalize uma reclamação.






Henrique Gobbi  - Diretor de Expansão do grupo Souza Novaes Soluções Jurídicas



Projeto de lei quer autorizar entrada de pets para visitas em hospitais municipais



Projeto propõe liberar entrada dos bichos para visitar seus amigos internados em hospitais públicos municipais, seguindo regras como supervisão médica, padrões de higiene, vacinação e equipamentos necessários para o ingressos dos bichos. A Secretaria da Saúde já conta com o projeto Patas Therapeutas, com cachorros que promovem visitas quinzenais para crianças internadas no Hospital Menino Jesus, e o Hospital Albert Einsten também permite a entrada dos animais


O vereador Rinaldi Digilio protocolou na terça-feira (29) o Projeto de Lei n º 355/2017, que propõe a liberação da entrada de animais domésticos, como cachorros, gatos e pássaros, em visitas para pacientes internados em hospitais públicos municipais da cidade de São Paulo. Atualmente, não existem normativas e regras que permitam a visita dos pets em hospitais públicos municipais, mesmo com estudos que mostram os benefícios psicossociais do contato com os bichos.

A Secretaria Municipal da Saúde já conta com um projeto semelhante, o Patas Therapeutas, que promove visitas quinzenais para as crianças internadas especificamente no Hospital Menino Jesus. Estudos da ONG Patas Therapeutas mostram que as visitas nestes casos trazem benefícios para a saúde, pois ao brincar com o animal, ocorre na criança a liberação de neurotransmissores hormonais responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar como a endorfina, a dopamina e a oxitocina. Há também a diminuição da liberação do cortisol, que é o hormônio do estresse.

O Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, já permite a visita de animais de estimação para ajudar na recuperação dos pacientes internados na unidade. Além de cachorros, a visita também é permitida para gatos, pássaros e até coelhos. A permissão, que ocorre desde 2009, visa além da recuperação física, o bem-estar mental. No estado do Paraná, em dezembro do ano passado, foi promulgada a Lei nº 18.918/2016, que também permite as visitas de animais nos hospitais públicos, com regras semelhantes.

“As visitas de animais, conforme mostram alguns estudos, podem ajudar e muito na melhora de pacientes, por meio da Terapia Assistida por Animais. Em outros casos, o animal doméstico não só faz parte da família, como é o único companheiro fiel do paciente, por isso, é importante uma lei, uma normativa que permita essa entrada e os médicos definirem isso de forma objetiva, com regras de saúde pública”, afirmou o vereador Rinaldi Digilio. “Por exemplo, o cão Cosmos, do cantor Kid Vinil, não conseguiu visitar o amigo no hospital, antes de sua morte, e ficou conhecida a cena do cão a beira do caixão, triste”, disse.

Regras

Para a visita, o projeto exige que os animais estejam com a vacinação em dia e higienizados com laudo veterinário atestando a boa condição do animal. A comissão de infectologia de cada hospital será a responsável por autorizar a entrada dos animais, que deverão estar em recipiente ou caixa adequada. No caso de cães e gatos, devem estar em guias presas por coleiras e, se necessário, de enforcador e focinheiras.

O projeto ainda diz que os hospitais criarão normas e procedimentos próprios para organizar o tempo e o local de permanência dos animais para a visitação dos pacientes internados. Além disso, a presença do animal se dará mediante a solicitação e autorização do médico responsável pelo paciente, com a visita agendada previamente na administração do hospital, respeitando a solicitação do médico e critérios estabelecidos por cada instituição. 





Inteligência analítica: como potencializar o seu negócio nas principais datas do comércio



As datas comemorativas como o Dia dos Namorados são ótimos momentos para potencializar as vendas no varejo físico. As oportunidades tornam-se ainda maiores quando há organização e planejamento, utilizando a inteligência da análise de comportamento dos clientes durante todo o ano, por meio da tecnologia.

Dispositivos para monitoramento de tráfego, por exemplo, conseguem medir índices de conversão, atratividade, frequência, entre outros indicadores sobre o comportamento do cliente dentro de um estabelecimento comercial. Todos esses indicadores permitem que as estratégias de venda sejam direcionadas de forma certeira para os mais diversos tipos de consumidores.

Durante as sazonalidades, grande parte do público que vai ao comércio está à procura de presentes para  familiares e amigos. Uma vitrine com itens relevantes e preços competitivos é fundamental para atrair um cliente para dentro da loja. Por isso, a taxa de atratividade mensurada durante o restante do ano mostra ao gestor o resultado de diferentes estratégias de produtos e valores, permitindo colocar em prática nas semanas que antecedem o Dia das Mães, por exemplo, ações que se mostraram mais efetivas para engajar o maior número de consumidores.

O mapeamento dos chamados hot zone também serve de insumo ao gerente da loja ao orientar e distribuir os vendedores pelos espaços do estabelecimento que recebem mais pessoas, a fim de ajudá-las a encontrar o que procuram ou esclarecer eventuais dúvidas. Além disso, é possível também avaliar o motivo das zonas de calor e transferir itens mais atrativos para outras gôndolas ou até seções, espalhando os visitantes de maneira mais equilibrada.

Outra atividade corriqueira durante os períodos sazonais é a pesquisa de preços, que faz com que potenciais consumidores visitem uma ou mais lojas com frequência antes de decidir o presente e o local onde desejam comprar. Neste contexto, a efetividade das estratégias citadas acima pode ser avaliada ou revista por meio da taxa de conversão baseada em visitantes únicos. Ou seja, os sensores conseguem descartar visitas repetidas e funcionários para realizar uma contagem mais próxima da realidade entre oportunidades e vendas consumadas.

Os insights são diversos, e os lojistas que compreenderem a importância estratégica do uso de analytics em seus estabelecimentos terão mais chances de entregar uma experiência de compra diferenciada, garantindo, assim, um relacionamento melhor com seu público e até mesmo a fidelização desses consumidores para as datas comemorativas seguintes.
 





Walter Sabini Junior - sócio fundador da FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por meio do monitoramento de fluxo.




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