Pesquisar no Blog

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Férias na estrada: atitudes recomendadas para garantir a segurança de todos




Respeitar a capacidade máxima do veículo é fundamental para evitar a distração do motorista


 Conforme especialista, viajar sem pressa e durante o dia reduz riscos de acidentes 


As confraternizações de fim de ano acabaram, mas muitas famílias continuam aproveitando a alta temporada de verão e as férias escolares para pegar a estrada. Mais frequentes nessa época, os deslocamentos rodoviários aumentam os riscos de acidentes de trânsito. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, foram registradas 14.262 ocorrências nas rodovias federais. Embora seja alarmante, o dado revela uma redução de 28% se comparado ao mesmo período de 2014 e 2015. Para ajudar a diminuir ainda mais esses indicadores, a Perkons ouviu um especialista em acidentes de trânsito que elencou as principais posturas para garantir segurança na estrada durante as férias.

Não são apenas as atitudes nitidamente inadequadas e sujeitas à punição pela legislação de trânsito, como exceder a velocidade permitida, as causadoras de acidentes. Aquelas que são fruto de descuido e desatenção do condutor, como, por exemplo, deixar de checar as condições do veículo, também engrossam as estatísticas. “As ocorrências mais graves tendem a acontecer com o tempo favorável, quando o motorista se sente seguro para desafiar a velocidade. Mas a despreocupação em relação ao estado dos pneus, freios, direção e suspensão também pode determinar um acidente”, detalha o perito criminal e especialista em acidentes de trânsito, Rodrigo Kleinubing. O nível de óleo e o risco de superaquecimento do carro também merecem atenção especial em temporadas de veraneio, quando os deslocamentos costumam ser maiores e em maior número do que o habitual. “Para eliminar essas possibilidades o ideal é que o motorista leve o veículo para uma manutenção preventiva na oficina, que costuma já ter um checklist específico para as férias”, destaca. 

Viajar à noite é outro comportamento que deve ser revisto.  “É de extrema importância evitar deslocamentos noturnos, quando se tem menos visibilidade e a inadequação da sinalização das vias fica evidenciada. Mesmo de dia, o uso do farol, agora obrigatório, é um avanço em termos de segurança viária, pois aumenta a visualização do veículo pelos demais usuários da via”, orienta. Kleinubing pondera que, apesar dos riscos, viajar à noite é a alternativa de muitos condutores para fugir de horários de rush. “Dirigir durante a noite ou em dias de pico tornam o deslocamento mais cansativo e arriscado. Planejar a viagem e conhecer o trajeto é essencial para antecipar ou prorrogar a ida e a volta, se preciso”, recomenda.

Atitudes concretas também devem ser direcionadas aos cuidados com os demais passageiros, sejam eles crianças ou animais de estimação. Foco de distração para o motorista, esses ocupantes devem ser transportados com ainda mais segurança. “É importante respeitar a capacidade máxima de pessoas do veículo e acomodar crianças nas cadeirinhas e animais em caixas de transporte adequadas. Todos sempre com cinto de segurança”, orienta o perito. As bagagens, por sua vez, não podem obstruir a visão do motorista em hipótese alguma. “Mais importante do que o excesso de bagagens é a maneira como são transportadas, pois em caso de colisão, podem ser arremessadas, agravando o acidente ou provocando outro”, frisa.


Velocidade excessiva é uma das principais causas de acidentes também nas férias

Kleinubing ressalta que, embora apresente menor gravidade, a ocorrência mais comum durante as festas de fim de ano, férias escolares e Carnaval envolve colisões traseiras, que apenas em janeiro de 2016 foi registrada 1735 vezes em ocorrências de todo país. Ele atribui a alta incidência à combinação entre engarrafamentos e desrespeito à distância mínima entre os veículos. “Mas são as colisões frontais, laterais e as saídas de pista, respectivamente, as que mais matam nas estradas, pois geralmente envolvem excesso de velocidade”, compara.

Conforme a PRF, somadas à adoção de velocidades incompatíveis com a via, outras grandes motivadoras de acidentes de trânsito durante o período são a falta de atenção e a ingestão de álcool. “Deve ficar claro para o motorista que exceder a velocidade nunca vale à pena; além de gastar combustível, provoca um ganho de tempo mínimo. E, nos casos de ultrapassagens, o motorista precisa ter consciência de que, quando proibida ou mal realizada, a manobra pode ser fatal”, acrescenta Kleinubing.





Adote hábitos simples neste verão e previna-se contra o câncer de pele



Especialista do Grupo Oncologia D’Or esclarece dúvidas sobre a doença mais incidente no Brasil   


O verão chegou e, com ele, a preocupação com a exposição excessiva aos raios solares e os riscos do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença pode ter atingido mais de 180 mil pessoas em 2016, sendo 1.440 apenas na região de São Paulo. Para alertar a população sobre os riscos da estação mais quente do ano, especialistas têm falado sobre a importância da prevenção.

Rafael Caparica, oncologista da Central Clinic, clínica do Grupo Oncologia D’Or em São Paulo, fala sobre a doença que corresponde 30% de todos os tumores malignos registrados no país, porém, com grande chance de cura se diagnosticado precocemente.


Quais são os tipos mais comuns da doença? 

A neoplasia que acomete a pele se divide em dois tipos: não melanoma e melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente, menos agressivo e causado pela exposição inadequada ao sol; e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido. Já o melanoma é o mais grave dos tumores de pele devido à sua alta possibilidade de metástase.


Qual a importância do uso do filtro solar?

O risco de câncer de pele é aumentado pela exposição da pele ao sol e à radiação ultravioleta. O filtro solar (preferencialmente com fator de proteção 30 ou superior) é capaz de formar uma barreira na pele que reduz a penetração de radiação ultravioleta, reduzindo assim as chances de dano celular para a pele. 


O filtro solar deve ser usado apenas no verão? 

Não. É recomendado o uso de filtro solar diariamente em áreas foto expostas (por exemplo: quando utilizamos calça e camisa para sair, os braços, face e pescoço estão expostos). É válido lembrar que mesmo em dias chuvosos ou nublados existe luz solar e radiação, portanto o uso diário e contínuo é recomendado para prevenção. Na primavera e verão, a incidência de radiação solar aumenta, sendo recomendado cuidado maior nesta época do ano. O filtro deve ser renovado a cada 2 ou 3 horas idealmente para que se mantenha uma proteção uniforme ao longo do dia.


Como é feito o tratamento do câncer de pele?

O tratamento do câncer de pele depende do estágio em que a doença se encontra quando diagnosticada. Se for diagnosticado precocemente e a doença se encontrar restrita ao local de origem, ou com acometimento dos gânglios linfáticos, a cirurgia para remoção do tumor tem grandes chances de cura a longo prazo, mesmo para tumores mais agressivos como o melanoma. Quando existe presença de lesões distantes do ponto onde a doença se originou, ou seja, metástases, é menos provável que o tratamento promova a remissão completa da doença. Entretanto, existem diversas opções de tratamento para a doença com metástases, que podem promover bom controle de sintomas, melhoria de qualidade de vida e controle das lesões tumorais.


 Quais são as novidades no tratamento do melanoma no Brasil?

Dentre as novidades neste cenário, valem destacar a imunoterapia (terapia que utiliza a imunidade do próprio indivíduo contra o tumor) e as terapias-alvo (medicamentos desenvolvidos especialmente para atingir uma determinada alteração presente somente no tumor e ausente nas células normais), estratégias que vêm adquirindo importância crescente no tratamento dos tumores de pele, especialmente no melanoma. A prevenção é fundamental, e o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura. 


Falando em prevenção, quais são os fatores de riscos para a doença? 

Além das pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem a proteção adequada, indivíduos com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer o tipo carcinoma basocelular (CBC), assim como aqueles que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Outros fatores de risco como, história prévia de câncer, histórico familiar de melanoma, pintas escuras, doenças congênitas que se caracterizam pela intolerância total da pele ao sol, queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos, além de lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas, também precisam de atenção.


E quais são os sintomas da doença? 

Alguns dos sintomas da doença envolvem o aparecimento de manchas, bolinhas que sangram facilmente, feridas que não cicatrizam. Crescimento ou aparecimento de pintas são os principais sintomas do câncer de pele. É recomendado que um especialista seja procurado, imediatamente, após a identificação destes sinais, para verificação.


Conheça algumas medidas simples que ajudam a prevenir o câncer de pele: 


-  Usar chapéus, camisetas e protetores solares;

-  Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10h e 16h (horário de verão);

-  Usar filtros solares diariamente com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicá-lo a cada duas horas, a cada mergulho no mar ou piscina, ou ao secar o corpo com toalha;

-  Ao observar o crescimento ou mudança de forma das pintas, procurar imediatamente um especialista.





Calor pede atenção redobrada com a pele




O verão traz os riscos que o calor excessivo pode provocar à saúde da pele. Os médicos listam os problemas mais comuns relacionados aos efeitos da exposição solar, alertando para a necessária preocupação com o câncer de pele não-melanoma, o mais comum entre os brasileiros. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) calcula que serão 175.760 novos casos desse tipo da doença até o fim de 2017.


“É importante sempre usar o filtro solar. Quando for ficar exposto diretamente ao sol, como na praia, na piscina ou no trabalho de rua, o ideal é passar antes o protetor em casa e, depois, reaplicar o filtro de duas em duas horas. Os filtros com FPS acima de 30 são os mais indicados. É importante evitar a exposição prolongada ao sol no período das 10h às 17h, quando há maior incidência de raios nocivos”, diz a dermatologista Luciana Velloso, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).

Os homens também devem se lembrar de passar o filtro nas orelhas, geralmente esquecidas na hora da proteção. Usar chapéus e bonés, óculos escuros e buscar proteção na sombra são outras recomendações que todos devem adotar.

Os dermatologistas também citam outros problemas provocados pela maior exposição ao sol, como as queimaduras solares, herpes labial, brotoejas e micoses. Luciana Velloso sugere ficar em locais mais frescos e usar roupas leves, para evitar as brotoejas. “Por sua vez, os fungos, que são os microrganismos que causam as micoses, crescem mais em locais úmidos e abafados. Então é importante manter as dobras corporais, como virilha, axilas e os espaços entre os dedos, bem secas,” recomenda a dermatologista.




Posts mais acessados