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domingo, 2 de julho de 2017

Os efeitos silenciosos da hipertensão



Especialista alerta para a importância do tratamento da pressão arterial elevada, mesmo quando não há sintomas


A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Trata-se de uma doença silenciosa e assintomática na maioria dos casos. Sintomas como dor de cabeça, dor na nuca, náuseas, tonturas e falta de ar são frequentemente associados a essa condição, mas podem estar relacionados a outras doenças associadas. No Brasil, cerca de 30% dos pacientes apresentam elevação da pressão arterial e o número de pessoas diagnosticadas cresceu em quase 15% nos últimos dez anos, segundo dados do Ministério da Saúde. O tratamento inadequado pode levar a complicações cardiovasculares e a redução na expectativa de vida.

A elevação da pressão arterial causa alterações nos principais órgãos – coração, cérebro, olhos e rins – e nas artérias que os irrigam. Assim, o hipertenso sem tratamento está sujeito a sofrer uma série de consequências, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, aneurisma, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, alterações visuais, impotência sexual e até demência.

“Como medida de prevenção, em pessoas que não são hipertensas, é importante a aferição da pressão arterial, por um profissional de saúde, pelo menos uma vez ao ano. Quando o paciente é hipertenso, a frequência da medida depende do valor da pressão e do risco de cada caso. O valor ideal para a redução do risco cardiovascular é de 120 por 80, ou menos. Quando superior, principalmente se isso ocorre com frequência, é importante procurar um médico. Por não apresentarem sintomas, muitos hipertensos só o fazem quando já ocorreu repercussão sobre algum órgão”, afirma o cardiologista Thiago Macedo, do Hospital TotalCor.

Mesmo quando o paciente não apresenta sintomas, o tratamento da hipertensão deve ser feito de forma contínua e com acompanhamento médico periódico, o que reduz consideravelmente o risco cardiovascular. Na consulta, o profissional pode avaliar se há necessidade de ajustes na medicação e pode fornecer orientações sobre alimentação e prática de exercícios físicos, assim como solicitar exames para verificar a evolução clínica.





REJUVENESCIMENTO DA COLUNA



Quais procedimentos podem ser realizados para restaurar a mobilidade ​ de quem sofre com problemas na coluna vertebral


As doenças degenerativas dos ossos e articulações atingem cada vez mais não apenas os idosos, mas também uma parcela jovem da população. Esses males continuam sendo uma das maiores preocupações da área da saúde, principalmente, quando o assunto é qualidade de vida.

Ficar muito tempo numa mesma posição, manter hábitos de má postura e o desgaste natural, são apenas algumas situações que trazem consequências graves e demonstram que a coluna vertebral precisa de atenção.

Uma vez instalados os mais variados tipos de problemas, como Cervicalgia, Lombalgia, Espondilose, Hérnia de Disco, Artrose, Lordose, Cifose, Escoliose, entre outros, o principal objetivo, durante o tratamento da coluna, é livrar o paciente da dor tendo em vista o menor prejuízo para suas funções diárias.

Muitos medicamentos prescritos nos consultórios, dependendo das características químicas de cada um, terão efeitos colaterais nos rins, fígado, coração e sistema nervoso central, resultando em problemas, muitas vezes, mais graves, como insuficiência renal ou hepática, infarto, sonolência e déficits em geral de concentração e memória, citando apenas alguns deles.

Para reduzir a administração de medicamentos, muitos médicos lançam mão da fisioterapia, práticas de melhorias na postura e reeducação de comportamento e atitudes para uma coluna mais saudável, menos comprometida e sem dores.

Porém, o que muita gente não sabe é que, quando o desarranjo que se estabelece na região e causa dores tem origem numa alteração mecânica (isto é, uma estrutura saiu de seu lugar e invadiu o espaço de outra). Essa situação vai afetar em grandes proporções toda a anatomia original da coluna com pioras progressivas e, mesmo com o grande apelo popular das práticas
descritas acima, o sucesso será sempre temporário.

A única maneira de restabelecer o equilíbrio é "remover o invasor da área invadida", ou seja, se o paciente tem uma hérnia de disco, uma dilatação do disco intervertebral causando compressão de uma raiz do ciático, não haverá outra medida capaz de resolver definitivamente o problema a não ser uma intervenção nesse local.

De acordo com o ortopedista José Otávio Correard Teixeira, graças à evolução técnica, hoje é possível abordar diferentes problemas da coluna vertebral por vídeo cirurgia, acessos microscópicos e procedimentos minimamente invasivos. "É feita uma pequena dilatação de espaços entre os músculos, onde será possível abordar diretamente o problema que causa a dor, com o intuito de corrigí-lo sem grande perturbação das estruturas vizinhas. A não introdução de 'corpos estranhos', por exemplo, oferece a possibilidade de uma rápida regeneração e permite um quadro cirúrgico de pequena agressão ao corpo, fazendo com que o paciente retorne rapidamente às atividades rotineiras. E sempre bom lembrar que problemas tratados no seu início têm soluções mais simples e recuperação mais rápida".

Quanto mais cedo se avaliar a necessidade deste tipo de tratamento, mais fácil será a recuperação e maiores serão as chances de uma vida sem dor e com mais qualidade.

A anestesia costuma ser local com sedação e o procedimento demora em torno de uma hora e meia a duas horas. A internação dura 24 horas, com 15 dias de repouso e, após este período, já é possível o retorno gradativo do paciente às atividades normais.

As cirurgias minimamente invasivas estão se tornando o procedimento mais eficaz para tratar esses problemas e garantir uma vida sem preocupação aos pacientes que sofreram durante anos com problemas na coluna vertebral.

Uma vida sem dores e a mobilidade para realizar as tarefas do dia-a-dia têm comprovado que, quanto mais cedo os diagnósticos forem detectados, mais qualidade de vida os pacientes terão. "Uma vez observado que alguns paliativos já foram adotados e não surtiram o efeito esperado, uma avaliação médica e um bom planejamento cirúrgico garantem resultados satisfatórios e eficientes", finaliza o especialista.







JOSÉ OTÁVIO CORREARD TEIXEIRA - Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo, fez residência médica durante 3 anos na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, com destaque para cirurgia da coluna, cirurgia de grandes articulações, criopreservação de tecidos para transplante. Também estudou por 3 anos na UCLA, nos EUA, com ênfase em cirurgia da coluna vertebral, fatores de crescimento e diferenciação celular e células tronco. Nesses locais teve contato com as pesquisas de regeneração de tecidos, transplantes e células tronco.
Instalou o Banco de Tecidos para o Hospital das Clínicas de SP e desenvolveu aloenxertos de válvulas cardíacas para o INCOR.
Atua há 20 anos como ortopedista e trabalha nos Hospitais Sírio-Libanês, Santa Catarina e 9 de Julho. Foi pioneiro em técnicas minimamente invasivas e, além da rotina de cirurgião nos hospitais citados, desenvolve técnicas de regeneração discal e participa do desenvolvimento de aplicativo para prevenção de problemas da coluna.
Realizou um bem-sucedido transplante de cotovelo num paciente que sofreu um acidente de carro e chegou ao hospital sem sentidos por conta do impacto da batida.







Candidíase: ginecologista explica sintomas e tratamento




Muitas mulheres já foram diagnosticadas pelo menos uma vez com candidíase, doença causada por algum dos tipos do fungo Cândida, presente em cerca de 20% da população feminina. No entanto, a ginecologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Maria Rita Curty, explica que não é preciso temer a presença dele, o qual convive em harmonia com outros micro-organismos da flora vaginal. “A candidíase surge quando há a proliferação demasiada da Cândida albicans ou glabrata em relação aos outros micro-organismos presentes”, esclarece a profissional.

Normalmente, há suspeita de desequilíbrio na flora quando ocorre o sintoma de prurido (coceira) vulvar, vaginal e na região da virilha. “Nós, ginecologistas, conseguimos identificar por meio de avaliação visual, devido à vermelhidão, e ao passar o aparelho espéculo que observa o colo do útero, indicando caso as paredes vaginais estejam avermelhadas e com secreção esbranquiçada”, comenta Dra. Maria Rita. Também é possível diagnosticar o fungo no resultado do exame de Papanicolau.

A principal causa para o aumento da Cândida no organismo é a queda da imunidade. “Isso pode acontecer pelo uso de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, diabetes descompensada, entre outros motivos. É um fungo comum, mas que, com a imunidade baixa, se prolifera pelo meio propício que é a vagina com suas mucosas, úmida e quente”, explica a ginecologista.

De acordo com a Dra. Maria Rita, a candidíase pode ser evitada com hidratação diária, alimentação regrada com nutrientes e vitaminas, boas noites de sono e atividades que amenizem o estresse. Também o consumo de vitamina D e probióticos (bactérias que fazem bem) costuma ser eficaz em pacientes que apresentam os sintomas repetidamente. 

Para tratamento, são receitados antifúngicos via oral e em cremes ou pomadas vaginais. “Se não cuidar, além da maior proliferação fúngica, pode ocorrer alterações na quantidade de bactérias, com aparecimento de secreção amarela esverdeada, agravando os sintomas e necessitando de antibiótico”, alerta. 



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