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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Parque Villa-Lobos receberá atendimento vascular gratuito


12º edição do Dia Vascular de São Paulo será realizada no dia 16 de setembro e oferecerá orientação e triagem das principais doenças vasculares na população




O atendimento, feito por cirurgiões vasculares, residentes da especialidade, acadêmicos e alunos ligados à SBACV-SP, será em tendas de apoio. Os médicos realizarão uma triagem das principais doenças venosas e arteriais periféricas, bem como exame Doppler de onda contínua nos pacientes que apresentarem alguma alteração.

Os participantes também receberão orientações dos profissionais quanto aos sinais e sintomas dessas doenças, para ficarem alertas aos perigos de alguns comportamentos de risco e às devidas precauções a serem tomadas. Ainda poderão conferir apresentação de vídeo sobre doença venosa e exposição de banners explicativos sobre trombose venosa, doença arterial periférica, aneurisma de aorta e obstrução de artérias carótidas.

Para quem estiver passeando pelo parque no dia da ação, serão distribuídas cartilhas com orientações e haverá convite para participar de uma aula de aeróbica.

"O objetivo do Circulando Saúde é aproximar a nossa especialidade da população, possibilitar que os cidadãos conheçam os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças vasculares e oferecer atendimento com Angiologistas e Cirurgiões Vasculares a uma parcela da população que tem difícil acesso ao especialista. Esta é a terceira edição do projeto, que já passou por São Luís, Recife e até o fim do ano ainda vai contemplar mais duas cidades", afirma o presidente da SBACV, Dr. Roberto Sacilotto.


Causas e sintomas das principais doenças vasculares

Sedentarismo, má alimentação, cigarro, pressão alta e estresse do dia a dia são algumas das causas mais recorrentes das doenças vasculares.

As varizes são as mais comuns e estima-se que 30% da população mundial têm varizes (conforme região do mundo), afetando mais as mulheres (70%) do que os homens (30%). Os sintomas mais frequentes são: dor, cansaço e sensação de peso nas pernas, ardência, edema (inchaço), câimbras, dormência e áreas de pele inflamada com prurido (coceira).

Antes de qualquer cirurgia, em alguns casos, tenta-se o tratamento das varizes com o uso de meias elásticas, principalmente durante a gestação, e a utilização de medicamentos flebotônicos que melhoram o fluxo venoso, exercícios e emagrecimento.

Além do tratamento clínico das varizes, alguns procedimentos podem ser necessários para minimizar o problema. Escleroterapia, a famosa secagem dos vasos, procedimento este que deve ser sempre realizado por médico especialista vascular, trata-se da injeção de substâncias na forma líquida ou com mistura gasosa (mais conhecida como espuma) para desaparecimento das telangiectasias ou aranhas vasculares (vasinhos). Outra técnica para este tipo de doença é a utilização do laser que também pode ser realizado nos pequenos vasos. Em alguns casos pode ser realizada a aplicação de espuma ou também utilizada a técnica de ablação (queimar para secar a veia), como no uso do laser ou de fibras de radiofrequência.

“Para as varizes de médio e grosso calibre nas pessoas com sintomas de peso, cansaço e queimação a técnica cirúrgica para retirada destas veias ainda é a mais utilizada em nosso meio. A escolha da alternativa mais adequada pode variar dependendo do caso, mas sempre sob realização do médico especialista Vascular”, destaca o presidente da SBACV-SP, Dr. Marcelo Calil Burihan.

Outra doença que está se tornando mais frequente é a Arterial Periférica, conhecida como má circulação. A prevalência é atingir de 3 a 5% da população depois dos 50 anos e de 500 a 1.000 indivíduos por ano por milhão de habitante. Tudo isso aponta para um alerta: a isquemia de membros (amputação). Em torno de 120 a 500 casos por milhão de habitantes, dependendo da região – Consenso Mundial.

O Dr. Marcelo explica que tratamento clínico é a primeira abordagem. Já o cirúrgico, com a realização de pontes utilizando-se a safena ou materiais sintéticos; e as angioplastias, desentupimento da circulação com cateteres ou com stents; devem ser reservadas para os casos mais graves. “A cessação do tabagismo, o controle rigoroso do diabetes e da dislipidemia (aumento do colesterol), a mudança do hábito alimentar e a realização de exercícios físicos regulares são essenciais para que não haja a progressão da doença”, salienta. 





Serviço

12º Dia Vascular de São Paulo
Data: 16 de setembro de 2018
Horário: Das 9 às 14 horas
Local: Parque Villa-Lobos
Endereço: Av. Professor Fonseca Rodrigues, 1025 – Pinheiros, São Paulo (SP)
Informações: (11) 5087-4888 |secretaria@sbacvsp.org.br


Sobre a SBACV-SP

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP, entidade sem fins lucrativos é a Regional oficial da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) no Estado de São Paulo, e também representativa dos médicos que atuam nas especialidades de Angiologia e de Cirurgia Vascular, nas áreas de atuação de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia, Ecografia Vascular e outras áreas afins às especialidades. www.sbacvsp.org.br.


Sobre a FQM FARMA

A FQM Farma é uma indústria farmacêutica especializada em medicamentos vendidos sob prescrição médica. Sua linha de produtos está presente em farmácias de todos os Estados do Brasil. A fábrica está localizada no Rio de Janeiro e possui a certificação de boas práticas, emitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A sua missão é promover a saúde e o bem-estar, colocando à disposição da classe médica e profissionais de saúde, soluções terapêuticas modernas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida.


Sete profissões que mais castigam as articulações


Especialista diz que dieta, exercícios e boa postura são fundamentais para evitar dores articulares 


Ao contrário do câncer e do infarto, a artrose não mata no curto ou médio prazo. Mas ela pode fazer com que uma pessoa sofra com dores fortes e frequentes por longos anos – principalmente se ela tiver artrite ou artrose de quadril. No Reino Unido, calcula-se que um terço das reclamações às seguradoras de saúde esteja relacionado ao desgaste comum das articulações – o que só piora com o tempo, já que a expectativa de vida está aumentando, bem como a obesidade. Na opinião do médico Robert Moots, da Universidade de Liverpool, o desgaste das articulações pode começar já na faixa dos vinte ou trinta anos – mesmo que a pessoa ainda não apresente sintomas. E um dos principais gatilhos é a má postura.

De acordo o médico ortopedista Lafayette Lage, especialista brasileiro em joelho e quadril, problemas posturais – ao lado de sobrepeso/obesidade e sedentarismo – têm levado muitos pacientes de meia-idade à sala de cirurgia. “Embora eu seja muito mais favorável a uma cirurgia de Resurfacing, que permite um retorno às atividades normais depois de seis meses de pós-operatório, ao invés de deixar o paciente sofrendo dores por anos e vendo sua vida passar cheia de limitações, a melhor forma de enfrentar o problema é a prevenção. E isso, certamente, passa por uma reeducação postural. Porém, outras causas também podem contribuir para o desgaste precoce das articulações, como uma anatomia anormal (malformação congênita), traumas no esporte e acidentes prévios”.

Lage chama atenção, por exemplo, que as brasileiras exageram no uso do salto alto. “Nos Estados Unidos, a mulher vai de casa para o trabalho geralmente de tênis (mesmo com roupas formais) e somente quando chegam a seus destinos é que elas calçam saltos. Em contraste, no Brasil a pessoa já sai de casa de salto alto, enfrentando às vezes longas distâncias a pé ou no transporte público até chegar ao local de trabalho. No longo prazo, isso castiga as articulações – até porque o corpo tende a projetar o quadril para a frente para melhor se equilibrar no salto. Essa situação – que se estende por mais de dez horas ao dia, cinco dias por semana – gera uma reação em cadeia, afetando joelhos, quadril e coluna lombar”.

O médico alerta para o fato de que profissionais que passam o dia todo sentados – seja num automóvel, seja em frente a um computador – também estão entre as maiores vítimas de dores articulares. “A posição sentada é a que mais sobrecarrega os discos intervertebrais. Sejam motoristas, executivos ou estudantes, quem passa o dia todo sentado num carro ou inclinado sobre uma mesa de trabalho certamente vai sofrer as consequências da má postura. Isso faz com que os músculos glúteos percam tônus, se enfraqueçam, e acabem aumentando os riscos para dores lombares, dor nos joelhos, rigidez no pescoço e nas costas”.

A prevenção para todas essas dores, segundo o especialista, é de certa forma simples: 1. Adotar uma dieta saudável e balanceada para evitar sobrepeso; 2. Fortalecer os músculos através de exercícios físicos regulares prescritos por um ortopedista;  3. Estar atento à postura até mesmo na hora de dormir. “Quem trabalha sentado por longos períodos deveria se levantar a cada duas horas (no máximo) para restabelecer uma boa circulação sanguínea e ‘acordar os músculos’. Já quem trabalha em pé o dia todo deveria tirar alguns minutos por período para fazer alongamento e descansar, sempre prestando atenção na respiração e na coluna ereta. E tem mais: nada de dormir de bruços! Quem dorme de bruços submete a articulação do pescoço a uma torção por seis, oito, dez horas por dia. Isso, no médio prazo, faz com que a pessoa comece a sentir dores de cabeça, formigamento nas mãos e dor nas costas, ombros etc. Quem não consegue dormir de barriga para cima, que seria o ideal, deveria se forçar a dormir sempre de lado, com um travesseiro que apoie bem cabeça e pescoço”.

A seguir, Lafayette Lage aponta as sete profissões que mais castigam as articulações:


  1. Atletas profissionais. “O amor de um atleta pelo esporte e a camisa que defende às vezes é impactado por fortes dores nas articulações. Artrite nos joelhos e nos quadris é o diagnóstico de muitos desses esportistas, que correm, pulam, caem, chutam, se torcem e retorcem para atingir alta performance”.
  2. Professores/Comerciantes. “Em quem passa o dia todo em pé, seja numa sala de aula, seja atrás do balcão de uma loja, a artrite começa a se fazer presente pelos membros inferiores. Pés e pernas são os que mais sofrem no começo, mas a dor e os danos podem se estender para quadril e coluna com o tempo. Nesses casos, os saltos altos são grandes vilões”.
  3. Operários. “Não importa se a pessoa é um operário da indústria da construção ou da indústria têxtil. Quem faz movimentos repetitivos ao longo de toda a jornada de trabalho, ano após ano, tem risco aumentado para artrose. Isso porque determinadas juntas sofrem uma pressão estressante, há um desgaste acelerado da cartilagem, e pode resultar em dores intensas”.
  4. Músicos/Dançarinos. “Assim como atletas de alta performance, músicos e dançarinos se submetem a rotinas intensas de treino até atingirem a perfeição. São os movimentos repetitivos, mais uma vez, que geram estresse nas articulações. Embora muitos artistas desse nível tenham articulações soltas, elas acabam sendo castigadas pelo excesso”.
  5. Motoristas. “Nos últimos anos, o serviço de transporte em veículo particular multiplicou a quantidade de motoristas de aplicativo nas grandes cidades. O fato de passarem longas jornadas trabalhando para atingir suas metas fez com que aumentasse também as queixas de dor. A profissão de motorista, seja de automóveis, ônibus ou caminhão, impõe que a pessoa passe cada vez mais horas sentada – e geralmente numa posição nada ideal para a coluna. Além de ser terrível para pescoço e costas, muitos profissionais acabam tendo problemas de quadril porque perdem o tônus muscular e repetem inúmeras vezes ao longo do dia os movimentos de levantar e sentar”.
  6. Executivos. “Não importa a área de trabalho. Quem passa muitas horas por dia sentado à frente de um computador é um sério candidato a desenvolver artrite. Apesar de esse tipo de profissional não ter de carregar grandes pesos ou operar maquinário pesado, passar tantas horas na mesma posição certamente vai comprometer a postura e, na sequência, desencadear quadros de artrite. Essas pessoas são suscetíveis a dores nas costas, nas pernas, nos braços e no pescoço – embora o quadril também acabe ficando mais frágil pela falta de tônus muscular”.
  7. Dentistas e outros profissionais da saúde. “Os cirurgiões-dentistas às vezes passam duas, três, quatro horas debruçados de forma inclinada e enviesada na direção de um paciente. Neste caso, dores no pescoço, parte superior das costas e nos membros inferiores são constantes, se intensificando com o passar dos anos. Também os enfermeiros sofrem bastante com dores nas costas, já que estão sempre inclinados para medicar seus pacientes, carregam pesos bastante exagerados com frequência e cumprem longas jornadas de trabalho”.






Fonte: Prof. Dr. Lafayette Lage – médico ortopedista, especialista em joelho e quadril. www.clinicalage.com.br


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