Pesquisar no Blog

quinta-feira, 10 de março de 2022

“Apesar do aumento da prevalência das alergias alimentares, o excesso de diagnósticos é ainda mais expressivo”

Cerca de 8% de crianças e 2% de adultos têm alergia alimentar


Banana está entre as frutas que mais causam alergias em crianças menores de um ano

  

Retirar um alimento da dieta a fim de prevenir possível reação alérgica pode causar sérios prejuízos nutricionais à saúde da criança. O alerta é da Dra. Renata Cocco, membro do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

As alergias alimentares são mais comuns nas crianças, provavelmente por uma imaturidade do sistema imunológico, ou seja, a chance do organismo reconhecer proteínas dos alimentos como "inimigas" é maior, acarretando sintomas clínicos diversos. Alguns dados epidemiológicos mundiais apontam para prevalência de 8% de crianças com alguma forma de alergia alimentar, enquanto nos adultos esse número fica ao redor dos 2%.

 

Além de frutos do mar, leite e ovo, conhecidos por desencadear alergias, amendoim e castanhas ganharam posição entre os alimentos mais alergênicos.

 

Abaixo, Dra. Renata explica mais sobre as alergias alimentares.

 

Houve um aumento na prevalência das alergias alimentares?

Sim, mas apesar do aumento da prevalência das alergias alimentares, o excesso de diagnósticos é ainda mais expressivo. Enquanto a falta do correto diagnóstico pode acarretar sintomas graves, potencialmente fatais, a restrição desnecessária também acaba por levar a estigmas nutricionais, psicológicos e sociais. O diagnóstico e tratamento deve ser realizado por médico experiente, preferencialmente um alergista. Outro ponto que merece destaque: não há indicação de se evitar nenhum alimento como forma de prevenção, seja na dieta da gestante, da mãe que amamenta ou da própria criança. 

 

Quais são os alimentos que provocam mais alergias em crianças?

Leite e ovo ainda são os principais vilões de alergias na infância. Alergia a trigo também ocupa um papel de destaque. Entretanto, alimentos anteriormente menos comuns de induzirem reações nessa faixa etária aumentaram muito a incidência nos últimos anos, caso do amendoim e castanhas. Peixes e frutos do mar, por fim, completam a lista dos mais alergênicos, embora qualquer alimento possa ser potencialmente o responsável pelas reações. Uma percepção importante: as frutas tomam um espaço cada vez maior entre as alergias no primeiro ano de vida, com destaque para a banana.

 

Quando as alergias alimentares se manifestam na infância, há chance de elas desaparecerem na fase adulta?

Depende do alimento envolvido. A alergia ao leite, ovo, trigo e soja, na grande maioria dos casos, são abrandadas espontaneamente até a segunda década de vida. Amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar são tipicamente persistentes por toda a vida.

 

As crianças que manifestam alergia alimentar possuem tendência a apresentar outros tipos de alergia?

Não necessariamente. Existe uma grande parcela de crianças alérgicas a alimentos que apresentam concomitantemente alergias respiratórias (asma, rinite) ou cutâneas (dermatite atópica) mas isso não é uma regra.

 

-Quais os sintomas da alergia alimentar?

Os sintomas são bastante variados e podem se manifestar de vermelhidões locais isoladas a um colapso cardiovascular. Entre as manifestações possíveis, destacam-se:

 

- Cutâneas: placas vermelhas localizadas ou difusas por todo corpo (urticária), inchaço de olhos, bocas e orelhas (angioedema), coceira. A dermatite atópica, lesão de pele extremamente pruriginosa (muita coceira), está associada a alimentos apenas nas formas mais graves (dermatite ou eczema disseminados pelo corpo e não apenas em dobras de cotovelos e joelhos).

 

- Gastrointestinais: diarreia e vômitos imediatos; um mecanismo imunológico conhecido por “não mediado por IgE” pode acarretar sintomas gastrintestinais mais tardios, horas ou dias após a ingestão (leite e soja são os alimentos mais comumente relacionados) e incluem um ou mais dos sintomas: diarreia com ou sem sangue, refluxo exacerbado, perda de peso, vômitos prolongados.

 

- Respiratório: falta de ar e chiado no peito (broncoespasmo) podem ocorrer de forma imediata após a ingestão do alimento. Pacientes com asma não controlada são mais predispostos a este sintoma. Mas é importante ressaltar que sintomas crônicos do sistema respiratório, como asma e rinite, dificilmente são manifestações de alergia alimentar quando não houver alterações cutâneas e/ou gastrintestinais.

 

- Cardiovasculares: a queda da pressão arterial, levando a desmaio, tontura, arroxeamento dos lábios (hipóxia) caracteriza o choque anafilático e representa a forma mais grave da doença.

 

Muito importante: a definição de anafilaxia não é apenas quando o paciente apresenta sintomas respiratórios e/ou cardiovasculares. O acometimento de dois ou mais sistemas (ex: cutâneo e gastrintestinal) caracterizam uma anafilaxia e devem ser tratados como tal (adrenalina intramuscular). Um exemplo: paciente com urticária (sistema cutâneo) e vômitos (gastrintestinal) já deve ser classificado como anafilático.


 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

https://auv.short.gy/ASBAIpodcast

https://www.facebook.com/asbai.alergia

https://www.instagram.com/asbai_alergia/

https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt

Twitter: @asbai_alergia

www.asbai.org.br

 

Sorriso gengival: Conheça os tratamentos para melhorar a estética dos dentes

Adobe Stock
Especialista indica série de medidas que podem ser tomadas para solucionar o quadro


O sorriso é uma das principais características do ser humano, sendo responsável por transmitir emoções e por ajudar a criar laços com outras pessoas, além de conquistar elogios e, consequentemente, elevar a autoestima quando a saúde bucal está em dia. Porém, quando há algum problema, pode acabar gerando insegurança. Um exemplo disso é o sorriso gengival, no qual o lábio superior se eleva excessivamente ao sorrir e deixa grande parte da gengiva à mostra. 

Essa alteração pode ser causada por alguns fatores, e dentre os mais comuns temos o crescimento excessivo do maxilar, problemas musculares e a periodontite, inflamação nos tecidos que dão suporte aos dentes. “Hoje, o mercado conta com procedimentos avançados para corrigir essas condições, como a gengivoplastia, gengivectomia e a toxina butulínica. No entanto, a técnica mais adequada pode variar de pessoa para pessoa, pois depende de cada causa específica”, afirma Raul Silva, consultor da GUM, marca americana de cuidados bucais. 

Ao optar pela gengivoplastia, o cirurgião dentista remove ou adapta o tecido gengival que não está diretamente envolvido com a base dos dentes. “Como esse método é realizado apenas para fins estéticos, não é possível tratar periodontite e outras doenças bucais. Além disso, o procedimento tem duração consideravelmente rápida e podendo levar até duas horas”, relata a profissional. 

A periodontite é uma evolução da doença gengival que danifica a gengiva e tem poder de destruir o osso maxilar. Tem como principal causa a má higiene oral, especialmente a falta de limpeza interdental, onde há o acúmulo de alimentos e favorecimento da proliferação de bactérias na região do periodonto. Além de afetar o periodonto, as bactérias responsáveis ainda são capazes de atuar como fatores de riscos sistêmicos para doenças cardíacas e pulmonares. Para tratar a periodontite, a gengivectomia é mais adequada. Nela, é retirado todo o excesso de gengiva causado pela enfermidade, que pode chegar a provocar dor de dente, mau hálito, dentes soltos, vermelhidão e sensibilidade nas gengivas, perda dentária e recessão gengival. “Após a remoção do tecido, que é realizada sob o efeito de anestesia, há aplicação do cimento cirúrgico que deve permanecer nos dentes até que a cicatrização finalize”.  

Por fim, a toxina butulínica é uma das técnicas mais apropriadas para quem sofre com hiperatividade muscular dos lábios. “Ao aplicada no local, essa substância é responsável por impedir a liberação da acetilcolina, o que inibe a elevação do lábio superior e faz com que a gengiva não apareça em excesso. Neste caso, o tratamento não é definitivo, pois os efeitos podem passar entre 4 e 6 meses após a aplicação”, conclui. 

Portanto, os cuidados com a higienização dos dentes também são essenciais nesses casos, principalmente próximos à gengiva. Para que a limpeza interdental seja realizada de forma correta, é importante utilizar o fio dental corretamente e fazer a escovação de forma recorrente.

Cuidadores consideram o monitoramento remoto com oxímetros durante a pandemia de Covid-19 um benefício para a segurança do paciente


Em um artigo de opinião publicado on-line em 25 de fevereiro no Journal of the American Medical Association, autores da Case Western Reserve University escrevem sobre os benefícios inesperados para a segurança do paciente resultante do monitoramento remoto de pacientes durante a pandemia de Covid-19. 

Antes da pandemia, o monitoramento de rotina de pacientes com oximetria de pulso contínua e dispositivos de frequência cardíaca dependia da localização do paciente dentro de um hospital, geralmente a unidade de terapia intensiva (UTI). Os oxímetros de pulso são pequenos dispositivos eletrônicos que se prendem a um dedo e medem a saturação do oxigênio transportado nos glóbulos vermelhos. Estudos têm demonstrado que o monitoramento com esses dispositivos está associado à redução das taxas de mortalidade. 

À medida que a pandemia inundou hospitais com pacientes e UTIs lotadas, muitos pacientes receberam atendimento fora da UTI, em departamentos de emergência ou unidades médicas e cirúrgicas gerais. E alguns centros médicos aconselharam os pacientes com sintomas mais leves a ficarem em casa. 

"Uma das principais lições aprendidas com a pandemia foi que os pacientes agora podem ser monitorados com base nos riscos e necessidades, em vez da localização no hospital", disse o dr. Pronovost, professor clínico de Anestesiologia e Perioperatório Medicina na Case Western Reserve School of Medicine. “Os modelos de monitoramento domiciliar e hospitalar em casa oferecem o potencial de transformar o atendimento e potencialmente permitir que uma proporção substancial de pacientes hospitalizados receba atendimento em casa”. 

Em seu artigo, os autores revisam os benefícios do monitoramento remoto no hospital e em casa, exploram os avanços tecnológicos que o tornaram possível, descrevem como as mudanças na política de pagamento do governo tornaram o monitoramento domiciliar sustentável e discutem o que os sistemas de saúde podem fazer para lançar um monitoramento domiciliar. 

"Os avanços tecnológicos tornaram possível monitorar alguns desses pacientes em casa. Coisas como monitores sem fio, plataformas baseadas em nuvem e telessaúde permitiram que os sistemas de saúde usassem oxímetros de pulso contínuos em casa para monitorar pacientes e ajudá-los a evitar hospitalizações”. 

Os autores escrevem que uma análise projetou o monitoramento remoto potencialmente associado a uma menor taxa de mortalidade em pacientes com Covid-19 em comparação com pacientes sem monitoramento em casa. Eles escrevem que essa análise também demonstrou 87% menos hospitalizações, 77% menos mortes e custos reduzidos por paciente de US 11.472 em comparação com o atendimento padrão. 

O uso combinado de telessaúde, saúde domiciliar e monitoramento remoto pode trazer alguns serviços de monitoramento de nível hospitalar para os pacientes em suas casas. 

Apesar desses avanços, no entanto, os autores constatam que serviços amplos de monitoramento hospitalar e domiciliar não são amplamente utilizados pelos sistemas de saúde. Eles descrevem várias barreiras que os sistemas de saúde devem superar. 

Os sistemas de saúde precisam considerar a implementação de oximetria de pulso contínua e monitoramento da frequência cardíaca para todos os pacientes hospitalizados e pacientes do departamento de emergência. 

Outras recomendações são para que os sistemas de saúde criem uma linha de serviço para coordenar esse trabalho, maximizar o valor aprendendo a combinar e integrar essas várias tecnologias, além de criar protocolos de seleção e inscrição que correspondam aos riscos e necessidades do paciente com os vários tipos de monitoramento.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Peter J. Pronovost et al, Remote Patient Monitoring During COVID-19, JAMA (2022). DOI: 10.1001/jama.2022.2040


Paciente com câncer deve continuar usando máscara, orienta oncologista

O médico Ramon Andrade de Mello recomenda que os familiares também adotem a mesma postura

 

“Os pacientes em tratamento contra o câncer devem continuar usando a máscara contra o coronavírus. As pessoas que convivem com esses pacientes também devem adotar o mesmo procedimento”, orienta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

Os pacientes com câncer estão agrupados entre os imunossuprimidos, que necessitam de atenção especial para o uso da máscara, bem como na vacinação. “A falta de vacina para esse grupo pode comprometer a sua saúde e elevar os riscos para o tratamento da doença. Por isso, é de fundamental importância seguir o calendário vacinal”, orienta Ramon de Mello. 

A infecção pela Covid-19 pode ser grave e até fatal para pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia. “Eles estão com o sistema imunológico sem responder adequadamente às infecções. Por isso, o coronavírus pode comprometer seriamente a sua saúde”, destaca o oncologista. 

Entre o grupo de imunossuprimidos estão pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea, bem como aquelas com HIV e CD4

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

https://ramondemello.com.br/


Pesquisadores da Origen investigam melhores formas de cultivo embrionário para refinar técnicas de reprodução assistida

Estudo acaba de ser publicado na revista JBRA Assisted Reprodution e, associado a uma nova tecnologia adquirida pela clínica, poderá tornar tratamentos ainda mais assertivos 

 

Um estudo desenvolvido por médicos e embriologistas da clínica Origen joga luz sobre melhorias no cultivo embrionário nos tratamentos de reprodução assistida e acaba de ser publicado na revista JBRA Assisted Reprodution, publicação trimestral em inglês da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). A pesquisa teve início em 2019, foi conduzida por um dos fundadores da Origen, Selmo Geber (1955-2021), e buscou entender o comportamento dos diversos meios de cultivo de embriões buscando entender o que menos o afeta. Os resultados podem influenciar positivamente nos processos de reprodução assistida desenvolvidos na clínica.

Segundo a embriologista-chefe da Origen, Renata Bossi, MsC. E PhD. em reprodução humana, o estudo analisou o comportamento da osmolaridade. “Analisamos a relação de sais e água no meio de cultivo, nas diferentes situações: estufa úmida, estufa seca, óleo mais denso, óleo menos denso, meio de cultivo contínuo, meio de cultivo sequencial. Nosso objetivo é manter a osmolaridade mais uniforme, ou seja, uma menor evaporação da água no meio de cultivo, levando ao menor estresse no desenvolvimento embrionário. Nossa busca é melhorar o cultivo do embrião para um melhor resultado nos tratamentos de reprodução assistida”, explica.

O trabalho de pesquisa não envolveu embriões, nem pacientes. Os pesquisadores avaliaram somente os meios de cultivo,  compararam quais foram as melhores opções entre eles e avaliaram como o embrião reagiria nas condições impostas. Um dos primeiros resultados observados pela equipe, segundo Renata Bossi, é que o óleo mais denso e a estufa mais úmida afetaram menos a osmolaridade (evaporação do meio de cultivo) e, possivelmente, levariam o embrião cultivado a uma carga menor de estresse. “Esse já é um indício considerado muito positivo para nós”, ressalta.

Time Lapse - Associado a esse estudo, a equipe de médicos e embriologistas da Origen dá sequência às análises de morfocinética embrionária, por meio do uso da incubadora com time lapse chama Geri, da empresa australiana Genea Biomedx, adquirida em 2021 para melhorar ainda mais as condições de cultivo do embrião. Conforme explica a embriologista-chefe, “a lógica do cultivo com incubadora que tem sistema de vídeo time lapse é prolongar o cultivo sem expor o embrião”. “Na opinião da maioria dos grandes serviços de FIV do mundo esta é a melhor incubadora do momento. E foi um grande esforço do Selmo conseguir trazê-la para Belo horizonte” Afirma Marcos Sampaio

“Para que esse cultivo seja feito com sucesso, podemos aliar à essa tecnologia o estudo de osmolaridade que indicou o óleo mais denso e a estufa úmida como sendo as melhores condições para embrião se desenvolver. Isso porque associado ao sistema de inteligência artificial que a incubadora Geri oferece, podemos tentar melhorar os resultados e termos embriões de mais qualidade obtidos na reprodução assistida”, complementa.

A JBRA Assisted Reprodution  é  uma publicação oficial da SBRA, da Rede América Latina de Reprodução Assistida (RedLara) e da Associação Brasileira de Embriologistas (Pronucleo) visando melhorar o atendimento de pacientes com infertilidade. “Divulgar nossas pesquisas científicas em veículos como a JBRA Assisted Reprodution é de suma importância para, não apenas validar o que temos pesquisado, mas para compartilharmos com a comunidade médica-científica as melhorias das técnicas que envolvem a medicina reprodutiva”, diz Renata.

 

Clínica Origen de Medicina Reprodutiva


Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo: conheça estratégias para começar a se mexer aos poucos

 Conhecido por inspirar hábitos saudáveis para a vida real, o Programa WW ensina a mudar pequenos hábitos do dia a dia e sair do sedentarismo

 

De acordo com estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o 5º país mais sedentário do mundo. Ainda de acordo com as informações atualizadas em dezembro de 2020, em comparação com as demais nações da América Latina, ocupamos o primeiro lugar em sedentarismo. Diante deste cenário, o WW, programa multinacional de emagrecimento sustentável que estimula mudanças de hábitos, de mentalidade e de estilo de vida, aproveita o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, celebrado, hoje, 10/03, para lançar uma reflexão sobre a importância da atividade física - uma de suas premissas fundamentais. 

 

Uma pessoa é considerada sedentária quando gasta menos de 2.200 quilocalorias em qualquer tipo de atividade ao longo de uma semana. Segundo a OMS, um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividades físicas suficientes, se encaixando no perfil acima descrito. Vale dizer que os movimentos que realizamos no dia a dia são considerados nesse contexto. 

Causando prejuízos diversos para o corpo, o sedentarismo pode se manifestar em 4 diferentes níveis: 

  • No primeiro, estão as pessoas que fazem eventuais caminhadas durante a semana, mas não consideram a prática como algo que deve fazer parte da rotina;
  • Já no segundo, estão aqueles que só se movimentam para separar o lixo, lavar a louça e, eventualmente, ir ao supermercado;
  • O nível três é composto por quem evita qualquer tipo de esforço físico, por mais sutil que ele seja;
  • Por fim, do nível quatro, fazem parte aquelas pessoas que dificilmente se lembram quando foi a última vez que caminharam e, geralmente, passam o dia sentadas em frente ao computador ou deitadas.

Embora o sedentarismo seja frequentemente associado à obesidade, ao contrário do que muita gente imagina, ele pode provocar ainda outros problemas ligados à saúde que não estão necessariamente relacionados ao excesso de peso. Um deles é a elevação do colesterol ruim e,  além dele, não praticar atividades físicas pode contribuir para o aparecimento de outros males, como: 

  • Doenças cardiovasculares: A falta de atividade física pode causar aumento da pressão arterial, entupimento de veias ou artérias, infarto ou acidentes vasculares. Portanto, além da alimentação saudável, é importante cuidar do coração movimentando o corpo;
  • Diabetes: O sedentarismo faz com que o organismo tenha dificuldade de encontrar o equilíbrio entre a produção ideal de insulina e seu consumo. Isso tende a se desenvolver num quadro de diabetes e demandar uso de medicamentos para controle da doença;
  • Ansiedade: Quando nos exercitamos, nosso corpo passa a produzir maiores quantidades de hormônios benéficos, como a dopamina e a endorfina. O sedentarismo faz o contrário, estimula a produção de cortisol, hormônio do estresse e da ansiedade;
  • Problemas nos ossos e músculos: O fortalecimento do tecido ósseo e muscular depende da prática regular de atividade física. Quem é sedentário prejudica a fixação de cálcio e proteínas nesses órgãos, o que pode gerar osteoporose, entre outras doenças relacionadas.

Uma boa notícia é que não é preciso se matricular em uma academia para deixar de ser uma pessoa sedentária. Para começar a se mexer, basta adotar pequenos hábitos no dia a dia. ‘’O primeiro passo é encontrar algo que você goste, assim você tem mais chances de se manter ativo com essa atividade. Além disso, qualquer movimento conta e faz toda a diferença para sua saúde e bem-estar, como passear com seu pet ou brincar com as crianças'', revela Matheus Motta, Coordenador de Nutrição da WW.  ‘’No programa WW, além do incentivo aos exercícios, há também a chance de acompanhar a alimentação e o sono de maneiras sustentáveis e realistas, para que o caminho para saúde e bem-estar seja o mais holístico e integrado possível'', completa o profissional. 

Além da dica dada pelo especialista, outros micro hábitos bastante simples podem ajudar a manter o corpo em movimento, deixando para trás o sedentarismo e, assim, aumentando sua disposição e, por consequência, sua sensação de bem-estar. Confira! 

-Use menos o carro: Vá a pé até a padaria ou ao supermercado. Caso não seja possível, outra opção é estacionar a 2 ou 3 quarteirões de distância e caminhar até o local.

-Brinque: Essa dica é excelente para quem tem criança em casa. Correr e pular, entre outras atividades, queimam calorias. Os pets também são ótimos companheiros de diversão e dá para evitar o sedentarismo brincando ou passeando com eles.

-Use escadas: Apertar o botão do elevador é quase automático. Esse hábito pode ser substituído por subir alguns lances de escada, seja no trabalho ou em casa. A ideia é ir aumentando a frequência aos poucos.

-Pedale: A presença de ciclovias já é uma realidade em diversas cidades do Brasil. É um começo considerar se deslocar até o trabalho ou universidade pedalando. Além de combater o sedentarismo, é uma atitude mais sustentável.

-Dance: Tirar alguns minutos do dia para afastar os móveis, aumentar o volume do som e dançar sem medo de ser feliz, além de colocar o corpo em movimento vai estimular a produção de endorfina, hormônio da felicidade.

 

WW Brasil - antiga Vigilantes do Peso

 https://www.vigilantesdopeso.com.br/br/


Inovação de biotecnologia para teste de COVID-19 é aprovado pela Anvisa em corrida por maior eficiência nos diagnósticos

Divulgação
Reagente de alta eficácia para testes de PCR em tempo real elimina etapas de extração; Ferramenta de testagem capaz de diferenciar uma série de patógenos simultaneamente também vem ganhando espaço


O crescimento na curva de novos casos da COVID-19 desde o início de 2022 vem causando uma corrida dos laboratórios e hospitais por métodos de testagem mais eficazes, tanto na sensibilidade dos resultados, quanto na velocidade necessária para processá-los. A variante Ômicron, mais transmissível que a variante Delta, fez com que a demanda por exames aumentasse próxima aos níveis do início da epidemia, causando a escassez de reagentes e lotando os pontos de atendimento à população.

Neste cenário, a QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para testes moleculares, conseguiu recentemente a aprovação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de um novo reagente para teste Real-Time PCR (qPCR), que permite a obtenção do material genético do vírus por um processo exclusivo, eliminando etapas anteriores de extração, possibilitando que seja realizado direto da amostra.

O artus® SARS-CoV-2 Prep&Amp™ UM Kit, identifica a presença ou ausência de COVID-19 em amostras de swab nasofaríngeo e saliva, por meio da detecção do material genético viral, gerando economia de tempo, materiais e custos. A extração direta em meio líquido é um método exclusivo da QIAGEN e em processo de patente, e a liberação pela ANVISA permitirá que laboratórios com o produto possam processar um maior número de amostras por dia, de uma forma mais eficaz.

“Com o aumento de casos da COVID-19, impulsionado pela Ômicron, de transmissão mais rápida que outras variantes, o uso de soluções como os reagentes de PCR em tempo real ajuda a fechar os diagnósticos com mais agilidade, isolar os pacientes infectados e conter a propagação do vírus. Uma estratégia interessante para hospitais e laboratórios que recebem, diariamente, milhares de testes a serem avaliados e precisam desta eficácia no processamento das amostras”, destaca Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina.

O reagente foi validado para ser utilizado com o selo IVD (in Vitro Diagnostic) nos principais equipamentos de real-time PCR disponíveis no mercado clínico.


Exame diferencia até 22 patógenos

Além da aprovação do reagente junto à Anvisa, outra tecnologia que vem auxiliando a ‘linha de frente’ de hospitais e laboratórios é a testagem sindrômica. Por conta dos sintomas parecidos como dores de cabeça, garganta, tosse, espirros, coriza e febre, muitas doenças respiratórias podem dificultar o diagnóstico e tratamento mais adequado para cada caso em específico.

A tecnologia do painel QIAstat-Dx tem sido capaz de identificar e diferenciar uma série de patógenos simultaneamente, e indicar, inclusive, se o paciente está contaminado por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo, como foi o caso dos recentes quadros de “flurona”, a infecção conjunta de gripe e COVID-19.

“Ao eliminar as incertezas do diagnóstico, essas ferramentas são capazes de fornecer as diretrizes para a conduta médica mais adequada, com o uso dos medicamentos corretos e uma abordagem mais responsável em termos de administração e resistência aos antibióticos. Permitem ainda identificar os pacientes que precisam de isolamento e diminuem a janela de tempo no hospital”, completa Gropp.

Outro benefício do painel QIAstat-Dx é o diagnóstico de algumas infecções que geralmente não são detectadas devido à falta de suspeita clínica ou de testes de rotina disponíveis. A tecnologia consegue auxiliar para ‘desafogar’ o sistema de saúde e já está presente em diversos hospitais de referência e redes de apoio laboratoriais.

 


QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


Março - Mês da Mulher

Conheça o avanço das terapias para principais doenças que afetam a saúde feminina 

O cuidado com a saúde da mulher vem ganhando cada vez mais atenção, com o objetivo de implementar ações preventivas e de reforçar a importância do diagnóstico precoce de diferentes doenças. Detectar as enfermidades no estágio inicial permite definir um tratamento mais otimizado que possa garantir mais qualidade de vida para as pacientes e, dependendo da doença, aumentar as chances de cura.  

Conheça as principais doenças que acometem as mulheres e as respectivas opções terapêuticas:  

 

Câncer de Mama 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registrou em 2021, mais de 66 mil novos casos de câncer de mama. Na contramão do crescimento de ocorrências, a procura por exames de rastreamento caiu na rede pública nos estados de São Paulo e Goiás, onde a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) atua.  

Um levantamento da organização aponta que o número de mamografias realizadas em 2021 sofreu uma queda de 35% em relação a 2019. Os sinais mais comuns do câncer de mama são aparecimento de nódulos, edema cutâneo semelhante à casca de laranja, retração do mamilo, vermelhidão, descamação, feridas, secreção sanguinolenta ou cristalina. O exame de mamografia é fundamental para confirmar o diagnóstico.  

De acordo com a ginecologista e mastologista Mila Trementosa, membro da Doctoralia, “o tratamento do câncer de mama se baseia atualmente nos pilares: cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Cada mulher terá um tratamento individualizado e em conjunto com a equipe multidisciplinar serão definidos os melhores tratamentos e a sequência mais adequada”.  

As inovações implementadas no tratamento oncológico têm revolucionado a estratégia de combate à doença. Um método que vem se mostrando bem-sucedido é fazer uso de terapias conjugadas, combinando a quimioterapia com medicamentos biológicos de alta qualidade. 

O desenvolvimento e a implementação de soluções inovadoras requerem alto investimento e o uso de biossimilares apresenta benefícios tanto para o paciente, com a ampliação do acesso, quanto para o setor de saúde. “Além de permitir um tratamento oncológico eficiente a custos menores que os medicamentos de referência, os biossimilares contribuem para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Eles ajudam a manter o equilíbrio financeiro e a viabilizar a alocação de recursos para a incorporação de novas tecnologias no âmbito assistencial”, explica Juliana Mambre, gerente de Marketing da Biomm.

 

Endometriose 

De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolver endometriose e há 30% de chance de terem dificuldade de engravidar. Os sintomas podem abranger cólica, dor pélvica crônica, dor na relação sexual, infertilidade e alteração nos tratos intestinal e urinário. 

“Muitas vezes essas dores são incapacitantes e interferem na qualidade de vida dessas mulheres e o tratamento se baseia em analgésicos e anti-inflamatórios para amenizar os episódios de dor. Além disso, com frequência é realizado o bloqueio hormonal, esclarece Mila Trementosa. Em alguns casos, há necessidade de intervenção cirúrgica.

 

SOP 

A síndrome dos ovários policísticos é uma desordem endócrina. Segundo a ginecologista Mila Trementosa, a SOP pode cursar com irregularidade menstrual, aumento anormal dos níveis de hormônios masculinos no corpo da mulher (clinicamente conhecido como hiperandrogenismo), microcistos nos ovários e, em casos mais graves, infertilidade. 

O diagnóstico é feito pela história clínica, associada ao ultrassom transvaginal e exames laboratoriais para identificar a dosagem de hormônios. Embora não tenha cura, há tratamentos bastante eficazes para garantir a melhoria da qualidade de vida, como uso de medicamentos para controle da produção de hormônios masculinos, regulação da menstruação e melhora da fertilidade.

 

 Biomm - tem a missão de desenvolver, produzir e comercializar biomedicamentos de competitividade global, com qualidade e acessibilidade. O foco da companhia está no desenvolvimento de medicamentos biológicos, acessíveis para tratamento de doenças crônicas no país.

https://biomm.com/

 

Doctoralia 

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
fidi| Facebook | Instagram


Você sabe como está a saúde dos seus rins? Previna-se das doenças renais


Freepik
Nefrologista, nutricionista e educadora física se unem para dar as melhores dicas para quem precisa cuidar da saúde renal


As doenças renais não estão ligadas somente à falta de água, apesar de ser um fator importantíssimo para a prevenção. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) está com uma campanha para o mês de março para enfatizar a importância da saúde renal para todos e a educação sobre a mesma. Segundo dados da SBN, a doença afeta uma em cada 10 pessoas no mundo todo, além de trazer uma estimativa de que em 2040 a doença renal crônica possa ser a 5ª maior causa de morte no mundo. 

A médica nefrologista Helen Siqueira explica que não há sintomas específicos para as doenças renais, e na maioria das vezes os sintomas são leves e em outras vezes até ausentes, o que dificulta bastante o diagnóstico no início da doença. “Por isso é muito importante que as avaliações sejam feitas de forma periódicas, com exame de urina e creatinina”, esclarece Helen. Ela explica ainda que pessoas com problemas renais instalados e avançados podem ter os seguintes sintomas: inchaço pelo corpo; indisposição; fraqueza; falta de apetite; redução da quantidade de urina; urina espumosa; hipertensão arterial; entre outros.
 

Atenção total na prevenção do problema 

São medidas simples que podem ser tomadas para a prevenção da doença, como explica a nefrologista que também atende no Hospital Anchieta de Brasília, “a prevenção pode ser feita com a ingestão adequada de água, evitando o uso excessivo de sal e o consumo indiscriminado de medicamentos sem prescrição e indicação médica, por exemplo, o anti-inflamatório que pode causar lesão nos rins de modo irreversível. Outro ponto importante é procurar controlar o diabetes e a hipertensão arterial, que são as principais patologias que levam à doença renal crônica atualmente”. 

Outro fator importante na prevenção é a alimentação, como explica a nutricionista e professora do CEUB, Pollyanna Ayub, “é preciso focar no consumo de alimentos in natura, como frutas e verduras, além de evitar o consumo de carnes vermelhas em excesso, gorduras saturadas e produtos industrializados, pois será sempre um grande aliado para saúde dos rins. A dieta para quando se já tem uma doença instalada vai depender de qual doença, estado nutricional e tratamento que está sendo realizado, pois para cada problema existem orientações individualizadas”, explica.
 

O que a alimentação e a atividade física têm a ver com a saúde dos rins?  

O hábito da alimentação saudável é a principal fonte de saúde para o corpo, pois este hábito gera não só o bom funcionamento e manutenção da saúde renal, mas também para toda a saúde do corpo. Os rins possuem características importantes, já que participam de outros sistemas do organismo e são responsáveis pela eliminação das toxinas do corpo, contribuindo também para produção de alguns hormônios importantes, assim como a qualidade os ossos, sangue, regulação da pressão arterial e manutenção das concentrações de sódio e potássio. 

A nutricionista Pollyanna Ayub dá a dica direta: “a alimentação saudável, individualizada e prescrita por um nutricionista será sempre uma aliada para saúde, principalmente, na prevenção e manutenção desse órgão tão importante para o nosso organismo. Hábitos alimentares repletos de produtos industrializados, gordura saturada, sal e açúcares contribuem também para o desenvolvimento das doenças crônicas, como por exemplo a obesidade, que além de contribuir para o diabetes e pressão alta, pode ter um desfecho com uma doença renal grave”, conclui. 

A atividade física aliada a uma alimentação consciente e saudável irá contribuir diretamente na prevenção de inflamações, desnutrição e até o agravamento da doença em pessoas que já foram diagnosticadas. “Pesquisas já mostram que ser ativo (praticar de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana) está diretamente ligado à melhora da imunidade e saúde dos órgãos e tecidos. É importante destacar que o exercício físico transforma vidas e é fundamental para a manutenção da saúde”, explica Thais Yeleni Ferreira, presidente fundadora do Sindicato das Academias do DF (Sindac-DF).
 

Doação de órgãos 

A insuficiência renal crônica, uma vez já instalada no paciente, não é possível reverter, ou seja, nos casos graves que não houve chance de tratamento é necessário fazer um transplante renal ou diálise. A nefrologista Helen explica sobre a doação do órgão: “ a doação pode ser feita em vida, de acordo com a legislação, entre parentes de até 4º grau, ou após a morte encefálica do doador, sendo que a família pode decidir sobre a doação. É muito importante a conscientização sobre a doação de órgãos e deixar os familiares cientes dessa decisão”.


Grupo da USP comanda estudo inédito sobre o desenvolvimento na primeira infância


Divulgação
O Projeto Germina realiza o acompanhamento de 500 bebês, a partir de três meses de vida, para investigar fatores que favorecem seu desenvolvimento cognitivo e emocional

 

Os primeiros 1.000 dias são cruciais na vida infantil. É neste período que funções executivas e de linguagem da criança são estimuladas, o que terá um papel essencial para atingir o potencial de desenvolvimento e viver uma vida plena. Contudo, pesquisas apontam que mais de 250 milhões de crianças no mundo não alcançam este potencial devido à exposição a vários fatores de risco. Para identificar quais são os fatores de risco e também os que favorecem o bom desenvolvimento cognitivo e emocional, um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) criou o Projeto Germina, que irá monitorar 500 crianças, a partir dos três meses de vida, durante um período de três anos.

Liderado pelo Dr. Guilherme Polanczyk, Professor Associado de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Faculdade de Medicina da USP e membro do comitê Científico NCPI, o Projeto Germina nasceu da união de 15 grupos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento da Universidade de São Paulo. São elas genética, microbiologia, nutrição, fonoaudiologia, pediatria, psicologia, psiquiatria de crianças, neurociência do desenvolvimento, matemática e estatística. Toda esta equipe fará um mapeamento do desenvolvimento de 500 bebês a partir de três meses de vida, por meio de encontros regulares, até completarem três anos de idade.  

“As experiências nos primeiros 1.000 dias de vida afetam o cérebro das crianças, podendo levar tanto ao comprometimento quanto favorecendo o desenvolvimento das funções executivas e nas habilidades de linguagem. Porém, algumas crianças, mesmo quando expostas a condições adversas de vida, apresentam um desenvolvimento ótimo e são consideradas resilientes”, explica o Dr. Guilherme.

"Esse estudo tem por objetivo determinar, com o apoio de várias ferramentas, como sequenciamento genético, microbioma, eletroencefalograma, testes e brincadeiras, quais são esses fatores positivos e negativos. Desta forma, será possível criar e embasar ações e políticas públicas que estimulem o desenvolvimento saudável e diminuam os riscos de exposição das crianças a elementos que possam ser prejudiciais ao seu futuro", complementa o pesquisador. 

As funções executivas e linguagem são habilidades fundamentais para um desenvolvimento saudável. Bem desenvolvidas, aumentam a chance de a criança ter saúde física, cognitiva e mental ao longo da vida, reduzir o ritmo de envelhecimento, além de uma maior produtividade e prosperidade. Estima-se que, na vida adulta, cerca de 80% da população com funções executivas subdesenvolvidas na infância necessita de alguma forma de assistência social ou econômica.


Período de monitoramento

De forma gratuita, o trabalho de monitoramento dos 500 bebês será feito, inicialmente, aos três meses de vida. Em seguida, serão feitas outras quatro avaliações, a última aos 3 anos de idade. Nestes encontros, realizados em um dos centros de pesquisa do projeto na cidade de São Paulo, serão feitas perguntas sobre o comportamento e habilidade das crianças, sobre o ambiente em que vivem, avaliação do desenvolvimento motor, cognitivo, emocional, além de um encefalograma. Também serão coletadas amostras de saliva e fezes do bebê.

Ligado a um consórcio internacional de pesquisadores de todos os continentes, o Projeto Germina é financiado pela Wellcome Trust-Leap, agência de fomento independente, que visa apoiar diversas áreas do conhecimento em busca de descobertas inovadoras sobre vida, saúde e bem-estar.

“Este estudo pretende investigar crianças de todas as classes sociais. O objetivo do Projeto Germina é alcançar famílias e seus bebês de diversos extratos da sociedade, para que possamos entender o desenvolvimento de crianças com características diferentes, assim como os riscos e benefícios envolvidos na evolução das funções executivas e habilidades de linguagem”, afirma o Dr. Guilherme Polanczyk.

A pesquisa teve início em janeiro de 2022. Os participantes terão acesso aos dados sobre o desenvolvimento do bebê, as análises de microbioma e sequenciamento de genoma. Além disso, contribuirão com um estudo que tem potencial para inovação científica e relevância para a saúde pública, favorecendo o desenvolvimento de intervenções aplicadas ao contexto das crianças brasileiras.

Para participar da pesquisa, os pais interessados podem se inscrever pelo site do Projeto Germina (https://www.projetogermina.com.br/) ou através das redes sociais: no Instagram, @projetogermina, e no Facebook, https://www.facebook.com/projetogermina/.

 

Sobre o Projeto Germina

O Projeto Germina é um projeto de pesquisa realizado por 15 grupos de diferentes áreas de conhecimento da USP (Universidade de São Paulo). O estudo, que é financiado pela agência de fomento independente Wellcome Trust-Leap, irá avaliar 500 crianças a partir de três meses de idade, mapeando o desenvolvimento das funções executivas e de linguagem, até completarem três anos.


Atendimento hospitalar não está associado ao aumento do risco de transmissão da COVID

Esses resultados decorrem de uma análise de casos positivos de COVID-19 assintomáticos em pacientes com câncer durante o surto da variante alfa, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. 

O novo estudo, liderado pelo professor Mieke Van Hemelrijck da Escola de Câncer e Ciências Farmacêuticas, analisou dados de pacientes com câncer que frequentavam o NHS Foundation Trust de Guy e St Thomas. 

Um efeito colateral comum do câncer e dos tratamentos contra o câncer é a morte das células imunes, reduzindo a capacidade do paciente de combater infecções como a COVID-19. Como medida de precaução, os tratamentos e cuidados de acompanhamento para o câncer foram interrompidos ou pausados ​​durante a segunda onda. 

Para avaliar o risco de infecção em pacientes com câncer, os autores analisaram as taxas de positividade do COVID-19 durante a segunda onda (impulsionada pela variante alfa) do COVID-19. 

Os dados foram coletados de 1.346 pacientes que testaram positivo com casos assintomáticos de COVID-19 e uma regressão logística foi realizada. Este modelo estatístico foi usado para analisar os fatores associados ao COVID-19. 

Os resultados, publicados na Future Oncology, mostraram que um aumento no número de testes feitos por pessoas assintomáticas e que vivem a menos de 20 km (12,4 milhas) do epicentro da variante alfa (a área do sudeste da Inglaterra associada ao surto inicial) foram associados a taxas positivas mais altas. 

Este último é um fator particularmente importante, pois o Guy's Cancer Center atende muitos pacientes que vivem em Kent e Londres, onde a variante alfa proliferou pela primeira vez. 

No entanto, frequentar o NHS Foundation Trust de Guy e St Thomas não foi associado a uma chance maior de pacientes com teste positivo. 

Esses resultados sugerem que as diretrizes de EPI e distanciamento social reduziram efetivamente o risco de pacientes com câncer contraírem COVID-19. Como consequência, os autores apoiam o tratamento contínuo do câncer e os cuidados aos pacientes. 

Essas descobertas serão importantes para os esforços para melhorar o tratamento do câncer e os resultados do tratamento, à medida que começamos a avaliar e gerenciar o impacto dos atrasos e interrupções relacionados ao COVID-19. 

 

Rubens de Fraga Júnior é professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Kathryn Tremble et al, The impact of hospital attendance on COVID-19 infection in cancer patients: an assessment of data from Guy's Cancer, Future Oncology (2022). DOI: 10.2217/fon-2021-1329


Ovodoação: tratamento ganhou destaque e é opção para a maternidade

A atriz Viviane Araújo, aos 46 anos, engravidou por meio do método que despertou interesse midiático nas últimas semanas


Ter um filho é o sonho de muitas pessoas, porém, inúmeros fatores externos e internos podem dificultar que esse sonho possa ser realizado de forma natural. Com isso, métodos de reprodução assistida como a ovodoação, passaram a ser opções de mulheres que querem realizar o desejo de serem mães, mesmo não possuindo mais óvulos ou entrando na menopausa. 

“A ovodoação é um procedimento em que mulheres doam alguns de seus óvulos para que eles sejam fecundados e transferidos no útero daquelas mulheres que já não possuem reserva ovariana suficiente para utilizar óvulos próprios”, explica o Dr. Nilo Frantz, especialista em reprodução assistida. 

De acordo com Frantz, o número de doadoras ainda é pequeno no país e isso pode ser causado por inúmeros motivos, sendo o principal deles a falta de informação. 

Nas últimas semanas, a atriz Viviane Araújo comoveu o país ao compartilhar que está esperando o seu primeiro filho aos 46 anos de idade. Um sonho antigo que foi realizado por meio da ovodoação, já que pela idade não possuía mais óvulos e também já estava na menopausa. Viviane esperou completar o terceiro mês de gestação, no qual foi recomendado muito repouso, para comunicar ao público. 

Em recente entrevista, Viviane contou que apesar de sempre ter tido o sonho de ser mãe, priorizou por muitos anos as oportunidades de trabalho e o seu corpo, até então casar com seu atual marido e decidir que aquele seria o momento ideal para a maternidade. 

“O procedimento é indicado para quem tem mais de 35 anos de idade (que não conseguem engravidar naturalmente) ou já entrou na menopausa, não produzindo mais óvulos ou óvulos de qualidade para a gravidez natural. Mulheres que já vivenciaram falhas de tratamentos para engravidar ou abortos, falência prematura ovariana ou alterações genéticas também podem realizar o tratamento. Assim como casais homoafetivos constituídos por homens também podem receber a doação para a fecundação do sêmen de um dos parceiros com o óvulo, onde a fecundação ocorra no útero de outra doadora”, explica Frantz.
 

Etapas do procedimento 

Atualmente no Brasil, existem duas modalidades de ovodoação permitida pelo Conselho Federal de Medicina, doação compartilhada ou altruísta. 

O CFM hoje permite que parentes doem óvulos entre si, desde que não haja consanguinidade. 

“Entre as regras, o processo deve acontecer de forma anônima para que doadores e receptores não se conheçam. A doadora fica ciente de que não terá nenhum vínculo com a criança, além de ter características únicas que batam com as características da receptora”, afirma o especialista. 

Tanto a doadora como a receptora dos óvulos necessitam passar por uma série de exames, como ginecológicos, de imagem, de sangue e que sejam avaliado todo o seu histórico médico para que todo o tratamento seja feito com total segurança e com chances de um resultado positivo. 

O procedimento de receber a ovodoação é indicado para mulheres que estejam em idade avançada, aconselhado realizar o procedimento até os 50 anos, que não possuam mais óvulos próprios por conta da menopausa ou de doenças hereditárias, que apresentam falência ovariana precoce ou apresentem alterações cromossômicas nos embriões.
 

FIV 

Após a coleta, os óvulos são analisados pelos embriologistas e em seguida é iniciado o processo de preparação do sêmen para realizar a fecundação e caso observada a divisão celular, fazendo uma Fertilização in Vitro (FIV), para que, por fim, seja feito a transferência do embrião no útero da receptora e assim aconteça a gestação.
 

Quem pode doar? 

Para ser doadora em um processo de ovodoação, é necessário ter no máximo 35 anos e uma boa reserva ovariana, avaliada através do exame de Anti- Mulleriano (HAM) e contagem de folículos antrais. Além disso, a candidata a doar óvulos deve fazer testes para marcadores de doenças infecto-contagiosas como AIDS, Hepatites, Sífilis, entre outras. Também é preciso fazer testagens para doenças genéticas como Fibrose Cística e no cariótipo de banda G. 

Sendo assim, para complementar a avaliação, quem deseja compartilhar seus gametas também precisa passar por consultas com a psicóloga e a enfermeira responsável pelo setor de ovodoação. A partir de todas essas informações decide-se se a mulher está apta a doar seus óvulos. 

Para realizar a coleta, a doadora passa por uma indução de ovulação à base de medicamentos. Após a indução, depois de 10 dias é realizado o processo de aspiração, no qual é feita a coleta dos conteúdos dos folículos. Para que a doadora não sinta dor, é realizada uma sedação local.
 

Emocional e taxa de êxito 

Como o processo é demorado e cansativo, cuidar do emocional de todos os envolvidos no tratamento é essencial, principalmente da futura mamãe, que pode ter receio de se sentir menos mãe por não estar engravidando de forma natural. 

“É importante lembrar também que receber óvulos doados de uma outra pessoa não diminui em nada o papel de mãe da paciente e nem a torna menos importante durante esse processo”, frisa Frantz.

 

Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo

Telefone: (11) 3060-4750

Redes sociais:

Instagram

Facebook

Youtube


Posts mais acessados