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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Nutricionista dá dicas de como deve ser a primeira alimentação do seu bebê




As necessidades nutricionais do bebê mudam a partir dos seis meses. E nessa fase os pais ficam em dúvidas do que pode ser oferecido. “É bom lembrar que apenas o aleitamento materno não é suficiente para manter a criança em desenvolvimento e será necessário introduzir as papinhas para complementarem a alimentação”, explica a nutricionista Alessandra Coelho.

Mas é preciso cuidado. A dica da nutricionista é que os pais comecem a oferecer alimentos aos poucos para ver como o organismo do bebê reagirá. “Assim é possível identificar se haverá reações alérgicas”, diz ela. Outra coisa importante é cozinhar o alimento para fazer a papinha e deixá-la com consistência pastosa. “O bebê nesta fase tem de aprender a mastigação e a deglutição, portanto dar o alimento amassado com garfo é o ideal”, explica Alessandra.

Na papa a mamãe pode colocar variedades de legumes e vegetais, além de alimentos como a carne e o feijão. A ideia é apresentar ingredientes frescos, com pouco sal e não usar temperos prontos. Conforme a criança vai experimentando será hora de introduzir mais opções. Pouca gordura e ervas frescas também podem ser adotadas. “A criança pode resistir um pouco, mas não deixe de oferecer a comida que aos poucos ela se adaptará e passará a gostar”, garante a nutricionista.

Tem sobremesa?

A sobremesa deve ser feita com um purê de frutas. Mas a ideia, explica a Alessandra, não é substituir a papa salgada. “O paladar da criança tenderá para o sabor adocicado, mas ela precisa aprender a comer a papinha salgada antes de tudo”, diz ela. Apesar de não ser obrigatório oferecer a sobremesa de frutas, a nutricionista lembra que esta opção é boa para que novos nutrientes cheguem ao organismo do bebê.

O fim da era da “Gourmetização”



 
Coxinha gourmet, pastel gourmet e brigadeiro gourmet. Gourmet, gourmet, gourmet. A palavra ganhou tanta força no Brasil que tudo o que você possa imaginar ganhou uma variação “gourmetizada”. É claro que com tanta “gourmetização”, as pessoas acabariam enjoando. Hoje, o que os clientes buscam nos estabelecimentos, nada mais é que comida de qualidade, seja ela qual for, com preço justo e sem muita frescura.

Sempre achei o termo mal utilizado, vejo algo com “Gourmet” na descrição e torço o nariz. Na grande maioria das vezes, um prato tradicional acaba sendo preparado com técnicas um pouco mais sofisticadas, ou com ingredientes mais caros e de melhor qualidade, o que nem sempre é verdade, e por conta disso acaba ganhando a denominação “Gourmet”. Quando na verdade continua sendo o bom e velho prato tradicional de sempre.

Mas porque isso acontece? Simples, porque muitas vezes, as pessoas mal informadas, acabam achando que um Pão com Bolinho “Gourmet” é muito melhor do que um Pão com Bolinho simples, tradicional, e acabam aceitando pagar muito mais caro por isso. O fato é que o Pão com Bolinho “Gourmet”, ou qualquer outro prato com essa denominação, nada mais é que o prato feito de forma diferente, ou uma releitura do mesmo. Não existe uma lei universal com os ingredientes exatos e quantias perfeitas para poder se chamar "pão com bolinho”.

O fim da “era da gourmetização”, para mim, era uma questão de tempo. Tempo para que as pessoas pudessem ir atrás de mais e novas informações e entender o que é algo “Gourmet”, e não simplesmente pagar mais caro por um prato enfeitado, em um restaurante “A", quando os ingredientes e técnicas usadas são as mesmas de um restaurante “B".

O que o público deve buscar e tem feito, são pratos feitos com amor, com ingredientes de qualidade (nem sempre os mais caros), técnicas que façam com que os sabores sejam realçados, e uma apresentação que faça você salivar sem sequer usar o garfo ainda, sem precisar usar enfeites caros que não fazem o menor sentido no sabor do prato. Mas isso não precisa ser o prato mais caro ou nem o mais barato, mas sim, o justo.

Esqueçamos a atual situação financeira do Brasil, onde o feijão está sendo vendido a peso de ouro. Para que isso cresça ainda mais, o público deve ir atrás de mais e mais informações corretas, e assim tem base de comparação e poder analisar e decidir o que é “justo” no mundo gastronômico.

Essa é minha visão, num mundo onde as informações são encontradas cada vez mais facilmente e a gastronomia tão globalizada, o público está ficando cada vez mais exigente, sabendo o que é bom de verdade e o que é apenas “gourmet”. Ficar de fora desse mundo depende inteiramente dos consumidores e donos de bares e restaurantes.




Chef Guilherme De Rosso - formado pelo curso de Chef de Cuisine - Restaurateur do Centro Europeu e se especializou no Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), da Itália. Após alguns anos na Europa e experiências em restaurantes com estrelas do Guia Michelin, Guilherme retornou para o Brasil para comandar o boteco Simples Assim, em Curitiba.

Mais atenção aos jovens negros brasileiros




Costumamos dizer que os jovens são o futuro do País. Mas se queremos realmente chegar lá, precisamos aqui e agora investir neles, pois é no presente que temos a oportunidade de fazer florescer todo o seu potencial de transformação, todo a sua criatividade e dinamismo, rumo a uma concepção de mundo mais igualitária.

Neste momento em que acabamos de realizar as Olimpíadas no Brasil, temos a grata satisfação de constatar que – por meio do esporte – muitos negros conseguiram romper a barreira da invisibilidade, da falta de perspectiva e do preconceito. Mas os Pelés, os Joões do Pulo, as Daianes dos Santos e as Rafaelas Silva – só para citar alguns brasileiros - ainda são poucos. Temos capacidade para muito mais. Não podemos nos contentar com o êxito de alguns poucos negros, que infelizmente ainda representam uma exceção, uma “cota” em nosso país. Não podemos nos resignar à naturalização da desigualdade.

Atualmente, o mundo registra a maior população de jovens de toda a história,1,8 bilhão de pessoas. No Brasil, são mais de 50 milhões de jovens que carregam dentro de si o poder das mudanças para a construção de um País melhor. Por isso, temos a grande responsabilidade, neste momento, de oferecer aos nossos jovens instrumentos que os capacitem a exercer todas as suas habilidades e competências, desviando-os dos caminhos da miséria, do analfabetismo, da violência, das drogas e da morte prematura, e assegurando-lhes caminhos seguros de crescimento, formação e ascensão social e profissional.

Com essa perspectiva de futuro em nossas mãos, não é aceitável que na história recente do nosso país cerca de 30 mil jovens sejam assassinados por ano e, destes, 77% sejam negros; não é aceitável que cerca de 20% dos jovens não estudem nem trabalhem e, destes, 63% sejam negros e/ou mulheres. Esses índices expõem a dura desigualdade que ainda experimentamos em todos os aspectos da vida social. Temos mecanismos para mudar isso, seja pela educação, pela formação profissional, seja pelo esporte.

Nesse contexto, que as vitórias dos nossos atletas negros sirvam de exemplo para a juventude preta, pobre, da periferia e para toda a juventude brasileira, mas que seu sucesso não sirva para esconder a infinita desigualdade que ainda precisamos superar.



Desembargadora Luislinda Valois
Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Ministério da Justiça e Cidadania

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