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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Pessoas precisam se atentar às doenças neurológicas. Saiba quando procurar ajuda médica

Dia Mundial do Cérebro foi instituído em 22 de julho para alertar à população sobre as questões que envolvem este órgão
Kiyoshi Takahase Segundo/Getty Images/iStockphoto

Especialista explica os principais problemas que afetam esse importantíssimo órgão e formas de cuidar dele


A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, atualmente, pelo menos um bilhão de pessoas no mundo convivem com algum tipo de doença neurológica. Assim, o Dia Mundial do Cérebro foi instituído em 22 de julho para alertar à população sobre as questões que envolvem este órgão tão poderoso e as doenças que o acometem. O neurocirurgião Leonardo Zapata, que atende no Tumi Espaço Clínico, no Órion Complex, em Goiânia, esclarece sobre a importância de cuidar bem desse órgão essencial. 

Segundo ele, as principais doenças que podem acometer o cérebro são  problemas vasculares como o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame; aneurismas cerebrais e malformações arteriovenosas. Existem as doenças neurodegenerativas como Alzheimer, distúrbios do movimento como o Parkinson, infecções como meningites e tumores cerebrais. “Outras doenças neurológicas seriam os distúrbios do sono, esclerose múltipla e epilepsia. Ocorrem também os traumatismos de crânio (provocados por acidentes automobilísticos, quedas, violência) e hidrocefalia (acúmulo de líquido no sistema ventricular do cérebro)”, destaca. 

Apesar de uma quantidade considerável dessas doenças surgirem de maneira esporádica, algumas estão relacionadas à hereditariedade. “Fatores de risco como hipertensão arterial sistêmica, diabetes ou dislipidemia tem forte correlação familiar e predispõe a acidentes vasculares cerebrais. Os aneurismas cerebrais, principalmente quando múltiplos, tornam necessária uma investigação familiar através de exames de imagem”, explica o  neurocirurgião, citando que nesses casos é preciso um acompanhamento anual, na maioria dos casos.

 

Para ficar atento

Leonardo Zapata destaca que os sinais de alerta para as pessoas procurarem um médico são: dores de cabeça de forte intensidade ou sem melhora com analgésicos comuns; alterações na consciência; crises convulsivas; perda de força em um dos lados do corpo; alterações na fala ou na visão; vômitos não precedidos de náuseas e dores e rigidez na nuca. Ele revela que para cada doença cerebral existem grupos de risco diferentes. “Doenças como AVC, Parkinson e demências têm prevalência maior em idosos. Já as hidrocefalias e alguns tipos de deformidade craniofaciais ou da coluna podem se apresentar logo ao nascimento. Os tumores podem aparecer tanto na infância quanto em outras idades”, explica o especialista. 

Os tratamentos das doenças neurológicas podem envolver medicações, procedimentos como injeções, cirurgias convencionais, cirurgias endoscópicas, procedimentos por cateterismo arterial, quimioterapias e radioterapias. Os tratamentos clínicos em geral, são da área de atuação do neurologista. Os procedimentos cirúrgicos são de responsabilidade de um neurocirurgião. 

Para ter um cérebro saudável, Leonardo Zapata destaca que é preciso evitar, álcool, tabaco e outras drogas, praticar atividades físicas regularmente, ter boas noites de sono e uma alimentação balanceada, evitando alimentos industrializados, com excesso de conservantes, açúcar e sal. “A chamada dieta do Mediterrâneo, composta por azeite de oliva, nozes, amêndoas, grãos integrais, tomate e espinafre, podem adiar o avanço do Alzheimer. Além disso, aprender coisas novas com atividades mentais como música, artes e jogos ajudam a estimular o funcionamento do cérebro”, detalha o neurocirurgião, que também é especialista em cirurgias da coluna vertebral.


Como o estilo de vida do século 21 transforma a saúde e a fertilidade


A feritlidade feminina pode ser alterada por diversos fatores. Nem sempre conhecidos, muitas mulheres acabam tendo dificuldade em engravidar. Existe uma grande variedade de mitos e verdades acerca da fertilidade humana. Por isso, é importante prestar atenção e conhecer quais são os aspectos que realmente interferem na capacidade de engravidar. 

O fator mais conhecido que influencia a fertilidade feminina é a idade, pois com o passar dos anos há redução na quantidade dos óvulos, além da qualidade. Curiosamente, um casal divide a causa da dificuldade da fertilização, cerca de 40% da dificuldade de engravidar são relacionadas à mulher e 40% relacionadas às questões masculinas. Os 20% restantes é uma possível incompatibilidade do casal ou por razões desconhecidas, chamadas de ISCA (Infertilidade Sem Causa Aparente). 

A infertilidade (ou subfertilidade) está afetando um sexto dos casais atualmente e cujas incidências tendem a crescer. Estimativas mais pessimistas sugerem que atinjam um terço (33%) dos casais em idade reprodutiva nos próximos 15 anos. São muitos os fatores que estão conduzindo esse fenômeno, mas estudos apontam o estilo de vida e os hábitos alimentares dos adolescentes do século 21, como um fator importante. 

Nas mulheres, a síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, é um fator essencial que precisa ser controlado, junto à resistência de insulina muito presente naquelas que estão acima do peso. Nesse caso, o metabolismo dos hormônios pode ser alterado pela tendência à resistência insulínica, que altera a esteroidogênese ovariana, aumentando os hormônios androgênios e o quadro de ovulação. E é muito comum acreditar que é possível resolver isso apenas tomando remédios para regularizar o problema, portanto, sem necessidade de se preocupar em mudar a alimentação. Essa solução é prejudicial, uma vez que é paliativa e aumenta o risco da pessoa desenvolver diabetes, que também influencia na reprodução. 

Felizmente, é possível balancear os problemas hormonais com alimentação adequada e consumir alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, que combatem também agentes externos como xenobióticos, por exemplo, que afetam a pele e os demais órgãos. A melhor estratégia de alimentação para regulamentação metabólica e combate a agentes agressores externos é a dieta mediterrânea (ou a que mais se aproxima a esse conceito), que é reconhecida como padrão alimentar que propicia a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. É difícil encaixá-la ao estilo de vida brasileiro em sua forma original, mas pode ser perfeitamente adaptada ao substituir os alimentos mediterrâneos pelos que encontramos no Brasil, basicamente alimentando-se de alimentos saudáveis, não industrializados, gorduras insaturadas, fibras alimentares e substituição de carne vermelha por brancas (peixes e aves) ou carnes vegetais, como bife de tofu, entre outras opções. 

Um importante foco é evitar substâncias xenobióticas que são basicamente compostos químicos estranhos ao organismo humano. Podem ser enquadrados em diversas categorias, como por exemplo, metais pesados, pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos, entre outros. 

Todos esses agentes externos estão associados à baixa eficiência reprodutiva, inclusive já foram encontrados resíduos de plásticos em placentas. Essas substâncias invadem o organismo através da utilização de produtos industriais como os com alta concentração de Bisfenol A, como pratos, copos, talheres, revestimentos de enlatados entre diversos produtos de utilidade comum e que são manufaturados. 

Existem, inclusive, produtos que vêm com o selo “BPA free” que garantem a ausência do Bisfenol A, no entanto, outros produtos químicos nocivos ao organismo são utilizados para substituir esse composto. Para evitar o uso desses componentes o ideal é não armazenar e, especialmente os ricos em gordura, especialmente os ricos em gordura e aquecer alimentos em produtos plásticos. Ao aquecê-los no plástico, acontece a alta taxa de transferência de xenobióticos para os alimentos. Também é indicado evitar consumir bebidas quentes em copos plásticos e evitar contato de alimentos e bebidas com o plástico em geral, que por ser um produto barato é muito utilizado, mas trazem diversos agentes químicos prejudiciais ao organismo e que, por extensão, também prejudicam a fertilidade. 

Além do plástico, outra forma de veneno ingerido de maneira imperceptível são os agrotóxicos. Eles estão dentro dos alimentos e são impossíveis de serem retirados totalmente, sua remoção acontece apenas superficialmente com a lavagem correta dos alimentos. 

Além dos fatores externos, também há o estilo de vida sedentário cuja ausência de exercícios e sobrepeso alteram a qualidade hormonal, assim como o excesso de exercícios também pode reduzir a fertilidade. 

A baixa exposição à luz solar é um problema pela falta de conversão de vitamina D. Os novos hábitos de consumo pela internet e o home office contribuem para a menor exposição das pessoas à luz solar. 

A ansiedade, o estresse e a insônia também interferem na fertilidade, desregulando a produção de cortisol e melatonina no organismo. O sono é importante porque, assim como temos substâncias que só se despertam no sol, também temos aquelas que só se manifestam no escuro. 

Agentes alérgicos podem atrapalhar também tanto na fertilidade quanto causar abortos, já que pode prejudicar a implantação do embrião no endométrio. Um problema que pode favorecer o aparecimento de alergia é o mal funcionamento do intestino, resultado de estresse, alimentação, insônia, agentes tóxicos e exposição excessiva ou rara à luz. 

É muito difícil se livrar de todos esses pontos que causam problemas no corpo e afetam a fertilidade e é importante saber que não se deve tomar uma atitude brusca de comportamento em relação a todos os fatores prejudiciais da noite para o dia. Medidas radicais também geram estresse e geralmente têm caráter temporal, portanto, o ideal é conhecer os riscos e adaptar-se para mitigá-los, aos poucos.

 

Dra. Camila Varella - nutricionista, mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo/USP, pós-graduada em Nutrigenética e Modulação Intestinal. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). Tem formação livre em Personal Coaching, Genõmica Nutricional, Nutrição e Fertilidade, Saúde da Mulher e Nutrição Comportamental. Atua a mais de 20 anos em consultório, sendo também autora de livros, palestrante e experiência na gestão de qualidade de vida em empresas


Infectologista explica a importância da vacinação contra a gripe


 No outono e no inverno, há uma maior circulação dos vírus respiratórios, dentre eles o da Influenza, causador da gripe. Este vírus, de transmissão respiratória, tem como sintomas febre alta, tosse, congestão nasal, coriza, dor de garganta, cabeça e no corpo. Segundo a Dra. Cristiana Meirelles, pediatra, infectologista e coordenadora médica da Beep Saúde, healthtech lider em saúde domiciliar no país, crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e imunocomprometidos podem sofrer complicações da enfermidade, como pneumonia, insuficiência respiratória, miocardite, dentre outras.

“A vacina trivalente, que protege contra duas cepas do vírus A e uma cepa do vírus B, fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contra a Influenza, é uma arma muito segura e eficaz. Na rede privada, também existe uma vacina que amplia essa proteção: a tetravalente previne a infecção por duas cepas do vírus A e duas cepas do vírus B”, explica. Apesar da importância da imunização, apenas 58% do público-alvo da campanha nacional de vacinação contra a influenza já foi vacinado neste ano, segundo dados atualizados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Cristiana destaca, ainda, que a primeira vez que a pessoa recebe a vacina contra a gripe, com seis meses de vida, deve ser feita em duas doses no intervalo de trinta dias. Depois desta, todos os cidadãos devem se vacinar anualmente, pois os anticorpos contra o Influenza reduzem com o passar do tempo, diminuindo a imunidade. “As vacinas são modificadas todos os anos conforme a prevalência dos vírus que mais circularam no ano anterior. Além da imunização em dia, higienizar as mãos e o uso de máscaras podem impedir a propagação da doença”, finaliza.

 

Beep Saúde


Higiene bucal durante a gravidez: estudos apontam associação entre doença periodontal materna e parto prematuro

Pesquisa mostra que uso perinatal de goma de mascar de xilitol resultou em uma redução significativa de 12,6% dos partos prematuros

 

Durante a gravidez, é muito comum a ida ao obstetra, realização de exames, orientação para uma alimentação balanceada, mas importante também cuidar da higiene oral, pois isso pode afetar a saúde bucal do seu bebê.

Entre os impactos que as alterações fisiológicas causam na saúde bucal das gestantes estão a possibilidade de aumento dos níveis de inflamação periodontal devido à higiene bucal inadequada associada a alterações nos níveis hormonais. Pode causar desconforto e levar à perda de dentes se não for tratada adequadamente. Em um processo chamado de imprinting materno, a mãe passa a composição de seu microbioma (a soma da microbiota do corpo humano), seja ela boa ou ruim, para o bebê. Se a mãe tiver um bom microbioma oral, ou seja, se tiver uma boca saudável, seu bebê também terá uma boca saudável.

Além disso, a higiene bucal da mãe tem impacto no nascimento do bebê. Existe uma associação entre doença periodontal materna e parto prematuro. Um estudo realizado no Malawi, o país com a maior taxa de parto prematuro conhecido (22%), com mais de 10 mil mulheres, mostrou que o uso perinatal de goma de mascar de xilitol resultou em uma redução significativa 12,6% dos partos prematuros. Outras pesquisas indicaram que as mulheres grávidas com placa são mais propensas a dar à luz antes de 37 semanas e que 45% daquelas que tiveram seus bebês precocemente tinham gengivas inchadas, doloridas ou infectadas. Acredita-se que as bactérias na placa percorrem a placenta através da corrente sanguínea, fazendo com que ela fique inflamada. 

As mudanças comportamentais das gestantes relacionadas à maior frequência de consumo de açúcar e higiene precária também aumentam a chance de as mulheres apresentarem cárie. Os cuidados durante a gravidez são os mesmos, pois os dentistas sempre aconselham a escovação, o uso de fio dental e o uso de flúor. O problema é quando as gestantes não escovam os dentes após as refeições e, por serem mais sensíveis, podem apresentar sinais como gengiva inflamada, vermelhidão e sangramento durante a escovação.

Após o nascimento do bebê, a amamentação favorece o desenvolvimento da musculatura e dos ossos do rosto do bebê. Esse movimento funciona como um exercício oral, promovendo a respiração nasal, a fala e o desenvolvimento das arcadas dentárias. É nesse período da vida da criança que se estabelece um ambiente bucal saudável e é o que levará a uma vida inteira de dentes e gengivas saudáveis.

Uma pesquisa mostrou que o uso do xilitol no início da vida de uma criança terá efeitos duradouros, diminuindo as bactérias causadoras de cárie na boca. Cientistas analisaram durante um período de dois anos se o consumo de xilitol pelas mães poderia ser usado para prevenir a transmissão mãe-filho da bactéria estreptococos (encontrada na garganta) em comparação com o uso de clorexidina e flúor. Após esse período, 9,7% das crianças no grupo xilitol, 28,6% no grupo clorexidina e 48,5% no grupo verniz fluoretado apresentaram nível detectável de bactéria indicando que o consumo habitual de xilitol pelas mães reduz a probabilidade de transmissão mãe-filho de estreptococos.

Dr. John Peldyak, dentista e membro do conselho de programas da Academia Americana de Saúde Oral Sistêmica (AAOSH) diz que o xilitol perinatal é uma estratégia de autocuidado simples, agradável e altamente eficaz. “O xilitol bloqueia fatores nocivos ao mesmo tempo em que apoia os mecanismos naturais de proteção que constroem e mantêm dentes e gengivas fortes. Se as estruturas dentárias quebrarem, nossa saúde geral estará ameaçada”.

Segundo o CEO da Xlear, Nathan Jones, a boca é uma cavidade que tem contato direto com o meio externo e, portanto, é uma área aberta para a entrada de microrganismos que podem afetar a saúde de todo o corpo. “Embora precisemos prestar atenção à limpeza de nossos narizes, garantir que sua boca esteja limpa é especialmente importante para sua saúde e a saúde de outras pessoas. Se você não cuidar da sua higiene bucal, as bactérias e vírus que entram na boca podem se espalhar para outras partes do corpo com bastante facilidade”.


Agosto Dourado, 4 dicas para facilitar a amamentação

No mês de incentivo ao aleitamento materno, a Consultora Internacional de Lactação Cinthia Calsinski explica os benefícios da prática e dá dicas para as mamães

 

Todo agosto é conhecido como o mês Dourado por conta das campanhas de incentivo ao aleitamento materno. Mais do que uma forma de alimentação do bebê, o aleitamento é essencial para a saúde e bem-estar da criança e também para a criação do vínculo mãe-bebê.  

"Temos evidências científicas sobre vários benefícios do aleitamento, como prevenção contra doenças, desenvolvimento do sistema imune, prevenção de alergias respiratórias, de pele e alimentares, maior QI quando comparado a bebês não amamentados, prevenção da mortalidade infantil, proteção contra leucemias, estimula o bom crescimento da arcada dentária assim como respiração nasal… e muitos outros benefícios!", explica Cinthia Calsinski, Enfermeira Obstetra e Consultora Internacional de Lactação.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é de aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementar à dieta saudável para a idade até os 2 anos ou mais.

 

Desafios da amamentação 

Campanhas de incentivo como as que acontecem anualmente no mês de agosto são importantes porque é comum as mulheres deixarem de amamentar o bebê antes do indicado ou optarem por fórmulas prontas e uma introdução alimentar precoce por conta de alguns desafios encontrados nesse processo. 

"As duas maiores dificuldades durante a amamentação são a dor para amamentar decorrente de pega incorreta e a baixa produção de leite, que pode ter como fator causal também a pega incorreta", continua a enfermeira.  

Além disso, existem mulheres que não conseguem amamentar por múltiplos fatores, como a falta de uma rede de apoio que a sustente para um aleitamento exclusivo em livre demanda, acesso a profissionais atualizados e que saibam manejar as dificuldades do aleitamento, falta de informação… A lista é longa.  

"Por isso, o melhor preparo é a informação de qualidade - não é necessário preparar os mamilos para amamentar, o uso de buchas, a questão da exposição ao sol, o uso de cremes e pomadas, nada disso é indicado atualmente", diz.  

Outro ponto importante é aprender a lidar com a culpa ao não conseguir amamentar. Além de buscar informar-se sobre o assunto, contar com o auxílio de profissionais capacitados é essencial nesse processo. Para muitas mulheres, apenas compreender que elas deram o seu melhor e esgotaram todas as alternativas leva a uma experiência diferente do que em situações contrárias.

 

4 dicas para facilitar e prolongar o aleitamento 

Com a campanha deste ano em mente e buscando facilitar o trabalho para as mamães, a enfermeira listou 4 dicas essenciais para o bom aleitamento materno.

 

1.Informe-se ainda na gestação

Não espere o bebê nascer para aprender sobre amamentação. Antecipe-se para entender sobre os conceitos de pega correta, livre demanda, bicos artificiais e outros relacionados ao tema, e reserve o tempo pós-parto para resolver com as dificuldades encontradas na aplicação desses conceitos.

 

2.Pega correta, pega correta, pega correta!

Esse mantra é essencial para facilitar o processo de amamentação. Um bebê que pega direito no peito faz uma boa extração do leite, ganha peso corretamente, faz xixi e cocô diariamente… Por outro lado, o bebê que não tem essa pega não se alimenta direito, não ganha peso e costuma ficar irritado, além de passar horas no seio, o que pode gerar desconfortos e machucados para a mãe.

 

3.Pratique a livre demanda

Que não tem nada a ver com passar o dia inteiro com o bebê no seio! Isso significa alimentar o bebê quando ele solicita, sem intervalos rígidos - assim como acontece com os adultos e as crianças, que comem quando têm fome, respeitando o ciclo da saciedade.

 

4.O desmame é sempre gradual

Dessa forma, tanto o bebê, quanto o corpo da mãe, se adaptam gradualmente ao número de mamadas diárias, tornando esse processo mais tranquilo.

 

A semana mundial de aleitamento materno acontecerá entre os dias 1 e 7 de agosto de 2022 com o tema: 'Step up for Breastfeeding:fv c Education And Support', ainda sem tradução oficial para o português.

 

 Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra e Consultora Internacional de Amamentação


Além do melhor alimento: Produção de leite materno traz benefícios permanentes ao corpo feminin

De acordo com a consultora de Philips Avent, instrutora e educadora em Aleitamento Materno, Eneida Souza, alterações físicas, psíquicas, emocionais e sociais são algumas das transformações que ocorrem nas puérperas  


Além de gerar o melhor alimento para os bebês, o ato de produzir leite materno também proporciona diversos benefícios para o corpo da mulher, que passa por inúmeras mudanças durante a lactação. De acordo com a consultora de Philips Avent, instrutora e educadora em Aleitamento Materno, Eneida Souza, alterações físicas, psíquicas, emocionais e sociais são algumas das transformações que ocorrem nas puérperas. 

A especialista afirma que o ato de estimular a produção do leite materno vai muito além do que ser o melhor alimento para os bebês. A constante ativação hormonal provocada pela amamentação e pela produção do leite materno prepara o cérebro feminino para a sua mais nova arquitetura. 

Fique por dentro das 6 principais transformações que ocorrem durante a lactação:

  1. Os altos níveis de hormônios liberados durante a produção de leite materno resultam em alterações constantes no cérebro feminino, deixando-o mais motivado, altamente atento e extremamente protetor. Essa cascata hormonal faz com que a mãe responda prontamente ao bebê e passe a interpretar de maneira mais eficaz as suas necessidades.
           
  2. Diversos hormônios são ativados com a produção do leite materno, como a ocitocina, que não apenas reduz a pressão arterial do corpo, mas também inibe a liberação do hormônio do estresse, o glicocorticóide. Para manter esse sistema antiestresse ativado, as mães que não podem amamentar diretamente no peito podem fazer uso do extrator de leite que gera estímulos próximos ao que o bebê produz durante a amamentação e a mãe continua a ter todos os benefícios ao produzir leite materno por mais tempo.
     
  3. A prolactina é responsável também por amortecer o medo e a ansiedade ao inibir a amígdala, que é a parte do cérebro responsável pelas respostas ao medo. A cada vez que o bebê suga no peito, os hormônios da mulher são elevados e atingem níveis sanguíneos elevados.
     
  4. A liberação da ocitocina, hormônio que estimula as contrações uterinas durante o parto, ajuda a controlar o sangramento no pós-parto e é responsável pela ejeção do leite materno. Inclusive, faz com que as mulheres respondam de maneira diferente ao estresse, já que a raiva passa a ser substituída por sentimentos mais brandos, como a calma e a alegria. Essa troca hormonal funciona em resposta à amamentação, produção de leite materno e aos circuitos de ocitocina, que são reforçados pela sensação de prazer criados pelas explosões de dopamina -- a química do prazer e da recompensa.
     
  5. Durante a produção de leite, a dopamina é elevada no cérebro da mãe por estrogênio e ocitocina. Quando a pressão arterial dela cai, passa a sentir-se em paz e relaxada, em ondas de sentimentos amorosos inspirados pela ocitocina.
     
  6. A lactação também facilita o aprendizado e a memória especificamente para informações sociais, além de aprimoramento na visão ampliada, reflexos e aguçam o poder de ação e reação.
     

Eneida Souza - consultora de Philips Avent, enfermeira pediatra, instrutora e educadora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Angeles (UCLA-CA) e terapeuta sistêmica para família, casal, individual.

 

Philips Avent

https://www.loja.philips.com.br/avent


 

Enxaqueca oftálmica pode indicar doenças graves

Risco pode ser identificado por alteração no campo visual e pontos cegos nos dois olhos.

 

Dados da SBC (Sociedade Brasileira de Cefaleia) apontam que no Brasil 70% da população feminina e 50% da masculina têm pelo menos uma dor de cabeça ao mês. O levantamento também mostra que 20% das mulheres e entre 5% a 10% dos homens sofrem com enxaqueca, dor pulsante em um dos lados da cabeça, mas poucos buscam tratamento. Resultado: a enxaqueca crônica é bastante comum no Brasil. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas 3,5 da população ou 7,5 milhões de brasileiros têm enxaqueca oftálmica ou com aura. A diferença, explica, é que a forte dor de cabeça, enjoo, sensibilidade à luz e ao som que caracterizam a enxaqueca comum, na oftálmica vem acompanhada perda transitória de campo visual e pontos cegos em um dos olhos, aparecimento de pontos cintilantes, escurecimento da visão e distorção da imagem. Quando a perda de campo visual  surge nossa dois olhos indica outras doenças que devem ser investigadas com um neurologista.

 

Sintomas e causas

O oftalmologista afirma que a aura visual sinaliza isquemia ou irrigação sanguínea insuficiente na retina. Por isso, o tratamento sempre é iniciado no consultório oftalmológico e requer tomografia de contraste na retina visando preservar a visão. “Quem tem problemas de circulação como hipertensão e diabetes deve ficar mais alerta com o acompanhamento oftalmológico. Adiar o tratamento de alterações na circulação da retina é perigoso”, pontua. Isso porque, recorrentes crises de enxaqueca com aura podem levar células da retina à morte. Também pode indicar risco de AVC (Acidente vascular Cerebral), em especial nos que têm hipertensão arterial.

 

Falta de óculos

Queiroz Neto diz que a dor de cabeça responde por uma em cada quatro consultas oftalmológicas, mas nem sempre a cefaleia está relaciona a algum problema de visão.

A dor relacionada à falta de óculos, explica, só aparece no fim do dia. Geralmente é decorrente do esforço visual para realizar as atividades cotidianas, sobretudo no computador. Para quem passou dos 40 anos, comenta, a dor de cabeça depois de horas olhando para uma tela pode sinalizar a chegada da presbiopia ou vista cansada que diminui a visão de perto e exige o uso de óculos de leitura para exercer as atividades próximas.  Mas pode surgir em qualquer idade. Entre crianças 30% sentem o desconforto nas atividades digitais.  Na infância comenta, outro problema de visão que com menor frequência pode causar dor de cabeça é a grande diferença de acuidade visual entre os olhos, conhecida como anisometria. Isso porque, as imagens chegam em tamanhos muito diferentes para cada olho.

Recorrer à automedicação faz com que a maioria dos brasileiros que sofrem com enxaqueca crônica fiquem expostos a graves complicações visuais e neurológicas já que de acordo com a SBC só 5% buscam tratamento com um neurologista. Quando o assunto é saúde prevenir é sempre melhor que remediar, conclui.

 

Colonoscopia: o exame que pode salvar a sua vida

A principal forma de diagnosticar precocemente e prevenir o câncer colorretal infelizmente ainda não faz parte da rotina da maioria das pessoas

 

Com o diagnóstico tardio da doença, diminuem as chances de cura

 

 

A colonoscopia é um exame que deve ser realizado rotineiramente para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Nos casos em que há risco habitual para a doença, ou seja, quando não há informação de casos na família, a indicação é que o primeiro exame seja realizado aos 45 anos de idade. A partir deste, se não houver nenhuma anormalidade, o exame poderá ser repetido em até 5 anos, ou conforme a orientação do médico.  

No caso de câncer colorretal em parente de até segundo grau, o primeiro exame deve ser feito aos 45 anos, ou 10 anos antes da idade que o parente tinha quando recebeu o diagnóstico da doença. A partir daí, sem anormalidades no exame, repetir a cada 5 anos.  

Se houver alguma anormalidade no exame, em geral um adenoma, que é uma pequena lesão na superfície do cólon ou do reto, que pode evoluir para um câncer, o exame deve ser repetido com mais frequência. O médico que acompanha o paciente determinará esta frequência com base no histórico familiar e em outras informações do paciente. 

Há, ainda, algumas situações mais específicas que requerem atenção especial. É o caso de tipos de câncer mais raros, com aspecto de hereditariedade mais grave, como a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) ou síndrome de Lynch. Neste caso, as chances de desenvolver a doença são muito elevadas e até mesmo um teste genético poderá ser recomendado. Para estes pacientes, a colonoscopia será indicada ainda na adolescência ou até mesmo antes, conforme cada caso.  

“O mais importante é que as pessoas conheçam a importância de realizar a colonoscopia e não deixem de realizar assim que tiverem a indicação médica. O câncer colorretal, quando diagnosticado precocemente, é muito mais simples de tratar e as chances de cura são muito maiores. Quanto mais tardiamente acontecer o diagnóstico, mais difícil será o tratamento”, explica o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião geral e oncológico, , coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP. 

 

A importância do preparo 

A colonoscopia é fundamental, mas existe um risco inerente ao procedimento. Por isso, não se deve fazer mais exames do que o necessário e sempre seguir corretamente as instruções do preparo antes da realização do exame. 

Estas medidas são importantes para reduzir os riscos e oferecer mais segurança ao exame.

“Os eventos adversos são bastante raros. Nos melhores serviços, acontecem em cerca de um a cada 4.500 exames. Ainda assim, o número é alto se compararmos a exames como toque retal, para a prevenção do câncer de próstata, ou a mamografia, para o câncer de mama, praticamente isentos de risco”, explica o Dr. Arnaldo. 

Os mais comuns são a perfuração durante o exame e o sangramento que não se resolve após o procedimento. No caso de perfuração, se o intestino estiver absolutamente limpo, dificilmente haverá uma contaminação fecal significativa. Por este motivo, a realização do preparo antes do exame é tão importante.  

O tratamento, neste caso, é cirúrgico e deve ser realizado imediatamente, por meio de videocirurgia, a fim de reparar as lesões ocorridas. No caso do sangramento, ainda menos frequente, em geral é autolimitado e cede espontaneamente em pouco tempo. Caso contrário, também será indicado o tratamento cirúrgico.

 

Sintomas e diagnóstico  

“As pessoas já estão acostumadas a realizar consultas e exames com foco na prevenção do câncer de próstata, câncer de mama e outras doenças graves, mas pouco se fala sobre o câncer colorretal”, alerta o Dr. Arnaldo Urbano, destacando que este é o terceiro câncer mais incidente, tanto em homens como em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de próstata, nos homens, e de mama, nas mulheres.

 

A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer colorretal é a colonoscopia. Isso porque o exame é capaz de detectar a doença antes mesmo de seu início. O exame pode detectar um pólipo, que somente depois de alguns anos, se não removido, poderá se transformar em câncer. Pode, também, detectar a doença em estágio inicial, quando ainda não oferece nenhum sintoma. 

Mesmo em estágio mais avançado, os sintomas podem ser bastante inespecíficos, dificultando o diagnóstico. Mudança do hábito intestinal, que passa a apresentar constipação ou diarreia, presença de sangue nas fezes, fezes mais escurecidas ou a sensação de querer evacuar, mas não conseguir são alguns deles.  

Outro sintoma que deve servir de alerta é a presença de massa abdominal palpável, dores abdominais constantes, anemia sem diagnóstico ou perda de peso não intencional, principalmente em pacientes acima de 45 anos.  

Todos estes sintomas podem estar relacionados a diversas outras causas, mas seja qual for, devem ser investigados. Quando antes o diagnóstico for realizado, maiores as chances de cura.

 

O câncer colorretal 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são cerca de 40 mil novos casos ao ano de câncer colorretal no Brasil, na grande maioria dos casos tratáveis e curáveis, quando detectados precocemente. 

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso, o cólon e o reto. 

Além de realizar a colonoscopia, alguns hábitos de vida são importantes para a prevenção não apenas do câncer colorretal, mas de vários outros tipos de câncer e problemas sérios de saúde. A prática de atividade física regular é um deles. 

“O paciente ativo fisicamente apresenta trânsito intestinal melhor, evacua melhor e reduz o tempo em que as fezes e produtos que ficam nas fezes e que são potenciais cancerígenos permanecerão em contato com a mucosa colorretal. Este contato prolongado favorece o surgimento de adenomas, que são os precursores do câncer”, explica o Dr. Arnaldo.  

O ideal é que sejam praticados pelo menos 150 minutos de atividades moderadas a intensas por semana. Além disso, é importante manter uma dieta rica em fibras e grãos, balanceada, com o consumo de laticínios e não exceder 500g de carne vermelha cozida por semana.

 

Também devem ser evitados os alimentos ultraprocessados, embutidos e enlatados, o consumo excessivo de bebida alcoólica, tabagismo e sobrepeso.



Hepatite misteriosa segue em atenção segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

A hepatite, que é tema de campanha no Brasil durante o mês de julho, ganha mais atenção em casos ainda não identificados em crianças

 

Neste mês, o Ministério da Saúde destaca a campanha de conscientização “Julho Amarelo”, criada em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa tem como objetivo reforçar a vigilância, a prevenção e o controle das hepatites virais, doenças que se manifestam de diferentes formas. Apesar de nem sempre apresentar sintomas, elas podem causar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Segundo Marcos Loreto, diretor médico da Omint Saúde, a hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. 

“Existem alguns tipos de hepatites e elas apresentam algumas diferenças. A hepatite A pode ser transmitida por consumo de água e de alimentos contaminados; já a hepatite B é transmitida por meio do contato com fluidos corporais, como o sêmen e a saliva. No entanto, a hepatite B também pode ser facilmente transmitida por meio do uso de objetos perfurocortantes não esterilizados, como alicates e lâminas de barbear que são comumente utilizados em salões de beleza. Já a hepatite C tem um meio de transmissão similar ao da hepatite B”, explica Loreto.

 

O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C, pois pode ter sido exposto a esse vírus na juventude.

 

Hepatite Misteriosa 

Em meados de abril de 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para os primeiros casos da hepatite, dita como misteriosa. Segundo o último boletim da entidade, divulgado no dia 22 de julho, foram contabilizados mais de 1.000 casos prováveis em 35 países. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga 96 casos e 10 mortes suspeitas.

 Para a Dra. Mirian Dal Ben, médica infectologista e credenciada Omint Saúde, a doença, que atinge crianças e adolescentes, tem preocupado autoridades sanitárias do mundo, uma vez que ainda não foi identificado seu agente causador. 

“O que se sabe até agora, é que existem estudos conduzidos para entender a causa dessa doença em crianças. Já se sabe que o adenovírus continua sendo o patógeno mais frequentemente detectado entre os casos com dados disponíveis, seguido pelo vírus da COVID, o SARS-CoV-2. Embora ainda desconhecida a causa dessa hepatite em crianças e adolescentes, fica o alerta para seguir as medidas de prevenção indicadas pela OMS, como o uso de máscara, o consumo de água potável, cuidado na preparação dos alimentos, higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e garantir uma boa ventilação quando estiver em locais fechados”, enfatiza a infectologista.

 

Por que a picada de pernilongo coça?

Professor de Biologia Flávio Landim, da plataforma Professor Ferretto, explica que o inseto é atraído pelo cheiro do gás carbônico liberado na respiração, suor e por conta do sistema imunológico produzir anticorpos devido à picada


Crédito: Canva


 

Você sabia que só os pernilongos fêmeas picam? E, de forma geral, sempre que somos picados por esse inseto, sentimos coceira no local de forma instantânea. Mas por que será que a picada do pernilongo coça tanto?

De acordo com o professor de Biologia Flávio Landim, da plataforma Professor Ferretto, a coceira intensa acontece porque o inseto perfura a pele para sugar o sangue da “vítima”, e com isso acaba injetando uma pequena quantidade de saliva. “A saliva do pernilongo contém diversos anticoagulantes e enzimas em sua composição, e ajuda o inseto a sugar o sangue com mais facilidade”, explica ele.

Sendo assim, quando nosso sistema imunológico reage à saliva deixada pela picada, o organismo produz anticorpos, e essa resposta do corpo provoca a liberação de histamina, que é a responsável por desencadear uma reação inflamatória. “Os capilares (locais onde ocorre a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos adjacentes) se tornam mais permeáveis, fazendo com que os vasos sanguíneos localizados mais próximos da região afetada fiquem inchados, o que origina a tal picada rosada e irritada que causa a coceira”, resume o docente.

Landim acrescenta ainda que são os pernilongos fêmeas que picam, pois “precisam do sangue humano para desenvolver os seus ovos”. No entanto, segundo as estatísticas, o que provoca a morte não são os mosquitos, “mas sim os vírus que são transmitidos por eles”, esclarece o professor de Biologia.

Landim listou alguns cuidados para evitar a picada de pernilongo:  


Proteção com telas

Manter janelas e portas cobertas com telas é uma boa tática para evitar que o pernilongo entre em casa, além de manter o ambiente com a luz natural e ventilado.  “Isso impede a passagem do inseto, e ter as mosqueteiras em camas  também é um método antigo mas muito eficaz”, recomenda Landim. 


Cuidado com as plantas 

Ter plantas em casa é muito benéfico, pois elas ajudam na purificação do ar, por exemplo, mas é preciso certos cuidados. “Deixar o solo úmido mas sem água se acumulando é um dos pontos para evitar a proliferação dos mosquitos, pois água parada é foco principalmente do Aedes Aegypti, que transmite a dengue”, alerta.


Uso de repelentes

Os repelentes são outra boa opção, pois ajudam a “afugentar” os pernilongos e outros insetos. “Repelentes naturais, como as velas de citronela, limão com cravo ou plantas como alecrim e gerânio, podem ser adotados para se livrar dos insetos. Também é válido comprar os de farmácia ou eletrônicos para utilizar nas tomadas de casa, além das armadilhas naturais feitas com vinagre de maçã", sugere Landim. 


Ventilação é necessária

O ventilador também ajuda a mandar o pernilongo longe, impedindo que ele chegue até você, pois com a força do vento ele não consegue voar. “Um simples ventilador é capaz de bloquear a circulação do inseto, e também minimiza o cheiro do suor e o gás carbônico. Mas é necessário manter o aparelho limpo e não muito próximo da pessoa, para assim evitar algumas doenças como gripe e tosse”, finaliza o biólogo.

 

Plataforma Professor Ferretto


Conheça as principais doenças do coração

Entre setembro de 2020 e setembro de 2021 cerca de 17,5 milhões de pessoas morreram em decorrência de doenças cardiovasculares. No Brasil, são cerca de 50 óbitos a cada 60 minutos pelo mesmo motivo. Uma constatação de um profissional da saúde: muitas dessas mortes poderiam facilmente ser evitadas por meio de um estilo de vida mais saudável. A realidade, no entanto, é outra: cada vez mais as pessoas estão deixando o cuidado de lado e prestando menos atenção em si mesmas. O texto de hoje é um alerta para que você, leitor, não seja mais um número dessa estatística.  

Conhecimento é poder e saber quais são as principais doenças cardiovasculares te dão as ferramentas de como evitá-las. A seguir conheça as cinco principais doenças que afetam o coração e o sistema cardiovascular:

 

1- Hipertensão arterial 

“Pressão Alta” é o nome popular para a doença mais comum do coração. Pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo apresentam índices acima dos 130 x 80 mmHg, sendo consideradas hipertensas. Entre os sintomas estão tontura, visão embaçada e dores de cabeça, mas é preciso alertar que ela pode ser assintomática — daí a importância de exames preventivos.

 

2- Infarto Agudo do Miocárdio 

O excesso de gordura não impede apenas a passagem da calça jeans nos quadris; pode impedir também que o sangue das artérias chegue ao coração, ocasionando o que popularmente conhecemos como Infarto. Uma alimentação rica em alimentos industrializados e ultraprocessados é o caminho certo para quem busca uma doença cardíaca. Se você não quer fazer parte desse time, aprenda a fazer boas escolhas alimentares.  

 

3- Insuficiência cardíaca 

O músculo cardíaco de alguns pacientes não tem força suficiente para fazer o sangue circular corretamente pelo organismo, comprometendo a oxigenação celular e a circulação do sangue. Como resultado o paciente sente mais falta de ar — mesmo em repouso e frequentemente apresenta inchaço nos membros inferiores. 

 

4- Arritmias cardíacas 

Um coração em repouso em um indivíduo saudável de 35 anos bate, em média, entre 60 e 100 vezes por minuto. Esse número é representado pela sigla bpm, ou seja, batimentos por minuto. No entanto, algumas pessoas mesmo em repouso podem estar acima ou até mesmo abaixo desse intervalo esperado.   

Quando o paciente tem até 60bpm é chamado bradicardia, ou seja, batimentos por minuto abaixo do considerado normal. Se está acima de 100bpm, além do intervalo máximo normal, dizemos que o indivíduo apresenta taquicardia. Os dois casos pedem acompanhamento profissional adequado. 

 

5- Endocardite 

O coração é formado por um tecido interno que pode sofrer com uma séria inflamação causada por fungos e bactérias, a chamada Endocardite. É preciso muita atenção inclusive à saúde bucal dos pacientes. Nossa boca é colônia de bactérias e quando um machucado permite que esses microorganismos circulem pela corrente sanguínea é preciso atenção aos sintomas caso eles se instalem no coração.   

A endocardite mesmo sendo uma doença bem séria tem tratamento, especialmente quando diagnosticada inicialmente. 

 

Dr. Jeffer de Morais - diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 


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