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sexta-feira, 25 de março de 2022

26 de março – Purple Day – Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia

 Especialista do Sabará Hospital Infantil esclarece as principais dúvidas sobre o tema 

 

A epilepsia, segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, é uma doença neurológica caracterizada por alteração, temporária e reversível, das descargas elétricas cerebrais ocasionando as crises epilépticas que podem se manifestam por meio de alterações da consciência ou dos movimentos erráticos, sensitivos/sensoriais, autonômicos como suor excessivo, queda de pressão ou psíquicos involuntários. A doença afeta pessoas de todas as faixas etárias e tem causas diversas. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de três milhões de brasileiros. A maior parte dos tipos de epilepsia, que podem ser sucintamente divididas entre parciais e generalizadas, tem início na infância, até os cinco anos de idade. A condição é mais recorrente em bebês nascidos em países em desenvolvimento e em populações rurais. Da totalidade dos casos, uma média de 70% a 80% desaparece na adolescência, porém, 20% a 30% podem ser consideradas graves e permanecem até o fim da vida.  

De acordo com o neurologista pediátrico e coordenador da Linha de Cuidado em Neurologia do Sabará Hospital Infantil, Dr. Carlos Takeuchi, a epilepsia pode apresentar diferentes características entre os meninos e as meninas.  “As meninas adolescentes têm os hormônios mexendo com seu organismo mensalmente. Na adolescência passam pela introdução de métodos contraceptivos e tudo isso faz diferença na hora do tratamento”, explica o neuropediatra. 

Dr. Carlos Takeuchi explica que a epilepsia infantil pode ter diversas causas: “podem surgir a partir de problemas congênitos ou malformações, algumas infecções cerebrais como encefalite e meningite viral ou tumores cerebrais ou algum trauma ou ferimento na região do cérebro”.   Cada subtipo de epilepsia afeta o cérebro de maneira diferentes. 


 Como se faz o diagnóstico 

O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica e depois se pedem exames complementares. Quando há a suspeita clínica de epilepsia exame mais indicado, que analisa a atividade elétrica cerebral, é o eletroencefalograma (EEG). “O EEG não é invasivo, pode ser feito ambulatorialmente, quando tem uma duração mais curta de uma a duas horas ou com a criança internada quando pode-se fazer monitorizações mais prolongadas, de acordo com a solicitação do médico da criança. É sempre importante monitorizar todas as fases desde a vigília quando o paciente está acordado, até o sono, incluindo a sonolência e, em situações especificas como nas crises de espasmos infantis, é mandatório o registro do despertar. “O Sabará conta com os melhores equipamentos do mercado, sendo referência na investigação diagnóstica de epilepsia”, destaca a Dra. Marcilia Lima Martyn, responsável pelo Serviço de Neurofisiologia Clínica do hospital.  “Aqui realizamos exames de EEG todos os dias, inclusive aos fins de semana para os pacientes internados. Contamos com uma equipe médica especializada em Neurofisiologia, com muita experiência em pediatria e uma equipe técnica altamente treinada para lidar com crianças - diferenciais muito importantes quando o assunto é criança”, afirma a médica. 

Outro exame muito importante durante a avaliação da epilepsia assim como de outras doenças neurológicas, é a Ressonância Magnética, que por meio de imagens tridimensionais, permite avaliar a estrutura cerebral e possíveis lesões cerebrais.  

“O Sabará é um hospital referência para a realização de Ressonância Magnética sem intubação em crianças. Acompanhado de uma equipe de anestesistas pediátricos que é referência no país, proporcionando um melhor resultado e mais segurança no procedimento para a criança, que é uma das grandes preocupações dos pais”. 

Como a epilepsia possui inúmeras causas, muitas vezes, são feitos outros exames, como líquor (para estudos bioquímicos ou pesquisa de anticorpos ou ainda estudos genéticos) para melhor esclarecer a doença.  


Linha de Cuidado da Neurologia 

Uma das linhas de cuidado em alta complexidade, a Neurologia do Sabará Hospital Infantil recebe bebês, crianças e adolescentes de vários lugares do país com todos os tipos de distúrbios neurológicos e doenças do sistema nervoso e muscular.  

Contamos com a primeira e maior UTI pediátrica privada do Brasil que recebe crianças que precisam dos mais variados cuidados e ou tratamentos especiais. Entre os casos atendidos, estão pacientes em pós-operatório de grandes cirurgias, como as neurocirurgias e as cardíacas e os pacientes que apresentam alguma doença ou distúrbio que necessite de um acompanhamento permanente, que podem contar com uma equipe multidisciplinar extremamente especializada e completa. 

Além disso, o Sabará oferece um portfólio completo de exames como líquor e exames genéticos, além do EEG, ressonância magnética e tomografia computadorizada, que podem ajudar no diagnóstico de maneira mais rápida e assertiva, melhorando a qualidade de vida da criança. 


MITOS E VERDADES SOBRE EPILEPSIA 

Para esclarecer as principais dúvidas sobre epilepsia infantil, o Dr. CarlosTakeuchi respondeu alguns mitos e verdades sobre a doença. 


A epilepsia é uma doença contagiosa. 

Mito. Por ser uma doença neurológica ela não é transmitida para ninguém.  

 

As crises podem ser controladas com medicamentos. 

Verdade. Na maioria dos casos (70%), as crises são controladas com a administração de medicamentos. No entanto, é importante que o paciente tenha o acompanhamento com especialistas para observar o desenvolvimento motor (e cognitivo) da criança.  

 

A criança e ou o adolescente com epilepsia não tem condições de viver uma vida normal. 

Mito. A maioria das pessoas com epilepsia tem condições plenas de ter uma vida próxima do  normal, desde que sejam adequadamente tratadas e tenham total adesão a esse tratamento.

 

Os pacientes com epilepsia apresentam dificuldade de aprendizado. 

Depende do caso. A maioria dos pacientes que possui apenas a epilepsia, sem nenhuma outra comorbidade associada, não tem dificuldade de aprendizado ou alterações mentais.  Mas a dificuldade de aprendizado existe sim em alguns casos e pode ser consequência da doença em si ou até mesmo efeito colateral das medicações usadas ou efeito indireto como por exemplo pelo sono excessivo que é o efeito colateral mais comum das medicações. 

 

Durante uma crise convulsiva deve-se segurar os braços e a língua da criança. 

Mito. O ideal é coloca-la deitada com a cabeça de lado para facilitar a saída de possíveis secreções e evitar a aspiração de vômito. Não se deve colocar nenhum tipo de objeto na boca da criança. 

 

Toda criança que possui epilepsia irá sofrer de convulsão em algum momento. 

Depende do caso. Convulsão é o evento clínico, quando o indivíduo tem uma crise epiléptica com abalos motores. Existem crises epilépticas sem eventos motores, como a crise de ausência, comum em crianças na idade escolar. A epilepsia ocorre quando o indivíduo tem crises epilépticas, que podem ser convulsões, recorrentes. 

 

A epilepsia não tem cura. 

Mito. Sim algumas formas têm cura, principalmente as epilepsias de “idade dependente” que ocorrem na infância. 

 

Todas as crianças que sofrem com epilepsia precisam de cirurgia.  

Mito. Algumas formas podem se beneficiar de tratamentos cirúrgicos, mas são casos pontuais.  

 

 CIRURGIA DE EPILEPSIA  

Em alguns tipos de epilepsia, a cirurgia é pensada como uma opção de tratamento. Ela pode ser realizada quando há alguma lesão cerebral causando uma epilepsia secundária ou quando não há lesões, mas as convulsões não são controladas com medicação.  

 

“É importante salientar que a cirurgia para epilepsia é definida por meio de um estudo multidisciplinar que, a partir de uma avaliação clínica integrada, define se o paciente é eletivo para esse procedimento. Essa possibilidade de tratamento cirúrgico traz vários benefícios ao paciente, como por exemplo, controle de convulsão (em alguns casos em até 100%) o que melhora significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento neuropsicomotor ou cognitivo do paciente”, explica o neurocirurgião do Sabará Hospital Infantil, Dr. José Erasmo Dal Col Lucio. 

 

SOBRE O PURPLE DAY  

O Purple Day, celebrado no dia 26 de março, chama a atenção sobre as formas de tratamento e prevenção da epilepsia e amenizar o isolamento das pessoas portadoras de epilepsia, permitindo chamar a atenção para o tema. 

O esforço se propõe a derrubar estigmas de uma sociedade que ainda se assusta – e discrimina – as vítimas da doença, que se manifesta na forma de crises, algumas mais fracas, outras mais intensas, e com frequência de crises muito variável de indivíduo para indivíduo. 

 

Sabará Hospital Infantil


Câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano no país

85% dos casos é diagnosticado em fase avançada, minimizando as

chances de cura


O mês março é marcado pela conscientização mundial de câncer colorretal, sendo este o terceiro tipo mais comum no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os dados demonstram o surgimento de mais de 40 mil novos casos por ano no país.


O tumor surge no intestino grosso e no reto, e em 90% dos casos se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, passa por alterações progressivas em suas células. Por isso, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o rastreamento através de exames diagnósticos, mirando a detecção e retiradas dos pólipos antes de se degenerarem em câncer.


Segundo Dr. Rogério Kuga, Diretor do Sistema de Excelência em Gastroenterologia e Coordenador da área de Endoscopia Digestiva Rede Americas , para diminuir a possibilidade do câncer colorretal, orienta-se estar em dia com as consultas médicas e ter atenção aos sinais de alarme.

“É crucial estar atento aos sinais fora do comum que podem surgir como: sangue nas fezes, alteração na rotina intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes ou massa abdominal. O câncer colorretal é uma doença silenciosa e a colonoscopia é o melhor método de rastreamento e vigilância, pois permite não somente o diagnóstico, mas também a terapêutica através da ressecção das lesões passíveis de tratamento endoscópico. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maior as chances de cura para o paciente”, explica o Kuga.


O especialista ainda reforça alguns hábitos saudáveis como medidas de prevenção, entre eles: evitar o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas, praticar atividade física com regularidade; ter uma alimentação rica em fibras e livre de alimentos ultra processados e açúcares, com ingestão reduzida de carnes vermelhas.


O câncer colorretal tem cura e as chances são inteiramente relacionadas à fase do tumor quando diagnosticado, e a probabilidade pode variar de 10 a 95%. Após o tratamento é indispensável o monitoramento para eventuais reincidências de forma precoce.

 

 

Americas

www.americasmed.com.br


Uma nova e grande descoberta sobre a obesidade

Na sociedade do politicamente correto, o "me aceito como sou" entrou na moda. Qualquer coisa que vá contra isso é motivo para "cancelamento na internet". 

Mas precisamos falar sobre o assunto sem melindres, deixando a estética de lado: a obesidade já é uma epidemia global e deve ser tratada como doença. 

O excesso de gordura mantém o corpo em estado de constante inflamação, o que acarreta vários riscos graves à saúde, e por mais que um obeso tenha os exames de sangue dentro da normalidade, isso não significa que ele está saudável. 

Obesidade é o oposto de saúde e todo mundo precisa falar mais disso. Assim como buscamos incansavelmente a cura do câncer, precisamos destinar a mesma atenção na procura da cura para a obesidade.

A boa notícia é que uma nova descoberta da ciência promete mudar completamente as formas de tratamento dessa epidemia global. 

 

A bola de neve do emagrecimento

Se você já fez qualquer tipo de dieta com restrição calórica sabe da enorme dificuldade em estabelecer uma rotina e de seguir essa rotina. 

Pergunte a si mesmo, quantas vezes você já falou "depois do Natal eu volto pra dieta", "depois do Carnaval vou pegar firme na dieta", "segunda feira eu começo de novo"... 

Acredite, não é só com você. E isso não quer dizer que você é preguiçoso ou relaxado. Isso tem a ver com a química do seu corpo. 

Mais de 80% do reganho de peso após um plano de dieta está relacionado diretamente com o fato do organismo se adaptar para impedir que a perda de peso continue, ou seja, seu corpo "luta contra você". Para ele é mais confortável a estabilidade e a tranquilidade do excesso de energia que será transformada em gordura. 

Perder peso não é um fenômeno "natural" e por isso vários sistemas integrados do nosso corpo tentam dificultar cada vez mais o emagrecimento, forçando você a entrar nesse loop de começar a dieta, parar, voltar a dieta, parar…

 

Parte da culpa é dos nossos ancestrais 

O corpo humano não foi projetado para ficar parado, ele precisa de gordura para sobreviver e foi criado para um ambiente de dificuldades alimentares.

Nossos ancestrais precisavam lutar pelos alimentos, caçar, correr, pular…, era preciso de muita movimentação ativa durante o dia, o que vai totalmente ao contrário do nosso estilo de vida nos dias de hoje. 

Passamos a maior parte do nosso tempo sentados no escritório ou em casa, não precisamos de esforço para conseguir alimentos, bastam dois cliques no smartphone e bombas calóricas hiperpalatáveis chegam na porta das nossas casas. 

Aquela gordura necessária para nossa sobrevivência acaba sendo ingerida em excesso e pouco consumida através da escassez de movimento. Junte isso tudo e pronto: a fórmula perfeita que vai levar você ao sobrepeso e a obesidade. 

 

É mais complexo do que parece

Você deve ouvir repetidamente do seu médico, nutricionista, personal ou das "blogueirinhas fit" que basta queimar mais energia do que a quantidade que você consome e tudo estará resolvido, você vai emagrecer.

 

Parece simples, não é mesmo? 

Mas não é. Dentre os mecanismos encontrados pelo nosso corpo para impedir a progressão da perda de peso, um dos principais é a diminuição da taxa metabólica, que é a quantidade de energia necessária para a manutenção das funções vitais do organismo. 

Nosso metabolismo tende a diminuir a quantidade de calorias utilizadas durante o dia, por diversos meios, como a redução dos hormônios estimulantes da tireóide, das gonadotropinas e do próprio sistema nervoso simpático. 

Traduzindo para o bom português: SIM, nosso corpo vai dificultar cada vez mais o emagrecimento e um dos melhores medicamentos para você combater isso são os exercícios físicos para ganho de massa muscular.

O músculo queima muita energia, e mesmo nosso corpo dificultando ao máximo a perda de gordura, quanto mais músculo você ganhar, mais fácil o processo de emagrecimento vai acontecer.

Nenhuma novidade até aqui, certo?

Mas é agora que entra em cena um estudo do International Journal of Obesity que vai mudar a forma como tratamos a obesidade. 

 

Entenda a lógica

É comum durante o processo de perda de peso que nós, em um primeiro momento, tenhamos mais fome, menos saciedade e mais vontade de comer alimentos hipercalóricos. Conforme vamos emagrecendo e perdendo gordura acontece a modificação de um dos principais hormônios relacionados à obesidade: a Leptina.

A Leptina é uma molécula derivada das células de gordura, os adipócitos, e está diretamente relacionada ao nível de gordura no organismo. Quanto mais gordura, mais Leptina. Quanto mais Leptina, maior a resistência do nosso corpo a esse hormônio que está diretamente relacionado com a saciedade. Ela suprime a fome por aumentar a produção de hormônios anorexígenos e diminuir a produção de hormônios orexígenos como o Neuropeptídeo Y. 

É aí que vem o cerne dos novos estudos: nos obesos ocorre um aumento da liberação de Leptina, mas ela simplesmente não funciona, porque a própria célula de gordura libera interleucinas que dificultam a sensibilidade desse hormônio no organismo do paciente obeso. Ou seja, como falamos acima, emagrecer não é uma simples continha de mais e menos. 

Felizmente hoje a ciência tem olhado com mais atenção a essas novas evidências e tem realizado estudos para utilização da Leptina como medicamento para potencializar os resultados daqueles que conseguem perder peso e para manutenção no longo prazo. 

Ainda não existe nenhum medicamento liberado para uso, mas com os últimos avanços da medicina, nós podemos esperar nos próximos anos excelentes ferramentas (medicamentos) para combater a epidemia global de obesidade, sem, simplesmente culpar o paciente por preguiça ou relaxo.

Bons ventos estão por vir. Vamos aguardar. 

 

Dr. Paulo Lara - Médico Nutrólogo (RQE 29833) especialista em Nutrologia pela ABRAN e membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudo da Síndrome Metabólica e Obesidade). Instagram (@dr.paulo.lara)

 Fonte: International Journal of Obesity 2021


Problemas Que a Falta de Vitamina D Causam no Organismo e Como Evitar.


A vitamina D vem sendo uma das principais e mais estudadas substâncias do nosso organismo. A nutricionista Adriana Stavro explica a importância dessa substância para o nosso organismo, confira: 


O que é a Vitamina D?
A vitamina D é um suplemento vitamínico mineral, cuja função está relacionada à saúde óssea, responsável também por outras atividades, regula o crescimento, sistema imunológico, cardiovascular, muscular, metabolismo e insulina, mantendo as concentrações adequadas de cálcio e fósforo no organismo. Quando combinada com outros micronutrientes, a vitamina D torna-se solúvel em gordura, adquirida através dos alimentos e da luz solar.


O que acontece quando falta Vitamina D?  

As principais doenças causadas pela falta de vitamina D foram avaliadas, observando que o consumo excessivo pode causar sérios problemas, como a obesidade, já carente de desnutrição. A partir dos estudos analisados, pode-se concluir que a biodisponibilidade da vitamina D está associada à regulação e manutenção para uma vida saudável. Este estudo expõe a necessidade de manutenção de vitaminas para manutenção.

“A deficiência de vitamina D afeta não apenas a saúde musculoesquelética, mas também favorece uma grande quantidade de doenças agudas e crônicas, como risco de doenças agudas e crônicas, como risco de problemas dentários (doença periodontal, cárie dentária e perda de dentes), diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, baixa imunidade e doença neuro musculoesquelética”, explica a nutricionista Adriana Stavro.“Idosos com hipovitaminose D apresentam risco aumentado de quedas e fraturas, osteoporose, hiperparatireoidismo, função cognitiva prejudicada e depressão.” complementa Adriana.



 Como saber se estou com falta de Vitamina D? 

Segundo Adriana Stavro, vários estudos apontam para a sua importância não somente no metabolismo ósseo, mas para sua correlação com os demais órgãos e tecidos e suas implicações em doenças não-ósseas. Esse é um fato relevante, visto que historicamente a indicação clássica do uso da vitamina D é para a prevenção de doenças ósseas como osteoporose, osteopenia, entre outras.

Esses estudos, levam a crer que a vitamina D é uma das mais importantes vitaminas para nosso corpo e participa ativamente no processo de reparo ósseo.

O tratamento da hipovitaminose D é, geralmente, feito com a suplementação adequada -- e só um médico ou nutricionista pode prescrevê-la com a dosagem correta.“Além disso, é indicado aumentar a sua exposição ao sol e comer mais alimentos fontes, como peixes, laticínios e ovos”, explica Adriana Stavro. Esse, aliás, é um importante ponto de atenção: o corpo corpo humano costuma adquirir uma quantidade significativa de vitamina D por síntese cutânea sob a ação de luz solar, e em menor quantidade através de fontes nutricionais.

Ou seja: priorize a exposição segura ao sol e complemente esse hábito com alguns alimentos ricos em vitamina D, como: 

Leite de vaca;
Carne de poco;
Bife de fígado;
Bacalhau, cação;
Gema de ovo.

 


Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.


Cirurgias de hérnia inguinal minimamente invasivas do SUS representam apenas 1% das operações. Índice preocupa especialistas

 Foto ilustrativa
Vinte milhões de reparos de hérnias inguinais são feitos anualmente, em todo o mundo 


O tratamento minimamente invasivo das hérnias inguinais, com as tecnologias de cirurgia robótica e videolaparoscópica, trazem vantagens na recuperação dos pacientes e redução da recidiva da doença - com taxas que variam de 5 a 10% - e causam um custo do novo tratamento superior a 28 bilhões de dólares, nos Estados Unidos, de acordo com dados do National Center for Health Statistics.  

No Brasil aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sofrem com hérnias abdominais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A Sociedade Brasileira de Hérnia alerta que as cirurgias de hérnias inguinais realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma minimamente invasiva representam apenas 1% do total de operações, conforme dados apresentados pelo DataSus. “Já na rede privada o cenário é inverso ao SUS e os procedimentos são realizados utilizando as novas tecnologias, com profissionais capacitados para trabalhar com as técnicas de laparoscopia e robótica”, alerta o presidente da entidade, cirurgião do aparelho digestivo, Marcelo Furtado.  

Entre 2016 e 2021 foram realizadas 687 mil cirurgias de hérnias inguinais no Brasil, via SUS, sendo que apenas 5.371 foram vídeo laparoscópicas - ou seja, 0,78%.

                                        Imagem: Sisema DataSus


Dr. Gustavo Soares, vice-presidente SBH, ressalta que o tratamento deste tipo de hérnia passou por grande evolução nos últimos 25 anos. “Entre os principais objetivos estavam reduzir o tempo de internação hospitalar, a recorrência da doença e oferecer ao paciente melhor qualidade de vida após o procedimento - o que inclui mobilidade, recuperação mais rápida, satisfatória e redução da dor no pós-operatório”.  

O diretor financeiro da SBH, Dr. Heitor Santos, alerta que as técnicas minimamente invasivas evitam risco de infecções e a perda de sangue na cirurgia. “Sabendo que no sistema privado de saúde, a utilização de técnicas minimamente invasivas têm se estabelecido como preferenciais e considerando as suas vantagens sobre as técnicas abertas, a realidade na rede pública é preocupante”.  

Segundo o IBGE (2019), 28,5% dos brasileiros possuem plano de saúde médico ou odontológico, totalizando 59,7 milhões de pessoas. Mesmo nas unidades da federação em que a renda per capita é mais alta, a proporção de pessoas com plano de saúde médico é inferior a 40% da população.
 

DEMANDA REPRIMIDA PÓS-PANDEMIA - Com a suspensão das cirurgias eletivas durante a pandemia da COVID-19 a procura de pacientes por tratamentos para hérnias da parede abdominal está em alta, em 2022. Sobretudo, casos com mais complexidades são recebidos nos consultórios e clínicas, já que o tempo de evolução da doença aumentou com a suspensão das cirurgias.  

A alta na demanda exige mais tempo para o agendamento. “O período necessário não é devido apenas à agenda do cirurgião, mas também ao prazo dos seguros de saúde, previsto pela Agência Nacional de Saúde, para a liberação dos procedimentos”, esclarece Marcelo Furtado.

 

Número de mortes por tuberculose aumenta durante pandemia

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Especialista do CEJAM destaca importância da conscientização sobre a gravidade do problema e explica como distinguir a doença de crises de tosses ou alergias comuns


Enquanto o mundo avança no combate à Covid-19, as mortes por tuberculose apresentaram, pela primeira vez em mais de uma década, aumento em 2020, primeiro ano da pandemia. As informações são do relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2021.

No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado em 24 de março, o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" destaca a importância de conscientizar a população sobre a doença, que é infecciosa e transmissível e afeta, prioritariamente, os pulmões. Ela tem cinco principais fatores de risco, segundo a OMS: desnutrição, infecção por HIV, transtornos relacionados ao uso de álcool, tabagismo e diabetes. 

O documento da organização indica que cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram em decorrência da tuberculose em 2020 (214 mil delas HIV positivo). O Brasil está entre os 30 países com a maior carga da doença, tendo registrado mais de 66 mil novos casos no ano do relatório divulgado.  

Conforme a OMS, o aumento se deve ao isolamento imposto pela pandemia de Covid-19 e a consequente diminuição da procura por serviços de saúde durante o período, além da redução na oferta de tratamento preventivo e nos recursos à tuberculose.

Apenas cerca de 2,8 milhões de pessoas acessaram os serviços devido à doença em 2020, uma redução de 21% em relação a 2019. Além disso, o número de pessoas tratadas para tuberculose multirresistente -- resistente aos medicamentos -- caiu 15%, de 177 mil em 2019 para 150 mil em 2020. Os países que mais contribuíram para a redução global das notificações no período foram Índia (41%), Indonésia (14%), Filipinas (12%) e China (8%).


De acordo com a médica Denise Eri Onodera Vieira, pneumologista do Hospital Dia Campo Limpo e AMA Especialidades Capão Redondo, gerenciados pelo CEJAM, os riscos de morte pela doença aumentam quando ela não é diagnosticada e tratada rápida e adequadamente.

“As chances de adoecer dependem de fatores do próprio indivíduo, especialmente da integridade do sistema de defesa do organismo, estando os portadores de HIV entre os principais atingidos”, afirma.

Crianças menores de 2 anos ou adultos com mais de 60; pessoas com determinadas condições clínicas, como doenças autoimunes e/ou tratamentos imunossupressores; grupos com maior vulnerabilidade, como os em situação de rua ou privados de liberdade; e população indígena também apresentam maior predisposição à doença.



Como diferenciar a tuberculose de uma crise de tosse ou alergia comum?

Conforme a especialista, a tosse decorrente da tuberculose vem associada a sintomas gerais e um quadro clínico mais prolongado. Ou seja, de forma traiçoeira e por mais tempo.

“Isso não ocorre, por exemplo, na tosse decorrente de resfriados ou quadros gripais. Na asma e na rinossinusite, a tosse não vem acompanhada de sintomas gerais, como febre ou perda do apetite. O sinal aparece de forma nem sempre contínua, intercalando períodos de melhora e piora”, explica.

Entre os sintomas gerais, Dra. Denise destaca a febre, perda do apetite e de peso, sudorese, cansaço e fadiga. Já os específicos podem variar de acordo com o órgão acometido pela doença, uma vez que ela pode acontecer de forma extrapulmonar, atingindo ossos, articulações, fígado, baço, sistema nervoso central e até pele.

A tuberculose pulmonar, no entanto, é a mais frequente e seu sintoma específico é a tosse, que pode ser seca ou com expectoração.



Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da tuberculose pode ser feito por meio do histórico clínico do paciente e com o apoio de exames complementares, como raio-X de tórax. Porém, o resultado definitivo se dá pela detecção do bacilo da tuberculose, feito através de um exame de escarro ou de amostras do órgão acometido pela lesão característica da doença.

O tratamento completo é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita, e é composto por um conjunto de medicamentos que devem ser administrados diariamente, durante seis meses.

Neste período, o paciente é acompanhado pela equipe de saúde, que verifica sua evolução clínica, solicita exames para avaliar a eficácia do tratamento e monitora a presença de eventuais efeitos colaterais.

“É necessário manter-se atento aos sinais e sintomas da doença. O tratamento precoce e adequado garante uma alta taxa de cura e contribui para proteger a sociedade e diminuir a incidência da doença”, reitera a especialista.

Dra. Denise ressalta que a principal medida preventiva contra a tuberculose é a vacina BCG, que protege das formas mais graves da doença e é aplicada logo após o nascimento.

“No entanto, ao longo da vida, também é importante manter hábitos saudáveis e boas condições de habitação, com o ambiente limpo e arejado, evitando permanecer em locais com suspeitas de pessoas infectadas”, finaliza a médica.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Câncer colorretal é o segundo mais incidente no Brasil

O rastreamento da doença é recomendado para pessoas com mais de 45 anos; detecção em estágio inicial é fundamental para eficácia do tratamento

 

Todos os anos, pelo menos 50 mil brasileiros são diagnosticados com câncer colorretal, de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para ampliar o conhecimento da população sobre o tumor, que é o segundo tipo mais incidente no país, responsável por 10% das neoplasias, 27 de março foi eleito o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal.  

Para diagnosticar o câncer ainda em estágio inicial, quando se apresenta como pólipo, é indicada a realização da colonoscopia a partir dos 45 anos, caso não haja histórico da doença na família. Quando um pólipo é diagnosticado, o tratamento é realizado durante o próprio exame. “Neste caso, o paciente precisa repetir o procedimento em um intervalo mais curto, a ser definido de acordo com o tipo de pólipo. Se nenhuma alteração for encontrada, a colonoscopia só deve ser realizada novamente depois de 10 anos. De maneira geral, não há idade limite para a realização da avaliação, pois o diagnóstico é fortemente observado em pessoas com mais de 65 anos”, esclarece a oncologista do Hcor, Dra. Lucíola de Barros. 

Para entender a necessidade de realização da colonoscopia antes da idade geral, a médica explica que existem alguns sintomas que podem ajudar a identificar a doença em um estágio mais inicial. “A pessoa deve ficar atenta se há uma mudança no hábito intestinal, se dores abdominais são recorrentes e, principalmente, se as fezes contêm sangue. Isso não significa que todas as pessoas que possuem esses sintomas terão câncer colorretal, mas sinalizam que há algo errado”.
 

Em casos mais avançados, o melhor tratamento para o tumor é a cirurgia, pois é o único considerado como curativo (dependendo do tamanho, localização e extensão do câncer). Para pacientes que possuem alto índice de recorrência, também pode ser indicada a quimioterapia pós-cirúrgica, ou quimioterapia adjuvante, a fim de combater quaisquer células cancerígenas remanescentes ou que não podem ser visualizadas pelos exames de imagem. 

A especialista ressalta, no entanto, que “o maior fator de risco para o surgimento desse câncer tem relação com os hábitos individuais e pouco tem a ver com a hereditariedade, como se pensa. Por isso, diminuir a ingestão de álcool e de produtos industrializados e praticar atividade física reduzem as chances de desenvolver câncer colorretal”.
 

Impactos da pandemia

Em 2020, o Hcor registrou uma queda de mais de 30% na realização de colonoscopia, comparado a 2019. “Essa redução tem um grande impacto no prognóstico da doença. Ainda que o câncer colorretal tenha um crescimento muito lento, quanto antes for detectado, maiores são as chances de o tratamento ser efetivo”, explica. 

No ano passado, no entanto, o número voltou a crescer. “Com a melhora da situação epidemiológica da COVID-19, as pessoas retomaram os cuidados com a saúde. O Hcor encerrou 2021 com um aumento de 58% no número de exames de rastreamento realizados, em comparação a 2020. O crescimento deve se manter este ano, uma vez que o número de colonoscopias realizadas no primeiro bimestre já é maior do que o do mesmo período de anos anteriores”, finaliza a especialista.



Queda de cabelo: o sintoma inusitado da Covid-19

Dra. Morgana Volpato, médica dermatologista e empreendedora no setor estético, alerta que o problema é real, mas pode ser solucionado com tratamento individualizado


O Sars-Cov-2, vírus responsável pela pandemia de Covid-19, vem apresentando sintomas que ainda precisam ser descobertos. No entanto, um dos efeitos colaterais após a doença tem chamado a atenção das pessoas: a queda de cabelo.

Estima-se que 25% dos pacientes com Covid apresentam uma reclamação relacionada a esse assunto, sendo que os principais fatores envolvidos são a inflamação que o próprio vírus gera no organismo, além do estresse físico e emocional causado pela enfermidade.

Dra. Morgana Volpato, médica dermatologista e empreendedora no mercado estético, relata que apesar da perda de cabelo ser um processo natural do ciclo de crescimento dos fios, é possível identificar a perda anormal por causa de alguns sintomas. “Perda excessiva ao lavar e pentear, queda ao passar a mão pela cabeça, muitos fios soltos no travesseiro ao acordar, perda de volume e a presença de falhas no couro cabeludo são alguns dos fatores que ajudam a identificar esse problema”, pontua.

De acordo com a dermatologista, é necessário realizar um diagnóstico detalhado sobre o motivo da queda e, ao descobri-los, buscar tratamento auxiliado por um especialista. “A queda pós-covid normalmente se inicia entre 2 e 3 meses após a infecção, mas tende a cessar em depois de cerca de um trimestre. Os tratamentos têm o de objetivo auxiliar no crescimento dos novos fios e incluem suplementação personalizada usando vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais e tônicos capilares. Além disso, é possível realizar tratamentos em consultórios especializados, como intradermoterapia, laserterapia e ledterapia, com injeção de ativos no couro cabeludo, melhorando o crescimento e tornando os fios mais fortes e saudáveis”, revela.

De acordo com Dra. Morgana, ainda não é possível mensurar se o problema afeta mais homens ou mulheres, mas elas acabam percebendo com mais facilidade. “Como os fios são mais longos, a tendência é de que elas notem a queda de forma mais espontânea e busquem ajuda especializada”, explica.

Vale lembrar que não é recomendado realizar pinturas, alisamentos e outros procedimentos químicos por pelo menos três meses, que é o período de duração da queda.

Ao sofrer com esse quadro, é visível que diversos fios caem durante o banho. No entanto, é importante entender que lavar menos não significa que cairá menos cabelo. “Pode até ser prejudicial em casos de o couro cabeludo ser muito oleoso. Os cuidados com a hidratação e a lavagem dos fios devem ser mantidos, pois xampu e condicionador proporcionam um bom efeito na limpeza do couro cabeludo”, finaliza.

 

Dra. Morgana Volpatoespecialista em dermatologia pela UERJ - RJ. Uma mulher que trabalha em prol da autoestima das outras mulheres, atuou mais de 15 anos promovendo a saúde e beleza de suas pacientes, até abrir sua mais recente clínica na cidade de Passo Fundo - RS.

@morganadermato


Exame de sangue para Alzheimer é altamente preciso em grande estudo internacional

 

Um exame de sangue desenvolvido na Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, provou ser altamente preciso na detecção de sinais precoces da doença de Alzheimer em um estudo (disponível na revista Neurology) envolvendo cerca de 500 pacientes de três continentes. 

De acordo com o autor Randall J. Bateman, o estudo mostra que o exame de sangue fornece uma medida robusta para detectar placas amilóides associadas à doença de Alzheimer, mesmo entre pacientes que ainda não apresentam declínios cognitivos. 

"Um exame de sangue para a doença de Alzheimer fornece um grande impulso para a pesquisa e o diagnóstico da doença, reduzindo drasticamente o tempo e o custo da identificação de pacientes para ensaios clínicos e estimulando o desenvolvimento de novas opções de tratamento", disse Bateman. “À medida que novos medicamentos se tornam disponíveis, um exame de sangue pode determinar quem pode se beneficiar do tratamento, incluindo aqueles em estágios muito iniciais da doença”. 

Desenvolvido por Bateman e colegas, o exame de sangue avalia se as placas amilóides começaram a se acumular no cérebro com base na proporção dos níveis das proteínas beta amilóides Aβ42 e Aβ40 no sangue. 

Os pesquisadores há muito buscam um exame de sangue de baixo custo e de fácil acesso para a doença de Alzheimer como uma alternativa aos exames de imagem cerebrais e às punções lombares invasivas usadas para avaliar a presença e a progressão da doença no cérebro. Este estudo estima que a pré-triagem com um exame de sangue de US 500 poderia reduzir pela metade tanto o custo quanto o tempo necessário para inscrever pacientes em ensaios clínicos que usam exames de PET.  

O estudo atual mostra que o exame de sangue permanece altamente preciso, mesmo quando realizado em diferentes laboratórios, seguindo protocolos diferentes e em diferentes cortes em três continentes. 

Os cientistas não sabiam se pequenas diferenças nos métodos de amostragem, como se o sangue é coletado após o jejum ou o tipo de anticoagulante usado no processamento do sangue, poderiam ter um grande impacto na precisão do teste, porque os resultados são baseados em mudanças sutis na beta-amiloide, níveis de proteínas no sangue. Diferenças que interferem na medição precisa dessas proporções de proteína amilóide podem ter desencadeado um resultado falso negativo ou positivo. 

Para confirmar a precisão do teste, os pesquisadores o aplicaram a amostras de sangue de indivíduos inscritos em estudos de Alzheimer em andamento nos Estados Unidos, Austrália e Suécia, cada um dos quais usa protocolos diferentes para o processamento de amostras de sangue e imagens cerebrais relacionadas. 

Quando os níveis de amiloide no sangue foram combinados com outro importante fator de risco de Alzheimer -- a presença da variante genética APOE4 -- a precisão do exame foi de 88% quando comparada à imagem cerebral e 93% quando comparada à punção lombar.  

 

Rubens de Fraga Júnior é professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Yan Li et al, Validation of Plasma Amyloid-β 42/40 for Detecting Alzheimer Disease Amyloid Plaques, Neurology (2021). DOI: 10.1212/WNL.0000000000013211


Insuficiência cardíaca: entenda os riscos e previna-se

 Especialistas da Omron explicam que quem sofre da doença enfrenta uma situação no organismo que reflete em grande cansaço


A vida moderna não trouxe apenas facilidades no dia a dia. O ritmo acelerado, o estresse, a má alimentação, o sedentarismo e inúmeros outros maus hábitos contribuíram para que houvesse um crescimento vertiginoso nos casos de insuficiência cardíaca. 

Hoje, as doenças cardiovasculares são as que mais matam tanto no Brasil quanto no mundo. Somente em 2019, mais de 289 mil pessoas faleceram por conta de complicações desse tipo, segundo o Ministério da Saúde. 

O quadro é tão alarmante que muitas pessoas estão sendo orientadas a mudar o estilo de vida com foco em uma maior sobrevida, além da busca constante pelo bem-estar.  

Quem sofre de insuficiência cardíaca enfrenta uma situação no organismo que reflete em grande cansaço. Isso porque o coração encontra dificuldades para bombear sangue para o corpo, afetando todo o sistema. 

Dessa maneira, a pessoa acaba sofrendo com tosse noturna, inchaço nas pernas e muita indisposição para atividades comuns, como subir degraus de uma escada. Isso é explicado pelo fato de o oxigênio existente no sangue não conseguir chegar aos órgãos e tecidos. 

Geralmente, o problema atinge quem já sofre de pressão alta em razão do coração ter de fazer mais força no processo de bombeamento do sangue.Sendo uma doença que não tem cura, a insuficiência cardíaca precisa ser constantemente tratada por meio de um estilo de vida que valorize a saúde, além de constante acompanhamento médico. 

A utilização de recursos caseiros, como um monitor de pressão arterial para fazer o check-up constante, também ajuda na prevenção de possíveis agravamentos da doença. 

A insuficiência cardíaca é causada por falhas no coração e em circunstância de complicações por conta da pressão alta não tratada adequadamente. Assim, pessoas que tiveram alguma doença coronariana, como estreitamento dos vasos sanguíneos ou aumento excessivo do coração (cardiomegalia), estão no grupo de risco para desenvolverem a insuficiência cardíaca. 

Entre todos os sintomas existentes na insuficiência cardíaca, o mais evidente é o cansaço excessivo para concluir atividades corriqueiras, como ir a pé a uma padaria ou no momento de subir uma escada. 

Trata-se de uma situação que pode aparecer até mesmo em momentos de descanso, ou seja, a pessoa deita para descansar e se levanta mais cansada ainda. 

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Na cidade de São Paulo, 24,2 mil pessoas morreram por problemas no aparelho circulatório em 2017, último dado disponível no Datasus, portal de dados do Ministério da Saúde. Somente de enfarte, foram 6.397 vítimas naquele ano na capital, uma média de 17 óbitos por dia. 

Pensando em diagnóstico, especialistas da OMRON, afirmam que é primordialmente clínico, ou seja, feito pelo médico que acompanha o paciente, por meio da história e do exame físico. Eles também explicam que, após o diagnóstico, é feita a classificação do paciente com alguns exames complementares para dar início ao tratamento. 

Segundo os especialistas, existem três modalidades de tratamentos: com remédios (farmacológico), mudança de estilo de vida (evitando o excesso de sal e o consumo de álcool, mantendo o controle da ingestão de líquidos, não fumar, entre outros) e o tratamento cirúrgico (por exemplo, ventrículo artificial e transplante cardíaco). 

O tratamento cirúrgico deve ser reservado apenas àqueles pacientes analisados por um especialista e tiveram os seus casos considerados refratários, ou seja, que não responderam aos tratamentos não-farmacológico e farmacológico. Felizmente, apenas uma minoria é considerada candidata a um tratamento mais invasivo, como o transplante cardíaco. 

“É válido destacar a importância do papel da reabilitação cardíaca, que pode trazer, em conjunto com o tratamento habitual, a melhora significativa da qualidade de vida do paciente”, finalizam os especialistas da OMRON.
 

OMRON Healthcare -  líder global na área de equipamentos médicos inovadores e clinicamente validados para monitoramento e cuidados de saúde

Como a má respiração pode afetar a saúde de bebês e crianças

Alterações prejudicam desde a amamentação até o desenvolvimento da face

 

A respiração, a mastigação e a deglutição fazem parte da vida do ser humano, por isso acreditamos que esses processos aconteçam de forma automática. Porém, alguns bebês e crianças não conseguem desenvolver essas funções corretamente e acabam tento o desenvolvimento afetado.

Apesar de serem funções distintas, elas estão ligadas e podem interferir umas nas outras. A respiração, por exemplo, pode afetar desde a amamentação até causar alterações craniofaciais. Sendo assim, é importante observar desde o nascimento como o bebê respira, se a respiração é nasal.

“Respirar pelo nariz ajuda na coordenação e sucção, portanto, a respiração nasal é importante para uma boa amamentação. O paladar também é prejudicado, como ele está relacionado ao gosto dos alimentos, respirar pela boca causa dificuldade de sentir o sabor”, explica o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci.

A má respiração ainda pode causar alterações craniofaciais (ósseas e musculares) e nas arcadas dentárias, como ângulo goníaco aumentado (face longa), dimensões faciais estreitas e hipodesenvolvimento dos maxilares.

“Assim que perceber alguma alteração na criança, como dormir de boca aberta, ronco, apresentar flacidez da musculatura labial e da língua, respiração barulhenta e alterações de mordida e fala é importante procurar um especialista, pois o tratamento precoce pode evitar problemas mais graves”, finalizou o especialista.

 

Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci - Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial;  Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Doutorando pela Ohio State University (OSU/USA) e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


Crescimento do câncer colorretal vai na contramão da chance de prevenção

Exames regulares de colonoscopia podem evitar o segundo tipo de neoplasia que mais acomete brasileiros

 

Prevenção e detecção precoce têm significados distintos na oncologia. Enquanto a maioria dos cânceres dispõe de procedimentos e rotinas para o diagnóstico em estágio inicial, uma pequena parcela é efetivamente beneficiada por instrumentos capazes de impedir o surgimento da neoplasia maligna. O câncer colorretal faz parte deste segundo grupo. Exames regulares têm a capacidade de identificar riscos à doença e eliminar as ameaças.

A Campanha Março Azul evidencia que o acompanhamento médico e a colonoscopia são valiosos aliados na luta para reduzir os números do segundo tipo de câncer que mais acomete homens e mulheres no Brasil. A doença também se mostra crescente em pessoas cada vez mais jovens.

“O câncer colorretal eu consigo prevenir, impedir que ele apareça, por meio da colonoscopia. Já os exames regulares de próstata e mama, por exemplo, permitem que a doença seja diagnosticada em estágios iniciais”, compara o oncologista Gilmar Nepomuceno Araújo, do Centro de Oncologia Campinas, para exemplificar a diferença entre prevenção e diagnóstico precoce.

A colonoscopia, diz o especialista, tem a capacidade de identificar pólipos – crescimento anormal de células no intestino – que futuramente poderão se transformar em câncer. “Se eu tirar um pólipo precocemente, o câncer não irá se desenvolver. Daí a importância da conscientização para que se procure especialistas da área, realize exames e siga com o acompanhamento”, diz.

Os pólipos identificados são retirados durante a realização da colonoscopia e depois enviados para a análise anatomopatológica. “O achado de pólipos no exame não significa necessariamente que a pessoa tenha ou terá câncer, quer dizer que há o risco de que venha a desenvolver a doença”, reforça.

O oncologista salienta a necessidade de preconização da rotina de cuidados para evitar o câncer colorretal, razão da morte de mais de 20 mil pessoas anualmente no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Primeiro porque a incidência vem aumentando, sobretudo entre as mulheres, e depois porque este é um câncer em que, mais do que alcançar um diagnóstico precoce, é possível evitar que ele ocorra.”

 

Causas

Variados fatores contribuem para o aumento de casos de câncer colorretal nos últimos anos. O especialista do COC cita as mudanças de hábitos, de dieta e de estilo de vida como fontes importantes da escalada da doença. “Dentre os fatores de risco estão a obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta excessivamente com carnes vermelhas, muitos alimentos processados e ausência de fibras na alimentação”, acredita, lembrando ainda que o histórico familiar é outro indicador do nível de riscos para a doença.

O câncer colorretal emite sinais de alerta: anemia, cansaço, alteração do hábito intestinal, períodos de diarreia e constipação, desconforto associado a cólicas e sangramento são indicativos importantes. “Vale destacar que a pesquisa de sangue oculto nas fezes também auxilia no diagnóstico. Sangramento nas fezes é alerta para o câncer, mas também pode ser resultado de fissura ou hemorroida”.

 

Prevenção

O crescimento dos casos de câncer colorretal e o aumento da incidência em pessoas mais jovens geram discussões quanto a idade indicada para dar início aos exames de colonoscopia. “A regra geral é que, quando não há histórico familiar da doença, os exames sejam feitos a partir dos 50 anos, tanto por homens quanto por mulheres. Havendo histórico, a investigação pode começar logo aos 40 ou até menos”, justifica o oncologista do COC.

Mais recentemente, explica Gilmar Nepomuceno Araújo, a American Cancer Society indicou o aumento da incidência entre os mais jovens nos Estados Unidos, a exemplo do que ocorre no Brasil, e recomendou exames a partir dos 45 anos. “A Sociedade Brasileira está analisando, mais atualmente a indicação no Brasil é a partir dos 50 anos”, detalha.

Os achados, fala, determinarão o intervalo entre os exames. “A regra geral é a cada cinco anos, porém, se o indivíduo apresentar predisposição para o câncer, ou se houver algum achado, o especialista irá definir os prazos para repetição do exame”.

O prognóstico do câncer colorretal está associado ao estágio da doença. “Se a doença estiver localizada, só no intestino, é feita a cirurgia para retirada do segmento comprometido. O material então vai para análise anatomopatológica, que determinará o tipo do tumor e também as próximas ações”, explica.

 

Entenda

O câncer de intestino é também chamado de câncer de cólon e reto ou colorretal. Abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus). Boa parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, que podem crescer na parede interna do intestino grosso. A estimativa de novos casos anuais do Inca é 40.990, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres.

 


Centro de Oncologia Campinas

 

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