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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Depressão é um perigo silencioso

Iniciada no Brasil em 2015, a campanha Setembro Amarelo procura conscientizar a população sobre o suícidio.

Esta conscientização é fundamental, pois a maioria dos casos associados ao problema, tem relação com algum tipo de transtorno mental, como ansiedade e depressão, que podem se manifestar em qualquer fase de nossas vidas.

Além disso, a pandemia da Covid-19 foi determinante para o aumento em 25% de casos de pessoas com ansiedade e depressão, segundo a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS).

Em outras palavras, 300 milhões de pessoas sofrem com depressão no mundo.

O período de isolamento e momentos de estresse gerados pela situação podem ajudar a explicar o crescimento significativo de casos, que atingem desde crianças até idosos.

A depressão afeta a qualidade e a regularidade do sono, assim como as atividades diárias de uma pessoa, incapacitando-a muitas vezes a sair de casa, estudar e trabalhar; no pior dos cenários, a depressão leva ao suicídio.

Apesar da existência de tratamentos individualizados, estima-se que menos da metade da população com depressão busca ajuda especializada, seja pelo preconceito – pelo medo de ser taxado de “louco” – seja pela falta de recursos financeiros.

Outro fator é o diagnóstico  incorreto, pois nem todos os acometidos por quadros depressivos possuem os mesmos sintomas.

Confundida muitas vezes com uma “tristeza”, a depressão se caracteriza por gerar um desânimo persistente e de grande duração.

De acordo com a OPAS, caso esse tipo de sintoma dure mais que duas semanas, isso é uma forte indicação de suspeita de depressão.

Ao notar esse e outros sintomas, como dificuldade de concentração, insônia, crises frequentes de ansiedade e pensamento suicida, devemos procurar com urgência ajuda de um médico psiquiatra.

Após avaliação e diagnóstico adequado, será ministrado o melhor tratamento medicamentoso, em conjunto com métodos e práticas psicoterapêuticas, que terão como objetivo único a recuperação total da saúde mental.

A continuidade ou mudança do tratamento dependerá unicamente do médico e jamais deverá ser interrompido por vontade própria do paciente.

Alguns casos deverão ter acompanhamento pela vida toda.

Diferente do que muitos julgam, depressão não é frescura e nossa saúde mental deve ser tratada com real atenção e cuidado, assim como fazemos com qualquer problema de enfermidade física que nos afeta.

Expor nossos sentimentos, medos e angústias é fundamental, e buscar auxílio e suporte profissional é o melhor caminho na busca de uma melhor qualidade de vida.

  

Saulo Barbosa - médico psiquiatra formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro com residência médica em psiquiatria pelo IPUB-RJ. Atende pacientes presencialmente em Minas Gerais, e on-line em todo Brasil e exterior.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Conheça cinco lugares para ver decorações de Natal em São Paulo

A cidade e região metropolitana oferecem diversas atrações para quem quer curtir a época mais mágica do ano com passeios diferentes 


Com a chegada do Natal, a cidade de São Paulo e toda a região metropolitana se mobilizam para criar, a cada ano, decorações diferentes e oferecer atrações para toda a família aproveitar, da melhor maneira possível, essa época do ano.

Conheça abaixo cinco lugares com decorações natalinas incríveis para apreciar a data mais mágica do ano:

 

Árvore de Natal no Parque Villa Lobos

 

Divulgação


A tradicional Árvore de Natal de São Paulo, uma parceria entre a Prefeitura da cidade e a Coca-Cola, foi inaugurada no Parque Villa Lobos. Com 52 metros de altura por 22,2 metros de diâmetro e uma estrela no topo, a atração é uma das principais decorações paulistanas por sua beleza e grandiosidade que proporciona um momento incrível para toda a família.  

 

Vila de Natal na Praça da República

A atração localizada na Praça da República, conta com a casa do Papai Noel, além de mais oito casinhas temáticas em que 16 artesãos do “Programa Mãos e Mentes Paulistanas” poderão expor e vender suas obras, como uma maneira de movimentar a economia. A decoração fica disponível até o dia 23 de dezembro. 

 

Natal das Guloseimas no Shopping Penha

 

Divulgação

 

O Shopping Penha, localizado na zona leste, recebe até o dia 06 de janeiro a decoração “Natal das Guloseimas”, com atividades interativas para as crianças, como as xícaras giratórias, locais para fotos temáticas e enfeites que encantam até mesmo os adultos e embalam a todos com a magia Natalina. Além disso, o espaço também tem a decoração externa, em que se transformou em uma grande caixa de presentes, com laços luminosos que reveste todo o shopping.

 

Natal Iluminado na Paulista

 

Divulgação

A Prefeitura Municipal de São Paulo, com apoio da Associação Paulista Viva (APV) e patrocínio da Bauducco, criou o Natal Iluminado que ficará na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista, até o dia 26 de dezembro. A atração principal será um trem iluminado, de aproximadamente oito metros de comprimento, e uma árvore com 10 metros de altura. 

 

Natal com Túnel e Arco Iluminados no Shopping Praça da Moça

 

Divulgação


 

Uma atração que vem ganhando destaque e está sendo bastante visitada fora da cidade de São Paulo, são as decorações de Natal do Shopping Praça da Moça, em Diadema. Além dos eventos natalinos do mall, como as Paradas de Natal e a presença do Papai Noel, o empreendimento conta também com uma decoração externa que chama atenção. Na fachada da Rua Manoel da Nóbrega se encontra o tradicional túnel e arco iluminados, já na Rua Graciosa é possível ver uma decoração especial, com cascatas iluminando os arcos. Para completar, um Presépio Iluminado foi montado no muro verde.

 

Espírito de Natal incentiva doação de sangue: Atrium Shopping recebe campanha dias 26 e 27 de dezembro

Depois das festas natalinas, público do empreendimento é convidado a salvar vidas

 

As festas de final de ano renovam as energias e as esperanças para um novo ciclo ainda melhor. Antes de acabar 2022 ainda dá tempo de ajudar muita gente com apenas um ato: doar sangue. O Atrium Shopping recebe, na última semana de dezembro, dias 26 e 27, das 10h às 16h, a campanha Amor se Doa Salvando Vidas, em parceria com o projeto Amorsedoa e o Hemocentro São Lucas.

Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos, mais de 54kg e estar bem de saúde. É imprescindível levar um documento com foto, estar descansado e bem alimentado. A ação conta com agendamento online para evitar filas, através do site Sympla (www.sympla.com.br/produtor/amorsedoa).

“O Atrium Shopping sempre incentiva a doação e tem uma grande satisfação em poder trazer periodicamente para nosso público essa campanha. É importante dar alternativas fora de hospitais para que seja possível atrair ainda mais pessoas e suprir a necessidade dos bancos de sangue. Com apenas uma doação é possível salvar até 4 vidas”, comenta Kalime Matos, coordenadora de marketing do empreendimento.


Amor se Doa Salvando Vidas
26 e 27/12 das 10h às 16h
Piso Térreo

Atrium Shopping
Rua Giovanni Battista Pirelli, 155 - Vila Homero Thon, Santo André
Telefone e WhatsApp: (11) 3135-4500
Estacionamento visitantes: 10 reais até 2 horas + 2 reais a cada 2 horas adicionais

 

Neste Natal, doe sangue e ilumine a vida de até quatro pessoas

“Para um Natal cheio de luz, um gesto cheio de amor! Doe Sangue”! A campanha de Natal do GSH Banco de Sangue de São Paulo faz um convite para que as pessoas doem sangue, deixando aflorar o espírito de solidariedade e empatia pelo próximo. 

Em peças que começam a ser veiculadas nas redes sociais esta semana, a instituição utiliza o mote “Onde pulsa a esperança, ilumina a vida -- a magia do Natal corre dentro de você”, fazendo uma alusão ao sangue que representa a chance de vida para milhares de pacientes que estão internados nos hospitais e precisam de transfusões. 

Como parte desta campanha solidária, doadores e pacientes que marcaram as vidas uns dos outros trocarão mensagens de esperança, que serão depositadas em uma árvore de Natal ornamentada com esses bilhetes. 

O GSH Banco de Sangue de São Paulo ressalta a importância de sensibilizar a população para a necessidade da doação de sangue neste período em que há uma queda acentuada nos estoques, em função das festas de final de ano, das confraternizações nas empresas e entre amigos e as férias escolares, em que as famílias viajam e, assim, muitas pessoas se esquecem de doar sangue. 

No momento, todos os tipos sanguíneos são necessários, porém os tipos O+ e O- são os que mais estão em falta, pois os estoques estão 66% abaixo do ideal, o que equivale a uma cobertura bolsas de sangue de apenas 8 dias, quando o período mínimo ideal para que se trabalhe com uma margem de segurança é de 18 dias. 

Durante as festas de final de ano, o GSH Banco de Sangue de São Paulo atenderá nos seguintes dias e horários:

  • Nos dias 24 e 31, parcialmente, com cadastro até às 15h. Já nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, a unidade estará fechada. Nos demais dias, o Banco de Sangue funciona diariamente, das 7h às 18h, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue: 

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum;
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 10 dias;
  • Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;
  • Não ter diabetes em uso de insulina;

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnostico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.

 

Serviço:
GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 -- Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.

 

Grupo DPSP dá dicas de proteção contra a Covid-19 para as festas de final de ano

Lojas da Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco possuem testes e autotestes para detecção da doença e farmacêuticos disponíveis para orientações

 

O Grupo DPSP, união das bandeiras Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, preparou dicas e orientações para a população se proteger contra a Covid-19 durante as confraternizações típicas de dezembro, como Natal, Ano Novo e encontros com amigos e familiares. 

As bandeiras foram pioneiras no oferecimento do serviço de testagem e na venda de e autotestes de Covid-19 e seguem contando com estes itens para quem tiver suspeita da doença, além de farmacêuticos preparados para auxiliar os clientes com orientações para proteção e cuidados. 

É recomendável realizar testes se houver qualquer sintoma respiratório, como tosse, espirro e coriza, além de febre e ausência de olfato ou paladar, que possam indicar a infecção. Nestes casos, um teste poderá confirmar ou descartar o diagnóstico, sendo essencial evitar contato com outras pessoas até a eliminação da suspeita. É possível agendar a testagem pelos sites das bandeiras e realizar na loja mais próxima. 

Também é possível comprar um autoteste para fazer no conforto de casa a qualquer momento, independentemente da apresentação de sintomas, como antes de viajar ou frequentar eventos. Este item tornou-se parte do nécessaire dos brasileiros e está disponível nos canais de venda das redes - lojas, sites ou aplicativos. Também é possível adquirir álcool em gel, líquido e máscaras de proteção facial, que ajudam a reforçar as medidas preventivas. 

Para os momentos de celebração, também é aconselhável optar por locais abertos e ventilados. Outra medida de segurança é a disponibilização de álcool em gel no ambiente, para que seja usado antes de manusear objetos de uso compartilhado, como talheres, jarras e recipientes alimentares. 

Para pessoas aptas a se vacinar contra a Covid-19, a conclusão do esquema vacinal com até quatro doses também é um meio fundamental para evitar o adoecimento. Os imunizantes não impedem que a pessoa contraia o vírus, mas reduzem a chance de se desenvolver de forma mais grave. Para atualizar sua imunização, basta procurar a unidade de saúde mais próxima para orientação e receber as doses gratuitamente. 

O primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi identificado em fevereiro de 2020 e, até o momento, a doença não foi erradicada. Casos e óbitos ainda são registrados no país, o que exige uma atenção redobrada para que todos possam festejar de forma segura, sendo uma tarefa de todos cuidar de si e das pessoas ao redor.


Conheça 3 fatos sobre os miomas

Especialista e ginecologista comenta sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença

 

Segundo os dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 50% das mulheres férteis no Brasil são atingidas por miomas. Os fibromas, ou miomas, como são popularmente conhecidos, são tumores benignos que se formam no tecido muscular do útero e, apesar de serem nódulos identificados, não estão relacionados a nenhum tipo de câncer.

Por isso, o Dr. Thiers Soares, ginecologista especialista em miomas, listou 3 fatos sobre miomas que toda mulher precisa saber. Confira:

 

1- Sintomas 

Cólicas intensas, sangramento excessivo, aumento do volume abdominal e dificuldade para engravidar são alguns dos sintomas de mulheres que sofrem com miomas. Sintomas esses que podem ser considerados “normais” por muitas mulheres, mas que podem interromper a chance de serem mães.

 

2- Dificuldade no diagnóstico 

Segundo o especialista, muitas pacientes enfrentam dificuldades para receber o diagnóstico da doença, já que grande parte das mulheres se manifesta de forma assintomática ou apresentam os sintomas considerados ‘’comuns’’ por elas. 

Mas, o Dr. Thiers alerta, a doença traz alguns riscos para a saúde como, por exemplo, desencadear anemia, ou mesmo comprimir órgãos próximos da região uterina, como o intestino e a bexiga. Além da dificuldade para engravidar por conta dos nódulos. 

Por isso, é essencial que as mulheres mantenham uma rotina de acompanhamento médico, com a realização de exames preventivos regularmente, que podem ajudar na identificação rápida da doença.

 

3- Tratamento 

Há muitas maneiras para o tratamento dos miomas. Uso de hormônios, por exemplo, como pílulas anticoncepcionais pode ser um método utilizado para o tratamento. Quando há a necessidade de intervenção cirúrgica, inicialmente, o tratamento conservador é indicado. Esse procedimento é chamado de miomectomia (retirada de miomas e preservação do útero). Quando não há mais o desejo de engravidar e não há mais o desejo de preservar o útero, a histerectomia (remoção total do útero) é a opção indicada. 

No caso desta opção, pode-se usar a opção de cirurgias minimamente invasivas como a laparoscopia e a robótica (com pequenas incisões). A cirurgia robótica vem crescendo exponencialmente no Brasil e no mundo, sendo a grande aposta para dominar as cirurgias abdominais no futuro. 


Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), atualmente médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL).


Início de verão: bons hábitos, o autoexame e o protetor solar auxiliam na prevenção do câncer de pele no Dezembro Laranja

Cuidados com a saúde promovem um sistema imunológico fortalecido contra células cancerígenas 

 

A exposição ao sol sem proteção do filtro solar aumenta as chances de provocar câncer de pele. A doença pode se apresentar de duas formas ao longo da vida: melanoma, com a característica de ser mais agressivo e com possibilidades de metástase, e o não-melanoma (conhecido também como carcinoma), com grande taxa de incidência no Brasil e alta chance de cura. O autoexame regular com acompanhamento especializado também é uma forma de prevenir o câncer.

O câncer de pele ocorre em sua maioria nas áreas que ficam mais expostas aos raios solares, como rosto, pescoço e orelhas, mas pode aparecer em todas as partes do corpo. A campanha Dezembro Laranja é um alerta dos especialistas para que a população redobre os cuidados com a pele já que com a chegada do verão as temperaturas começam a aumentar.

De acordo com a dermatologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Bethania Cavalli, o protetor solar é mais um complemento para a prevenção da doença. “Hoje nós temos chapéus e roupas com proteção UV. A escolha do protetor solar deve ser sempre com o fator acima de 30, mas de forma individualizada junto ao dermatologista, uma vez que há diversas opções de proteção no mercado como os produtos com cor, ou para pele seca, oleosa e até mesmo os que são destinados aos homens”, explica.

A dermatologista do HSPE também enfatiza que além dos recursos de proteção, é necessário optar pelos hábitos frente ao sol. “Ou seja, sempre escolher uma sombra, dosar a quantidade de horas e escolher momentos em que os raios solares estão menos incidentes porque, além de causar câncer, já está constatado que o sol é o grande vilão do envelhecimento da pele”, reforça Dra. Bethania.

A duração média do protetor solar é de duas a três horas e, dependendo da rotina da pessoa, é preciso avaliar a necessidade da reaplicação. Porém, pessoas com fatores genéticos devem ter maior atenção com os cuidados.

Além disso, estar com a saúde em dia, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação balanceada ajudam o sistema imunológico a combater células atípicas.


Sobre o câncer de pele

Estima-se 704 mil casos novos de câncer por ano no Brasil até 2025, segundo previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).


Como identificar sinais de câncer de pele

- Manchas que coçam, descamam e até sangram.
- Pintas que mudam de aspecto, seja em cor, tamanho e/ou formato.
- Feridas que não cicatrizam no prazo de quatro semanas.


Tratamento de câncer de pele

- Não-melanomas (carcinomas) e melanoma precoce: exigem cirurgia e acompanhamento de, ao menos, duas vezes por ano com o dermatologista.
- Melanoma em fase avançada: em sua maioria, tratamento sistêmico como imunoterapia, quimioterapia.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe

 

Câncer de pele: confira as principais formas de evitar o desenvolvimento do tumor

Com 185 mil novos casos no Brasil, todo ano, a doença está relacionada à exposição excessiva aos raios solares e, em certos casos, a fatores genéticos 

 

Responsável por 33% dos diagnósticos de tumores no Brasil e com 185 mil novos casos todos os anos, o câncer de pele, geralmente, ocorre após a exposição prolongada e excessiva aos raios ultravioletas do sol. Com a chegada do verão e o período de férias, esse risco se intensifica. 

“Pessoas de pele branca e com olhos claros, com cabelo loiro ou ruivo e aqueles que se submetem a uma exposição prolongada do sol são a população com maior risco de desenvolver um câncer de pele. Todos devem ir frequentemente a um dermatologista, mas nesses casos é preciso ter mais atenção aos sintomas e sempre ir a um especialista”, afirma o Dr. Herbert Bastos Amaral, dermatologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

Existem dois tipos de tumores de pele: os não melanoma e os melanomas. O primeiro, mais comum, com cerca de 177 mil novos casos todos os anos, têm menor gravidade. Os melanomas, por outro lado, são mais raros, com 8,4 mil casos anualmente e tendem a ser mais agressivos por conta do risco de metástase. 

“O Carcinoma basocelular, um tumor não melanoma, representa 80% dos casos. No caso dos melanomas, a incidência é muito mais baixa, sendo apenas 3% no Brasil. O melanoma, de maneira muito mais frequente, acaba com metástase, já que ele possui uma biologia mais agressiva do que os não melanomas. Na maioria das vezes, conseguimos curar os pacientes, mas no momento do diagnóstico, em algumas situações, acabamos identificando uma doença metastática, geralmente nos linfonodos, pulmão, osso, fígado e cérebro”, explica o Dr. Aumilto Silva, oncologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

Os principais sintomas do câncer de pele são lesões avermelhadas ou escuras com crescimento progressivo. O tumor também pode ser observado em pintas maiores que 6mm, que crescem devagar, coçam, sangram ou apresentam alterações na coloração. 

Para o diagnóstico é necessária a realização de biópsia do tecido. É importante estar sempre atento aos sintomas mencionados acima, já que o diagnóstico precoce leva a uma chance de cura bem alta. 

O tratamento do câncer de pele pode ser realizado de duas maneiras: a cirurgia, mais comum, que retira a lesão e o tecido ao redor, e a quimioterapia ou radioterapia, utilizada em casos mais graves e quando há metástase. 

“Durante o procedimento cirúrgico, nós fazemos a ampliação da massa de segurança e tiramos a lesão. Independentemente do tipo do câncer, o tratamento cirúrgico é curativo na grande maioria das vezes. Há a possibilidade de um acompanhamento com oncologista, que vai definir os passos seguintes do tratamento desses pacientes com melanoma”, afirma o dermatologista. 

Segundo o Dr. Aumilto, o melanoma pode ter até 10% dos casos por associação hereditária,. “Precisamos separar os dois subtipos. Para os não melanomas, não vemos uma associação com a parte hereditária, mas sim de exposição solar. Já o melanoma tem essa associação mais forte”, ressalta o oncologista.

 

Veja como evitar o desenvolvimento de um câncer de pele 

● Evite a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16. Caso não seja possível, procure usar um protetor solar (repassando a cada duas horas) ou use roupas longas como calça e camisetas de mangas compridas;

● Use proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros e procure sempre ficar estar embaixo de lugares com sombra;

● Evite queimaduras do sol, principalmente na juventude;

● Não fique muito tempo em câmaras de bronzeamento artificial, já que elas também emitem raios ultravioleta;

● Faça o autoexame regularmente. Examine também a palma das mãos, os vãos entre os dedos, a sola dos pés e o couro cabeludo;

● Sempre que possível, faça um check-up com dermatologista.

 

Hospital Santa Catarina


Estudo relaciona alteração de olfato ou paladar após a COVID-19 com problemas de memória


Pesquisadores da USP acompanharam 701 pacientes internados por complicações da doença no Hospital das Clínicas. Em avaliações feitas seis meses após a alta hospitalar, observou-se que os indivíduos que apresentavam mais sequelas sensoriais também tinham pior desempenho nos testes cognitivos, principalmente os de memorização (imagem: Raman Oza/Pixabay)

 

Estudos feitos antes da pandemia de COVID-19 apontaram a perda de olfato como um possível sinal precoce da doença de Alzheimer. Há, na literatura científica, evidências de que essa disfunção sensorial pode se manifestar anos antes dos primeiros sintomas cognitivos aparecerem, o que sugere haver uma conexão entre a região cerebral responsável pela memória e a que registra e interpreta os estímulos olfativos.

Essa hipótese acaba de ganhar força com um trabalho publicado por pesquisadores brasileiros no European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience. O grupo acompanhou 701 pacientes internados com COVID-19 moderada ou grave no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), entre março e agosto de 2020. Em avaliações feitas seis meses após a alta hospitalar, observaram que os indivíduos que apresentavam mais sequelas sensoriais pós-COVID (redução ou modificação do olfato e/ou do paladar) tinham pior desempenho nos testes cognitivos, particularmente nos de memória. E esse resultado era independente de quão grave havia sido o quadro na fase aguda da doença.

“O olfato é uma importante conexão com o mundo externo e está muito relacionado com experiências passadas. O cheiro de bolo, por exemplo, pode nos trazer a lembrança da avó. Em termos de conexão cerebral, tem uma interação com a memória muito mais robusta do que a visão e a audição”, afirma o médico otorrinolaringologista Fábio Pinna, um dos autores do artigo.

Dos 701 voluntários incluídos na pesquisa, 52,4% eram do sexo masculino. A média de idade foi de 55,3 anos e o tempo médio de internação de 17,6 dias. Pouco mais da metade da amostra (56,4%) precisou ser internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por complicações da COVID-19, sendo que 37,4% dos voluntários foram intubados.

Nas análises conduzidas seis meses após deixarem o hospital, o funcionamento do olfato e do paladar foi mensurado por meio de questionários previamente padronizados para estudos do tipo, que também avaliam aspectos relacionados à qualidade de vida.

A redução moderada ou severa do paladar foi a sequela sensorial mais comum (20%), seguida de redução de olfato moderada ou severa (18%), redução concomitante de olfato e paladar moderada ou severa (11%) e parosmia (9%) – termo usado para descrever alterações na percepção olfativa, por exemplo, quando um odor antes considerado agradável passa a ser percebido como ruim. Doze voluntários apresentaram alucinações olfativas (sentem cheiros que outras pessoas não sentem) e nove pessoas relataram alucinações gustativas (sentem o gosto de um alimento sem tê-lo provado). Nos dois casos, a maioria afirmou que essas alucinações só apareceram após a infecção pelo novo coronavírus. Em relação ao estado geral de saúde, 10,1% dos participantes descreveram como “ruim ou muito ruim”, 38,5% como “médio” e 51,4% como “bom ou muito bom”.

Também por meio de questionários padronizados, os cientistas verificaram a presença de sintomas psiquiátricos, como ansiedade e depressão. E testes neuropsicológicos foram aplicados para mensurar as chamadas funções cognitivas, entre elas memória, atenção e velocidade de raciocínio.

Ao final, todos os resultados foram analisados por métodos estatísticos com o objetivo de descobrir se havia uma correlação entre sintomas neuropsiquiátricos e disfunções sensoriais. Observou-se que os voluntários que sofriam de parosmia tinham maior percepção de que sua memória estava ruim. Aqueles que tiveram diminuição moderada ou grave do paladar saíram-se significativamente pior em uma tarefa que consistia em memorizar uma lista de palavras – usada para avaliar a chamada memória episódica (de curto prazo, muito relacionada com a atenção). Os voluntários que tiveram perda concomitante de paladar e olfato moderada ou grave também demonstraram comprometimento significativo na memória episódica.

“Não encontramos nenhum sintoma psiquiátrico [ansiedade ou depressão, por exemplo] associado à perda de olfato e paladar. Mas, como esperado, observamos que a atenção e a memória episódica estavam mais prejudicadas nos pacientes com maior alteração quimiossensorial”, comenta Rodolfo Damiano, doutorando na FM-USP com bolsa da FAPESP e primeiro autor do artigo. “Esse achado corrobora a hipótese de que a COVID-19 tem, de fato, um impacto na cognição e seus prejuízos não são apenas decorrentes de questões psicossociais ou ambientais”, avalia.


A origem do dano

No caso da doença de Alzheimer, acredita-se que a perda de olfato possa ser uma das primeiras consequências do processo degenerativo que leva à perda progressiva de neurônios. Já a perda de olfato associada à COVID-19, segundo Pinna, é decorrente da inflamação desencadeada pelo SARS-CoV-2 na mucosa olfatória. “Isso leva a uma diminuição do muco olfatório. Não temos visto uma lesão direta nos neurônios olfatórios. Eles acabam se degenerando, mas parece ser uma consequência secundária da perda do muco olfatório. A mucosa sofre um processo de atrofia e pode perder essa capacidade de captar odores”, explica o médico.

Como explica o psicogeriatra Orestes Forlenza, professor do Departamento de Psiquiatria da FM-USP e um dos coordenadores do estudo, as perdas cognitivas observadas na doença de Alzheimer e nas síndromes pós-COVID decorrem de processos patogênicos distintos, mas os dois processos podem se sobrepor. “Particularmente em indivíduos idosos, que já apresentam sintomas cognitivos primários e venham a contrair a infecção. Há indícios preliminares de que essa sobreposição de fatores patogênicos possa acelerar ou agravar a progressão das perdas cognitivas”, afirma.

Ainda não se sabe, contudo, o mecanismo exato pelo qual a infecção pelo coronavírus leva ao dano cognitivo. Para tentar identificar quais vias cerebrais estão alteradas na fase aguda da doença, o grupo da USP pretende aplicar novos testes em pacientes que apresentam perda de olfato e paladar. A ideia é que os voluntários façam as tarefas enquanto são submetidos a um exame de ressonância magnética de 7 tesla, que tem imagem de altíssima resolução (os equipamentos comuns têm apenas 3 tesla).

“Nossa hipótese é a de que o vírus provoca uma neuroinflamação, que leva ao prejuízo na cognição. Se os danos são permanentes ainda não sabemos. Continuamos a acompanhar os pacientes para descobrir se há melhora ou não”, conta Damiano.

O grupo também pretende investigar se a relação entre perda sensorial e cognitiva também ocorre em pessoas que contraíram a COVID-19 após a vacinação. “Estamos fazendo um estudo semelhante a este agora divulgado, mas considerando se o participante foi ou não vacinado e quantas doses tomou antes de se infectar. O objetivo é descobrir se a vacina oferece proteção contra complicações neuropsiquiátricas. E também se um tipo de imunizante protege mais que outro, o que o tornaria mais indicado para pessoas com doenças psiquiátricas”, conta o doutorando.


Mais atenção ao olfato

Segundo os autores, uma das mensagens importantes do artigo é que disfunções olfativas deveriam ganhar mais atenção de profissionais de saúde e das pessoas em geral.

“Quando um idoso começa a perder o olfato, pode ser um indício precoce de demência. É preciso levá-lo ao médico para uma avaliação. Já as pessoas que tiveram perda olfativa moderada ou grave após a COVID-19 devem ficar atentas nos próximos anos a alterações de memória, assim como seus familiares”, opina Damiano.

Pinna espera que os resultados estimulem médicos e pacientes com disfunção olfatória a investir no tratamento. “Antes da COVID-19 esse problema era ignorado. Os tratamentos eram pouco conhecidos, se acreditava que não havia muito o que fazer. Hoje há evidências de que é importante tratar para minimizar tanto a perda de qualidade de vida causada pela disfunção sensorial em si como para prevenir outros problemas de saúde associados. Temos um incentivo para não desistir do tratamento”, diz.

O artigo Association between chemosensory impairment with neuropsychiatric morbidity in post acute COVID 19 syndrome: results from a multidisciplinary cohort study pode ser lido em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s00406-022-01427-3.pdf.

  

Karina Toledo
Agência FAPESP
Estudo relaciona alteração de olfato ou paladar após a COVID-19 com problemas de memória | AGÊNCIA FAPESP

 

Verão: especialista alerta para cuidados com a saúde ocular

A dra. Juliana Lasneaux médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos recomenda alguns cuidados com a saúde dos olhos 

Com a chegada do verão, um sinônimo de dias ensolarados, praias e piscinas, é muito importante se atentar aos fatores que causam danos à saúde ocular, como areia, além do uso de óculos escuros sem procedência. 

 Uma grande vilã para a saúde dos olhos é a Radiação Ultravioleta (U.V). A médica oftalmologista Juliana Lasneaux do CBV-Hospital dos Olhos ressalta a importância do uso de óculos. No entanto, é preciso tomar cuidado com a escolha do acessório. "As lentes escuras fazem com que a pupila se dilate, permitindo a entrada de mais luz. Por isso, é importante escolher um óculos que tenha procedência, pois sem a proteção correta, o excesso de raios solares pode causar sérios problemas oculares, como a catarata e a degeneração macular”, alerta. 

Para se certificar de que os óculos contém proteção U.V, é essencial que a identificação esteja discriminada no certificado de garantia da lente. Caso o comprador não possua mais este certificado, é possível identificar junto ao oftalmologista se os óculos contém a proteção ultravioleta ideal na lente.

A especialista também ressalta ainda sobre os produtos químicos que são inseridos para tratar água de piscinas, como o cloro e a recomendação é não mergulhar de olhos abertos. “Nossas lágrimas tem vários componentes como liipídios, proteínas e água, e quando combina com o cloro da água, esses componentes se desfazem, causando ressecamento, e podendo desenvolver uma conjuntivite”.

Outra orientação importante, é o cuidado com areia nos olhos, pois pode causar lesões sérias. “A primeira coisa que se deve fazer, é lavar o olho com água filtrada para remover toda a sujeira. Se a pessoa ainda estiver sentindo algum incômodo, deve ser encaminhada, imediatamente, a um oftalmologista.”, conclui.

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