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sexta-feira, 11 de março de 2022

Déficits de atenção e memória persistem por meses após a recuperação de COVID leve

 


Pesquisadores do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford e do Departamento de Neurociências Clínicas de Nuffield mostraram que pessoas que tiveram COVID, mas não se queixam de sintomas prolongados de COVID na vida diária, podem apresentar comprometimento da atenção e memória por até 6 a 9 meses. 

Estudos anteriores mostraram que, após a infecção aguda por COVID-19, algumas pessoas podem continuar a sofrer de sintomas cognitivos, como dificuldades de concentração, coloquialmente chamadas de névoa cerebral, bem como esquecimento e fadiga -- características da síndrome do 'longo COVID'. 

Mas não se sabia se o desempenho cognitivo também pode ser afetado em indivíduos que apresentaram sintomas leves e não relataram preocupações após a recuperação da infecção aguda por COVID. 

Neste estudo, os participantes foram convidados a completar uma série de exercícios para testar sua memória e capacidade cognitiva, com foco em funções cognitivas críticas para a vida diária, como manutenção da atenção, memória, planejamento e raciocínio semântico. 

Todos os participantes já haviam sofrido de COVID-19, mas não eram significativamente diferentes de um grupo de controle no momento do teste de fatores como fadiga, esquecimento, padrões de sono ou ansiedade. 

Os pesquisadores descobriram que os participantes tiveram um bom desempenho na maioria das habilidades testadas, incluindo memória de trabalho e planejamento, mas apresentaram memória episódica significativamente pior (até seis meses após a infecção por COVID) e um declínio maior na capacidade de manter a atenção ao longo do tempo (para até nove meses) do que indivíduos não infectados. 

O Dr. Sijia Zhao, do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford, disse: "O que é surpreendente é que, embora nossos sobreviventes do COVID-19 não se sentissem mais sintomáticos no momento do teste, eles mostraram atenção e memória degradadas. Nossas descobertas revelam que as pessoas podem experimentar algumas consequências cognitivas crônicas por meses." 

O professor Masud Husain disse: "Ainda não entendemos os mecanismos que causam esses déficits cognitivos, mas é muito encorajador ver que essa atenção e memória retornam ao normal na maioria das pessoas que testamos 6-9 meses após a infecção, que demonstraram boa recuperação ao longo do tempo." 

O artigo, “Vigilância rápida e decrementos de memória episódica em sobreviventes do COVID-19”, foi publicado na Brain Communications. 

  

Rubens de Fraga Júnior é professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG. 

 

Fonte: Sijia Zhao et al, Rapid vigilance and episodic memory decrements in COVID-19 survivors, Brain Communications (2021). DOI: 10.1093/braincomms/fcab295. academicoupcom/braincomms/ar … /4/1/fcab295/6511053


Flexibilização: SBGG faz recomendações à população idosa quanto ao uso de máscara

Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre pessoas idosas, entidade reforça que este ainda é o público mais vulnerável

 

Frente ao cenário de redução do número de casos de COVID 19, diversas cidades brasileiras iniciaram o movimento de flexibilização do uso de máscaras nas últimas semanas. 

Considerando o impacto desta decisão para a saúde pública, e particularmente para a saúde dos idosos, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) faz algumas recomendações importantes.   

Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre os idosos, esse grupo segue sendo o de maior vulnerabilidade às formas graves da doença, mesmo entre os que receberam a dose de reforço (terceira dose). Em janeiro, 63,3% das mortes por COVID-19 no Brasil foram de pessoas com 70 anos ou mais.  

Existem muitas razões que tornam o idoso mais vulnerável, dentre elas, o fato de acumular diversas comorbidades, além da imunossenescência, que gera uma resposta menos previsível quanto à eficácia das vacinas.  

Sendo assim, apesar das orientações locais de flexibilização, recomendamos, por ora, a manutenção do uso de máscaras para pessoas idosas, mesmo com esquema vacinal completo e, em especial, para aquelas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacinação, principalmente em ambientes fechados, bem como evitar aglomerações sempre que possível.  

Ressaltamos o dado divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro em 24/02/2022, de que a taxa de vítimas de Covid-19 a cada 100 mil habitantes entre idosos com vacinação incompleta é 27 vezes maior que a dos idosos vacinados com todo o esquema de doses. Entre os idosos que receberam a dose de reforço, houve 2,9 mortes a cada 100 mil habitantes, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Dentre aqueles que receberam duas doses ou dose única, sem a dose de reforço, a taxa sobe para 16,2 vítimas a cada 100 mil habitantes. A taxa se eleva para 78 mortes por 100 mil habitantes quando são considerados aqueles que não receberam nenhuma dose ou não chegaram à segunda dose.


 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


Pesquisa da Doctoralia aponta que, mesmo com a liberação do uso de máscaras em locais abertos, 37% das pessoas não deixarão de usar a proteção


Pesquisa realizada pela Doctoralia aponta que, mesmo com a liberação do uso de máscaras ao ar livre em alguns estados, 37% das pessoas afirmam que não abandonarão o uso da máscara mesmo após a imunização completa. 34% continuarão utilizando álcool em gel, 28% respeitarão o isolamento social e apenas 1% não pretende tomar nenhuma medida de prevenção. O levantamento, que busca entender o comportamento dos brasileiros após esquema vacinal completo, permitia a seleção de mais de uma opção nessa questão. 

Quando perguntadas sobre novas variantes do Sars-CoV-2, sete a cada 10 entrevistados afirmaram que têm medo da ocorrência delas, mesmo após estarem 100% imunizadas contra o vírus. Apesar desse cenário, surpreendentemente, 52% dos participantes responderam que, após completarem o esquema vacinal, se sentem confortáveis em estar na presença de grupos com mais de dez pessoas. 

Vale destacar que os especialistas alertam para a importância de não deixar de lado as medidas de segurança, no intuito de diminuir a circulação do vírus até que a maioria da população esteja vacinada e, consequentemente, a pandemia esteja sob controle. Dessa forma, caso as pessoas optem por encontrar familiares e amigos, devem dar preferência a pequenos grupos e, se puderem, conduzirzam essa reunião ao ar livre ou com o uso de máscaras bem ajustadas ao rosto. Ao todo, 1.726 pessoas foram entrevistadas, a maioria do sexo feminino, entre 36 e 45 anos.
 


Doctoralia


Como o mindful eating pode ajudar no tratamento da obesidade?


Caracterizada pelo excesso de tecido adiposo, a obesidade é uma doença que vem aumentando a incidência a cada ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) projeta que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e que haja mais de 700 milhões de obesos no mundo. 

Dr. Andrea Bottoni, médico nutrólogo do Hospital IGESP, explica que a causa da obesidade é multifatorial e está associada a uma complexa interação de ambiente, predisposição genética e comportamento humano. Portanto, analisar o contexto comportamental por trás da obesidade é importante. “Um exemplo é este período de pandemia, em que as pessoas passaram a receber mais informações e notícias, precisaram desenvolver novas rotinas e mudanças nos convívios. Frequentemente, tiveram que realizar vários projetos ao mesmo tempo. Nesse contexto, elas, geralmente, acabam se alimentando correndo sem se atentar ao sabor, à textura e ao cheiro do alimento, o que atrapalha a harmonia entre o corpo e mente, provocando estresse. Esse estilo de vida favorece o desenvolvimento da obesidade”, afirma.

 

O conceito de mindful eating 

O mindful eating (em tradução, comer com atenção plena) tem a proposta de envolver a mente, o espírito e o coração no momento da refeição. É um conceito de nutrição focado no mindfulness, prática de meditação budista que propõe a atenção plena ao momento presente e sem julgamentos. 

O médico explica que a abordagem pode ajudar no tratamento da obesidade no sentido de auxiliar o indivíduo a ter um bom relacionamento com a comida. O conceito mindful eating favorece uma alimentação consciente, o respeito ao próprio corpo e ajuda o paciente a se conectar melhor com a alimentação.”
 

Descansar os talheres 

Um exemplo é descansar os talheres no momento da refeição. “Após cada garfada, repouse o talher ao lado do prato, e mastigue lentamente o alimento. Somente após terminar de mastigar e engolir o alimento, pegue novamente os talheres para uma nova garfada. Dessa forma, é provável que você aprecie mais este ato tão importante que é a alimentação”, explica. 

Bottoni, finaliza: “Quando seguramos continuamente os talheres, a tendência é emendar uma garfada na outra, sem pausas e, frequentemente, por isso, comemos de forma mais impulsiva. Descansar os talheres pode te ajudar a comer mais devagar e em menor quantidade, mas, sobretudo, a se alimentar com mais consciência e desfrutando mais.” 

 

Hospital IGESP


Dentistas são parte importante no tratamento de pacientes em ambiente hospitalar

Entenda os desafios destes profissionais ao longo da pandemia, segundo informações do Dr. Thomaz Regazi, cirurgião-dentista especializado no atendimento a pessoas internadas em hospitais e com outras necessidades específicas


Dentistas que atuam em hospitais viram a rotina de trabalho mudar completamente nos últimos 2 anos, desde o início da pandemia da Covid-19. Junto com os demais profissionais de saúde, eles passaram a integrar a linha de frente no combate à doença, ao mesmo tempo em que implementavam tratamentos odontológicos de emergência em pacientes internados, acamados e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Segundo o Dr. Thomaz Regazi, cirurgião-dentista especializado no atendimento hospitalar, os desafios se multiplicaram por conta da adição de cuidados para se evitar ao máximo a propagação e transmissão do vírus nestes ambientes. 

 

"O cirurgião-dentista tem um papel muito importante no ambiente hospitalar, por ser responsável pelas avaliações e tratamentos de urgência em pacientes em diferentes situações médicas e com diferentes perfis de risco. Os protocolos de segurança, que já eram bem intensos antes da pandemia, passaram a ser ainda mais específicos, por conta da alta transmissibilidade do novo coronavírus. Somos chamados nos casos em que o tratamento bucal não pode ser adiado, e precisamos prover os cuidados necessários para que a saúde geral do paciente internado não piore. Por vezes, eles não estão em condições adequadas para cuidar da sua higiene bucal”, explica o Dr. Regazi.


 

Covid-19

 

Segundo o especialista, nos casos de Covid-19, em que o paciente fica muitos dias internado em UTIs, o acúmulo de bactérias na cavidade bucal aumenta exponencialmente, com maiores riscos para diferentes problemas, como a pneumonia bacteriana, caso ele não receba os devidos cuidados odontológicos. Ele esclarece que a boca não pode ser tratada de forma isolada, por estar totalmente correlacionada com o organismo. As bactérias alojadas podem ser disseminadas, afetando os órgãos e comprometendo a saúde do indivíduo como um todo. "A boca é um local de manifestação de muitas doenças, e estudos comprovam que o acompanhamento odontológico hospitalar é capaz a salvar vidas”, afirma.

 

Estudo publicado no International Dental Journal, em 2018, aponta que cuidados simples que vão desde a higiene bucal até restaurações previnem 56% das infecções respiratórias, como a pneumonia, em pacientes em ventilação mecânica. 

Nesse sentido, a equipe médica multidisciplinar, com o apoio dos cirurgiões-dentistas especializados no ambiente hospitalar, salvaguarda o paciente em internação.

 

Dr. Thomaz Regazi atende pacientes internados em hospitais de referência na cidade de São Paulo e também em seu consultório, localizado no bairro de Perdizes. O cirurgião-dentista é formado pela Universidade Nove de Julho - São Paulo, Pós Graduado em Saúde Pública pela UniBF, Mestrando em Odontologia pela UNIARARAS, Membro da CBROHI - Colégio Brasileiro de Odontologia Hospitalar e Intensiva, Especializando em Odontologia Hospitalar no Albert Einstein Instituto, Especializando em Pacientes com Necessidades Especiais pela UniBF e Pós Graduando em Cannabis Medicinal pela Inspirali.


Saiba como montar um kit de primeiros socorros e armazenar medicamentos de forma correta


Manter um espaço para medicamentos de tratamentos em andamento e primeiros socorros exige alguns cuidados (Imagem: Unsplash)

 

Medicamentos em casa devem ser armazenados apenas para os casos de tratamento em andamento e com orientação médica. Exageros e automedicação são os principais pontos de atenção

 

Sabe aquela farmacinha que temos em casa? Há quem pense que ela deve conter todos os comprimidos possíveis, algo como se fosse uma farmácia de verdade. Mas, além de não ser adequado, isso pode ocasionar problemas para a saúde em casos de automedicação. Aqueles itens que temos em casa devem ser essenciais para uma emergência, mas exigem uma série de cuidados na hora de montar e de manter. O kit precisa ser útil, seguro e incluir itens para primeiros socorros, além dos prescritos pelo médico como medicamentos para tratamentos em andamento e para saúde preventiva como, por exemplo, antialérgicos para reações ao meio ambiente, à comida ou medicamento.  

A farmacêutica Francielle Mathias, da Consulta Remédios, explica que revisar periodicamente o que está guardado também é importante. "As pessoas acabam esquecendo os itens no armário e, na hora de utilizá-los, nem sempre lembram de conferir a validade. Consumir qualquer medicamento vencido pode trazer riscos para a saúde. Isso vale tanto para o kit de primeiros socorros quanto para os medicamentos de algum tratamento que esteja em andamento."

 

Automedicação e exageros exigem atenção 

As principais dicas são: procurar orientação médica para os medicamentos e o tratamento adequado, ler a bula para o armazenamento adequado e tomar algumas precauções para que crianças não tenham acesso ao kit, além de ter em mente que o armazenamento deve ser pensado para os casos de emergência.  

Outro ponto que merece atenção é a automedicação, principalmente em casos de sintomas contínuos e repetitivos. "Os riscos da automedicação vão além do agravamento da doença. Os sintomas podem ser mascarados e, ao procurar atendimento, o caso pode ser irreversível, levando até mesmo à morte. Por isso é tão importante ir ao médico presencialmente ou agendar uma teleconsulta tão logo apareça algum sintoma fora do comum. É preciso ter em mente que em casa o essencial é um kit de primeiros socorros. Qualquer medicamento só deve ser utilizado quando há orientação médica." 

Após o tratamento é possível que alguns medicamentos acabem sobrando já que não é possível comprá-los fracionados. A farmacêutica comenta que nestes casos o melhor a fazer é o descarte correto. "Armazenar sobras de remédios não é recomendado. Vale lembrar que aquela sobra acontece após terminar o tratamento com uma dose determinada pelo médico. Por isso, o ideal é levar o que sobrou para descarte em uma drogaria ou farmácia. Jamais jogue no lixo comum. Além do risco de contaminar o solo, eles podem ser consumidos por animais ou pessoas desinformadas."

 

O que ter e onde guardar 

Francielle explica que não há um tamanho certo para o kit doméstico com itens para primeiros socorros. "O ideal é guardar todos os medicamentos que foram indicados pelo médico acompanhados das bulas dentro da mesma caixa. Claro, separando os produtos de primeiros socorros para que sejam de fácil acesso se necessário. Outro fator importante é que o armário esteja fora do alcance de crianças ou pessoas que podem fazer o uso inapropriado da medicação. Guardar em um local seco e ao abrigo do sol ou calor, revisar o vencimento periodicamente e fazer o descarte correto também são questões importantes." 

O kit de primeiros socorros perfeito deve ter, pelo menos, água oxigenada, algodão, ataduras, bolsa térmica, curativos adesivos, esparadrapo, gazes, termômetro digital de axila e soro fisiológico.

 

 

Consulta Remédios - primeiro marketplace de farmácias do Brasil, sendo o mais utilizado por pacientes, profissionais da saúde e drogarias quando o assunto é medicamento, saúde e beleza. São mais de um milhão de usuários por dia, buscando informações de credibilidade e economia.


Mulheres que sofrem com obesidade poderão ter mastopexia coberta pelo SUS

 

Foto ilustrativa / Divulgação

A obesidade é uma das principais causas de crescimento excessivo das mamas.


O excesso de crescimento dos seios causa uma série de sintomas e desconforto para as mulheres, como dor na coluna, no ombro, alergia no sulco inframamário e problemas de autoestima. A obesidade é uma das principais causas desta alteração, além de hereditariedade e distúrbios hormonais.
 

Apenas em 2020 foram realizadas 1,3 milhão de cirurgias plásticas no Brasil, de acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. Do total, 105 mil foram mastopexias - procedimento para reposicionar ou reduzir os seios, sendo a quinta cirurgia estética mais realizada no ano. 

O Projeto de Lei 1756/2021, em trâmite na Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados, prevê que o Sistema Único de Saúde (SUS) realize cirurgias de mastopexia - para a redução das mamas - em pacientes com indicação médica e que comprovem não ter condições financeiras de realizar o procedimento de forma particular. Esta cirurgia já é realizada atualmente em serviços de residência em cirurgia plástica. 

Dr. Adel Bark Jr em aula do curso de mastopexia em L
Mastopexia em L - Uma técnica em expansão, chamada de mastopexia em 'L', é capaz de reduzir o tempo dessas cirurgias e oferece a cicatriz horizontal até 65% menor para as pacientes, de acordo com o cirurgião especializado em cirurgia plástica, Dr. Adel Bark Jr. "Usando essa metodologia, podemos eliminar a marca entre as mamas e permitir que a mulher escolha roupas sem se preocupar com esse sinal. A menor incisão reduz o tempo de sutura, o que também diminui o tempo de centro cirúrgico e a exposição da paciente", afirmou.

O procedimento é indicado para pacientes que desejam levantar ou mudar a forma dos seios, seja por questões de saúde, estética ou de bem-estar. A cicatriz reduzida é levada em consideração na escolha do procedimento cirúrgico para pacientes que, por exemplo, sofrem com o peso das mamas ou por terem o seio muito reduzido. 

É o caso da estudante Isadora Pelacini, de 18 anos, que fez a mastopexia redutora em L agora em 2022, devido ao excesso de volume das mamas. "Afetou muito minha coluna e me deixou com a postura errada. Eu sentia dores nos ombros e, o principal, minha autoestima estava afetada. Não me sentia bem daquela forma, não conseguia usar uma blusa mais justa, decotes ou vestidos; não me sentia bonita", conta. Isadora afirma que a escolha pela mastopexia em L, além de todas as vantagens, trouxe mais segurança e satisfação. "Traz mais liberdade na hora de escolher as roupas, especialmente no verão. Estou maravilhada com o resultado e muito mais feliz a cada dia". 

Adel Bark Junior traz em seu currículo mais de três mil cirurgias de mastopexia utilizando a técnica da cicatriz reduzida, ou cicatriz em 'L'. O método -- que tem apresentado preferência absoluta pelas pacientes operadas devido a uma menor incisão -- é uma evolução da técnica tradicionalmente realizada, que possui a incisão em formato de 'T' invertido. 

O método foi criado pelo cirurgião plástico Hollander em 1924, na Alemanha, e replicado por cirurgiões brasileiros nas décadas de 1980 (professor Antonio Roberto Bozola) e 1990 (professor Armando Chiari Junior). Hoje é sistematizado de forma diferenciada pela primeira vez no Brasil.

Segundo Adel, atualmente, o número de cirurgiões plásticos que aplicam essa técnica no Brasil é muito baixo. "Isso porque a grande dificuldade encontrada é a marcação pré-operatória. Por ser complexa e pela individualidade de cada paciente, torna-se difícil realizar a marcação em diferentes mamas, especialmente nas volumosas e com maior queda". 

A sargento da aeronáutica, Tathyane Marcelle Oliveira Silva, de 27 anos, também realizou a cirurgia com em novembro de 2021, buscando a redução no volume das mamas e melhora na saúde. "Eu sentia dor nas costas e desconforto para fazer exercícios. Agora não sinto mais o peso dos seios e estou confortável para fazer qualquer coisa e usar qualquer roupa, mesmo as mais decotadas", afirmou.

 

SISTEMATIZAÇÃO - O cirurgião Adel Bark Jr, do Paraná, conta que aos poucos eliminou a necessidade da marcação prévia e hoje aplica a técnica em casos cada vez mais desafiadores. 

"Eliminando a marcação prévia conseguimos sistematizar uma maneira reprodutível de executar a técnica da cicatriz em L, tanto que, mais de 95% dos cirurgiões que a aprenderam estão realizando a cicatriz em L nas suas pacientes", diz Adel. 

A ausência de cicatriz entre as mamas não aumenta a cicatriz horizontal lateral e não prejudica o formato da mama por apresentar uma incisão menor. 

CURSO - Com o objetivo de disseminar o conhecimento, o Dr. Adel desenvolveu um curso de especialização, em Curitiba, chamado "Mastopexia em L sem segredos".


Risco de obesidade é 45% maior entre adolescentes cuja dieta é baseada em ultraprocessados


Constatação foi feita por pesquisadores da USP com base em dados de 3.587 jovens entre 12 e 19 anos que participaram do inquérito nacional de saúde e nutrição dos Estados Unidos. Outro dado preocupante foi o aumento de 63% no risco de obesidade visceral – altamente associada a doenças metabólicas e cardiovasculares (foto: Pixabay)

 

Com base em dados de 3.587 adolescentes entre 12 e 19 anos que participaram do inquérito nacional de saúde e nutrição dos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) calcularam o quanto o consumo de alimentos ultraprocessados impacta no risco de obesidade.

No estudo, os jovens foram divididos em três grupos de acordo com a quantidade ingerida desses produtos. Ao comparar os que mais comiam ultraprocessados (em média 64% do total de gramas da dieta) com aqueles que comiam menos (18,5% em média), observou-se que os do primeiro grupo tinham 45% mais chance de obesidade, 52% mais chance de obesidade abdominal (gordura localizada na barriga) e – o dado mais preocupante – 63% mais chance de obesidade visceral (acúmulo de gordura entre os órgãos), que está altamente relacionada com o desenvolvimento de hipertensão, doença arterial coronariana, diabetes tipo 2, dislipidemia e aumento do risco de mortalidade.

Os resultados completos da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.

“A evidência científica tornou-se bastante sólida em relação ao papel negativo dos alimentos ultraprocessados na pandemia de obesidade. Isso está muito bem demonstrado para os adultos. Entre os jovens já havíamos constatado que o consumo desses produtos é elevado – representando cerca de dois terços da dieta dos adolescentes norte-americanos –, mas os resultados referentes à associação entre padrões alimentares baseados em ultraprocessados e desfechos de saúde, entre eles a obesidade, eram escassos e inconsistentes”, explica Daniela Neri, primeira autora do artigo e integrante do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Contexto

Coordenada pelo professor Carlos Augusto Monteiro, a equipe do Nupens foi pioneira em associar as mudanças no processamento industrial de alimentos com a pandemia de obesidade, que teve início nos Estados Unidos nos anos 1980 e, no século 21, atingiu a maioria dos países do mundo. Com base nessa hipótese, o grupo desenvolveu uma classificação para os alimentos, denominada NOVA, baseada no nível de processamento industrial. O trabalho embasou as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira lançado em 2014, que recomenda priorizar as preparações culinárias com alimentos in natura ou minimamente processados e evitar os ultraprocessados – categoria que pode incluir desde refrigerantes, bolachas recheadas e salgadinhos de pacote até mesmo um aparentemente inocente pão de forma integral (leia mais em: agencia.fapesp.br/20820/).

“De modo geral, os alimentos e bebidas ultraprocessados contêm aditivos químicos – como corantes, aromatizantes, emulsificantes e espessantes – que buscam melhorar as características sensoriais do produto. Muitos deles têm alta densidade energética e teores elevados de açúcar e gordura, o que contribui diretamente para o ganho de peso. Mas mesmo aqueles com baixas calorias, como o refrigerante diet, podem favorecer o desenvolvimento de obesidade de formas que vão além da composição nutricional. Por exemplo, interferindo na sinalização de saciedade do organismo ou modificando a microbiota do intestino”, explica Neri.

Metodologia

Na pesquisa recém-publicada, a dieta dos adolescentes foi avaliada por meio de uma metodologia conhecida como Recordatório Alimentar de 24 horas, que consiste na obtenção de informações sobre os tipos e as quantidades de todos os alimentos e bebidas ingeridos no dia que antecede a entrevista, bem como os horários e os locais de consumo das refeições. A maioria dos participantes incluídos na análise (86%) passou por duas entrevistas do tipo, com um intervalo de duas semanas entre elas.

Com base nesse recordatório, os jovens foram divididos em três grupos. No primeiro estavam os que consumiam até 29% dos gramas totais da dieta em ultraprocessados. No segundo, aqueles para os quais esse percentual variou entre 29% e 47% e, no último tercil, ficaram aqueles com valores acima de 48%.

Também foram avaliados os dados antropométricos dos participantes, entre eles peso, altura e circunferência da cintura. Esses índices foram avaliados para idade e sexo, de acordo com o padrão de crescimento do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“O risco de obesidade total foi estimado com base no IMC, que é calculado dividindo o peso [em quilos] pela altura ao quadrado [em metros]. Já para avaliar a obesidade abdominal nos baseamos na medida da circunferência abdominal. E um parâmetro menos conhecido, que é o diâmetro abdominal sagital, foi usado como proxy [valor representativo] da obesidade visceral”, conta Neri.

Como explica a pesquisadora, o diâmetro abdominal sagital é uma forma indireta e não invasiva de mensurar a quantidade de gordura entre os órgãos. “O indivíduo deita na maca e, com uma espécie de régua [paquímetro], é aferida a distância entre a parte inferior das costas até a região do umbigo, de modo que a gordura subcutânea mais mole caia para os lados e a gordura visceral, mais rígida, permaneça no local. Desse modo, evitam-se eventuais erros de medição que poderiam ser causados por dobras na região da cintura.”

Todos os dados avaliados na pesquisa da USP foram extraídos do National Health and Nutrition Examination Survey (Nhanes) – o inquérito nacional de saúde e nutrição realizado continuamente nos Estados Unidos. Trata-se de um banco público de dados que abrange uma amostra nacionalmente representativa da população dos Estados Unidos. No estudo, foram usadas informações coletadas entre 2011 e 2016. Segundo Neri, as conclusões podem ser extrapoladas para os jovens brasileiros, que também estão expostos desde cedo aos alimentos ultraprocessados, ainda que em menor proporção.

“No Brasil não há nenhum levantamento que forneça, ao mesmo tempo, informações sobre consumo alimentar de adolescentes e dados antropométricos coletados em avaliações presenciais. Esse tipo de inquério nutricional tem alto custo e requer financiamento contínuo. No país há algumas iniciativas similares, porém, mais simples”, comenta Neri.

No Vigitel, que é o inquérito nacional conduzido anualmente pelo Ministério da Saúde para monitorar fatores de risco e proteção para doenças crônicas, por exemplo, a coleta de dados é feita por telefone e somente com pessoas acima de 18 anos. Os dados mais recentes desse levantamento, divulgados em janeiro deste ano pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), apontam que a taxa de obesidade na população adulta do Brasil passou de 11,8% em 2006 para 21,5% em 2020, ou seja, praticamente dobrou.

Já a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz dados sobre o consumo alimentar de adolescentes e adultos no país, mas não contém informações sobre o estado de saúde dos pesquisados.

Segundo a edição mais recente da POF, feita entre 2017 e 2018, mais da metade (53,4%) das calorias consumidas pelos brasileiros vêm dos alimentos in natura (verduras, frutas, carnes, leite etc.) ou minimamente processados (grãos e farinhas, por exemplo), 15,6% de ingredientes culinários processados (como sal, açúcar e azeite), 11,3% de alimentos processados (queijos, pães artesanais, frutas e legumes em conserva) e 19,7% de alimentos ultraprocessados. Entre os adolescentes analisados na POF a proporção de ultraprocessados representa 27% do total de calorias diárias, enquanto entre adultos com 60 anos ou mais esse percentual é de 15,1%.


Comparações

Em outro estudo conduzido no Nupens e divulgado na revista Obesity Reviews, os pesquisadores compararam os dados sobre o padrão alimentar dos adolescentes da POF 2017-2018 com informações similares de outros sete países: Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, México, Estados Unidos e Reino Unido.

A participação dos ultraprocessados na dieta dos jovens variou bastante entre as nações – sendo menor na Colômbia (19% das calorias da dieta) e no Brasil (27%) e mais alta entre os britânicos (68%) e norte-americanos (66%). Apesar da discrepância no consumo, o impacto na qualidade da dieta foi muito parecido em todas as populações avaliadas, conta Neri à Agência FAPESP.

“Nesse estudo os jovens também foram divididos em grupos de acordo com o consumo de ultraprocessados. E observamos que, à medida que aumenta a participação desses produtos, há uma piora na qualidade da dieta, ou seja, cresce a densidade energética e os teores de açúcar. Por outro lado, ocorre redução de fibras. O efeito negativo é muito parecido em todos os países, independentemente da proporção de ultraprocessados, da região ou da cultura.”

Embora o arroz com feijão ainda seja a base da alimentação brasileira, ressalta a pesquisadora, um levantamento divulgado no ano passado pelo Ministério da Saúde revelou que o consumo de ultraprocessados é frequente no país até mesmo entre crianças com menos de 5 anos: mais de 80% dos indivíduos nessa faixa etária fazem uso regular.

“A ingestão desses produtos tira o espaço do alimento in natura ou minimamente processado em uma fase em que os hábitos alimentares estão sendo formados”, alerta Neri. “Essa exposição de crianças e adolescentes a esses alimentos obesogênicos representa uma verdadeira programação para problemas futuros de saúde. É realmente preocupante.”

Para a pesquisadora, controlar essa exposição é algo que está além da capacidade das famílias, uma vez que seria necessário remodelar todo o sistema alimentar atual.

“Além de conscientizar os consumidores, é preciso agir em várias frentes por meio de políticas públicas. Há diferentes estratégias possíveis, como restringir a publicidade, principalmente para crianças, e aumentar a tributação desses produtos, ao mesmo tempo em que se amplia o acesso aos alimentos in natura. Outra medida fundamental diz respeito aos rótulos, que devem trazer informações mais claras para guiar as escolhas alimentares dos consumidores”, avalia Neri.

Os estudos publicados pela equipe do Nupens receberam financiamento da FAPESP por meio de cinco projetos (15/14900-916/25853-418/17972-919/22278-7 e 16/14302-7).

O artigo Associations Between Ultra-processed Foods Consumption and Indicators of Adiposity in US Adolescents: Cross-Sectional Analysis of the 2011-2016 National Health and Nutrition Examination Survey pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2212267222000338.

E o artigo Ultraprocessed food consumption and dietary nutrient profiles associated with obesity: A multicountry study of children and adolescents está disponível em: onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/obr.13387.

 

 

Karina Toledo

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/risco-de-obesidade-e-45-maior-entre-adolescentes-cuja-dieta-e-baseada-em-ultraprocessados/38105/ 


Março: Mês Mundial de Conscientização da Gestação Após a Perda

 

Dra.  Mariana Rosário
Após perder um bebê, como proceder para que, na próxima gestação, um novo aborto não ocorra? E qual é o momento correto para uma nova tentativa de gestação? No mês de março, um alerta sobre o tema é feito em todo o mundo 

Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, explica que a investigação de problemas ocorridos na gestação anterior podem indicar alterações na saúde materna que pode causar a perda. Ao tratar a questão, evitam-se os abortos de repetição 

 

Apesar de a perda gestacional acometer muitas famílias, ocorrer por diferentes causas e em momentos distintos da gestação, o aborto deve ser investigado na primeira vez que acontecer. Essa é a opinião da Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Segundo ela, não é preciso - e nem oportuno - esperar que uma família sofra três ou mais vezes a mesma situação para que o problema comece a ser investigado.  "As causas podem variar de alterações genéticas, endocrinógicas e metabólicas a trombofilias e podem se repetir, então, é preciso que haja esse estudo da saúde da mulher", diz ela.

 É considerado um aborto a interrupção natural da gestação de até 22 semanas, com o feto pesando até 500 gramas. Muitas mulheres perdem o bebê antes mesmo de saber que estão grávidas – a chance de ocorrer um aborto nas primeiras semanas gestacionais é de 40%. Abortos de repetição, por sua vez, são perdas ocorridas por três ou mais vezes consecutivas. 

Março é considerado o Mês Mundial de Conscientização da Gestação Após a Perda. Essa campanha foi criada para que as famílias buscassem ajuda para não enfrentarem um segundo aborto. “É traumático perder um bebê e muitas famílias demoram um bom tempo para lidar com esse luto. Tanto é que o bebê que vem após a perda, de tão desejado, é chamado de bebê arco-íris, aquele que trará esperança e ressignificação à família após um período de tempestade”, comenta a médica. 

E como garantir que o bebê arco-íris realmente virá? Segundo a Dra. Mariana Rosario, existem alguns problemas que podem causar abortos e, quando uma mulher chega ao consultório e relata que eles existem em sua família, em seu histórico de saúde ou ela já passou por um aborto, é necessário que se investigue. “Se a paciente teve um quadro de trombofilia, é importantíssimo que se investigue e se adotem medidas preventivas para que ela não repita o processo. Se, na família, há casos e alterações genéticas, podemos investigar. Quando a mulher apresenta malformações uterinas, elas precisam ser tratadas antes que ela engravide. E, assim, vamos nos cercando de cuidados que viabilizem a gestação”, exemplifica Dra. Mariana. 

Para que se entenda melhor, algumas situações são propensas a causar abortos: 

Alterações genéticas – Existem situações em que o feto sofre alterações genéticas e o aborto ocorre. As mais comuns são duplicações, trissomias ou perdas de cromossomo inteiro ou parte dele nas células do feto. Essa situação é comum, também, em casos de fertilização, sendo necessária a realização de análise genética do embrião. Quando os pais têm alteração genética, podem existir situações chamadas de incompatíveis com a vida, então, ocorre o aborto. Apenas após o primeiro aborto é que é possível realizar testes genéticos nos pais para que se descubra alguma alteração.

 

Alterações endócrinas ou metabólicas – Problemas de saúde maternos podem impactar não apenas a mãe, mas o bebê. Diabetes, Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), insuficiência lútea, aumento considerável da prolactina e distúrbios da tireoide podem levar à perda fetal. Por isso, é preciso que, antes da concepção, a mulher seja tratada.

 

Problemas imunológicos – Toda gestante é imunologicamente suprimida, para que seu organismo não ataque o bebê, um corpo estranho. Porém, uma falha pode ocorrer e haver rejeição ao feto, acontecendo uma resposta imune protetora.

 

Malformações uterinas – Existe uma série de malformações uterinas que podem impedir a implantação do embrião ou seu correto desenvolvimento.

 

Trombofilias – Grande vilãs da saúde materna, as trombofilias são alterações na coagulação que levam à formação de trombos – coágulos que podem impedir o transporte de nutrientes e oxigênio pela placenta, interrompendo o desenvolvimento do feto. Quem tem histórico anterior ou casos na família precisa fazer exames específicos, como pesquisa de mutações no Fator V de Leiden, na Protrombina, e polimorfismo 4G/5G, além da pesquisa de anticorpos irregulares (SAAF) e deficiências em proteínas envolvidas com a coagulação (como as proteínas S e C).

 

Estilo de vida e hábitos pouco saudáveis – Tabagismo; uso de drogas; consumo de álcool; obesidade; sedentarismo, uso indiscriminado de medicamentos e tudo o que se traduz em maus hábitos pode contribuir para o aborto. Inclusive, o pai tem papel importante neste quesito: a qualidade do espermatozoide – que é prejudicado por esses fatores – está associada ao aborto de repetição.

“Por tudo isso, é imprescindível que sejam realizados exames para diagnóstico de possíveis alterações e um pré-natal adequado. O sonho de ter um bebê pode ser realizado sem traumas e também é preciso pensar na saúde da mulher, física e emocional, que precisa ser preservada”, finaliza Dra. Mariana Rosario.

 

 

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


SBC - Nota de Esclarecimento: Losartana


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o seu Departamento de Hipertensão Arterial (DHA) vêm, através dessa nota, manifestar o posicionamento frente às recentes notícias veiculadas nas mídias sociais referentes ao recolhimento dos lotes de medicamentos contendo a losartana ou a combinação fixa losartana e hidroclorotiazida da indústria farmacêutica Sanofi-Medley. O motivo desse recolhimento voluntário, segundo dados divulgados pela própria empresa, refere à possibilidade de impurezas nos referidos lotes. 

Cumpre ressaltar que, até o momento, não foram relatados problemas semelhantes em outros medicamentos pertencentes à classe de bloqueadores dos receptores de angiotensina em nosso país, ou mesmo de losartana em monoterapia ou combinação por outras indústrias farmacêuticas. 

Ressaltamos ainda que essa classe de fármacos apresenta evidências científicas robustas, produzidas ao longo de décadas, no tratamento de diversos fatores de risco e doenças cardiovasculares. 

Ainda, sobre metanálise recém publicada (Sipahi I. PLoS ONE 2022 17(3): e0263461. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0263461) que discute a eventual associação entre risco de câncer e uso cumulativo dos BRA, consideramos não ser esse o método ideal para essa avaliação, com inúmeros fatores de confusão podendo interferir nos resultados. 

A posição atual da SBC/DHA, sempre pautada nas evidências científicas e com base nas informações divulgadas até o momento, é de não haver fatos ou evidências que recomendem a modificação da estratégia terapêutica no que tange aos medicamentos pertencentes a essa classe farmacológica, mas ressalta que os lotes mencionados em comunicado da Sanofi-Medley devem ser substituídos e recolhidos conforme orientação da própria empresa. 

 

Sociedade Brasileira de Cardiologia e SBC/DHA (Departamento de Hipertensão Arterial da SBC)


31 de Março dia da Saúde e Nutrição: Dieta causa mau hálito?

O mau hálito não está ligado diretamente com a dieta mas sim com alguns alimentos em específico. Confira! 


Com a ‘’geração do sedentarismo’’ em alerta, algumas pessoas estão procurando levar uma vida mais saudável e criar hábitos rotineiros que melhorem suas qualidades de vida. A ‘’reeducação alimentar’’ ou até mesmo a famosa ‘’dieta’’ indicada por nutricionistas, são exemplos desses hábitos, mas o que  é comentado, é o mau hálito que gera em decorrência, mas que não está ligado na dieta e sim nas substâncias específicas de alguns alimentos. 

Nas dietas que o consumo de carboidratos é pequeno ou quase nulo, o corpo começa a utilizar como fonte de energia a gordura já armazenada e não a glicose, que é a quebra preferida do organismo. Segundo a atual Conselheira Consultiva da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, isso ocorre pois “o organismo entra no processo conhecido como cetose. Nele, o corpo converte a gordura em três tipos de cetose, incluindo a acetona, que confere à boca o mau hálito”. 

Mesmo com essa alteração no hálito, a especialista em halitose afirma: “A dieta com menos carboidratos além de beneficiar o corpo como um todo, apesar do meu hálito, também ajuda na saúde bucal, já que não se consome açúcares e evita cáries”. 

Para evitar o mau hálito nas dietas, a Dra. Cláudia Gobor recomenda:

  • Mascar chicletes sem açúcar para ajudar na salivação;
  • Manter uma boa higiene bucal (escovação, uso do fio dental e enxaguantes);
  • Adicionar ervas frescas à água e ao chá.

Mesmo com dificuldade, é importante sempre tentar manter um estilo de vida saudável. A Dra. ainda reforça que “para lidar com o mau hálito excessivo que aparentemente não tem causa, procure um dentista especialista em halitose para fazer o devido tratamento.” 

 

Dra. Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva

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