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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Melhor matar a morte do que perder a vida


O assunto suicídio ainda é um tabu, embora tema de série na internet. E está cada vez mais preocupante, em especial entre jovens. Segundo o Mapa da Violência (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde), em dados de 2017, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos no Brasil subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014, alcançando quase 10% de aumento em 12 anos.

A vida só perde o sentido quando acaba a esperança.

E o que é a esperança? Não é apenas um sentimento, mas, acima de tudo, uma convicção pessoal, uma certeza de que a vida vale a pena.

Não há esperança sem sonhos, projetos, desejos — motivos para existir.

Viver vale a pena porque você não é dono da vida; porque não foi você que se inventou, criou e integrou ao planeta. Você não pertence apenas a si mesmo, é também de outras pessoas, do mundo. Você não sabe o que vai acontecer no futuro; você pode arquitetar o amanhã ao seu jeito.

Cada pessoa é única. Portanto, valiosa como os diamantes e eterna como eles, porque, mesmo depois de sua morte, será lembrada pelo que fez e representou. Enfim, porque viveu. Não porque morreu.

O suicida não é um covarde; é um corajoso desesperançado.

O escritor francês Albert Camus disse que a única questão verdadeiramente séria da filosofia é o suicídio. A rigor, acho que esse é o mais complexo aspecto do mistério de existir. Morrer por suicídio é uma escolha, uma questão íntima. Uma atitude diante do sofrimento. Uma opção definitiva que se contrapõe aos muitos que morrem sem querer, lutando para continuar vivendo.

Há saída para o suicídio?

Sim, há. E só depende de um olhar duplo e, aparentemente, antagônico. Um olhar fechado no ponto mais profundo do seu ser e aberto para todos os pontos do universo. Vontade de criar uma ponte segura entre você e as infinitas possibilidades da vida. Para descobrir sua conexão com alguma delas. E existem.

Se você acha que não serve para viver, tenha certeza de você é importante para a vida de alguém ou, até mesmo, de muitas pessoas.

Há crianças que foram muito desejadas por seus pais e que, em razão do destino, nasceram com sérios problemas físicos e mentais. São seres aparentemente inúteis para a vida, mas, por outro lado, a razão de ser da existência dos que lhes cuidam com amor e carinho. Há pessoas que tentaram o suicídio, não morreram e se tornaram brilhantes personalidades, descobriram curas para doenças, criaram meios para melhorar a vida de todos. Qualquer ser humano pode ser útil, a si mesmo e ao próximo.

"Viver é perigoso", disse o romancista brasileiro Guimarães Rosa. Por isso mesmo, também é fascinante, mágico, desafiador. Morrer não oferece oportunidade; viver permite chances de mudar qualquer cenário.

Experimentamos tempos difíceis. Cada um tem suas dores. Entretanto, devemos ponderar que é melhor matar a morte do que perder a vida.






Ricardo Viveiros - jornalista e escritor. Autor, dentre outros livros, de "A vila que descobriu o Brasil" (Geração Editorial) e "Justiça seja feita" (Sesi-SP Editora).



A difícil arte de amar sem contar com o outro


Em tempos de individualismo até as relações amorosas enfrentam dificuldades 


Entender o outro é um processo que está cada vez mais difícil nos tempos modernos. A busca incessante por algo para completar nossa existência e nossa felicidade plena passa pelas questões profissionais, financeiras e também pela procura por envolvimentos amorosos. Ocorre, porém, que hoje em dia eles são tão rápidos quanto aquela mensagem que se recebe nos grupos de amigos que participamos nas redes sociais ou um estalar de um dedo. E essa facilidade de iniciar e terminar, em busca de uma felicidade, esbarra exatamente no que hoje somos: individualistas. E na maior parte do tempo, associados as regras de mercado, efemeridade, superficialidade e consumo, o que explica relações como namoros, crushes ou somente os ficantes, sem nada que seja comprometedor e eterno, por exemplo. 

“Gastamos muita energia nos investimentos profissionais e formação intelectual que esquecemos de ser mais amigos e de se deixar levar para uma relação amorosa”, diz a psicóloga especialista em relacionamentos, Camila Moura, consultora do site Amor&Classe (www.amoreclasse.com.br - facebook.com/AmorClasseBrasil/) dedicado a românticos assumidos. O individualismo, segundo Camila, é uma característica dos tempos atuais, principalmente porque no mundo moderno e contemporâneo a pessoa tem muitas demandas sobre si. O mercado de trabalho está mais competitivo e mais difícil, as cidades estão superlotadas, o que leva as pessoas investirem em si mesmas e nas atividades do dia a dia com nenhuma sobra para as relações ao redor. “A energia é gasta de maneira intensa nessas atividades e há pouco tempo para outros papéis da vida, como, por exemplo, de amigos num relacionamento amoroso ou de conseguir a empatia do outro”, destaca a psicóloga. 

Apesar da efemeridade dos relacionamentos atuais causado pelo amor-consumo, o amor nada tem a ver com prazer ou consumo. Isto porque amar alguém deixa marcas, às vezes felicidades e as vezes sofrimento. Quando causa mal, não é amor, a menos que a pessoa esteja muito disposta a sofrer pelo amado. As pessoas encaram suas vidas corridas em um grande parque de diversões, sem compromissos. O indivíduo está centrado em seu próprio ego e mesmo quando em um relacionamento enxerga apenas suas necessidades, desejos, vontades e sua vida no meio da selva que busca status e aparências. Por isso, a atual realidade são casais que não se encontram, não conversam e não se curtem, ou quando o fazem é por um período curto, cuja relação não sobrevive. 

Se você reconhece que seu parceiro ou parceira tem uma dificuldade muito grande de se colocar no seu lugar, de tentar entender o que você está levando como sensação ou sentimento, é importante investir para descobrir as causas.

 Ou seja, se a pessoa tem falhas na empatia é porque ela está correndo demais, sendo individualista demais ou está enfrentando algum problema e por isso tem dificuldade de olhar para o outro. “A empatia é um sentimento de olhar para o outro e se colocar no lugar dele”, diz Camila. O individualismo não permite que você reconheça que o parceiro ou parceira tem essa dificuldade e, portanto, é necessário investigar as causas dessa falha de empatia e saber como lidar com esse parceiro individualista na relação. 

Conversar e tentar entender a vida desse parceiro é o primeiro passo. Saber se ele tem passado por alguma dificuldade, se há algo que o preocupa são iniciativas que podem ser adotadas. Se ele está nesse individualismo, nesse egocentrismo é porque talvez não esteja dando conta de lidar com a própria vida. “Se isso acontece ele vai ter mais dificuldade de olhar para o outro. Então, é importante ajuda-lo a compreender que não está colhendo o sentimento na relação”, afirma Camila Moura. A especialista orienta, no entanto, que isso deve ser um diálogo e não uma cobrança. “É descobrirem juntos o que está acontecendo, porque essa pessoa não consegue olhar os procedimentos e interesses que a outra pessoa sinaliza”, salienta a psicóloga do Amor&Classe.  

O diálogo é a melhor forma de encontrar um caminho para que o individualismo não afete e ponha fim ao relacionamento. Se cada parceiro pensar em si apenas não há porque um deles gastar toda energia para manter o compromisso. Por isso, ao dialogar, é preciso pontuar sobre como eles estão lidando com os problemas, os papéis e coisas que desenvolvem. “Às vezes, a gente também não olha para o outro por faltar empatia também de nossa parte. É preciso ser simpático com outro e tentar entender o que está acontecendo na vida dele ou dela. É uma troca”, destaca Camila. 

Para saber o momento que cada um deve ceder é importante pensar o seguinte: Aquilo que meu parceiro/parceira está pedindo, se eu nem pensar sobre ou nem considerar vai levar essa pessoa ao sofrimento? Se se a resposta é sim, então vale a pena pensar em ceder. “Claro que cada um vai ceder à sua forma, mas pode ser uma combinação. E o combinado não sai caro”, reflete a especialista. Isso porque, segundo Camila, muitas vezes a pessoa só precisa entender que o outro está pensando em como melhorar a relação. Ser simpático em relação ao outro ajuda e a empatia é fundamental na relação.
É a empatia que cria um lugar em comum nessa relação. Sem ela esse lugar em comum não existe e quando não existe a relação não vai para frente. “O diálogo oferece essa oportunidade de descobrir se o outro está bem e se não é preciso reavaliar para continuar e assim evitar um desgaste muito grande relação”, reforça a especialista. 

Outra dica para saber qual o momento certo de cada um ceder é quando nenhum dos lados quer opinar sobre uma atitude que gera brigas recorrentes. “É nesse momento que alguém deve pensar em ceder, para gerar saúde emocional para essa relação”, diz a psicóloga. Ceder deixando muito claro quais são seus limites, porque se esse ceder for mexer nos seus valores e princípios não vai trazer solução para relação. “Pelo contrário vai trazer adoecimento psicológico para as pessoas envolvidas e em vez de o casal ter saúde afetiva terá mais prejuízo”, salienta Camila. 

Quando a gente consegue criar um lugar comum, ou seja, um abre a mão de um lado e o outro do outro, essa relação cria um lugar de apropriação dos dois. “Um lugar de dois e não de um só impondo seus desejos e suas vontades”, destaca Camila.  Se isso não ocorre, um deles fica escondido, adoecido, até o momento que a relação adoece também. O individualista precisa saber quais são os as consequências de suas atitudes na vida emocional do casal. E se essas atitudes causam algum mal, a consequência será, em algum momento, que o outro lado se retire da relação. “O processo de desgaste é muito grande quando um dos lados age desta forma”, expõe a psicóloga. 

Se esse parceiro tido como individualista não consegue ceder, mesmo a pessoa falando das consequências negativas das atitudes dela, só existem duas saídas: ou ceder sobre aquele item que fere os princípios e valores ou respeitar o outro com os valores dele. Aquela pessoa entrou em um nível de individualismo tão focado nos interesses pessoais, gastando energia com as coisas da vida, que realmente sobra pouca energia em construir com outro. “Se chegar a este ponto é preciso pensar se vale a pena esperar esse tempo, do outro se abrir para relação”, questiona a especialista. O tempo, de acordo com Camila, demanda paciência ou aceitar se relacionar de outra forma que não amorosamente.




quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Para que o amor dê certo: Tire as lentes cor de rosa







Sabe quando a gente imagina e idealiza a pessoa com quem nos relacionamos e isso acaba se tornando uma lente que nos impede de ver quem o outro é de verdade? Para que o amor dê certo, é preciso tirar os óculos cor de rosa da ilusão.


Quando imaginamos o amor ou idealizamos uma relação, criamos, mesmo que sem querer, uma ilusão baseada em fantasias e expectativas. Segundo a Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em relacionamentos, Camilla Couto, podemos pensar nessa ilusão como lentes cor de rosa que nos fazem enxergar somente aquilo que desejamos ver, não necessariamente o que é real: “com essas lentes, nos dispomos a enxergar claramente as qualidades que nos agradam no outro e nos privamos de ver aquelas que não condizem com o que esperávamos”, explica. Quem aí nunca fez isso?

Para Camilla, tirar as lentes cor de rosa da ilusão significa enxergar o outro exatamente como ele é. Não como imaginamos que ele seja, nem como gostaríamos que ele fosse. “Pode parecer um pouco radical em um primeiro momento, mas é a mais pura verdade: o amor só acontece de forma mais profunda quando nos deparamos com a realidade. Do contrário, não passa de uma ilusão”, enfatiza a orientadora.

“Existem casais que convivem por anos nessa situação e, quando alguma ruptura acontece, eles se veem como realmente são. A pergunta é: a pessoa não se mostrava como realmente é ou a outra é que não viu? Será que é possível fingir ser alguém durante tanto tempo na intimidade de um casal? O mais comum é que uma das partes (ou ambas) não desejasse ver o outro exatamente como é, para não correr o risco de ver sua idealização desmoronar”, completa Camilla.

Segundo ela, o medo da realidade, de sermos contrariados ou de termos que conviver com algo que não seja tão fácil e confortável são os fatores mais comuns para insistirmos na manutenção das lentes cor de rosa: “fazemos isso acreditando que seja melhor pensar que a pessoa é quem queremos que ela seja. Fazemos isso com a intenção de nos proteger das diferenças. E não nos damos conta do quanto isso é prejudicial para a relação. De que forma viver uma ilusão pode ser melhor do que viver a verdade?”, questiona.

Camilla explica: “a realidade pode não ser tão doce, mas é dela que precisamos viver e é nela que os verdadeiros sentimentos se baseiam”. Tudo que é ilusão não dura para sempre. “Em algum momento, a ruptura de que falei acima acontece”, reflete a orientadora, que segue: “pode vir em forma de uma reação exagerada e brusca, de uma decisão inesperada, de uma traição ou de uma decepção. E então, as lentes se desfazem e nos vemos cara a cara com a realidade: ele não é exatamente como imaginamos e idealizamos. E aí, nos sentimos enganados pela vida. Enganados pelo outro. Enganados por nós mesmos. Mas só a última alternativa é correta: fomos enganados pelo nosso próprio medo de enxergar a verdade como realmente é”.

Relações que duram no tempo têm menos idealização e mais compreensão. Menos superficialidade e mais parceria. “Amar de verdade, acontece quando conhecemos o outro como é: com suas sombras, suas fragilidades, suas fraquezas, suas incertezas, seus medos – e, ainda assim, escolhemos conviver, compartilhar e crescer juntos”, revela Camilla. As lentes cor de rosa deixam tudo lindo em um primeiro momento, são as lentes dos contos de fadas, da paixão, dos sonhos. E não podem durar para sempre, nem vão. Entender que é preciso olhar para a vida sem lentes que a filtrem, faz de nós mais maduros e mais prontos para amar verdadeiramente.





Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.




Fonte: www.amarildas.com.br


Dores e cãibras nas pernas podem indicar estenose do canal lombar

  • Estima-se que em 2025 mais de 64 milhões de idosos terão estenose lombar

  • Estenose lombar é o principal motivo de cirurgias na coluna em pessoas com mais de 65 anos 

Dores e cãibras nas pernas podem ser comuns depois de caminhar muito ou ficar de pé por um período prolongado. Por outro lado, quando estes sintomas se apresentam de forma constante e são acompanhados por outros, como formigamento e sensação de choque, podem ser sinais da presença da estenose do canal lombar.

Segundo o neurocirurgião Dr. Iuri Weinmann, especialista em Medicina e Cirurgia da Coluna, a estenose do canal lombar é causada pelo estreitamento do canal espinhal, por onde passam a medula espinhal e os nervos. “Os sintomas estão relacionados à compressão dos nervos e das demais estruturas afetadas por esse estreitamento”.
 

Dor piora em descidas

A dor nas pernas ao andar é chamada de claudicação neurogênica e possui características bem específicas. “Ela se agrava quando a pessoa está caminhando em um terreno em declive, ou seja, descendo, e melhora com a inclinação do corpo para frente ou ainda quando se senta”, explica Dr. Iuri.

De acordo com o especialista, a melhora acontece porque a flexão costuma reduzir a compressão das raízes nervosas. “Estes aspectos são importantes para diferenciar a claudicação neurogênica da claudicação vascular. A estenose lombar pode causar ainda choques, formigamentos, dores na região lombar e perda da sensibilidade nas pernas”.

 

Irradiação da dor

Em muitos casos, a dor pode atingir outras partes do corpo. “Os pacientes costumam pensar que se trata de dor no nervo ciático, pois é bem parecida. A compressão das raízes nervosas pode irradiar a dor para os quadris, nádegas e para a parte posterior das pernas”, comenta Dr. Iuri.

Uma das piores consequências da estenose do canal lombar é que pode afetar levar à incontinência urinária e/ou fecal. Essas manifestações são mais preocupantes. Isso porque, mesmo após o tratamento, o paciente pode continuar a apresentar esses sintomas.

"Por isso, é fundamental procurar um especialista em medicina da coluna precocemente. O diagnóstico e o tratamento precoces melhoram o prognóstico, ou seja, o resultado do tratamento”, reforça o neurocirurgião.  

 

Idade é principal fator de risco

Com o envelhecimento da população, a estenose do canal lombar tende a se tornar cada vez mais prevalente. Cabelos brancos e rugas são apenas sinais externos do envelhecimento. O que quase ninguém lembra é que todo o nosso corpo, incluindo ossos, músculos e outras estruturas internas, também passa pelo processo de degeneração, típico do envelhecimento.

“Doenças como osteoartrose, hérnia de disco e problemas nos ligamentos da coluna são condições degenerativas, que podem levar ao estreitamento do canal espinhal. Todos são fatores de risco associados à idade. O principal grupo de risco são pessoas com mais de 50 anos. Em raríssimos casos, traumas e alguns tipos de câncer podem levar à estenose do canal lombar. Existe ainda a forma congênita da doença, mas é menos prevalente”, explica Dr. Iuri.


Como é o tratamento

Inicialmente, é recomendado o tratamento conservador. Porém, uma parcela dos pacientes não responde a estas terapias e pode precisar de uma cirurgia. Graças aos avanços das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, a estenose do canal lombar pode ter tratada por meio da microdescompressão do canal lombar.

Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, com alto nível de segurança. De acordo com estudos, os pacientes apresentam melhora da capacidade funcional e redução da dor. O principal objetivo do procedimento é a descompressão dos nervos e das estruturas afetadas pelo estreitamento do canal espinhal.


Como é feita?

“É uma cirurgia neuroendoscópica, realizada com anestesia local. Por meio de uma pequena incisão, de cerca de 1 cm, e com a ajuda da fluoroscopia, uma espécie de raio-X intraoperatório, o neurocirurgião introduz uma cânula. Neste instrumento, está acoplada uma microcâmera que mostra em tempo real as imagens da área a ser operada em um monitor full-HD”, explica Dr. Iuri.

A cirurgia neuroendoscópica da coluna apresenta várias vantagens quando comparada a uma cirurgia convencional (aberta). “Um dos principais diferenciais é que permite operar pacientes idosos ou àqueles com contraindicação para uma cirurgia aberta. Além disso, reduz os riscos de complicações associados à anestesia geral, o tempo de internação, há menor perda de sangue e a recuperação é mais rápida”, conclui o neurocirurgião.

Combinação Perigosa


Parceria entre anticoncepcional e tabagismo aumenta riscos para AVC e trombose



A escolha do anticoncepcional é delicada para todas as mulheres, ainda mais para as que fumam. Principal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo prejudica o sistema cardiovascular e o circulatório e, se combinado com os contraceptivos, que também causam mudanças na circulação sanguínea, pode favorecer o surgimento de doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a trombose.

“O ideal é fazer uma prevenção, sem usar o anticoncepcional quando há algum fator de risco que aumente os efeitos colaterais, como é o caso do tabagismo, já que as complicações são bem difíceis de serem tratadas, como uma trombose ou AVC”, orienta o ginecologista Domingos Mantelli.

Ao contrário das mulheres que têm predisposição ao câncer de mama, por histórico familiar ou pessoal, e podem se submeter ao anticoncepcional de progesterona, as que fumam só têm uma alternativa se quiserem utilizar métodos contraceptivos. “Como as substâncias tóxicas do fumo aumentam os riscos para todos os anticoncepcionais, sejam eles de estrógeno, progesterona, injetável, anel vaginal ou transdérmico, a única solução neste caso é parar de fumar”, diz Mantelli.

Além do fumo, hábitos como a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso crônico de certos medicamentos também pode interferir na eficiência ou até potencializar os efeitos colaterais dos contraceptivos.





Dr. Domingos Mantelli Ginecologista e obstetra é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.

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