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quinta-feira, 10 de março de 2022

Incontinência urinária atinge mais de 70% das mulheres no mundo, mas elas não costumam buscar ajuda

Dia 14 de março é dia de alertar sobre os benefícios de tratamentos simples que devolvem a qualidade de vida para as pacientes

 

No próximo dia 14 de março se comemora o Dia da Incontinência urinária! A doença, que afeta principalmente as mulheres (duas vezes mais que os homens!), tem baixa gravidade mas pode comprometer a vida social até mesmo de jovens adultas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo. Cerca de 20% dos casos de incontinência são em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%. De acordo com a ginecologista Nathalie Raibolt, o número de casos pode ser ainda maior, uma vez que muitas mulheres com perda urinária não buscam tratamento para o problema, por achar que é um problema comum do envelhecimento e que, por isso, devem aprender a conviver com ele. A médica alerta, no entanto, que existem tratamentos simples e eficazes que podem melhorar muito a qualidade de vida da paciente.


“É uma doença totalmente tratável, mas poucas mulheres procuram por tratamento, na maioria das vezes por vergonha ou por achar que faz parte do envelhecimento, mas existem muitos casos em jovens, principalmente mulheres atletas. Muitas pacientes não percebem que tem essa perda involuntária da urina. Também é muito comum a mulher relatar uma leve perda urinária no consultório, mas dizer que não se importa. Acontece que muitas vezes, a falta de tratamento leva a uma piora que acaba comprometendo a vida social. Uma roupa molhada, um odor de urina, tudo isso causa constrangimento e, portanto, a doença não deve ser negligenciada”, ressalta a ginecologista.


Fisioterapia e medicações, são alguns dos tratamentos pouco invasivos que costumam ter bons resultados. “A mulher acaba deixando de dançar, de brincar com o filho, de praticar um esporte que gosta. Por isso, o problema não deve ser ignorado. Mesmo nos casos em que a cirurgia é indicada, o procedimento é relativamente simples e de baixo risco”, explica Nathalie Raibolt.

 

A doença se caracteriza pela perda involuntária de urina e conta com três tipos: a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto); a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro e a mista (caso de idosos e diabéticos, ou pessoas com lesões na coluna/medulares), que associa os dois tipos anteriores. 

 

Dentre as causas mais comuns estão alterações hormonais, enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, seja pelo envelhecimento, por uma (ou mais) gestação, tabagismo, lesões ou mesmo pela prática de exercícios físicos de alto impacto ou de forma inadequada. “No caso da bexiga hiperativa, o tratamento é feito com medicação. Quando o problema é relacionado à fraqueza muscular, a fisioterapia pélvica pode resolver o caso ou pode ser necessária a cirurgia de correção”, relata a médica. “O importante é que a mulher busque tratamento e converse com o médico”.


SEMANA MUNDIAL DO GLAUCOMA

 Oftalmologistas de 90 países lançam guia para ajudar o paciente a cuidar do seu glaucoma durante a pandemia

 

De acordo com a Associação Mundial de Glaucoma (em inglês, World Glaucoma Association - WGA), o glaucoma é a principal causa de cegueira evitável em todo o mundo. A pandemia de COVID-19 tem afetado o tratamento de pacientes com glaucoma, dificultado o diagnóstico precoce e interrompido o acesso a consultas, exames e procedimentos. 

Oftalmologistas de todo o mundo estão preocupados com o impacto da pandemia de COVID-19 no desenvolvimento da perda irreversível da visão devido ao glaucoma. Médicos de vários países se conscientizaram das dificuldades que seus pacientes tiveram para retornar para exames oculares e check-ups, pois os recursos médicos foram alocados principalmente para o atendimento ao coronavírus e os check-ups adiados dos pacientes devido a preocupações com a exposição ao COVID-19 em clínicas ou hospitais.

Os resultados sobre o impacto da pandemia na prevenção e tratamento do glaucoma deram o tom para a Semana Mundial do Glaucoma (em inglês, World Glaucoma Week - WGW) deste ano, que acontece mundialmente entre 6 e 12 de março. A iniciativa deste ano destaca a capacitação dos pacientes para esclarecer dúvidas e preocupações sobre o glaucoma, orientando sobre situações mais graves e ajudando a minimizar a perda de visão por conta desta doença durante a pandemia.


ACESSE AQUI O GUIA COMPLETO DO PACIENTE

“A pandemia do COVID-19 impactou o tratamento do glaucoma para os pacientes, causando atrasos nas consultas, exames e procedimentos oftalmológicos que colocam os pacientes com glaucoma em risco de perda de visão. Atrasos no tratamento do glaucoma devido à pandemia, juntamente com um acúmulo de exames e procedimentos relacionados ao glaucoma, estão sobrecarregando nossos sistemas de saúde”, destaca o documento de posição da World Glaucoma Association (WGA). 

Além disso, o documento fornece orientações para o público, incluindo pacientes não diagnosticados e diagnosticados. Todas as recomendações estão ancoradas na premissa de que o diagnóstico e a progressão do glaucoma não aguardarão o fim da pandemia de COVID-19, portanto, os pacientes devem manter seus exames oftalmológicos regulares e os exames de rotina não devem ser adiados. O consenso dos especialistas enfatizou a importância do tratamento antes que haja perda perceptível da visão, pois este é um sintoma tardio e irreversível do glaucoma avançado. 

De acordo com a WGA, se um paciente notar perda de visão, dor ocular ou secreção ocular, especialmente se previamente operado de glaucoma, deve procurar um oftalmologista o mais rápido possível. Na tentativa de evitar a exposição ao COVID-19, a recomendação é escolher uma clínica oftalmológica que siga todas as medidas preventivas para a COVlD-19 e se ajuste adequadamente à atual situação de pandemia em sua região, observando as normas estabelecidas pelos órgãos de saúde locais. 

Se um paciente com glaucoma contraiu COVID-19, ele deve informar seu médico de cuidados primários, que tratará essa condição de acordo com as recomendações atuais. A WGA observa que os corticosteroides sistêmicos usados para tratar casos de coronavírus podem causar aumento da pressão ocular em alguns pacientes, mas geralmente leva um período de uso (algumas semanas) para que isso ocorra. Se for necessário o uso a longo prazo, recomenda-se um acompanhamento com seu oftalmologista. 

O Guia do Paciente da WGA destaca a importância de avaliar os riscos e benefícios de participar de uma consulta presencial. As medições da pressão ocular e outros exames importantes só são possíveis durante os check-ups presenciais. No entanto, caso o paciente não possa ir às clínicas/hospitais, a recomendação é agendar uma consulta virtual para garantir uma orientação médica personalizada. 

Exames de rotina regulares são uma parte essencial do manejo do glaucoma. Se houver preocupações com o tempo envolvido na realização de exames e aumento da exposição ao coronavírus, a WGA recomenda que o paciente procure seu oftalmologista para discutir alternativas. Exames de imagem mais rápidos estão disponíveis, como fotografias de fundo de olho e tomografia ocular. 

O adiamento de cirurgia de glaucoma recomendada deve ser evitado. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é necessária para preservar a visão, principalmente quando o tratamento com laser e colírios são insuficientes para controlar a doença. Como os danos do glaucoma não podem ser recuperados, converse com seu oftalmologista sobre o momento mais apropriado para sua cirurgia de glaucoma. 

Glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível evitável em todo o mundo. Estimativas sugerem que aproximadamente 80 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença. Entre as pessoas com mais de 40 anos, aproximadamente 2-10% terão glaucoma, dependendo de sua origem étnica. Há risco aumentado com a idade. O diagnóstico e o tratamento imediatos do glaucoma podem prevenir a perda de visão desnecessária; no entanto, mais da metade das pessoas com glaucoma não sabem que têm a doença. Muitos também lutam para acessar os cuidados necessários. Parentes de primeiro grau de pessoas com a doença têm até 10 vezes mais chance de também desenvolver essa condição. Idosos, descendentes de africanos e mulheres possuem maior risco para o glaucoma. 

A Associação Mundial de Glaucoma (WGA) engloba uma rede de 91 Sociedades de Glaucoma e 13 membros da Indústria. O objetivo principal da WGA é eliminar a deficiência relacionada ao glaucoma em todo o mundo. Os membros estão ativamente envolvidos na pesquisa sobre o glaucoma, no consenso de diagnóstico/tratamento e em estratégias educacionais para profissionais de oftalmologia e a população em geral.


Por que pais novatos tem mais chances de desenvolver problemas na coluna?

Neurocirurgião revela que mudanças de hábitos podem acarretar o problema


 Especialista dá dicas de prevenção

 

A chegada de um filho é sempre um momento muito especial e, naturalmente, vem acompanhado de novas sensações e mudanças significativas na rotina de toda a família. Essas transformações começam a surgir já no período da gestação, em que os desafios estão relacionados à saúde da mulher e do bebê.

 

Normalmente, os primeiros anos de vida de um filho exigem mais atenção. É comum que os pais estejam na maior parte do tempo com a criança no colo, prática que pode ocasionar ou até acentuar eventuais problemas de coluna. Nesse período, as dores aparecem devido à sobrecarga na região lombar e cervical, podendo desencadear doenças como a lombalgia e a cervicalgia – com o risco de se agravar à medida que o bebê cresce e fica mais pesado.

 

“É muito comum eu receber pais e mães com problema de coluna. Precisa de um foco grande na prevenção desse problema. De repente, os pais param de dormir, de se alimentar direito, abandonam as atividades físicas e ficam cansados por carregar o bebê no colo por muito tempo, inclusive de madrugada”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

 

Nesses casos o tratamento pode variar desde a prevenção até indicação de cirurgia, em situações mais graves. Segundo Dr. Marcelo Amato, a principal prevenção é conseguir ajuda, especialmente mães e pais solteiros, já que os cuidados com um bebê ou uma criança pequena são intensos, e é muito difícil realizar sozinho sem que a saúde física e mental do pai ou mãe não sofra graves consequências.

 

“Também é importante que os pais mantenham, dentro das possibilidades, hábitos de vida saudáveis, como sono, nutrição e atividades físicas habituais. Além disso, atentar para a postura ao carregar o filho no colo, ao dar banho, ao amamentar, ao retirar a criança do berço e assim por diante… como são movimentos que não eram realizados antes, precisa-se de aprendizado para não os realizar de forma incorreta que machuque a coluna”, explica o especialista.

 

Hérnias de discos são comuns nesses grupos, e, de fato, em alguns casos, pode ser necessário tratamento cirúrgico, especialmente quando há comprometimento neurológico como perda de força ou de sensibilidade em um membro. “Felizmente, a endoscopia de coluna revolucionou o tratamento cirúrgico e é capaz de devolver a qualidade de vida ao paciente de forma rápida, com máxima preservação das estruturas sadias da coluna”, finaliza Dr. Amato.

 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.


 www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato

 

Dificuldade de enxergar é 50% maior na mulher


Levantamento mostra que a COVID-19 diminui o acompanhamento oftalmológico no Brasil. Mulheres se cuidam mais. Entenda.

 

Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acende o sinal de alerta para a saúde ocular da população feminina. Isso porque, aponta que a grande dificuldade de enxergar e a perda da visão é 50% maior entre elas. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, a pesquisa confirma um levantamento que realizou no hospital há alguns anos. Para ele, a maior dificuldade de enxergar da mulher é um efeito cascata das constantes oscilações hormonais que aumentam a produção de radicais livres nos olhos, e de doenças sistêmicas, como a diabetes e hipertensão, mais prevalentes entre elas.

 

Erros de refração mais frequentes na mulher

A boa notícia é que a mulher valoriza mais a saúde ocular. Levantamento do oftalmologista em 2,1 mil prontuários do hospital, revela que desde o início da pandemia o acompanhamento oftalmológico foi 30% mais regular entre as 1,2 mil mulheres do grupo, do que entre os 800 homens. A má notícia, é que a COVID-19 aumentou a irregularidade do acompanhamento oftalmológicos de 65% para 75% entre os que têm alguma dificuldade para enxergar.

Para Queiroz Neto, o maior cuidado da mulher com a visão está associado ao perfil psicológico da população feminina e à sinalização de alterações como a miopia, dificuldade de enxergar à distância, que é 20% maior entre elas, por passarem mais tempo trabalhando no computador ou realizando atividades próximas .

 “O maior contato dos olhos com a evaporação de produtos de limpeza, cosméticos e maquiagem na região dos olhos também estimula processos alérgicos entre elas” salienta. Isso faz com que tenham 15% mais astigmatismo.  “De tanto esfregar ou coçar os olhos, a córnea, lente externa do olho, fica irregular e forma múltiplos focos sobre a retina, deixando a visão desfocada para perto e longe”, explica.

 

Correção

O oftalmologista afirma que a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia, dificuldade de enxergar próximo, podem ser corrigidos com óculos ou lente de contato. Muitas não se adaptam bem às lentes de contato e gostariam de dizer adeus aos óculos. Uma em cada 2 passam a maior parte do tempo sem os óculos de grau por vaidade. Por isso, elas respondem por 2/3 das cirurgias refrativas, inclusive durante a pandemia que registrou uma queda de 7,5% nos procedimentos. Para Queiroz Neto o número das cirurgias só não é maior no Brasil porque parte da população tem medo de operar. É claro, pondera, que todo procedimento tem risco e com a refrativa não é diferente. O maior perigo da operação é contaminar a córnea. O especialista destaca que a contaminação ocorre em 0,24% das refrativas realizadas no mundo. Uma meta-análise feita nos EUA mostra que o uso de lente de contato por um ano contamina 3 vezes mais e em 5 anos a contaminação é 7 vezes maior.

 

A cirurgia

Queiroz Neto ressalta que a refrativa para corrigir miopia, hipermetropia e astigmatismo é um dos procedimentos que mais agregou tecnologia nos últimos anos. Existem 4 técnicas distintas e todas são boas. A mais adequada depende do estilo de vida, espessura da córnea, intensidade do erro de refração e expectativa de cada paciente. São elas:

Implante de lente para correção de altos erros de refração – É reversível e consiste no implante de uma lente entre a íris e o cristalino sem a retirada do cristalino.  Possibilita a correção de até 20 de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo.

Smile - De precisão nanométrica é a cirurgia inteiramente a laser, do corte à modelagem da córnea, afirma. Por isso, permite recuperação mais rápida, melhor cicatrização e mais conforto pós-operatório. O cirurgião explica que o  laser é aplicado ponto a ponto e retira  menos 20% do tecido. Por isso, a cirurgia pode ser feita em córneas mais finas. 

Lasik - Queiroz Neto esclarece que é feito um corte manual na camada externa da córnea, para corrigir a refração através da aplicação do laser na camada intermediária e finalizar com a recolocação da lamela recortada no mesmo lugar.

PRK - É um procedimento mais traumático em que o laser elimina as células do epitélio, camada externa da córnea para modelar seu formato com pulsos de luz. O PRK tem recuperação mais lenta, mas como todas as outras técnicas, é indolor. Isso porque, independente da técnica toda cirurgia é feita com colírio anestésico.

 

Olho seco

Queiroz Neto afirma que ficar com o olho seco logo após a cirurgia é normal. Isso acontece porque o laser altera a distribuição da lágrima na superfície do olho. Para evitar o desconforto todo paciente já sai da cirurgia com um frasco de colírio lubrificante, explica.  Entre 1 a 3 meses os olhos estão completamente recuperados, independente da técnica. Não quer dizer que nunca mais fiquem ressecados, mas se isso acontecer é necessário fazer uma avaliação completa da lubrificação dos olhos. “Hoje o diagnóstico e tratamento são automatizados e permitem ao paciente visualizar a melhora do filme lacrimal e aderir ao tratamento”, diz. Quem está cansado de usar colírio pode voltar a sentir conforto nos olhos com apenas três sessões de luz pulsada.

Se você pensa em se livrar dos óculos precisa ter mais de 21 anos e estar com o grau estabilizado há um ano. Gestação que faz a refração ficar instável, olho seco, glaucoma, córnea fina e alterações na retina são contraindicações. Por isso, precisa passar por uma bateria completa de exames e torcer para poder fazer a cirurgia, conclui.


Março Amarelo acende alerta para a endometriose

No mês dedicado às mulheres os indicadores da doença chamam atenção: cerca de 8 milhões de brasileiras convivem com este diagnóstico, segundo o Ministério da Saúde


 

Na internet e nas redes sociais uma rápida busca pela palavra “endometriose” encaminha o leitor a centenas de páginas e grupos de apoio às mulheres que convivem com a doença, como a jornalista Cecília Mantovan, que em 2022 completa sete anos de diagnóstico. 


Ceci, como é chamada pelo mais íntimos, relembra a jornada de idas e vindas por clínicas e laboratórios até detectar o motivo de tanta dor. “Tinha 34 anos quando minha ginecologista me pediu uma bateria de exames médicos para entender a causa do meu sofrimento e fui diagnosticada com endometriose e adenomiose. Até então, eu tinha apenas ouvido falar dessas doenças, mas não conhecia causas e consequências”, explica. 


Hoje, com 41 anos, a jornalista, explica que para se livrar dos momentos de tormento, precisou interromper o ciclo menstrual e adotar um novo estilo de vida. “Quando recebi o diagnóstico, comecei a fazer suplementação hormonal, para bloquear a menstruação, mas a minha vida só melhorou quando em 2019 iniciei o tratamento com uma equipe multidisciplinar e mudei totalmente minha rotina. Meus hábitos alimentares ficaram mais saudáveis e comecei a me dedicar à atividade física. Não posso dizer que os dias de sofrimento acabaram, mas melhoraram significativamente”. 

O caso de Ceci se confunde com o das mais de 8 milhões de pacientes que, segundo dados do Ministério da Saúde, enfrentam a endometriose. A preocupação com a alta incidência de diagnósticos provocou uma data para destacar o tema: 13 de março, Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose. 

Doença crônica que afeta mulheres em idade reprodutiva, ela geralmente é diagnosticada em mulheres com idade entre 25 e 35 anos. “É uma doença que impacta diretamente as funcionalidades do aparelho reprodutor feminino, caracterizada pela presença de tecido endometrial (tecido que reveste internamente o útero) fora do útero da paciente e pode variar em diversos níveis de gravidade”, explica o médico ginecologista e obstetra Wanderley Prestes, do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica. 


O especialista alerta que a evolução da medicina permite listar diversos níveis da doença, como a endometriose no ovário, a endometriose superficial da doença, e até mesmo a endometriose profunda, que afeta outros órgãos como o intestino. “Esse universo de possibilidades é o que nos leva à necessidade de uma bateria de exames para que tenhamos o diagnóstico preciso e correto, para assim indicar o tratamento mais adequado, de forma planejada e individualizada”. 


Mesmo ainda sem cura definitiva, o médico explica que há diversos tratamentos que podem contribuir para melhorar a jornada das pacientes. “Por isso, campanhas como esta são cada vez mais pertinentes e urgentes. A doença não tem cura, mas tem tratamento e a partir de iniciativas assim, que lançam luz aos cuidados preventivos, podemos alertar a população sobre a endometriose. O resultado disso é o impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida das pacientes”, esclarece. 


Diagnóstico precoce e preciso: aliados do tratamento correto 


Sem causas estabelecidas, a doença é associada a fatores genéticos, questões hormonais, problemas com fluxo do período menstrual e até problemas no sistema imunológico. O médico explica ainda que há casos em que uma paciente com quadro mais avançado apresenta sintomas leves ou até mesmo nenhum sintoma, o que pode prejudicar a busca pelo tratamento. “Isso é muito grave. Um diagnóstico tardio pode comprometer seriamente a saúde da paciente e o quadro pode ser irreversível.” 


“Quando se trata de saúde, informação nunca é demais. Neste mês dedicado às mulheres, nada mais importante do que mostrar como a rotina de cuidados e prevenção com a saúde íntima é preciosa, para que elas entendam a complexidade desta doença e como podem ter acesso ao diagnóstico seguro, rápido e preciso.” Os sintomas vão desde uma cólica mais intensa, dor para evacuar ou urinar, dor crônica na região pélvica, dor durante a relação sexual e dificuldade para engravidar. 


O avanço da medicina permite cada vez mais diagnósticos seguros da doença. “A tecnologia, sem dúvida, é uma grande aliada nesta jornada. Hoje, temos ferramentas e equipamentos inovadores, de alta performance e resolução, que nos fornecem laudos a partir de exames como a ressonância magnética da pelve e a laparoscopia diagnóstica. A doença também pode ser identificada a partir de um exame de ultrassonografia transvaginal e exame de sangue. O médico pode solicitar, por exemplo, um CA 125 (marcador que está presente no sangue e é indicado na dosagem), que ajuda a avaliar a exposição da paciente ao risco de desenvolver câncer, algum tipo de tumor ou cisto no ovário e endometriose, por exemplo." 


“O mais importante é proporcionar procedimentos minimamente invasivos e entregar laudos precisos e corretos para tratar cada caso de acordo com o estágio da doença e outros fatores, como a idade da paciente e o nível dos sintomas”, conclui o especialista.



 

Grupo Sabin

Alameda Rio Negro 967 (3º andar – sala 303)

Rua Presidente Castelo Branco, nº 66 (Centro – Osasco).

Telefone: (11) 4195 – 1679.

 

Descontrole do diabetes é uma das causas mais frequentes da doença renal crônica

Acúmulo de açúcar no sangue pode comprometer órgãos como os rins e acarretar diferentes doenças   


Conhecidos por serem os filtros do nosso corpo, os rins são vitais e possuem uma data especial para lembrarmos de cuidar deles e garantirmos seu funcionamento pleno: o Dia Mundial do Rim. Celebrado em 10 de março, a data alerta, principalmente, para o combate à doença renal crônica (DRC) e seus fatores de risco, como hipertensão, obesidade e diabetes.

“O alto nível de açúcar no organismo faz com que os rins filtrem mais sangue que o habitual, gerando uma sobrecarga que acarreta, entre outros, a eliminação incorreta de proteínas por meio da urina”, explica o Dr. João Eduardo Salles, professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
  

E não é à toa que a combinação dessas doenças (Diabetes e Doença Renal) preocupa os especialistas. Segundo a última edição do Atlas da Federação Internacional Diabetes, publicado em dezembro de 2021, há mais de meio bilhão de pessoas com o diagnóstico de Diabetes em todo o mundo e 44% desses pacientes desenvolvem a doença renal crônica. Por isso a importância de os pacientes com Diabetes cuidarem não só dos níveis de glicose do sangue, mas pensarem também na saúde dos rins.

Considerada uma epidemia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, estima-se que a DRC atinja um em cada dez adultos no mundo e aproximadamente 10 milhões de pessoas no Brasil. A enfermidade caracteriza--se pela lesão irreversível nos rins, que tem como estágio final a falência renal, quando esses órgãos perdem a capacidade de efetuar funções básicas como regular a água do organismo e eliminar toxinas. 

Mas essa e outras complicações podem (e devem!) ser evitadas por meio da adoção de um estilo de vida saudável o quanto antes, além da prática de exercícios físicos regularmente, controle adequado da pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue. 

De acordo com um estudo feito pela Universidade de Michigan, publicado pelo The Lancet em maio de 2021, apenas um em cada 10 pacientes com Diagnóstico e que vivem em países de baixa e média renda estava recebendo tratamento adequado para o diabetes. “O tratamento inadequado do Diabetes é um dos maiores vilões no combate às complicações relacionadas à doença, como a DRC. No Brasil, país com um sistema público de saúde, é essencial que diferentes tipos de tratamentos estejam disponíveis para a população em prol de um combate efetivo à doença”, aponta o Dr. Salles. 

Além do controle dos índices glicêmicos por meio da boa alimentação e do uso correto das medicações, o especialista explica que a realização do teste de albumina na urina e de creatinina no sangue devem ser inseridos no check-up anual dos pacientes com diabetes, a fim de promover o diagnóstico precoce da DRC. “Trata-se de uma condição silenciosa, sem sintomas físicos ou sinais claros de alerta, por isso é importante ficar de olho nestas taxas que ajudam a identificar a performance renal”, conta.

 

 AstraZeneca

www. astrazenecacom .br

Instagram @astrazenecabr.

 

Referências: 
Atlas IDF 10ª ed. 2021 

SBPC - Brasil tem 10 milhões de pessoas com disfunção renal: http:// www. sbpcorgb r/noticias-e-comunicacao/brasil-tem-10-milhoes-de-pessoas-com-disfuncao-renal/ 

Fundação Pró-Renal Brasil -- Diabetes, um mal SILENCIOSO!:https:// www. pro-renalorgbr/2020/11/14/diabetes-um-mal-silencioso/ 

Sociedade Brasileira de Nefrologia - Doença Renal Crônica: diagnóstico e prevenção:https:// www. sbnorgbr/noticias/single/news/doenca-renal-cronica-diagnostico-e-prevencao/ 

Sociedade Brasileira de Nefrologia - Dia Mundial do Rim 2022: https :// www sbnorgb r/dia-mundial-do-rim/dia-mundial-do-rim-2022/ 

Senado JusBrasil -- Doença Renal Crônica é epidêmica, diz Sociedade Brasileira de Nefrologia: http s:// senadojusbrasilcombr /noticias/820456222/doenca-renal-cronica-e-epidemica-diz-sociedade-brasileira-de-nefrologia 

Sociedade Brasileira de Pediatria - Dia Mundial do Rim: SBP e SBN publicam documento sobre doença renal crônica: https: //w ww. sbp com .br /imprensa/detalhe/nid/dia-mundial-do-rim-sbd-e-srn-publicam-documento-sobre-doenca-renal-cronica/ 

The Lancet: http s:/ / www. thelanc et. com/j ournals/lanhl/article/PIIS2666-7568(21)00089-1/fulltext 

Faz Bem -- Campanhas: https :// www. programafaz bem combr / campanhas 

Instagram Faz Bem - Doenças Renais Crônicas e Covid 19: https://www.i nstagram. com/p/CQi2rVFBGdx/?utm_source=ig_web_copy_link 

Clínica de doenças renais de Brasília - Qual a relação entre diabetes e doença renal crônica?:https ://cdrb.c om .br/conteudo-saude-dos-rins/relacao-entre-diabetes-e-doenca-renal-cronica/  

Unifesp - Reflexões sobre a história da Nefrologia e um alerta sobre a Doença Renal Crônica: https ://s p.unifesp.br/epe/dasse/noticias/11-03-dia-mundial-do-rim-reflexoes-sobre-a-historia-da-nefrologia-e-um-alerta-sobre-a-doenca-renal-cronica 

Biblioteca Virtual em Saúde: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Insuficiência renal crônica: https:// bvsms .saude .gov .br/insuficiencia-renal-cronica/  


Obesidade: processo de emagrecimento depende de várias etapas

Bariátrica só deve ser indicada após dois anos de tentativas clínicas

 

Paciente deve estar com peso estabilizado até dois anos após bariátrica para fazer cirurgia plástica reparadora


Dados recentes da pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes do Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos e Políticas de Saúde (IEPS), apontam que entre 2019 e 2020 foi registrado um aumento no consumo de álcool de 18,8% para 20,9%. Houve também um crescimento, no mesmo período, de pessoas que não praticavam atividade física, que passou de 13,9% para 14,9%. Com isso, a obesidade, uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, registrou alta de 20,3% para 21,5%. 

 

O processo de emagrecimento envolve vários fatores que estão, em geral, todos associados à Medicina do Estilo de Vida. Então, um bom manejo da alimentação, com mudanças reais de hábitos alimentares, o combate ao sedentarismo, ou seja, iniciar uma atividade física de forma regular, manejo do estresse, melhora da qualidade do sono, evitar tabaco e álcool e relacionamentos saudáveis também podem interferir para a perda de peso.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a obesidade, por ser uma doença crônica e de difícil controle, tem uma série de repercussões negativas para a saúde do indivíduo, inclusive com a diminuição da expectativa de vida. “Usar medicamentos é uma forma adequada de tratar a obesidade, os medicamentos ajudam o paciente na melhora do estilo de vida. A pessoa que usa medicação, orientada por um especialista, não deve ser vista como um fracassado ou com falta de força de vontade”, comenta a médica.

 

Cirurgia bariátrica – Está indicada para os casos de obesidade grau 2, aquela com Índice de Massa Corpórea (IMC) >35 e <40, quando associada a comorbidades relacionadas à obesidade, inclusive psíquicas como é o caso da depressão, mas também diabetes, apneia do sono, osteoartrose, hipertensão, ou na obesidade grau 3, quando o IMC é = ou > que 40, mesmo que sem comorbidades, o que é raro. “Lembrando que, em geral, a cirurgia bariátrica deve ser indicada após dois anos de tratamento clínico sem sucesso”, explica Dra. Lorena.

 

Cirurgia reparadora - Após uma grande perda de peso, o que acontece depois da cirurgia bariátrica, a flacidez de pele é algo quase inevitável. Nesses casos, a cirurgia plástica pode ser indicada para reconstruir o dano causado pelo excesso de pele, trazendo dignidade para o paciente ex-obeso.

 

O Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que o excesso de tecido que fica após o emagrecimento de uma pessoa que tinha obesidade, por exemplo, pode causar outras doenças, entre elas dermatite e infecção de repetição, principalmente, no abdômen. “o excesso de pele pode estar relacionado a piora da autoestima e qualidade de vida”, salienta o especialista.

 

A cirurgia plástica reparadora, por não ser considerada uma questão estética, mas também de prevenção para outras doenças, pode ter cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde, principalmente, para dermolipectomia abdominal em pacientes com abdômen em avental. As demais cirurgias, mesmo que em caráter reparador, podem ser difíceis de conseguir, e, muitas vezes, acabam sendo judicializadas. São procedimentos que ainda precisam de uma atenção maior dos órgãos regulatórios para ajudar esses pacientes

 

“Existem vários tipos de cirurgias que estão indicadas para a retirada de excesso de pele, entre eles a abdominoplastia, cruroplastia, braquioplastia, mamoplastia, lipoaspiração, lifting facial, torsoplastia e gluteoplastia”, conta o médico, que ainda faz o alerta: “A indicação é individualizada, ou seja, depende da análise do especialista e das condições de saúde do paciente”.

 

Após a realização da cirurgia bariátrica é preciso que o paciente fique com o peso estabilizado de seis meses a dois anos para, só então, fazer o procedimento de retirada do excesso de pele. O tratamento da obesidade é feito por uma equipe multidisciplinar e reúne psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, endocrinologista, psiquiatra, gastrocirurgião e cirurgião plástico.

 

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

 

Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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10 milhões de pessoas sofrem com insuficiência renal crônica no Brasil

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Embora irreversível, a doença pode ser tratada com diversas terapias para controle das manifestações e de outras patologias associadas. Especialistas afirmam que o problema também pode ser evitado, a começar por mudanças simples de hábitos


A insuficiência renal crônica é a doença que atesta a incapacidade progressiva e irreversível do funcionamento dos rins, provocada por comorbidades, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, hepatites, lúpus e outras patologias próprias dos órgãos. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia mostram que 10 milhões de brasileiros sofrem com a lesão renal, sendo os homens os mais acometidos.

Em boa parte dos casos, os pacientes são assintomáticos -- fator que dificulta o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento. “A pessoa pode passar a notar os primeiros sintomas quando a doença já estiver num estágio avançado, no momento em que os rins estiverem bastante comprometidos. Por isso é importante ter atenção às alterações do corpo, como náuseas ou vômitos constantes, falta de apetite e até o emagrecimento involuntário”, alerta a nefrologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Sandra Laranja.

Embora seja uma doença grave, a disfunção renal crônica conta com diversas terapias para controle do problema, que consiste no que os especialistas chamam de tratamento conservador -- acompanhamento médico para monitorar a evolução dessa e de outras patologias associadas, a fim de postergar a necessidade de procedimentos mais complexos -- além de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante dos rins.

Para a médica, a identificação tardia da insuficiência renal crônica evidencia a importância de preveni-la, já que o rim é responsável, entre outras funções, por depurar as impurezas e toxinas do corpo, evitando inchaços e outras doenças. O órgão é capaz ainda de produzir hormônios naturais e vitaminas essenciais para o funcionamento do organismo, além de regular minerais importantes para a saúde óssea.

A especialista afirma que a maneira correta de evitar a doença é tratar corretamente as enfermidades preexistentes, realizar periodicamente exames de sangue, creatinina e urina, fazer exercícios físicos e, principalmente, manter hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, o controle de peso e do consumo de álcool, cigarro e outros.



Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo – Iamspe


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