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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Trabalho remoto: a lua de mel acabou?

Especialistas da Allianz Trade analisam os benefícios e desafios da modalidade na Alemanha, França e Itália


Em 2020, a pandemia tornou o trabalho em casa a norma para milhões de funcionários na União Europeia, e também em muitos outros países ao redor do mundo. Dois anos depois, como eles se sentem em relação ao trabalho remoto? Na pesquisa Allianz Pulse de 2022, realizada pelo time de especialistas da Allianz Trade – empresa global especializada em seguro de crédito, 1.000 trabalhadores foram entrevistados na Alemanha, França e Itália sobre suas percepções dos benefícios e desafios deste modelo.

Em comparação com a rodada anterior da pesquisa realizada no ano passado, a proporção de funcionários que relataram não poder trabalhar em casa diminuiu nos três países. No entanto, a participação dos que voltam ao escritório também aumentou, tanto no formato híbrido quanto, principalmente, em tempo integral: 32% na Alemanha e Itália e 29% na França (em comparação com 25% nos três países no ano anterior).

Entrevistados que relataram trabalhar remotamente em decorrência da pandemia (%):


Para os entrevistados, os benefícios do trabalho remoto são claros: eliminação do deslocamento (homens: 51%, mulheres: 58%), flexibilidade de horário (49%) e custos mais baixos (homens: 26%, mulheres: 28%), entre outros.

Benefícios percebidos de trabalhar em casa, por gênero (%):


No entanto, a parcela que citou desafios dobrou em quase todas as categorias: dois anos de trabalho em casa aumentaram claramente a conscientização sobre as desvantagens do modelo. O contato social e a falta de oportunidades de networking foram os principais desafios (homens: 29%, mulheres: 27%), seguidos por limites pouco delimitados entre a vida profissional e privada (homens: 17%, mulheres: 20%), espaço de trabalho inadequado (homens: 20%, mulheres: 18%), conciliação de atividades domésticas com responsabilidades de trabalho (homens: 18%, mulheres: 20%) e produtividade reduzida (homens: 14%, mulheres: 12%).

Desafios percebidos em relação ao trabalho remoto, por gênero (%):


Foi perguntado ainda aos entrevistados como eles gostariam de trabalhar quando as preocupações com a pandemia estivessem fora de questão e suas respostas permaneceram mais ou menos estáveis ano a ano: trabalhar remotamente perdeu 5 pontos percentuais na Alemanha e perdeu 1 ponto percentual na Itália, mas a parcela de seus apoiadores na França aumentou 2 pontos.

Preferências declaradas dos entrevistados em relação aos arranjos de trabalho (%):


Trabalhar remotamente não é uma solução “tamanho único”

A mudança que experimentamos durante a pandemia e a recém-descoberta home office sem dúvida se prolongarão pelos próximos anos. No entanto, existem algumas considerações importantes para os decisores políticos e decisores que esboçam o novo livro de regras de formas de trabalho. Por exemplo, enquanto o fim do deslocamento é um fardo tirado dos ombros dos trabalhadores, o contato social reduzido no escritório pode resultar na perda de oportunidades de promoção e aprendizado, criando uma divisão de desigualdade mais ampla. Além disso, o aumento do trabalho remoto coloca a lacuna de habilidades digitais em destaque: aqueles que ficam para trás na educação formal e nas habilidades digitais serão deixados para trás. Nesse contexto, empregadores, trabalhadores e governos precisam se adaptar a essa nova realidade, abordando os efeitos distributivos que a mudança para o trabalho remoto trará.

Além disso, enquanto alguns estudos descobriram que trabalhar em casa não tem impacto negativo na produtividade, a pesquisa fornece alguns insights diferentes, sugerindo que os trabalhadores precisam estar equipados com ferramentas que os ajudem a atingir todo o seu potencial: infraestrutura de TI adequada, comunicação para entender o contexto em que gerente e funcionários estão trabalhando para evitar mal-entendidos, segurança psicológica – com papéis funcionais claros para evitar o sentimento de morosidade – e construção de uma identidade em grupo para proporcionar aos colaboradores um propósito comum, que pode ajudar a melhorar a produtividade e o engajamento da equipe.

 

Jornada dupla ainda exclui mulheres do mercado de trabalho

Por fim, o trabalho remoto não é uma solução fácil para a desigualdade de gênero existente no mercado de trabalho. De fato, para as mulheres, especialmente as mães, a mudança para o home office durante a pandemia intensificou a jornada dupla à qual elas sempre estiveram ligadas. Ou seja, as mulheres permanecem sobrecarregadas pelo malabarismo entre as atividades domésticas e as responsabilidades do trabalho. Como mostra o gráfico abaixo, uma parcela maior de mulheres do que de homens também é inativa devido às responsabilidades de cuidar. Isso sugere que a flexibilidade oferecida pelos acordos de trabalho em casa não é suficiente: aumentar a participação feminina na força de trabalho na Europa exigirá uma abordagem multidimensional que inclua flexibilidade no local de trabalho, instalações de cuidados e responsabilidades domésticas compartilhadas.

População inativa devido a responsabilidades de cuidado por sexo, % da população fora da força de trabalho querendo trabalhar:


Pesquisa completa:

 https://www.allianz-trade.com/content/dam/onemarketing/aztrade/allianz-trade_com/en_gl/erd/publications/the-watch/2022_07_20_Workfromhome.pdf


Cinco passos para se tornar um Líder Antifrágil

Soft skill é uma das principais habilidades no pós pandemia, aponta Conquer In Company

 

Após três anos de pandemia de Covid-19, as corporações já podem colher o saldo de um período de profunda reorganização do fluxo de trabalho, volatilidade e transformação digital. E aquelas que foram capazes de fazer da crise uma oportunidade de crescimento não apenas sobreviveram como se fortaleceram. Por trás desta trajetória de superação, a figura do líder antifrágil se consolidou como uma das mais importantes habilidades a serem desenvolvidas. 

 

O conceito de antifragilidade surgiu com a publicação do livro “Antifrágil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos”, de Nassim Nicholas Taleb, em 2012. A antifragilidade se refere à capacidade de abraçar situações desafiadoras e melhorar com elas, em oposição à resiliência. “A resiliência foi, por muito tempo, considerada uma das soft skills mais adequadas para cenários adversos. Hoje ela não é mais suficiente e a pandemia mostrou isso. O líder resiliente se molda à crise, porém retorna ao seu estado original quando ela acaba. Já o líder antifrágil abraça o caos, se beneficia dele e o utiliza como estímulo a sua capacidade criativa e de crescimento”, explica Aline Gomes, diretora da Conquer In Company, unidade de negócios da Escola Conquer voltada para treinamentos corporativos, responsável pela formação de mais de 15 mil líderes de 150 corporações brasileiras.  

 

Aline acrescenta que existe uma aversão de muitos profissionais à mudança. Uma pesquisa da Gartner de 2021 revelou que 54% dos gestores de RH dizem que suas equipes estão cansadas de transformações, o que pode levar à apatia, frustração e até mesmo a uma síndrome de Burnout. Para desenvolver uma empresa e uma equipe antifrágeis o papel do líder é determinante, uma vez que este processo passa, inevitavelmente, por ele. A diretora da Conquer In Company lista algumas dicas importantes às quais as empresas devem prestar atenção com o objetivo de incentivar este perfil de liderança.


 

Treinamentos centrados em tomada de riscos

 

O erro é fundamental para o líder. Um gestor antifrágil se permite ser vulnerável, é mais tolerante às próprias falhas e as compreende como parte de sua jornada rumo aos acertos. Ele corre, assim, mais riscos e está mais atento à inovação, sabendo tirar proveito da incerteza sem colocar a empresa em perigo. Tem a ver com aproveitar as oportunidades para correr riscos menores mais frequentemente.


 

Alinhamento da cultura corporativa

 

Para criar líderes antifrágeis é preciso, antes de tudo, ter uma cultura corporativa alinhada ao conceito. A empresa tem que estar pronta para este tipo de liderança, incorporando as competências do perfil na organização como um todo. Isso significa comprometer-se com a vulnerabilidade e com o erro, por exemplo.


 

Prática de feedbacks ágeis e assertivos

 

Além de dar feedback aos seus colaboradores, o líder também precisa recebê-lo. O ajuste de rota faz parte da trajetória do líder antifrágil. Mas esse feedback não pode levar seis meses tal qual uma avaliação de desempenho. Quanto mais rápido ele receber retorno sobre seu desempenho, mais ágil ele será na correção dos pontos que necessitam de melhoria, garantindo, desta forma, voos mais altos.


 

Incentivo ao autoconhecimento

 

Para saber como lidar e controlar suas emoções diante de imprevistos e desafios, conhecer a si mesmo é o primeiro passo. É analisando suas próprias fraquezas e sua forma de reagir a elas que o líder antifrágil evolui. As empresas podem propor leituras que incentivem este exercício de interiorização em suas lideranças. Oferecer cursos de capacitação em inteligência emocional também é um bom recurso, já que ambas são soft skills intimamente relacionadas.


 

Construção de uma relação de confiança

 

A pesquisa da Gartner de 2021 também aponta que quando a equipe confia na empresa, o time tem uma capacidade quase três vezes maior de absorver mudanças. Para isso é preciso que o líder ajude a criar uma base de segurança psicológica para a equipe. É através desta segurança que as pessoas irão se sentir mais livres para interagir, errar e evoluir, fortalecendo o perfil antifrágil.

 

 

Conquer in Company

https://incompany.escolaconquer.com.br/


Por uma maior responsabilidade orçamentária

A América Latina, de maneira geral, tem tido dificuldades de avançar para novo patamar de renda. Relatório do Banco Mundial sobre a região aponta o impacto da queda dos investimentos públicos em infraestrutura, há quatro décadas, sobre a competitividade, o crescimento e a desigualdade. E destaca a eficiência dos gastos como alternativa para aumentar a disponibilidade de recursos.

No Brasil, uma ideia que talvez mereça reflexão é a de separar uma parte da competente equipe da Secretaria da Receita Federal, independentemente de nesse momento aparentemente estar desfalcada, para criar a Secretaria da Despesa Federal, que se encarregaria de reduzir os gastos públicos pelo aumento da eficiência. Surtiria o mesmo efeito do aumento de impostos para equilibrar as contas, com a vantagem de extrair menos recursos da sociedade. E a experiência poderia ser replicada nos Estados e até nos municípios.

A crescente ingerência do Congresso no orçamento público, que também reduz a eficiência do gasto, vem de uma característica intrínseca do nosso sistema político e de contas públicas, que permite discutir direitos sem as correspondentes obrigações. A grande maioria dos agentes se sente no direito de pressionar por gastos, sem a responsabilidade ou até a preocupação pelo equilíbrio das contas públicas. No Brasil, a Lei de Responsabilidade Fiscal, inspirada na experiência de outros países, previa a criação do Conselho de Gestão Fiscal (CGF), para gerir a questão. Por iniciativa do Movimento Brasil Eficiente, a regulamentação para a criação do CGF foi aprovada por unanimidade no Senado Federal, em 2015 (PLS 141/2014), mas após distorções introduzidas por deputados para diminuir a sua eficácia, dorme na Câmara dos Deputados, desde então. O Congresso precisa sair da zona de conforto e entender que não existe almoço grátis.

 

Carlos Rodolfo Schneider - empresário


Senac São Paulo tem mais de 6 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para quem deseja atuar na área de Gastronomia e Alimentação

Oportunidades estão distribuídas entre as 64 unidades da instituição no Estado e interessados já podem se inscrever para concorrer às vagas

 

O Senac São Paulo, por meio do Programa Senac de Gratuidade, concederá, até o final de 2022, mais de 6 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para diversos cursos na área de gastronomia e alimentação. Para ter acesso a uma bolsa, o candidato deve comprovar renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos federais e fazer sua inscrição 20 dias antes do início do curso escolhido, sempre a partir do meio-dia, pelo site do Programa Senac de Gratuidade. As inscrições são por ordem de chegada em uma fila de espera virtual. 

As oportunidades são ideais para quem deseja entrar no mercado ou se requalificar profissionalmente. Existem vagas para cursos livres, técnicos, além das opções de curta duração do Senac Online -- Ao Vivo. Nos últimos 10 anos mais de 1 milhão de estudantes já passaram pelo Senac São Paulo com bolsas de estudo integrais. O índice de empregabilidade entre os concluintes supera os 70%. 

Além do Programa Senac de Gratuidade, também existem políticas de descontos, que vão de 20% a 50%, abrangendo outros níveis de ensino, como Ensino Médio Técnico, ensino superior, cursos de idiomas, entre outros. Nestes casos, dependendo do título escolhido, os abatimentos são viabilizados para egressos de escolas públicas (concluintes do 9º ano do ensino fundamental), alunos e ex-alunos da instituição e dependentes de quem trabalha em empresas contribuintes do Senac. Existe um site específico com detalhes sobre esses descontos e condições de pagamento. 

 

Serviço:

Programa Senac de Gratuidade

Informações e inscrições: Site do Senac São Paulo


NFTs: como reduzir as incertezas tributárias?

A utilização e negociação de NFTs, sigla em inglês para o termo “Non-Fungible Token”, ou melhor, “tokens não fungíveis”, têm crescido abruptamente nos últimos anos, principalmente com artistas e esportistas conhecidos mundialmente que passaram a aderir um item colecionável virtual e exclusivo em suas redes sociais, como macaquinhos e bonequinhos cheios de adereços.

A tributação desses ativos gera diversas incertezas, mas antes de se discorrer sobre elas, é importante fazer uma distinção entre os NFTs e as criptomoedas.

As criptomoedas, já muito conhecidas nos últimos anos, podem ser definidas como ativos virtuais que se utilizam de um sistema de criptografia muito seguro e que, atualmente, podem ser facilmente negociadas em corretoras ao redor do mundo. A tecnologia relacionada às criptomoedas abriu caminho para os NFTs.

Enquanto as criptomoedas são ativos fungíveis que, segundo a acepção do Código Civil são aqueles que podem ser facilmente substituídos por outro produto da mesma espécie em qualidade e quantidade, os NFTs, por sua própria natureza, são únicos, não podem ser substituídos.

Basicamente, temos então uma definição simples de NFT como um token (certificado digital) que também se utiliza da tecnologia blockchain (mesma utilizada pelas criptomoedas), o que lhes garante segurança, já que pode ser visto, confirmado, mas nunca alterado por terceiros. Os NFTs são indivisíveis e capazes de registrar uma propriedade ou direito sobre um ativo, como obras de arte, fotos, item de jogos, músicas, uma representação gráfica exclusiva, ingressos para shows e jogos, etc.

Apesar do cenário não ser de todo novo, as inovações tecnológicas acabam acontecendo em uma velocidade difícil de ser alcançada pelos regulamentos, normas e regramentos quanto a funcionalidades e impactos nas relações sociais, sendo o Brasil um dos mais relevantes do mundo em movimentações de NFTs.

No âmbito tributário, é certo dizer que os NFTs têm gerado cada vez mais impacto, pois as negociações que os envolvem, só em 2021, movimentaram mais de US$ 17 bilhões mundialmente. Na falta de um regramento específico, a tributação desses ativos deve obedecer às normas já vigentes em nosso país – e é aí que começam as dúvidas.

A Receita Federal do Brasil, por exemplo, partindo da premissa de que os NTFs são ativos não fungíveis que expressam um valor tangível, suscetíveis à apuração de ganho de capital na alienação, entende que eles devem ser declarados – tanto pelas pessoas físicas como pelas jurídicas – como criptoativos, na ficha de Bens e Direitos.

Na seção de Perguntas & Respostas sobre o imposto de renda, a Receita Federal esclarece que “Os ganhos obtidos com a alienação de criptoativos (aqui incluídos os NFT’s) cujo total alienado no mês seja superior a R$ 35 mil são tributados, a título de ganho de capital”.

Também já houve manifestação da Receita em resposta à consulta tributária e na própria seção de perguntas e respostas do Imposto de Renda Pessoa Física, entendendo ser aplicável a isenção relativa às alienações mensais de até R$ 35 mil às critopomoedas, devendo se observar o conjunto de criptoativos alienados no Brasil ou no exterior, independentemente de seu tipo (Bitcoin, altcoins, stablecoins, NFTs, entre outros)”.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por sua vez, na resposta à Consulta Tributária nº 22.841/20, entendeu que não deve incidir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre criptomoedas, pois elas não seriam mercadorias, por não se destinarem ao consumo.

Porém, no campo dos NFTs a conclusão não parece ser tão óbvia, pois embora esses ativos tenham se popularizado em âmbito virtual, é certo que eles devem gerar cada vez mais diversas implicações no “mundo real”.

Marcas de luxo, como a Dolce & Gabbana, estão adentrando no mundo NFT. Em setembro de 2021, uma coleção de nove itens da marca foi vendida por US$ 5,6 milhões. A coleção incluía tanto itens físicos (como vestidos) como os NFTs correspondentes.

E, mesmo no mundo virtual, há transações tão elevadas que não devem ficar de fora para sempre da incidência do ICMS.

É o caso, por exemplo, de uma peça artística nomeada “Everydays - The First 5000 Days”, criada pelo artista digital Mike Winkelmann, que foi arrematada, em 2021, por US$ 69 milhões, o equivalente a R$ 346 milhões.

É correto se concluir que o arrematante da obra passou a exercer a propriedade sobre ela, enquanto o artista adquiriu um status de alienante da propriedade de uma obra de arte, logo, poderia se falar, em tese, pela tributação do ICMS, considerando que artistas podem produzir diversas obras semelhantes com intuito mercantil. Se atualmente a venda de obras de arte físicas, em regra, é isenta de ICMS, não é difícil imaginar que os Estados devem, no futuro, voltar olhos mais atentos para esse mercado.

E, há outros “ativos subjacentes” a serem considerados no mundo real, como a venda de ingressos por NFTs, seja para shows ou jogos em estádios.

Nesse contexto, para que não aumente a enorme insegurança jurídica já existente hoje, que só prejudica a todos, se faz urgente a necessidade de normatização e análise do tema (seja através de leis, soluções de consulta ou instruções normativas), já que as operações com NFTs e outros ativos virtuais têm tomado espaço constante na economia e tendem a ser intensificadas com as novidades do metaverso, cada vez mais próximas de se tornarem constantes em nosso cotidiano.

 

 Aline Augusta de Menezes - Advogada da área Tributária do Marcos Martins Advogados.

Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


O 'Lado B' da literatura que vale a pena

 Neste Dia do Escritor, confira 12 autores da cena underground que merecem um lugar na sua estante


Existe uma cena alternativa na literatura, feita por escritores que se viram praticamente sozinhos para transformar suas histórias em livros. E acredite: tal qual os antigos vinis, este ‘lado B’ pode surpreender, e muito, os apaixonados por ficções e também outros gêneros, como desenvolvimento pessoal, que estão em alta ao compartilhar lições e trajetórias de superação dos autores.

São 12 opções que trago hoje para você escolher e desfrutar de uma boa leitura!


 
Divulgação/Sheila Guedes
Por amor e honra: Amores do Império 

Este romance de época feminista e LGBTQIA+, ambientado no Brasil Imperial, conta a história de Cecília, uma jovem sonhadora que jurou nunca se casar. Para fugir das imposições do pai, se alista na Cavalaria da Guarda Nacional. A protagonista é inspirada por grandes heroínas, como Maria Quitéria (símbolo da independência brasileira) e Nísia Floresta (primeira feminista do país).
(Autora: Sheila Guedes | Páginas: 344 | Preço: R$ 45 | Onde encontrar: Amazon e site da autora)


 
Divulgação/Daniel Pedrosa 
Retirantes: o legado das sombras

Depois de mais de 90% da população mundial ser dizimada por seres desconhecidos, a busca por segurança é a única saída. Cercados por desespero e morte, Joaquim e sua família iniciam esta jornada perigosa. Ambientada no nordeste brasileiro, esta história transcreve o medo e desespero que passam aqueles que enfrentam o desconhecido em busca de um futuro melhor.
Autor: Daniel Pedrosa | Páginas: 255 | Preço: R$ 49,90 | Onde encontrar: Amazon | Site do autor)



 
Divulgação/Eduardo Ribeiro Dias
Sobre Pedras e Flores

Isaac vive um momento conturbado ao ver seu casamento desmoronar. Uma noite sem rumo, encontra Elias, que encara seus próprios desafios. O encontro, que aparentemente não mudaria a vida dos dois, pode ter desdobramentos inesperados quando o acaso os coloca frente a frente mais uma vez. Eles precisam lutar contra os traumas e se livrar dos fantasmas do passado.
(Autor: Eduardo Ribeiro Dias | Páginas: 388 | Preço: R$ 66,99 | Onde encontrar: Amazon | Site do autor: https://www.eduardoribeirodias.com/)


 
Divulgação/Anne C. Beker
Subterrâneo - Revelação

"Subterrâneo: Revelação" é o segundo livro da saga "Subterrâneo". A história parte do ponto em que a história do primeiro livro terminou. A protagonista, Carolina, terá de se adaptar à nova realidade do mundo. A narrativa faz críticas à política, imposição de deveres, opressão da liberdade e manipulação do poder, este sci-fi distópico exalta as relações humanas em um ambiente hostil.
(Autora: Anne C Beker | Páginas: 256 | Preço: R$ 9,90 | Onde encontrar: Amazon)


 
 
Divulgação/Eduardo Ribeiro Dias
O caso de Montserrat

Polêmico, o livro mescla ciência e espiritualidade para tratar sobre vidas passadas e fenômenos inexplicáveis do cotidiano. Com experiências vividas pela própria autora, a obra foca no processo regressivo a uma vida passada na Espanha que foi protagonizada pelo romance e tragédia. Leitura indispensável para quem deseja conhecer o universo sensitivo pelas vias da ciência.  
(Autora: Ana Paula Cavalcante | Páginas: 217 | Preço: R$ 58,00 | Onde encontrar: Amazon e Editora Appris)




 
Divulgação/Tonico Clímaco 
Terra Purificada

Esta série literária entrelaça fatos da cronologia real com o perigoso universo mágico dos Seres de Luz. Em Terra Purificada o leitor acompanha uma fantástica jornada desde a criação do universo até a batalha final contra a Fonte do Mal que dominou a Terra. Nesta aventura multi-temporal, o leitor conhecerá cada um dos Seres de Luz e viverá todo tipo de aventura e fantasia.
(Autor: Tonico Clímaco | Páginas: 342 | Preço: R$ 51,90 | Onde encontrar: Amazon e Editora Viseu)



 
Divulgação/Luís Alves Lomanth 
A Ilha do Medo

Um casal de detetives da Divisão Antissequestro do Rio de Janeiro e um ex-fuzileiro Naval embarcam em uma perigosa jornada para uma ilha deserta do litoral baiano, para libertar um estudante da alta sociedade carioca. Eles precisam enfrentar uma quadrilha organizada de traficantes de armas com ramificação internacional.
(Autor: Luís Alves Lomanth | Páginas: 370 | Preço: R$ 62 | Onde encontrar: site da editora)



 
 
Divulgação/Luciana Menezzes 
Diário de um soberbo

Soberbo da Silva é um homem comum e imperfeito, que faz terapia e passa a se conhecer mais. Aprende que, apesar de ter sido um “galho torto” no passado, pode mudar e ser uma pessoa melhor todos os dias. Focado em desenvolvimento pessoal, este é um livro recheado de reflexões ligadas a temas profundos, como vazio existencial, amor, perdão e recomeços.
(Autora: Luciana Menezzes | Páginas: 145 | Preço: R$ 45 | Onde encontrar: Amazon e site da autora)



 
 
Divulgação/Ana Marice
Do Amor e do Amar: Histórias de Mulheres Reais Como Você

Ao ler Do Amor e do Amar – histórias de mulheres reais como você, a vontade que dá é de ser também uma das personagens de Ana Marice. Com todo o respeito às incríveis mulheres presentes nos contos deste livro, a escrita de Ana empresta ainda mais beleza à vida, como se pudesse dar a ela um encantamento poético, um brilho que só se encontra na dimensão da escrita.
(Autora: Ana Marice | Páginas: 152 | Preço: R$ 44 | Onde encontrar: Amazon)


 
Divulgação
A poesia é quem vence

A antologia é uma das conquistas do Slam do 13 durante os nove anos de atividade, que transformaram um terminal urbano de ônibus em palco para artistas da literatura periférica. São 56 poemas de autores que protagonizam a cena da literatura marginal contemporânea, nomes como Jéssica Campos, Lews Barbosa, Luz Ribeiro e Tawane Theodoro.
(Idealizadores: Thiago Peixoto, Maite Costa e Caio Feitoza | Páginas: 168 | Preço: R$ 35 | Onde encontrar: Amazon)


 

 
Divulgação/Cesar Eduardo Silva
Verdade Obscura

Uma morte desperta James a evitar outra morte: a de seu filho. Numa busca desesperada, ele cria um novo medicamento com ajuda de inteligência artificial. James e a elegante Sandra descobrem que a IA que usam para salvar também é usada para destruir, com a mesma motivação que persegue a humanidade desde seus primórdios: a luta por poder e dinheiro.
(Autor: Cesar Eduardo Silva | Páginas: 282 | Preço: R$59,90 | Onde encontrar: Amazon)


 
Divulgação/Francine Cruz 
A Casa dos Dois Amores

Após uma fatalidade da vida, Felipe se vê obrigado mudar para São Paulo e ingressar no convento dos franciscanos. Na igreja, conhece Gabrielle e os dois se apaixonam. Mesmo com todas as diferenças, eles sonham em viver esse grande amor, porém, existe uma promessa que pode separá-los para sempre. 
(Autora: Francine Cruz | Páginas: 272 | Preço: R$ 20,00 | Onde encontrar: Shopee)



Recolocação: demissões em startups trazem desafio de reposicionamento de profissionais no mercado

Em meio ao déficit de pessoal nas áreas de tecnologia, momento pode ser de oportunidades para empresas que buscavam profissionais qualificados no setor


Após a ascensão de investimentos nos últimos dois anos, as startups brasileiras enfrentam um momento de desaceleração no ritmo de aportes. No último mês de maio, segundo dados da Distrito, as startups brasileiras captaram US$ 298,5 milhões, uma queda de cerca de 60% em relação aos US$ 772,6 milhões registrados em maio de 2021. A alta inflação, os sucessivos aumentos dos juros pelos bancos centrais e as incertezas globais contribuíram para uma queda do setor, gerando demissões em massa. Mas a crise acontece em meio ao déficit de talentos em empresas que há muito tempo precisavam de pessoal altamente qualificado nas áreas de tecnologia.

Isso tem feito com que profissionais especializados, demitidos na onda de cortes de startups, possam encontrar recolocação mais rapidamente. De acordo com especialistas, a demanda por mão de obra de tecnologia segue intensa no país, ainda que os desligamentos possam sinalizar fragilidade no setor em um momento de alta de juros da economia. "Quando startups grandes demitem muita gente com boa experiência nas áreas mais demandadas pelo mercado, abre uma oportunidade para as outras empresas ‘absorverem’ esse talento que foi desligado", sinaliza o diretor executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.

Segundo o executivo, essa nova fase do ecossistema vai mexer em um problema antigo: a relação entre oferta e demanda. “Essa estrutura sempre esteve em desequilíbrio. Enquanto havia muitas necessidades a serem supridas no mercado, a falta de profissionais qualificados era evidente. Acredito que daqui para frente essa distorção vai continuar, mas com correções importantes”, ressalta. Em relação aos cargos que mais sofrem com o apagão de talentos, o diretor cita programadores, cientistas de dados e designer UX.


Momentos difíceis também trazem oportunidades

Muitos chamam de crise, as startups definem como estratégia operacional e algumas empresas que acompanham de fora veem como oportunidade. Características de ex-funcionários de startups atraem recrutadores independentemente do cargo, segundo Márcio Viana. “É um perfil que é muito valorizado no mercado. A pessoa é desafiada a fazer outras atividades que não estão dentro do ‘quadradinho’ dela. E sabemos que o fluxo dentro das startups muda com muita frequência”, afirma.

Mesmo num momento de cortes e enxugamento orçamentário, o mercado de trabalho ainda tem números otimistas, especialmente para a área de tecnologia. Levantamento da Robert Half, empresa de recrutamento de trabalhadores qualificados, aponta para a criação de 19,3 mil vagas no primeiro trimestre deste ano, sendo que o setor de tecnologia liderou o ranking com saldo de 5,7 mil vagas. Os números têm base em dados do Ministério do Trabalho.

Uma das portas de entrada para a recolocação no mercado, o Linkedin ecoa publicações de pessoas que perderam o emprego ou decidiram seguir em uma nova área. Por isso, atualizar e melhorar o perfil dessa rede social é um passo importante, uma vez que a rede vem funcionando como importante ferramenta de busca para empresas que nem sempre têm tempo para processos de seleção mais longos. “O Linkedin é essencial, pois hoje é o canal mais usado por empresas que querem encontrar talentos”, finaliza.

 

TOTVS
www.totvs.com.br


Adubação de pastagem é garantia de mais arroba por hectar

Projeto Pasto Forte mostra que pecuarista pode triplicar a produção de arroba por hectare sem a necessidade de abrir novas áreas


Estima-se que no Brasil exista mais de 100 milhões de hectares de pastagem com algum nível de degradação que necessitam de intervenção para reverter o estado em que se encontram. A ferramenta mais eficiente para recuperar essas áreas, garantindo maior produtividade aos pecuaristas, é o investimento em correção e adubação.

O Projeto Pasto Forte, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e patrocínio do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), está avaliando a produtividade vegetal e animal e a fixação/estoque de carbono no solo em diferentes regiões de Mato Grosso. Este comprovou, através de resultados parciais, que o pecuarista atingiu 3,34 UA (Unidade Animal = 450 Kg de peso corporal vivo) por hectare, enquanto a média nacional não passa de uma UA.

Segundo o zootecnista Thiago Trento, pesquisador de Pecuária de Corte da Fundação MT, triplicar a quantidade de animais por hectare significa potencializar mais a produção animal com sustentabilidade, pois não é necessário abrir novas áreas, intensificando com eficiência na mesma área.

Além disso, de acordo com o especialista, a pesquisa mostrou que investimentos em adubação das pastagens de modo racional proporcionaram ao pecuarista do município de Rondonópolis, assistido pelo Projeto, um lucro de quase 10 arrobas (@) por hectare (ha), fornecendo suplementação mineral, num período de 152 dias na época das águas.

“Sem nenhum investimento em adubação, o pecuarista deixou de produzir quase 4@ por ha devido à baixa produção de massa de forragem e é justamente a conversão de capim em carne que paga a conta do pecuarista”, diz Trento.

O Projeto Pasto Forte está sendo conduzido em quatro fazendas nos municípios de Rondonópolis, Cáceres, Paranatinga e Nova Canaã do Norte, com o objetivo de gerar recomendações de investimentos que garantam a sustentabilidade de sistemas produtivos em pecuária de corte em três biomas diferentes: o Cerrado, o Pantanal e o Amazônico. Dentro dessas fazendas, foi perguntado para os produtores quais ambientes pastoris eles classificavam como bons, médios e ruins - e depois confirmadas por meio de análise de solo e da pastagem. Depois de separadas as áreas de pastagens, foi avaliada a eficiência dos investimentos em adubação dos pastos. Esses investimentos foram determinados de acordo com a análise de solo e perspectiva produtiva do pecuarista.

“É o que eu sempre falo: não adianta realizar adubação nitrogenada que favorece a produção de massa de forragem, se o produtor não tem a quantidade de animais suficiente para consumir esse alimento produzido. É necessário planejar a taxa de lotação de acordo com a massa de forragem produzida”, destaca Trento. 

“Na pecuária, a nossa máquina de colheita são os animais: se não existe quantidade de forragem suficiente, muitas vezes decorrente da falta de nutrientes e, consequentemente, adubação, teremos uma baixa eficiência de pastejo, ou seja, os animais se tornam ineficientes em converter capim em carne pela falta de alimento na pastagem”, reforça. 

Dessa forma, segundo o pesquisador, é papel do produtor ou técnico “regular” e otimizar o consumo do animal através do manejo pastejo, que deve levar em consideração a capacidade de suporte do pasto.


Por onde começar?

Em áreas mal manejadas ou com algum nível de degradação, segundo o especialista da Fundação MT é recomendado começar com uma eficiente análise do solo, conhecer o que tem lá, as suas deficiências, para planejar o que se pode melhorar. 

“Quando estamos doentes, o que fazemos? Vamos ao médico, ele nos dá o diagnóstico de acordo com o que constatou no exame. Para o solo não é diferente, precisa conhecer sua fertilidade para recomendar o tratamento mais indicado”, reforça Trento.

O segundo passo é fazer o controle de plantas daninhas, pois se não eliminar essas plantas invasoras e fizer a adubação, será favorecida a competição por recursos, ou seja, essas invasoras vão absorver esses nutrientes, competindo com as plantas forrageiras.

“A mensagem é: adubar para produzir mais forragem que deve ser colhida de forma eficiente pela nossa colhedora de capim que são os animais, que transforma produto vegetal em produto animal de alto valor biológico e nutricional”, acrescenta.


Mudança é uma tendência

Para o especialista da Fundação MT, a preocupação e cuidados com a pastagem por parte dos pecuaristas é uma tendência que deve se intensificar cada vez mais. Primeiro porque é preciso ser mais eficiente com a mesma área produtiva, e, segundo, devido à expansão da agricultura em áreas destinadas à pecuária. “Aquele pecuarista tradicional (extrativista) que não investia em adubagem de pastagem e em um manejo eficiente, ele não tem condições de competir com a lavoura. Isso não significa que ele sairá da atividade, mas continuará com baixa produtividade e, consequentemente, menor rentabilidade”, diz.

Entretanto, pecuaristas que estão realizando manejo correto, com controle de plantas daninhas, uma eficiente adubação de pastagem, respeitando as alturas de pastejo da forrageira e realizando a suplementação dos animais, com certeza estão ganhando dinheiro na pecuária, conforme demonstra a pesquisa.

 


Fundação MT
www.fundacaomt.com.br


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