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quarta-feira, 22 de junho de 2022

ViaQuatro e ViaMobilidade estimulam passageiros a doarem sangue em campanha nas estações

 


A ViaQuatro e a ViaMobilidade aderiram à Campanha Doar Sangue é Simples, promovida pela Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo. Em todas as estações, há cartazes para chamar atenção sobre a importância do ato. Nos nichos de leitura das estações, o público encontra folhetos sobre os requisitos para a doação, postos de coleta, entre outras orientações. 

A campanha está inserida no tema “Junho Vermelho” e junta-se a outras ações desenvolvidas pelas concessionárias sobre o assunto. O objetivo é incentivar o espírito de solidariedade, conscientizando a população sobre essa atitude que salva vidas.

Sobre a Fundação Pró-Sangue:

A Fundação Pró-Sangue é uma instituição pública ligada à Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com a qual mantém estreito laço de cooperação acadêmica e técnico-científica. Criada em 1984, a Pró-Sangue tem como principal.


Serviço:

Campanha Doar Sangue é Simples:

Cartazes e folhetos em todas as estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda até 30 de junho


Taxa de obesidade deverá crescer de forma substancial com ausência de políticas efetivas contra a doença

Estudos inéditos do IESS sobre o tema foram apresentados nesta quarta-feira (22) em seminário na Abramge com a presença de especialistas 

 

Assim como a Covid-19, a obesidade também é considerada uma pandemia mundial, um problema de saúde pública, que está associado ao desenvolvimento de muitas outras doenças, como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares e musculoesqueléticos, depressão e ansiedade. Também é responsável por mortes prematuras, reduzindo a expectativa de vida das pessoas afetadas. Espera-se que, na ausência de políticas públicas ou privadas efetivas, a taxa de obesidade no País continue a crescer 5% ao ano (foi a taxa entre 2003 e 2019) e que a prevalência pode atingir a marca de 46% em 2030.

Dada a gravidade dessa tendência, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) encomendou dois estudos específicos sobre o tema para mostrar seu impacto na evolução dos custos. Ambos foram apresentados, nesta quarta-feira (22/06), durante o seminário “Obesidade no Brasil: Impactos sociais e econômicos e como vencer essa pandemia”, evento hibrido realizado na sede da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) com a presença de especialistas.

Intitulado “Cenários para o futuro: como o aumento da prevalência da obesidade entre beneficiários pode impactar a sustentabilidade da saúde suplementar”, o estudo projeta um cenário base para 2030, tanto do crescimento do PIB per capita quanto das despesas com saúde dos beneficiários de planos de saúde.

Como cenário alternativo, consideram-se intervenções bem-sucedidas, visando a prevalência da obesidade à metade em 2030, para 13,4% em vez de 46%. Nessa situação, a taxa de prevalência da obesidade se reduziria a 3,7% ao ano nesse período.

“Sabemos que é muito difícil conseguir redução da prevalência da obesidade, ainda mais nesse ritmo. O propósito dos estudos foi o de mostrar os impactos dessa tendência de aumento da prevalência da obesidade, que levou o Fórum de Davos a equipará-la a uma pandemia mundial. Os impactos são expressivos: enquanto o PIB per capita cresce modestissimamente nesse período – será com alegria que reconheceremos o erro se crescermos, como deveríamos, a taxas mais altas os custos assistenciais per capita passam de R$ 2,2 mil em 2020 para R$ 3,1 mil, em 2030 (crescimento de 42%, em contraste com aumento de apenas 7,7% do PIB no período)”, comenta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.

“Esses números podem e devem ser aperfeiçoados e deve ser objeto de intensos debates. Mesmo que contenham certa imprecisão, são suficientemente significativos para recomendar ação e políticas que visem a contenção e mesmo redução dessa escalada da obesidade”, continua Cechin.

O estudo adota como parâmetros que o percentual de custos atribuíveis à obesidade representa 9,3% dos gastos registrados com saúde na saúde suplementar, o que deriva do fato de o número de procedimentos de cirurgias bariátricas realizados na saúde suplementar é cerca de cinco vezes maior que os realizados pelo SUS.


Custos diretos com obesidade na saúde suplementar

Outro estudo encomendado pelo IESS, realizado pela Orizon, apresenta dados e informações de custos diretos e atribuíveis à obesidade grave e mórbida no sistema de saúde suplementar do Brasil. Mostra que o custo por beneficiário representa R$ R$ 33 mil por ano e que 22% dos sinistros, entre 2015 e 2021, (R$ 4,8 bilhões) estão relacionados a consequências diretas com a doença.

A base do estudo contempla dados de faturamento de nove milhões de beneficiários (cerca de 19% do total de vínculos da saúde suplementar). Das 80 mil pessoas estudadas com obesidade grave ou mórbida, observou-se que 60% dos gastos das operadoras são com o público feminino e 32% masculino. Constatou-se, ainda, que o diabetes tipo 2 é a doença que mais custa para o sistema entre as comorbidades que podem ser prevenidas com a obesidade.

 

 Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS

 

Mantenha seu pequeno negócio em alta enquanto as temperaturas caem pelo país

Temporada de frio favorece algumas atividades econômicas, como moda, turismo, alimentação fora do lar, entre outras


Oficialmente, o inverno no Brasil começa no dia 21 de junho e as temperaturas já começaram a cair em várias regiões do país. Com a chegada do frio, pequenos negócios de diversos segmentos podem aproveitar a temporada para atrair os clientes e ganhar um dinheiro extra. O momento também é favorável para o comércio em geral, tendo em vista que o período coincide com as férias escolares do meio do ano.  

De acordo com o gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, Cesar Rissete, tanto os segmentos ligados à moda e ao turismo, como também aqueles relacionados à alimentação fora do lar e à beleza e estética podem se beneficiar desta época do ano, que deve se estender pelos próximos meses.  

“No inverno, temos regiões no Brasil que podem explorar o tempo frio e oferecem diversos atrativos não só para visitantes de fora, mas também para os próprios moradores. Então, o comércio, de uma forma geral, costuma ser bastante impactado. As pessoas vão procurar produtos que a aqueçam, como cafeterias, chocolaterias, adegas, além de uma alimentação mais quente, como sopas, caldos e massas”, ressalta.  

Rissete recomenda que os empreendedores redobrem a atenção quanto ao atendimento na alta estação. “Além de continuar com os cuidados sanitários e de higienização, é preciso preparar a equipe de colaboradores para este momento e, se possível, adotar uma rotina diária, com uma reunião de alinhamento para relembrar orientações que permitam uma boa experiência do cliente, como evitar filas ou obstáculos para o consumo”, alerta.  

Além disso, ele considera que quem empreende não pode deixar de marcar presença nas redes sociais, pois as pessoas vão continuar procurando produtos e serviços na internet. “A exposição digital veio para ficar e é possível explorar o presencial com a ajuda das tecnologias do digital, inclusive como forma de melhorar a reputação dos negócios. Vale ficar atento porque uma má experiência no presencial também pode gerar transtornos na internet e, consequentemente, prejuízos para os negócios”, explica.  

Confira abaixo como alguns segmentos podem aproveitar o inverno para atrair os clientes e vender mais: 

 

1. No frio, as pessoas ficam mais elegantes

O inverno é considerado uma temporada na qual as pessoas se arrumam mais e o vestuário é mais requintado, com trajes e acessórios típicos.  A troca de estação possibilita que as pessoas busquem incrementar o guarda-roupa com peças para aquecer, mas com um toque de sofisticação. A moda inverno tende a ser muito impactada e o comércio pode se beneficiar com o momento. 

 

2. Turismo de inverno em família segue em alta nas férias escolares

O tempo frio do meio do ano também coincide com as férias escolares e muitas famílias aproveitam um fim de semana mais prologando para um passeio ou viagem nas proximidades. O turismo nacional pode ser favorecido, principalmente em algumas regiões do país, no Sul e Sudeste. Cidades turísticas como Gramado, no Rio Grande do Sul, e Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira em São Paulo, costumam explorar bastante a época para oferecer atrativos e atividades indoor, como patinação, entre outras. 

 

3. Comidas e bebidas que aquecem

Nesta época do ano, as pessoas costumam procurar produtos que a aqueçam e o setor de alimentos e bebidas podem oferecer cardápios diferenciados. Bares, adegas, cafeterias e restaurantes devem apostar na oferta de opções que favoreçam um clima mais intimista e aconchegante para o frio. O comfort food, caracterizado por proporcionar um conforto e uma memória afetiva, também pode ser explorado, sobretudo com o preparo de receitas mais quentes, como sopas, caldos e massas. 

 

4. É hora de tirar as peças pesadas do armário

Com a chegada do frio, começa o movimento de tirar as peças mais pesadas do armário, como cobertores, mantas, casacos e, antes de utilizá-los, é comum que as pessoas procurem serviços de higienização em lavanderias. Em geral, os clientes não possuem máquinas e acessórios próprios para lavar esse tipo de item e procuraram serviços para lavar e secar. 

 

5. Tempo frio favorece tratamentos de beleza e estética

O tempo frio também requer maior cuidado com a pele e muitos optam pela estação para procurar procedimentos estéticos em spas e clínicas especializadas. O inverno é considerado favorável aos tratamentos de beleza e estética porque a pele fica mais sensível e exposta.


Detran.SP lança “caça-peças” para cidadão não cair numa roubada em comércio ilegal

Nova ferramenta de busca, o “Peça Legal”, oferece segurança para que usuário compre componentes de boa procedência e não frutos do crime organizado



Com o objetivo de combater o mercado de produtos roubados, o Detran.SP lança a ação “Peça Legal”, um sistema digital que mostra se o produto desejado possui procedência e originalidade. A funcionalidade evita o que o cidadão seja vítima do comércio de peças oriundas de furto ou roubo de veículos. A vantagem é que o usuário tem a garantia de que o produto é legal.





A nova funcionalidade digital está disponível pelo aplicativo do Poupatempo. Nela, o cidadão consegue saber também quais são as empresas de desmontes credenciadas junto ao Departamento de Trânsito que possuem os itens procurados pelos consumidores.

Queremos oferecer mais segurança para o cidadão. O objetivo é que o usuário da funcionalidade tenha garantia de que a peça veicular é legal. Este é o objetivo do aplicativo: disponibilizar peças de boa procedência e oferecer um sistema cada vez mais informatizado”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

Ao comprar peças cadastradas nessas empresas, além de ter a segurança de adquirir produtos de origem legal, o cidadão ajuda a combater o comércio de itens frutos de furto ou roubo de veículos e assegurar que empresas idôneas continuem atuando no mercado. Em caso de irregularidades, o cidadão pode colaborar com a fiscalização denunciando desmanches clandestinos à Ouvidoria do Detran.SP, pelo portal www.detran.sp.gov.br, na área de “Atendimento”.



Como funciona?

Para realizar a pesquisa, é necessário acessar o aplicativo Poupatempo Digital, disponível para celulares com sistema operacional Android ou iOS, acessar “Serviços”, na sequência o campo “Veículos” e “Consulta de peças”. Depois, basta fazer a busca das peças disponíveis nas empresas registradas pelo Detran.SP.

A pesquisa pode ser feita por tipo de veículo, como automóvel, motocicleta, caminhão e ônibus. Basta centralizar o código disponível no componente no meio da tela do celular ou do tablet para obter informações de cada peça. A verificação exibe o tipo, a marca, o modelo e o ano do veículo, além de identificar qual a empresa registrada que oferta a peça.

Confira o passo a passo abaixo

 

Passo 1



Passo 2


 

Passo 3


 

Passo 4


 

Segue link com tutorial explicativo sobre uso do sistema Peça Legal: https://youtu.be/jHDrwrgwooQ


Fortalecer o relacionamento com países produtores de fertilizantes é estratégia para garantir abastecimento no Brasil

Mercado instável, preços oscilantes e possíveis riscos de falta de produtos movimentaram o cenário internacional de fertilizantes nos últimos dois anos e se intensificaram com os crescentes conflitos entre Rússia e Ucrânia. A preocupação com o desabastecimento por parte dos produtores brasileiros é plenamente justificável quando se sabe que a Rússia é o maior fornecedor de fertilizantes para o Brasil e que a soja consome 40% do produto.

“Há uma situação crítica no mercado de fertilizantes que começou com a Covid e envolve ainda outros problemas paralelos, como o fechamento de portos, paralisação das exportações e outras questões que interromperam o fluxo de recebimento de produtos no Brasil”, explicou José Francisco da Cunha, da Tecfértil, em palestra ministrada no SolloAgro Summit, que se encerra nesta quarta-feira, dia 22 de junho, em Piracicaba, interior de São Paulo.

O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais consomem nutrientes atrás da China, Índia e Estados Unidos, com taxa de consumo aumentando significativamente. No sentido contrário está a produção, com grandes volumes concentrados em poucos países como a Rússia, por exemplo. “O agro brasileiro é exemplo mundial em fornecimento de alimentos, eficiência e sustentabilidade, mas chegou a um estado de comodidade com relação à importação de fertilizantes”, observou Cunha.

Essa dependência externa, aliada às recentes questões internacionais, colocou o Brasil em estado de alerta e, desde o ano passado, há um foco maior na discussão sobre a necessidade de aumento na produção nacional dentro do Plano Nacional de Fertilizantes. “Essa iniciativa prevê ações que podem trazer benefício a curto, médio e longo prazo, mas a ideia de que o país deve ser autossuficiente na produção de fertilizantes precisa ser deixada de lado. Temos que fortalecer o relacionamento com os países fornecedores, intensificar a diplomacia com os países produtores”, disse Cunha.

Defensivos agrícolas

Quando se fala em defensivos agrícolas, considerar as diferenças regionais para estabelecer estratégias de acesso ao produtor é fundamental para ganhar mercado neste setor, conforme aponta André Malzoni dos Santos Dias, da Spark, durante o SolloAgro Summit. “É preciso entender que os hábitos de compra são diferentes entre as regiões do país e isso implica apresentar um portfólio mais adequado a cada cliente”, frisou.

Além das disparidades regionais, há ainda que se considerar a situação geracional, ou seja, a idade do agricultor bem como o nível de educação formal. “A absorção de tecnologia está cada vez mais rápida porque houve um rejuvenescimento de quem toma a decisão de compra do produto”, disse Malzoni. “Há 7 anos havia cerca de 30% deste público com nível superior, hoje esse percentual já chega a 45% em média. É uma geração mais jovem, com mais formação acadêmica, visão de preservação e adaptação tomando as decisões no campo”.

Segundo Malzoni, o agro brasileiro não está apenas crescendo, mas mudando em escala e é preciso entender esse cenário para a melhor venda do produto. “Os comportamentos são bastante distintos para cada comprador”, destacou.


Legislação para produção de insumos

Dentro da programação do SolloAgro Summit, Marcelo Marino Santos, da Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal), e Amalia Piazentim Borsari, da CropLife, falaram sobre legislação para a produção de insumos. De acordo com Amalia, os bioinsumos ainda hoje são considerados produtos extraídos da natureza e que, portanto, não necessitam de regulamentação. “Estamos falando de um leque grande de produtos que envolvem microrganismos de diferentes tipos que precisam ser avaliados antes de ser disponibilizados no mercado. Não é apenas uma questão de risco, mas de eficácia também”, afirmou.

Além dos riscos na segurança, a falta de regulamentação pode trazer prejuízos ao produtor com desinformação a respeito da eficácia do produto. “Há muito desconhecimento a respeito desse assunto. Trazer esse tema para o debate é aumentar o número de multiplicadores dessa informação, esclarecer equívocos e contribuir para que haja segurança na produção”, enfatizou Amália


Capacitação profissional

O agro, em consonância com outros setores da economia, segue a tendência de exigir, cada vez mais, a qualificação dos profissionais envolvidos. “É preciso mudar o conceito do que é ser bem sucedido e eficiente. Produzir muito não necessariamente significa ser eficiente e rentável. Existe uma série de outros fatores que vão da gestão financeira, custos e suprimentos, armazenamento e estratégias de comercialização que compõem o sucesso de um produtor rural”, enfatizou o palestrante César Burjaili Braga, da Hub Talents, durante o Sollo Agro Summit.

Entre as competências comportamentais mais demandadas estão o trabalho em equipe em cooperação, sentimento de pertencimento à empresa (perfil dono do negócio), perfil de liderança, empreendedorismo, flexibilidade, vontade de fazer diferença, engajamento, comprometimento, criatividade na resolução de problemas, alinhamento de propósito, resiliência e foco nos resultados.  

“As características mais desejadas de um profissional do agro são semelhantes às de outras áreas e segmentos da economia. A contribuição destes profissionais é fundamental para o sucesso do agronegócio como um todo”, salientou José Roberto Pereira Castro, da Superação Treinamento e Consultoria.

Na opinião de Paulo Fernando Machado, da Clínica do Leite, propriedades agrícolas são negócios e precisam de métodos para funcionar e atingir o objetivo final que é a geração de lucro. “Há novas formas de pensar e gerenciar empresas e é possível fazer adaptações para as propriedades agrícolas. Isso gera produtos de melhor qualidade, é mais fácil produzir e com menos desperdício, além de contar com pessoas mais engajadas em todos os processos do trabalho”, disse.

O SolloAgro Summit reúne agentes do agronegócio – profissionais, empresas, universidades e institutos de pesquisa – em discussões sobre temas relevantes como agricultura 4.0, manejo de solo, balanço de carbono e sustentabilidade, entre outros. O evento é uma realização do SolloAgro e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).

 

Somos todos preconceituosos em desconstruçã

 

O preconceito é uma barreira para a inclusão da diversidade. Mas, aquilo que fazemos com os nossos preconceitos e crenças limitantes é uma barreira ainda maior e com mais interferência negativa no processo.

Conformar-se com o fato de ser preconceituoso é ainda pior que ter preconceito. Portanto, ao assumirmos que somos todos preconceituosos em desconstrução, nos motivamos a buscar informações que vão nos ajudar a tomar decisões mais inclusivas, respeitosas e que valorizam as diferenças das pessoas. Isso é a sabedoria inclusiva. Também é assim que vamos parar de usar essa realidade como desculpa para continuar a oprimir pessoas por suas diferenças. 

Apenas buscar informação não torna ninguém inclusivo de fato. Só é possível atuar a favor da diversidade na sociedade como um todo quando aliamos nossos conhecimentos com a experiência de conviver com grupos sociais diferentes daqueles que estamos inseridos e com diferenças que não estão em nós. Quanto mais sabedoria inclusiva mais conseguimos evitar comportamentos que impedem a inclusão. 

Esse é o maior desafio: sensibilizar a sociedade para os benefícios da cultura de inclusão e que é potencializada quando essa mudança ocorre por convicção e não por obrigação. Como mulher cadeirante, já vi muita rampa ser construída apenas por imposição da lei ou em decorrência de processos judiciais. Porém, em muitos casos, as rampas são inclinadas demais, impossibilitando o acesso de quem tem baixa mobilidade ou usa cadeira de rodas. Isso configura um desinteresse total em atender de fato a quem precisa desse acesso. 

Por outro lado, quando a necessidade por acessibilidade é compreendida e consciente, temos transformações estruturais de fato acessíveis e úteis para pessoas com deficiência. 

A exclusão é um mau negócio. Um estudo realizado em 2015 pela McKinsey que envolveu o Brasil, Reino Unido e Estados Unidos já apontava que empresas com políticas estruturadas de incentivo à diversidade apresentavam performance financeira 30% maior que as empresas que não tinham. 

Apesar da lei de Cotas, que já completou 30 anos de vigência, de acordo com informações do Ministério do Trabalho, 46,98% das empresas no Brasil ainda não a cumprem. Os motivos são inúmeros e vão desde o preconceito contra a capacidade laboral do profissional só por ele ter deficiência, o que não leva em conta seu talento, até a falta de informação sobre acessibilidade arquitetônica e tecnológica necessária para contratá-lo.

As empresas têm um papel fundamental para não deixar que o preconceito impacte a cultura organizacional para inclusão, a partir de três importantes atitudes inclusivas que ajudam a promover um ambiente de segurança psicológica, acolhedor que reconhece, incentiva e valoriza as diferenças das pessoas. São elas:
 

Conscientização: oferecendo informação sobre todos os grupos sociais e inserir o tema como indicador estratégico com métricas de desempenho para todos os setores;
 

Inclusão, por meio de contratação de pessoas diversas respeitando a equidade e flexibilizando exigências que excluíam e fazia o mundo corporativo ser tão homogêneo;
 

Continuidade de carreira, oferecendo plano de desenvolvimento profissional para pessoas dos grupos sociais e medir a qualidade das contratações por meio de acompanhamento contínuo e formal das pessoas diversas e seus gestores diretos.
 

Incluir é sinônimo de respeitar. Para isso precisamos quebrar as barreiras do preconceito trazendo cada vez mais aliados às causas de inclusão da diversidade, engajar as pessoas com humanidade e empatia. 

Um estudo do criador do conceito de Neuroliderança, David Rock, indica que o cérebro humano aciona a mesma área quando uma pessoa sente dor física ou quando está se sentindo excluída. Isso significa, da forma mais cruel, que a exclusão causa dor. 

O Brasil deveria ser exemplo de inclusão, dado sua dimensão territorial, por toda a miscigenação do povo e da cultura. No entanto, mesmo com a diversidade no seu DNA, há 12 anos vem amargando o primeiro lugar entre os países que mais matam transgêneros no mundo, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional de transexuais e Travestis (ANTRA). 

A verdade é que a inclusão é não deixar ninguém de fora. Agir contra atitudes opressoras e preconceituosas é derrubar as barreiras que impedem o direito de qualquer pessoa aprender, trabalhar e buscar conhecimento quando, onde e como ela quiser. É colocar de vez um ponto final à intolerância desumana que se sobrepõe ao direito de uma pessoa, independente de sua religião, idade, gênero, cor de pele, orientação sexual, condição de deficiência etc. É melhorar o mundo conscientizando a humanidade que a inclusão deve ser feita com as pessoas e nunca contra elas.

 

Carolina Ignarra - CEO do Grupo Talento Incluir, É conselheira executiva da Integrare e mentora do programa “nós por elas” do IVG (Instituto Edna Vasselo Goldoni). Também é palestrante em importantes congressos e eventos sobre o tema, como: Women on Top, Gupy Connect, HR Results, Kennoby Talks, CBTD (Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento), RH Congresso e autora dos livros: "INCLUSÃO - Conceitos, histórias e talentos das pessoas com deficiência" (disponível para download no site da Talento Incluir) e "Maria de Rodas - delícias e desafios na maternidade de mulheres cadeirantes”. É coautora do livro “Diversidade e Inclusão e suas dimensões”.


Detran.SP oferece 9,3 mil vagas para renovação de CNH em mutirão sábado no Poupatempo

 Motorista que não regularizou o documento vencido em março e abril de 2021 tem mais uma oportunidade para normalizar

 

O Detran.SP, em parceria com o Poupatempo, realizará um mutirão para renovação de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no próximo sábado (25). Serão oferecidas 9,3 mil vagas para condutores que tiveram suas habilitações vencidas em março e abril de 2021. De acordo com dados do Detran.SP, cerca de 140 mil condutores estão com as habilitações vencidas neste período.

 

As vagas já estão disponíveis e o agendamento deve ser feito pelos canais digitais – portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital ou totens de autoatendimento.

 

Também é possível regularizar a CNH pelos canais digitais do Detran.SP. O cidadão pode solicitar de forma online a renovação simplificada, sem necessidade de comparecer a uma unidade de atendimento. O único deslocamento obrigatório é para o exame médico em uma clínica credenciada ao órgão estadual de trânsito.

 

A punição em caso de fiscalização de trânsito para quem não regularizar o documento no prazo correto é de sete pontos na carteira, além de multa no valor de R$ 293,47.

 

"De forma segura e sem burocracia, o motorista pode regularizar a sua habilitação tanto digitalmente quanto presencialmente. O Detran.SP reforça que é fundamental que todos os condutores renovem a CNH no prazo correto. Respeitar a legislação de trânsito é uma questão de cidadania", alerta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

Passo a passo

 

A renovação da CNH pode ser feita de forma online pelo portal do Detran (www.detran.sp.gov.br), pelo portal do poupatempo.sp.gov.br ou pelo app ou do Poupatempo digital.

 

Para realizar o serviço, a pessoa não pode ter nenhum bloqueio no prontuário como suspensão ou cassação do documento. Caso a pessoa opte por fazer o processo de forma presencial, deve ser feito agendamento da data no portal do Poupatempo – www.poupatempo.sp.gov.br no posto que deseja ser atendido.

 

Renovação das categorias C, D ou E: o primeiro passo é marcar exame toxicológico em uma das clínicas credenciadas.

 

Para o condutor que vai renovar as carteiras de habilitação categorias A e B, selecione a data e hora para exame médico com um profissional credenciado pelo Detran. No caso de profissionais que exercem atividade remunerada é necessário que se faça também o exame psicológico.

 

Pague a taxa de emissão do documento no valor de R$ 116,50 (que inclui o envio pelos Correios (Banco do Brasil, Bradesco, Santander e casas lotéricas).

 

A CNH no formato digital, que é válido em todo o país, é disponibilizada por meio do aplicativo da CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal) disponível nos sistemas operacionais Android e iOS.

 


Serviço:


Mutirão para renovação de CNH: acontecerá nas unidades do Poupatempo, com 9,3 mil vagas. 

Data: sábado, 25 de junho.

Horários de atendimento: habitual, de acordo com a unidade escolhida e mediante agendamento prévio. Os locais e endereços podem ser consultados no portal www.poupatempo.sp.gov.br


Pessoas com deficiência são vítimas do aumento da violência no país

Defensor Público cobra a criação de delegacias especializadas em todo o Brasil, tal como existe em SP, para dar maior segurança aos PcDs. 

 

O alarmante crescimento da violência no Brasil vem atingindo em cheio as pessoas com deficiência. O Atlas da Violência 2021 revela que, quase a cada hora, um caso de violência contra pessoa com deficiência é registrado no Brasil. 

As mulheres PcDs são as maiores vítimas e o estupro é considerado um dos crimes mais cruéis. Segundo a ONG Essas Mulheres, as taxas de notificação de violência são três vezes superiores entre o público feminino, se comparadas às de homens PcDs: violência física (68%) e sexual (82%). 

Outras pesquisas trazem números preocupantes, dentro de um panorama geral. O Instituto Jô Clemente (antiga APAE-SP) mostrou, por exemplo, que o número de notificações de violência ou violação de direitos contra pessoas com deficiência intelectual triplicou no ano passado, na comparação com 2020. 

"Dados da ONU também reforçam a necessidade de um olhar mais atento para essa população, que tem 1,5 vezes mais chances de ser vítima de abuso sexual e 4 a 10 vezes maior probabilidade de ter vivenciado maus-tratos quando criança. A pessoa com deficiência também tem maior dificuldade de acesso a serviços; e também para conseguir intervenção policial, proteção jurídica e cuidados preventivos, haja vista problemas de locomoção ou de comunicação", comenta o Defensor Público Federal André Naves, especialista em inclusão social. 

Naves enfatiza que a violência contra pessoas com deficiência precisa ganhar mais visibilidade para que a sociedade se conscientize da necessidade de prover maior proteção a essa parcela da população. 

"O tipo de violência mais notificado contra deficientes é a física - 53% dos casos -, seguida de violência psicológica (31%) e negligência/abandono (29%). A violência sexual se destaca entre pessoas com deficiência intelectual (35%). Em termos de gênero, as proporções de violência psicológica e violência sexual são mais altas para mulheres (35% e 28%, respectivamente) do que para homens (25% e 10%). No entanto, os casos de negligência são maiores entre homens (38% contra 24%), mas, mesmo assim, as notificações envolvendo mulheres superam as dos homens (1.171 contra 1040). 

No último mês de maio, por exemplo, um funcionário negro do McDonald's foi agredido no Shopping Iguatemi Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, após não ouvir um pedido de uma segurança do local para abaixar o volume do celular dele na praça de alimentação. Fábio Junior Deodato de Souza, 23, tem deficiência auditiva, é autista e trabalha há três anos no estabelecimento, em vaga destinada para pessoas com deficiência. 

O caso foi registrado como lesão corporal na CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Ribeirão Preto e encaminhado ao 7° DP. A SSP-SP (Secretaria de Segurança de São Paulo) confirmou que consta no boletim de ocorrência que Fábio foi vítima de chutes e socos por seguranças do estabelecimento comercial.
 

Como denunciar 

Há diversos canais para denunciar estes crimes de forma anônima: Disque Direitos Humanos - 100; violência doméstica, conselhos tutelares -- número 180; e Polícia Militar - 190. Os boletins de ocorrência podem ser feitos em Delegacias da Mulher, Delegacia Eletrônica (online) e Delegacia da Pessoa com Deficiência.  

Em São Paulo, há uma delegacia especializada, a Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, que ainda é pouco conhecida pelos próprios PcDs. O atendimento é feito por equipe multidisciplinar que inclui policiais, assistentes sociais, psicólogos, intérpretes de Libras e sociólogos. 

"Precisamos de mais delegacias com este apoio integrado em todo o país. É fundamental para a garantia dos direitos e a segurança de todas as pessoas com deficiência", finaliza o Defensor Público.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 13 de dezembro de 2006 (Decreto nº 6.949/2009), diz que pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.


A potencialidade do metaverso


Muito tem sido falado sobre a ampliação das interações entre seres humanos, informações e toda sorte de “coisas” no espaço cibernético, uma nova dimensão denominada Metaverso. Porém, a compreensão da potencialidade desta nova ferramenta é ainda tímida, da mesma forma, quando a possibilidade de compras online foi criada há 25 anos, e poucos apostavam em seu sucesso e aplicação ampla. O metaverso ainda está em sua “infância” e irá ganhar a cada dia mais consistência e maturidade e seus recursos tecnológicos serão explorados mundo afora em diversas frentes nas esferas dos negócios.

Pesquisadores australianos mostram, em estudo recente, que os óculos de Realidade Virtual (RV) demonstram ter a capacidade de coletar cerca de 2 milhões de informações relacionadas a movimentos corporais (movimentos de olhos, batimentos cardíacos e tantos outros) em um intervalo de apenas 20 minutos. Esses dispositivos são um dos principais meios de acesso aos modelos de metaverso.

As aplicações do metaverso reúnem uma série de novidades no universo tech que foram embarcadas recentemente dentro desse conceito. Estou falando de realidade virtual, realidade mista e uso de simbologias dos games que vêm sendo desenvolvidas progressivamente. Agora, o que falta nesse modelo, tanto no B2B quanto B2C, é a monetização. Como é que efetivamente se monetiza isso? Um dos primeiros modelos utilizou NFTs (Non-Fungible Token ou Token não fungível), mas este é um modelo que tem seu limite dentro da capacidade de abrangência do mercado.

Eu enxergo muitas possibilidades de sucesso do metaverso voltado às empresas (B2B), em função das opções de venda consultiva e gestão de marca que se apresentam, o que induz a uma modelagem de monetização indireta (CAPEX x OPEX). Já no caso do B2C (consumidor final), abre-se a oportunidade de desenvolver campanhas muito nichadas, bem específicas.
A partir daí, seja por NFT ou qualquer outro tipo de moeda, criptomoeda, é possível conseguir efetivamente chegar a um outro tipo de possibilidade de monetização do modelo. Nesse momento, é algo muito custoso, e essa é a grande questão que fica: Como reduzir os custos no longo prazo? Escala e uso intensivo de Inteligência Artificial podem ser as respostas.

Quanto à questão da infraestrutura, estamos ainda muito aquém da necessidade. Seja por oferta de capacidade como de penetração ubíqua das redes. Esse foi um grande tema durante o Mobile World Congress, em Barcelona, e que também será debatido durante o Futurecom deste ano. Certamente, haverá necessidade de uma estrutura de rede muito mais densa e poderosa, que possa oferecer grande capacidade de gestão de elementos e interações com latência baixa e velocidade compatível para as percepções a serem geradas.

Neste cenário, entram o 5G, a computação de borda, as conexões óticas e diversas novas tecnologias que permitam produzir os efeitos interatividade virtual para um grande volume de pessoas atuando dentro de uma mesma plataforma. Em 2021, no piloto que fizemos no Metaverso Futurecom, vimos que essa é uma demanda específica mais críticas, quando se amplia fortemente a interatividade e a percepção de imersão em um mundo paralelo.

O metaverso é basicamente isso, onde se incluem cenários padronizados, porém interativos com algumas áreas programadas, e cujo processamento paralelo também é outro limitante. A arquitetura em borda (MEC - Multi-Cloud Edge Computing) tem um papel fundamental para a produção de metaversos críveis e de ampla imersão. É fato que passa também pelo ponto da monetização, dado o elevado custo de produção e provisionamento da solução. Assim, além do pesado custo de infraestrutura não se pode menosprezar o custo da programação em si, que possui alguns modelos de monetização, já praticados há anos pelo games, sejam com gadgets virtuais ou reais.

Para adentrar no mundo do metaverso, há alguns passos e cuidados a serem cumpridos. O primeiro é o planejamento: é preciso planejar efetivamente o que se quer fazer. Sem contar a necessidade de entendimento do mercado com o qual se vai conversar. É importante segmentar as personas e como seria a monetização para cada perfil. E aí os investimentos podem ser maiores ou menores.

O planejamento é, sem dúvida, o primeiro passo. O segundo, consiste em avaliar a estrutura disponível, seja em termos de regionalização e localização como das ações pretendidas em metaverso. É preciso verificar a disponibilidade de infraestrutura, seja em termos de recursos dedicados/compartilhados como de pontos de acesso e estabilidade de rede. Há de se observar também o tipo de resposta a ser oferecido aos seus clientes, e aí surge mais uma vez a questão do grau de interatividade pretendido. Essa interatividade é crucial para identificar o quão importante será o uso das ferramentas de metaverso a serem embarcadas na plataforma.

Outro ponto relevante a ser considerado com atenção é a execução. É essencial caracterizar a infraestrutura necessária e disponível, planejar o que o metaverso impacta em termos de ampliação de demanda e uso, pois isso pode travar a plataforma e prejudicar a experiência do usuário. Como tudo em TI e em Telecom, ainda que as redes estejam cada vez mais flexíveis, há que se ter parâmetros bem definidos para entregar uma boa qualidade de serviço (QoS) e de experiência para o usuário (QoE).

Eu acredito muito no potencial do metaverso em função das possibilidades de imersão para o usuário. Fazendo uma comparação com a TV em broadcast, quando você é apenas um observador externo da ação, no metaverso você passa a fazer parte daquela ação, modificando-a dentro das opções possíveis e interagindo em relação peer-to-peer ou peer-to-multipeer.

Mas toda essa dinâmica exigida pelo metaverso tem que ser amplamente debatida em vários aspectos, seja em termos de oferta, bem como das reais demandas do mercado, para conseguirmos avançar e evoluir nessa modalidade, que traz impactos concretos e efetivos para as tecnologias que estão aí como a Nanotecnologia, a Internet das Coisas (IoT), Blockchain, 5G e 6G, Big Data e tantas outras. Vale lembrar, que o 6G irá capacitar a chamada internet táctil, o que abre uma imensa gama de novos serviços de experiência para consumidores e clientes corporativos.

 

Hermano Pinto - diretor do Portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom. A edição 2022 será realizada presencialmente, de 18 a 20 de outubro, no São Paulo Expo.


A liderança compassiva e sua capacidade de criar líderes mais preparados

O ano de 2022 chegou trazendo muitas reflexões sobre o papel da liderança pós-mundo pandêmico.

Quando penso em definir os temas de capacitação para as lideranças, vejo sempre um desafio para a área de Recursos Humanos, já que é necessário trazer conteúdos atrativos, considerar tendências de mercado atreladas aos objetivos da empresa e, acima de tudo, garantir que essa capacitação alcance, diretamente, a performance da equipe transformando-a em resultados.

Diante desse cenário, decidi mergulhar no tema da liderança compassiva, assunto que tem me surpreendido, pela qualidade de conteúdo, e, com o apoio de toda a equipe de RH e as principais lideranças do marketing, aplicar na companhia em que atuo há mais de cinco anos.

Primeiro, para entender o que é liderança compassiva, temos de compreender os significados de compaixão e empatia. Partindo do princípio de que compaixão nada mais é do que colocar a empatia em ação, e que empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, a conclusão é que a empatia nos ajuda a olhar com os olhos dos outros e a compaixão nos faz agir e ajudar os outros. 

Por esse motivo, e dentro da essência de seu significado, em especial no pós-pandemia, a liderança compassiva tem ganhado notoriedade nas organizações, pois todos queremos, cada vez mais, líderes humanizados. E vale aqui destacar que “chefe humanizado” não quer dizer “bonzinho”. Vai muito além. Trata-se de um líder que promova o senso de identidade coletiva e social, e dessa forma, ajude na criação de redes de suporte, sentimentos de conexão, confiança e propósito, além da proteção das pessoas contra o esgotamento. Com isso, é possível criar um ambiente de segurança psicológica, fator número um, atualmente, das equipes de sucesso e de alta performance.

Mas engana-se quem pensa que apenas liderar de forma compassiva é suficiente. O sucesso, na verdade, está na liderança compassiva com sabedoria, o que significa se preocupar com a equipe, com o crescimento da companhia e com a entrega de resultados, além de operar com equilíbrio e entender que, quando uma ação dura é necessária, a melhor forma de fazê-la é com cuidado genuíno pelos sentimentos e pelo bem-estar das pessoas.

 

O melhor líder é o que entrega resultados em um ambiente psicologicamente seguro e humano  

No caminho desse aprendizado, também aprendi que praticar a autocompaixão e agir com transparência e sinceridade são essenciais. Afinal, ocultar críticas não é uma  questão de gentileza, mas sim, um artifício enganoso e nada efetivo. A interação entre os líderes e a equipe, por meio de feedbacks (diretos e assertivos) e treinamentos diários de atenção plena, também contribuem para que o ambiente cresça.

Para colocar em prática a liderança compassiva, há alguns atributos inspiradores, como capacidade de aprendizagem. Um líder deve estar aberto a aprender o papel de todos, deve remover quaisquer barreiras de comunicação e interação, agir com base na confiança estabelecida com a equipe e, claro, ter padrões elevados no que tange à ética, excelência e integridade. Assim, ele passa a exercer um papel de influência, e não de autoridade, sem necessidade de exigir, mas, sim, de encorajar o time, que acaba sendo guiado pelo coração.

Por fim, não existe liderança sem confiança, e a relação de respeito não é imposta, mas conquistada. Um líder compassivo vai além das palavras e dá o exemplo a ser seguido, pois pessoas seguem ideias, e não ordens. O diálogo é um item fundamental na relação de liderança. Saber falar é importante, mas saber ouvir é essencial.


"Se suas ações inspiram outras pessoas a sonhar mais, aprender mais, fazer mais e se tornar mais, você é um líder." 
– John Quincy Adams

 

Elisangela Lima - diretora global de RH da The Fini Company

 

Jovens com até 30 anos querem ter um negócio próprio, diz pesquisa

24% dos jovens das classes A, B e C já são empreendedores e 60% querem ter um negócio próprio no futuro

 

Os doramas (produções coreanas) tornou-se fenômeno de audiência mundial nas principais plataformas de streaming. Um dos títulos que chama atenção, é “Start-Up” – Apostando Alto, que faz parte da lista de minisséries da Netflix e conta a história de jovens que estão começando a empreender e competem no implacável mundo da alta tecnologia coreana. Felizmente, esse desejo do jovem empreendedor não está apenas nos países asiáticos, aqui no Brasil não se trata de uma obra de ficção, mas de uma realidade latente. 

Independência financeira são os desejos de uma parcela significativa dos jovens brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo jornal “O Globo” mostrou que 24% dos jovens com até 30 anos já são empreendedores e 60% querem ter um negócio próprio no futuro. Os principais pontos levantados pela pesquisa foram: 

•    67% querem ter um negócio para se tornar independentes financeiramente;

•    39% para ter mais autonomia e não ter chefe;

•    33% ter tempo mais flexível; 

•    31% querem oferecer um produto/serviço inovador no mercado.

O CEO e Mentor André Minucci, da empresa Minucci RP avalia que os jovens são os mais castigados quando a economia se mostra fragilizada, e levantamentos como esses são apêndices importantes que ajudam a entender a necessidade desse grupo buscar uma atividade própria. “Em momentos de crise o jovem passa por dificuldade porque a inserção dele no mercado de trabalho fica difícil”, afirma Minucci”. Como as vagas de trabalho se tornam mais escassas, o jovem acaba perdendo justamente para aquele profissional mais qualificado.

 

Porta de saída 

A pandemia tornou-se palco de um cenário que fez com que os desempregados procurassem alguma forma de sobrevivência, os jovens, por exemplo, decidiram ser os próprios patrões, ou seja, buscaram se tornar pequenos empreendedores e também empreendedor individual. 

Para o jovem dar os primeiros passos, vale ressaltar algumas dicas pontuadas pelo especialista: 

 

1) Persistência:

Nos mantém motivados. É a persistência que faz com que aprendamos o que funciona e o que não funciona, e nos permite buscar sempre melhorar.

 

2) Criatividade:

Expanda seus conhecimentos e deixe-se surpreender, aproveitando os livros, revistas, blogs, assim, você poderá conhecer e entender a experiência de pessoas de diferentes mercados e áreas.

 

3) Mentoria:

É a competência de receber conselhos e aprender com quem tem mais experiência, para tomar decisões com mais segurança. Nada melhor que um mentor que esteve onde você está e chegou onde você ainda quer chegar.

 

4) Contatos:

Faça networking. Além de ser uma ótima ferramenta para os empreendedores, é importante manter contatos com as pessoas.

5) Confie em você

Identifique seus pontos fortes. Explore e invista naquilo em que você é bom. Muitos não querem empreender porque falta de dinheiro, clientes, contatos ou até mesmo experiência. Não seja um deles: lembre-se de conseguir o que falta a partir do que você já tem.

 

minuccirp.com.br.

Facebook e Instagram: @minuccirp e @andreminucci

 

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