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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Dia Nacional da Vacinação: como funcionam os testes em humanos na hora de produzir um novo imunizante

Conhecidas por serem agentes imunizadores que previnem doenças, as vacinas ganharam ainda mais atenção nos últimos anos por conta da pandemia do COVID-19

 

No dia 17 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Vacinação. A data foi criada pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de reforçar a importância das vacinas para a saúde individual e também coletiva, já que as campanhas de imunização impedem que ocorram epidemias. Conhecidas por serem agentes imunizadores que previnem doenças, as vacinas ganharam ainda mais atenção nos últimos anos por conta da pandemia do COVID-19.

Através delas, foi possível melhorar a qualidade de vida da população, reduzir custos com medicamentos e internações, e até mesmo erradicar doenças, como é o caso da poliomielite. A primeira vacina desenvolvida no mundo foi no final do século XVIII, por Edward Jenner, um médico inglês que resolveu estudar a varíola. Ele constatou que algumas pessoas eram imunes à doença, pois já tinham se contaminado com uma doença semelhante à varíola, a varíola bovina (cowpox).

Ele decidiu então expor uma pessoa saudável à varíola bovina, que apresentou sintomas leves, apenas febre branda e pequenas lesões na pele. Depois de um período, ao fazer os testes com o vírus da varíola na mesma pessoa, foi constatado que ela estava imune à doença. Foi assim então que surgiu a primeira vacina no mundo. Com o tempo a vacina foi evoluindo e sendo produzida de maneira cada vez mais rigorosa.

O desenvolvimento de uma vacina começa na etapa pré-clínica, onde ela é testada em animais. Depois disso, na fase um, ela é testada em um pequeno grupo de voluntários. Na fase dois, mais de 100 voluntários participam para avaliar sua segurança e a resposta imune. Na fase três, milhares de pessoas participam e são comparadas com um pequeno grupo que não recebeu a vacina, mas sim um placebo.

“As pesquisas clínicas são fundamentais no processo das vacinas, pois elas garantem que o produto desenvolvido não irá causar nenhum problema para saúde pública. Os participantes dos estudos clínicos são selecionados através de um rigoroso processo, para garantir que os testes sejam eficientes para comprovar a eficácia da vacina nos grupos mais necessitados”, afirma Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).

 Esse processo analisa o perfil do público e também as áreas de maior transmissão do vírus. Apesar de passarem por testes criteriosos, muitas pessoas costumam duvidar se de fato a vacina é segura e não irá causar nenhum efeito colateral. “Por conta dos testes clínicos já terem sido realizados com o insumo em questão, quando as vacinas ficam disponíveis para o público, o risco de acontecer algum efeito colateral não previsto é baixo”, diz Rezende.


Falta de legislação dificulta pesquisas de vacinas no Brasil

Apesar de ter uma variedade genética que pode favorecer estudos clínicos na hora de produzir uma nova vacina, não existe no Brasil uma legislação efetiva para regulamentar as pesquisas clínicas, o que afasta empresas interessadas em conduzir estudos no país. Isso faz com que o Brasil deixe de gerar empregos e até mesmo perca investimentos. Existe hoje em tramitação um projeto de lei, o PL 7.082/2017, que visa instituir o Sistema Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos e trazer outras melhorias para o ambiente de pesquisa clínica no Brasil.

 

ABRACRO - Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica é

 

Menopausa causa constrangimentos e falta de produtividade

Pesquisa realizada com mais de 15 mil pessoas em 15 países mostra que, apesar de ainda ser considerado um tabu, Brasil ocupa a 5ª posição entre os mais bem informados sobre o tema 


Uma em cada cinco mulheres, já passaram por algum tipo de constrangimento em público por causa dos sintomas da menopausa. Também já se sentiram menos produtivas durante o período. É o que revela o recente Pesquisa Global de Higiene e Saúde 2022, realizado, bianualmente pela Essity, líder global em higiene e saúde, que escutou mais de 15 mil pessoas, em 15 mercados.

Com intuito de entender a visão dos consumidores em diversas partes do mundo sobre tópicos que ainda são considerados tabus, como incontinência urinária, menstruação e menopausa, a pesquisa revelou outros dados importantes. Quando perguntados sobre o nível de conhecimento sobre esses temas, 64% dos brasileiros revelaram ter um bom conhecimento sobre menstruação e 48% sobre menopausa, o que coloca o Brasil entre os cinco países mais bem informados, juntamente com Índia, Colômbia, México e África do Sul, e acima da média global.

Estima-se que, até 2025, mais de um bilhão de pessoas vivencie uma das fases associadas com a menopausa. Embora a menopausa seja uma parte natural da vida, ainda é percebida como sendo um assunto tabu com muitos preconceitos relacionados à fertilidade, sexualidade e envelhecimento. Em algumas partes do mundo, a menopausa está associada a doenças ou problemas e é, muitas vezes, referida de forma sarcástica.

Apesar de se declararem com alto grau de entendimento, ainda há uma grande discrepância de conhecimento entre homens e mulheres quando o assunto está relacionado à cuidados femininos. 86% das mulheres se sentem mais bem informadas sobre menstruação, contra 42% dos homens. Com relação a menopausa, 58% das mulheres têm conhecimento sobre o assunto, frente a 37% dos homens. 

E, mesmo com esse conhecimento acima da média, esses assuntos ainda causam um desconforto. A pesquisa mostrou que os brasileiros são mais propensos, do que a média global, em evitar falar sobre menstruação. O Brasil aparece com 16%, enquanto a média global está em 13%. Os indianos são os que mais evitam falar, seguido pelos americanos. Já quando o tema é menopausa, o índice caiu para 9% e a China lidera esse indicador, com 19%, seguida por Índia e Austrália, ambas com 14%.

“Essa pesquisa faz parte de um grande esforço da Essity em romper barreiras pelo bem-estar, desmistificando tabus ainda presentes na sociedade. Entender a percepção dos consumidores ao redor do mundo nos possibilita trazer soluções e produtos para as necessidades diárias em higiene e saúde, claro, mas nos faz ir além, promovendo discussões sobre esses temas, incluindo menopausa, que, sendo bem aclarados, podem impactar positivamente a vida de milhares de pessoas”, afirma Victor Hernández Albiter, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Essity para o South LATAM.

  

Sobre a pesquisa

Pesquisa Global de Higiene e Saúde 2022, examina a disparidade entre os atuais comportamentos e as atitudes das pessoas em relação ao bem-estar e como elas gostariam de viver no futuro. O relatório também aborda os déficits de conhecimento e experiências vivenciadas em relação à saúde e higiene - para identificar as barreiras e soluções para o bem-estar ao longo do ciclo de vida moderno. O estudo, bianual (2022-2023) reúne informações levantadas com 15.246 pessoas, em 15 mercados, com idades entre 16 e 85 anos. 

 

Essity

www.essity.com


O Médico em defesa da Ciência, da Medicina e da Sociedade

Opinião

 

No dia 18 de outubro, quando é celebrado o Dia do Médico, queremos reforçar elementos centrais que fazem parte da profissão. A Associação Médica do Rio Grande do Sul, estabelece o seu trabalho em três pilares: a Ciência, a Medicina e a Sociedade. Neste sentido, venho prestar o reconhecimento a cada médico que, de uma forma ou de outra, está inserido nestes quesitos.

A Ciência: acreditamos na produção científica como uma ferramenta fundamental para a evolução da Medicina. Ela possibilita a realização de importantes descobertas no campo da saúde, como as vacinas e a constatação de melhores evidências para se estabelecer diagnósticos e tratamentos mais precisos, como ocorreu na pandemia de COVID-19. Por meio de palestras, cursos, fóruns e reuniões, estabelecemos a missão de aprender e ensinar as boas práticas médicas. Nas nossas atividades estão presentes desde o jovem estudante de Medicina até o mais experiente médico.

A Medicina: atuamos sempre com um olhar atento para a defesa profissional buscando condições e uma remuneração justa para todos os profissionais. Nossos esforços são para que as relações contratuais sejam justas, atendendo aos critérios técnicos, éticos e legais vigentes. Buscamos o máximo respeito ao trabalho do médico e de todos os profissionais que estão ao nosso lado. Não se buscam privilégios, mas sim condições para que cada um atue nas melhores condições para cumprir a nobre missão de salvar vidas e dar qualidade de vida a cada paciente.

A Sociedade: no longo e difícil período da pandemia, ficou evidenciado o protagonismo do médico dentro da sociedade. Ressalto a coragem e determinação de cada um que enfrentou as adversidades com muita força e dedicação. Está na Constituição Brasileira: “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Registramos aqui o nosso reconhecimento e parabenizamos a todos os médicos por esta data tão importante. Com o acesso cada vez mais amplo à informação, o médico tem um papel respeitável não apenas de orientar, mas de corrigir muitas inverdades que chegam até o paciente, antes mesmo dele entrar no consultório, centro clínico ou hospital. Como médicos, somos cada vez mais demandados. Sem medir esforços, seguiremos firmes no propósito de zelar pelo que temos de mais importante: a nossa vida.

 

Gerson Junqueira Jr. - Presidente da AMRIGS


Como amenizar a picada de mosquito borrachudo?

Pequeninos, silenciosos e mais eficientes do que deveriam. Os borrachudos incomodam muita gente. Na verdade, a sua picada é a grande vilã da história. Os sintomas iniciais são irritações, coceiras e inchaço no local, mas, a depender da sensibilidade da pessoa, as consequências podem ser mais graves.

Além dos sintomas desagradáveis que a picada desse mosquito pode desencadear, ainda há o risco de transmissão da oncocercose e da febre oropouche: doenças que causam febre alta, lesões na pele e dores em todo o corpo. Quando avançam para casos mais graves, também podem provocar meningite e até mesmo cegueira.

Para evitar danos maiores, o melhor a se fazer é não coçar as picadas para conter a proliferação de bactérias na região. Difícil? Muito! Então, que tal algumas dicas para ajudar a amenizar as consequências de um visitante voador nada agradável?

 

Como parar de coçar?

Para conseguir resistir à tentação, a lavagem da região com água e sabão é indicada. Após a limpeza, é necessário secar a pele e mantê-la hidratada com cremes e pomadas específicas. Também é possível conter o desejo de coçar com a aplicação de géis pós-picada, que ajudam a aliviar os sintomas e ainda podem refrescar o local; algumas opções disponíveis no mercado também deixam um aroma suave e agradável na pele.

 

Evite!

Como já mencionado, é de suma importância evitar a coceira após a picada, uma vez que a unha vai espalhar bactérias no local, o que pode prejudicar a recuperação ou aumentar o processo inflamatório.

Espremer a região picada na tentativa de remover as bactérias também é uma ação repreendida por dermatologistas. Isso porque corre-se o risco de lesionar a pele e retardar o processo de recuperação.

 

Checklist pós-picada de borrachudo

Eis as medidas que você pode tomar para não coçar a picada de borrachudo – com algumas dicas extras direcionadas para picadas de mosquito no geral: 

1 - Fazer a limpeza da região com água e sabão neutro.

2 - Passar pomadas ou géis para picada de inseto.

3 - Aplicar uma gota de mel no machucado devido as suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.

4 - Fazer uma compressa fria por cinco a dez minutos – o gelo entorpece a área afetada, ajudando a reduzir a coceira e a acalmar a pele.

5 - Passar gel de Aloe vera, planta anti-inflamatória.

6 - Espalhar óleos essenciais diluídos em água para alívios temporários. Alecrim, lavanda, neem e cedro funcionam bem nesses casos.

 

Guto Cunha - gerente de marketing da FreeBrands.


Como lidar com a dificuldade de locomoção das pessoas idosas

Especialistas explicam motivos que levam ao problema e orientam sobre os cuidados necessários com esse público


A dificuldade de locomoção é um risco no processo de envelhecimento e pode surgir devido às mudanças naturais do organismo em decorrência do avanço da idade. 

Diminuição da visão, redução da massa muscular e problemas que afetam o sistema motor e o equilíbrio, por exemplo, são fatores que impactam a mobilidade da pessoa idosa. Com o tempo, ela pode apresentar um andar arrastado, marcha lenta, pisar em falso ou errar o passo. Esses comportamentos atrapalham atividades básicas, como: se deslocar pela casa, sentar-se e levantar-se do sofá, fazer uma caminhada, atravessar a rua, entre outras ações de rotina. 

“A capacidade de locomoção pode ser reduzida por vários motivos, entre eles estão as doenças neurodegenerativas, sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), tontura, fraqueza muscular e cansaço excessivo. Obesidade e doenças crônicas, como artrite, também podem contribuir com essa condição”, explica a médica geriatra da Cora Residencial Senior Dra. Ana Catarina Quadrante.  

As quedas e fraturas são eventos comuns na senioridade e comprometem o movimento. Uma em cada três pessoas com mais de 65 anos já sofreu um acidente desse tipo, de acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, ligado ao Ministério da Saúde.
 

Prevenção e tratamento 

Quem enfrenta dificuldades de locomoção não deve se refugiar na inatividade ou sedentarismo. Colocar o corpo em movimento com exercícios adequados à sua condição de saúde, até mesmo para quem está acamado, contribui para garantir mais autonomia e fortalecer a função motora, prevenindo riscos de queda, por exemplo. 

Em instituições de longa permanência para idosos (ILPI), como a Cora Residencial Senior e CIAI -- Centro Integrado ao Idoso -- a fisioterapia tem sido uma ferramenta preventiva e de tratamento. Os especialistas orientam a realização de movimentos que aprimorem a aptidão física e autonomia, trabalhando flexibilidade, coordenação e equilíbrio. 

“É essencial que o idoso tenha uma alimentação adequada para suprir todas as necessidades nutricionais desta faixa etária, mas que também pratique exercícios que colaborem para manter a sua composição muscular e trabalhem o fortalecimento, assim, melhorando a capacidade de locomoção, mobilidade e estabilidade do corpo”, complementa a geriatra da Cora Dra. Ana Catarina Quadrante.

 

Cuidados com o ambiente 

Idosos com declínio na capacidade de locomoção também precisam de um ambiente domiciliar adequado e sem riscos de acidentes. Espaços com degraus, pisos escorregadios e que possuam tapetes devem ser evitados. Além disso, é preciso estar atento aos objetos espalhados pela casa e fios ou cabos soltos pelo chão. 

“É importante que o local tenha uma estrutura adaptada para o idoso. Dependendo da capacidade funcional desse indivíduo, viver em um ambiente inseguro, com elementos que aumentam a probabilidade de queda e tropeços, oferece riscos à sua saúde”, explica o gerontólogo do CIAI Lucas de Pontes.

 

Apoio profissionalizado e socialização

Pessoas com dificuldades de locomoção requerem atenção, paciência, apoio e assistência profissionalizada. Instituições de longa permanência para idosos são uma das alternativas para esse público viver com mais qualidade, bem-estar e segurança, mesmo nos períodos de curta temporada. 

O gerontólogo do CIAI esclarece que além de uma equipe multidisciplinar que ofereça cuidados de saúde e estrutura planejada, o que proporciona mais comodidade e conforto, é importante que qualquer pessoa acima dos 65 anos tenha uma vida ativa. 

“Diante de algumas limitações, o idoso pode reduzir sua vontade de interagir e socializar, levando a um comportamento de isolamento, o que afeta a sua saúde emocional. Por isso, o cuidado deve ser constante, com estímulos físicos, cognitivos e de socialização, para que ele viva da melhor forma possível”, finaliza Lucas.
 

Cora Residencial Senior


COMBATE À TROMBOSE

Trombose venosa é responsável por 113 internações diárias no Brasil, revela SBACV

Especialistas ao redor do mundo alertam sobre os perigos e cuidados relacionados à doença

 

Mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratamento de tromboses venosas entre janeiro de 2012 e maio de 2022. É o que revela levantamento inédito produzido pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). O cálculo aponta que, todos os dias, em média 113 pessoas são internadas na rede pública para tratar o problema. A situação preocupa especialistas, que alertam para os riscos de a doença desencadear quadros clínicos ainda mais graves, como a embolia pulmonar. 

O estudo, elaborado a partir de registros oficiais do banco de dados do Ministério da Saúde, evidencia a necessidade de os brasileiros se atentarem aos cuidados diários relacionados à saúde vascular, como alerta o presidente da SBACV, Julio Peclat. “O volume de internações por tromboses venosas, além de ser preocupante do ponto de vista clínico, revela um cenário precário no que se refere às práticas de autocuidado pelos brasileiros, considerando que o problema pode ser evitado com a adesão de medidas simples, como a prática de exercícios físicos e o controle do peso corporal”.
 

A doença - A trombose venosa ocorre quando há a formação de coágulos de sangue dentro das veias, principalmente nos membros inferiores, impedindo o fluxo natural do sistema cardiovascular. Essa condição pode causar manchas arroxeadas ou avermelhadas nos locais afetados, acompanhadas de sensação de desconforto, dor e inchaço. 

“Trata-se de doença que ameaça diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Ela causa impactos na mobilidade e pode evoluir para cenários clínicos mais graves, exigindo acompanhamento médico rigoroso para prevenir o avanço do problema”, explica Julio Peclat. 

Sérgio Belczak, vice-diretor de Publicações da SBACV, explica que as tromboses venosas podem ser caracterizadas em dois tipos. “Se este coágulo se formar numa veia profunda é denominada trombose venosa profunda, se for formado numa veia superficial, é denominada tromboflebite superficial”. 

As principais causas do problema são alterações na coagulação, imobilidade prolongada ou lesão nos vasos sanguíneos. O uso de anticoncepcionais, cigarro e histórico familiar são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de tromboses venosas. Sergio Belczak comenta que a atenção a alguns cuidados básicos pode ser fundamental na prevenção daqueles que já tenham predisposição ao problema. 

“Se há histórico de trombose pessoal ou na família, é preciso evitar o uso de produtos com grau excessivo de hormônios, como os anticoncepcionais. Nos casos de profissionais que precisam ficar imóveis em viagens muito longas, como os caminhoneiros, é preciso consultar um angiologista ou cirurgião vascular de forma periódica. Outro cenário que exige atenção redobrada é o do paciente que vai passar por uma cirurgia de maior porte. Nesse caso, é preciso buscar, junto ao cirurgião vascular, orientações pré-operatórias preventivas, especialmente em casos de cirurgias ortopédicas e cirurgias plásticas”, alerta o especialista.
 

Cenário nacional -- O levantamento produzido pela SBACV para analisar a recorrência de casos de tromboses venosas revelou um cenário preocupante relacionado ao número de internações para o tratamento do problema. Números oficiais do banco de dados do SUS revelam que, entre janeiro de 2012 e maio de 2022, um total de 425.404 brasileiros foram internados para tratamento da doença, sendo que 92% (394.254) dos atendimentos ocorreram em caráter de urgência. 

“A necessidade de assistência médica imediata aos pacientes que chegam ao hospital em situação de urgência revela a ausência de uma rotina de consultas preventivas, sobretudo aos grupos de risco. O paciente com histórico da doença na família, por exemplo, pode evitar a trombose venosa a partir de investigações médicas periódicas ou pelo menos diminuir os riscos de a doença avançar”, destaca Sergio Belczak.
  

Embora o número de internações permaneça estável durante toda a série histórica na qual a SBACV se debruça para análise dos dados, o levantamento mostra que o ano que mais registrou internações por tromboses venosas foi 2019, com 45.216 notificações. O Sudeste comporta 54% (231.451) de todos os registros. Por outro lado, o Norte é quem contabiliza menos internações pela doença, com 10.693 casos de trombose venosa notificados pelo SUS. Confira na tabela abaixo números detalhados para cada região brasileira:

  

*Até maio de 2022

*

O cálculo aponta que, em nível nacional, a média diária de internações para tratamento da trombose venosa supera a marca de 113 pacientes. Em 2019, ano com mais registros de internações pela doença dentro do período analisado, esse número de procedimentos superou a marca de 126 pacientes. 

Um ponto que chama atenção é que 61% dos pacientes que chegaram ao hospital para tratamento do problema são do sexo feminino. Já a faixa etária mais expressiva no quadro de internações compreende os pacientes com idades entre 40 e 69 anos, sendo eles os responsáveis por 56% de todos os registros.
 

Estados - São Paulo foi o estado que mais contabilizou internações para o tratamento de tromboses venosas, com 118.960 registros no banco de dados do SUS. Em seguida aparecem Minas Gerais (69.164), Paraná (39.426) e Rio Grande do Sul (36.964). Já os estados menos expressivos no número de internações pela doença são o Amapá (194), Roraima (426) e Acre (942). Confira abaixo o detalhamento dos dados para cada Unidade Federativa do Brasil: 


*Até maio de 2022*Até maio de 2022

 

“Esse é um cenário preocupante, sobretudo, porque as internações representam apenas uma parcela dos casos, ou seja, aqueles que evoluíram para a necessidade de tratamento médico ostensivo. Existem, ainda, os casos leves, que não carecem de internação, e os sujeitos que não buscaram ou não conseguiram o diagnóstico do problema. Se não tratadas, essas pessoas correm o risco de sofrer complicações”, alerta Sergio Belczak.

 

Embolia pulmonar -- Sérgio explica que uma trombose não diagnosticada precocemente e, consequentemente, não tratada, pode levar à formação de êmbolos que correm no interior das veias podendo chegar ao pulmão, comprometendo a oxigenação do órgão. 

“A trombose venosa é caracterizada pela presença de trombos (coágulos de sangue) nas paredes internas das veias. Esses trombos podem se desprender e seguir na corrente sanguínea, passando a ser denominados de “êmbolos”. Através do fluxo natural do sangue, esses êmbolos podem chegar ao pulmão, causando a embolia pulmonar, quadro clínico caracterizado pela obstrução de canais sanguíneos no pulmão”, explica. 

A embolia pulmonar torna-se, então, o principal perigo das tromboses venosas, uma vez que a parcela do pulmão comprometida pela falta de oxigenação não pode ser recuperada, podendo até mesmo levar à morte. O levantamento produzido pela SBACV também reuniu números relacionados a esse problema, revelando que um total de 86.870 brasileiros já foram internados para o tratamento da doença. Confira na tabela abaixo os dados acerca das internações por embolia pulmonar, de janeiro de 2012 a maio de 2022.
 


*Até maio de 2022 


Em relação à embolia pulmonar, o levantamento revelou que o número de internações pela doença cresceu 89% no Brasil em 10 anos, saltando de 5.797 registros em 2012, início da série histórica, para 10.953 em 2021, ano sobre o qual foi possível obter dados consolidados para os doze meses. O cálculo aponta que todas as regiões brasileiras registraram aumento expressivo no número de internações pela doença, sendo o Centro-Oeste onde se observou a alta mais expressiva, com variação de 136% em dez anos, seguida pelo Nordeste (118%), Sudeste (83%), Sul (79%) e Norte (45%). 

Em números absolutos, assim como nas internações por trombose venosa, os dados relacionados às internações por embolia pulmonar revelam que o Sudeste é a região que mais sofre com o problema, reunindo mais da metade de todos os registros do País (47.854), seguida pelo Sul (20.220), Nordeste (10.753), Centro-Oeste (6.615) e Norte (1.428). 

São Paulo foi o estado brasileiro que mais contabilizou internações por embolia pulmonar ao longo da série histórica, com 26.171 notificações no banco de dados do SUS. Ainda no ranking das unidades federativas com os números mais expressivos, aparecem Minas Gerais (16.924), Rio Grande do Sul (8.236) e Paraná (6.566). Já os estados responsáveis pelos menores números de internações para tratar o problema são Amapá (44), Roraima (49) e Acre (60). 

Os dados do Ministério da Saúde apontam que 94% das internações por embolia pulmonar estão associadas a atendimentos realizados em caráter de urgência. “Muitas dessas internações poderiam ter sido evitadas com o devido diagnóstico e tratamento de tromboses venosas, por isso, insistimos na necessidade de um acompanhamento médico regular para investigar complicações vasculares que podem evoluir para casos mais complexos”, comenta Belczak.


Especialista comenta sobre como as famílias podem prevenir que suas filhas tenham câncer de mama

Cerca de 5-10% dos cânceres de mama são hereditários e 25% estão ligados aos genes maternos BRCA1 e BRCA2


 Quando se fala de câncer de mama, principalmente no mês de outubro, quando as campanhas de conscientização ficam mais evidentes, para muitas mulheres surge a questão: minha avó e minha mãe tiveram câncer, qual o risco de eu ter, também? 

A Profª Dra. Marise Samama - Fundadora e presidente da AMCR: Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil, explica que cerca de 5-10% dos diagnósticos de câncer de mama são hereditários e 25% estão ligados aos genes maternos BRCA1 e BRCA2. 

As mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 são infrequentes na população geral, afetando de 0,1% a 0,2% das mulheres e as alterações nesses genes são responsáveis também por um total de 10 a 15% dos cânceres ovarianos. 

"É possível notar que a chance de herdar o gene com a mutação da mãe portadora é de 50% para cada filho e dessa forma os portadores dessa mutação do BRCA1 e BRCA2 têm mais risco ao longo da vida de desenvolver câncer de mama", explica Dra. Marise Samama. 

A Dra, também comenta que as estratégias para a preservação da fertilidade das mulheres portadoras dessas mutações incluem a criopreservação de óvulos, criopreservação de tecido ovariano, diagnóstico genético pré-implantação e recepção de óvulos ou embriões. Porém, a pergunta que fica é: com esses métodos, é possível eliminar a mutação genética de uma família? 

O avanço da tecnologia trouxe possibilidades de identificar, antes da gravidez, embriões livres da mutação genética BRCA relacionadas ao câncer de mama. Este tipo de solução está disponível e vem sendo utilizada na prevenção doenças genéticas que afetam um único gene, no caso específico do câncer mamário. 

"O diagnóstico genético pré-implantação (PGD) vêm sendo esta solução para rastrear a mutação do gene BRCA em embriões. Ele exige que os casais sejam submetidos a procedimentos de fertilização in vitro, os embriões são cultivados in vitro e testados usando PGD para a mutação BRCA antes de serem transferidos para o útero da mulher. Desta forma, apenas embriões sem mutação BRCA são transferidos", comenta Dra Daniela Fink, associada da AMCR. 

Para ela, esse seria um modo de prevenção do câncer de mama na prole de pais afetados. Desta forma, aqueles que não desejam passar o gene BRCA para a próxima geração, o método de diagnóstico genético pré-implantação de embriões seria o recomendado.
 

Sobre a Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR) 

A AMCR -- Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil -- é uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária. Fundada em março de 2021, pela Prof. Dra. Marise Samama, possui 42 associadas, pós-graduadas da área da saúde, distribuídas em todas as regiões do Brasil. A associação é fruto da vontade dessas mulheres (cientistas, médicas, biomédicas e profissionais de saúde), que defendem a igualdade de oportunidade entre gêneros, reconhecimento e valorização da ciência e atuação das mulheres nas áreas de saúde feminina e Reprodução Humana. Para saber mais informações, acesse o site.


Reconstrução mamária é parte essencial no tratamento do câncer de mama

A reconstrução mamária impacta positivamente a trajetória da paciente e o seu processo de cura ajudando-a a resgatar a integridade física, a autoestima, o bem-estar psicológico e a qualidade de vida

 

Durante o mês de outubro, as atenções ficam voltadas para a prevenção e conscientização do câncer de mama. Não por acaso, esse é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo. Só no Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), uma em cada 12 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil.

Segundo Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgiã plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo, a qualidade de vida é comprovadamente melhorada para as mulheres que realizaram a reconstrução mamária. “Hoje não conseguimos dissociar o tratamento do câncer de mama da importância da cirurgia plástica. A reconstrução é responsável por trazer o bem-estar corporal, estético e emocional para as pacientes. Podemos dizer que ele é fundamental no processo de recuperação da paciente”, afirma. Há vários relatos de mulheres que ficam mais animadas e ativas, tem mais vontade de realizar o tratamento como um todo. “São pacientes que aderem bem a quimioterapia e radioterapia. O impacto da reconstrução é muito positivo”, afirma a médica.

Nos Estados Unidos, em um ano típico, 400 mil implantes de mama são realizados por ano. Um terço deles (100 mil) é destinado às mulheres em processo de tratamento do câncer de mama. No Brasil, a reconstrução mamária pós-mastectomia é garantida por lei (13.770) desde 2018, o que aumentou as taxas de adesão ao procedimento que, em 2017, era de 34% das mulheres mastectomizadas.


Reconstrução mamária

A cirurgia de reconstrução é realizada logo após a retirada do tumor quando há condições técnicas, caso não seja possível realizar imediatamente, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias.

Atualmente, o protocolo mais utilizado de tratamento prevê a cirurgia seguida de quimioterapia e radioterapia. Em alguns casos, podemos ver a quimioterapia ser administrada antes, mas ainda assim, a cirurgia tem de ser feita, afirma Dr. Alexandre Piassi, cirurgião plástico e diretor do DEMID da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Mesmo quando o tumor desaparece após a quimioterapia neoadjuvante, a conduta hoje é realizar a cirurgia e retirar os tecidos da região afetada pela doença, com uma margem de segurança”, explica.

Para as mulheres que não conseguiram realizar a cirurgia de reconstrução imediatamente, a indicação é esperar um período. “A quimioterapia costuma durar seis meses e a radioterapia um mês. Só após oito meses da finalização das sessões de radioterapia que é indicado realizar a cirurgia, pois durante esse período a cicatrização fica prejudicada”, completa.


Tipos de reconstrução

Cada mulher é única e a cirurgia reparadora também. Dr. Piassi explica que o procedimento cirúrgico depende de vários fatores, entre eles o tamanho da mama, a localização e tipo do tumor e o tipo da cirurgia realizada pela equipe de mastologia. Alguns tipos de cirurgia mamárias mais realizadas:

• Mastectomia poupadora de pele: O tumor é removido e quase todo tecido mamário também, porém a pele da mama é poupada.

• Cirurgia conservadora: um quarto ou menos da mama é retirado, dependendo da característica do tumor.

• Mastectomia não poupadora de pele: é extraída a mama em sua totalidade, tumor, parênquima mamária (conjunto de células que são responsáveis pela função de um determinado órgão) e uma porção grande da pele.

A reconstrução da mama é realizada para reestabelecer a forma estética. Restaura-se o volume e o formato, e após um período - de três a seis meses - é realizada uma avalição para verificar se serão necessários reparos como um enxerto de gordura, por exemplo.

Para a reconstrução da mama, o volume é reconstituído com implantes de silicone ou retalhos. Para a área dos mamilos muitas vezes recorre-se à tatuagem que traz resultados bem satisfatórios.

Mulheres de qualquer idade podem fazer a reconstrução. Só há contraindicações relativas para casos clínicos graves como problemas cardíacos, casos de obesidade ou doença muito avançada.

A reconstrução mamária impacta positivamente a vida da mulher, ajudando-a a resgatar a integridade física, a autoestima e o bem-estar psicológico que a impulsionam para um dia a dia com mais qualidade e saúde. “Há estudos científicos que, inclusive, comparam a retirada da mama com a mutilação genital no homem. Mas a reconstituição mamária ameniza essa perda, reestabelecendo a dignidade, a autoestima e a qualidade de vida da mulher. Por isso a importância da cirurgia plástica no tratamento global do câncer de mama”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

https://www2.cirurgiaplastica.org.br/


Outubro Rosa: saiba quais são os cânceres que mais atingem as brasileiras

Para promover a saúde da mulher e o diagnóstico precoce de cânceres, laboratórios do Grupo Alliar realizarão exames com condições especiais


Reconhecido como mês de conscientização a respeito do câncer de mama, outubro tornou-se o período no qual a saúde da mulher está no foco das atenções. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a enfermidade é a de maior incidência em mulheres brasileiras. O órgão estima que, até o final de 2022, a doença deve chegar a 66.280 novos casos. Os registros do INCA também apontam os cânceres de ovário e de colo de útero como o segundo e o terceiro, respectivamente, que mais ocorrem nessa parcela da população brasileira.

Nódulos na mama podem ser detectados com autoexame, que deve ser feito levantando o braço esquerdo, apoiando-o sobre a cabeça e utilizando a mão direita para apalpar o seio devagar, com movimentos circulares de cima para baixo, processo que deve ser repetido o na outra mama. Ao notar algum caroço, geralmente fixo e indolor, é indicado procurar um médico imediatamente. Outros sintomas são pele avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no mamilo, como descamação da pele, e saída espontânea de líquido por ele. “Contudo, o autoexame não substitui a mamografia, que deve ser realizada aos 35 anos para pacientes do grupo de risco e a partir dos 40, a cada dois anos. Sendo a recomendação de rastreio pelo INCAfazer o exame com intervalo de dois anos na faixa dos 50 aos 69 anos”, afirma a Dra. Raquel Coelho, ginecologista e Coordenadora Médica do CDB, marca de laboratórios do Grupo Alliar, em São Paulo.

O câncer de ovário é mais difícil de detectar. Silencioso, o inchaço abdominal é o principal sintoma da doença. “Por isso, é muito importante que as mulheres consultem um ginecologista pelo menos uma vez ao ano. Através da consulta médica e dos exames de rotina, é possível realizar diagnósticos precoces que salvam vidas. Para se ter uma ideia, o câncer de ovário tem letalidade de 80%, segundo a Febrasco (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia)”, completa a médica.

Causado por alguns tipos do vírus do HPV, o câncer de colo de útero deve atingir 16.710 mulheres no Brasil até o final de 2022, segundo o INCA. Entre os sintomas da doença estão dor na pélvis, dor durante a relação sexual, menstruação irregular e sangramento pela vagina. “A melhor maneira de prevenir essa enfermidade é a vacinação, aplicada a partir dos nove anos em meninos e meninas. As mulheres que têm o vírus devem fazer exames de Papanicolau, seguindo as recomendações de seu ginecologista. Importante informar também que portadores de HPV podem tomar a vacina contra o vírus”, explica Dra. Raquel. 

Para promover a saúde da mulher e o diagnóstico precoce de cânceres e outras doenças, durante a campanha Outubro Rosa, as clínicas do Grupo Alliar, CDB (São Paulo), Axial (Minas Gerais), Delfin (Bahia), Multiscan (Espírito Santo), Multilab (Mato Grosso do Sul) e CSD (Pará) oferecerão pacote check-up com 13 exames, colposcopia e imunização contra o HPV com condições especiais. Além disso, todos os laboratórios da Companhia terão condições diferenciadas para a realização de exames de mamografia.

 

Grupo Alliar


Dia Mundial da Visão: profissional de óptica e optometria otimiza o cenário da saúde

A importância e reconhecimento desses profissionais na saúde visual primária


Dados do IBGE mostram que mais de 35 milhões de brasileiros possuem problemas de visão. No Dia Mundial da Visão, a presidente do Conselho Regional de Óptica e Optometria do Estado de São Paulo (CROOSP),  Daniela Iamamoto, tira dúvidas e traz informações importantes sobre a relevância do Optometrista na rede de saúde do Brasil. 

 

Optometrista pelo bem-estar da saúde visual 

 

“Muitas patologias oculares podem levar à cegueira. Exames regulares e cuidados preventivos frequentes podem evitar doenças e danos à visão”. É com essa frase que  Daniela Iamamoto começa sua explicação sobre como o profissional de óptica e optometria, trabalhando à frente na avaliação do sistema visual, é essencial para garantir o bem-estar da saúde ocular.

 

Por que o optometrista é essencial na saúde da sociedade?

 

“Ele é mais um profissional da visão que pode atuar na avaliação como um todo. Nos casos onde é detectada baixa na visão por problemas como miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia (erros refrativos), que não são doenças, o optometrista está apto para corrigi-los com óculos ou lentes de contato, contribuindo com o enxergar melhor e a qualidade de vida da população. Além de ser um profissional de ótimo custo benefício e de fácil acesso”.

 

Quais as diferenças entre o optometrista e o oftalmologista?

 

“O Optometrista atua na saúde visual primária, ou seja, na prevenção. É o profissional que irá realizar uma investigação minuciosa e buscar a melhor forma de suprir a necessidade de seu paciente. Também trabalha na confecção de próteses oculares e na aplicação de terapias visuais que elevam o sistema do olho no seu potencial máximo ou o reabilitam, em casos mais complexos como estrabismo e ambliopia.

O Oftalmologista, além de detectar e corrigir erros refrativos, atua, principalmente, tratando patologias que acometem o globo ocular, podendo levar à cegueira, por meio de fármacos e cirurgias”. 

 

Quais problemas relacionados à saúde ocular os profissionais óptico e optometrista podem ajudar?

 

“Em patologias que podem levar à cegueira e perda do globo ocular, o optometrista pode adaptar a prótese, por exemplo em casos de tumores oculares e glaucoma. Em casos de ceratocone, patologia na córnea que acontece a baixa da visão, a indicação para melhora é a lente de contato, especialidade do profissional contatólogo e optometrista”. 

 

Qual a principal vantagem da equipe médica contar com o optometrista? 

 

“Tendo um optometrista preparado para o atendimento na saúde visual primária, o oftalmologista terá mais disponibilidade/tempo para atuar na sua principal competência de tratar patologias mais complexas e realizar cirurgias”.

 

CROOSP - O Conselho Regional de Óptica e Optometria do estado de São Paulo


Riscos no esporte: Lesões cerebrais aumentam riscos de segundo impacto com danos ainda piores

As lesões no desporto são bastante comuns. Algumas mais aparatosas envolvendo lesões visíveis, sangramentos ou fraturas chamam mais a atenção, mas nem por isso são as mais perigosas ou com recuperação mais difícil.

 
No final de setembro, o quarterback Tua Tagovailoa, que atua no Miami Dolphins, recebeu o passe, mas foi derrubado. Após o embate, foi visível o balançar de cabeça e  o tropeçar no chão enquanto tentava se livrar. Após um exame médico, ele voltou ao jogo contra o Buffalo Bills com o que seu treinador, mais tarde, disse ter sido uma lesão nas costas.
O PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela reitera que devemos estar atentos às lesões invisíveis, principalmente as que afetam a cabeça e a coluna.
 

Ainda segundo o especialista, depois de acontecimentos como este, a chance de novo acontecimento com consequências piores tem grande chance de acontecer. E porquê? O tempo de recção aumenta e a nossa visão fica turva, menos nítida e menos focada.  Este acontecimento veio a passar-se quatro dias depois num jogo contra os Cincinnati Bengals. Tagovailoa acabou por abandonar o campo com uma concussão como diagnóstico. 

“Depois de um golpe na cabeça, quando o cérebro mole atinge o crânio inflexível, a lesão desencadeia uma catadupa de alterações. Entre estas mudanças podemos observar que algumas células nervosas se tornam hiperativas, a inflamação se instala e o fluxo sanguíneo é alterado. Esses eventos a jusante no cérebro – e como eles se relacionam com os sintomas de concussão – podem acontecer ao longo de horas e dias e não são fáceis de diagnosticar de forma rápida.”, aponta Abreu.

Como refere ainda o neurocientista, “ os exames de neuroimagem são úteis neste caso, para determinar os pormenores de lesão na região e adjacentes como consequência dos traumas sofridos para que, os responsáveis médicos possam determinar o período e tipo de tratamento, assim como o afastamento dos campos. Infelizmente muitas vezes as pessoas tendem a minimizar as consequências deste tipo de lesão pelos resultados não se apresentarem visíveis no imediato!”, conclui.


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