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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Por que o plástico não precisa ser o vilão do meio ambiente?

O plástico tem sido tema central de amplos debates públicos, especialmente em relação a seus riscos ambientais. Em São Paulo, desde 1º de janeiro, nenhum estabelecimento comercial pode fornecer copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos descartáveis. 

De acordo com a nova lei, esses produtos agora devem ser substituídos por outros elaborados com materiais biodegradáveis, compostáveis ou reutilizáveis. No entanto, esta alternativa, além de não resolver o problema ambiental, ainda vai gerar um novo tipo de lixo na natureza, problema com o qual o poder público não poderá lidar da maneira correta. Sendo assim, a emenda pode ser inúmeras vezes pior do que o soneto.

Produtos com embalagens que afirmam ser "biodegradáveis" ou "compostáveis" na grande maioria das vezes se degradam apenas em condições especiais e isso pode complicar os esforços de reciclagem. Portanto, aquele copo de café que possui logotipo indicando ser biodegradável não vai se decompor entre os compostos orgânicos que as pessoas têm em casa, mas, para se degradar adequadamente, precisará ser enviado para instalações de compostagem industriais.

O processo de compostagem industrial envolve alto calor e umidade precisamente controladas, entre outras condições, e não está disponível na maior parte do país. Já se este lixo for parar em um aterro, ficará lá por muito tempo, porque é improvável que seja exposto a condições que ajudariam a se decompor. Além disso, a produção desses itens consome mais recursos, cria mais resíduos e resulta em mais poluição do que a produção de itens plásticos descartáveis.

Obviamente, entendemos ser fácil apontar o plástico como o grande vilão que precisa ser proibido, afinal ninguém no mundo fica feliz com imagens de mares e rios repletos de embalagens e com animais morrendo por conta do produto. No entanto, banir os plásticos de consumo não soluciona os problemas, mas apenas desvia a atenção de soluções reais e, em vez disso, prejudica os consumidores e o meio ambiente.

Para resolver a questão ambiental do plástico, é preciso melhorar a qualidade das práticas de gestão de resíduos, produzir materiais que tenham o menor impacto ambiental possível, investir em coleta adequada e incentivar a reciclagem disponibilizando locais especializados acessíveis para que a população possa fazer o descarte do material que utiliza em seu dia a dia. A grande variedade de formas em que pode ser reciclado também precisa ser vista como um benefício do material. Isso não só é mais ecológico, mas também torna o plástico um material muito flexível para as necessidades do mundo moderno.

Outro ponto importante: com a trágica chegada da pandemia, os argumentos e o debate sobre o uso do material também ganharam outra direção: a saúde e a vida. A pandemia transformou a produção e uso do plástico em um material essencial de sobrevivência. Nos hospitais e laboratórios, ambientes essenciais na luta pela vida, o plástico está sendo utilizado em grande escala para produção de máscaras, luvas, seringas, tubos de ensaio, cateteres e outros produtos.

Além disso, aditivos que inativam o Sars-Cov-2 inseridos a produtos plásticos permitiram que diversos objetos e superfícies com as quais as pessoas têm contato diário em lugares públicos e em suas casas oferecessem uma barreira extra de segurança contra a doença. Este é o caso do Alpfilm Protect que já contava com propriedades antifúngicas e bactericidas graças à presença de micropartículas de prata e que, com a pandemia, passou por uma série de estudos para adequações em sua composição com o objetivo de assegurar sua eficácia antiviral, em especial contra o novo coronavírus.

Já no espaço doméstico, o plástico foi o material que mais entrou nas casas. Itens básicos de sobrevivência, como água e alimentos, tiveram alta de estoque: muitas vezes embalados em materiais plásticos. Também podemos encontrar o material em máscaras n95. Além disso, com o plástico é possível vedar produtos e alimentos, o que evita a degradação rápida da comida, além da contaminação por doenças, garantindo a segurança alimentar e também evitando o desperdício de alimentos, especialmente em um momento com tanta instabilidade econômica e desemprego.

Não há dúvida de que a crise dos plásticos é um problema sério e que precisamos encorajar uma mudança de atitude em relação à mentalidade de uso único da sociedade com pessoas favorecendo o consumo inteligente e o pensamento sobre o ciclo de vida, além de realizar seu descarte apropriado. Mas devemos ter em mente os benefícios ambientais e econômicos que os plásticos oferecem e usar a inovação para aderir à melhor solução.

 


Alessandra Zambaldi - diretora de Comércio Exterior na Alpes. Graduada em Engenheira Química pela Escola de Engenharia Mauá e pós graduada em Negócios Internacionais e Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui carreira desenvolvida na indústria de plásticos, com forte atuação em projetos de exportação, com vendas de plásticos para embalagens para o mercado externo.


Incerteza econômica na Alemanha continua em 2021

Economista da Euler Hermes mantém previsão de crescimento do PIB alemão em +3,5% 

 

A economia alemã contraiu -5,0% em 2020, apesar da resiliência do setor manufatureiro. Com as restrições notavelmente mais rígidas, o passeio pela “montanha-russa econômica” vai continuar em 2021, segundo relatório divulgado por economistas da seguradora Euler Hermes. Ao longo do ano, a economia alemã se moverá em um ritmo rápido por toda a paleta do ciclo econômico, desde a crise econômica de curto prazo no primeiro trimestre até o boom de consumo impulsionado pela vacina contra Covid-19 no segundo semestre do ano.

De acordo com a análise da seguradora, é esperado que o sequenciamento se desdobre da seguinte forma:


Forte desaceleração no primeiro tri de 2021

Por enquanto, o lockdown mais severo, que inclui o fechamento de escolas e comércio não essencial, foi confirmado até o final deste mês. No entanto, a julgar pelo desenvolvimento da pandemia – elevado número de novos casos de Covid-19 e altas taxas de ocupação da UTI, junto com as crescentes preocupações sobre a disseminação da cepa B1.1.7 altamente infecciosa – a equipe da Euler Hermes acredita que a flexibilização das restrições ganhe força apenas em março, no mínimo.

“Com cada semana de bloqueio custando à economia alemã cerca de EUR 4 bilhões - reduzindo até -0,5% do crescimento trimestral - um notável retrocesso do PIB é quase certo, embora as perspectivas do setor manufatureiro devam permanecer favoráveis”, acredita a economista-sênior Katharina Utermöhl.


Ressurreição econômica técnica no segundo tri de 2021

De acordo com a análise, a economia da Alemanha só sairá da “hibernação” quando a Páscoa chegar, pois os efeitos sazonais mais favoráveis (temperaturas mais altas), juntamente com o progresso na campanha de vacinação, permitirão um afrouxamento gradual das restrições e, por sua vez, o desencadeamento da demanda reprimida durante os meses do inverno europeu.

Os efeitos de base devem ajudar a impulsionar a taxa de crescimento trimestral para +3% t / t - a expansão trimestral mais forte do PIB já registrada, excluindo a observada no terceiro trimestre de 2020.

 

Expansão dos gastos sociais no terceiro e quarto tri de 2021

O afrouxamento das restrições da Covid-19 a partir do segundo trimestre e a vacinação da população até primeira metade do ano, prepara o cenário para a economia alemã se recuperar, com o crescimento do PIB provavelmente registrando +2% t/t no segundo semestre.

“À medida que as incertezas sobre as perspectivas econômicas diminuem, a situação relativamente sólida do mercado de trabalho - a taxa de desemprego deve chegar a 5,8% em 2021 após 5% em 2019 e 6% em 2020 - é um bom presságio para a implantação de poupanças preventivas. Como resultado, esperamos que a taxa de poupança se mova em direção ao seu nível pré-pandemia no final do ano”, afirma a economista.

Além disso, os "gastos sociais" devem se beneficiar, o que impulsionará a reconvergência entre os setores de serviços e manufatura. No geral, a Euler Hermes mantém a previsão de crescimento do PIB de +3,5% em 2021 - ao mesmo tempo em que reconhecem os crescentes riscos de baixa para o primeiro semestre, caso o bloqueio seja prolongado, e, para o segundo semestre, caso a implementação da vacinação fique abaixo das expectativas.

Já para 2022, é esperado que o crescimento do PIB permaneça acima do potencial, em +3,8%, uma vez que a obtenção da imunidade em massa permitirá um retorno à normalidade econômica, enquanto a política monetária e fiscal permanece favorável. Como resultado, a economia alemã deve atingir seu nível de PIB pré-crise no primeiro semestre de 2022, enquanto outras economias da Zona do Euro, incluindo Espanha e Itália, precisarão de mais um ano para se recuperar.


De Truman a Trump: Como a economia se comporta com cada partido no poder

Stake traça linha do tempo de expansão e retração da economia nos Estados Unidos com governos Republicanos e Democratas desde o fim da 2º Guerra Mundial 


As eleições dos Estados Unidos geraram muito assunto em 2020, coroando a vitória de Joe Biden do partido Democrata, que assumirá seu lugar na Casa Branca hoje, dia 20 de janeiro, como 46º presidente do país.  Ao redor do mundo, as Bolsas de Valores são afetadas por movimentos políticos e na bolsa americana não é diferente. Para entender como os governos Democratas e Republicanos influenciaram os índices norte-americanos, um levantamento feito pela Stake, plataforma recém-chegada ao Brasil que conecta investidores de fora dos Estados Unidos ao mercado americano, elenca as principais altas e quedas na economia com cada um dos partidos no poder, de Truman a Trump.

Antes de mais nada, é preciso entender como funcionam o ciclos financeiros. Os ciclos de expansão (Booms) e retração (busts) da economia são característicos dos sistemas capitalistas e ocorrem ininterruptamente. Durante os Booms, a economia cresce, os empregos são abundantes e os investidores têm grandes retornos do mercado. Do lado oposto, durante os Busts, a economia encolhe, diminuem-se as oportunidades no mercado de trabalho e os investidores perdem dinheiro. Os ciclos Boom-bust duram por períodos e proporções variadas.

Com isso em mente, podemos traçar um paralelo destes ciclos na bolsa americana em governos republicanos, democratas com seus pontos de virada. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, os Estados Unidos experimentam uma alternância de poder, tendo eleitos onze presidentes Democratas (contando com Biden) e onze Republicanos no período. Analisando essa linha do tempo, alguns resultados interessantes se destacam.

Os governos republicanos são marcados por grande volatilidade de ciclos econômicos. Os eventos que tiveram maior influência na expansão durante o período que o partido esteve no comando, foram impulsionados por eventos e políticas locais e globais como o fim da Guerra da Coréia, início da corrida espacial, Olímpiadas de Los Angeles e o fim da Guerra Fria. Já os acontecimentos que levaram a economia para baixo no século XX foram marcados pelo escândalo de Watergate e embargo ao petróleo do Oriente Médio. Com o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001, logo no início de mandato de George W. Bush, reflexos foram sentidos durante todo seu governo, quando a economia entrou em colapso com a Guerra contra o Iraque e a Crise Financeira Global (GFC) de 2008. Mais recente, no governo Trump, a Guerra comercial com a China e a crise sanitária da Covid-19 foram causadoras de perdas nos mercados americanos. 

Já os governos democratas, costumam ter ciclos econômicos mais longos. Os principais acontecimentos que marcaram as gestões Democratas no século XX foram o próprio fim da Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã. Sob a liderança de Bill Clinton, os Estados Unidos passaram por um período de Boom econômico com o crescimento tecnológico. O lançamento do Google e a bolha da Internet são exemplos dessa época. Após um período conturbado, o presidente Barack Obama nos primeiros meses no poder, assina a liberação de um pacote de US$ 787 Bilhões para estimular a economia muito debilitada pela Crise Financeira Global, trazendo estabilidade para o mercado.

Em números, Republicanos passaram por sete períodos de expansão e dez períodos retração. Já os Democratas têm na conta dois grandes períodos de Boom e cinco momentos nos quais o mercado recuou. As variáveis para o mandato do presidente eleito Joe Biden ainda estão muito abertas, tornando qualquer projeção em pura especulação. Porém, se a História servir de parâmetro, os mercados terão um período de estabilidade, só não se sabe se em alta ou em recessão.           

  

Aplicativo Conecte SUS: o controle da vacinação contra a Covid-19 na palma da mão; saiba como usar

Ferramenta do Ministério da Saúde dá acesso à Carteira Nacional Digital de Vacinação, facilitando monitoramento e controle da aplicação das doses no Brasil

 

O Ministério da Saúde está incentivando a população a baixar o Conecte SUS, aplicativo que registra a trajetória de quem busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), para facilitar o monitoramento da vacinação contra a Covid-19 no país. No app é disponibilizada a Carteira Nacional Digital de Vacinação, ferramenta que permite que usuários e profissionais de saúde façam um acompanhamento da imunização no país.

Assim que receber a vacina, quem for cadastrado no sistema vai ter a dose registrada no Conecte SUS. Na palma da mão e em tempo real, o usuário poderá consultar o tipo de vacina aplicada, o lote de fabricação e a data em que a dose foi tomada. A partir daí, o cidadão e o profissional de saúde também saberão o dia exato de aplicação de uma possível segunda dose. Esse mapeamento também vai evitar que uma pessoa tome doses de laboratórios diferentes.

O formato digital permite que os brasileiros consultem todas as vacinas aplicadas nas redes pública e privada – não só a da Covid-19 – deixando para trás as antigas carteirinhas de vacinação de papel, que podem sofrer rasuras ou até serem perdidas com o tempo.

Além da carteira de vacinação digital, o Conecte SUS também mostra dados de atendimentos e internações do paciente, permite a consulta de medicamentos e exames realizados, como o de detecção da Covid-19, por exemplo, e dá acesso ao formato digital do Cartão Nacional de Saúde, mais conhecido como Cartão SUS, que é o documento de identificação do usuário da rede pública de saúde.


COMO FAZER O CADASTRO

O cadastro no Conecte SUS é simples, feito em poucos minutos com número do CPF ou da Carteira Nacional de Saúde. Basta entrar na loja de aplicativos do seu celular ou tablet e fazer o download de forma gratuita. O registro também pode ser feito em qualquer computador com acesso à internet através do site conectesus-paciente.saude.gov.br – pelo portal, o usuário também consegue acessar a ferramenta. Até o momento, mais de 8,5 milhões de downloads já foram realizados.

O Ministério da Saúde esclarece que não é obrigatório ser usuário do Conecte SUS para ser vacinado contra a Covid-19. Caso você não tenha o aplicativo, é só levar ao posto de saúde um documento de identificação com número do CPF, na hora em que você for convocado para tomar a dose, de acordo com os grupos prioritários. No local, também poderá ser feito o cadastro na base de dados do Ministério da Saúde, caso seja necessário.

Já os indivíduos com comorbidades serão pré-cadastrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). Aqueles que não tiverem sido pré-cadastrados poderão apresentar comprovante que demonstre o pertencimento a um dos grupos de risco (exames, receitas, relatório médico, etc.) no momento da vacinação.

 


Marina Pagno

Ministério da Saúde

 

Harley-Davidson do Brasil dá dicas para os motociclistas pilotarem melhor sob mau tempo

Confira dicas para transformar possíveis provações relacionadas a condições climáticas em aventuras de pilotagem inesquecíveis


Não deixe que uma previsão de mau tempo atrapalhe seus planos de fazer uma ótima viagem. Não dá para mudar o tempo, mas com certeza, dá para mudar como você reage a ele. Com isso em mente, a Harley-Davidson do Brasil separou dicas para os motociclistas pilotarem melhor em diferentes condições climáticas. Confira!


Chuva


Pegar chuva enquanto pilota não é um problema se você tiver tempo e um bom lugar para se secar quando terminar (e se não estiver muito frio). Mas, obviamente, não se molhar é sempre a melhor opção. Para começar, invista em uma boa capa de chuva; você não vai se arrepender. Botas e luvas impermeáveis também são essenciais. E não se esqueça de fechar tudo muito bem. Basta uma pequena abertura para você ter a sensação de estar ensopado. 

A segurança é mais importante do que o conforto. Sob chuva, a segurança começa com tração. Com bons pneus, boa técnica e cuidado extra, não tem por que ficar com medo da chuva.

Verifique se os pneus estão com a banda de rodagem certa para canalizar a água para longe de onde a borracha toca a pista. Lembre-se de que a estrada fica mais escorregadia no início de uma tempestade, principalmente depois de um longo período de seca, quando a água remove o óleo da superfície da estrada. Evite o meio da pista, onde esse efeito é mais comum.

No geral, faça tudo de forma mais gradual na chuva: acelerar, frear, virar. Vá mais devagar. Tente não reagir bruscamente. Mantenha distância de outros veículos. Tenha muito cuidado em superfícies escorregadias, como tampas de bueiros e, quando em um cruzamento de ferrovia, redobre a atenção para cruzar os trilhos o mais próximo possível de um ângulo de 90 graus.

E lembre-se de que andar na chuva é mais desgastante mentalmente. Faça pausas frequentes e/ou tente parar mais cedo à noite. O descanso mental irá ajudá-lo a lidar bem com todos os desafios de pilotagem.


Vento


Ser surpreendido por um vento cruzado repentino ao andar de motocicleta pode assustar. Mas saber o que fazer nesse tipo de situação não precisa ser um bicho de sete cabeças. Seguem duas dicas básicas para lidar com rajadas de vento.

Primeiro, relaxe. Quanto mais você luta contra o vento, mais ele reage contra você. Não acelere; não desestabilize o guidão. Lembre-se dos princípios de contra-ataque. Se uma rajada de vento o atingir pela esquerda, incline-se para ela empurrando ligeiramente o guidão do lado esquerdo. Se o vento for constante, mantenha uma pressão constante, mas não exagere. Aplique pressão suficiente para neutralizar o vento e continuar seguindo em frente.

A segunda dica é ajustar sua posição na pista conforme a necessidade. Embora andar no terço esquerdo da pista seja uma regra boa, ela não funciona em toda e qualquer situação. Se, por exemplo, um vento constante vindo da direita faz você se sentir como se estivesse prestes a ser lançado no sentido contrário, dê a si mesmo uma pequena margem de erro cruzando no terço direito da pista. Mas, lembre-se de que, nessa posição os motoristas (principalmente de caminhões) à sua frente não conseguem enxergar você muito bem; por isso, aja com cautela.


Calor


No calor, além de ficar atento a manchas escorregadias de piche derretido, é preciso cuidar da temperatura do corpo e se manter hidratado. O estresse térmico e a insolação são questões sérias e que podem matar!

Hidrate-se: leve água e/ou bebidas esportivas com você e faça pausas frequentes para se hidratar. Em situações de calor extremo, beba mais do que você acha que precisa.

Refresque-se: usar uma bandana molhada em volta do pescoço ou sob o capacete pode fazer maravilhas. Mergulhar sua camiseta básica em água fria ou usar um “colete de hidratação” também pode ser uma grande ajuda.

Cubra-se: a pele nua sob o sol quente pode provocar mais do que uma queimadura solar. Embora seja bom expor braços e ombros ao vento, uma camiseta leve, de cor clara e sintética de manga longa ajuda a refletir a luz do sol e pode evitar que o corpo perca a umidade muito rapidamente.

Fique atento a sinais de estresse causado pelo calor: pare imediatamente se tiver sintomas como fraqueza, tontura, confusão, náusea e/ou problemas respiratórios.  Refresque-se à sombra ou em algum lugar com ar condicionado e beba bastante líquido para se reidratar. Busque ajuda se os sintomas não amenizarem rapidamente — e não volte até ter certeza absoluta de que se recuperou.

Finalmente, quando ao ar livre, evite o calor mais intenso, começando bem de manhã e terminando no fim de tarde. Encontre um lugar agradável e arejado (talvez com piscina) para ficar durante as altas temperaturas à tarde.


Frio


Algumas pessoas simplesmente não entendem. “Como andar de moto quando está muito frio lá fora?” elas perguntam. Simples: se tem gente que anda de motocicleta para neve em temperaturas abaixo de zero, é claro que você pode pilotar sua motocicleta quando está fazendo 2 °C. Obviamente, o segredo está em se agasalhar e se manter aquecido.

Vista-se em camadas que você pode retirar (ou adicionar) de acordo com a variação da temperatura. Comece com uma segunda pele de tecido térmico ou lã que afastará a umidade do corpo; adicione uma camada (ou camadas) de lã; e complete com uma camada corta-vento, impermeável e respirável.

Ao andar no frio, cuidado com aberturas, geralmente nos pulsos, tornozelos ou pescoço. Procure luvas corta-vento com fechamento no dorso para bloquear a entrada de brisa pelas mangas. Botas de cano alto são imprescindíveis. Capacetes fechados são excelentes no frio, e uma balaclava ou envoltório de pescoço manterá o queixo e pescoço protegidos.

Nem todo mundo gosta de andar com um para-brisa ou carenagem, mas esses itens podem fazer uma enorme diferença no frio. A Harley-Davidson oferece uma grande variedade de opções de para-brisas para a maioria dos modelos de motocicleta — inclusive opções removíveis, que liberam a brisa quando o calor aumenta.

Andar no frio também significa ficar atento a manchas de gelo. Mesmo que a temperatura do ar esteja acima de zero, partes da estrada ainda podem estar congeladas. Redobre a atenção em pontes, em pontos escuros e em áreas baixas da estrada, onde a água pode se acumular, congelar e demorar mais para derreter. E lembre-se que o gelo na estrada às vezes pode ser invisível.

E, por último, roupas quentes — como coletes, jaquetas, luvas ou até munhequeiras — podem trazer conforto e estilo. Depois de usá-las uma vez, você nunca mais vai querer passar frio pilotando! 

 



Harley-Davidson

https://www.harley-davidson.com.br


Quanto custa manter um carro? O valor é maior do que se imagina!

Sonho de consumo de muitas pessoas, o carro é comumente associado à liberdade e a autonomia, contudo, o que se observa na realidade é um alto custo de manutenção que pode levar ao endividamento. Muita gente fala que é como ter um filho, algo que não se pode comparar em relação ao carinho, mas sim em relação às despesas. Portanto, antes de comprar, é muito importante considerar o custo de manter um veículo.

Muitos dos que ainda não têm, pensam apenas na prestação a ser paga, enquanto muitos dos que já têm, pensam que o gasto se resume ao combustível. Aí estão armadilhas, é preciso ter consciência sobre as diversas despesas envolvidas. As básicos são: prestações, seguro, combustível, manutenção, IPVA, licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas.

Quem já possui um carro quitado, só deve tirar dessa lista as prestações. Mesmo assim, verá que a despesa total chegará, em média, a 2% do valor do carro. Dessa, forma a manutenção de um veículo de R 30 mil, por exemplo, tem um custo de aproximadamente R 600,00 mensais.

Vejo que muitos mantêm o carro apenas por status e o resultado é o endividamento ou a necessidade de devolver esse bem. Há famílias que possuem mais de um carro e deixam um deles parado na garagem, sem perceber que estão perdendo dinheiro. Outras o trocam pelo transporte público ou por Táxi ou transporte por aplicativo e obtém grande economia, sem piorar sua qualidade de vida.

Enfim, ter ou não ter um carro é escolha de cada um, mas é preciso levar em conta a real necessidade e a capacidade de arcar com os custos mensalmente, algo que, na maioria das vezes, não é considerado pelos compradores.


Quero comprar. Será que tenho condições financeiras?

Para saber se esse é realmente o momento certo de comprometer a sua renda com essa compra, saiba, primeiro, em qual situação financeira você se encontra: endividado, equilibrado financeiramente ou poupador.

Os que se encaixam na primeira situação devem evitar ao máximo comprar um veículo, pois o importante, nesse momento, é quitar as dívidas e não entrar em mais uma. Se possuir um carro for uma vontade grande, ele deve entrar na lista dos sonhos, a ser adquirido no médio ou longo prazo.

As pessoas equilibradas financeiramente, por sua vez, apesar de estarem em uma posição mais confortável, ainda precisam estar atentas. Basta um descuido e elas passam facilmente para a lista dos endividados, minando todas as chances de realizar seus sonhos, sejam eles de curto, médio ou longo prazos. Por isso, antes de comprar é preciso criar uma reserva estratégica. Só depois ir atrás desse sonho.

O consumidor investidor deve avaliar se a aquisição de um novo veículo já estava no planejamento. Se sim, é hora de pesquisar com calma e paciência todas as opções de carro que agrada, avaliando pontos fortes e fracos. De qualquer forma, é essencial refletir sobre a real necessidade da compra e analisar as finanças.

Caso a pessoa já possua um veículo, deve avaliar as vantagens e desvantagens de ter outro, até porque, adquirir um automóvel não é investimento - já que, logo que sai da concessionária, o carro sofre, em média, 10% de desvalorização.



Reinaldo Domingos - PhD em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Nome Sujo Pode Ser a Solução e de diversas coleções didáticas de educação financeira.


Nego do Borel x Eduarda Reis - julgamento social ou judicial?

Mais um dia normal entre os internautas: Nego do Borel é acusado por sua ex noiva, Eduarda Reis, de violência doméstica. Para tanto, a influenciadora digital expôs em sua rede social que sofreu diversas agressões físicas e psicológicas do cantor, que envolviam xingamentos e desrespeito, afirmando que se sentia ameaçada por ele.

Após ter ciência de uma traição, em vídeos claramente triste e com medo, Eduarda pede que nenhuma mulher se deixe abusar, mencionando que os abusadores tentam fazer com que elas sejam taxadas de "loucas", descredibilizando qualquer posicionamento delas. Por temer pela sua segurança, a influenciadora compareceu na delegacia da mulher, narrando as agressões físicas e psicológicas.

Infelizmente, esse é um episódio mais corriqueiro do que imagina-se, pois diversas mulheres passam uma vida inteira sendo alvo de agressões psicológicas e, na maioria das vezes, nem percebem o que isso significa. E isso traduz o medo, a insegurança, achar que sempre se é culpada de tudo, entre outros sentimentos.

Por sorte, com o passar dos anos, diversas corajosas mulheres passaram a denunciar as agressões sofridas, sendo que uma das histórias mais conhecidas e emblemáticas foi a da Sra. Maria da Penha, que, em 1983, sofreu uma tentativa de homicídio, oportunidade em que seu marido lhe deu um tiro de espingarda. Apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica e, ao retornar para a sua casa, ele tentou eletrocutá-la.

Após sobreviver ao seu marido, e não ter qualquer posicionamento da justiça brasileira, a Sra. Maria da Penha acionou o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), que levaram o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998. Lá, o Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo que se comprometer a reformular suas leis e políticas em relação à violência doméstica.

A partir deste momento criou-se a chamada "Lei Maria da Penha", que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, tendo em seu artigo 5º definido que violência doméstica e familiar contra a mulher é composta de qualquer ação que resulte em sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial a ela. A nova legislação possibilitou, ainda, a criação das Varas Especializadas de Violências Domésticas e Familiares, que possuem competência exclusiva para processar e julgar estes crimes.

Triste perceber que muitas mulheres tiveram que passar por tanta violência e humilhação, grande parte por seus companheiros, no interior de suas casas, durante muito tempo, com muito pouca, ou nenhuma, possibilidade de resistência. Por outro lado, é esperançoso observar que existe uma significativa melhora, claro que ainda há muito para se evoluir, porém já é possível visualizar algum avanço no combate à violência doméstica. Seja na polícia, que possui, nas grandes cidades, delegacias especializadas, Delegacias de Defesa das Mulheres - DDM, aparelhadas e, na maioria, atendidas por mulheres, com tratamento adequado. Já foi o tempo em que a mulher ouvia na delegacia: "se apanhou deve saber o motivo".

Da mesma forma se observa o repúdio da sociedade que já não aceita mais esses tipos de crime. O ditado popular "em briga de homem e mulher não se mete a colher", hoje é desacreditado e, por sorte, desconhecido pelas novas gerações, especialmente nas redes sociais. Inclusive, é possível observar que os autores de violências domésticas frequentemente são repreendidos, condenados e muitas vezes excluídos, antes mesmo da investigação ser iniciada, pelas mídias sociais, sendo certo que ali o julgamento é imediato, sem a possibilidade de contraditório ou direito de defesa.

Igualmente, os patrocinadores e apoiadores não perdoam ao verem seus nomes associados aos autores de violências e, na maioria das vezes, os excluem sumariamente, simplesmente por se envolverem em notícias depreciativas, independentemente terem ou não praticado os fatos noticiados, através de cláusulas contratuais neste sentido.

Conforme se observa, atualmente não basta parecer sério, é preciso realmente ter essa postura, constantemente. Claro que não se pode confundir os julgamentos sociais, ou os realizados nas redes sociais, com o judicial. Na justiça o processo deve seguir a lei, as diretrizes impostas pela Constituição Federal - entre elas o devido processo legal, a legalidade das provas e o direito de defesa. Já nas redes sociais, a cada pauta cria-se uma régua própria do que parece aceitável ou não e, mesmo sendo muito cruel algumas vezes, dessa dinâmica têm saído diversas discussões que ajudam, e muito, muitas mulheres.



Felipe Mello de Almeida - advogado criminalista, especialista em Processo Penal, Pós-Graduado em Direito Penal Econômico e Europeu.


Luiza Pitta - advogada, Pós-Graduada em Direito Penal Econômico e associada do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM.

 

FM Almeida Advogados


Inteligência artificial ajuda marca na identificação de tendências do mercado erótico

Multinacional Kantar aposta na tecnologia para suas ferramentas analíticas. O TikTok, por exemplo, virou uma ferramenta multiuso, principalmente no mercado LGBTQ+

 

Mesmo antes da pandemia da Covid-19, empresas precisavam inovar de forma rápida e ágil, utilizando dados ao seu favor para responder diferentes perguntas: Quais são as novas tendências? O que a sociedade e os consumidores precisam e exigem? Quais são os novos desafios e problemas a serem enfrentados? O que veio para ficar e o que são apenas “bolhas”?

Após ser contratada por uma marca que queria entender os diferentes momentos da jornada sexual dos consumidores para identificar oportunidades para desenvolvimento de produtos, distribuição e comunicação, e ao mesmo tempo enxergar como o tema sexualidade vem evoluindo, a multinacional Kantar, líder em dados, insights e consultoria, lançou mão de seu kit de ferramentas analíticas STAN, que utiliza inteligência artificial. Com isso, conseguiu alavancar a inteligência humana e a vasta experiência da companhia para ajudar a identificar percepções qualitativas em grande escala, tendências atitudinais, preocupações, emoções e necessidades sociais.

Foram três as principais constatações. Para começar, ainda há muito o que fazer para normalizar o ato da masturbação, que até hoje gera ansiedade entre os consumidores. Em segundo lugar, o TikTok tem sido usado como app de relacionamentos e educação sexual, crescendo nesse mercado, especialmente na comunidade LGBTQ+.

Por fim, a falta de customização de camisinhas gera um crescente interesse por produtos de luxo e com designs diferentes e benefícios especiais.

“Nós usamos palavras-chave de pesquisa e uma taxonomia baseada em categorias como camisinhas, saúde sexual e fertilidade e o STAN como principal ferramenta de análise”, afirma Edvaldo Araújo, líder de analytics da Kantar Brasil. Segundo ele, a marca que solicitou a análise ficou animada em saber de todas essas oportunidades que complementaram um estudo de demanda, ajudando o time a entender quanto cada uma dessas novas oportunidades se manifesta e se encaixa no mundo de hoje.

 

Kantar


TENDÊNCIAS 2021

 "Recomércio", um conceito que deve impactar negócios no varejo


O conceito de brechós de luxo ganhou um novo significado, inspirando uma tendência que ao longo de 2021 pode impactar negócios de diferentes vertentes, sobretudo, o varejo. O “Recomércio” – do inglês, recommerce – pode ser visto, pontuando novas em plataformas de revenda e estratégias de fidelização. Para falar um pouco sobre a origem dessa tendência, lembro que o desafio imposto pela pandemia trouxe uma realidade de recessão para o planeta, impulsionando um mercado de venda de itens usados. De acordo com análises da GlobalData e da WGSN, esse modelo deve crescer 69% até 2021. Vale destacar que não somente a crise econômica potencializou o modelo, mas a reflexão dos clientes sobre a importância de cultivar novos valores de consumo.

Estamos diante de um comportamental – que envolve diversas gerações, não somente os millennials – de valorização da sustentabilidade; há um senso de urgência em formar comunidades mais conscientes do poder e do impacto do consumo. Antes que pensem que essa tendência é algo que tem atingido marcas e produtos mais jovens, alerto para o engano dessa percepção. A Levis, antenada com o crescimento do comércio reverso, lançou uma plataforma própria (Levi’s SecondHand), associada a um programa de recompra que oferece aos consumidores a opção de comprar jeans usados da grife ou trocar itens por pontos que podem ser usados tanto na compra de novos produtos, quanto de seminovos. E, nessa estratégia de fidelização, há oportunidades de adquirir itens vintage. Quer um outro exemplo? O grupo H&M deu start a uma ação similar, no qual os clientes é que comercializam os produtos da marca, que ganha 10% em cima da negociação. Grifes de luxo como Richard Mille e Mark Cross encamparam iniciativas inovadoras alinhadas ao recommerce.

Essa ideia de sustentabilidade e de enxergar os itens de maneira atemporal e com uma vida útil longeva impacta, também, o mercado de aluguel. A entrada de marcas de luxo nesse cenário – Gucci, Burberry e Stella McCartney – tem contribuído para combater o preconceito. Claro que muitas resistem! A Chanel processo a TheRealReal, acusando o site de vender falsificações. Em contrapartida, dados apontam que o recommerce contribui para tornar a marca mais desejada à medida que mais pessoas acessam.

No Brasil, têm surgido exemplos interessantes – em especial, quando pensamos na fidelização. Destaco, ainda, a Marisol – cliente da SKS CX Customer – que está desenvolvendo o projeto Re-conta. A premissa é que “roupas paradas não contam histórias”. A iniciativa incentiva o consumidor a escolher, no guarda-roupa, peças que estão prontas para novas histórias; levar as peças nas lojas Lilica & Tigor para trocar por créditos em novas compras. Em uma parceria com a plataforma Enjoei, as peças doadas vão para uma lojinha online, alimentando a proposta de economia circular. Um outro exemplo vem do mercado livreiro, que tem lançado mão dessa estratégia;  livrarias como a Cultura transforma livros seminovos, levados pelos clientes às unidades, em créditos para novas aquisições; no Sebo Cultura, na plataforma, as obras usadas podem ser compradas com descontos.

Esses novos modelos influenciados por movimentos que impactam nos diferentes perfis de consumo devem levar em consideração novas formas de atendimento ao consumidor. A relação entre gestores de marca e os clientes precisam estar no centro de um processo estratégico de atendimento e fidelização. O varejo – assim como o mundo – está em profunda transformação. As novas relações de consumo demandam um olhar especializado para entender as aspirações de consumo. Há mais de 30 anos tenho acompanhado as transformações e pesquisado, sobretudo com o apoio de clientes ocultos, essas ondas sociais que impactam nas relações de consumo. Recentemente, em um paper do Fórum Econômico Mundial, líderes do mundo alertavam para ser 2021 um ano crucial para reconstruir a confiança das pessoas diante dos impactos econômicos, sociais, tecnológicos e ambientais pós-Covid-19. Eles apontam a relevância de reformular os sistemas e redefinir prioridades. A minha recomendação aos gestores de marcas e produtos é ter máxima atenção às mudanças que a Quarta Revolução Industrial já trouxe e que devem ser consolidadas na próxima década.

 



Stella Kochen Susskind - Pioneira na América Latina na metodologia de pesquisa mystery shopping(cliente secreto), Stella é considerada uma das mais importantes experts da temática no mundo. Autora do livro Cliente Secreto, a metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor (Primavera Editorial), a especialista é palestrante internacional, tendo ministrado palestras em Barcelona, Estocolmo, Amsterdã, Londres, Atenas, San Diego, Chicago, Las Vegas, Malta, Belgrado, Algarve, Split e Buenos Aires. Empreendedora desde a década de 1980, fundou em 2019 a SKS CX Customer Experience Consultancy; a consultoria é focada em experiência e satisfação do consumidor, parceria da Checker Software – uma startup israelense de tecnologia da informação que integra metodologias de pesquisa em tempo real. A empresa – premiada em 2020 com o MSPA Elite Member, que a coloca entre as 12 melhores do mundo no segmento – representa uma revolução nas pesquisas de satisfação e experiência do consumidor brasileiro. https://skscx.com.br


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Como evitar que os pets sejam atacados por animais peçonhentos

 Casos de picadas de serpente e aranha são comuns em cães e gatos e devem ser tratados por um médico-veterinário


Com a chegada do verão, o número de acidentes com animais peçonhentos sobe e os pets estão entre as vítimas dos ataques de cobras, aranhas e escorpiões. Os fatores que contribuem para aumentar o aparecimento destes animais nesta estação do ano estão relacionados ao clima quente e úmido, propício para a reprodução. 

Segundo a médica-veterinária, Elma Pereira dos Santos Polegato, presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), é importante monitorar os pets e evitar que se aproximem de locais próximos a rios, matas, lixões, terrenos abandonados ou sem limpeza adequada, e construções. 

“Animais peçonhentos costumam encontrar abrigo e alimentos mais facilmente nesses locais. Por isso, é importante manter a higiene e limpeza de residências, quintais e jardins, evitando a presença destes animais nocivos no entorno das habitações humanas”, diz.

A médica-veterinária e gestora ambiental Hélia Maria Piedade, integrante da Comissão Técnica de Animais Selvagens do CRMV-SP, reforça que a prevenção de acidentes está baseada no cuidado com os locais onde os pets permanecem ou passeiam. “É importante ter em mente que resíduos orgânicos atraem baratas e ratos, que por sua vez são as presas preferidas de muitas espécies de animais peçonhentos, e que a presença de entulhos aumenta o risco do aparecimento de aranhas, escorpiões e lacraias, pois são abrigos para essa fauna sinantrópica”, explica. 

Além da limpeza dos ambientes, Hélia Maria também sugere a utilização de guias ao frequentar áreas naturais com os cães, como parques e beiras de lagos. 


COMO OS TUTORES DEVEM AGIR EM CASO DE PICADAS

A curiosidade do pet pode levá-lo a se aproximar de um animal peçonhento, aumentando os riscos de levar uma picada. A médica-veterinária Hélia Maria Piedade, orienta que, em caso de suspeita ou constatação de um acidente com animal peçonhento envolvendo animais domésticos, principalmente quando há sinais clínicos, como inchaço, sinais de muita dor, sangramentos e alteração de comportamento, deve-se procurar atendimento médico-veterinário com urgência. “As chances de recuperação do animal dependem do tratamento adequado e feito o mais rápido possível”, alerta.

De acordo com Elma Polegato, o tutor não deve, em hipótese alguma, tentar perfurar, cortar, espremer ou fazer torniquete para remover o veneno, pois são ações contra-indicadas, que podem causar mais prejuízo do que beneficiar a saúde do animal picado. “Se for possível, deve-se olhar atentamente o ambiente onde o pet esteve para tentar verificar qual é o animal peçonhento envolvido no acidente. O ideal é passar o maior número de informações possíveis sobre as características desse animal para o médico-veterinário. É ainda melhor se o tutor conseguir tirar uma fotografia do animal agressor, tomando os devidos cuidados, para mostrar ao profissional que fará o atendimento”, explica. 


ACIDENTES MAIS COMUNS

Os animais peçonhentos com os quais mais ocorrem acidentes com pets, de acordo com a médica-veterinária Elma Polegato, são: escorpiões (o preto e o amarelo); serpentes (coral, jararaca, cascavel, surucucu); abelhas (africana, européia, africanizada); e aranhas (armadeira, caranguejeira, aranha marrom, tarântula). 

Segundo Hélia Maria, o perfil dos acidentes depende muito das condições das áreas onde os pets frequentam e são mantidos. “Os acidentes com cobras costumam ocorrer com maior frequência com os cães que tendem a expressar comportamento de caça ou de proteção no seu território, mas gatos também são vítimas. Já os acidentes com aranhas e escorpiões podem ocorrer com qualquer espécie, pois muitas vezes o pet entra em contato com o animal peçonhento de forma acidental, causando a lesão”, diz.


FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS

O tutor deve estar atento a qualquer perfuração ou corte na pele do pet, assim como inchaço, sensibilidade dolorosa local e sangramento. Os membros, o abdômen e a face são os locais mais afetados, indica Elma Polegato. “Outros sintomas que podem ocorrer são sangramento no subcutâneo - gengivas, narinas ou pela urina - e vômito. Além de fraqueza, depressão, distrição respiratória, aumento na frequência cardíaca, edema pulmonar e diminuição da pressão arterial do animal afetado”, acrescenta.

Hélia Maria diz que os sinais clínicos podem variar dependendo da espécie de animal peçonhento envolvido, além da espécie do pet. “Acidentes com cobras tendem a apresentar lesões na pele originadas pela inoculação do veneno, com inchaço local, que se expande para áreas adjacentes, provocando muita dor, podendo também ocasionar diarreia e vômito, sangramentos na lesão ou via nasal. Algumas aranhas podem provocar lesões severas na área da picada, que podem surgir imediatamente após a inoculação do veneno ou demorar dias para aparecerem”, afirma. 


CASOS ATENDIDOS

Elma Polegato recorda de alguns casos de animais que sofreram acidentes com animais peçonhentos e reitera a importância de procurar atendimento veterinário o mais rápido possível. “Recordo de alguns casos de cães de propriedades rurais que foram envenenados por serpentes e infelizmente vieram a óbito devido à demora para chegar ao médico-veterinário. Também recordo de um equino que foi acometido por veneno de serpente em um dos membros, mas foi atendido a tempo com tratamento de suporte e se recuperou”, conta. 

Nestes exemplos fica claro que o tempo é fator decisivo para salvar a vida do animal. Outros fatores também podem ser determinantes, como o local acometido, tamanho do paciente, idade e quantidade de peçonha inoculada, enfatiza Elma. 

Já a médica-veterinária Hélia Maria conta da experiência clínica de atendimento de muitos casos de acidentes com animais peçonhentos, na maioria das vezes, entre cães e cobras peçonhentas. “O prognóstico depende de quanto tempo decorreu do acidente até o início do tratamento, a evolução dos sinais clínicos após este instituído, além da utilização de soros disponíveis e indicados para cada tipo de animal peçonhento, o que torna fundamental a documentação, por meio de foto, por exemplo, do animal suspeito ou causador do acidente”, explica.

“O objetivo é neutralizar o máximo da peçonha no menor tempo possível, evitando assim os efeitos sistêmicos produzidos no animal, os quais podem levá-lo à morte se não for tratado em tempo hábil”, completa Elma.

As médicas-veterinárias também ressaltam a importância do acompanhamento do animal por um tempo após o tratamento e remissão dos sinais clínicos apresentados na fase aguda. “A realização de exames para averiguar as funções dos órgãos vitais pode ser indicada, de acordo com a avaliação do profissional que atendeu o animal acidentado”, complementa Hélia.


Principais cuidados que se deve ter para evitar acidentes com animais peçonhentos.

  • Manter a higiene da casa, incluindo quintais e jardins; 
  • Não acumular entulhos e materiais de construção;
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
  • Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
  • Manter limpos os locais próximos das casas, jardins, quintais, paióis e celeiros;
  • Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
  • Limpar terrenos baldios, pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas;
  • Utilizar guias durante os passeios;
  • Evitar o acesso dos animais domésticos a áreas de risco.




Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 42 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

 

Cuidados com os pets em dias quentes

Especialista fala sobre horários de passeios, proteção solar, insolação e alimentação
Dica de receita de sorvete para cachorro que o tutor pode fazer em casa

   

Com a chegada da nova estação, o cuidado com as altas temperaturas também deve ser considerado para quem é pai ou mãe de pet. Sentimos que a cada ano o verão fica mais quente, porém isso não é motivo para desanimar de curtir a temporada mais esperada do ano com o seu animalzinho de estimação.

A médica médica veterinária Thaís Matos, que atua na área de Confiança & Segurança da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, faz algumas recomendações para os pets nos dias quentes, pois assim como nós, eles também podem passar mal, então a saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

"Cãezinhos com pelagem branca ou que têm pouco pelo na ponta das orelhas, no focinho, no rabo e nas patas precisam de protetor solar antes de serem expostos ao sol. Vale usar tanto protetor solar próprio para animais ou os de uso humano, de acordo com a recomendação do fabricante e de um veterinário. Em dias muito quentes, vale até colocar pedrinhas de gelo dentro do pote para manter a temperatura da água agradável por mais tempo".

Os horários de passeios também precisam de ajustes, é importante manter essa rotina mesmo no verão e levá-los em horários diferenciados, quando a incidência do sol é menor, antes das 10h da manhã e após as 17h. Escolha passear com o pet em locais mais gramados, pois a grama é bem mais fresca que o asfalto e não causará possíveis queimaduras nas patinhas.

O tutor de pet precisa saber que a insolação é algo comum aos cães. A especialista menciona que alguns sinais que o pet pode apresentar são: respiração ofegante, gengivas vermelhas ou pálidas, saliva espessa, fraqueza, excitação, vômitos e convulsão. "Se ao perceber que o cãozinho apresenta esses sintomas, o tutor deve retirá-lo do sol ou do local abafado, tentar resfriá-lo com água fresca e, logo em seguida, levá-lo ao veterinário", explica Thaís.

Por causa do calor excessivo pode ser que o pet não sinta vontade de comer nos horários habituais, então o tutor precisa oferecer comida nos horários em que a temperatura está mais amena, preferencialmente logo de manhã ou ao anoitecer. Hoje em dia já existe até sorvete dentro das opções de snacks para cachorros, que pode ser encontrado em lojas de produtos especializados para pets.

Para ajudar os pets nos dias quentes, elaboramos uma receita de sorvete para cachorro, que o tutor pode fazer em casa. Confira:


Receita de sorvete para cachorro

Ingredientes:
Meia melancia sem caroço
Folhas de hortelã

Modo de Preparo:
Bata a melancia sem caroço no liquidificador até formar um suco. Pique as folhinhas de hortelã e misture com ele. Então, despeje o conteúdo em uma forma (forminhas de gelo ou de sorvete) e leve ao freezer. O sorvete pode ser servido sozinho como "petisco", colocado para derreter na água do cão ou, se feito em uma forma grande (como num pote de sorvete de massa, por exemplo), colocado no chão para que o cachorro se entretenha fazendo ele derreter.


Se o seu cãozinho mostrar que não gostou muito da fruta indicada, pode-se tentar outras opções. Por exemplo, suco de maçã natural sem caroço ou suco de cenoura. Mas, caso o tutor queira variar a receita do sorvete para seu pet, não se esqueça de que nem todas as frutas ele pode comer.

É importante ter cuidado com os alimentos que oferecemos ao pet. Saber quais frutas que não pode dar para cachorro é muito importante para evitar intoxicação, como: maracujá, uva, açaí, carambola, figo e tomate estão na lista proibida para os cãezinhos. De qualquer maneira, os pais e mães de pets devem sempre consultar o médico veterinário de confiança.



DogHero


Adoção de cães e gatos cresce durante a pandemia

O ano de 2020 foi um marco para os pets que tem ajudado na saúde mental de famílias e tutores durante o isolamento social

 

As fotos de final de ano de muitas famílias tiveram um novo integrante: os animais de estimação. Durante a pandemia, ONGs e protetores de animais afirmam que a procura por adoção de cães e gatos aumentou em quase 50%. Em Brasília, a Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses do Distrito Federal (GVAZ) e entidades parceiras registrou que o número de adoções de animais, entre janeiro e setembro de 2020, foi maior do que o dobro do ano de 2019, quando a pandemia ainda não havia chegado ao país. A busca por companhia é o principal motivo para o crescimento das adoções.

Em paralelo, estudo recente conduzido pelo canal especializado Journal of Veterinary Behavior com 1.300 respostas coletadas em três semanas de distanciamento constatou que os animais de estimação trazem benefícios para saúde mental e ajudam a enfrentar as consequências do confinamento, que incluem a solidão como principal sintoma. A pesquisa, conduzida na Espanha, traz resultados relevantes, pois pela primeira vez toda população estava na mesma circunstância ambiental.

Nesse contexto, o contato com pets se destaca como uma fonte significativa de suporte e bem-estar para pessoas de todas as idades. Mas, não é de hoje que a interação humano-animal rende bons resultados. Os animais vêm sendo um componente central da vida humana há milhares de anos e hoje, as configurações familiares e o crescimento do mercado pet evidenciam a importância do papel desempenhado por esses animais.

"Nos últimos anos, observamos uma mudança expressiva no comportamento dos consumidores em relação a seus pets - e como o mercado vem respondendo a isso. A tendência é que o desenvolvimento de produtos caminhe para soluções mais integrativas, que contribuam ainda mais para fortalecer a relação humano-animal", comenta Roberto Valdrighi, gerente de Marketing LatAm da Mars Pet Nutrition, uma divisão da Mars Petcare. Recentemente, a marca OPTIMUM™, parte do portfólio de alimentos para pets, criou uma campanha com foco nos tutores, reforçando o conceito de pet parenting, que se refere aos cuidados e informação para cuidar bem dos peludos.

O vínculo com cães e gatos se estreitou à medida que houve a flexibilização do conceito de família. Em relatório divulgado pelo Instituto WALTHAM™, maior referência em pesquisa científica sobre animais, crianças e pais, descrevem seus pets como membros da família. Os entrevistados ainda relatam que seus cães e gatos são como confidentes e fontes de suporte e consolo. Paralelamente, outro estudo dirigido pela Universidade de Michigan, aponta que 75% das crianças entre 10 e 14 anos buscam seus animais quando estão chateadas.

O WALTHAM™ comprovou ainda que relacionamentos próximos com pets são frequentemente associados ao desenvolvimento de empatia em crianças e o suporte social sem julgamentos provido pelos animais produz efeito calmante sobre pessoas de todas as idades. Após um ano com tantos desafios, um ouvinte como esse cai bem, não é mesmo?

 


Mars Petcare


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