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domingo, 2 de julho de 2017

Após pedido da PROTESTE, projeto de lei que protege direito dos usuários que usam serviços públicos é sancionado

19 anos depois de a Emenda ter sido decretada, a Lei foi sancionada


Na última quinta-feira (22), a PROTESTE – Associação de Consumidores – enviou um ofício a Casa Civil pedindo que o Projeto de Lei 20/2015, que fixa normas para participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos, fosse sancionado. Na terça-feira desta semana (27), a Lei em questão foi sancionada pelo presidente Michel Temer. 

A nova lei cria um conjunto de regras para garantia dos direitos básicos dos cidadãos que valerá para os serviços prestados pelos Três Poderes, pelo Ministério Público, pela advocacia pública, bem como para concessionárias e outras empresas autorizadas a prestar serviços em nome do governo.

Em 1998, o artigo 27 da Emenda Constitucional nº19/98 estabeleceu, dentre outras coisas, que o Congresso Nacional, em cento e vinte dias após a publicação da Emenda, deveria elaborar a lei de defesa do usuário de serviços públicos. A reforma administrativa, como foi chamada a EC 19/98, veio com o intuito de trazer uma Administração Pública eficiente através da prestação eficaz de serviços públicos para os usuários. E hoje, 19 anos depois da determinação Constitucional, a Lei foi, finalmente, sancionada.

A PROTESTE vê como positiva a aprovação da Lei, que, com evidente atraso, garante direitos básicos já assegurados há muito tempo em diversos serviços prestados no regime de concessão fiscalizados por agências reguladoras como, por exemplo, empresas elétricas e de telecomunicações. Boa parte do novo marco regulatório diz respeito a garantias mínimas que qualquer cidadão deveria ter na prestação de qualquer serviço básico, tal como o direito a informação, de escolha, de ser atendido com gentileza e cortesia, em ordem de inscrição/chegada, entre outros.

A Associação acredita que foram implementados 4 avanços, sendo eles:


1 – Carta de Serviços ao Usuário, no qual os prestadores de serviços da administração pública, direta ou indireta, vão relacionar como e quais serviços estão sendo oferecidos;

2 – Relatório de Gestão que indicará o número de reclamações recebidas no ano anterior, os motivos das manifestações e como, e se, elas foram solucionadas. Além disso, o relatório será enviado para o órgão responsável que contará com ouvidorias para receberem tais reclamações;

3 – O usuário poderá apresentar manifestações perante a administração pública acerca da prestação de serviços públicos e poderão ser feitas por escrito, por e-mail ou verbalmente no próprio local de prestação de serviço, caso o usuário não queira, não possa ou não saiba escrever;

4 – Conselhos de Usuários para que eles possam fazer a avaliação da qualidade de determinados serviços e contribuições com sugestões para a sua melhoria.

O prazo para entrada em vigor desse novo marco regulatório também é dilatado, 365 dias, contados a partir da sua publicação, no caso da União, estados, Distrito Federal e municípios com mais de 500 mil habitantes. No caso dos municípios com uma população entre 100 mil e 500 mil habitantes, o prazo será de 540 dias; e no de municípios com menos de 100 mil habitante, 720 dias.

A PROTESTE acredita que embora a Lei seja uma conquista para os consumidores ainda está aquém da prestação dos serviços privados, regulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), e, em alguns casos, aquém dos serviços públicos prestados no regime de concessão. Um exemplo disso são os direitos do usuário de energia elétrica que, além de terem garantindo o direito a reclamação e de uma ouvidoria, a agência reguladora competente estabelece um prazo para resposta e avalia e pune as distribuidoras que estiverem performando mal a execução dos serviços de natureza pública concedida a iniciativa privada.

Segundo o Henrique Lian, diretor da PROTESTE, apesar da Lei, como já mencionado, estar aquém da prestação dos serviços privados “a PROTESTE a vê como um avanço, por isso, lutará pelo progresso do marco regulatório e por sua total implementação dentre os prazos estabelecidos”.






Redução de acidentes é prioridade do Ministério do Trabalho




Transporte rodoviário de cargas tem média superior a 17 mil ocorrências por ano nas estradas do país


O setor rodoviário tem sido uma das prioridades do Ministério do Trabalho (MTb) para garantir saúde e segurança para o trabalhador. Os números de acidentes de trabalho na área ainda são altos, mas o órgão tem desenvolvido diversas ações para minimizar esses índices. Uma delas é a campanha de fiscalização deste ano, que mapeou as rodovias brasileiras de norte a sul do país, autuando empresas por descumprir a legislação.

“O setor rodoviário de cargas é o maior destaque dentro os transportes. Em média, 15% dos óbitos ocorrem com motoristas de caminhão, considerando aqueles que trabalham em empresas de transporte propriamente ditas e os que trabalham no transporte de mercadorias para empresas de outras atividades econômicas”, salienta a secretária de Inspeção do Trabalho, Maria Teresa Jensen.

De 2011 a 2015, o transporte rodoviário de cargas foi responsável por 81.997 acidentes de trabalho, uma média de mais de 17 mil acidentes por ano no setor, que acumulou 1.503 acidentes fatais, segundo dados do  Anuário Estatístico da Previdência SociaL 2015 (disponível no link http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2015/08/AEPS-2015-FINAL.pdf.)

“Estes números alarmantes estão diretamente relacionados a aspectos da organização do trabalho”, afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. “Jornadas excessivas, pausas insuficientes e longos períodos de afastamento da família, entre outros fatores, contribuem de forma nefasta e decisiva para a ocorrência de acidentes nas estradas e nós estamos combatendo essa prática”, acrescenta.

Nos últimos cinco anos, segundo estatísticas da Previdência, morreram aproximadamente 2.780 trabalhadores do transporte terrestre, e 5.400 sofreram acidentes que deixaram sequelas permanentes. Entre todos os setores, o de transporte figura em primeiro lugar em mortes e o segundo em incapacidades permanentes.

Preocupado com essa situação, o Ministério do Trabalho criou um grupo especial de fiscalização do trabalho em transportes, o Getrac, que utiliza metodologia diferenciada para a identificação de irregularidades trabalhistas, sobretudo aquelas relacionadas à jornada dos trabalhadores do setor.

Desde a criação do grupo já foram fiscalizadas as principais empresas de transporte rodoviário de cargas do país, cooperativas de transporte e embarcadores, que são os grandes contratantes do serviço de transporte no país. “O Getrac realiza constantes fiscalizações no setor, através do trabalho da auditoria fiscal presente nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho”, enfatiza a secretária.




Etanol ainda mais sustentável



Participei ao lado do governador Geraldo Alckmin da assinatura do novo Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, durante a edição 2017 do Ethanol Summit, um dos mais importantes eventos do setor canavieiro. Esse documento visa superar os desafios advindos da mecanização da colheita e determina boas práticas ambientais para continuarmos a produzir com responsabilidade. 

Firmamos um protocolo que incorpora o conceito de que a agricultura é uma das maiores amigas da natureza. Trata-se de uma importante ferramenta para o cumprimento das metas firmadas em 2015 no Acordo do Clima de Paris, em vigor desde novembro de 2016.

O setor sucroenergético contribui para as duas linhas mestras do Acordo que são: o uso responsável do solo e uma maior inserção de biocombustíveis na matriz energética, tornando-a mais limpa. É um setor dos novos tempos, onde no mundo da energia, a palavra-chave na atualidade é “descarbonização”.

É um acordo feito entre o setor sucroenergético – representado pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana) e pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) - e o poder público - secretarias de Agricultura e Abastecimento e do Meio Ambiente e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).  

Com o documento, o setor decidiu antecipar metas e prazos. Em contrapartida, o Governo do Estado de São Paulo deu uma atenção particularmente na desburocratização com relação a licenças ambientais. Não mudou nenhum critério, não abrandou nenhuma exigência, mas agilizou essas licenças. 

Passados 10 anos, o resultado é altamente positivo. A área colhida sem a queima chegou a 97,5%. A redução de gás carbônico e equivalentes foi de 9,27 milhões de toneladas e a emissão de poluentes atmosféricos foi reduzida em 56 milhões de toneladas. Isso equivale às emissões de 162 mil ônibus a diesel circulando por um ano.     

A redução do consumo de água no processo industrial atingiu 40%, saindo de 1,52 metro cúbico na safra 2010/2011 para 0,91 metro cúbico na safra 2016/2017. 200 mil hectares de matas ciliares foram protegidos, 8.230 nascentes recuperadas e foram feitos programas de recuperação ambiental em pelo menos 60% das usinas e fornecedores de cana.

Este Protocolo até serviu de modelo para um acordo similar no setor de florestas plantadas e reflorestamento. Nós queremos expandir essa experiência também para outros segmentos, como, por exemplo, a citricultura. 

Tivemos resultados que foram decisivos para que o Estado de São Paulo pelo quinto ano consecutivo registrasse um aumento da cobertura vegetal nativa. Além disso, tivemos um resultado em termos globais ao evitar emissões de gás carbônico e uma mudança no padrão econômico e tecnológico, que foi o fato de que para uma lavoura que era queimada para ser melhor colhida, hoje nós temos 98% desta lavoura mecanizada. 

Isso significou um investimento muito grande. O número de máquinas saltou de 700 para 3.700 em 10 anos. Cada uma custou em torno de R$ 1 milhão. 3.000 máquinas a mais, multiplicadas por R$ 1 milhão, resulta em um investimento de R$ 3 bilhões. Ou seja, houve todo um desdobramento do ponto de vista de equipamentos, além de mudar o padrão e o perfil do nosso trabalhador do setor sucroenergético. 

Com o novo Protocolo que o governador Geraldo Alckmin nos autorizou a elaborar, estendemos o prazo em 10 anos, mas não foi apenas uma questão de data: novas exigências foram colocadas. O próprio fato de metas terem sido cumpridas implicou em novos desafios – e estamos prontos para superá-los em nome de uma produção alinhada com o respeito ao meio ambiente. 

Temos certeza de que, junto a nossos parceiros da Unica e da Orplana, conseguiremos implantar com sucesso as metas traçadas pelo novo documento. Um compromisso assinado em um dos mais importantes eventos mundiais sobre etanol. Com organização da Unica, o Ethanol Summit reúne a cada dois anos os maiores especialistas no assunto.

É momento de celebrar o etanol e sua responsabilidade ambiental, sempre levando em conta seu valor agregado, sua grande capacidade de melhoria social e enorme oportunidade de geração de renda. É o nosso combustível. O nosso orgulho. 





Arnaldo Jardim - deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
E-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br
Site oficial: www.arnaldojardim.com.br
Twitter: @ArnaldoJardim



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