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terça-feira, 29 de março de 2016

Instituto Emílio Ribas sofre com falta de medicamentos em pleno surto de gripe H1N1 e dengue





Maior hospital de doenças infecciosas da américa latina passa enfrenta falta de medicamentos que inviabiliza atendimento no pronto socorro

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, centro de referência no tratamento de doenças infecciosas graves, está hoje (28) sem medicamentos básicos para atendimento no pronto socorro. A denúncia foi recebida pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP).

Até o momento, foi relatada falta de medicamentos essenciais como o Cloreto de Potássio (KCI), usado no tratamento de pacientes que sofrem de distúrbios hidroeletrolíticos, e Ceftriaxone, antibiótico que é uma das primeiras opções no tratamento de pneumonia, além de ser usado para tratar diversas infecções. Em ambos os casos, o desabastecimento pode inviabilizar o atendimento de pacientes que chegam pelo pronto socorro do Emílio Ribas.

Para o presidente do SIMESP, Eder Gatti, o Instituto corre o risco de perder sua excelência no tratamento de doenças infecciosas. “O hospital passa por uma situação lamentável de falta de insumos em um momento de epidemia de dengue e surtos de gripe por H1N1. O atendimento no pronto socorro já está comprometido e se continuar assim, poderá ser totalmente inviabilizado”, alerta Gatti.

Gatti ainda informa que o Instituto chegou a passar por uma situação de desabastecimento de Dipirona injetável, medicação analgésica e para febre, e Nitazoxanida, utilizada para tratar infecções causadas por parasitas intestinais.

A falta de medicamentos pode ser reflexo do corte no orçamento da saúde de R$ 3,8 bilhões oficializado pelo governo no fim do ano passado. De qualquer forma, essa escassez de insumos relativamente baratos ainda acaba aumentando os gastos do Emílio Ribas, uma vez que os médicos precisam prescrever medicamentos substitutivos que são mais caros e poderiam ser poupados caso os estoques estivessem abastecidos.

“É uma conta que não fecha. Além de prejudicar o atendimento da população, colocando sua saúde em risco, ainda temos um aumento de gastos com medicamentos mais caros”, finaliza o presidente do SIMESP.


Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP)

Fundado em 1929, o Sindicato defende a atividade médica, a luta pela dignidade no exercício da medicina e o acesso à saúde como direito do cidadão. Aborda temas como planos de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), organizações sociais (OSs) e salário dos médicos, entre outros.

Dia da Saúde e Nutrição: avanços e desafios






Dia 31 de março o Brasil comemora mais um Dia da Saúde e Nutrição, cujo objetivo é conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde e a boa alimentação. Um retrospecto dessas duas áreas nos últimos cem anos mostra que o país tem o que comemorar, mas resta muito a conquistar.

No último século as doenças transmissíveis, em especial as diarreias na infância, a tuberculose e as doenças epidêmicas, como a febre amarela, as pneumonias, o tétano e o sarampo deixaram de ser as principais causas de morte no país. A fome, uma tragédia que ainda afeta milhões em muitos países africanos e em zonas em guerra, como a Síria, também deixou de ser um problema de saúde pública no Brasil.

Melhorias na infraestrutura de saúde e das cidades, como a expansão das redes de saneamento básico e a criação do Sistema Único de Saúde, em 1988, e mudanças sociais e demográficas, com destaque para o rápido envelhecimento da população brasileira, fizeram com que no século XXI predominem os problemas de saúde de natureza crônico degenerativa. Hoje, as principais causas de morte no país são as doenças do sistema circulatório, como os infartos do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais (os AVCs ou "derrames"), e os cânceres, além das mortes por causas violentas, como os homicídios e os acidentes.

Do ponto de vista nutricional a fome, uma tragédia do ponto de vista individual, hoje é relevante apenas no discurso político das esquerdas, restringindo-se a poucos bolsões no país. Os problemas nutricionais que adquiriram características epidêmicas no país são a obesidade e o sobrepeso, que constituem fatores de risco para as doenças do sistema circulatório e atingem mais da metade dos brasileiros com 18 anos e mais.

Os AVCs e os cânceres afetam principalmente os mais idosos e o rápido envelhecimento da população brasileira contribuiu para o aumento da mortalidade por essas doenças. São problemas para as quais a ciência já domina todo o ciclo, desde as causas até a prevenção e o tratamento, com exceção de alguns poucos tipos de câncer, que ainda são de difícil tratamento. O grande problema é que o tratamento dessas patologias é caro, envolvendo meios diagnósticos de imagem e laboratório, além de tratamentos cirúrgicos, radioterapia e quimioterapia que algumas vezes são de altíssimo custo.

Para garantir qualidade à quantidade de vida conquistada pela população brasileira são necessárias mudanças estruturais urgentes. A primeira delas é garantir renda na velhice, o que passa necessariamente pela reforma do sistema previdenciário, com regras que retardem as aposentadorias, pois nos moldes atuais, o sistema previdenciário é insustentável. O SUS, que foi um instrumento fundamental na modificação do perfil de morbidade e mortalidade da população brasileira, ao garantir um mínimo de assistência médica de hospitalar a todos os cidadãos, está falido.

O modelo universalista segundo o qual o SUS foi concebido em 1988 foi superado pela realidade e já não encontra respaldo na realidade social e econômica do Brasil atual. O país não tem a riqueza necessária para garantir assistência à saúde integral para toda a população. É hora de assumir que, à semelhança do que já ocorre no campo da educação, é o caso de garantir assistência integral a toda a população apenas em áreas críticas, como vacinação e transplantes, deixando o restante para ser adquirido no mercado privado por aqueles que assim o desejarem, medida necessariamente acompanhada da redução da carga tributária, atualmente exorbitante.

A exceção ficaria para a população de menor renda, com acesso integral ao sistema público de saúde, o que não excluiria a co participação dos cidadãos no pagamento de parte do custo dos procedimentos, como ocorre no sistema público português, um modelo interessante a ser avaliado com coragem pelos legisladores.

O fim da fome no Brasil, e o surgimento de uma multidão indivíduos com obesidade e sobrepeso é resultado de uma série de mudanças sociais ocorridas a partir da década de 1960. Modificações no estilo de vida, com a entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho e o consequente consumo de alimentos industrializados prontos e semi prontos, mais o fim das brincadeiras de rua das crianças, substituídas por atividades sedentárias, à frente das telas de TVs, smartphones e tablets, explicam o novo perfil nutricional brasileiro.

O quadro atual de morbidade e mortalidade é desafiador. Sedentarismo e obesidade, junto com o tabagismo e doenças como o diabetes e a hipertensão arterial são problemas associados ao aumento das doenças crônico degenerativas que matam o brasileiro. Os programas federais que favorecem o acesso a medicamentos para o tratamento do diabetes, hipertensão arterial e tabagismo não são suficientes para mudar a situação atual. São urgentes ações educativas estimulando mudanças comportamentais, estimulando a prática de atividade física e a redução na ingestão de sal e de calorias, além das mudanças na previdência social e no sistema público de saúde.      

 

Rodolpho Telarolli Jr. - médico, doutor em Saúde Coletiva e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara.

Nutricionista lista os benefícios de alimentos tradicionais na mesa do brasileiro




É comum a presença de alguns alimentos combinados nas refeições da maioria da população, como arroz e feijão, queijo com goiabada, aveia e iogurte, ovos e batatas e chocolate com morangos. A nutricionista clínica Regina Moraes Teixeira diz que alguns alimentos, quando juntos numa refeição, resultam em “pares perfeitos”, tanto no aspecto nutricional quando no paladar. “Muitas vezes, a riqueza de nutrientes não está somente em um tipo de alimento, é necessário uma união para que a refeição seja mais rica em vitaminas e saborosa”, afirma. A especialista explica os aspectos nutricionais e a quantidade de calorias presentes nestes alimentos:
  • Queijo com Goiabada
O queijo é ótima fonte de proteína animal, de cálcio e de vitamina B5.
A goiabada é rica em carboidratos por possuir açúcar simples na sua composição.
Devem ser consumidos com moderação pelo alto valor calórico. Há, em média, 250 kcal em uma pequena porção de queijo com goiabada.

  • Arroz e Feijão
A junção desses dois alimentos traz muitos benefícios à saúde, pois os aminoácidos que um tem o outro não tem. 
O arroz é rico em carboidratos, vitaminas e sais minerais, vitaminas do complexo B e, ainda, possui metionina, um aminoácido que ajuda a processar as gorduras e a preservar a função hepática.
O feijão, por sua vez, é rico em vitaminas B1, B2, B3 e B9, potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco, magnésio, e ainda a lisina, um aminoácido essencial. Apesar de ser uma fonte proteica, sozinho não consegue digerir todas as proteínas que ele oferece e, quando consumido com outro cereal, como no caso o arroz, consegue fazer a digestão de todas as vitaminas e proteínas.
Proporção de 3 colheres de arroz para duas de feijão, possui cerca de 239 kcal.
  • Aveia e Iogurte
A aveia é rica em proteínas, minerais e fibras, devido à presença de beta glucana, uma fibra hidrossolúvel que passa inerte ao processo digestivo, formando um gel em contato com a água, responsável por ligar ácidos biliares e eliminá-los pelas fezes. Isso faz com que o colesterol presente na corrente sanguínea seja mobilizado para formação de mais ácidos biliares reduzindo assim os níveis do colesterol no sangue.
O iogurte é rico em cálcio e proteínas. O mais indicado é o desnatado, já que não tem gorduras.
O valor calórico dependerá do tipo de iogurte, se desnatado (cerca de 100kcal).
A aveia deve ser consumida diariamente, cerca de 2 a 3 colheres de sopa (aveia em flocos: 2 colheres de sopa = 106 kcal)

  • Ovo e Batata
O ovo é uma excelente fonte proteica, rica em vitaminas e minerais, principalmente pela presença de colina, que faz parte das vitaminas do complexo B. Ajuda na absorção do colesterol “ruim” e também a reduzir a fadiga muscular. É bom para memória, concentração, desenvolvimento cerebral e crescimento saudável do feto. Possui, em média, 77kcal quando cozido (sempre certifique-se a melhor forma de cocção, pois isso muda o valor calórico da refeição).
A batata é fonte de carboidrato, fibra, vitaminas B, C, E, K, potássio, cálcio, ferro, magnésio, manganês e zinco. 100g possui 80 kcal, mas cuidado com o modo de preparo, prefira cozida ou assada.

  • Chocolate com Morango
O chocolate amargo possui muitas propriedades, melhora a saúde do coração e ajuda a combater o estresse, mas consuma chocolates com maior concentração de cacau, devido à presença de flavonoides (catequinas e proantocianidinas), que são antioxidantes naturais e ricos em potássio e magnésio.
O valor calórico varia: o ao leite, além de ser mais calórico, possui cerca de 4 vezes menos flavonoides que o amargo, 30 g 3 vezes por semana já são suficientes para obter os benefícios.
O morango é uma fruta rica em vitamina C, silício, manganês, potássio, vitaminas do complexo B e K, antocianinas e antioxidantes, que ajudam a combater radicais livres, além de ser pouco calórico, 100g possuem cerca de 30 kcal.

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