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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Cuidados básicos para cabelos com química

As madeixas pintadas, alisadas ou relaxadas merecem cuidados ainda mais intensos, afinal, a facilidade de ressecar, quebrar ou ganhar pontas duplas é bem maior. O Hair Stylist de SP, Luigi Moretto revela dicas básicas para manter os fios em plena saúde, sem deixar de lado as tinturas que tanto agradam às mulheres.


Regra 1: Hidratação

A hidratação capilar é básica até de quem não usa colorações e pode ser feita com qualquer tipo de máscara. "Elas são responsáveis por repor a água e os nutrientes dos fios sedentos", revela Luigi. Se os fios estão secos, ressecados e opacos por conta da química, os produtos à base de manteigas e óleos vegetais, devolve os lipídios do cabelo, que são responsáveis por produzir a oleosidade natural que os mantêm sempre hidratados. Um exemplo é o conhecido óleo de coco.


Regra 2: Reconstrução

Esse é o tratamento que devolve as proteínas naturais dos cabelos que passaram por processos químicos e sofrem com queda e quebra. O procedimento pode ser feito de duas maneiras: com a queratina líquida ou usar uma máscara reconstrutora. "Por ser pura e líquida, a queratina é mais rápida e eficaz e traz um efeito quase que imediato", afirma.


Regra 3: Específicos para descolorações

Para as adeptas do cabelão loiro e bem tratado, aquele tom amarelado desagradável pode por tudo por água abaixo. Por isso, o shampoo desamarelador e uma máscara matizadora, de preferência da mesma marca são dois itens indispensáveis para cuidar de verdade das madeixas claras.


Regra 4: Protetor térmico antes de usar aparelhos que emitem calor

Para quem não vive sem secador, chapinhas e afins a dica do hair stylist é aplicar o spray de proteção térmica dos fios, separarando os cabelos úmidos em mechas, para que nenhum fique de fora. "Aplique de cima para baixo do comprimento, com duas ou três borrifadas em cada lugar. Quando terminar, penteie os cabelos, para auxiliar na distribuição homogênea do produto. Isso garantirá que o calor não queime os fios", ensina Luigi.


Regra 5: Jato frio

Após utilizar o secador os cabelos ainda permanecem muito quentes, isto significa que o efeito do calor continua agindo sobre eles. "Para minimizar essa alta temperatura eu pode prejudicar os fios, um jato de ar frio do próprio secador sobre os cabelos ajuda a evitar que o calor continue agindo e prejudique a saúde dos cabelos", fala.


Regra 6: Escolher o shampoo certo

Shampoos para caspa são ótimos para a limpeza do couro cabeludo, mesmo para quem não sofre com esse problema.

Se o problema for um cabelo pesado, sem balanço e com a raiz oleosa, vale apostar em um shampoo apenas hidratante, à base de vitaminas e óleos essenciais .

Para os fios ásperos, opacos, rígidos e que quebram com facilidade, a dica são os cosméticos ricos em queratina e aminoácidos que fortalecem a estrutura mais interna da fibra capilar.

Luigi lembra que para esse shampoos específicos o segredo é usá-los de forma alternada com os neutros básicos, já que eles contêm menos agentes condicionantes e, portanto, diminuem o acúmulo de resíduo.


Regra 7: Condicionando os fios

Para usar condicionador a regra de aplicá-lo apenas no comprimento e nas pontas. "Isso evita que o couro cabeludo fique oleoso e evita o aparecimento da caspa que ainda pode enfraquecer o fio".


Regra 8: Cremes sem enxague e finalizadores

Na hora de usar os cremes sem enxague, a regra é não exagerar e não aplicar mais do que a proporção de uma moedinha.

 


Luigi Moretto - Curso de aperfeiçoamento pela De La Lastra 

SAIBA COMO MANTER A OLEOSIDADE DA PELE CONTROLADA NO PÓS FÉRIAS


O pós férias é o momento ideal para que a pele se recupere dos vários dias de exposição ao sol. Esse período também serve para equilibrar e diminuir a produção excessiva de oleosidade causada pelo calor. Para controlar o excesso de brilho, a dermatologista especialista em cosmiatria Luciana Garbelini explica como conquistar uma aparência mais sequinha e saudável.

 

1.  LIMPE A PELE PROFUNDAMENTE

“Para quem está sofrendo com a oleosidade em excesso no pós férias, limpar o rosto profundamente é indispensável. Essa limpeza vai remover todos os resíduos de sujidades dos poros e aquele aspecto melado do rosto, controlando o excesso de sebo”, explica a profissional e pontua, “indico que essa higienização seja feita apenas duas vezes por dia, de manhã e à noite, para evitar o efeito rebote”. A especialista ressalta que, neste momento, o ideal para auxiliar a limpeza são os géis ou espumas de limpeza com toque suave, que limpam sem agredir a pele. 

 

2.  APOSTE EM LENÇOS DE LIMPEZA

“Se a pele apresentar aumento de oleosidade durante o dia, entre uma limpeza profunda e outra, uma boa alternativa são os lenços de limpeza ou micelares que demaquiliam, tonificam e hidratam a pele, ajudando na tarefa de eliminar as impurezas, atuando no controle de brilho e deixando que ela respire ao longo do dia.”


3.  PREFIRA MÁSCARAS ANTIOLEOSIDADE

“Durante a rotina de tratamento, prefira máscaras faciais antiolesidade, como as de carvão, por exemplo”, sugere Garbelini. “Esse ativo promove uma limpeza profunda, já que as partículas desse mineral funcionam como uma esponja absorvendo a oleosidade, toxinas e as sujeiras da pele, como células mortas e resíduos de maquiagem”, afirma a dermatologista. “Outro benefício do carvão é a diminuição de poros que reduzem de tamanho com tratamento a longo prazo, já que ele pode eliminar as impurezas que se acumulam no interior desses furinhos.”

 

 4.  INVISTA EM MAQUIAGENS LEVES

“Nesse momento, maquiagens muito pesadas e espessas se tornam vilãs da pele. Para evitar o entupimento e obstrução dos poros, o que consequentemente causa uma piora no quadro de produção da oleosidade, prefira produtos mais sutis, com texturas e formulações mais leves, BB Creams ou protetores com cor são boas alternativas”, indica a profissional.

 

Verão: pele infantil precisa de atenção redobrada em dias quentes

Confira as dicas da Mustela®, primeira marca Dermo-Bebê do Brasil, para proteger a pele dos raios solares e evitar o ressecamento em bebês e crianças durante as férias

 

A estação mais esperada do ano chegou! E o verão traz dias escaldantes e diversão para toda a família. Mas a época merece atenção especial com os bebês e crianças, pois a pele infantil é mais sensível e pode sofrer com a exposição solar (queimaduras e acúmulo de danos devido aos raios ultravioletas), ressecamento e irritação por causa do contato com a água salgada e/ou com o cloro, além de possíveis  lesões pruriginosas causadas por picadas de insetos.

Durante este período, é comum a mudança na rotina das crianças e as brincadeiras ao ar livre tornam-se frequentes, acompanhadas de uma exposição solar mais prolongada. “O cuidado com a exposição solar infantil deve ser redobrado, pois, além das queimaduras solares que costumamos ver, os danos que os raios ultravioletas causam são cumulativos, para o resto da vida. Por isso, a fotoproteção adequada é extremamente necessária na hora de deixar as crianças brincarem ao ar livre, principalmente nos dias mais ensolarados.”, comenta Dr. André Cherubim, especialista em dermatologia pediátrica.

Sabe-se que, por mais que o sol traga benefícios à saúde, como a síntese de vitamina D, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é na infância que os cuidados e precauções devem ser tomados para se evitar a evolução de um câncer de pele durante a idade adulta. “De acordo com a literatura, cerca de 80% da radiação ultravioleta que recebemos ao longo da vida ocorre até os 18 anos de idade”, diz o Dr. André.

A pele infantil é mais suscetível aos raios UV do que a de um adulto, sendo mais frágil na hora de tolerar os malefícios do sol. Por isso, é indicado o uso de um bom filtro solar, a partir dos seis meses de idade, para que se crie uma camada protetora na pele dos pequenos.

Segundo o Dr. Cherubim, antes dos seis meses, os bebês não podem usar protetor solar, mesmo os indicados ao público infantil, pois a pele nessa fase ainda é muito fina e sensível. “Deve-se evitar expor a raios solares os bebês com menos de 6 meses. E mesmo com a utilização do protetor solar nos bebês com mais de 6 meses, devemos evitar a exposição deliberada, principalmente nos horários de pico de incidência solar, entre 10h e 16h. Se está com seu filho na praia ou na piscina, é essencial mantê-lo na sombra e usar, além do protetor solar, roupas adequadas com proteção UV e chapéus”, aconselha o especialista.

Outro alerta do especialista para os dias quentes é sobre o aumento do número de machucadinhos causados por picada de inseto. “E as crianças são vítimas frequentes, provocando contusão pruriginosas e eventualmente o aparecimento de lesões mais inflamatórias, vermelhas e quentes. Em alguns casos, pode ocorrer uma reação de hipersensibilidade, como se fosse uma alergia à própria picada, com o aparecimento de diversas feridas pelo corpo.”

O conselho, segundo o médico, é aumentar a hidratação para que a pele infantil fique mais resistente, além de evitar a coceira para diminuir a chance de cicatrizes no futuro. Além disso, os pais e mães também precisam proteger a casa, principalmente os quartos, com a colocação de telas nas janelas para evitar a entrada de insetos.

Os banhos mais frequentes de mar e de piscina deixam a pele mais ressecada e sensível. A aplicação de um hidratante adequado, após o banho, é fundamental. “Este cuidado fortalece a barreira cutânea, evitando o ressecamento, possíveis coceiras e outros tipos de sensibilidade”, explica.


PREVENÇÃO E CUIDADOS

E para as picadas de insetos e pequenos machucados, arranhões e outros dodóis comuns nas férias, Mustela® desenvolveu o Cicastela® Creme Reparador Hidratante. Multiuso, seguro e eficaz para ser aplicado diretamente na pele limpa e seca com pequenas lesões e ressecamentos. Promove reparação da pele acalmando o desconforto e ajudando na recuperação da área afetada desde a primeira aplicação. Preço sugerido: R$ 55,00 (40 ml).

 



Laboratório Expanscience

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Informações ao consumidor

SAC: (11) 3331-4640     

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Tecnologia aliada à medicina para esculpir o contorno corporal

Mesmo mantendo o peso ideal, praticando atividade física diariamente e adotando uma alimentação saudável e balanceada, muitas pessoas não conseguem eliminar toda a gordura, principalmente a abdominal, e o desejo de chegar ao “tanquinho”, como é chamado o abdômen bem definido, parece ficar cada vez mais distante, chegando até mesmo a desestimular a continuidade da atividade física.

A tecnologia aliada à Medicina fez evoluir a técnica de lipoaspiração para atender a esses pacientes. Existem diversos aparelhos que podem ser associados para refinar a lipoaspiração, possibilitando o médico esculpir o contorno corporal de forma mais segura e precisa, resultando em uma aparência mais "atlética", com a musculatura mais aparente, como o abdômen definido. Trata-se de uma técnica mais refinada de lipoaspiração.

Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que existem cânulas de diversos tamanhos, aparelhos vibratórios que auxiliam na aspiração e laser com diferentes espectros de luz.

Nesses casos, a lipoaspiração está baseada na musculatura, delimitando as transições musculares. “As cânulas utilizadas são mais finas, possibilitando esculpir melhor os contornos dos músculos. Mas atenção: essa técnica não é recomendada para quem é sedentário e, sim, para quem já está no peso ideal, mas sente dificuldade em definir os músculos na academia”, alerta o especialista.

O cirurgião plástico conta que há o laser de 980nm (nanômetros), que tem afinidade pelo sangue (o sangue absorve mais a energia gerada pelo laser), destruindo a gordura e causando lipólise, que pode estimular o colágeno e diminuir a flacidez cutânea.

“Temos ainda o 1470nm, que possui afinidade pela água e que pode causar lipólise, estimular o colágeno na pele, e ainda é possível preservar um pouco de gordura para lipoenxertia. E existe também o de 1210nm, que sua afinidade é pelos tecidos que ficam ao redor da gordura, soltando-a sem causar lipólise, permitindo o seu uso para lipoenxertia e ainda causando um efeito que estimula o colágeno”, detalha o especialista.

Além desses acima, há também o vaser, que é um ultrassom que solta a gordura e causa a lipólise de acordo com sua configuração, é um aparelho novo e que ainda não está liberado para ser usado no Brasil.

Para que os resultados sejam 100% satisfatórios, Dr. Amato conta que é importante o paciente esclarecer todas as suas dúvidas com o médico cirurgião plástico de confiança, sempre credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 



Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Insatisfeitos com a forma física, 48% dos brasileiros estão tentando emagrecer durante a pandemia, mostra Ipsos

Para alcançar o peso ideal, 60% estão dispostos a reduzir ou eliminar totalmente a ingestão de açúcar


A pesquisa Actions & Interventions for Weight Loss, realizada pela Ipsos com entrevistados de 30 países, aponta um alto grau de descontamento das populações do Brasil e do mundo com os quilinhos a mais. Segundo o levantamento, 45% dos 22 mil respondentes estão tentando perder peso. Entre os brasileiros – que correspondem a 1.000 pessoas -, são 48%.

O percentual se esforçando para se livrar dos quilos a mais é mais alto no Chile (60%), em Singapura (55%) e no Peru (54%). Em contrapartida, China (30%), França (33%) e Rússia (37%) são os países onde menos pessoas estão tentando emagrecer.

Enquanto quase metade dos brasileiros querem perder o peso extra, 12% estão fazendo o caminho inverso, e tentam engordar. Considerando todas as nações, apenas 8% desejam adquirir peso. No Brasil, as pessoas satisfeitas com a própria forma física – ou seja, que não querem engordar e nem emagrecer – somam 27%. A média global é mais alta, de 31%.

Em todo o mundo, as ações mais tomadas entre as pessoas que estão tentando emagrecer, por ordem de adesão, são: fazer mais exercícios físicos (52%); comer de maneira mais saudável, porém sem fazer dieta (52%); fazer dieta, reduzindo o consumo de alimentos (44%); ingerir menos bebidas açucaradas (38%); e beber menos álcool (15%).

No Brasil, as iniciativas para redução de peso seguem o comportamento global. Pouco mais da metade (52%) tem se exercitado, 50% comem de maneira mais saudável, 42% estão fazendo dieta, 33% diminuíram as bebidas açucaradas e 15% estão ingerindo menos bebida alcóolica.

Para atingir o objetivo do emagrecimento, 6 em cada 10 brasileiros (60%) dizem estar dispostos a reduzir ou eliminar totalmente a ingestão de açúcar, 40% aceitam cortar as calorias, 36% estão apostando na diminuição do consumo de carboidratos, 35% se dispuseram a reduzir ou parar de ingerir gorduras saturadas, 31% tiraram os alimentos processados da dieta alimentar, um em cada 10 (10%) está disposto a parar de beber álcool e apenas 8% eliminariam o consumo de carnes.


Obesidade: questão de saúde pública

A obesidade, causada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no corpo, tem se tornado, uma questão da saúde pública mundial mais grave ano após ano. No Brasil, 48% das pessoas tentando emagrecer consideram que baratear o custo de alimentos saudáveis seria algo que empresas e governos poderiam fazer para atenuar o problema. Além disso, 3 em cada 10 brasileiros (30%) citam o oferecimento de mais espaços verdes públicos para exercício físico como outra maneira de ajudar. As medidas “mais equipamentos públicos para exercício físico” e “facilitação do acesso aos alimentos saudáveis” foram mencionadas, cada uma, por 19%.

A pesquisa on-line foi realizada com 22.008 entrevistados, com idades entre 16 e 74 anos, de 30 países. Os dados foram colhidos de 23 de outubro de 2020 a 06 de novembro de 2020 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Uso excessivo de chinelos e rasteirinha pode causar lesõe

 Calçados não oferecem proteção e estabilidade adequadas, explica especialista da ABTPé


Chinelos e rasteirinhas são os protagonistas na composição de muitos looks de verão, mas o uso desses calçados requer moderação, uma vez que eles pecam no quesito absorção de impacto e aumentam o risco de algumas lesões, explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antonio Veiga Sanhudo.

Os chinelos, por exemplo, são compostos por apenas uma sola fina, plana, habitualmente rígida e sem suporte do arco longitudinal medial, e a fixação ao pé se dá através de uma tira somente, ou seja, amortecimento e estabilidade precários para uma estrutura composta por 28 ossos, 32 articulações e aproximadamente 100 músculos, tendões e ligamentos. “O risco de torções com estes calçados também é maior, já que o chinelo não oferece nenhuma estabilidade para a região do calcanhar e tornozelo. Outro ponto importante para se observar é que a falta de proteção ao redor do pé aumenta o risco de traumas diretos, como arranhões e dedos quebrados”, salienta o presidente da ABTPé.

O uso prolongado de calçados baixos, como chinelos e rasteirinhas, é especialmente arriscado para mulheres que têm o hábito de andar de salto alto. A mudança de posição dos pés, descendo do salto, aumenta a tensão nas estruturas posteriores, especialmente o tendão de Aquiles e a fáscia plantar, e pode levar ao aparecimento de lesões nestas estruturas. “Por isso, caminhadas na praia ou na orla devem ser precedidas e seguidas de alongamento, e o melhor é sempre usar tênis para diminuir a transmissão do impacto”, ressalta o médico.

Queridinha das mulheres no verão, o uso prolongado de rasteirinha está associado ao desenvolvimento da fascite plantar, um processo inflamatório ou degenerativo que afeta uma membrana de tecido conjuntivo fibroso, que recobre a musculatura da sola do pé, desde o osso calcâneo até a base dos dedos dos pés, a fáscia plantar. Esta estrutura auxilia na manutenção da curvatura do pé, graças à sua posição anatômica.  “Com a rasteirinha, ocorre um aumento na tensão da fascia plantar, o peso do corpo fica concentrado no calcanhar, e associado a baixa proteção de impacto o aparecimento de lesões por sobrecarga se torna mais frequente”, fala o especialista.

Dor intensa debaixo do pé, perto do calcanhar, é o principal sinal da fascite plantar e tipicamente ela é mais intensa nos primeiros passos pela manhã, ou após ficar algum tempo na posição sentada. A recuperação desta lesão costuma ser lenta. O tratamento é realizado por meio de medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, uso de palmilhas, fisioterapia e alongamento, que pode ser realizado em casa, desde que haja orientação médica.

 


Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé)


Botox terapêutico: cuidado para não perder o efeito nas férias

Janeiro é o mês em que os pacientes voltam com dores e complicações. Aplicações devem ser feitas logo antes do início das sessões de terapia ocupacional


Quem faz uso da toxina botulínica (botox) para tratamentos que vão além da estética – em casos de lesão neurológica – deve tomar cuidado para não perder o efeito das aplicações nas férias. Isso porque, após a aplicação da substância no músculo a ser trabalhado, é crucial realizar o treinamento de movimentos indicado pelos profissionais reabilitadores para que o ganho seja completo.

“Vejo muitos pacientes voltarem das férias, sem ter feito os exercícios recomendados e perderem o ganho da aplicação”, lamenta a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk, que tem experiência de 30 anos no ramo.

Para contornar a dificuldade de conciliar férias com os tratamentos, ela recomenda marcar a aplicação do botox terapêutico para logo antes do retorno das sessões de terapia ocupacional.

Diversas outras complicações ocorrem no mês de janeiro devido à interrupção do tratamento de lesões. Entre elas, a perda de movimentos ou força. Muitos relatam que voltam a sentir dores. “Janeiro é o mês do encurtamento”, explica a terapeuta. “Acaba faltando manutenção e voltam problemas anteriores, como as dores da Síndrome do Túnel do Carpo, que é uma das que mais afetam as mãos.”


Entenda o botox terapêutico

Em pacientes que se recuperam de um AVC, paralisias, traumatismo craniano, entre outras ocorrências, os movimentos acabam muito prejudicados e, entre as sequelas, está a perda de força.

O uso terapêutico do botox atua entre o músculo e as terminações nervosas, que passam a enviar menos informações ao músculo, e ele volta ao normal. O tratamento é um dos mais indicados para pacientes que sofrem com espasticidade. Após a aplicação, o terapeuta ocupacional trabalha para que a pessoa recupere o máximo de movimentos e ganhe força nas atividades diárias.

“Observo uma melhora de movimentos dos membros afetados, facilitando assim as atividades de vida diária, como segurar um copo ou uma faca, entre outras atividades. É muito gratificante acompanhar a evolução e autonomia dos pacientes”, explica Syomara.

 



Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 30 anos como terapeuta ocupacional, tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio, onde desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão. Possui treinamento em contenção induzida, eletroestimulação, Bobath (AVC) e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.

 

A saúde do ouvido pede cuidados no verão

Excesso de umidade, causada pelo banho de mar ou de piscina, pode levar ao surgimento de infecções doloridas que comprometem o descanso e a diversão


Imagine fazer aquela tão sonhada viagem de verão para uma praia paradisíaca. Após meses de planejamento e expectativa, você finalmente coloca o pé na areia branca e... sente uma pontada insuportável dentro do ouvido. Mais comum do que parece, a otite pode afetar pessoas de todas as idades e tem "preferência" pelas altas temperaturas para "atacar".

A médica otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, da USP, conta que a infecção de ouvido pode ser média, quando ocorre atrás do tímpano e é causada por vírus ou bactérias associados a problemas respiratórios, como rinite, sinusite, gripe e resfriado; ou externa, ocasionada por excesso de água nos ouvidos ou trauma causado pela inserção de objetos, como hastes flexíveis, grampo etc.

"No verão, vemos um aumento da frequência da otite externa justamente por conta dos banhos de mar e piscina. O canal auditivo é bastante estreito. A água entra e não seca totalmente, deixando a pele muito úmida e gerando fissuras que levam às infecções", explica a médica.

Bastante incômoda, a otite tem como sintomas a redução da audição, a sensação de ouvido tampado, dor aguda, zumbido, tontura e febre. "Na maioria dos casos, a perda auditiva é transitória e o paciente volta a ouvir normalmente no final do tratamento. Porém, há casos em que o tímpano é perfurado e aí a perda auditiva pode perdurar", conta Dra. Maura.

O tratamento, de acordo com a Dra. Maura Neves, é feito com remédios e, dependendo da gravidade, demanda que o paciente deve fique 10 dias longe do mar e da piscina. Logo, para evitar que a otite estrague as férias, é preciso evitar deixar a água entrar nos ouvidos e mantê-los sempre secos, sem usar objetos para limpar ou secar o órgão. "O cerúmen é produzido para proteger a pele do canal. Só deve ser removido se causar alterações auditivas", diz Dra. Maura.

No caso das otites médias, a médica orienta a prevenção com o tratamento da rinite e vacinas para bactérias específicas, como as haemofilos, pneumocócicas conjugadas, vacina da gripe e outras, além de manter uma boa alimentação e descanso, que mantêm a imunidade em alta.

Abaixo, a otorrrino enumera algumas dicas para prevenir a otite:

1. Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha.

2. Se sentir a presença de água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para a saída do líquido.

3. Se a água não sair e ao menor sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

4. Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem apenas para limpar a parte externa da orelha e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

5. O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não colocar nenhum tipo de objeto dentro do ouvido para aliviar a sensação. É preciso prestar atenção, principalmente nas crianças, para que não se machuquem.

6. Em caso de dores, não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.

 


Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP


Cirurgias interrompidas: dor nos ombros pode ser tratada com infiltrações

Na pandemia, infiltração é alternativa à cirurgia para casos de tendinite, capsulite adesiva e até artrose

 

Por conta da pandemia do Coronavírus que estamos vivendo, o governo de São Paulo divulgou um decreto que proíbe a realização de cirurgias que não sejam emergenciais para garantir a assistência hospitalar de pacientes com o Covid-19. Entretanto, viver com dor não é tarefa fácil, principalmente quando afetam os ombros, partes do corpo tão importantes para a realização de atividades cotidianas como trocar de roupa ou pentear os cabelos.

Para garantir o bem-estar desses pacientes que precisam aguardar uma liberação, a medicina ortopédica conta com as infiltrações, técnica usada para tratar doenças do sistema musculoesquelético. “São procedimentos feitos com a aplicação de medicamentos que podem ser anestésicos locais, corticoides, ácido hialurônico ou células tronco por meio de uma injeção diretamente nas articulações, nos músculos ou nos tendões que tenham sofrido algum tipo de trauma ou estejam em processo inflamatório,” explica o ortopedista e especialista em ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, Dr. Layron Alves.

Segundo um estudo publicado em 2018 na Revista Brasileira de Ortopedia, 72% dos especialistas de ombro e cotovelo utilizaram este método em sua prática e consideraram apropriada ou muito apropriada a infiltração glenoumeral com corticoides como cuidado para capsulite adesiva. Na pesquisa, 66% consideraram apropriada ou muito apropriada a infiltração subacromial para o tratamento de casos selecionados de Artropatia do manguito.

“Desde que realizado por um médico especialista no assunto, o método é eficaz no alívio de dores por semanas e até meses. A técnica dura de 20 a 30 minutos e é considerada segura, podendo ser realizada no consultório, com retorno normal para casa logo após a aplicação” finaliza o ortopedista.

 


Dr. Layron Alves - ortopedista e especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP. Atualmente mestrando e doutorando em Ciências da saúde e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.  


O que muda no intestino ao longo da vida?

Conheça as principais mudanças na microbiota intestinal e os impactos para a saúde do organismo


Desde o nascimento, o intestino tem um papel fundamental para o desenvolvimento até a vida adulta. Isso acontece porque a microbiota intestinal – também conhecida como flora intestinal – reúne 10 vezes o número de células humanas, 100 vezes o número de genes do genoma humano e mais de 10.000 tipos de microrganismos entre bactérias, vírus e fungos. Em equilíbrio, eles trabalham para manter a saúde da microbiota intestinal, que é considerada única, como uma segunda impressão digital.

O tipo de parto também influencia diretamente na diversidade dos microrganismos que compõem a microbiota e, quando o parto é normal, a criança herda a microbiota da mãe, prevalecendo dois grupos de bactérias principais: os Lactobacillus e a Prevotella spp. Já no parto por cesária, esses microrganismos são diferentes, prevalecendo o Staphylococcus e Corynebacterium Propoonibacterium spp. Nesse caso, as chances de haver bactérias patogênicas (que podem causar doenças) são maiores, além de aumentar o risco do desenvolvimento de doenças atópicas, como alergias, urticárias, eczemas, entre outras.

O aleitamento materno e o ambiente externo exercem grande influência nos primeiros 1.000 dias de vida da criança, que farão diferença em todas as demais fases, especialmente, até os três anos de idade. Após esse período, que se estende até a adolescência, há um aumento na diversidade de microrganismos presentes na microbiota. Essas mudanças respondem de forma diferente, de acordo com a alimentação, e também na recuperação de doenças em geral.

 “Nessa idade, medicamentos antibióticos são muito utilizados para tratar infecções bacterianas e alguns indivíduos apresentam reações, que vão desde diarreia de repetição, até doenças alérgicas e respiratórias mais graves. Quando a alimentação é saudável e há predominância de bactérias boas na composição da microbiota intestinal, a resposta aos tratamentos é muito mais eficiente, assim como a recuperação do equilíbrio da microbiota intestinal após o tratamento”, explica a Dra. Vera Lúcia Ângelo, gastrenterologista pela Federação Brasileira de Gastrenterologia, Especialista em Doenças Funcionais pelo Hospital Israelita Albert Einstein e Mestre e Doutora e Patologia Geral UFMG.

Os microrganismos presentes na microbiota intestinal variam ao longo do tubo digestivo, assim como a sua composição ao longo da vida. Na fase adulta, ela é totalmente distinta das fases anteriores, mas passa a mudar de forma mais lenta do que na infância. Dessa forma, quando há uma disbiose – desequilíbrio entre bactérias boas e ruins – a recuperação da microbiota também é lenta, podendo levar de um a dois anos para voltar ao seu equilíbrio, o que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e causa carência de vitaminas.

A disbiose pode desencadear doenças de gravidades diferentes, desde alterações gastrointestinais e doenças inflamatórias intestinais, passando por infecções urinárias e genitais, pancreatite aguda, artrite reumatoide e até mesmo câncer. Além disso, o desequilíbrio da microbiota gera alterações de humor, obesidade, depressão e, principalmente, baixa imunidade. “As células do sistema imune estão, em maioria, na microbiota intestinal. Dessa forma, quando há baixa imunidade, as defesas anti-infecciosas do organismo são afetadas e abrem brechas para novas doenças, deixando a recuperação do indivíduo cada vez mais complicada”, esclarece a especialista.

Nos idosos, as comunidades microbianas também são diferentes dos jovens e adultos e a manifestação de doenças ao longo da vida pode prejudicar, de várias maneiras, o equilíbrio da microbiota. Isso possibilita que outras complicações apareçam na maior idade, ou seja, quando o sistema imune está abalado, a recuperação é ainda mais lenta.

Segundo a Dra. Vera Lúcia Ângelo, a alimentação saudável continua sendo primordial em todas as fases da vida e deve ser constituída de alimentos prebióticos, probióticos e simbióticos para garantir o equilíbrio da microbiota intestinal. “Os prebióticos são, em geral, os diversos tipos de fibras, entre solúveis e insolúveis. As fibras solúveis são as mais recomendadas para bebês e idosos por serem de fácil digestão, além de dar sensação de saciedade e evitar diarreias. Alimentos como chuchu, abóbora, ervilha, aveia, cevada, mandioca e cenoura são bastante recomendados, sendo que a cenoura é a melhor fibra solúvel que existe”, recomenda.

Os probióticos são microrganismos vivos que se alimentam de fibras, ou seja, quando ingeridos, facilitam a digestão, interagindo com a microbiota e restabelecendo o seu equilíbrio1. Eles ainda fortalecem o sistema imunológico, quando administrados em quantidades apropriadas.

Existem vários tipos de probióticos, mas o que difere um do outro é a cepa probiótica, determinante para a ação no organismo. De acordo com a gastrenterologista, o uso prolongado de probióticos pode contribuir bastante para o fortalecimento da imunidade. “Para os bebês, os Lactobacillus e o Bifidobacterium são os mais recomendados, sendo que entre os Lactobacillus, as cepas rhamnosus e reuteri são as mais indicadas”, esclarece a médica.

O Lactobacilos rhamnosus GG (LGG®) é a cepa mais estudada no mundo, com eficácia e segurança comprovadas em todas as faixas etárias, incluindo bebês, crianças, adultos, gestantes e idosos, para equilibrar e proteger a microbiota intestinal. As pesquisas científicas realizadas com o Lactobacilos rhamnosus GG (LGG®) já chegam a 35 anos, com validação de mais de 200 estudos clínicos em humanos e mais de 1.000 estudos publicados com essa cepa.

O LGG® é um bacilo Gram-positivo obtido a partir do intestino de um adulto saudável, totalmente sequenciado geneticamente, revelando-se mais 300 proteínas específicas – o que diferencia essa cepa das demais. Entre suas diversas atividades, consegue resistir bem ao ácido gástrico e à bile, adere de forma eficaz às células intestinais e favorece a produção de muco, fazendo com que o aumento da permeabilidade intestinal em situações onde há desequilíbrio da microbiota seja corrigido.

A Dra. Vera alerta ainda que é preciso seguir alguns critérios importantes para escolher o probiótico ideal. “Ele deve estar especificado por gênero e cepa, conter bactérias vivas, ser administrado em dose adequada e, principalmente, ter demonstrado ser eficaz em estudos controlados em humanos”, finaliza.

 



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 Referência

1.Funkhouser LJ, Borderstein SR. Moms knows best: the universality of maternal microbial transmission. PLoS Biol. 2013;11(8):e1001631.

 

Covid-19: Farmacêuticos e farmácias serão estratégicos na vacinação

Conselho Federal de Farmácia comemora o Dia Nacional do Farmacêutico mobilizado para que as farmácias sejam postos de vacinação


Em 20 de janeiro, quando se inicia a vacinação contra a Covid-19 no Brasil na maioria dos estados, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e os 230 mil profissionais da área estarão comemorando o Dia Nacional do Farmacêutico.  A data foi instituída para lembrar a importância do trabalho dessa categoria para a saúde, especialmente agora, que o país inicia a campanha de vacinação mais desafiadora da sua história. Além de reiterar a mensagem da campanha – “Farmacêuticos são essenciais. E merecem nosso reconhecimento”, que incentiva o agradecimento por parte da população – o conselho aproveita esse momento para reforçar, ao Ministério da Saúde, as sucessivas reivindicações para que os farmacêuticos e as farmácias sejam aliados do Sistema Único de Saúde (SUS) na imunização dos brasileiros.

Tem sido estratégico o papel dos farmacêuticos na pandemia, tanto que o Ministério da Saúde incluiu os farmacêuticos no grupo prioritário para receber a vacina na fase 1. Eles estão envolvidos na pesquisa de vacinas e de medicamentos; vem trabalhando dobrado na indústria e na logística para suprir os serviços de saúde; deram suporte ao funcionamento das 90 mil farmácias, mesmo durante o isolamento social, e realizaram mais de 1,4 milhão de testes de Covid-19 nesses estabelecimentos, além de garantir a realização de exames nos laboratórios de análises clínicas, de apoiar o atendimento nos hospitais e de assegurar a qualidade da assistência à saúde, na vigilância sanitária.  Sem contar a sua participação decisiva para a chegada da vacina ao Brasil.

Os farmacêuticos detêm como atribuição privativa a responsabilidade técnica pela produção desses medicamentos no país, integrando as equipes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Butantan e tantos outros centros de pesquisa que atuaram nos estudos clínicos. Também se destacaram no processo de autorização no uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), concluído num tempo recorde de nove dias. E estarão lá, a postos, para avaliar, certificar e autorizar os próximos lotes seja de forma emergencial ou definitiva.  “Agora, podem e devem ser aliados também na vacinação”, comenta o presidente do CFF, Walter Jorge João.

Em 2014, por força da Lei nº 13.021, farmácias de qualquer natureza foram autorizadas a dispor de soros e vacinas para atendimento imediato à população. E as condições para que a vacinação seja realizada nesses estabelecimentos estão regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde dezembro de 2017, por meio da RDC nº 197. Importante lembrar que, antes mesmo da publicação da lei e da norma específicas, as farmácias já eram autorizadas a dispensar medicamentos que exigem condições especiais de conservação e realizar a aplicação de injetáveis.

Muitas farmácias já se adaptaram para a prestação de serviços de vacinação e dispõem, sim, de condições adequadas para o enfrentamento desta crise sanitária. Nas grandes redes, segundo a entidade que congrega os estabelecimentos desse segmento, são 4.573 unidades com salas de imunização e 6.860 farmacêuticos vacinadores, com capacidade de aplicar mais de 2 milhões de doses por semana, seguindo todos os critérios de segurança contra a Covid-19. O número pode ser ainda maior, considerando também as farmácias independentes, e que, em breve, mais farmacêuticos serão preparados para prestar esses serviços, por meio de curso que será oferecido pelo CFF, gratuitamente.

“Em um momento como o atual, em que todos os esforços precisam ser somados para a contenção dessa epidemia, vemos com preocupação a linha de raciocínio de alguns especialistas, que insistem em concentrar as vacinas em postos de saúde para, por exemplo, reduzir o esforço logístico”, pondera o presidente do CFF. “A Rede de Atenção Primária é, sim, um grande patrimônio da saúde pública no Brasil, mas não tem conseguido absorver a demanda durante as campanhas. Basta lembrar as enormes filas que se formaram durante a imunização contra a Influenza no ano passado, mesmo em cidades com rede de saúde mais estruturada”, observa.

Certamente contribuíram para a disseminação da Covid-19, a aglomeração de idosos e demais integrantes dos grupos prioritários nas portas das unidades de saúde, bem como as constantes idas e vindas aos postos de vacinação por causa dos episódios de desabastecimento, que obrigaram repetidos deslocamentos das pessoas. Esses fatos foram amplamente divulgados na imprensa e toda a ajuda para evitá-los somente pode ser considerada bem-vinda. “Distribuir as vacinas para que farmácias espalhadas pelo Brasil apliquem em quem estiver na ordem para tomá-las naquele momento pode ser feito e é uma iniciativa fantástica”, destaca Walter Jorge João.

A cooperação das farmácias com a saúde pública na vacinação contra a Covid-19 está ocorrendo nos Estados Unidos, Irlanda e Reino Unido, devendo ser iniciada também na Dinamarca. “Esses países já perceberam que o cuidado farmacêutico, prática ainda pouco conhecida no Brasil, é uma grande aliada para a efetividade no acompanhamento de doentes e na promoção da saúde, seja por meio das consultas em consultórios farmacêuticos, seja por meio da vacinação”, comenta o presidente do CFF. No Brasil, o profissional da saúde de nível superior legalmente respaldado a atuar dentro das farmácias, também conforme a Lei nº 13.021/2014, é o farmacêutico.

Influenza – Na última campanha contra a influenza, as farmácias foram postos de vacinação em diversos lugares do país, ajudando a evitar aglomerações. A adesão ocorreu nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e nas cidades de Campo Grande (MS) e São Paulo (SP). Na capital gaúcha, Porto Alegre, um quinto praticamente das mais de 700 mil doses utilizadas foram aplicadas por farmacêuticos em farmácias privadas. Em Campo Grande, mais de 26 mil das 231 mil doses da vacina antigripe foram administradas em farmácias, o que correspondeu a 11,5% do total.

Campanha – A campanha do Dia Nacional do Farmacêutico que o CFF está divulgando desde o dia 11/01, é continuação de uma ação de marketing que começou por ocasião do Dia Internacional do Farmacêutico, 25 de setembro. A campanha busca estimular o reconhecimento aos 220 mil profissionais em atuação no país pela sua importante contribuição à saúde pública na pandemia de Covid-19. O lançamento ocorreu durante uma ação no programa Encontro, da Rede Globo, com entrevista do presidente da entidade, Walter Jorge João, à apresentadora Patrícia Poeta, que substituía Fátima Bernardes no programa. Para rever a entrevista, acesse o link a partir do tempo 58'28’’ - https://globoplay.globo.com/v/8886412/programa/

A campanha incluiu também a divulgação de reportagens no Portal G1, sobre o trabalho dos farmacêuticos no combate à Covid-19. Histórias de farmacêuticos que fizeram e estão fazendo a diferença na luta do país contra a doença estão disponíveis no site e podem ser lidas em https://glo.bo/3oKbOa0

História – A Farmácia está historicamente vinculada às vacinas. Mas um dos farmacêuticos brasileiros mais representativos nessa área é Rodolfo Marcos Teófilo. Graduado pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1875 e radicado no estado do Ceará, ele enfrentou duas epidemias de varíola, que vitimaram milhares de pessoas em Fortaleza e cidades do interior cearense, no final do século XIX e início do século XX. Em 1862, Rodolfo Marcos Teófilo aprendeu as técnicas de produção da vacina e, em 1901, passou a imunizar a população, sem qualquer apoio do poder público. Contando apenas com ajuda da sua esposa e de um auxiliar, promoveu a vacinação em massa pelos bairros pobres de Fortaleza até 1903.

 

Volta às aulas: especialistas do Vera Cruz Hospital orientam famílias sobre os cuidados necessários

(Foto: Internet)
 Triagem de sintomas, protocolos de higiene, orientação e participação são as principais instruções


A partir do dia 1º de fevereiro, as aulas presenciais serão retomadas novamente no Estado de São Paulo. Para algumas escolas particulares, a volta ocorre já no final deste mês. A decisão, mesmo que gradativa, ainda divide a opinião dos pais. Especialistas do Vera Cruz Hospital orientam sobre as principais medidas preventivas para o retorno: triagem de sintomas, protocolos de higiene, orientação e participação da família são as principais instruções.

"Já tivemos uma primeira experiência no começo de outubro, mas, apesar do aumento no número de casos, não podemos afirmar que foi devido ao retorno da educação, já que se trata de um ambiente controlado. Tivemos muitos outros eventos e setores no final do ano, sem protocolo de segurança, e que podem ser responsáveis por esses índices. Além disso, existem outros vírus, como influenza e o vírus sincicial respiratório (responsável, por exemplo, pela bronquiolite), que nunca preocuparam tanto quanto a Covid-19, mas que possuem índices de mortalidade muito maiores entre as crianças", argumenta a médica pediatra Gabriela Murteira.

Segundo a especialista, muitos pais demonstram preocupações baseadas em notícias falsas e dados não científicos. "Este é o momento de disseminarmos informações de qualidade, pois o prejuízo dessas crianças sem acesso às aulas essenciais é muito maior do que o risco que elas possam correr. Estudos mostram que o risco dessas crianças na escola não é maior do que na comunidade", defende. A pediatra reforça ainda que o retorno é facultativo. "Ninguém é obrigado a retornar neste momento. Se você faz parte de uma família 100% isolada e considera melhor permanecer assim, tudo bem. Mas não adianta deixar as crianças em casa enquanto os pais voltam para os escritórios, oferecendo os mesmos riscos à família", explica.

Os protocolos de segurança, redução no número de alunos e bolhas sociais que vão isolar grupos específicos são algumas das medidas de garantia, segundo ela. A médica fala, ainda, sobre o uso da máscara, obrigatória apenas para crianças maiores de 12 anos. "Até cinco anos, o uso não é indicado, e essa regra permanece mesmo com o retorno das aulas. Já para as crianças de seis a 11 anos, a decisão é facultativa também", reforça. "Tivemos muita procura por orientação nos últimos dois meses. Indicamos que as famílias avaliem o risco e entendam que se trata de um compartilhamento de responsabilidades. Qual a prioridade da sua família? Comece avaliando por aí", orienta.

Para a pediatra, a suspensão das aulas presenciais teve papel importante na redução de casos da Covid-19, diminuindo a circulação e desafogando o sistema de saúde. Mas, agora, os prejuízos psicológicos e educacionais de permanecer em casa podem se tornar um problema. "Temos recebido muitos pacientes com crise de ansiedade, ou seja, estão surgindo consequências irreparáveis de um isolamento que já pode, com todas as regras e os protocolos, ser interrompido parcialmente."

A médica alerta ainda para a chegada da vacina. "É importante afirmar que, apesar de trazer respiro, a imunização tem o principal objetivo de reduzir internações, gravidade dos casos e até mortes. Mas até que tenhamos uma vacinação em massa e eficaz, não devemos mudar os nossos hábitos e cuidados diários", aponta.


Protocolos e consciência coletiva

Para o médico infectologista do Vera Cruz Hospital, Leonardo Ruffing, a decisão precisa ser contextualizada sob vários aspectos que incluem as políticas de saúde, educacionais, econômicas e de segurança pública. "A definição se o retorno deve ocorrer novamente ou não, não é estritamente médica, mas que envolve um gabinete multiprofissional de crise, chancelada pelo executivo do estado e do município. Sabemos que existem riscos envolvidos nessa retomada, mas temos observado aumento de traumas e acidentes domésticos, associados a quadros de saúde física e mental das crianças, além de prejuízo no desenvolvimento cognitivo e de sociabilidade", avalia.

Por isso, o especialista defende o retorno gradativo novamente, mas feito com triagem dos sintomas de alunos, familiares, professores e profissionais envolvidos na educação e reabertura das escolas. "Uma das estratégias pode ser, por exemplo, priorizar o retorno de profissionais infectados imunes, o que diminui as chances de disseminação da doença. Afinal, são muitos os impactos psicológicos e de desenvolvimento dessas crianças após tanto tempo no isolamento", avalia.

Para o infectologista, as regras são simples: notificação no caso de sintomas dos alunos ou familiares; não negligenciar nenhum quadro febril, mesmo que leve; pensar no coletivo; manter protocolos de higiene, como troca diária do uniforme, higienização completa assim que chegar em casa e diálogo da escola com os pais, além de testagem periódica dos funcionários não acometidos pela Covid-19. "Alertamos ainda para o cuidado com brinquedos coletivos nos espaços de educação. O ideal é que cada criança tenha o seu e que ele seja higienizado com bastante frequência. Sugerimos ainda as atividades ao ar livre, principalmente nos casos de pré-alfabetização. Além disso, os pais precisam ser extremamente participativos, orientando seus filhos e pensando que, ao protegê-los, protegem o coletivo. "Crianças não desenvolvem grandes riscos, mas são vetores da doença. Daqui pra frente é observar, seguir as regras e se imunizar assim que possível, afinal, estamos trocando o pneu com o carro andando. Tudo ainda é muito novo e ainda precisa ser observado. Ainda estamos ponderando os riscos e benefícios. Nenhum tipo de coletividade é 100% seguro, mas em países como a Alemanha, por exemplo, a educação está sendo considerada serviço essencial. Uma decisão bem importante", afirma.

Ainda de acordo com os especialistas, não existem expectativas da vacina em crianças ou pesquisas que apontem sua eficácia, portanto, prorrogar o retorno das aulas não é a decisão mais garantida, porém, ambos apostam na imunização. "As pessoas acreditam em remédios não comprovados e até em receitas caseiras, mas, quando se trata de uma vacina, começam as restrições. Sabemos que é reduzida a política adotada pelo Estado e que deve começar ainda esse mês, mas, se você tiver acesso, tome a vacina, sim", finaliza o infectologista.


Idosos representam mercado em crescimento na Odontologia brasileira

Com expectativa de vida aumentada e especialidade tão jovem, cirurgiões-dentistas se dedicam cada vez mais para atender ao 'novo' público

 

A Odontologia, assim como todas as profissões, tem seus desafios e algo que tem chamado atenção dos cirurgiões-dentistas é um nicho de mercado que vem demandando cada vez mais: o de atendimento geriátrico. Isso porque a população idosa tem crescido, graças ao aumento da longevidade decorrente de uma melhor qualidade de vida e dos cuidados de saúde mais frequentes e acessíveis. Tanto é que, de 2012 a 2018, a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O envelhecimento é natural e é muito gratificante atender o público idoso. Todo profissional de Saúde deve ter como base de seu trabalho a construção das relações humanas e da comunicação com o paciente, seus familiares e cuidadores. Com os idosos, essa premissa fica ainda mais evidente”, comenta Denise Tibério, especialista em Periodontia e Odontogeriatria e presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).A própria especialidade da Odontologia é uma jovem quando comparada ao objeto de seus estudos. Afinal, a Odontogeriatria foi reconhecida como campo odontológico em 2002 e de lá para cá muita coisa mudou. “A saúde bucal do idoso já não é mais a mesma de 20 ou 30 anos atrás. E muitas novidades ainda estão por vir, por conta do novo estilo de vida e até do investimento maior que tem sido feito por quem busca um sorriso bonito e saudável, com implantes e próteses. Isso faz com que o desafio seja constante. A gente estuda o comportamento e os hábitos do idoso de hoje, de olho no idoso de amanhã”, explica a cirurgiã-dentista que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de Odontologia Domiciliar do CROSP.


Um olhar especial é fundamental para um atendimento mais efetivo

O atendimento para o paciente idoso tem ainda atenções especiais, começando pela anamnese, que é a entrevista do cirurgião-dentista com o paciente de forma ampla e que deve observar ainda o comportamento e estado cognitivo. Nesse momento, tudo deve ser levado em conta: se há outras doenças além das condições bucais; o uso de medicamentos; o objetivo do tratamento procurado; contatos de emergência; rotina familiar; comportamento e todos os aspectos que possam contribuir para a construção do perfil do paciente idoso de forma mais próxima e fiel à real idade.

“O Brasil é um dos países que mais cresce em número de idosos no mundo e a Odontologia precisa acompanhar essa mudança no perfil populacional. É muito importante que se tenha conhecimento sobre o envelhecimento para atuar nesse campo”, defende Denise. Aliar o conhecimento teórico, a ética profissional e o respeito ao tempo de vida dos pacientes é a saída na Odontogeriatria. 

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br

 

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