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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Automedicação cresce no inverno



Combinações perigosas de colírios com outros remédios crescem 20% no frio. Conheça os riscos.

Estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que o inverno triplica  as doenças respiratórias como gripe, resfriado, rinite, sinusite e bronquite. Isso somado à falta de informação,  à comercialização de remédios  sem receita e à precariedade dos serviços públicos de saúde faz com que a automedicação seja praticada por 3 em cada 4 brasileiros. É o que mostra  um estudo realizado pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade). 

Levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nos prontuários do hospital, mostra que a combinação perigosa de colírios com outros medicamentos cresce 20%  nesta época do ano.  

Catarata e glaucoma
O médico afirma que um dos maiores perigos é o uso por mais de seis meses  de corticóide para combater inflamações persistentes nas vias respiratórias. O medicamento, explica, pode causar glaucoma, catarata, hipertensão arterial e ganho de peso. Quando usado na forma de colírio tem efeitos colaterais mais rápidos. A dica para reduzir um pouco o estrago é beber bastante água, mas nunca usar este tipo de remédio sem acompanhamento médico. 

Uma combinação arriscada é o uso de descongestionante nasal com colírio antiglaucomatoso. "O alívio é imediato, mas o descongestionante corta o efeito do colírio", adverte. Por isso, o mais indicado é o uso de soro fisiológico para desentupir o nariz. Os riscos não param por aí. Isso porque, explica, descongestionantes  têm ação vasoconstritora. Significa que estreitam todos os vasos do corpo. Depois do quinto dia de uso predispõem à hipertensão arterial, doença cardíaca, bem como  ao glaucoma em quem tem predisposição. Todas estas doenças podem passar despercebidas sem acompanhamento médico.

O oftalmologista afirma que outro remédio perigoso para quem tem glaucoma é  o
inibidor de apetite. O risco está relacionado à dilatação da pupila que reduz o  espaço da  câmara anterior dos olhos, podendo  causar aumento a pressão intraocular, fator de risco do glaucoma, maior causa de cegueira definitiva relacionada a danos  no nervo óptico.

Quem faz tratamento de  bronquite ou asma com bronco-dilatador deve  avisar o oftalmologista. "A interação do medicamento com colírio betabloqueador pode causar falta de ar", adverte.

Olho seco
Queiroz Neto ressalta que não é só a queda da temperatura que aumenta a síndrome do olho seco no inverno. O uso de analgésico e antitérmico para combater gripe ou resfriado, de anti-histamínico para alergia e até da pílula anticoncepcional cortam o efeito do lubrificante ocular. Nestes casos recomenda incluir na dieta salmão, sardinha, semente de linhaça e nozes que melhoram a qualidade da lágrima por serem ricos em ômega 3.

Outras combinações
O especialista diz que os colírios vasoconstritores vistos pela maior parte da população com uma "aguinha refrescante" por deixarem os olhos branquinho,s cortam o efeito dos medicamentos para hipertensão arterial e dos medicamentos a base de amiodarona indicados para distúrbios do ritmo cardíaco. Estes grupos devem usar lágrima artificial caso sintam  desconforto ocular no inverno.
Para quem suspeita que está com conjuntivite, comum no inverno,  a dica do médico é fazer uma compressa fria em caso de secreção aquoso e de compressa quente quando a secreção for amarelada. Caso não desapareça o desconforto em dois dias, consulte um oftalmologista.


Ortopedista ensina exercícios que melhoram a tendinite


Alongar e fortalecer regiões acometidas com a inflamação é fundamental

A tendinite é uma inflamação ou inchaço do tendão, estrutura fibrosa que une o músculo ao osso, e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, entretanto os casos mais comuns são nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, joelhos e tornozelos. O principal sintoma da doença é a dor intensa ao realizar tarefas diárias, como segurar um copo, usar o computador e tentar alongar a parte do corpo que está com o tendão afetado.

O ortopedista do Centro de Qualidade de Vida de São Paulo, Dr. Marco Otani, explica que as causas para o surgimento da tendinite são diversas, como falta de alongamento muscular, postura inadequada e movimentos repetitivos. “Permanecer muito tempo sentado sem se alongar e utilizando o mouse ou o tablet, por exemplo, podem acarretar a doença. Além disso, a idade do paciente e o estresse também são fatores de risco, pois com o passar dos anos, a circulação sanguínea que irriga o tendão fica deficiente e o estresse ocasiona contraturas musculares que prejudicam os tendões causando a inflamação, explica.  

O tratamento da tendinite é feito com anti-inflamatórios, uso de bolsas de gelo, com fisioterapia, repouso absoluto do local afetado e com exercícios que podem ser feitos em casa e ajudam a aliviar as dores, como indica o especialista Marco Otani.



Exercícios para tendinite do punho

1° exercício (Alongamento)

Posição do paciente: posição de gato (com as duas mãos e joelhos no chão).
Os punhos têm que estar em extensão (com as palmas das mãos para baixo), dedos em direção ao joelho e cotovelos estendidos.

Movimento: pressionar os dedos para baixo e levar o corpo para trás, como se fosse sentar nos calcanhares, segurar por 15 segundos e repetir três vezes.

2° exercício (Alongamento) 

Posição do paciente: posição de gato com os punhos em flexão (palmas das mãos para cima) e encostar um punho no outro.

Movimento: pressionar os dedos para baixo e levar o corpo para trás, como se fosse sentar nos calcanhares, segurar por 15 segundos e repetir três vezes.

3° exercício (Fortalecimento)

Posição: sentado com os braços apoiados sobre uma mesa até a altura do cotovelo com a palma da mão voltada para cima, segurando um halter de 1kg.

Movimento: realizar o movimento de flexão de punho lentamente com halter, três séries de 15 repetições.

4° exercício (Fortalecimento)

Posição: sentado com o braço apoiado sobre uma mesa até a altura do cotovelo com a palma da mão voltada para baixo com halter de 1kg.

Movimento: realizar o movimento de extensão de punho com halter lentamente, três séries de 15 repetições.

Exercícios para tendinite de braço (alongamento/ombro)

Posição: em pé, de frente para a parede com os braços apoiados nela e com a palma da mão voltada para baixo, em extensão de ombro acima de 90° graus.

Movimento: Manter por 30 segundos, três séries. Em seguida, realizar o mesmo movimento, realizando abdução de ombro com flexão de ombro e mantendo apoiado na parede durante 30 segundos, três séries.

Fortalecimento (tendinite de braço/ombro)

Posição: em pé, pernas afastadas e joelhos semi-flexionados.

Movimento: segurar um bastão com os cotovelos estendidos, realizar o movimento de flexão do ombro até o limite da dor ou da amplitude de movimento. Realizar três séries de 12 repetições.

Posição: em pé, perna afastadas e joelhos semi-flexionados.

Movimento: realizar o movimento de flexão de ombro anterior até 90° graus, utilizando halter de mais ou menos 1kg.

Posição: em pé, perna afastadas e joelhos semi-flexionados.

Movimento: segurar um halter entre 1kg e 2kg, flexionar e estender o cotovelo, realizar três séries de 12 repetições.

Posição: em pé, pernas afastadas e joelhos semi-flexionados.

Movimento: segurar uma bola de 20 cm de diâmetro com os cotovelos flexionados a 90° graus. Apertar a bola e em seguida relaxar. Realizar três séries de 12 repetições.

Posição: Em pé, perna afastadas e joelhos semi-flexionados.

Movimento: segurar uma faixa elástica, com os cotovelos flexionados a 90° graus. Realizar o movimento de rotação externa e em seguida relaxar. Realizar três séries de 12 repetições.



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