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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Alzheimer: como Terapia Ocupacional pode ajudar pacientes a terem mais qualidade de vida

Como Terapia Ocupacional pode ajudar pacientes
a terem mais qualidade de vida

Banco de Imagens
Doença atinge cerca de 1,2 milhão de brasileiros, de acordo com Ministério da Saúde. Terapia Ocupacional atua conforme estágio do Alzheimer


Setembro marca o mês de conscientização sobre o Alzheimer, doença neurodegenerativa e progressiva que impacta a memória, a linguagem e a percepção do mundo do paciente. No Brasil, de acordo com estimativa do Ministério da Saúde, são cerca de 1,2 milhão de pacientes diagnosticados.

A doença, ainda sem causas conhecidas e sem cura, apresenta fases e estágios. Em cada um deles, é preciso orientação profissional para garantir mais autonomia e qualidade de vida para a pessoa com Alzheimer, como a Terapia Ocupacional.

“O objetivo da TO é evitar a piora e a progressão dos sintomas, mantendo o paciente ao máximo no quadro mais básico possível, por mais tempo. Infelizmente, ainda sem cura, sabemos que o Alzheimer vai evoluir, mas trabalhamos para manter a memória e, com o passar dos estágios, adaptamos o trabalho”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Cristina, que tem mais de 30 anos de experiência.

Além do acompanhamento, a profissional reforça ser fundamental a participação da família e de pessoas próximas no processo. “Mas é preciso estar muito atento. Sempre dizemos que o diagnóstico de Alzheimer afeta não apenas o paciente, mas todos ao redor. A família sofre muito e também precisa ser tratada. Ela necessita de ajuda, suporte, de sustentação psicológica”.


Os estágios do Alzheimer

O Alzheimer possui quatro estágios trabalhados na Terapia Ocupacional. Em cada um deles, a busca é por maior qualidade e autonomia para os pacientes. No caso de Syomara, que atua em Curitiba, um dos métodos utilizados é o Perfetti.

Na primeira fase, chamada de preparo, o foco está em exercícios de manutenção da memória. Já nos estágios dois, três e quatro, a chave do sucesso é o estabelecimento e respeito a uma rotina.

“Quanto mais rotina o paciente tiver, menos crise ele terá. O Alzheimer é a perda da memória atual, e a manutenção da antiga, por isso nossa tarefa é jogar essa rotina para o passado, de forma que ele consiga criar uma relação”, frisa Syomara.

Para isso, o comprometimento familiar se faz fundamental. Em um almoço de família, por exemplo, é preciso manter os horários e tarefas da pessoa com Alzheimer para evitar um episódio de crise.

“Na TO, nós trazemos do passado a sensação para que o paciente tenha uma luz de contato. Quando falamos no quarto estágio, o mais avançado, é como se o Alzheimer fosse uma parada. A pessoa não tem mais contato nenhum, fica com o olhar perdido. E durante todo o processo, é importante que a família visite, mas respeite o espaço. Tirar de uma casa para a outra, por exemplo, desestabiliza”, afirma a terapeuta ocupacional.

Ainda assim, com o avançar da doença, a internação de pacientes pode ser a melhor opção. Apesar de ainda ser um tabu, a medida pode minimizar os riscos do paciente.

“O suporte de uma clínica é maior. É óbvio que estamos falando de um lugar com qualidade, mas é até mesmo uma questão de segurança. Como a pessoa com Alzheimer pode ter lampejos de realidade, ela pode sair para a rua. Alguns pacientes realmente precisam”, conclui Syomara.

 

Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 33 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.

 

Confira mitos e verdade sobre o Transtorno do Espectro Autista

Especialistas do CEJAM explicam condição que ganhou destaque nos últimos dias após diagnóstico recebido pela atriz Letícia Sabatella

 

A atriz Letícia Sabatella divulgou recentemente ter descoberto aos 52 anos o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracterizado como um distúrbio do desenvolvimento neurológico, relacionado a dificuldades comportamentais, desenvolvimento da comunicação e socialização.

Para elucidar o assunto, especialistas do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” esclarecem alguns mitos e verdades sobre o tema.



1. Existem tipos diferentes de autismo.

Verdade. De acordo com a psicóloga Ana Paula Ribeiro Hirakawa, que atua no Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV M’Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, há quatro tipos de déficits, que se diferem entre si, e englobam comunicação; interação social; repertório restrito; e comportamentos estereotipados e repetitivos. Além disso, o autismo também apresenta variações em níveis.

“Existem três níveis de gravidade dentro do espectro autista, dos quais serão avaliados os prejuízos na comunicação social e os padrões de comportamentos restritos e repetitivos, sendo eles: nível 3, exigindo apoio muito substancial, nível 2, exigindo apoio substancial e nível 1, exigindo apoio.”



2. Toda pessoa com TEA tem inteligência acima da média.

Mito. O autismo pode apresentar uma grande diversidade de sintomas e níveis. Assim, a profissional afirma que existem pessoas com TEA que têm habilidades direcionadas para algum assunto de interesse, mas não são todas.



3. É possível ser diagnosticado com autismo depois de adulto.

Verdade. Apesar dos sinais começarem a surgir nos primeiros anos de vida, a psicóloga explica que os sintomas podem não ser percebidos. “A pessoa com TEA pode se adaptar como qualquer outra, mas pode seguir apresentando dificuldades que interferem no seu dia a dia – por exemplo, nas relações sociais – porém, que não foram investigadas e acompanhadas anteriormente.”

Segundo a profissional, o diagnóstico é clínico, ou seja, não existe um exame específico para detectá-lo, por isso, ele deve ser feito a partir da observação do paciente. Alguns sinais que podem indicar o transtorno são: atraso na fala, interesse compulsivo por determinados assuntos e dificuldades de socialização e participação de atividades em grupos.

“A observação clínica se mostra importante para o diagnóstico, em que se considera a singularidade e subjetividade de cada sujeito, lembrando que é preciso ter cuidado para classificações generalizadas e banalizadas. Não é possível fazer um diagnóstico somente com um checklist obtido na internet”, alerta.

Ana ressalta, ainda, ser importante realizar uma investigação para excluir outros possíveis diagnósticos como avaliação auditiva e neurológica.



4. O tratamento para o autismo é multidisciplinar.

Verdade. O tratamento pode envolver diversos profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros.

A terapeuta ocupacional do CER IV M’Boi Mirim Vivian Ogawa enfatiza que na unidade são utilizadas diferentes estratégias para estimular o desenvolvimento, como horta terapêutica, atividades de cozinha, jogos e brincadeiras lúdicas.

“É sempre importante utilizar atividades de interesse e escolha do paciente, para uma maior vinculação terapêutica, protagonismo na atividade e melhor desempenho no processo terapêutico”, completa.

Vivian também destaca o papel da família no progresso do tratamento, praticando a inclusão e empoderando o indivíduo. “É essencial que a família insira o paciente em todas as atividades e rotina da casa, e nunca fazer por ele, mas sim auxiliá-lo a fazer e participar, mesmo que seja uma tarefa simples ou de forma adaptada.”

 

CER IV M’Boi Mirim



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
cejam.org.br/noticias


5 linguagens do amor para o cuidado com o Alzheimer

Em novo livro, os autores Gary Chapman, Deborah Barr e Edward G. ensinam como cultivar a conexão emocional com quem sofre do transtorno 

FreePik

Saber lidar de forma amorosa com as pessoas que sofrem de Alzheimer é fundamental para o bem-estar tanto do paciente, quanto do cuidador. Por isso, ao pensar naqueles que acompanham de perto o diagnóstico e o desenvolvimento da doença, o médico especialista em saúde mental Edward G. Shaw, em conjunto com o conselheiro conjugal Gary Chapman e a mestre no campo de educação em saúde, Deborah Barr, lançam pela Mundo Cristão o livro Mantenha vivo o amor enquanto as memórias se apagam. 

Nesta obra multidisciplinar, os autores compartilham experiências reais, além de apresentar conselhos práticos para os cônjuges, familiares, cuidadores e profissionais de saúde envolvidos no zelo de portadores do Alzheimer e outras doenças neuropsiquiátricas. Ao longo dos capítulos, Chapman também soma o conteúdo ao apresentar como os conceitos das cinco linguagens do amor podem ajudar os leitores a enfrentar a demência: mantendo uma conexão saudável e carinhosa com os pacientes sempre que fizer atos de bondade, quando usar palavras de afirmação, por meio de toque físico, presentes, entre outros.

Confira abaixo alguns desses exemplos que podem ser aplicados no cuidado diário de quem sofre do transtorno neurodegenerativo progressivo.  E saiba como dizer “eu te amo” também por meio de atitudes:

  • Atos de bondade e de serviços: olhe nos olhos da pessoa enquanto fala com você, sem se importar com o que ela diz ou como diz. Também inclua a pessoa nas conversas - em vez de falar sobre ela, como se não estivesse presente; 
  • Palavras de afirmação: responda toda pergunta repetida como se tivesse sido feita pela primeira vez. Converse com a pessoa (ainda que ela não consiga conversar de volta) sobre a vida dela, seu crescimento, casamento, filhos, netos, trabalhos e hobbies. Faça elogios a ela na frente de outros parentes; 
  • Receber Presentes: dê pedaço de chocolate, uma casquinha de sorvete, um biscoito ou qualquer outra coisa que ela goste. Também, coloque músicas dos anos de sua adolescência ou juventude para que a pessoa possa ouvir; 
  • Momentos de qualidade: leia para quem está com a demência ou, se o próprio conseguir, peça para que ele leia para você ou para um neto. Faça um passeio de carro, conte histórias e assista a um filme favorito muitas e muitas vezes.
  • Toque físico: segure a mão e dê uma caminhada. Dê um abraço (e beije, se for adequado). Sente-se perto e segure o paciente se ele estiver com medo, irritado ou agitado. 

Divulgação
Editora Mundo Cristão
Ficha técnica:


Título
: Mantenha vivo o amor enquanto as memórias se apagam
SubtítuloAs 5 linguagens do amor para o cuidado com o Alzheimer
Autores: Gary Chapman, Deborah Barr e Edward G. Shaw
Editora: Mundo Cristão
Edição: 1.ª ed, 2023
ISBN: 978-65-5988-173-4 
Categoria
: Relacionamentos 
Páginas
: 256 
Preço
: R$ 61,90
Onde encontrar
Amazon 

 

Sobre os autores: 

Gary Chapman é pastor e conselheiro conjugal há mais de 35 anos. É autor de inúmeros livros, sendo que seu livro As 5 linguagens do amor serve de inspiração a este. É casado com Karolyn, com quem tem dois filhos e três netos. 

Deborah Barr é mestre no campo de educação em saúde e jornalista. Como principal escritora e coletora de informações para a equipe, este livro é basicamente escrito na “voz” dela. 

Edward G. Shaw é médico e conselheiro na área de saúde mental. A ideia central deste livro foi inspirada em sua comovente história pessoal de cuidado com Rebecca, sua esposa, e em seu uso inovador das cinco linguagens do amor no aconselhamento sobre demência. 

Sobre a editora: Fundada em 1965 na cidade de São Paulo pelo missionário americano Peter Cunliffe, a Editora Mundo Cristão publica Bíblias e livros de autores nacionais e estrangeiros e de diversos gêneros literários, sempre pautados pela postura teológica cristã, histórica e equilibrada.

Instagram: @mundocristao


O avanço no tratamento do Alzheimer por meio de uma abordagem abrangente

Pexels
Médico destaca a importância do apoio familiar e das estratégias de estilo de vida

 

O lecanemabe recebeu atenção mundial depois de ter sido o medicamento mais recente aprovado para a doença de Alzheimer e o primeiro tratamento aprovado para Alzheimer pela Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) dos EUA em mais de 20 anos. O donanemabe, um outro medicamento da classe, está sob análise para receber aprovação similar. A previsão é que a aprovação aconteça em um ano. O Dr. Vijay Ramanan, Ph.D., neurologista comportamental na Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, diz que é importante ver essas novas opções como possível parte de um plano geral de tratamento.

“Tentamos não transformar qualquer opção de tratamento em uma discussão de tudo ou nada com os pacientes, porque o controle da doença de Alzheimer deve ser um processo abrangente”, explica o Dr. Ramanan.

Os novos desenvolvimentos nas opções de tratamento da doença de Alzheimer tornam o Mês Mundial do Alzheimer, em setembro, particularmente oportuno.

O que o novo medicamento para Alzheimer significa para os pacientes

O lecanemabe é um medicamento promissor na remoção de placas amiloides do cérebro. Elas são os primeiros marcadores da doença de Alzheimer. Em seu estudo clínico, o tratamento com lecanemabe ao longo de 18 meses diminuiu modestamente o avanço do declínio cognitivo, mas ele não pode ser usado por todos os pacientes, de acordo com o Dr. Ramanan.

“O lecanemabe só é adequado para os pacientes que receberam a confirmação para estágios relativamente leves da doença de Alzheimer”, explica ele. “Não há evidências que apoiem o uso do medicamento em pacientes com estágios mais avançados da doença ou em pacientes com funcionamento cognitivo normal.”

Os pacientes tomarão o lecanemabe a cada duas semanas por via intravenosa e farão exames regulares de ressonância magnética para verificar se há inchaço e/ou sangramento no cérebro, um efeito colateral conhecido como anormalidades de imagem relacionadas à amiloide ou ARIA.

“A perspectiva de ter algo que retarde o avanço da doença por meio da remoção da placa amiloide, um elemento importante da doença, faz com que o medicamento seja de especial interesse”, explica o Dr. Ramanan. “Entretanto, esses medicamentos são complexos e não serão a opção correta para todos os pacientes, o que indica a necessidade de considerar as nuances envolvidas, e também as conversas individualizadas na clínica.”

A importância do apoio familiar e das estratégias de estilo de vida

Para alguns pacientes que estão considerando o uso do lecanemabe, o comprometimento com infusões periódicas e exames regulares de ressonância magnética podem ser incompatíveis com o estilo de vida ou objetivos e, de acordo com o Dr. Ramanan, tomar uma decisão compartilhada com os pacientes e seus familiares sobre essas nuances devem ser discutidas.

Mesmo que o paciente não prossiga com a nova medicação, ele pode incorporar outros tratamentos medicamentosos para a doença de Alzheimer e estratégias de estilo de vida para ajudar o cérebro. Os hábitos de estilo de vida incluem atividade física, permanecer em convívio social, manter a mente ativa, consumir uma dieta balanceada e ter uma boa noite de sono.

“Tudo isso soa familiar, mas os fundamentos que são bons para o coração e o cérebro realmente afetam a saúde a longo prazo”, explica o Dr. Ramanan.

O futuro do tratamento do Alzheimer

O Dr. Ramanan explica que, no futuro, os pacientes com a doença de Alzheimer poderão necessitar de combinações específicas de medicamentos, dependendo dos sintomas e outros fatores, como no caso de pacientes com pressão arterial elevada, HIV e outras doenças complexas.

De acordo com o Dr. Ramanan, a pesquisa com a proteína tau, que se acumula no cérebro, vem despertando grande interesse na área. Como e quando a tau se acumula no cérebro são fatores estreitamente vinculados aos tipos e ao momento dos sintomas. Os primeiros estudos clínicos estão em andamento para verificar se a administração de medicamentos ao sistema nervoso pode reduzir o acúmulo de tau, entre outras estratégias.

“Reconhecemos que ainda não existe cura para o Alzheimer e doenças relacionadas, nem estratégias de prevenção integrais e completas para elas”, explica o Dr. Ramanan. “Mas, assim como com outras doenças, o futuro quase certamente exigirá uma combinação de estratégias de estilo de vida e, com sorte, terapias medicamentosas cada vez melhores.”

 

Mayo Clinic 

 

Mês de conscientização da SHUa: doença rara é mais frequente entre crianças e mulheres jovens

Relatório nacional traz registros de pacientes com a enfermidade, cuja origem é genética e impacta os rins

 

Em 24 de setembro acontece o Dia Internacional de Conscientização sobre a Síndrome Hemolítico Urêmica atípica, conhecida como SHUa, que tem em 2023 o primeiro ano com a data oficial no Brasil. A doença, de origem genética, evolui de forma não esperada e rápida, com três manifestações clássicas: anemia hemolítica, queda do nível de plaquetas no sangue e insuficiência renal. Acomete entre 2 e 5 pessoas a cada 1 milhão no mundo[1], sendo mais frequente em crianças e, entre pacientes adultos[2],[3], se mostrando levemente predominante em mulheres[4].

O primeiro relatório de registros de pacientes com SHUa no Brasil, desenvolvido em 2022 pelo COMDORA, Comitê de Doenças Raras da Sociedade Brasileira de Nefrologia, mostra que 56% dos pacientes brasileiros são jovens mulheres, com média de idade diagnóstica aos 20,7 anos e impacto renal em todos os casos[5]. Os pacientes pediátricos, comparado aos adultos, demonstram níveis mais baixos de hemoglobina e de plaquetas e níveis mais elevados de LDH5.

Maria Helena Vaisbich, coordenadora do COMDORA e médica nefrologista do Hospital das Clínicas, foi uma das responsáveis pelo levantamento. “Além de ser ultrarrara, a SHUa também é uma doença ‘ultragrave’, necessitando de um fluxo diagnóstico rápido, em cerca de 48 horas, para início do tratamento no tempo mais breve possível. Temos 10 anos de estudos com dados de ensaios clínicos e de vida real e estamos atualizando as recomendações e diretrizes para direcionar o tratamento da doença no país”, relata a médica.

Segundo o estudo, 76% dos diagnósticos de SHUa foram feitos após o primeiro episódio de microangiopatia trombótica (MAT)5, quadro presente nas manifestações clássicas da doença e que pode aparecer também em casos de púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), também de causa genética, e de SHU típica, causada por bactérias produtoras de uma toxina específica. Devido à semelhança dos sintomas, o diagnóstico correto deve ser feito por uma equipe médica especializada, composta de nefrologista e hematologista.

Para o diagnóstico de Pamela Notario, de Rondonópolis, em 2018, foi preciso que ela fosse transferida para São Paulo. Trinta e nove médicos estudaram o seu caso. “Tive o diagnóstico de SHUa depois de 2 meses internada, já em tratamento com hemodiálise devido à insuficiência renal. O primeiro sintoma foi um inchaço quando acordei, o que achei ser uma alergia alimentar. Fiz uma bateria de exames no pronto socorro e minha função renal estava muito alterada, então me encaminharam diretamente para a UTI. Ainda em Cuiabá, suspeitaram de síndrome hemolítica, mas não fecharam o diagnóstico. Fui de UTI aérea para São Paulo, com urgência, para ser atendida com mais recursos”.

O tempo e precisão do diagnóstico impactam diretamente no prognóstico dos pacientes. O tratamento precoce e adequado é capaz de salvar vidas e reduzir complicações da doença, como sequelas neurológicas e doença renal crônica[6]. “A SHUa resulta na desregulação da via alternativa do sistema complemento, parte do nosso sistema imune e essencial para a defesa do corpo[7]. Quando está desregulado, essas proteínas podem desencadear em uma cascata de reações que atacam células e tecidos, resultando em inflamação e na destruição de células saudáveis dos vasos sanguíneos[8]”, explica Silvana Miranda, médica nefrologista, preceptora da Santa Casa de Belo Horizonte e integrante do COMDORA.


Saiba mais sobre o sistema complemento

Parte chave do sistema de imunidade inata, é responsável por atuar rapidamente para detectar, destruir e eliminar micróbios, restos celulares e defender o organismo de maneira rápida contra infecções.
A imunidade inata tem resposta imediata, porém não produz memória imunológica e tem proteção contra um limitado número de patógenos que podem gerar doenças[9],[10].
Quando o sistema complemento está desequilibrado, as proteínas podem desencadear uma cascata de reações que atacam células e tecidos, resultando em inflamação e destruição de células saudáveis[11].


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[1] Goodship THJ, Cook HT, Fakhouri F, Fervenza FC, Frémeaux-Bacchi V, Kavanagh D, et al. Atypical hemolytic uremic syndrome and C3 glomerulopathy: conclusions from a “Kidney Disease: Improving Global Outcomes” (KDIGO) Controversies Conference. Kidney Int. 2017;91(3):539–51.

[2] RATHBONE J, KALTENTHALER E, RICHARDS A, TAPPENDEN P, BESSEYA, CANTRELLA. A systematic review of eculizumab for atypical haemolytic uraemic syndrome (aHUS) BMJ Open. 2013;3(11):e003573. doi:10.1136/bmjopen-2013-003573.

[3] LICHT C, ARDISSINO G, ARICETA G, et al. The global aHUS registry: methodology and 51 Initial patient characteristics. BMC Nephrology. 2015;16:207.doi:10.1186/s12882-015-0195-1

[4] FREMEAUX-BACCHI, V., FAKHOURI, F., GARNIER, A., BIENAIME, F., DRAGON-DUREY, M.A., NGO, S., et al., 2013. Genetics and outcome of atypical hemolytic uremic 50 syndrome: a nationwide French series comparing children and adults. Clin. J. Am. Soc. Nephrol. 8, 554–562.

[5] Maria Helena Vaisbich and others, on behalf of Rare Diseases Committee – Brazilian Society of Nephrology, Baseline characteristics and evolution of Brazilian patients with atypical hemolytic uremic syndrome: first report of the Brazilian aHUS Registry, Clinical Kidney Journal, Volume 15, Issue 8, August 2022, Pages 1601–1611, https://doi.org/10.1093/ckj/sfac097

[6] Cheong HI, et al Clinical Practice Guidelines for the Management of Atypical Hemolytic Uremic Syndrome in Korea. J Korean Med Sci 2016; 31: 1516-1528.

[7] Merle, N. S., et al. Complement System Part II: Role in immunity. Frontiers of Immunology. 2015. 6:257.

[8] Garred, P., Tenner, A. J., & Mollnes, T. E. Therapeutic Targeting of the Complement System: From Rare Diseases to Pandemics. Pharmacological Reviews. 2021. 73(2):792-827

[9] Abbas AK, et al. Basic Immunology: Functions and Disorders of the Immune System. 5th ed. St Louis, MO: Elsevier; 2016:1-26

[10] Murphy KP. Janeway's Immunobiology. 8th ed. New York, NY: Garland Science, Taylor & Francis Group LLC; 2012:37-73.

[11] Merle, N. S., Noe, R., Halbwachs-Mecarelli, L., Fremeaux-Bacchi, V., & Roumenina, L. T. (2015). Complement system part II: role in immunity. Frontiers of Immunology, 6:257. https://doi.org/10.3389/fimmu.2015.00257



Luz, calor e umidade: os inimigos da farmacinha caseira

Especialista dá 21 dicas sobre como armazenar medicamentos em casa, preservando sua eficácia e reduzindo riscos à saúde


Há alguns dias, viralizou nas redes sociais o vídeo de um rato percorrendo o corredor de um hospital público do Distrito Federal, até se esconder perto de caixas de medicamento. O caso serviu como um alerta sobre os riscos de se armazenar remédios em locais inadequados. Afinal, todo mundo tem algum remédio guardado em casa, mas nem sempre os medicamentos são armazenados de maneira correta. Dependendo de como forem acondicionados, os produtos podem perder eficácia e, em muitos casos, até causarem reações adversas e efeitos danosos ao consumidor. Os problemas incluem alergias e intoxicações e, em casos extremos, podem levar à morte. 

“Alguns medicamentos são muito sensíveis à luz e umidade. Então, é importante armazená-los de forma correta, protegidos de umidade, sol e outras formas de luz direta”, orienta Dafne Cristina Lopes Estevão, farmacêutica da rede de drogarias Farmais. “Esses fatores podem impactar tanto na estabilidade do produto como na sua eficácia.”

A profissional também afirma que os usuários de medicamentos sempre devem estar atentos à data de validade dos produtos. “Muitas pessoas costumam deixar remédios na chamada farmacinha, mas não olham a data de validade e, por vezes, acabam ingerindo medicamento vencidos. Então é preciso observar isso antes de consumir qualquer remédio.”

A seguir, a farmacêutica da Farmais dá 21 dicas essenciais sobre como armazenar e consumir os medicamentos, preservando sua eficácia e protegendo a sua saúde e a da sua família.


Dicas de armazenamento:

  1. Guarde os remédios de forma individual. Cada pessoa da casa deve armazená-los em um local específico. Isso evita que um pai ou mãe possa ingerir, de forma equivocada, o remédio do filho, por exemplo.
  2. Fique atento às instruções da bula sobre exposição à luz, temperaturas altas ou calor excessivo. Mantenha os medicamentos em lugares secos e frescos – banheiros e cozinhas devem ser evitados. Evite deixar remédios dentro do carro, onde estarão sujeitos a grandes variações de temperatura – porta-malas de veículos estacionados ao sol são péssimos locais para se guardar remédios.
  3. Certifique-se de que os medicamentos estão longe do alcance de crianças.
  4. Antes de manusear qualquer remédio, é importante lavar as mãos com água e sabão.
  5. Guarde os remédios nas embalagens originais. Isso facilita a identificação, o controle da validade e também a conservação dos produtos.
  6. Sempre manuseie os remédios em lugares claros. Isso facilita a leitura das caixas, bulas e embalagens e minimiza o risco de trocas acidentais.
  7. Não armazene medicamentos no mesmo espaço que produtos de limpeza, perfumaria e alimentos.
  8. Não deixe sem refrigeração os medicamentos que têm a recomendação de serem mantidos na geladeira. Sempre procure a orientação do farmacêutico para saber como deve ser feita a conservação de remédios em casa.
  9. Não deixe medicamentos na porta da geladeira – sujeita a grande variação de temperatura – ou muito próximos do congelador. 
  10. Abra somente um frasco ou embalagem de cada medicamento por vez.
  11. Evite contaminações nos produtos. Quando for utilizar pomadas, nunca passe o bico do tubo do medicamento em feridas ou diretamente na pele. Da mesma forma, não encoste o frasco de colírios nos olhos.
  12. Armazene os remédios que não estão sendo consumidos em local diferente dos medicamentos que estão em uso.
  13. Fique atento à data da validade dos produtos. Nunca tome remédios vencidos. É essencial seguir as instruções da bula sobre a durabilidade do medicamento depois de aberto.
  14. Observe eventuais sinais de degradação dos produtos. Caso perceba qualquer mudança na cor, na consistência ou no cheiro do remédio, consulte um farmacêutico antes de consumir o medicamento.
  15. Procure manter a receita junto aos remédios. Isso ajuda a garantir que os medicamentos estão sendo consumidos conforme a orientação do profissional.
  16. Antes de as datas dos remédios de uso contínuo vencerem, providencie novas receitas.


Dicas de manuseio e consumo

  1. Ao consumir medicamentos líquidos, use preferencialmente o medidor que acompanha o produto. Colheres caseiras devem ser evitadas.
  2. Não quebre comprimidos que não tenham marcação de divisão (aquele sulco que costuma dividir o comprimido).
  3. Não abra cápsula, nem triture comprimidos.
  4. Para evitar a ingestão de medicamentos errados, comece a consumir os remédios pela parte da cartela que não contém o nome do medicamento escrito na parte de trás. Se os primeiros comprimidos forem retirados do espaço em que estava escrito o nome do produto, a posterior identificação do medicamento será comprometida.
  5. Consuma remédios com água. Sucos, chás ou leite podem impedir a absorção adequada do princípio ativo.

 

Medicamento para tratar crise de angioedema hereditário pode ser incorporado pelo SUS

AEH pode levar a óbito se o paciente não portar o medicamento de crise

                      Consulta Pública acontece até o dia 09/10

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) abriu consulta pública para avaliar se o SUS passará a disponibilizar o inibidor de C1 esterase derivado do plasma humano - via intravenosa - para o tratamento de crises de angioedema hereditário (HAE) em pacientes a partir dos 02 anos de idade.

 

O maior problema para os pacientes com angioedema hereditário é a dificuldade no acesso aos medicamentos. “Infelizmente, no SUS, estão disponíveis apenas os derivados de hormônios andrógenos atenuados ou tratamento com plasma fresco.

“É importante ressaltar que os andrógenos não atuam nas crises de angioedema hereditário e o tratamento com plasma fresco não foi avaliado por estudo científico, a dose não está estabelecida e é de difícil acesso a pacientes que vivem for de grandes centros”, explica a Dra. Faradiba Sarquis Serpa, Diretora de Políticas de Saúde da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e membro do Grupo de Estudos Brasileiro em Angioedema Hereditário (GEBRAEH).

 

O inibidor de C1 derivado de plasma (que está em consulta pública), o icatibanto, o anticorpo monoclonal anticalicreína e o inibidor do receptor de bradicinina ainda não estão disponíveis, apesar da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que leva à judicialização do tratamento por causa do alto custo destes medicamentos.

 

As diretrizes brasileiras e internacionais recomendam que todo paciente com angioedema hereditário deve ter acesso à uma das medicações de resgaste aprovadas.

 

O AEH é raro e faz parte do grupo dos erros inatos da imunidade (EII). Cerca de 1 a cada 50 mil pessoas tem a doença. A Associação Brasileira de Portadores de Angioedema Hereditário (Abranghe) possui 1.700 pacientes cadastrados. Mas, para os especialistas, esses números são subestimados em razão do atraso no diagnóstico, que pode levar até 15 anos.

A Dra. Anete Grumach, Coordenadora do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da ASBAI, explica que a demora no diagnóstico acontece porque o angioedema hereditário ainda é pouco conhecido entre a classe médica do Brasil e de outros países.

 

O angioedema hereditário é uma doença de origem genética de transmissão autossômica dominante e, na maioria dos casos, ocorre por deficiência de um regulador chamado Inibidor de C1, que resulta na produção excessiva de uma molécula conhecida como bradicinina. A presença de familiares afetados ocorre com frequência, mas, em alguns casos, o paciente pode ser o primeiro a ter a alteração.


Sintomas - Crises de edema ou inchaços, podendo ocorrer principalmente na pele, lábios, olhos, extremidades e genitais. Esse inchaço é bastante deformante. Outro tipo de sintoma que ocorre com certa frequência em pessoas com angioedema hereditário é o acometimento de órgãos internos, no trato intestinal, com extravasamento de líquido na cavidade abdominal, resultando em dor intensa, náuseas, vômitos e diarreia.

 

“Outro sintoma menos frequente, porém, mais preocupante, é o edema das vias aéreas, como na língua, palato e glote, podendo levar à asfixia e óbito se o paciente não tiver em mãos o medicamento para tratar a crise”, alerta Dra Anete.

 

Desencadeante das crises - Embora seja uma doença genética, existem fatores que ajudam a desencadear as crises e um dos principais é o uso de estrógeno. “É muito comum na mulher que começa a tomar contraceptivo”, comenta a Coordenadora do Departamento Científico de EII da ASBAI. Reposição hormonal, tratamento dentário, ansiedade - já que a imprevisibilidade das crises causa insegurança e medo no paciente - além do estresse também estão entre os principais provocadores de crises.

 

Doença desconhecida – Dra. Anete conta que quando a pessoa chega ao pronto-socorro com inchaços em lábios e olhos, por exemplo, é comum suspeitarem de uma reação alérgica. “Se o sintoma associado for dor abdominal, abre-se um leque de possibilidades para outras causas, porém, é raro o médico pensar no angioedema hereditário”, conta a especialista.

 

O diagnóstico é baseado nos sintomas característicos de inchaços recorrentes que não melhoram com medicamentos antialérgicos (anti-histamínicos e/ou corticoides). Devem ser feitos exames laboratoriais específicos nesses pacientes, mas em alguns tipos de angioedema hereditário apenas a avaliação genética é definitiva.

 

A diferença entre a reação alérgica e o angioedema hereditário é que em casos de alergia, quando é administrado o anti-histamínico, os sintomas melhoram. “No angioedema hereditário os antialérgicos não fazem efeito e os sintomas podem demorar de cinco a sete dias para começarem a diminuir”, explica Dra. Anete.



ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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A Luta Contra o Alzheimer: Como o Exercício Físico se Torna um Aliado Crucial

O Alzheimer é uma doença devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, deixando famílias inteiras lidando com os desafios emocionais e físicos que ela traz. No entanto, há uma luz de esperança brilhando no horizonte. Estudos recentes têm destacado o papel crucial do exercício físico na luta contra o Alzheimer, revelando que a atividade física regular pode ajudar a desacelerar o avanço da doença. Especialista do Grupo AYO, complexo de saúde e bem-estar referência em Fortaleza, explica os benefícios. 

Antes de entrarmos nos detalhes de como o exercício pode ajudar a combater o Alzheimer, é importante destacar a gravidade do problema. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, esse número deve dobrar a cada 20 anos, tornando o Alzheimer uma das crises de saúde mais prementes do nosso tempo.

A pesquisa científica sobre o Alzheimer tem avançado consideravelmente nas últimas décadas, e uma das descobertas mais promissoras é a relação entre o exercício físico e a prevenção ou desaceleração da doença. Vários estudos têm demonstrado que a atividade física regular pode ter impactos positivos no cérebro, reduzindo o risco de desenvolver a doença ou diminuindo sua progressão em pacientes já diagnosticados.

’’Sempre recomendamos uma abordagem equilibrada para a atividade física, que inclui uma combinação de exercícios aeróbicos, como caminhadas, corridas e natação, e exercícios de resistência, como levantamento de peso. Além disso, o exercício deve ser adaptado às capacidades individuais de cada pessoa e ser parte de um estilo de vida geralmente saudável, que inclua uma dieta balanceada e sono adequado’’, explica Júlio Cesar, Coordenador geral do Grupo AYO.

Os benefícios do exercício para o cérebro são vastos e variados. O exercício aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que ajuda a nutrir as células cerebrais e promove a formação de novas conexões neurais. Além disso, o exercício reduz a inflamação no cérebro, um fator importante no desenvolvimento do Alzheimer. A produção de substâncias químicas cerebrais, como endorfinas e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), também é estimulada pelo exercício, melhorando o humor e a função cognitiva.

’’Nas unidades AYO, por exemplo, usamos métodos exclusivos de treinamento, que trabalham de forma balanceada o corpo e mente, fazendo com que o aluno se sinta cuidado para além da estética. Acreditamos que trabalhar a mente é um dos fatores mais importantes para ter uma grande qualidade de vida’’, completa Júlio.

 

AYO - reconhecida como uma das melhores academias de Fortaleza, que revolucionou o mercado fitness da cidade propondo uma metodologia 4.0 e de bem-estar 360º. Conta com mais de 15 modalidades de exercícios físicos no seu catálogo, amplo espaço com área externa ao ar livre, sendo pioneira no brasil com quadras de vôlei de areia, espaço para circuito de corrida, além de salas exclusivas para práticas como FitDance, Yoga e artes marciais.

 

Ator Paulo Betti participa da campanha "Saúde em Compensação"


Ação deve entregar benefícios financeiros conquistados pelo SindSaúde-SP para cerca de 50 mil servidores da saúde nos próximos meses
 


O ator e diretor Paulo Betti foi escolhido para compor a campanha “Saúde em Compensação”, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de São Paulo - SindSaúde-SP. A ação visa entregar para 50 mil profissionais os benefícios financeiros já conquistados, sendo que os valores ainda não foram entregues devido à dificuldade de localização dos trabalhadores. 

Durante o projeto, os profissionais da saúde terão acesso à plataforma “Saúde em Compensação”, disponível no site do SindSaúde-SP, em que poderão pesquisar se possuem direitos para receberem. As causas para esses valores estarem disponíveis aos servidores estão relacionadas, em sua maioria, a complementação de gratificações, correções de cálculos, descontos indevidos, entre tantos outros direitos garantidos à categoria.

“Muitas ações, individuais e principalmente coletivas, tiveram resultados positivos para as trabalhadoras e para os trabalhadores da saúde nos últimos anos. Infelizmente, ainda não conseguimos localizar todos que precisam retirar os seus direitos, então, a ideia é que a campanha finalmente atinja esse objetivo. Queremos que todos os profissionais da saúde façam a consulta para verificar se o valor do processo já foi liberado“, explica Cleonice Ribeiro, presidente do Sindicato.

Todas consultas serão feitas pelo site oficial da instituição, garantindo que, logo após a identificação e confirmação, um atendimento via WhatsApp seja iniciado com a equipe de profissionais do próprio sindicato para realizar a entrega dos benefícios.

A pesquisa na plataforma também pode ser realizada por herdeiros de trabalhadores já falecidos, utilizando os dados do servidor e, após a devida identificação, poderão receber os direitos conquistados em nome do profissional.

Para obter mais informações sobre o projeto "Saúde em Compensação", acesse: https://consultas.sindsaudesp.org.br/


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