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quinta-feira, 31 de março de 2016

Todos os homens do rei





Quando se fala em Impeachment sempre é lembrado o caso, e o livro, Todos os homens do presidente de Bob Woodward e Carl Bernstein, que entre 1972 e 1974, a partir de uma simples notícia de invasão na sede nacional do Partido Democrata, no conjunto Residencial e Comercial Watergate, em Washington, causaram a queda do presidente reeleito Richard Nixon.  A qualidade da investigação baseia-se numa cuidadosa seleção de fontes primárias, de eventos que não pareciam fazer parte do mundo da política, como um simples arrombamento de uma sala e a presença de um advogado nomeado sem que nenhum dos presos tivesse tido a oportunidade de exercer seu direito, o de chamar um defensor. O cuidado de análise de pequenos atos do cotidiano, quem atua onde, como e porque e se estes atos e atitudes estão de acordo com a sua posição civil ou política; e se suas justificativas estão dimensionadas dentro de seu entorno leva a descobertas fundamentais para a sociedade. Contudo devemos lembrar que os dois autores tomaram emprestado o título, ou se queiramos dizer, fizeram uma homenagem a um clássico da literatura de ficção norte-americana que é All the king’s men (Todos os homens do rei), lançado em 1946 por Robert Penn Warren e que ganhou o Prêmio Pulitzer de ficção em 1947. Robert Penn Warren (1905-1989) era crítico literário, jornalista e professor e revolucionou a literatura americana da época criando um personagem calcado num conhecido político populista, que no decorrer de sua atuação confunde fins e meios, justificando (ou tentando) que buscou criar o bem a partir do mal (participando de esquemas de corrupção e alianças nefastas) com o intuito de proporcionar justiça aos privados de direitos sociais e econômicos.

No livro de Warren a ‘escolha’ é o ponto central da trama, pois seu personagem Willie Stark tem livre arbítrio para fazê-las e deixa que os meios contaminem os fins, não interessando mais o quão idealistas eles fossem, e explicita que o que pesará sobre o personagem (ou indivíduo) é a responsabilidade. Todos os homens do rei é um livro fundamental para entender a nossa realidade política e social atual; para quem não consiga digerir o enorme volume de mais de seiscentas páginas, indico o filme (baseado no mesmo) que no Brasil tem o título de A grande ilusão, adaptado e dirigido por Robert Rossen, em 1949, um clássico do cinema noir americano dos anos 1940.

Falando em Rei vou comentar o caso da Espanha; terminada a Guerra Civil (lembremos o paralelo com os Estados Unidos), a partir de 1939 se estabelece no país uma ditadura militar liderada pelo general Francisco Franco Bahamonde. Quis o destino que o ditador tivesse somente uma filha, inepta segundo as regras que o próprio pai criou para herdar seu legado. Não vendo no horizonte (por falta de altura) uma solução, Franco nomeou seu sucessor Don Juan Carlos, que nasceu na Itália e passou a infância em Portugal,e foi colocado pelo pai sobre a tutela do ditador fascista desde tenra idade. Devo destacar que deste seu protetor Juan Carlos herdou o gosto pela nobre arte da caça, Juan Carlos preferindo matar elefantes enquanto estes se alimentam e Franco perdizes que os ajudantes jogavam para o ar ‘escondidos’ atrás de uma encina (árvore típica da Espanha). Para quem queira estender o assunto recomendo a obra prima do diretor Carlos Saura La caza (a caça), filme de 1965. Retomando, a vida passava tranquila no castelo de El Pardo, nos arredores de Madri, e eis que os anos 1970 chegam e os netos de Franco brincam no jardim com bonecos da Branca de Neve e os sete anões e o que fica dentro do palácio pensa: ‘o que deixarei para minha filha e linhagem?’ (em espanhol: Qué dejaré para Carmencita coño?!). E Paquito Franco faz uma escolha, transforma o seu sobrenome em um título de nobreza: De Franco, numa Espanha que a mulher mantém o nome invariável depois de casada, pois leva primeiro o paterno e depois o materno, sempre, a mulher de Paquito Franco passa a chamar-se Maria del Carmen Polo de Franco e seu primeiro neto varão terá o nome mudado, com aprovação das Cortes Madrilenas, para Francisco de Franco Martínez-Bordiú (nome paterno em segundo lugar), fato ‘nunca visto na história deste país’. Lembremos o paralelo com o apelido ‘Lula’ no Brasil. Um militar de caserna que teria jurado fazer da Espanha e de seu povo, mesmo a contragosto da maioria da opinião do mesmo, transformou-se num ser nobre e inclusive construiu um túmulo-igreja a 40 quilômetros de Madri no Valle de los Caídos. Figuras messiânicas a quem se perdoa tudo, ou que tem uma corte para apoiá-los levam seus estados para um terrível destino. E estes reis estão sempre rugindo, vejam o caso de Cuba, em que o velho dono da ilha se põe a criticar uma mudança muito sonhada pelo seu povo, única saída para a quase inanição em que vivem.

Todos os homens do rei ou Todos os homens do presidente mostram como o poder pode ser corruptor se não existe uma base sólida de ética e de valores individuais. Richard Nixon (1913-1994) já tinha um histórico de ‘pedaladas’ corruptas e antiéticas em seu currículo, sugiro o filme Trumbo (2015) que faz um uso harmonioso de arquivos de época e de ficção; num dos documentos visuais dos anos 1950 vemos Nixon participando da comissão criada pelo senador Joseph MacCarthy para perseguir quem pensava diferente dele; Nixon estava alegremente em destaque na dita cuja, um crápula. Muitos políticos (Reis, Messias) esquecem que uma metáfora do poder é a Queda, como ressalta o livro de Warren. Nele Willie Stark (um personagem não um indivíduo) passou por vários estágios na sua trajetória: idealismo, desilusão e acomodação, eu acrescento um no processo pelo qual passam os líderes no caso brasileiro: escárnio. Escárnio por seus eleitores, pelas instituições, pelos seus representantes (com os quais não tenham pacto), por sua história de vida. Enfatizo, os atos dos nossos representantes eleitos são carregados de consequências, boas ou más, por isto devem ser permeadas por uma base moral e ética firme e consciente.  O livro de Warren mostra como a democracia, se não for respeitada pelo seu líder ou lideres, pode levar ao totalitarismo. Os conluios, as maltas quando revelados trazem a marca explicita do escárnio. Como podemos conceber que a autoridade máxima de nosso país ligue para um político de seu partido comportando-se como uma secretária particular, mesmo uma muito querida. Como entender a bondade de outro com seu ex-filho, quando a maioria dos pais luta para somente manter seus filhos nas escolas públicas ou particulares. Uma política onde a situação e a oposição (esta herdeira direta dos militares e coronéis) se mostram lamentáveis e inviáveis, que destino tomar ou almejar, talvez o livro de Robert Penn Warren responda minimamente ao imbróglio brasileiro atual, pois ele criou uma tristonha metáfora da política que vem se confirmado nos últimos 60 anos.            

 
João Eduardo Hidalgo - Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo e pela Universidad Complutense de Madrid. Professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp de Bauru.

Um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes





 O Dia Mundial da Saúde é celebrado todo 7 de abril, e neste ano, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização da população é Diabetes. Isso porque a doença está avançando muito em países de média e baixa renda. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (sigla IDF em inglês), até o ano passado, cerca de 415 milhões de pessoas foram diagnosticadas como diabéticas, o que significa que um em cada 11 adultos no mundo tem a doença. Além disso, um a cada sete partos é afetado por diabetes gestacional. A expectativa é que, em 2040, 642 milhões de pessoas sejam diagnosticadas. No Brasil, os casos de pessoas com a doença aumentaram 40% desde 2012, segundo o Ministério da Saúde.

“A incidência de diabetes está maior a cada ano porque ela está diretamente ligada ao crescimento da obesidade no mundo, bem como ao sedentarismo e ao envelhecimento da população. Os indivíduos mais afetados são os idosos, os obesos, e aqueles com histórico familiar da doença. Os idosos, porque uma das causas de diabetes seria o próprio envelhecimento humano. Os obesos, em função das comorbidades, como resistência à ação da insulina e por fim, a hereditariedade, que é um dos principais fatores de risco para o aparecimento de diabetes tipo 2 (mais frequente na população mundial) ”, explica Raquel Resende Silva, endocrinologista do Hospital São Camilo.

Diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não pode usar eficazmente a insulina que produz. A insulina, um hormônio que regula o açúcar no sangue, é responsável por fornecer a energia que precisamos para viver. Sem a presença dela no organismo, o açúcar se acumula a níveis prejudiciais no sangue.

“Grande parte dos casos de diabetes é evitável, pois mudanças simples no estilo de vida são capazes de prevenir ou retardar o aparecimento de diabetes do tipo 2, tais como: manutenção do peso corporal, prática de atividades físicas com regularidade e adoção de uma dieta saudável. De toda forma, vale destacar que independente do tipo, essa é uma doença tratável, que pode ser controlada, a fim de evitar complicações”, ressalta Raquel.

Conheça os diferentes tipos de diabetes:

Tipo 2
Este é o mais frequente tipo de diabetes no mundo todo (compreende cerca de 90% dos casos). Pessoas com diabetes tipo 2, geralmente, produzem sua própria insulina, mas não o suficiente. Normalmente, fatores como hereditariedade, obesidade, sedentarismo e envelhecimento são os responsáveis pelo desenvolvimento da doença, que é crônica na maioria das vezes. Em alguns casos, a depender da causa, ela pode ser curada, como em obesos que perdem muito peso e deixam de apresentar sintomas de diabetes.

Tipo 1
Este tipo é também conhecido como diabetes autoimune, ou seja, quando o indivíduo já nasce com uma predisposição genética para desenvolver a doença em função da presença de proteínas específicas contra as células do pâncreas produtoras de insulina. Esses indivíduos, na maioria das vezes, podem não apresentar nenhum familiar com diabetes, e mesmo assim, desenvolver a doença em algum momento da vida. Normalmente, os casos de diabetes tipo 1 são diagnosticados em crianças, adolescentes ou adultos jovens. Nestes casos, os diagnósticos são mais fáceis, pois normalmente os indivíduos acometidos apresentam sintomas evidentes de hiperglicemia (boca seca, aumento da sede e da urina) e que se manifestam de forma abrupta. A diabetes tipo 1 é uma doença crônica, sem cura até o momento.

Gestacional
Ocorre quando a mulher é diagnosticada com diabetes durante o período da gravidez e, portanto, a doença não existia ou não havia o diagnóstico prévio. Durante a gestação são realizados exames de pré-natal que avaliam tanto a glicemia em jejum, quanto a glicemia pós-prandial (na chamada “curva glicêmica”). Os fatores de risco para desenvolver este tipo de diabetes seriam história familiar positiva (mãe ou irmã que já tiveram), ganho excessivo de peso e predisposição genética. Os riscos da doença são: prematuridade, más-formações fetais, fetos macrossômicos (grandes), polidrâmnio (aumento do liquido amniótico), hipoglicemia grave neonatal, entre outros. A melhor forma de evitar é cuidando bem da alimentação na gravidez e controlando o peso, a fim de prevenir ganho excessivo.

Pré-diabetes
A doença é chamada assim quando o indivíduo apresenta uma forte tendência ao desenvolvimento da diabetes, porém seus níveis ainda não estão nos patamares que definem a doença propriamente dita. Hoje em dia, considera-se a pré-diabetes como uma nova entidade de doença, e a mesmo se caracteriza por:
- Glicemia em jejum entre 100 e 126 mg/dl;
- Glicemia pós-prandial (após 2 horas da refeição) entre 140 e 200mg/dl;
- Hemoglobina glicada (HbA1c) entre 5,8 e 6,4%.

Como tratar?
Consultas médicas de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce da doença. Após a realização de exames, o médico poderá diagnosticar a diabetes e o tipo da doença. Com essas informações, será indicado o tratamento mais adequado  para início imediato.

Se não tratada, a diabetes pode causar retinopatia (que pode levar ao descolamento da retina e até à cegueira), nefropatia (principal causa de insuficiência renal crônica), neuropatia (redução da sensibilidade e sensação de formigamento nas mãos e pés), pé diabético (formigamentos, perda da sensibilidade local, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência, além de fraqueza nas pernas), infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros.


 Raquel Resende Silva - endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Giovanna Antonelli oficializa com a Zattini parceria de sucesso




A nova campanha da marca, estrelada pela atriz, foi lançada com exclusividade durante a festa

Zattini comemorou ontem, (30/03), em grande estilo, o lançamento da parceria com a atriz global Giovanna Antonelli, que também é o rosto da nova campanha da marca.

A festa aconteceu no Museu A Casa, em São Paulo e contou com a presença de Gio, a apresentadora Titi Muller, entre outros socialites paulistanos.

"Estou muito feliz com esta aproximação! A Zattini sempre me salva durante os meus dias hiper corridos. Eu posso comprar a qualquer hora e renovar meus looks com peças estilosas e das melhores marcas, que estão disponíveis no e-commerce", comenta Giovanna, durante o evento.

Esta foi apenas a primeira novidade entre o e-commerce e a Gio, 2016 promete manter o ritmo leve e descontraído da atriz em outros momentos especiais.






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