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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Especialista aponta quais as melhores soluções em tecnologia para o sucesso de uma videoconferências e reuniões à distancia

Imagem: divulgação
Atualmente, uma empresa que se limita a reuniões presenciais já está perdendo o fôlego para acompanhar as mudanças rápidas do mercado, principalmente em tempos de pandemia. É por isso que investir em equipamentos de videoconferência é uma tendência que veio para ficar!

 

Segundo Rubens Branchini, Diretor Comercial da ES Tech - empresa referência no fornecimento de tecnologias de videoconferência, Comunicação Unificada e Segurança Eletrônica, as vantagens desse modelo de reunião são imediatas para a empresa, bem como o colaborador que o adota.

"Hoje em dia, uma reunião não tem mais hora ou lugar para acontecer. É um dos processos afetados pela transformação digital, que inclui tecnologia na administração e operação de negócios do futuro", afirma Branchini. 

Entre os benefícios das vídeoconferências destacam-se: maior produtividade e eficácia nas reuniões remotas; permite discutir informações importantes com agilidade; conexões mais profundas e significativas com clientes e parceiros através de conversas face a face mais frequentes; redução significativa nos custos de viagens e deslocamentos. 

Porém o sucesso das reuniões virtuais depende da qualidade dos equipamentos, por isso Branchini lista abaixo os principais aparelhos que otimizam as videoconferências:

 

Headset sem fios que funcionam por meio de Bluetooth 

Os dispositivos possibilitam que os colaboradores desfrutem da liberdade sem fios, se mantenham conectados e atentos às novas chamadas, mesmo que se afastem de seus pontos e mesas de trabalho. Podem ser conectados em diversas plataformas como telefones de mesa, smartphones ou computador. Estes headsets permitem uma experiência de áudio excepcional, som limpo e vibrante em todos os momentos, dentro do alcance de 98 pés/30 metros do auricular. Além disso, por meio de um botão, permitem que o colaborador corte o som, se julgar necessário. O dispositivo ainda dispõe de alertas de voz que informam o estado da ligação, do tempo de conversação restante, do estado do corte de som e muito mais. Ainda é possível definir e personalizar o dispositivo e selecionar a preferência de idioma, as definições de funções e as notificações de chamadas.

 

WebCam HD com microfone embutido 

Para se obter uma videoconferência de qualidade, recomenda-se investir em uma boa Webcam; que proporciona vídeos de melhor qualidade do que as câmeras integradas aos notebooks e tablets. Com este dispositivo, as imagens são mais nítidas e compatíveis com uma imensa variedade de computadores. É possível gravar chamadas em HD widescreen com foco automático, áudios estéreos, tornando as reuniões mais eficientes, com a qualidade de vídeo mais nítida possível.

 

Aparelho de audioconferência 

O ideal é optar por dispositivos viva-voz sem fios e portáteis por serem fáceis de manusear. Eles têm o poder de transformar instantaneamente o notebook, o smartphone ou PC em um verdadeiro aparelho de teleconferência de alta qualidade.

 

Teclado e mouse sem fios 

Outra opção que irá somar na performance das videoconferências são os teclados e mouse sem fios. Com uma conexão sem fio confiável, é possível eliminar uma provável bagunça de cabos e fios e trabalhar de qualquer lugar, em aproximadamente 9 metros de distância. O ideal é que o teclado seja curvado ergonomicamente para encorajar o colaborador a assumir uma postura que alinhe seus braços, punhos e mãos de forma que ofereça conforto.

 

Equipamentos ergonômicos: Sua coluna agradece! 

Já que o home office tem se tornado uma realidade que veio para ficar, importante ter à disposição do colaborador, equipamentos ergonômicos que trazem maior conforto durante as videoconferências. Aqui é mais que recomendado investir em aparatos como apoio de mouse, de pés, suporte para notebook regulável, entre outros.

Com um investimento certeiro em equipamentos de videoconferência e um bom sistema para gerenciá-los, uma reunião remota pode ser tão boa ou até melhor que a presencial.  A ES Tech dispõe de soluções de videoconferência excepcionais para atender a todas as necessidades de colaboração e comunicação de empresas.

 



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Quais são as habilidades de marketing essenciais para os novos tempos

Dois instrutores de marketing digital da Udemy, Diego Davila e André Fontenelle, falam sobre o marketing neste período de distanciamento social

 

É inegável que, nos últimos meses, a pandemia promoveu diversas mudanças nas mais variadas esferas. Uma delas foi no modo como as empresas fazem negócios. Por exemplo, muitas delas – pequenas, médias e grandes – precisaram passar a promover e vender os seus produtos ou serviços pela internet.

Para isso, muitos empreendedores e profissionais têm recorrido a conhecimentos de marketing e marketing digital, geralmente por meio de cursos online. No Brasil, durante os dois primeiros meses da pandemia, a habilidade mais procurada por alunos da Udemy, o maior destino do mundo para cursos online, foi marketing no Instagram, com um aumento de 103%.

A seguir, os instrutores de marketing na Udemy Diego Davila e André Fontenelle, alguns dos principais instrutores da plataforma no país, respondem a perguntas sobre a área e os desafios dos novos tempos em que estamos vivendo.

 

As cinco habilidades de marketing que todo empreendedor e profissional deve possuir atualmente

Na opinião de Davila – instrutor com mais de 530.000 alunos na Udemy em cursos como “Curso completo de WhatsApp marketing” e “Curso completo de Instagram marketing” –, as cinco habilidades de marketing que todo mundo deve aprender são técnicas: utilizar vídeo marketing, usar marketing nas redes sociais, produzir anúncios digitais para as redes sociais, criar anúncios digitais para o Google e otimizar (ou criar) um site para a divulgação da empresa.

Já para Fontenelle – instrutor com mais de 240.000 alunos na Udemy, em cursos como “SEO fundamental” e “Curso de Google Ads (AdWords) completo” – as cinco habilidades de marketing fundamentais, pensando num ambiente pós-pandêmico, são: estudar e compreender as mudanças de comportamento de consumo, estar apto/a para implementar transformações rapidamente, estar preparado/a para o digital, ter foco nas métricas de conversão e possuir forte presença nas mídias sociais.

 

O crescimento do marketing digital enquanto estamos em casa

Ambos os instrutores concordam que o marketing digital é o que está ajudando muitas empresas brasileiras a prosperarem e a alcançarem novos clientes nestes tempos em que estamos mais em casa. “Sem o marketing digital, muitas empresas já não estariam mais funcionando”, afirma Davila. “Nos últimos meses, o marketing digital se tornou a principal ferramenta para as empresas buscarem clientes”, diz Fontenelle.

 

Principais lições que a pandemia trouxe para os profissionais de marketing

Enquanto Davila afirma que a principal lição que os profissionais de marketing aprenderam com o período de distanciamento social foi que o futuro da área é online, Fontenelle dá dicas táticas. “É preciso saber transmitir que a empresa segue os protocolos de segurança e apresentar opções seguras de entrega do produto ou de utilização do serviço”, afirma ele.

 

Opiniões de instrutores internacionais

Não é só no Brasil que o marketing digital está em alta. Outros instrutores de marketing na Udemy, da Espanha e da França, concordam que é essencial que as empresas se adaptem ao ambiente digital nos tempos atuais.

De acordo com o espanhol Pau Rodrigo Millan, empreendedores e profissionais têm valorizado mais o marketing digital inclusive porque, em muitos casos, é a chance que eles têm de manter os seus negócios.

O francês Matthieu Blanco é da mesma opinião. "O marketing digital é um elemento essencial para o sucesso das empresas, principalmente em situações de crise como a da pandemia", diz ele.

A pesquisa sobre marketing nos tempos atuais foi feita com seis instrutores da Udemy nos seguintes países: Brasil, Espanha e França.

 

 

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Colapso em Manaus afeta cidades do interior do Amazonas onde MSF atua

Crise limita transferência à capital de pacientes de municípios sem estrutura para casos graves

 

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso pela segunda vez. Apesar de os hospitais da capital do Amazonas estarem tentando ampliar a disponibilidade de leitos para pacientes da COVID-19, o número de doentes cresce a uma velocidade mais rápida, levando à sobrecarga e saturação de todo o sistema de saúde. Mais grave é o fato de que a capacidade de Manaus produzir oxigênio cobre apenas um terço da demanda atual, deixando hospitais sem meios de fornecer o insumo a seus pacientes, com um grande número de relatos de pessoas morrendo por asfixia. O efeito cascata em algumas cidades do interior do estado está começando a aparecer, e as consequências podem ser igualmente devastadoras.

Equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão presentes nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Tefé, ambas a alguns dias de barco da capital. Com os hospitais de Manaus lotados, não há atualmente nenhum lugar para onde transferir os pacientes em estado mais grave. MSF está tentando correr contra o tempo, ampliando suas equipes e avaliando maneiras de contribuir com a resposta em Manaus, enquanto o número de mortos cresce.

Na primeira semana de janeiro, um terço dos pacientes de COVID-19 em Tefé, onde MSF dá suporte ao hospital regional, necessitavam de tratamento com oxigênio, mas na semana passada essa proporção elevou-se para dois terços.

Não apenas o número de pacientes admitidos está crescendo, mas seu estado de saúde quando são admitidos está mais grave, indicando que a situação pode estar prestes a se tornar desastrosa.

Como sabemos um pouco mais sobre a doença, deveríamos estar em uma posição que permitisse salvar mais vidas, mas isso só é possível se dispomos de oxigênio e de possibilidades de transferir pacientes em estado grave ou crítico para hospitais mais bem aparelhados”, disse Pierre Van Heddegem, coordenador-geral dos projetos de MSF no Brasil.Na semana passada, não foi possível transportar de avião nenhum paciente de Tefé a Manaus. Perdemos três pacientes que teriam tido chance de sobreviver se tivessem recebido atendimento em um hospital de uma cidade grande, mas a transferência foi inviável”, lamentou Van Heddegem.

Como não existem unidades geradoras de oxigênio próximas a Tefé, os cilindros têm de ser enviados a Manaus para recarga. MSF doou 50 novos cilindros ao hospital regional de Tefé no final de 2020, mas, sem a possibilidade de recarregá-los em Manaus, a região do interior também corre o risco de que seu estoque termine. “Temos apenas uns poucos dias de estoque de oxigênio em Tefé caso o ingresso de novos pacientes continue no ritmo atual”, acrescenta Van Heddegem.

MSF está buscando desesperadamente soluções alternativas para que os pacientes de Tefé que estão em estado grave possam receber assistência, apesar da saturação total dos hospitais de Manaus. Ao mesmo tempo, a organização está trabalhando para dar sua contribuição também em Manaus. Os primeiros integrantes de uma equipe de MSF chegaram ontem à capital do estado do Amazonas.

Em São Gabriel da Cachoeira, o outro município do Amazonas onde MSF atua, o ano de 2021 chegou com um forte aumento de casos. Na primeira semana de janeiro, o número de novos infectados pela COVID-19 aumentou em cinco vezes na comparação com os dados da última semana de 2020.

Uma enfermaria com seis leitos para pacientes da COVID-19 foi montada pelo Ministério da Saúde e está sendo apoiada por uma equipe de MSF. No município há um pequeno hospital com capacidade própria de geração de oxigênio, mas se o número de casos se elevar de maneira descontrolada as perspectivas podem se tornar tão difíceis quanto as vividas em Tefé.

MSF tem trabalhado na melhoria da capacidade de testagem local, utilizando especificamente o teste de antígeno, que detecta se o paciente está com o vírus ativo. Este tipo de teste é melhor para ter uma avaliação em tempo real da situação epidemiológica, em contraste com os testes de anticorpos, bastante usados no Brasil. Os testes de anticorpos mostram se a pessoa teve ou não a doença, mas não se ela se encontra doente no momento da coleta. No teste de anticorpos, um resultado positivo pode indicar que a pessoa teve a doença há semanas ou meses, mas pode não existir mais o risco de transmitir a doença. Detectar se o vírus encontra-se ativo ou não, como é possível fazer com o teste de antígeno, evita internações desnecessárias e sobrecarga adicional ao sistema de saúde.

MSF também doou cartuchos de exames a um laboratório já existente em São Gabriel da Cachoeira, permitindo a entrada em operação de uma máquina de exames GenExpert que pode ser utilizada para a realização de testes PCR em pacientes com suspeita de COVID-19. “Os resultados ficam prontos em cerca de uma hora e são realizados na própria cidade, sem a necessidade de levar as amostras até Manaus, como era feito até então”, explica Irene Huertas Martín, coordenadora do projeto de MSF na cidade. Antes, os resultados demoravam pelo menos uma semana.

Equipes de promoção de saúde de MSF também estão fornecendo informações sobre a doença nas duas cidades e o trabalho pode ser expandido a Manaus. Garantir que as pessoas saibam como se proteger e àqueles com quem convivem continua sendo uma das maneiras mais importantes de evitar a expansão da doença em uma região onde o acesso a cuidados de saúde adequados pode estar distante muitas horas ou mesmo dias em viagens de barco pelos rios da região.

MSF voltou a trabalhar no estado do Amazonas no final do ano passado, após um primeiro período de atuação na região entre abril a agosto, quando trabalhou em Manaus, Tefé e São Gabriel da Cachoeira. MSF continuou monitorando a situação da pandemia na região e, com o aumento de casos identificado em outubro, viu a necessidade de voltar às cidades do interior para oferecer novamente apoio aos profissionais de saúde locais na resposta à COVID-19.

No Brasil, além dos projetos em Tefé e em São Gabriel da Cachoeira, MSF trabalha em São Paulo, onde oferece cuidados paliativos para pacientes que não respondem a tratamentos, no hospital Tide Setúbal. MSF encerrou recentemente as atividades que mantinha no estado do Mato Grosso do Sul, na região das cidades de Amambaí, Corumbá e Aquidauana. A resposta de MSF à COVID-19 no Brasil começou em abril e, além dos estados já mencionados, foram realizadas atividades em Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso e Goiás.

 


Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.


Cresce para 40% o número de candidatos que aceitam contratação PJ, segundo a Revelo

Levantamento aponta que, nesse período de incertezas gerado pela pandemia, profissionais estão mais disponíveis para o modelo de contratação flexível

 

No primeiro trimestre de 2020, apenas 7% dos profissionais tinham interesse na contratação por meio da modalidade pessoa jurídica (PJ), que é uma alternativa ao tradicional Regime CLT, segundo a  Revelo, maior empresa de tecnologia para área de recursos humanos da América Latina. Porém, um estudo recente da plataforma mostrou que o cenário mudou, o ano fechou com um aumento de 40% na busca pelo regime com CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

A pesquisa, que foi feita com informações em tempo real, na base Revelo que conta com 1.5 milhão de candidatos cadastrados e mais de 25 mil empresas, também identificou que as empresas estão publicando mais oportunidades com esse formato, principalmente nas áreas de tecnologia, design e marketing digital. Entre 2019 e 2020, o volume percentual de contratações PJ passou de 22,06% para 31,14%. Esses dados levam em consideração processos de recrutamento e seleção em todo Brasil.

“A contratação flexível foi uma alternativa encontrada pelas empresas para seguir com oportunidades em um momento de incertezas. Já os profissionais, para mais chances de recolocação, passaram a aceitar outros tipos de contratos, por exemplo, como o prestador de serviço pessoa jurídica”, comenta Patrícia Carvalho, Diretora de Experiência do Candidato e Marketing na Revelo.

Outro dado do estudo que chama a atenção é o nível hierárquico mais buscado dentro da modalidade PJ. Dentre todas as especialidades e carreiras presentes na plataforma da Revelo, o profissional sênior, com sólida experiência, é o que está sendo procurado pelas empresas, 32,36%. “Isso se dá ao fato de que muitas companhias reduziram o quadro de colaboradores e passaram a necessitar de líderes mais estratégicos para guiar suas equipes”, finaliza a Diretora.

 

A CPMF e o imposto da janela

Em 1696, os britânicos encontraram uma maneira criativa de um novo imposto e começaram a taxar as janelas. Isso mesmo. Quanto mais janelas uma casa tivesse, mais impostos o dono do imóvel tinha que pagar. A lógica era que as propriedades dos ricos tinham mais janelas e então a quantidade serviria de base de cálculo para o imposto.

O que aconteceu com o passar do tempo? O imposto levou as pessoas a construírem casas com cada vez menos janelas e até as mansões eram pensadas para se pagar menos o tal imposto. Até hoje, em algumas casas antigas britânicas, podem ser vistos espaços de janelas fechadas com tijolos e casarões da época com poucas janelas.

Esse novo imposto causou também um grande problema de saúde pública, causados pela falta de ventilação nas casas e que levaram à extinção do imposto em 1851, mais de 150 anos depois de sua criação.

Comparo a CPMF, muitas vezes trazidas à tona pelo atual governo, com o imposto da janela.

Já de imediato, a analogia faz sentido na tentação de que o aumento de carga tributária nos remete a um ambiente medieval, daquele rei que quando vê necessidade manda criar mais um imposto. Por consequente, a criação de uma nova CPMF, faz crer em uma preguiça do governo em pensar uma reforma tributaria ampla, eficiente, formada por um grupo de especialistas no assunto e discutida amplamente com a sociedade.

Isso dá trabalho. A janela também era simples e rápida, sem trabalho intelectual.

A CPMF é um imposto regressivo e distorcido e que onera ainda mais a base da pirâmide. Os ricos tinham condições de esconder suas janelas e pensarem em alternativas de diminuir a base de cálculo. Os pobres não. Na CPMF da mesma forma.

Outro ponto, a CPMF é sobretaxa em cima dos impostos sobre o consumo, um caráter cumulativo, prejudicando o giro da economia. O imposto da janela era sobretaxa dos imóveis, já que na época, já existia um imposto sobre a propriedade.

A proposta que vemos tem aumento de carga no sistema financeiro e esse aumento, rigorosamente, provoca aumento do custo do dinheiro. A maneira de fugir da base de cálculo seria o dinheiro em papel circulando cada vez mais, de encontro contra qualquer modernidade tributaria ou tecnológica que existe. As pessoas " construiriam menos janelas " e procurariam pagar as contas cada vez mais em dinheiro.

A CPMF criaria um incentivo para que as pessoas sacassem da conta corrente e andassem com dinheiro no bolso, isso nos tempos atuais !!! Até a segurança do sistema muda, assim como a janela mudou a questão da saúde.

A neutralidade tributária, ou seja, a ideia de que um imposto deve interferir o mínimo possível nas decisões dos agentes econômicos é quebrada com a CPMF e, lembrem no nosso exemplo, assim como a tributação das janelas interferindo na construção das casas e na saúde pública.

Vale citar que nenhum país desenvolvido no mundo usa esse tipo de contribuição. Ele é visto mais como um retrocesso do que avanço na questão tributária. Olhem aí mais um comparativo. Nenhum outro reinado ou império importante da época criou algo parecido nos 150 anos.

Até o argumento mais favorável do governo de que a CPMF tem potencial arrecadatório razoável com baixo custo administrativo, uma solução rápida e de fácil fiscalização, pode ser comparada com o imposto medieval. Era fácil de se calcular e a fiscalização poderia passar de casa em casa para checar a sua arrecadação. Simples e rápido.

Por fim, a CPMF cria um poder rápido e seguro do Fisco na estatística das transações financeiras, assim como os britânicos na época queriam ter em mãos um inventario mais preciso de sua principal arrecadação, a propriedade.

Nosso sistema tributário é da década de 1960, defasado, distorcido e antiquado e precisa ser alterado e pensado com eficiência e modernidade e não com um viés de 300 anos atrás.

 


Daniel Calderon - contador, advogado, empresário da área contábil e tributária e sócio da Calderon Contabilidade.

 

Você sabe o impacto econômico da voz do cliente sobre o seu negócio?

Já faz alguns anos que o consumidor passou a ser, definitivamente, o centro de qualquer negócio. Com as transformações na cultura do consumo e variedade de produtos disponíveis à um clique, compreender a experiência de compra é crucial para agregar valor à marca e reter mais clientes. 

Para ajudar a entender melhor esse cenário, vamos entender alguns conceitos, e como a voz do cliente impacta diretamente em seu negócio. No início CX, NPS, CAC, LTV vão parecer uma sopa de letrinhas, mas ao final você vai entender o que significa cada uma delas, e por fim o que é o NPS Economics. 

CX é uma sigla para Customer Experience ou Experiência do Cliente. Basicamente é a adesão de uma cultura de uma empresa em colocar o cliente no centro das decisões, principalmente utilizando pesquisas de satisfação para monitorar a opinião dele sobre os produtos e serviços ofertados.

Compreender a importância dessa cultura, auxilia nas tomadas de decisões e nas principais estratégias da empresa, utilizando a opinião dos clientes como norte.
Para ajudar a entender melhor esse cenário, utilizamos o Net Promoter Score - ou apenas NPS, que mede a lealdade do consumidor com aquela empresa, produto ou serviço. Utilizando a pergunta definitiva: "De 0 a 10, o quanto você recomendaria a Empresa X para um amigo ou parente?" Através das respostas a essa pergunta, é possível categorizar os clientes entre Detratores, Neutros e Promotores, e chegar a uma métrica única da satisfação e lealdade com o serviço e a empresa. Obtendo a sua nota de NPS, que pode variar entre -100 e 100. 

Ter a nota de NPS como um norte, permite que a empresa entenda um possível descontentamento, monte um plano de ação e corrija um problema em tempo hábil para não abalar a sua relação com o consumidor. Além disso, esse estudo também possibilita que medidas sejam tomadas enquanto a pesquisa acontece, reformulando caminhos e projetos para sanar pequenos contratempos identificados nas sondagens anteriores.

Agora vamos entender brevemente os conceitos de LTV e CAC, conceitos muito utilizados na gestão das empresas e que são diretamente impactados pelo NPS.

O LTV (Lifetime Value) ou Valor de um Cliente, mede o potencial lucro futuro gerado por um cliente, definindo, assim, o valor de um consumidor ao longo de seu relacionamento com a marca. Já o CAC (Customer Acquisition Cost) ou Custo de Aquisição de Cliente, se caracteriza pela soma de todos os custos para a conquista de novos consumidores dividido pelo número de clientes conquistados - ou seja, tudo o que gastou com atração de visitantes, nutrição dos leads e fechamento da compra. 

No raciocínio do NPS Economics, quando se tem um cliente Promotor, ou seja, que avalia positivamente os serviços prestados, naturalmente ele vai trazer novos clientes para o estabelecimento, através de indicações e recomendações de compra. Esse bom relacionamento gera uma consequência imediata, uma vez que ele reduz o custo investido na aquisição de novos clientes (CAC) e também aumenta o tempo de vida dele enquanto seu cliente (LTV).

Em contrapartida, o cliente Detrator, que não teve uma boa experiência com a sua marca, além de não te recomendar para amigos e parentes,  te faz gastar mais em publicidade e patrocínios (Aumento de CAC), e retorna com menor frequência, pois não está satisfeito com o serviço, (Diminuição de LTV). Impactando diretamente nos indicadores econômicos da sua empresa. 

O NPS já é utilizado como a principal métrica de lealdade de clientes em todo o mundo, e de forma recorrente nas pesquisas de satisfação para categorizar, identificar e tratar os principais problemas apontados pelos seus próprios consumidores. Impactando diretamente na fidelização, melhoria de processos, experiência de compra e nos principais indicadores econômicos do seu negócio. 

Quer entender com mais profundidade o que é o NPS Economics, aplicando de forma prática todos esses conceitos? Acesse esse artigo escrito por Tiago Serrano, e publicado no livro “Experiência do Cliente, na teoria e muita prática”. 

 


Tiago Serrano - CEO e Fundador da SoluCX, empresa especializada em pesquisa de satisfação e NPS


Boletim Covid-19: ANS atualiza dados sobre utilização dos planos de saúde

Nova edição, divulgada nesta terça-feira (19/01), contempla informações coletadas até dezembro

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga nesta terça-feira (19/01) nova edição do Boletim Covid-19 com dados sobre a utilização dos planos de saúde durante a pandemia. São apresentadas informações assistenciais e econômico-financeiras coletadas até dezembro junto a uma amostra de operadoras, além da prévia da evolução do número de beneficiários em planos de assistência médica relativa a esse mês, número de exames relacionados à Covid-19 realizados pelos planos de saúde e demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS através de seus canais de atendimento.   

O objetivo da publicação é monitorar a evolução de indicadores relevantes do setor de planos de saúde durante o período da pandemia, subsidiando análise qualificada da Agência Reguladora e prestando mais informações à sociedade. 

Na parte relativa aos indicadores assistenciais, são informados a ocupação de leitos, os atendimentos em pronto-socorro que não geraram internação e autorizações emitidas para procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar, entre outros dados que apontam as principais tendências em relação à utilização de serviços de saúde durante a pandemia. Os indicadores econômico-financeiros analisam a sinistralidade observada através do fluxo de caixa das operadoras - movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período - e a inadimplência, ou seja, o não pagamento de obrigações no prazo estabelecido. Confira a seguir as informações detalhadas.   

 

Evolução de beneficiários

O número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica registrado em dezembro segue a tendência de crescimento que vinha sendo observada nos meses anteriores e consolidada a partir de julho. O setor fechou o ano com 47,6 milhões de beneficiários em planos de assistência médica – um aumento de mais de 560 mil usuários em relação a dezembro de 2019 (1,18%) e de 178,9 mil (0,4%) em relação a novembro de 2020. 

De março a dezembro, o aumento ocorreu em todas as modalidades de contratação do plano, sendo que o maior percentual foi verificado nos coletivos por adesão (2% a mais em relação a março). A taxa de crescimento do número de beneficiários idosos (acima de 59 anos) se manteve positiva entre os planos coletivos. Já no caso dos beneficiários da faixa etária até 59 anos, foi observada a primeira variação positiva nos planos individuais desde julho.

 

Informações assistenciais   

Em dezembro, a taxa de ocupação geral de leitos (com e sem UTI) nos hospitais da amostra ficou em 68%, mantendo-se praticamente a mesma observada no mês anterior e, pela primeira vez em 2020, apresentou-se acima do observado para o mesmo mês em 2019 (67%). Essa informação considera a ocupação tanto para o atendimento à Covid-19 quanto para demais procedimentos não relacionados à doença, e engloba leitos comuns e de UTI. Já a taxa mensal de ocupação dos leitos (comum e UTI) para Covid-19 aumentou para 67% em dezembro, frente a 63% verificado em novembro. E a taxa de ocupação de leitos para os demais procedimentos, que foi de 71% em novembro, passou para 68% em dezembro.

A quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações segue apresentando retomada gradual. Em dezembro, houve um crescimento de 4,9% em relação ao mês anterior, mesmo assim, ainda abaixo do observado antes do início da pandemia. 

A busca por atendimentos de Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) – que permite avaliar a tendência quanto à utilização de procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar – apresentou queda de 15% em dezembro, no comparativo com o mês anterior, redução que pode ser explicada pela baixa sazonalidade histórica no período. Contudo, quando comparado com o mesmo período de 2019, as autorizações para SADT apresentaram aumento de 9,2%. 

 

Exames   

Os dados sobre a realização de exames contemplam informações coletadas até outubro e têm como fonte os dados do Padrão TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar). Nesse mês, foram contabilizados 161.811 exames para detecção de Covid-19 do tipo Pesquisa de RT-PCR e 41.337 testes do tipo sorológico. Desde o início da pandemia, foram realizados 1.756.430 exames do tipo RT-PCR e 235.216 sorológicos na saúde suplementar.  

Cabe destacar que os números do mês de outubro apresentados no boletim ainda sofrerão alteração à medida que as cobranças forem encaminhadas dos prestadores de serviços às operadoras e, posteriormente, para a ANS.    

 

Informações econômico-financeiras 

Essa edição do boletim mostra que, em dezembro, houve um aumento das despesas assistenciais superior ao aumento dos valores pagos pelos beneficiários relativos às contraprestações (mensalidades), quando comparado com novembro. Como consequência, nota-se um aumento do índice de sinistralidade nesse mês (80%), compatível - porém ligeiramente superior - ao nível histórico para o 4º trimestre, ao se comparar com os indicadores trimestrais dos últimos anos. 

Os percentuais de inadimplência tanto para planos individuais/familiares quanto para coletivos também se mantêm próximos do nível histórico, porém ainda um pouco abaixo da média. O percentual geral ficou em 6%, mesmo patamar registrado em novembro, o menor valor da série observada. Quando analisado por tipo de contratação do plano, o indicador teve aumento de um ponto percentual em ambas as modalidades, passando de 9% em novembro para 10% em dezembro nos individuais ou familiares e de 4% para 5% nos coletivos.

 

Demandas dos consumidores     

Em dezembro, foi registrada queda de 15,2% no número de reclamações envolvendo todos os temas em relação ao mês anterior, totalizando 11.329 demandas. Já as queixas relacionadas especificamente à Covid-19 apresentaram pequeno aumento (0,7%) em relação a novembro, com o registro de 1.173 demandas. 

Do total de reclamações sobre Covid-19 registradas no mês, 74% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e tratamento; 16% se referem a outras assistências afetadas pela pandemia; e 10% são reclamações sobre temas não assistenciais (contratos e regulamentos, por exemplo). De março até dezembro, foram registradas 16.174 reclamações e 19.536 pedidos de informações sobre Covid-19. Cabe esclarecer que essa classificação considera o relato do consumidor ao cadastrar sua demanda na ANS, sem análise de mérito sobre eventual infração da operadora ou da administradora de benefícios à Lei 9.656/98 e seus normativos ou aos termos contratuais.    

As demandas de reclamação dos consumidores passam pela mediação de conflitos realizada através da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), conforme definição prevista na Resolução Normativa nº 388/2015. A mediação possibilita que as operadoras reparem sua conduta irregular e resolvam os problemas dos beneficiários, evitando, assim, a abertura de processo administrativo e judicial. Entre março e outubro de 2020, a NIP alcançou 93,3% de resolutividade, considerando todas as demandas cadastradas na ANS no período que foram passíveis de mediação, bem como 91% de resolutividade quando consideramos somente as demandas relacionadas à Covid-19. Já o percentual de resolução das reclamações relativas aos testes para detecção da Covid-19 ficou em 92,3% para os exames de RT-PCR e 91,9% para os exames sorológicos. Esse dado informa que a maioria das reclamações apresentadas foram solucionadas no âmbito da mediação promovida pela Agência.     

No portal da ANS, é possível acessar o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19. Clique aqui e confira. 

 

Sobre os dados   

Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 97 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e 96 para análise de inadimplência. Juntas, as operadoras respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares.    

Adicionalmente, na construção do boletim, para estes e demais indicadores relacionados a demandas de consumidores e variação da base de beneficiários, foram utilizados dados oficiais da ANS, entre eles, o Documento de Informações Periódicas (DIOPS), o Sistema de Informações de Fiscalização (SIF) e o Sistema de Informação de Beneficiários (SIB).


Vacina abrirá as portas dos eventos?

Não se sabe de forma assertiva, mas abre a esperança de dias melhores.

Com o inicio da vacinação, é possível sentirmos a melhora do quadro atual. Após três meses, ou seja, a partir de maio de 2021, certamente o impacto sobre a sociedade estará menor, com menos pessoas contaminadas, em tratamento e óbitos por Covid-19.

Deverá ganhar corpo a perspectiva de que a vitória da tecnologia sobre a doença estará cada vez mais próxima.

 

Os eventos estão autorizados a acontecerem em grande parte do território brasileiro. Mas falta confiança, por parte dos visitantes e expositores, em colocar os mesmos em pé, gerando nova onda de cancelamentos e adiamentos.

 

Isso se dá mesmo com a coragem e a competência dos promotores e organizadores de eventos, que conseguiram fazer alguns certames com resultados ótimos de transmissão de conhecimento e de geração de negócios, sem noticias de transmissão da doença.

 

Mas a vacinação fará toda a diferença para a confiança voltar. Trará de volta a visitação para as feiras, os congressistas para os eventos de auditório e certamente, mês a mês, os resultados serão melhores, até se atingir a normalidade a que estávamos acostumados.

 

Tudo indica que algumas tecnologias inseridas neste mundo durante a pandemia devem continuar, como as lives, os webinars, os híbridos e as feiras on-line.

 

Serão anexadas aos eventos presenciais, que terão ainda mais janelas de exposição para o público interessado, com mais audiência e certamente mais resultados para todos os participantes.

 

O futuro próximo será excelente e virá, de forma crescente, a partir de maio de 2021.


Ponham as baterias para recarregar, para chegarem a 100% de carga, pois teremos muito a realizar pela frente.


Viva o setor de eventos! Viva o desenvolvimento! Viva a vida!

 


José Roberto Sevieri - promotor de feiras, administrador de empresas, CEO da Proma Feiras e Vice-Presidente da ADVB – Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas do Brasil.


O que esperar do Marketing em 2021

A única certeza é a mudança: este poderia ser o slogan de 2020. O ano mais atípico da história recente expõe o paradoxo entre a dificuldade de se prever o amanhã com a necessidade de se estimar o impacto de tendências que abrangem o comportamento do consumidor, as marcas, o profissional de marketing e, claro, a tecnologia. 

O comportamento do consumidor passa por profunda transformação. Algumas aceleradas, outras geradas pela pandemia; algumas transitórias, outras mais longevas. Em meio à infodemia (excesso de informações sobre a Covid-19), ocorre também uma inundação de conteúdo que leva à saturação. Mais do que nunca, é preciso se diferenciar, entreter. Em paralelo, da abundância de fontes e notícias, incluindo as fakes, emerge da sociedade um movimento de busca pela transparência. 

Vivemos uma era onde todas as empresas do mundo competem entre si por um ativo cada vez mais valioso e escasso: a atenção. Por consequência, a relevância de influenciadores passa por aumento flagrante e a enorme maioria dos anunciantes já utilizou ou vai trabalhar com influenciadores em breve, indo ao encontro dos mais de 40% que já compraram alguma coisa por sugestão deles. 

O consumidor está cada vez mais apto a estabelecer toda sua jornada online: o tempo dedicado às redes sociais aumenta à medida que elas se tornam capazes de contemplar todo o ciclo desde a atração até a efetivação da venda. Em meio a esta conjuntura, no entanto, há crescente apreço pela humanização no atendimento. 

Marcas e conteúdos precisam se adaptar rapidamente à era Pós-propósito. Se recentemente meses vimos aflorar a necessidade de alinhamento de valores entre clientes e marcas, será preciso ir além:  praticar e agir de acordo, o que requer coragem para assumir posicionamentos firmes que sustentem os valores defendidos. A associação entre postura das marcas e faturamento tende a ser cada vez mais concreta. 

Enquanto o consumidor passa, da atenção ao consumo, por reflexão do que é prioritário, é preciso responder com foco na real necessidade. Em 2021 significa dizer, por exemplo, que uma empresa de bebidas poderia alocar menos recursos na compra de mídia para atrair quem procura bebidas para criar um aplicativo de encontros, fomentando situações que remetam ao consumo. O ex VP de marketing da Ambev disse literalmente: deveríamos ter inventado o Tinder. E faz total sentido. 

A resposta à saturação de conteúdo em 2021 vai passar principalmente por duas estratégias. O UGC (User Generated Content) consiste em usar os bilhões potenciais produtores de conteúdo que as mídias sociais criaram. Além de transmitir mais confiança e ampliar as chances de viralização, estimula o engajamento. Já o branded content, tem como case de maior sucesso um exemplo autoexplicativo: o filme Lego. Conteúdo interessante, que não fala da marca, mas a expõe o tempo todo. O objetivo é oferecer entretenimento, tendo a marca como pano de fundo. 

Para acompanhar tal cenário, o profissional e as equipes de marketing precisam ser cada vez mais ágeis. Pequenas equipes multidisciplinares e autogerenciáveis, com mecanismos frequentes de interação com stakeholders e tarefas organizadas em sprints. A imprevisibilidade beneficia esta mentalidade e demanda planejamentos mais curtos e flexíveis. 

Duas em cada 3 pessoas devem usar mais tecnologias digitais em 2021 do que em 2020. E fica cada vez mais evidente que a tal transformação digital é essencialmente cultural, tendo o marketing como um dos protagonistas, especialmente no contexto do omnichanel.  Não por acaso, em survey com o C-level, a lista de relevância de funções para o próximo ano é liderada por tecnologia/digital, seguida por vendas/marketing. 

Unindo este ecossistema, encontra-se o fator que impulsiona tais mudanças e já concentra ¼ do  budget de marketing: tecnologia. Dentre as principais tendências, a combinação dados + inteligência artificial e o crescente uso de machine learning dificilmente ficará de fora da grande maioria das equipes de marketing, para prever comportamentos.

Seguindo evolução das Realidades Virtual e Aumentada, todos os ambientes reais ou virtuais e todo tipo de interação entre humanos e máquinas facilitados pelo computador nos inserem na era da Realidade Estendida que chega com o objetivo de ampliar a conexão com os clientes. 2021 será um marco para este mercado que deve movimentar 30 bilhões de dólares ao longo dos próximos 10 anos. 

Por fim, o SEO vai passar por transformação para se adequar ao aumento do uso dos mecanismos de busca por voz. Será preciso acompanhar a transição para garantir que na “nova” maneira de pesquisar, o cliente encontre sua marca. 

Se a tecnologia é o condutor das mudanças impostas ou demandadas às marcas e equipes de marketing, o comportamento do cliente é que indica o caminho. Para atendê-lo, cada vez mais é preciso fazer marketing porque se fez algo que vale a pena, e não o contrário. E se há alguns anos vivemos sobre o mantra que “data is the new oil”, a atenção em 2021 é, sem dúvida, o veículo.

 



Nicolas Marchon - executivo sênior de marketing para a América Latina da Thermo Fisher Scientific. E-mail Nicolas.Marchon@thermofisher.com

 

68% dos brasileiros acreditam que desigualdade de renda no país será maior em 2021, mostra Ipsos

Disparidade está também no âmbito social: apenas 19% acham que polícia no Brasil tratará a todos da mesma forma


Segundo a opinião de seus residentes, o Brasil ainda está longe de atingir uma distribuição de renda igualitária. A pesquisa Global Advisor 2021 Predictions, conduzida pela Ipsos com pessoas de 31 nações, mostrou que, entre os respondentes brasileiros, 68% acreditam que a desigualdade de renda no país deve aumentar no ano de 2021; 22% não corroboram a tese e 10% não souberam opinar.

Os entrevistados da Turquia (85%), Israel (84%) e Itália (80%) são os que mais acham que a desigualdade de renda em seus países aumentará. Em contrapartida, os norte-americanos (48%), neozelandeses (50%) e australianos (51%) possuem uma visão mais otimista em relação ao assunto. A média global, considerando todos os países analisados, é de 66%.

Ainda na discussão econômica, 43% dos brasileiros acreditam que os grandes mercados de ações ao redor do mundo podem quebrar em 2021. Os que mais apostam neste colapso são os respondentes da Malásia (73%), Polônia (68%) e Rússia (59%). Já China (22%), Hungria (26%), Coreia do Sul e Peru (empatados com 27%) pouco concordam com a premissa.


Previsões no âmbito social mantém pessimismo

Se, de acordo com os ouvidos, a igualdade na economia é uma meta difícil de se atingir futuramente no Brasil, o mesmo pode ser dito no âmbito social. As expectativas para a diminuição da disparidade de gênero em 2021, por exemplo, são baixas. No Brasil, apenas 33% acham que, no ano que vem, trabalhadores homens e mulheres atuando em uma mesma função receberão salários iguais; 57% discordam e 10% não souberam responder.

Além disso, menos de 1 em cada 5 brasileiros (19%) acredita que a polícia do país tratará a todos igualmente, independentemente de suas diferenças. Levando em conta os 31 países, a média é de 33%. A tolerância também deve estar em falta em 2021: somente 25% dos entrevistados no Brasil acham que as pessoas serão mais tolerantes umas com as outras. No mundo, são 29%.

A pesquisa foi realizada com 15.700 entrevistas on-line, com adultos entre 16 e 74 anos de 31 países. Os dados foram colhidos entre os dias 23 de outubro e 06 de novembro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


A sombra e o fato

Há mais de dois mil anos, o filósofo Platão criou a alegoria da caverna para descrever como a maior parte das pessoas vive em meio ao nevoeiro das opiniões, prisioneiras de seus sentidos e do mundo limitado e distorcido que deriva deles, sempre que nos afiançamos apenas neles. Toda a crença mítica nasce daí: nossa dificuldade em explicar o que nossos sentidos não são capazes de apreender - como o invisível, por exemplo - encontra guarida nas narrativas de seres poderosos e misteriosos, a guiar nossos destinos, escolhendo os que serão castigados e os que serão protegidos; e na existência de uma natureza finalista, que submete o vir-a-ser dos indivíduos pela "qualidade" que eles possuem. Muitos  escravizamo-nos a essas narrativas, pois que elas se tornam também explicações sociais e políticas, fundamentando diferenças e hierarquias. 

A Ciência é um movimento de rompimento dessa cadeia que nos condena a viver em meio às sombras do “dizem que”. Este é, porém, um esforço dificílimo, pois precisa vencer duas forças opostas: a de buscar esclarecimento em meio às sensações enganadoras e a de sobreviver aos que se opõem a qualquer possibilidade de sair da caverna, rompendo as regras de funcionamento que os destaca como reis dos cães ou como cães dos reis. Há, portanto, uma barreira que é a de vencer às dificuldades mesmas de um corpo sensível em busca de apreender fatos objetivamente e outra barreira que é a dos obscurantistas que amam as sombras onde quase nada se distingue e só aí eles podem ter sua chance. Porém, basta uma luzinha que seja e seus rostos parvos se revelam. Por isso, deve-se condenar a luz, lançando as sombras sobre ela, confundindo as pessoas, cujos olhos ardem e as cabeças doem com a exposição ao Conhecimento. Por fim, basta associar essa vertigem, essa dor (de aprender) a uma doença, a um mal que precisa ser extirpado ou calado. E pronto: os líderes míticos se travestem de salvadores. Até da Pátria.

A história do Conhecimento nos  últimos dois mil anos foi a busca incessante pelo que havia fora da caverna de nosso corpo, essa busca por esses outros que não somos nós e como eles se relacionam conosco e como podemos interagir e também como devemos nos proteger da presença deles. Para isso, precisávamos olhar para fora sem a mediação - ou com o mínimo de mediação - de nossa própria subjetividade, nossos temores e as crenças que foram sendo infundidas por um longo e largo caminho de ignorância e que, para se legitimar, passou a se chamar (também) de “tradição”.

O Fato é algo que existe e precisamos olhar para ele na sua inteireza, com o máximo de clareza, entendendo sua dimensão e os efeitos de sua interação com o nosso corpo. Para isso, precisamos, igualmente, evitar que nossas sensações e crenças interfiram no processo de aproximação e observação desse  “outro”. Isso demanda uma preparação árdua. Sócrates comparava o Conhecimento a um parto, ou seja, um processo longo e doloroso. Platão, na porta de sua escola, a Academia, mandou pendurar uma placa na qual estava escrito: “aqui só entram os geômetras”. A ideia de Ciência, lentamente, foi sendo forjada em torno do esforço de suspensão da nossa subjetividade, condição para que pudéssemos aprender com os outros seres vivos e não apenas submetê-los à nossa régua de valores e crenças.

Essa tem sido uma trajetória com muitas vitórias. No entanto, a humanidade como um todo caminhou de maneira profundamente desigual. E os que ficaram na caverna, atados voluntariamente ou inconscientemente às correntes da doxa, ameaçam agora efetivar uma revolta tão curiosa quanto amedrontadora: a de fechar a entrada da caverna e impedir o acesso aos Fatos. Na escuridão que tudo confunde, somente nela, é que a ignorância pode ser soberana. 

O que estamos vivendo, não nos iludamos, é uma disputa pelo poder. Os vírus, a vacina, e até mesmo aquele remédio pra vermes, são todos parte desse combate de trevas e luz.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Férias e o barulho e a perturbação nos condomínios

Com a flexibilização do uso das áreas comuns e o fato de muitas crianças estarem de férias até o começo de fevereiro, uma série de questões acabam vindo à tona, sendo que uma das principais e que sempre é motivo de discórdia nos condomínios, é a questão do barulho. Isso ocorre, pois as brigas entre vizinhos motivadas por isso já são recorrentes, e os motivos para reclamações são muitos, ainda mais nesse período de pandemia.

As reclamações podem ser várias: desde um cachorro latindo intermitentemente, até alguém andando com salto alto em uma unidade. Desde a criançada que acaba fazendo muita algazarra nas áreas comuns, até alguém que está ouvindo música muito alto. Para entender o que se pode ou não fazer é preciso entender como funciona a questão da perturbação. 

No caso específico dos condomínios, de acordo com o artigo 1.336 do Código Civil, são deveres do condômino "dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes".

A poluição sonora também é crime previsto na Lei nº 9.605. A legislação prevê que "causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa". Além disso, perturbar o sossego com barulho excessivo é considerado crime previsto na Lei de Contravenções Penais.

No caso de São Paulo, o PSIU foi criado para combater a poluição sonora na cidade, porém não se aplica aos condomínios. Dessa forma, a lei não permite que festas em casas, apartamentos e condomínios, por exemplo, sejam vistoriadas.

Os condomínios podem na Convenção e Regimento Interno tratar do tema. No entanto, esses não podem contrariar a legislação. Se destoar das normas legais, estes instrumentos serão considerados nulos e não obrigarão os condôminos ao seu cumprimento.

O problema muitas vezes está em auferir e provar a existência do barulho. A legislação prevê como tolerável a emissão de ruídos de no máximo 55 decibéis durante o dia e 50 durante a noite para áreas externas e 45 decibéis durante o dia e 40 durante a noite para ambientes internos.

Para que as devidas sanções previstas em leis ou regimentos internos não precisem ser tomadas, o ideal é que o conflito seja resolvido por meio do diálogo. Quem está sendo perturbado, deve interfonar para a portaria e pedir para que o porteiro comunique o incômodo de forma polida.

Caso não resolva dessa forma, ele poderá ligar pessoalmente para o condômino barulhento, e com respeito comunicar a interferência. O ideal é buscar, sempre que possível, a resolução do caso de forma extrajudicial. O recurso judicial deve ser a última instância.

Caso o vizinho não entenda que o barulho dele incomoda, a queixa deve passar para o livro de ocorrências do condomínio e comunicar o síndico e administradora. Essas reclamações precisarão ser avaliadas para verificar o que é de responsabilidade do condomínio. A questão de barulho isolado deve ser resolvida entre as partes.

Por isso, e principalmente partindo do período em que estamos vivendo, é importante que a gestão condominial deixe as regras de forma clara para todos os moradores do condomínio, seja por meios eletrônicos ou físicos, como: afixar informativos no quadro de avisos, WhatsApp, e-mail etc. ou utilizando a forma mais conveniente em que o condomínio esteja acostumado. Pois o mundo mudou a partir da pandemia, e a tendência, como é possível perceber no dia a dia, é o home office ser uma coisa mais comum, o que fará com que a gestão fique cada vez mais atenta para a questão do barulho e suas consequências na vida dos que ali coabitam.   

 


Rodrigo Karpat - especialista em direito imobiliário e questões condominiais. Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP e Membro da Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB Nacional.


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