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sexta-feira, 14 de abril de 2023

Vírus respiratório pode trazer graves problemas a bebês prematuros

Com sazonalidade alterada, Brasil entrou na alta temporada do VSR; ONG Prematuridade.com reforça prevenção


Desde o início de abril, todo o território brasileiro entrou na alta temporada do VSR (Vírus Sincicial Respiratório), principal agente causador de infecções do trato respiratório inferior em bebês de até dois anos - estima-se que 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias nesse público sejam decorrentes do vírus. Quando o contágio ocorre em bebês prematuros e cardiopatas, a preocupação é ainda maior, em razão da gravidade das implicações.

 

A questão foi tratada em evento realizado pela AstraZeneca Brasil, na terça-feira (11), em São Paulo, com o lançamento da campanha “Prevenção ao VSR – Muito além de um Detalhe” e o alerta à saúde dos prematuros foi trazido pela diretora executiva e fundadora da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani, uma das convidadas do painel “Cenário do VSR no Brasil e Métodos de Prevenção”. Mediado pela jornalista e apresentadora Fabiana Scaranzi, a mesa redonda foi composta, ainda, pelo Dr. Renato Kfouri, pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e por Rafa Brites, apresentadora e mãe de um bebê que chegou a ser internado por VSR.

 

“É muito importante replicarmos as informações sobre o VSR, tanto para as famílias, quanto para os profissionais de saúde, para que as formas de prevenção sejam difundidas, já que não existe um tratamento específico”, frisou Denise. Esse trabalho de conscientização é reforçado pela ONG Prematuridade.com e por seus voluntários espalhados por todas as regiões do país. “É um problema ao qual todos estão suscetíveis, então, é preciso falar sobre isso já durante a gestação, trazendo o máximo de informações”, salienta.

 

 

Sazonalidade alterada e aumento de casos

 

A sazonalidade do VSR varia de acordo com a região do país - começa no Norte, durando de fevereiro até junho, vai atingindo as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, onde registra picos entre março e julho, chegando ao Sul em abril e permanecendo até agosto com alta de casos na região. No entanto, o pediatra infectologista Dr. Renato Kfouri ressaltou que com a flexibilização do isolamento social e retomada das atividades presenciais, pós-pandemia, o vírus pode ter voltado a circular e apresentado alta de casos.

 

Conforme mostra o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado no último dia 4, houve aumento expressivo, em 15 estados, no número de novas internações de crianças causadas pelo VSR.


A análise da Fiocruz tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de março e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 12, período de 19 a 25 de março. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 36,2% para VSR. Nos estados do Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Sergipe e Tocantins, até o momento analisado, o aumento de VSR está concentrado fundamentalmente nas crianças.

 

Já dados do Ministério da Saúde, atualizados semanalmente pela Secretaria de Vigilância em Saúde e referentes a todo o Brasil, revelaram 1.406 casos em crianças de zero a quatro anos, nas últimas oito semanas de 2022, o que representou uma alta de 22% em comparação com as oito semanas anteriores. As regiões mais afetadas no período foram Distrito Federal (450%), Minas Gerais (316%), Santa Catarina (72%), Roraima (71%), Paraná (30%), Rio Grande do Sul (26%) e São Paulo (5%).

 

 

Sintomas e prevenção

 

O VSR é transmitido através do contato com secreções respiratórias das pessoas infectadas e pode ocorrer desde formas assintomáticas leves até casos mais graves, com insuficiência respiratória e síndrome respiratória aguda, levando à hospitalização. O quadro mais típico é a bronquiolite, quando o vírus atinge os bronquíolos, na parte final dos brônquios, inflama e dificulta a entrada de ar, havendo um esforço respiratório muito grande acompanhado de cansaço.

 

Embora não exista vacina contra o VSR, há tratamento preventivo, disponível no SUS e incorporado ao rol de procedimento da ANS (disponível via planos de saúde).  Trata-se de anticorpos monoclonais, que são artificiais e podem ser administrados aos bebês mensalmente durante o período de maior circulação do vírus. São especialmente importantes para bebês de 3 grupos:

- Crianças prematuras nascidas com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas (até 28 semanas e seis dias), com idade inferior a um ano (até 11 meses e 29 dias);

 

- Crianças com idade inferior a dois anos (até um ano, 11 meses e 29 dias) com cardiopatia congênita e que permaneçam com repercussão hemodinâmica, com uso de medicamentos específicos;

 

- Crianças com idade inferior a dois anos (até um ano, 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia pulmonar) e que continuem necessitando de tratamento de suporte, tais como o uso de corticoíde, diurético, broncodilatador ou suplemento de oxigênio, durante os seis últimos meses anteriores ao cadastramento.

 

Entre outras medidas preventivas, estão a higienização frequente das mãos com álcool em gel e sabonetes germicidas, evitar o contato com pessoas com sintomas respiratórios e, para frear a disseminação de vírus respiratórios no público infantil, se a criança estiver com sinal de infecção respiratória, o ideal é não enviá-la para a escola ou creche.

 

“A prevenção é um trabalho em equipe. Os pais precisam saber que o vírus existe e como ele funciona e os profissionais de saúde estarem em constante atualização para orientar os pacientes e, assim, combatermos esse vírus”, conclui Denise.

 

Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com, é

https://www.prematuridade.com/.

 

 

Observatório da Prematuridade

 https://prematuridade.com/_files/view.php/download/pasta/1/61f96b65a3779.pdf.



Caminho para diagnóstico e tratamento de Chagas passa pela atenção primária

No Dia Mundial da doença, organizações defendem protagonismo da saúde básica para dar visibilidade e ofertar cuidado de qualidade a pacientes

 

Mais de um século depois da descoberta da Doença de Chagas, milhões de pessoas ainda permanecem infectadas, principalmente na América Latina, e a grande maioria delas não sabe sequer que tem a doença. Para tentar reverter essa situação de desconhecimento em relação ao problema e escassez de oferta de cuidados e diagnóstico aos pacientes, um grupo de organizações se une nesse 14 de abril, Dia Mundial da Doença de Chagas, para chamar a atenção para a necessidade de integrar o atendimento de pacientes de Chagas à Atenção Primária à Saúde.

Se devidamente implantada, a integração permitirá que uma pessoa com Chagas tenha sua condição detectada no nível mais elementar de atendimento, que no Brasil é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), passando a ter acesso a diagnóstico oportuno, tratamento da doença e acompanhamento em estruturas de saúde perto dos lares dos pacientes.

A experiência de organizações como DNDi, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e CUIDA Chagas, no Brasil e em outros países, tem demonstrado ser primordial implementar, já na saúde básica, ações de prevenção e de vigilância de pessoas e territórios em risco para doença de Chagas. Da mesma forma, a saúde básica deve ter mais protagonismo em políticas de diagnóstico, tratamento e cuidado das pessoas acometidas.

“Entendemos que a detecção e o tratamento de Chagas podem e devem ser feitos na Atenção Básica de Saúde. Atualmente, só existem cuidados para esses pacientes em centros especializados, que ficam distantes de seus locais de moradia. Eles precisam viajar para conseguir tratamento ou ficam sem atendimento,” explica Andrea Silvestre, Investigadora Principal do CUIDA Chagas.

Chagas é uma doença tropical negligenciada (DTN) de abrangência global, mas que afeta principalmente as populações vulneráveis da América Latina, onde estima-se que apenas 10% de seus portadores sabem de sua condição e só 1% recebe tratamento. No mundo todo, de 6 milhões a 8 milhões de pessoas são acometidas e mais de 75 milhões moram em áreas de risco de contágio, sendo que 1,12 milhão são mulheres em idade fértil.

Na América Latina, aproximadamente 12 mil pessoas morrem todos os anos por causa dessa doença e entre 8 mil e 15 mil bebês são infectados por meio da chamada transmissão vertical, aquela que pode acontecer durante a gravidez ou o parto. Sem tratamento, entre 30% e 40% dos afetados desenvolvem sérias complicações de saúde, principalmente no coração e no sistema digestivo. Mesmo diante de um cenário comum a outras DTNs, de pouco investimento em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, há tratamentos disponíveis que permitem controlar e até mesmo curar a doença, se ela for diagnosticada cedo, em sua etapa inicial.

“Nossa única chance de retirar do esquecimento milhões de pessoas é a implementação de metas e incentivos para notificação, controle e eliminação da doença a partir da atenção primária de saúde, apoiada em Linhas de Cuidado que fortaleçam uma atenção descentralizada”, afirma Sergio Sosa-Estani Diretor Executivo da DNDi na América Latina. Ele também chama a atenção para a queda dos investimentos no desenvolvimento de novos fármacos e provas diagnósticas para Chagas e DTNs em geral. “É essencial a implantação de mecanismos de financiamento para pesquisas relacionadas a essas doenças, pois somente com um fluxo de recursos contínuo conseguiremos atingir as metas de controle e eliminação”, diz ele.

O diagnóstico, o tratamento e o cuidado integral da doença de Chagas trazem benefícios importantes, incluindo a prevenção da transmissão vertical, a grande possibilidade de cura em bebês e o controle e redução da progressão para formas avançadas da doença em adultos. Todos esses benefícios podem ser conquistados caso exista conhecimento sobre as particularidades de cada contexto epidemiológico, protocolos adequados, conscientização social e maior investimento público e privado. Para isso, mecanismos de articulação institucional, pesquisa científica e inovação tecnológica são fundamentais para melhorar a informação disponível sobre o impacto socio-sanitário da doença e para viabilizar a implementação de mais ações e políticas concretas.

“É importante reconhecer que alguns avanços estão ocorrendo, mas é preciso ir além”, afirma Clara Alves, especialista de advocacy e assuntos humanitários de MSF. “É necessário garantir atendimento para todos em todo o país, e só será possível alcançar esse objetivo com a capacitação adequada dos profissionais de saúde e trazendo o atendimento para a ponta, ou seja, para as Unidades Básica de Saúde. Também é urgente avançar em estratégias de busca ativa para diagnóstico e garantir a sustentabilidade da oferta de tratamento ", afirma Clara.

Para marcar o Dia Mundial da Doença de Chagas, o Ministério da Saúde por meio do GT Chagas, realiza um evento internacional, que acontece nesta sexta-feira, dia 14, em Brasília.

Na abertura, haverá representantes do Ministério, da OPAS/OMS, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e da Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Doença de Chagas (FINDECHAGAS). Na sequência, ocorrem duas mesas de debate: uma sobre a importância da inserção da doença na atenção primária e outra para tratar sobre os avanços na prevenção das diversas formas de transmissão. Para acompanhar os debates, é necessário cadastrar-se no link https://webinar.aids.gov.br



Embolia Pulmonar inicialmente pode provocar sintomas leves e ser confundida com outras doenças

Em algumas ocorrências, a doença é diagnosticada como uma gripe e pneumonia, ou nos casos mais graves, caracterizada como infarto agudo do miocárdio, que é capaz de colocar a vida do paciente em risco

 

A Embolia Pulmonar acontece quando uma ou mais artérias do pulmão estão obstruídas por um coágulo de sangue que impede a sua passagem, dificulta a sua oxigenação e provoca sobrecarga do coração. A doença pode acontecer em qualquer ciclo da vida, tanto nos homens como nas mulheres, e passa a ser mais frequente com o avançar da idade.

Na maioria das vezes, a Embolia Pulmonar é provocada por coágulos sanguíneos que se formam em veias das pernas e, em alguns casos mais raros, na cavidade pélvica ou abdominal. Uma outra forma, ainda muito mais rara, é a embolia gordurosa, ou gasosa, que ocorre principalmente no trauma, ou em cirurgias de grande porte na pelve ou nas pernas.

Conforme o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, o fator principal que deve ser considerado é que a doença apresenta alta prevalência. “Em países ocidentais, de um a três casos a cada 1.000 habitantes por ano são acometidos pela Trombose Venosa Profunda (TVP) dos membros inferiores, que é responsável pela Embolia Pulmonar. Hoje, o tromboembolismo venoso é a terceira causa de morte cardiovascular, ficando atrás apenas do Infarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral. Além disso, é a primeira causa de morte evitável em pacientes internados,” afirma Dr. Fabio.

A Embolia Pulmonar pode ser oligossintomática, ou seja, inicialmente os sintomas talvez sejam mais leves, e não chamam tanta a atenção, o que representa um grande perigo, pois podem ser confundidos com outras patologias, como gripe e pneumonia, e o tratamento acaba não sendo adequado. Nos casos mais graves, ainda é confundida também com o Infarto Agudo do Miocárdio, o que é um problema ainda mais sério, porque o tratamento do Infarto é muito diferente, e a demora no diagnóstico correto da doença é capaz de levar o paciente ao óbito.

Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver coágulos sanguíneos, mas existem alguns fatores que fazem com que isso aconteça com mais facilidade:

  • Distúrbios hereditários que afetam o sangue, tornando-o mais propenso a coagular, história de trombose ou embolia na família.
  • Tratamentos médicos: insuficiência cardíaca, câncer, quimioterapia, cirurgias em geral, principalmente de grande porte que exigem internação, e repouso prolongado. O risco aumenta quando o paciente fica entubado na UTI.
  • Permanecer por muito tempo deitado após uma cirurgia e fratura na região das pernas.
  • Longos períodos de imobilidade, como viagens de avião, de carro, ônibus, trens, acima de quatro horas, e também em pessoas que trabalham muito tempo em uma única posição, em pé ou sentado.
  • Durante a gestação, devido às alterações hormonais e também com o peso do bebê que pressiona as veias na pelve e retarda o retorno do sangue e, em alguns casos, provoca a trombose.
  • Tabagismo, obesidade e uso crônico de anticoncepcionais.

“A pessoa com Embolia Pulmonar precisa ser socorrida logo que apresentar os primeiros sintomas. O quanto mais rápido for feito o diagnóstico, melhor. O tratamento é realizado por meio do uso de anticoagulantes, que evita que o trombo aumente de tamanho e que se desprenda e se desloque pela corrente sanguínea, se alojando no pulmão”, alerta o médico.

Principais sintomas que devem ser observados:

  • Falta de ar que aparece de repente e se agrava diante de um esforço físico.
  • Dor no peito confundida com um ataque cardíaco. Geralmente há piora diante de uma tosse, espirro ou esforço.
  • Tosse acompanhada de escarro com sangue.
  • Dores ou inchaço nas pernas.
  • Febre e suor excessivo.
  • Batimento cardíaco acelerado ou palpitação.
  • Tontura e desmaio.

Em 25% dos casos, que acontece nas Embolias volumosas, a primeira manifestação é a parada cardíaca e o óbito. Por isso, o socorro imediato é extremamente importante.

Ainda, conforme o médico, em pacientes internados e de alto risco é indicado o uso de anticoagulantes em baixa dosagem, chamados de profiláticos, que evitam a formação do trombo. Isso deve sempre ser feito com supervisão médica rigorosa, pois esses medicamentos evitam a formação de trombos e coágulos, mas também é possível induzir ao sangramento. Nos casos em que é feito o diagnóstico, devem ser administrados anticoagulantes em doses mais altas o mais rápido possível. Em quadros mais graves, que existe repercussão hemodinâmica, ou seja, hipotensão e choque cardiogênico, pode ser necessário o uso de medicamentos trombolíticos, que têm o poder de dissolver o coágulo, ou até mesmo de cateterismo e uso de dispositivos que têm a capacidade de aspirar o coágulo.

Nos casos de trombose e Embolia Pulmonar crônica, ou naqueles em que acontecem múltiplos episódios de recidiva, podem surgir a Hipertensão Pulmonar, o que prejudica muito a capacidade cardiopulmonar e traz limitações e piora irreversível na qualidade de vida.

“A melhor prevenção envolve a educação de todos os profissionais da saúde sobre quais são os fatores de risco e o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce. Ao paciente, devemos recomendar um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, com alimentação rica em vegetais e pobre em gorduras, evitar o hábito do tabagismo, praticar exercícios físicos regulares e controlar o peso. É importante que ele esteja ciente de todos os sinais da Embolia Pulmonar e que procure o atendimento médico vascular imediatamente, para que o tratamento se inicie o mais rápido possível”, orienta Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 


Técnica cirúrgica reverte sintomas do Parkinson em curto e longo prazo

Pacientes de hospitais públicos e privados realizam procedimento que estimula cérebro e recupera coordenação motora, mesmo após 15 anos do dispositivo implantado


Tremores involuntários, rigidez muscular e lentidão nos movimentos fazem parte do dia a dia de pessoas diagnosticadas com o Mal de Parkinson. Mas a medicina já tem uma solução para controlar os sintomas motores dessa doença: implantes de pequenos eletrodos em estruturas específicas do cérebro. Um procedimento minimamente invasivo e com o paciente acordado que pode surtir efeitos de curto e longo prazo, mesmo após 15 anos do dispositivo implantado. É o que mostrou um estudo publicado pela revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia. E, há mais de duas décadas, pacientes de hospitais de Curitiba (PR) contam com essa opção de tratamento. 

Além de conter os tremores, uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Neurology indicou que o implante reduz em 51% o uso de medicamentos para controle de dopamina, neurotransmissor que está em escassez na massa cinzenta de quem sofre da doença de Parkinson. Na falta da dopamina, o corpo demora para ouvir ordens para se mover e os comandos são descoordenados. "O melhor resultado é a combinação da cirurgia com a dose exata da medicação. A doença não é curada, mas a soma dos dois fatores eleva a longevidade e traz mais qualidade de vida para os pacientes", explica o neurocirurgião dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Alexandre Novicki Francisco.

Recomeços

Mais de vinte anos se passaram desde que o padre Valnei Pedro Reghelin começou a perceber os primeiros sinais de tremores nas mãos. Ele é um dos 200 mil brasileiros que vivem com Parkinson e está entre os 2% de pacientes que receberam o diagnóstico antes dos 40 anos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A descoberta da doença chegou enquanto realizava uma missão pastoral na China e, logo em seguida, o agravamento dos sintomas levou o sacerdote a buscar tratamentos no país de origem. Apenas em março de 2015, Valnei entrava no Hospital Marcelino Champagnat para realizar uma cirurgia que permitiria um novo começo. 

"Durante as consultas, os médicos explicavam que a doença poderia me tirar os movimentos das pernas a ponto de depender de uma cadeira de rodas. Por isso, não exitei em realizar o procedimento o mais rápido possível e, hoje, afirmo que essa cirurgia trouxe uma mudança muito grande na minha vida", conta o paciente, emocionado. "É inesquecível o momento exato em que o eletrodo começa a funcionar. Ainda na sala de cirurgia, o médico testa o nível de energia e, no mesmo instante, tudo fica calmo, porque os tremores simplesmente param".

Após doze meses do eletrodo implantado no cérebro, o padre Valnei já embarcava de volta para a China. Hoje, com 57 anos, ele leva uma vida muito próxima do normal, com acompanhamento de outros especialistas e livre de fármacos, buscando conscientizar sobre a importância do tratamento precoce do Parkinson. "O que quero deixar para o mundo é que não podemos desistir nem deixar que essa doença nos defina. Eu não sou o Parkinson, apenas tenho e convivo com a doença", reflete o padre.

Marca-passo da esperança

Mesmo diante de sintomas complicados do Parkinson, o tratamento é possível. E a esperança está na Estimulação Cerebral Profunda (ECP), também conhecida como marca-passo cerebral. O funcionamento das estruturas cerebrais é normalizado a partir de uma corrente elétrica que passa por diversas regiões do cérebro e por anos sem interrupção. Essa terapia tem evoluído desde os anos 1980, quando começou a ser utilizada para tratar a doença, e é indicada para pacientes que estão na fase intermediária. "A partir do quinto ano de diagnóstico, o paciente começa a não responder corretamente aos medicamentos e precisa aumentar as doses, e é nesse momento que é indicada a cirurgia", explica o neurocirurgião. 

Realizada pelos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, a cirurgia se divide em duas etapas. Na primeira, um ou mais eletrodos, dependendo do caso, são implantados no cérebro, por meio de uma pequena incisão na região frontal do crânio, utilizando-se um arco de precisão submilimétrica. O indivíduo fica acordado durante esse processo para que, uma vez que os eletrodos estejam no lugar, os médicos avaliem a fala, a coordenação motora e os tremores. O dispositivo envia sinais elétricos constantes e pode ser colocado em três núcleos diferentes do cérebro envolvidos com o Parkinson. Na segunda etapa, um gerador de pulsos, chamado neuroestimulador, é inserido na área da clavícula com uma bateria acoplada, que necessita de troca a cada cinco anos, em média

A capacitação das equipes médicas e a estrutura hospitalar tornam realidade cirurgias como a de Valnei. "Para que o procedimento alcance resultados satisfatórios, diferentes especialistas estão envolvidos. Além do neurocirurgião e nossa equipe intermitente, o neurologista desempenha um papel fundamental", conta Alexandre Novicki. Há mais de duas décadas atuando com pacientes parkinsonianos, o médico explica que o Hospital Universitário Cajuru desponta como pioneiro na realização desse tipo de procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná e a equipe tem sido procurada por unidades hospitalares do interior do estado para treinamento de outros profissionais. "É um trabalho em conjunto, em que o maior objetivo é prestar um serviço de qualidade para a sociedade", finaliza.



Doença de Chagas: cardiologista alerta para os riscos da enfermidade para o coração

 

Freepik

Médico do Hospital Encore, em Aparecida de Goiânia- GO, parte do grupo Kora Saúde, destaca ainda a importância do diagnóstico precoce para uma maior efetividade do tratamento


A Doença de Chagas, transmitida pelo barbeiro, um inseto que pode estar presente na zona rural, com preferência por casas sem alvenaria, afeta cerca de seis milhões de pessoas no mundo, principalmente em países da América Latina. Ela pode ter consequências graves para a saúde, incluindo problemas cardíacos. Isso porque, ao picar o ser humano, o inseto transmite um microorganismo protozoário (Trypanosoma Cruzi), que ao entrar na corrente sanguínea, pode ir até as células do coração e gerar a doença cardíaca.

A Doença de Chagas acomete o coração de maneira lenta e silenciosa, gerando pequenas lesões, principalmente, no músculo cardíaco. Isto, ao longo do tempo, pode gerar aumento do coração, perda de força, arritmias e trombose. Contudo, alguns pacientes podem ser assintomáticos, e os sintomas de insuficiência cardíaca (ou coração fraco) podem se manifestar tardiamente. De acordo com especialistas, as principais reações são falta de ar aos esforços, fadiga, palpitações, tonturas, síncope e inchaço das pernas. 

“O diagnóstico na fase aguda é importantíssimo, pois permite o tratamento, evitando as complicações da forma crônica que geralmente se manifestam 10 anos ou mais após a infecção inicial. A detecção precoce dos achados da Doença de Chagas permite melhor controle dos sintomas e retarda a evolução da doença, sendo importante neste processo uma boa avaliação clínica, com exame físico detalhado, eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico”, destaca o cardiologista Marcos Perillo, do Hospital Encore, em Aparecida de Goiânia- GO, parte do grupo Kora Saúde.


Tratamento
 

O tratamento de pessoas afetadas com a Doença de Chagas na forma aguda deve ser imediato, com Benznidazol, pois até 40% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem a forma crônica e suas sequelas. Importante destacar que o tratamento etiológico tem limitação de uso em mulheres durante a gestação ou em casos em estágio avançado da doença com comprometimento cardíaco.

Os principais benefícios esperados do tratamento são a redução da parasitemia e da reativação da doença, melhora dos sintomas clínicos, aumento da expectativa de vida, redução de complicações clínicas (tanto na fase aguda quanto na crônica) e aumento da qualidade de vida. Na fase crônica indeterminada, o tratamento é bem indicado em crianças e adolescentes. Já em adultos, o benefício ainda é incerto.

“A Doença de Chagas é uma doença grave e que pode ter consequências sérias para a saúde. Por isso, é fundamental que as pessoas se informem sobre a enfermidade e adotem medidas preventivas, como o uso de repelentes e o controle dos insetos transmissores. Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam alertas para a possibilidade de infecção por Trypanosoma”, conclui o especialista.

 

Hospital Encore

 

Prevenção da pedra na vesícula passa por hábitos de vida saudáveis

É fundamental estar atento aos sintomas e buscar assistência médica adequada caso sejam identificados sinais de pedra na vesícula

 

A pedra na vesícula, também conhecida como cálculos biliares, é um problema de saúde que afeta milhares de pessoas em todo o Brasil e no estado do Rio Grande do Sul. No mês de abril, dedicado à conscientização sobre a pedra na vesícula, é importante destacar a importância de estar atento aos sintomas, prevenir e buscar tratamento adequado.De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 20% da população brasileira apresenta pedras na vesícula, sendo mais comum em mulheres e em pessoas com idade acima de 40 anos. Segundo o médico do Hospital Sapiranga, Vinicius Pena Coutinho, conhecida no meio médico como colelitíase, a popular pedra na vesícula, é uma doença multifatorial e que está relacionada a questões que envolvem histórico familiar, obesidade, uso de anticoncepcionais orais e é mais comum em mulheres do que em homens.

"Há também associação com alimentação rica em gorduras e fast food. Pessoas que têm esse tipo de alimentação possuem um risco maior de ter cálculo na vesícula", explica.

Os sintomas da pedra na vesícula podem variar, sendo os mais comuns: dor abdominal intensa, localizada na região superior direita do abdômen, náuseas, vômitos, indigestão, sensação de saciedade após as refeições e fezes claras. Em alguns casos, a presença de pedras na vesícula pode levar a complicações graves, como inflamação da vesícula (colecistite), infecção e até mesmo ruptura da vesícula biliar, o que pode ser perigoso e exigir cirurgia de emergência. O médico acrescenta que existem dois tipos de situação: a sintomática e assintomática.

"Naquelas pessoas que não têm sintomas, é possível um acompanhamento clínico. Porém, quando há sintomas, a cirurgia para retirada do cálculo é indicada. A cirurgia padrão, hoje, é o procedimento de retirada por videolaparoscopia, através de cirurgia minimamente invasiva por vídeo. Não é possível eliminar o cálculo sem cirurgia", explica.

Na cirurgia a vesícula é retirada de forma completa, uma vez que é um órgão no qual o corpo consegue se adaptar sem ele.

 

Marcelo Matusiak


Anabolizante pode aumentar risco de câncer e SBCO aprova resolução do CFM que proíbe prescrição para fins estéticos

Esteroides androgênicos e anabolizantes são considerados, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), substâncias provavelmente carcinogênicas a humanos. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) aprova a Resolução do CFM (No 2.333, de 30 de março de 2023), que contraindica o uso com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo 

 

Em nota oficial, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) afirma que considera a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) - No 2.333, de 30 de março de 2023 - de grande relevância, pois norteia a atuação dos médicos em relação às terapias de reposição hormonal, especificamente no uso de esteroides androgênicos e anabolizantes. O documento adota as normas éticas para a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes de acordo com as evidências científicas disponíveis sobre os riscos e malefícios à saúde, contraindicando o uso com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.

A SBCO alerta que os esteroides androgênicos e anabolizantes são considerados substâncias provavelmente carcinogênicas a humanos (Categoria 2A), segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS). A entidade classifica o risco de câncer das diferentes etiologias (causas) em quatro grupos: Grupo 1: O agente é carcinogênico a humanos / Grupo 2A: O agente provavelmente é carcinogênico a humanos / Grupo 2B: O agente é possivelmente carcinogênico a humanos e Grupo 3: O agente não é classificado como carcinogênico a humanos.

“Muitas mulheres têm usado testosterona nos últimos anos, porém carecemos de dados de segurança quanto ao uso de andrógenos e o risco de desenvolvimento ou piora de quadros de neoplasia maligna, principalmente de mama”, aponta o mastologista e cirurgião oncológico José Luiz Bevilacqua, da Comissão de Neoplasias da Mama da SBCO. De acordo com o cirurgião oncológico e presidente da SBCO, Héber Salvador, é fundamental haver o debate profundo e permanente em relação às terapias hormonais entre as sociedades médicas e o CFM.

NOTA OFICIAL DA SBCO – 13 DE ABRIL DE 2023

Nota da SBCO referente a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) No 2.333, de 30 de março de 2023.

A SBCO, considera que essa Resolução do CFM (No 2.333, de 30 de março de 2023) é de grande relevância, pois norteia a atuação dos médicos em relação às terapias de reposição hormonal, especificamente no uso de esteroides androgênicos e anabolizantes.

Vale lembrar que os esteroides androgênicos e anabolizantes são considerados substâncias provavelmente carcinogênicas a humanos (Categoria 2A), segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC – International Agency for Research on Cancer) da Organização Mundial da Saúde.

Desta forma, compartilhamos nossa preocupação com o uso indevido destas substâncias muito bem descrita na Resolução do CFM. Muitas mulheres têm usado testosterona nos últimos anos, porém carecemos de dados de segurança quanto ao uso de andrógenos e o risco de desenvolvimento ou piora de quadros de neoplasia maligna, principalmente de mama.

A SBCO permanece preocupada com o uso de implantes (“chips”) como terapia de reposição hormonal (TRH) feminina em mulheres na menopausa. Vários aspectos relevantes merecem ser destacados sobre esta modalidade de TRH. Não existe aprovação de uso pela ANVISA. Estes implantes são colocados no subcutâneo (gordura) e a liberação destes homônimos ocorre de maneira não controlada e irregular. Da mesma maneira que os androgênios, não existem estudos que demonstrem a segurança desta forma de reposição hormonal, podendo acarretar aumento de risco para câncer de mama e outros órgãos.  Outro grave problema ocorre quando a paciente desenvolve câncer de mama na vigência de TRH com implante, já que a remoção destes implantes é muito difícil tecnicamente de ser adequadamente realizada, o que acarreta um nível sérico elevado destes homônimos por um longo período, dificultando sobremaneira o tratamento do câncer de mama.

Acreditamos que o debate profundo e permanente entre as sociedades médicas e o CFM, deva ser ainda mais abrangente em relação às terapias hormonais.


Diretoria da SBCO
Comissão de Neoplasias da Mama da SBCO
  

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO

 

50% dos homens que possuem a doença de Peyronie sofrem de depressão

Ao longo de mais de 24 anos dedicados no tratamento da Disfunção Erétil e da Doença de Peyronie, o Dr. Paulo Egydio, médico urologista já atendeu e tratou mais de 6.000 homens 

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a Doença de Peyronie atinge entre 6% e 10% da população masculina entre os 40 e 70 anos de idade. É uma indisposição que traz alguns problemas, entre eles deformidade peniana que, consequentemente, atinge a saúde mental em uma fase da vida cheia de incertezas e dúvidas.  

De acordo com Terrier Nelson, que estuda os aspectos psicológicos dos homens que possuem a Doença de Peyronie, 50% sofrem de depressão e 80% sofrem com tristeza por conta da doença. Além disso, 50% dos homens que participaram da pesquisa tiveram problemas em seu relacionamento ocasionado por desdobramentos causados pela doença de Peyronie.  

Mensalmente, na internet, mais de 22 mil pessoas buscam informações sobre a Doença de Peyronie. Principalmente para entender o que ela traz de prejudicial ao homem, mas também como tratar ou como prevenir. 

 

O que é a doença de Peyronie

É uma curvatura peniana causada, geralmente, por traumas ou microtraumas que ocorrem, principalmente, durante as relações sexuais. De acordo com o Dr. Paulo Egydio, posições sexuais onde a mulher está por cima ou "de quatro" são as mais prejudiciais. Contudo, qualquer posição que o pênis "escapa" pode trazer esses traumas que com o tempo e a falta de cuidado, causam a doença de Peyronie.  

Para diagnosticar a doença é indispensável que o paciente, além de um auto exame, busque um urologista especialista. Após o acompanhamento correto e exames, o tratamento mais adequado pode ser indicado. Entre estas profilaxias, está a técnica Egydio. 

 

O que é a Técnica Egydio?

A partir da adoção de estudos geométricos com aplicação de prótese, ou não, a Técnica Egydio consegue tratar a Doença de peyronie, ou outra deformidade peniana, a partir da determinação do ponto exato no qual é preciso incisar, excisar ou enxertar o tecido peniano.  

Em 1998, após anos de estudo em laboratórios no Hospital das Clínicas, Europa e Canadá, o Dr. Paulo Egydio criou um ambulatório na Faculdade de Medicina da USP para estudar os desdobramentos de sua técnica. Em 2000, publicou a sua tese de doutorado batizada de "Correção da deformidade peniana na doença de Peyronie com incisão circunferencial incompleta em duplo Y". 

Reconhecida pelo Conselho Regional de Medicina em São Paulo, a Técnica Egydio já está consagrada mundialmente e sua contribuição é incorporada com frequência às estatísticas de correção da Doença de Peyronie. A última contribuição do Urologista foi no Debate do Sobrevivente promovido pela AUA em Chicago (E.U.A) 

A Técnica Egydio foi validada por dois grandes estudos multicêntricos e faz parte, também, das diretrizes de tratamento da Doença de Peyronie nas sociedades americana, europeia e canadense de saúde sexual masculina que a utilizam como fonte de informações a fim de padronizar a conduta na decisão de urologistas ao redor do mundo.  

Além de ser útil no tratamento da doença de Peyronie, a técnica Egydio também auxilia na:  

  • Disfunção erétil severa
  • Diminuição de tamanho
  • Torção peniana
  • Afinamento peniano
  • Curvatura peniana

 

Quando procurar um médico? 

De acordo com um levantamento do Centro de Referências em Saúde do Homem em São Paulo, 70% das pessoas do sexo masculino buscam um consultório apenas quando recebem influência da esposa ou filhos. O estudo ainda mostra que mais da metade destes pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com as doenças em estágio avançado.  

A cultura de que o homem não pode ser vulnerável e que está no livro Saúde do Homem: Ações integradas na atenção básica, estimula sua exposição a riscos maiores e redução de cuidados com a saúde.  

Para mudar este cenário, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, busca promover ações de saúde que contribuem de forma efetiva para a compreensão do homem quanto a necessidade de cuidados constantes, principalmente nas idas ao Urologista. 


Saiba como o fisioterapeuta pode ajudar nos distúrbios do sono

O profissional deve ser procurado quando surgirem sinais e sintomas como episódios de ronco, engasgo, falta de ar, taquicardia, dentre outros

 

A falta de noites bem dormidas para muitas pessoas é uma realidade e, em geral, isso pode causar malefícios à saúde e estimular a falta de bem-estar diário. Pesquisas indicam que os malefícios de dormir mal são muitos. A privação de sono crônica pode aumentar os riscos de hipertensão, AVC, diabetes, depressão ou mesmo engordar. 

 

As causas da insônia são multifatoriais, quando esta é originada por distúrbios respiratórios, o fisioterapeuta pode auxiliar na melhoria da qualidade de vida desses pacientes, proporcionando conforto e estabilidade hemodinâmica durante o sono, o que proporciona menos despertares noturnos e a mitigação de riscos à saúde. 

 

O acompanhamento deve ser procurado quando surgirem sinais e sintomas como episódios de ronco, engasgo, falta de ar, taquicardia, dentre outros. O tratamento fisioterapêutico no sono é baseado na desordem respiratória durante esta fase. 

 

“O profissional atua para adaptar os pacientes aos aparelhos de pressão positiva nas vias aéreas, melhorando as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares. Executando acompanhamento a curto, médio e longo prazo, a fim de fazer possíveis adaptações e avaliar as melhorias alcançadas”, pontua a fisioterapeuta Kaliane Pamponet.

 

Ainda segundo a fisioterapeuta, para melhor condução dos aparelhos respiratórios que são usados nestes distúrbios é essencial que o profissional seja especialista em Terapia Intensiva ou em Fisioterapia Cardiorrespiratória. “Vale ressaltar que os distúrbios do sono são frequentes na população em geral e os cuidados demandam de uma equipe multidisciplinar”, finaliza Kaliane, que também é professora do Centro Universitário UniFTC Salvador.


Pesquisa aponta que homens solteiros têm mais chances de morrer

Rede de apoio é importante para a saúde dos homens (Foto:Unsplash)
Estudo mostra que homens solteiros podem morrer por problemas cardiovasculares por falta de laços afetivos.

 

Homens solteiros têm maior chance de morrer devido a problemas cardíacos do que pessoas que estão, ou já estiveram, em um relacionamento. A pesquisa da Universidade do Colorado fez um estudo com mais de 8 mil cidadãos dinamarqueses, comparando as taxas de mortalidade entre aqueles que estão em relacionamento e os que não estão, e o resultado mostrou que solteiros, sejam aqueles que buscam por uma parceria ou divorciados, tinham duas vezes mais chance de morrer do que os casados.   

Segundo o espiritualista Maicon Paiva, fundador do Casa de Apoio Espaço Recomeçar, a pesquisa revela como o equilíbrio emocional é indispensável para melhorar a saúde de modo geral. “Quando se trata de cuidar da saúde, algumas pessoas pensam apenas em questões médicas, acreditando que cuidar do corpo é suficiente, mas isso é apenas uma parte dos cuidados necessários. O lado espiritual é tão importante quanto, e fazer a Limpeza Espiritual é essencial para manter as energias equilibradas e não atrair nada que gere problema. O lado emocional é outra parte da trinca do bem-estar que merece muita atenção para quem busca ser realmente saudável.” 

Segundo o estudo, homens solteiros têm maior risco de morrer dentro de cinco anos após diagnóstico de insuficiência cardíaca; problema de saúde crônico que ocorre quando o coração se torna incapaz de bombear o sangue de forma adequada para os outros órgãos do corpo. A criação de laços sociais faz com que esse risco seja menor, já que sua ausência pode aumentar a taxa de mortalidade, fazendo com que homens vivam abaixo da expectativa de vida.  

A necessidade de ter alguém com quem contar pode mudar esse quadro, apenas por fornecer apoio emocional, muito importante nos momentos complicados da vida. Além disso, ter um parceiro pode facilitar o acesso a melhores serviços de saúde e motiva a obter hábitos mais saudáveis. Uma forma de encontrar parceiros afetivos é fazer novas amizades, sair com os amigos e, até, usar aplicativos de relacionamento. Além disso, para que você tenha o seu amor ao seu lado e estreite os laços da relação, é possível fazer uma Amarração Amorosa. Segundo pesquisa realizada pela Soltos, comunidade digital de relacionamentos, 63% dos solteiros brasileiros estão interessados em um relacionamento real. 

A rede de apoio emocional é muito importante para alguns homens, que, apesar de mudanças do paradigma de comportamento masculino, eles ainda têm dificuldades para falar sobre problemas afetivos, relacionado a solidão e suas consequências. Precisando de ajuda profissional para lidar com questões emocionais e Espirituais com sigilo e segurança? No Espaço Recomeçar o espiritualista Maicon Paiva, fundador do Espaço Recomeçar, que já ajudou mais de 35 mil pessoas, está disponível para te ouvir. Para saber mais clique aqui!


O uso indevido de medicamentos para diabetes na busca pelo emagrecimento: um perigo à saúde

O número crescente de indivíduos que buscam soluções rápidas para perda de peso tem levado ao consumo indevido de medicamentos para diabetes. Entenda os riscos e as consequências dessa prática perigosa.

 

Profissionais de saúde estão preocupados com a alta procura e o uso indevido de um medicamento para diabetes, a semaglutida, comercializada no medicamento Ozempic, que está sendo recomendado por alguns médicos para o tratamento da obesidade. Nos Estados Unidos, o uso fora da bula do medicamento se tornou tão comum que foi mencionado até no Oscar deste ano, e personalidades como o empresário Elon Musk exaltam a injeção da semaglutida para alcançar seus objetivos estéticos. 

No Brasil, embora o cenário seja menos ostensivo, a popularidade do produto já está afetando a disponibilidade do remédio em algumas farmácias. É importante lembrar que o uso fora da bula de medicamentos pode trazer riscos à saúde e deve ser evitado sem orientação médica. 

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo explica que o Ozempic é um medicamento aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, mas tem sido usado por alguns profissionais de saúde para ajudar na perda de peso em pacientes sem diabetes. Isso ocorre porque a semaglutida atua no sistema nervoso central, inibindo o apetite e aumentando a sensação de saciedade. 

No entanto, é importante lembrar que o uso de Ozempic para perda de peso deve ser feito sob a supervisão de um profissional de saúde e não é aprovado especificamente para esse fim. Além disso, o medicamento pode ter efeitos colaterais e não é adequado para todos os pacientes. 

“Portanto, antes de considerar o uso de Ozempic para perda de peso, é importante que o paciente converse com seu médico para discutir os riscos e benefícios do medicamento, além de avaliar outras opções de tratamento para perda de peso. O uso de Ozempic para perda de peso deve ser feito apenas sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado e não deve ser considerado um substituto para uma dieta saudável e exercícios regulares.” ressalta o Dr. Ronan Araujo. 

 

Efeitos no corpo e riscos do uso indevido

O uso indevido da semaglutida pode levar a diversos riscos para a saúde, como hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue), náusea, vômito, diarreia, pancreatite (inflamação no pâncreas) e aumento do risco de câncer de tireoide. 

Além disso, a semaglutida não deve ser usada por pessoas com histórico de pancreatite ou câncer de tireoide, e seu uso deve ser monitorado em pacientes com doenças renais ou hepáticas. É importante seguir as orientações de um profissional de saúde qualificado e não usar a semaglutida sem prescrição médica. 

“É, sim, possível fazer o uso desse medicamento de forma segura e promover um emagrecimento de qualidade. Porém, é fundamental ressaltar a importância de um acompanhamento e orientações de um médico e adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos, para a perda de peso de forma segura e sustentável. A automedicação pode causar efeitos colaterais graves e, em alguns casos, até mesmo fatais.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo. 

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.



2ª bebida mais consumida no Brasil é o café, só perde para a água


Estudo realizado com dados de consumo de 193 países aponta que os brasileiros tomam de 3 a 4 xícaras da bebida por dia. Uma bebida versátil que possui uma variedade de componentes com efeitos benéficos para a saúde, entre eles a famosa cafeína

 

O café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, segundo um estudo realizado pela plataforma CouponValido.com.br, com dados da Associação Internacional do Café (ICO) e do Dieese.

Em média, os brasileiros bebem de 3 a 4 xícaras por dia, o equivalente a beber cerca de 5,8 kg por ano. Ainda segundo o levantamento, o Brasil está entre os 15 países que mais consomem o grão, em 14º lugar. Agora, quando o assunto é produção de café, o Brasil está no topo do ranking mundial: cerca de 40% da produção mundial total vem da terra dos Tupiniquins. Minas Gerais, São Paulo e Paraná são os principais estados produtores.

E quando falamos em café, já existe a assimilação direta com o seu composto principal: a cafeína. Só para se ter uma ideia, uma xícara de café expresso contém de 90 a 200 mg de cafeína, enquanto a xícara do tradicional café coado tem entre 150 e 300 mg da substância. Mesmo diante desses dados, o teor de cafeína não depende apenas do tipo de café. Na verdade, fatores externos como a quantidade de água utilizada, tempo de contato da água com o café e tipo de pó também influenciam nesse aspecto.

A cafeína é a substância mais consumida no mundo e atua como um poderoso estimulante do sistema nervoso central (SNC), melhorando o humor, o foco e o estado de alerta. Além disso, devido ao seu efeito estimulante também pode melhorar o desempenho físico durante os exercícios, aumentando a frequência cardíaca e a pressão sanguínea, contribuindo para que mais sangue rico em oxigênio e nutrientes chegue mais rapidamente às células musculares. E ainda, favorece o uso de gorduras como fonte de energia, economiza combustível (glicogênio) para os músculos, reduzindo a fadiga e auxiliando no desempenho.

Para os amantes de café e seus efeitos benéficos para o corpo, o mais incrível desse produto não é somente sua maneira mais conhecida de consumir, seja coado ou cápsulas através de máquinas de cafés, mas sua potencialidade por meio de diferenciados produtos encontrados no mercado atualmente.

Lojas especializadas em produtos naturais e nutrição esportiva possuem alguns tipos desses cafés diferenciados, produtos com cafeína concentrada ou sem cafeína que podem proporcionar efeitos semelhantes.

A Bio Mundo é uma dessas lojas, com o portfólio mais completo para proporcionar saúde e bem-estar através de um mix de produtos, incluindo diet, light, integrais, veganos, funcionais, sem glúten, sem lactose e suplementos vitamínicos e esportivos. Somente o granel das unidades somam mais de 300 produtos, além da marca própria, onde seria possível encontrar as cápsulas de cafeína da BioWay, por exemplo. Outros itens como os super cafés e cafés orgânicos também são encontrados em lojas Bio Mundo espalhadas pelo Brasil.

Muito conhecida pelo seu efeito termogênico no organismo, a cafeína ajuda a acelerar o metabolismo, auxilia na queima de gordura e ainda contribui para o emagrecimento. Ela é muito utilizada por atletas, já que atua diretamente no sistema nervoso central, proporcionando maior energia e melhorando o desempenho físico. E por ser um estimulante, também é indicada para quem gosta de estudar - claro que em doses moderadas, né?! Pois além de melhorar a atividade mental, ela promove a sensação de alerta constante e aumenta a concentração, diminuindo também a fadiga mental. 

Nesses casos, é claro que sempre vale o bom senso. O ideal é procurar um nutricionista para ajustar a dose de acordo com a necessidade individual.

Outras opções diferenciadas são os super cafés, um blend energético completo pensado para o bem-estar. Ele reúne múltiplos ativos em apenas uma fórmula, com o objetivo de turbinar a performance durante os treinos e as atividades diárias.

Para os que não gostam de café, hoje já é possível encontrar refrescos funcionais em pó sem adição de açúcares, feitos a partir de extratos naturais de frutas, cafeína e outros ingredientes que ajudam a dar mais energia, concentração e disposição. 

E para quem não pode ou prefere ficar longe da cafeína, as lojas Bio Mundo localizadas em Brasília possuem um tipo de café especial: o café de açaí, que nasceu da prática importantíssima do reaproveitamento de sobras orgânicas do caroço do açaí que iria para o lixo.

O sabor é semelhante ao sabor do café tradicional e está ficando conhecido por suas incríveis propriedades antioxidantes, fibras, como a inulina, e ainda é extremamente nutritivo e uma ótima fonte de energia. Além de conter poucas calorias, esses compostos vegetais são excelentes para ajudar a regularizar seu sistema digestivo. 

 

Bio Mundo


Dia do Café: prepare a receita de bolo com o grão do Divino Fogão para o lanche da tarde

 BOLO DE CHOCOLATE COM CAFÉ

Divulgação/Divino Fogão

Ingredientes


2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de leite
8 colheres de sopa de óleo
3 colheres de chá de fermento químico
1 xícara de açúcar mascavo
1 xícara de açúcar refinado
1 xícara de cacau em pó 70%
1 pitada de sal
200 ml de café pronto frio
Papel manteiga para a forma


Modo de preparo:


Prepare uma forma redonda sem fundo removível. Passe manteiga na forma, coloque papel manteiga no fundo da forma e depois polvilhe com farinha de trigo. Para a massa do bolo, em uma tigela, peneire os ingredientes secos sem o fermento e misture. Adicione o óleo e o leite e mexa bem. Em seguida, coloque o fermento, misture e coloque a massa do bolo na forma. Em cima do bolo despeje o café frio e leve para assar por cerca de 30 a 40 minutos em forno médio.

Rendimento: 1 bolo com 10 fatias

Fonte: Divino Fogão.

 

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