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sexta-feira, 21 de abril de 2023

Abril Laranja: mês de conscientização sobre os maus-tratos aos animais

 A Vetnil® e o abrigo parceiro, Casa do Vira-Lata, reforçam a importância de ações em prol dos direitos e bem-estar animal

 

Criado em 2006 pela ASPCA – Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais –, a campanha Abril Laranja é marcada por iniciativas que visam conscientizar a sociedade sobre os maus-tratos contra os animais. A Vetnil® e a Casa do Vira-Lata, abrigo parceiro da marca, aproveitam a data para reforçar a importância de ações em prol dos direitos e bem-estar animal, destacando o trabalho desenvolvido pela entidade que, em seus quatro anos de existência, já resgatou, cuidou, reabilitou e direcionou para adoção mais de mil cães e gatos.

“A maioria dos resgates acontece em situação de abandono, são muitos cães e gatos vivendo nas ruas. Me lembro de alguns casos revoltantes, como uma certa vez que fui à porta de uma família que mantinha um cachorro acorrentado e sem nenhuma dignidade. Liguei para a polícia solicitando suporte, eles foram até o local e pediram para ver o animal, conversaram e aconselharam a tutora para que me entregasse o cão e assim ela fez”, lembra Gabriel Santos Chaves, diretor da Casa do Vira-Lata.

O responsável pelo abrigo conta que seu trabalho começou de forma orgânica e foi ganhando força com o passar dos anos, especialmente por cada vez mais pessoas e instituições privadas abraçarem a causa animal e contribuírem com seu trabalho. “Cada ajuda importa e faz toda a diferença para arcarmos com a estrutura que temos. Atualmente estamos responsáveis pelos cuidados de mais de 90 animais, entre cães e gatos. A Vetnil, por exemplo, desde o ano passado iniciou uma contribuição mensal de medicamentos e suplementos, essenciais para garantir o cuidado integral dos animais resgatados e sua breve reabilitação”, comenta Chaves.

De acordo com a Lei 1.095/2019, que prevê uma pena de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda a quem praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais, são considerados crimes as ações que vão além de agressões físicas e envolvem também o abandono, a manutenção dos animais presos em cordas ou acorrentados, deixá-los trancados em locais sem ventilação ou entrada de luz, não garantir um ambiente limpo e higienizado para sua permanência, explorá-los em trabalhos exaustivos, não fornecer água e comida diariamente, negar-lhes assistência veterinária, entre outras situações que interfiram em seu bem-estar e qualidade de vida. Além de animais domésticos, a legislação abrange animais silvestres e exóticos.

As denúncias nos casos de maus-tratos, podem ser feitas por meio de um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia mais próxima, assim como recorrer ao IBAMA, à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de sua região, aos órgãos de vigilância sanitária, zoonoses ou meio ambiente da Prefeitura da cidade, ou por meio do Disque Denúncia (181). Em casos que necessite socorro imediato, a Polícia Militar (190) pode ser acionada diretamente.

Michelle Bertolini, gerente de marketing Vetnil®, reforça o papel da guarda responsável. “Os tutores, ao adotar um pet, precisam estar cientes da sua responsabilidade, garantindo as necessidades básicas do animal, que envolvem aspectos nutricionais, ambientais, sanitários e emocionais para sua saúde e bem-estar”.

Sobre os cuidados tomados pela Casa do Vira-Lata ao direcionar os pets para adoção, Chaves evidencia algumas etapas essenciais para ampliar as chances de sucesso na adaptação, tanto do animal, quanto da família interessada.

“O adotante precisa ter ao menos uma base sobre o que é ter um pet, seja por experiência ou pesquisa sobre o assunto. Fazemos uma entrevista prévia por WhatsApp e depois coletamos áudios de todos que moram na casa ou quintal, se apresentando e dizendo estar de acordo com a adoção. Por último, pedimos um vídeo da casa, sinalizando os lugares onde o animal vai comer, dormir e fazer as necessidades. Nessa hora, eu vejo o ambiente e consigo perceber se o adotante sabe do comportamento ou personalidade do animal que está escolhendo, pois todos eles são mostrados todos os dias no Instagram do abrigo”, destaca o diretor.

Aos interessados em contribuir com o trabalho da Casa do Vira-Lata, a instituição aceita doações mensais, a partir de R$ 1,00, por meio de um clube de assinaturas, além de doações avulsas. A ampla divulgação nas redes sociais também é de grande valia, já que permite que mais pessoas conheçam o projeto e contribuam para a causa.

 

Dados para doação

PIX

Chave CPF: 334.201.758-92

Chave e-mail: contato@casadoviralata.com.br

Chave celular: 11-94298-6781

PicPay

Picpay.me/casadoviralata

@casadoviralata

https://picpay.me/assinaturacasadoviralata

Banco Inter

Ag. 0001 / conta corrente 7019389-4

NuBank

Ag. 0001/ conta corrente 6212275-9

Banco Itaú

Ag. 0740 / conta corrente 18544-2

Caixa Econômica Federal

Ag. 1192 / conta poupança 67852-0

Acesse o Instagram da Casa do Vira-Lata e acompanhe de perto este projeto.


Abril Laranja: mês da conscientização contra a crueldade animal

Bella após o resgate aguardando por um novo lar!
Divulgação/ Pet Support
Médico Veterinário alerta sobre a gravidade do problema e como ele pode ser fatal. 


O quarto mês do ano é dedicado exclusivamente para combater os maus tratos e abandono de animais, especialmente os domésticos. No Brasil a campanha acontece todos os anos desde 2014, quando o país aderiu à iniciativa promovida pela Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), em parceria com diversas organizações de proteção animal. 

Segundo o médico veterinário e CEO do Grupo Hospitalar Pet Support, Ruben Lundgren Cavalcanti, a campanha surte efeito, porém este é um tema que precisa de atenção durante o ano inteiro. “Durante a minha carreira já atendi alguns animais vítimas de maus tratos e abandonados, casos que poderiam ser evitados. Os números são alarmantes e este é um assunto que precisa de muita conscientização social”, destacou.

Alguns casos de crueldade animal deixam sequelas e prejudicam fortemente a qualidade de vida. “Um atropelamento onde o motorista foge sem prestar socorro, por exemplo, é considerado maus tratos e pode ser fatal. Em alguns casos podemos observar animais cegos, com patas quebradas, desnutridos e muito ariscos, problemas ocasionados por agressões humanas. Muitos problemas podem ser irreversíveis”, explicou Ruben.

Recentemente o Grupo Hospitalar Pet Support prestou atendimento a Bella, uma cadela que foi resgatada da rua e recebeu toda a assistência necessária. “Não temos como afirmar se essa cadela sofreu maus tratos, mas provavelmente sim, pois foi abandonada com uma fratura de fêmur e chegou em estado terminal no nosso hospital. Realizamos uma cirurgia, onde foi necessária a amputação da perna, tratamentos e transfusões de sangue.  Bella está pronta para ser adotada, apenas esperando por um lar cheio de amor”, salientou o médico veterinário. 

O intuito da campanha é chamar atenção da sociedade para o problema, além de trazer informação e conscientizar a população. “É fundamental que todos se engajem na luta pela proteção dos animais, seja denunciando casos de maus-tratos, apoiando as organizações que trabalham pela causa ou adotando um animal de estimação de forma responsável e consciente”, finalizou o médico veterinário.

 

Como tornar a mudança de casa menos estressante para os pets?

Foto por vkstudio em freepik

 
Médica-veterinária explica o que fazer antes, durante e depois da mudança de residência para uma adaptação tranquila e segura de cães e gatos

 

Mudar de residência é algo que faz parte da vida de todos. Alguns de mudam mais, outros mudam menos, mas independente da frequência na qual isso ocorre, a dinâmica da mudança interfere na vida de todos da casa, incluindo os pets.

“Cães e gatos gostam de rotina e previsibilidade, além de serem territorialistas. Eles se sentem seguros em seu território e qualquer mudança nesta dinâmica pode promover estresse e desencadear problemas comportamentais e de saúde”, alerta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos Pets da Ceva Saúde Animal.

O momento da mudança pode ser um cenário desafiador, mas algumas atitudes podem favorecer a adaptação do pet ao novo ambiente antes, durante e depois de que tudo esteja entregue no novo endereço.

 

O pet precisa conhecer o local antes

Provavelmente você irá visitar sua nova residência algumas vezes antes de mudar. Se possível, leve o pet junto. Leve também algumas das coisas que fazem parte do dia a dia dele, como se fosse um passeio. Caixa de areia ou tapete higiênico, potes de água e comida, panos e brinquedos devem fazer parte destes momentos.

“É importante para o animal desbravar o novo ambiente com calma, conforme ele for ganhando confiança. Estas visitas não precisam ser longas, podem durar até 1 hora, se possível em diferentes horas do dia e, de preferência, sem que esteja ocorrendo obras ou com pessoas diferentes indo e vindo do lugar. Pelo menos 3 ou 4 visitas assim já ajudam o pet a se acostumar com o novo local”, Nathalia comenta.

Segundo a profissional, cães costumam a agir melhor nestes momentos, uma vez que o instinto curioso tende a superar o medo do novo muito rapidamente. Já no caso de gatos, eles precisam de tempo para dominar o espaço, processar cheiros e ruídos novos do local.

“No caso dos gatos, o processo é mais demorado e é importante não ter pressa. Não conduza o pet pelos ambientes, deixe que ele explore sem pressão e o acompanhe. Antes de apresentar a nova residência ao pet, certifique-se de que todas as janelas e varandas são teladas e não há risco de que o felino fuja”, explica.

 

Participação do pet na mudança

Os dias de preparação para a mudança podem ser confusos e bagunçados, mas não pense que deixar o pet em um hotelzinho ou na casa de algum amigo ou familiar é o melhor para o animal. Lembre-se de que é importante manter ao máximo a rotina, por isso, programe um passeio entre uma caixa embalada e outra, além de fornecer a alimentação no horário habitual e brincar com o pet.

“No dia em que a mudança ocorre de verdade, em que as coisas são retiradas da casa, a casa fica bagunçada e cheia de pessoas diferentes circulando. Este momento em específico pode ser bastante estressante para os peludos, por isso é importante que o tutor esteja por perto. Mantenha o pet isolado em um cômodo da casa enquanto as coisas são retiradas dos outros ambientes, este ambiente deve estar com os pertences do pet e com a casinha de transporte. Este deve ser o último cômodo a ser mexido na casa, de preferência apenas pelos tutores”, Nathalia reforça.

Neste momento, para auxiliar o pet a se sentir calmo e acolhido, os tutores podem deixar na tomada os difusores de análogos sintéticos de feromônios específicos para os animais - para os cães, o análogo sintético do feromônio materno e para os gatos o análogo do odor facial felino. “Estes produtos auxiliam na manutenção do bem-estar dos animais, dando o suporte necessário para que eles passem por situações adversas do dia a dia, como mudanças, chegada de novos membros na família e transportes sem estresse. É importante lembrar que eles são específicos para cada espécie, então o tutor precisa ficar atento a isso!”, a médica-veterinária complementa.

Assim que tudo já estiver pronto, o pet vai para a caixinha de transporte e segue, junto com os tutores, para sua nova moradia!

 

Os primeiros passos na casa nova

Ao chegar na nova residência, faça o processo semelhante à saída da casa anterior: deixe o pet e todos os pertences dele em um único cômodo, de preferência com o difusor de feromônio já ligado na tomada. Mantenha o pet isolado ao menos durante todo o período de entrega de mobílias e caixas, para que ele não se sinta intimidado pela movimentação de pessoas – sempre com a companhia de um tutor!

Nathalia explica que a liberação de acesso aos outros ambientes deve acontecer conforme o pet se mostrar interessado e confortável: “Normalmente os cães ficam mais curiosos para reconhecer todos os ambientes, mas os felinos e os cães mais velhos tendem a se sentir perdidos ou desconfortáveis com muitas novidades e sem ter algum ponto de segurança ao qual estejam adaptados. Para eles, a liberação gradual dos espaços para explorar é o mais indicado e deve ser feita apenas quando o pet já tiver cheirado e percorrido todo o cômodo em que ele chegou, permitindo o acesso a um outro cômodo, e assim sucessivamente”.

Nos primeiros dias, dar atenção ao pet é essencial e manter a atenção redobrada também, já que quando não se sentem em um ambiente seguro os animais muitas vezes acabam fugindo. Por isso, manter uma coleira de identificação com os dados dos tutores atualizados é importante.

“Logo no primeiro dia, recrie a rotina do pet, com horário específico de alimentação e rotina de passeio para os cães, assim eles passam a conhecer melhor a vizinhança e retornam à programação ao qual já estavam adaptados. Se a nova residência for afastada da anterior, é interessante que o tutor também procure saber a localização do veterinário mais próximo e que possa socorrer o pet em caso de alguma urgência ou emergência. Ter paciência e estar preparado para imprevistos é essencial para que as mudanças ocorram com sucesso e não sejam traumáticas para ninguém”, finaliza.



Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br


Reabilitação para animais: saiba quais são os tratamentos mais indicados para a recuperação de lesões

Com o avanço da medicina veterinária, equipamentos de ponta promovem bem-estar animal, indo além da cura


Quem convive com animais sabe o quanto é difícil quando eles estão doentes. Não é uma tarefa fácil cuidar deles e tratá-los corretamente. Graças aos avanços da tecnologia no campo da medicina veterinária, já existem diversos programas de reabilitação animal que oferecem tratamentos eficazes para solucionar diferentes tipos de problemas: prevenir lesões, restaurar e manter as funções do animal, auxiliar no alívio da dor e inflamação, melhorar a qualidade de locomoção e diminuir possíveis desconfortos do bichinho. 

 

Para Rodrigo Moretti, médico veterinário e consultor científico da HTM VET, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos para saúde e bem-estar animal, o objetivo não é só curar, mas também proporcionar qualidade de vida.

 

“Atualmente, a tecnologia é parte essencial em muitas coisas do nosso dia a dia, desde as lâmpadas das nossas casas até as inteligências artificiais e robôs. Na área da saúde não poderia ser diferente. Mais legal que isso é poder utilizar as tecnologias médicas na medicina veterinária, em prol da saúde e bem-estar dos animais. Os equipamentos da HTM Vet possuem resultados incríveis, com rápida recuperação e toda segurança da HTM. E poder ver seu animalzinho saudável e feliz novamente não tem preço”, diz.

 

Com uma variedade de dispositivos e equipamentos surgindo nesse segmento, Rodrigo elenca dois dos principais tratamentos que podem ajudar na recuperação dos pets e pacientes veterinários em caso de lesões. Confira:

 

O uso das Fototerapias (LED e Laser), no tratamento dos animais:


A fototerapia, através do LED e Laser, é um dos tratamentos mais utilizados no processo de cicatrização de feridas, reparação de lesões, pós-operatórios e antissepsia local. Essa tecnologia garante rápida cicatrização, melhora de quadros inflamatórios e dores. No caso do LED azul, também atua no combate a fungos, bactérias e outros agentes infecciosos. O procedimento é realizado com o equipamento LED LASER VET, e seus resultados são considerados satisfatórios e seguros.

 

“É um procedimento indolor, que utiliza a emissão de luz em diferentes comprimentos de onda, para proporcionar um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida ao animal”, indica Rodrigo.

 


Tecarterapia para dor aguda e recuperação de lesões musculares


A tecarterapia é um tratamento que estimula a reparação e atua com ação analgésica e anti-inflamatória através do calor gerado pelo movimento de cargas elétricas nos tecidos musculares. O equipamento utilizado, o Tecarterapia Vet, possui tecnologia multifrequencial, em que é possível trabalhar com três frequências distintas, aplicadas de forma individual ou combinada, para tratamento de dor aguda e crônica, quadros inflamatórios, relaxamento muscular e recuperação de lesões musculares. 

Além disso, o equipamento possui a revolucionária técnica hands free, que utiliza pulseiras para o profissional, de modo que a radiofrequência seja transmitida pelas mãos do veterinário para as áreas de tratamento do animal. Assim, a tecnologia do aparelho pode ser utilizada associada a uma massagem manual e/ou manobras de drenagem. "A técnica hands free proporciona uma experiência sensorial única entre o médico veterinário e o animal, fortalecendo o laço de confiança dos dois e trazendo tratamentos mais confortáveis para o pet”, conclui Rodrigo.

 

HTM VET


Fóssil brasileiro é evidência mais antiga de traço evolutivo que favoreceu o gigantismo de dinossauros

Espaços ocos nos ossos, conhecidos como sacos aéreos, surgiram nos ancestrais dos dinos pescoçudos
cerca de 225 milhões de anos atrás, revela análise de espécime  encontrado no Rio Grande do Sul.
Estudo mostra ainda que  estrutura evoluiu de forma diferente do que se imaginava
(
crédito: Márcio L. Castro)

 

 O elo perdido entre os dinossauros mais antigos, cujo tamanho variava de alguns centímetros até no máximo três metros de comprimento, e os gigantes mais recentes, que podiam ser maiores que dois ônibus e se popularizaram no imaginário popular, acaba de ser encontrado.

Macrocollum itaquii, soterrado há 225 milhões de anos no que hoje é o município de Agudo, no Rio Grande do Sul, é o dinossauro mais antigo estudado até hoje que possui estruturas conhecidas como sacos aéreos.

Esses espaços ocos nos ossos, ainda presentes nas aves atuais, ajudaram os dinossauros tanto a obter mais oxigênio, resfriar melhor o corpo e suportar as duras condições de seu tempo, quanto a se tornar gigantes, como o Tyrannosaurus rex e o Brachiosaurus, por exemplo.

A descoberta foi publicada na revista Anatomical Record, em artigo que tem como autores principais pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apoiados pela FAPESP.

“Os sacos aéreos tornaram os ossos menos densos, permitindo que os dinossauros pudessem superar 30 metros de comprimento”, explica Tito Aureliano, primeiro autor do estudo conduzido durante seu doutorado no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp.

“O Macrocollum, por sua vez, foi o maior de seu tempo, com cerca de três metros de comprimento, sendo que poucos milhões de anos antes os maiores dinossauros tinham em torno de um metro. Os sacos aéreos certamente facilitaram esse aumento de tamanho”, completa.

O trabalho integra o projeto “Paisagens Tafonômicas”, financiado pela FAPESP e coordenado por Fresia Ricardi Branco, professora do IG-Unicamp que também assina o artigo.

“Esse foi um dos primeiros dinossauros a pisar na Terra, no período Triássico. Essa adaptação possibilitou que eles crescessem e resistissem ao clima tanto daquele período como dos que vieram depois, o Jurássico e o Cretáceo. Os sacos aéreos foram uma vantagem evolutiva sobre outros grupos, como os mamíferos, permitindo aos dinossauros se diversificar mais rapidamente”, conta a pesquisadora.

Em estudo anterior, o grupo havia mostrado que os fósseis mais antigos já encontrados não tinham evidências de sacos aéreos, o que sugere que essa característica evoluiu pelo menos três vezes de forma independente (leia mais em: agencia.fapesp.br/40783/).

O bípede Macrocollum é um sauropodomorfo, ancestral dos gigantes dinossauros quadrúpedes e pescoçudos.


Evolução não linear

Até a descoberta dos sacos aéreos no Macrocollum, esses espaços vazios dentro das vértebras eram conhecidos por terem duas formas possíveis. As câmaras são grandes espaços dentro dos ossos, bastante evidentes quando vistos por microtomografia, tecnologia usada no estudo que permite conhecer o interior dos fósseis sem danificá-los.

As camelas, por sua vez, são bem menores, porém, muito mais ramificadas, gerando, na prática, o mesmo efeito das câmaras. O que os pesquisadores observaram no Macrocollum foi uma estrutura intermediária, nem tão grande nem tão pequena, ainda que ramificada. A essa nova forma de arquitetura óssea moldada por sacos aéreos propuseram o nome de protocâmaras.

“A hipótese mais aceita até então era de que os sacos aéreos começaram como câmaras e evoluíram para camelas. O que estamos propondo, a partir do que vimos nesse espécime, é que, antes de todas, houve esta outra forma”, diz Aureliano.

As vértebras onde os sacos aéreos foram encontrados também mudam o que se sabia até então sobre a evolução dessas estruturas. Baseados nos fósseis examinados até então, outros grupos de pesquisa haviam proposto que os espaços ocos surgiram na região cervical apenas bem depois do período em que viveu o Macrocollum, já no início do Jurássico (190 milhões de anos atrás). Segundo essa hipótese, os sacos aéreos teriam inicialmente ocorrido apenas na região abdominal.

No entanto, o Macrocollum surpreendeu os cientistas exatamente por ter evidências claras de sacos aéreos na região cervical e na dorsal, sem sinais das estruturas na região abdominal.

“É como se a evolução tivesse feito diferentes experimentos até chegar ao sistema definitivo, em que os sacos aéreos iam desde a região cervical até a cauda. Não foi um processo linear”, encerra Aureliano.

O artigo The origin of an invasive air sac system in sauropodomorph dinosaurs pode ser lido por assinantes da revista em: https://anatomypubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ar.25209. 



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/fossil-brasileiro-e-evidencia-mais-antiga-de-traco-evolutivo-que-favoreceu-o-gigantismo-de-dinossauros/41176/



Como prevenir e identificar doenças gastrointestinais em animais de estimação

Distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns
 de acontecer, mas podem ser graves e precisam de atendimento
médico veterinário rápido
 
Foto: Edjane Madza
 Mudanças de hábitos, falta de apetite, vômitos, diarreia e perda de peso são alguns dos sinais clínicos que devem colocar os tutores em alerta


Assim como nos humanos, indisposição e distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns, diversos e mais frequentes do que se imagina. O grande desafio, porém, é identificar rapidamente as causas e a gravidade dos sinais clínicos para evitar a piora do quadro.  

Buscar atendimento médico veterinário e conhecer bem o comportamento e os hábitos do pet são fatores fundamentais para identificar doenças precocemente, sobretudo as gastrointestinais que, muitas vezes, podem ser confundidas com uma indisposição passageira. “As observações do tutor vão colaborar muito para o diagnóstico do veterinário. A ingestão de algum alimento não recomendado ou comida em excesso podem ser as causas de uma indisposição ou obstrução, por exemplo. Mudanças de hábitos, como a forma de se deitar, evitar brincar ou se movimentar e apetite reduzido, podem ser sinais de dor”, relata a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, dra. Farah de Andrade.


Quais são as principais doenças gastrointestinais em cães e gatos?

Dor e rigidez abdominal, salivação excessiva, fraqueza, falta de apetite, náuseas e vômitos (com ou sem sangue) são alguns dos sinais clínicos de gastrite (inflamação da mucosa do estômago), geralmente causada por infecções bacterianas ou por parasitas; doenças renais, hepáticas, virais ou hormonais; alergias ou intolerância alimentar; estresse; ingestão de produtos tóxicos ou objetos e, até mesmo, tratamentos medicamentosos. Já a gastroenterite é uma inflamação de todo o aparelho digestivo e com causas diversas, mas que também provoca vômitos, além de diarreia, inapetência e letargia.

A pancreatite é uma inflamação grave no pâncreas, órgão que produz as substâncias responsáveis pela digestão, com sintomas como dor abdominal, diarreia, abdômen enrijecido, falta de apetite, desidratação, fraqueza e febre.

 A pancreatite aguda pode ter desenvolvimento rápido, causar necrose tecidual e levar a óbito, se não tratada a tempo. Já a pancreatite crônica é uma inflamação contínua e progressiva, que causa danos permanentes e perda de função do órgão. Distúrbios do fígado, ducto biliar ou pâncreas podem provocar colestase, redução ou interrupção da bile (líquido digestivo produzido pelo fígado). Os principais sinais são pele e esclera (parte branca dos olhos) amareladas por impregnação de bilirrubina, urina escura ou alaranjada (bilirrubina) e fezes claras e fétidas.

doença inflamatória intestinal é uma inflamação nas mucosas gastrointestinais, que causa diarreia e vômitos intermitentes ou que persistem por mais de três semanas. A causa é desconhecida, mas estudos sugerem que seja consequência de uma alteração na resposta inflamatória e imune do animal, que interfere na absorção de nutrientes e na motilidade intestinal. Vômitos e diarreia também são alterações causadas pela disbiose intestinal, condição na qual ocorre um desequilíbrio da microbiota do pet e uma hiper população de microrganismos ruins, que pode predispor a translocação bacteriana para outros órgãos do animal, gerando infecções. Fezes líquidas, em menor volume e mais frequentes, com ou sem muco e sangue, são os principais sinais de colite canina, inflamação no cólon, parte principal do intestino grosso.

Muito comuns, mas não menos importantes são as verminoses ou doenças parasitárias causadas por vermes e protozoários que se alojam no organismo do pet, principalmente no intestino, mas também podem se abrigar no fígado, nos pulmões e no cérebro. Se não tratadas adequadamente, colocam a vida do pet em risco. São facilmente transmitidas por meio de água, fezes e alimentos contaminados; contato com a pele do pet; picadas de insetos; transmitidas da mãe ao filhote, durante a gestação e o aleitamento; e pela ingestão de pulgas contaminadas ou de animais como lagartixas, pássaros e roedores.


Como prevenir e tratar

A alimentação adequada é o ponto mais importante para a saúde gastrointestinal do pet. “O médico veterinário é quem irá indicar as melhores opções e a quantidade de alimento, conforme a idade, o porte e as condições clínicas. Tanto a alimentação natural, quanto as rações industrializadas precisam ser ofertadas conforme a particularidade de cada animal. Pets com alergias ou determinadas doenças podem precisar de uma alimentação ainda mais específica”, comenta a veterinária. Muitas vezes o problema é causado pela quantidade de alimento, petiscos oferecidos, tipo de proteína presente ou pelo preparo inadequado do alimento.

Oferecer água filtrada; manter o ambiente e caixas de areia sempre limpos; higienizar o cão no retorno do passeio; evitar acesso ao lixo, a alimentos gordurosos, a plantas tóxicas, a produtos de limpeza e a brinquedos e objetos que possam ser ingeridos são cuidados que devem ser mantidos no dia a dia como forma de prevenção.

Quanto antes uma doença gastrointestinal for diagnosticada, melhores os resultados. Por isso, a importância de consultar o médico veterinário nos primeiros sinais apresentados pelo animal e seguir à risca a indicação médica. “O tutor nunca deve medicar o pet sem a indicação do veterinário. Pensar que pode ser apenas uma indisposição passageira e medicar o animal, pode camuflar os sinais clínicos e tardar o diagnóstico. Administre apenas o que o veterinário sugerir, pois muitos fármacos que funcionam para nós, podem ser tóxicos para os animais e a dosagem é sempre bem específica”, alerta a dra. Farah.

A adesão do animal ao tratamento também faz a diferença. Por isso, medicamentos veterinários manipulados flavorizados e em formas farmacêuticas que facilitam a administração vêm ganhando cada vez mais adeptos.  “Probióticos, prebióticos, vermífugos e ativos como o omeprazol, a bromoprida, o ácido ursodesoxicólico, a silimarina e o SAMe, por exemplo, podem ser manipulados em forma de biscoito, calda, pasta oral ou molho com sabores como queijo, leite condensado e banana, tornando o tratamento mais agradável para o pet, que já está indisposto e com o apetite alterado”, comenta a veterinária.

Algumas formas farmacêuticas também foram desenvolvidas pela DrogaVET com o objetivo de otimizar o tratamento de doenças e prevenir o desconforto que algumas drogas podem causar no estômago dos animais. Cápsulas com revestimento entérico são capazes de resistir ao fluido gástrico e liberam seus ingredientes somente no intestino. Dessa forma, evitam náuseas e irritações gástricas de ativos no estômago e garantem que fármacos, que são instáveis em meio ácido, cheguem ao intestino sem redução de eficácia. Já o filme oral, uma lâmina hidrossolúvel, se adere à mucosa bucal e dissolve rapidamente, proporcionando uma rápida liberação dos ativos, reduzindo os efeitos da passagem da droga pelo fígado e diminuindo a degradação ácida do ativo no estômago. O gel transdérmico é uma opção para pets que não aceitam a ingestão de medicamentos. Nessa forma farmacêutica o fármaco é absorvido pela corrente sanguínea através da pele, reduzindo o metabolismo pelo sistema gastrointestinal. Para animais com sensibilidade alimentar, diabéticos, celíacos e nefropatas existem as opções de biscoitos hipoalergênicos isentos de glúten, corantes, conservantes, açúcar, sal e proteína animal. 

 

DrogaVET
www.drogavet.com.br



Líder da matilha? Ciência explica o mito da dominância em cães

(Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay)
Geneticista detalha o funcionamento do cérebro desses animais, à luz da neurociência


Frequentemente, as pessoas escutam recomendações de que é preciso ter atitudes firmes na educação dos cães, para que entendam que os humanos são os "líderes da matilha". Por isso, é comum incorporarmos a ideia de que os cachorros, de forma arquitetada, andam na nossa frente, ao saírem na rua, ou têm comportamentos agressivos e de monta – tudo para nos “dominarem” –, e que, por isso, precisamos falar alto, brigar e até agredi-los. Será que estes conceitos estão corretos e devem ser seguidos?

 

Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, assegura que esta é uma conduta ultrapassada. Ela lembra que a origem desse entendimento vem de 1970, com a Teoria da Dominância, criada pelo biólogo Lucyan David Mech e retratada na obra "The Wolf".

 

Ela se referia ao comportamento de lobos, por meio de observações do cientista. Mech afirmava que as famílias desses animais eram lideradas por lobos fortes e dominantes (denominados alfas), enquanto, os submissos (denominados ômega) os obedeciam. Os alfas, portanto, exerciam controle e ditavam as decisões sobre os outros membros do grupo.

 

"Esta teoria foi transposta para a relação humano-cão e rapidamente propagada, inclusive por profissionais que trabalham com comportamento canino", lamenta Chamone.

 

Porém, em 2005, Mech veio, a público, desmenti-la. Com o progresso das pesquisas, foi comprovado que a Teoria da Dominância não tem embasamento científico – e mais especificamente com o avanço da neurociência comportamental, a partir do século XXI. Esta ciência estuda o funcionamento do cérebro – que, por sua vez, recebe informações e influências internas e externas, permitindo o desenvolvimento de comportamentos variados nos indivíduos, a depender do momento e circunstâncias.

 

"Entendemos o erro de Mech em 1970, pois a neurociência ainda é muito jovem – e pesquisas referentes ao cérebro de animais, mais ainda. Um estudo que conta muito sobre o cérebro dos cães é de 2017, apenas cinco anos atrás! Mas hoje, em 2023, é preciso trazer conhecimento para casa e mudar a forma de lidar com espécies diferentes da nossa, como os nossos peludos domésticos", registra a geneticista.

 

Assim, ao detalhar o funcionamento do cérebro, a neurociência mostra que os cães não têm habilidades de criar suposições sobre o que o outro está sentindo ou pensando e, a partir daí, bolar planos maquiavélicos. Isso é chamado de Teoria da Mente. "Apenas os primatas ditos superiores, como gorilas, chimpanzés e, inclusive humanos, têm essa competência cognitiva. Na prática, isso significa que somente eles são capazes de reconhecer que o outro pensa e sente. Nenhum outro animal, nem o cachorro, tem desenvolvimento neurológico suficiente para isso", explica Chamone.

 

E mais: os cães (independentemente do tamanho ou raça) têm o desenvolvimento cognitivo e emocional equivalente ao de uma criança de dois anos; ou seja, eles não têm um cérebro desenvolvido, ao ponto de quererem nos dominar, o que invalida, de vez, a Teoria da Dominância.

 

"Até por conta desse desenvolvimento cognitivo limitado, eles não interpretam o mundo como nós – por exemplo, ao se olharem no espelho ou verem cenas na televisão, não dão conta de associar e entender que são apenas imagens refletidas".

 

Comportamentos à luz da neurociência

Mas, então, o que significam os comportamentos mencionados acima – de querer andar na frente do dono, de se comportar de forma agressiva ou de fazer monta nos humanos, como se quisesse cruzar?

 

Chamone esclarece: "o andar na frente do dono só mostra que esse animal tem hábitos exploratórios, algo totalmente natural de sua natureza. É comum e saudável querer farejar, cavar, e explorar o ambiente do passeio". Dessa forma, cães podem andar à frente do tutor, ao lado ou atrás – não há relevância alguma nisso.

 

Já os comportamentos agressivos e de monta requerem mais cuidado e atenção – e não porque os cães estão querendo nos dominar, mas sim porque, provavelmente, estão em sofrimento.

 

"A agressividade se torna uma necessidade quando o cachorro se sente em um ambiente ameaçador, no qual a única forma de se defender é mordendo. Se chegou a este ponto, o dono precisa, urgentemente, buscar ajuda profissional, pois além de ter um cãozinho em extremo estresse e sofrimento, pode estar colocando a família em risco", alerta.

 

Por fim, a monta compulsiva, fora do contexto sexual (macho diante de fêmea no cio) é chamada de estereotipia comportamental – ou seja, uma forma que o cão encontra para aliviar a ansiedade que está sentindo. "O mesmo podemos dizer para outros padrões compulsivos, como lambeduras intermináveis, excesso de latidos e comer o seu próprio cocô", exemplifica.

 

Assim, entender o comportamento canino à luz da neurociência nos traz conhecimento e sabedoria. "Não faz sentido submetermos nossos peludos a atitudes autoritárias para que nos obedeçam e nos respeitem, sem qualquer embasamento em ciência. Cabe a nós, humanos, usarmos o nosso 'super cérebro' evoluído para entendermos a espécie diferente e encantadora que trouxemos para a nossa casa, garantindo o bem-estar e a tranquilidade de todos da família", finaliza a geneticista.


Como a nutrição auxilia no combate à disfunção cognitiva dos pets?

Nutrientes com ações antioxidantes e neuroprotetoras são essenciais durante toda a vida do animal, mas a importância deles aumenta para os pets idosos

 

Com o aumento da expectativa de vida dos cães e gatos domésticos, alguns fatores passaram a ser mais bem estudados e reconhecidos durante os últimos anos. Assim como a saúde física dos pets tende a ficar mais frágil em decorrência da idade e precisa de mais atenção, a saúde cognitiva dos nossos animais de estimação também precisa de cuidados.

“É muito comum a gente observar comportamentos diferentes nos pets mais velhinhos e atribuir à idade, e é isso mesmo! Com o passar do tempo o cérebro também sofre algumas alterações na sua estrutura e no seu funcionamento, que na maioria das vezes são progressivas e irreversíveis. Para este processo, damos o nome de disfunção cognitiva”, conta Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

A disfunção cognitiva citada por Pamela é uma síndrome comportamental, onde o animal passa a apresentar déficit de aprendizado, piora na percepção de espaço, alteração no padrão sono/vigília, perda de memória e dificuldade de interagir com outros animais e pessoas. Alguns dos pets que apresentam disfunção cognitiva também passam a fazer as necessidades fisiológicas em locais impróprios e a vocalizar (chorar, latir) mais.

A doença acontece devido a diversos fatores como estresse oxidativo, aumento de depósito da substância β-amilóide no cérebro, redução na produção de neurotransmissores, entre outros. O diagnóstico para o quadro de disfunção cognitiva pode demandar diversos exames para descartar outras patologias, e a utilização de um questionário avaliativo, que ajuda na detecção precoce e no acompanhamento das mudanças comportamentais ao longo do tempo.

“A disfunção cognitiva não tem cura, mas os sinais clínicos podem ser reduzidos com o tratamento apropriado, que inclui medicação, enriquecimento ambiental e uma dieta rica em nutrientes com função neuroprotetora e antioxidante”, elucida. “Vale lembrar que a nutrição tem um peso importantíssimo em todas as fases da vida do pet, e que também pode auxiliar na prevenção de doenças que tendem a aparecer quando estes animais estão mais velhos, como diabetes e hipercolesterolemia. Fornecer os nutrientes adequados é olhar para a saúde do pet como um todo, começando de dentro pra fora”.

Uma nutrição adequada para os animais de estimação é formulada com nutrientes essenciais que são capazes de retardar a progressão de doenças degenerativas ou mesmo impedir o seu início, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pets e, quando possível, aumentando a sua expectativa de vida.

“O fornecimento de ácidos graxos essenciais na dieta, como o Ômega-3, tem ação anti-inflamatória no organismo, auxilia na absorção de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e fortalecimento dos órgãos e tecidos, e é uma fonte de DHA, que melhora o desenvolvimento do cérebro e protege a função neurológica”, Pamela explica.

Além de uma dieta rica em Ômega-3, os pets sêniores se beneficiam com o aporte de Vitaminas C e E, que agem como potentes antioxidantes, e Vitaminas do complexo B, que restauram e fortalecem a síntese de importantes neurotransmissores. Frutas e vegetais ricos em flavonoides, carotenoides e outros antioxidantes também auxiliam na proteção cerebral e redução dos sintomas da disfunção cognitiva nos pets.

“O envelhecimento não é uma doença, mas uma consequência natural do tempo na vida de cada animal. Uma boa nutrição de acordo com a necessidade de cada fase de vida do pet, em conjunto com todos os cuidados veterinários que eles demandam, permite que eles tenham uma vida mais longa, feliz e saudável”, finaliza.

 


Avert Saúde Animal
www.avertsaudeanimal.com.br


Manter a produtividade e a saúde de 6,5 milhões de bovinos confinados é desafio para técnicos e pecuaristas

Doenças de cascos, respiratórias, distúrbios metabólicos e clostridioses estão entre os principais desafios no manejo desses animais


            De acordo com o Censo Agro de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil foram registrados 224.602.112 milhões de cabeças de gado. Já o Censo de Confinamento DSM 2021, estruturado pelo Serviço de Inteligência de Mercado da DSM, apontou que a pecuária brasileira possui 6,5 milhões de bovinos confinados. Estes números impressionantes mostram a importância do Brasil na produção de carne bovina mundial, onde figura em 2º lugar, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Mas, também, evidenciam uma necessidade indiscutível: o país precisa ter um contingente de técnicos atualizados no segmento e que atuem para “sanar as dores” dos pecuaristas. 

            “O setor de confinamento de gado exige estratégias de manejo que garantam a máxima produtividade. Isso vai muito além de apenas fornecer alimentação balanceada e água de boa qualidade aos animais. Lidamos com novos problemas todos os dias. Doenças respiratórias, clostridioses (grupo de infecções e intoxicações causadas por bactérias anaeróbias do gênero Clostridium), afecções de cascos, distúrbios metabólicos e tantos outros itens exigem conhecimento específico para a boa atuação do profissional”, afirma o médico veterinário Marcos Ferreira, gerente de Produto Pecuária da UCBVET Saúde Animal, empresa com parque fabril em Jaboticabal e escritório operacional em Ribeirão Preto, ambas as cidades localizadas na região da Alta Mogiana Paulista. 

            O Sudeste assume a terceira posição no ranking das regiões brasileiras com maior quantidade de rebanhos bovinos do Brasil, com 38.461.833 agrupamentos, segundo dados do Observatório da Agropecuária Brasileira, plataforma tecnológica do Ministério da Agricultura e Pecuária. Uma pesquisa da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) revelou que, em 2021, cerca de R$ 913 bilhões foram movimentados pela pecuária de corte em todo território nacional. O levantamento também reforçou que a China é o principal importador de carne bovina brasileira, atingindo a marca de 39,2% da produção do país. 

            “A prática é muito mais desafiadora que a teoria. São muitas as variáveis que podem prejudicar todo o processo do confinamento. Estudar, aprender, capacitar é parte do processo de formação de um profissional capaz de ir a campo e aplicar o conhecimento para o benefício do produtor rural. É desta relação de apoio entre o consultor e o pecuarista que nasce, também, a confiança necessária para a saúde do negócio”, afirma o consultor Técnico da UCBVET para o estado de São Paulo, o médico veterinário Gustavo Silva Vieira.

 

Universidade UCBVET


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