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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Conheça 7 mitos e verdades sobre hipertensão arterial

Doença provoca graves problemas cardíacos, cerebrais e renais, e é responsável por mais de 9 milhões de mortes por ano, no mundo


 

Em adultos, a hipertensão é definida como a pressão arterial acima de 14/9, e é considerada grave quando a pressão está acima de 18/12. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença é responsável por 9,4 milhões de mortes no mundo, por ano, sendo 45% por problemas cardíacos e 51% por AVC (acidente vascular cerebral). Estima-se que 1,28 bilhão de adultos entre 30 e 79 anos sofram de hipertensão, sendo que a maioria (2/3) vive em países de baixa e média renda.

 

No Brasil, calcula-se que 23 a 25% da população tenha pressão alta e outra grande parcela nem saiba que tem o problema. Apesar de ser uma doença bastante comum, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre os fatores de risco, tratamento e controle da hipertensão. O cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), destaca sete mitos e verdades sobre o tema:


 

1.   É possível controlar a hipertensão com a alimentação – Verdade!

 

Com certeza, é possível. É o que chamamos de tratamento não farmacológico, que deve ser instituído para todos os pacientes. Há pessoas que, devido ao início ou valores da hipertensão arterial, podem ter apenas esse tratamento não farmacológico. Mesmo em casos nos quais os pacientes precisam ser tratados com medicamentos, deve haver um controle da alimentação, para que seja saudável e adequada. O tratamento não farmacológico envolve algumas medidas como:

 

·        Dieta: além de evitar o sal, em muitos casos, deve-se adotar uma dieta hipocalórica, pensando na redução da obesidade, que geralmente está associada à hipertensão arterial;


·        Suplementação: adotar suplementos alimentares que podem ser favoráveis no combate à hipertensão, como potássio e cálcio;


·        Atividade física: comprovadamente, exercícios físicos trazem benefícios, reduzindo e controlando os níveis de hipertensão, tanto em casos leves como moderados;


·        Controle do estresse: seja emocional, social, familiar ou profissional, o estresse é um fator que está muito envolvido com o aumento da pressão arterial.


 

2.   A hipertensão pode ser prevenida – Mito!

 

Em sua grande maioria, 90% dos casos, a hipertensão arterial é hereditária, um fator genético, então não pode ser prevenida. Entretanto, é possível não apenas postergar o início do seu aparecimento como atenuá-la. Esse controle pode ser feito por meio da adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e controle do estresse.


 

3.   Estresse causa hipertensão – Mito!

 

O estresse, por si, não causa a hipertensão. Ele pode atuar de duas formas:

 

·        Em uma situação específica, provocar uma subida transitória da pressão arterial, inclusive em pessoas que não tenham antecedentes da doença hipertensiva. Uma vez que o estresse seja sanado, a pressão volta ao normal;

 

·        Aumentar a pressão em pessoas hipertensas, mesmo que estejam em tratamento para a doença.


 

4.   Mulheres são mais atingidas pela hipertensão – Verdade!

 

Dados antigos mostravam que os homens apresentavam mais hipertensão. Mas, hoje, sabemos que as mulheres representam a maioria dos pacientes hipertensos, chegando a 54% do total. Isso se deve não apenas às alterações hormonais, que são típicas após a menopausa, mas também às mudanças que ocorreram na sociedade nos últimos 50 anos. Existem diversos fatores, mas de uma forma geral, a mulher está cada vez mais atuante no mercado de trabalho, sofre com situações diferenciadas de estresse, passou a consumir mais cigarro e álcool e, muitas vezes, não desenvolve atividades físicas.


 

5.   Álcool aumenta a pressão arterial – Verdade!

 

O consumo de álcool não é causador da hipertensão, mas eleva a pressão arterial, principalmente as bebidas destiladas. Por isso, os pacientes hipertensos devem manter um consumo moderado de álcool e não devem fazer uso habitual ou diário. Muitos pacientes dão entrada nas salas de emergência com quadros de AVC (acidente vascular cerebral) e relatam consumo exacerbado de bebidas alcóolicas. Então, a recomendação é que o consumo seja restrito ou abolido por hipertensos.


 

6.   A hipertensão causa infarto e outras doenças graves – Verdade!

 

A hipertensão arterial causa, basicamente, três graves doenças: infarto do miocárdio, AVC e doença renal – a maior causa de diálise em nosso país é de pacientes hipertensos que não mantiveram o controle da pressão arterial. A pressão alta também causa insuficiência cardíaca porque, ao longo do tempo, pode descompensar o coração e provocar o aumento do seu tamanho. É importante ressaltar que a hipertensão é uma doença silenciosa, não provoca sintomas clássicos típicos – alguns pacientes relatam dores de cabeça –, mas apresenta uma progressão lenta e com complicações muito graves em órgãos nobres e com sequelas.


 

7.   Hipertensão tem cura – Mito!

 

A hipertensão arterial não tem cura, mas tem controle. Para isso, o paciente precisa sempre tomar a medicação indicada pelo médico, fazer o controle dos fatores de risco e manter hábitos saudáveis, se preciso, mudando seu estilo de vida.

 

 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL) 

Siga Seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele


Mau Hálito X Clima Frio: Por Quê Surge e Como Evitar


O clima frio atinge boa parte do país pela chegada do inverno, além de prejudicar a saúde com gripes e doenças respiratórias, também pode favorecer o desenvolvimento de outros problemas inconvenientes, como por exemplo, o mau hálito.

Isso ocorre devido à mudança de hábitos provocada pelo clima gelado, que acaba influenciando também a alimentação nessa época do ano. 

Com o frio, a pessoa tende a procurar alimentos mais calóricos e ricos em gordura – uma reação instintiva do organismo, frente ao gasto maior de energia no inverno, com o objetivo de nos manter mais aquecidos.

O metabolismo de gorduras em nosso corpo pode fazer com que alguns ‘subprodutos’ sejam eliminados pela via pulmonar de excreção, alterando o nosso hálito e provocando a halitose (mau hálito). 

A cirurgiã dentista, periodontista e especialista em halitose Dra. Bruna Conde lista as principais causas de alteração do hálito e sua relação com o frio:

 

Menos consumo de água, mais chances de mau hálito

Outro problema é o menor consumo de água, típico nos períodos frios, o que pode acarretar na diminuição de saliva, pois essa substância, é composta em 98% de água. 

A falta de água limita a produção de saliva, justamente o que ajuda no combate e no controle das bactérias. Em casos mais avançados, esse avanço dos micróbios pode causar problemas como cárie e gengivite. 

“Quando a nossa boca fica desidratada, as bactérias que vivem dentro dela conseguem intensificar a sua atividade, o que causa cheiro desagradável.”  Explica a especialista Bruna Conde.

 

Você já percebeu que o clima frio desfavorece os hábitos de higienização bucal?

A água gelada da torneira não é o melhor estímulo para a boa escovação dos dentes e para a higiene da língua, não é mesmo? 

“Com a higiene negligenciada, ficamos mais vulneráveis a doenças bucais que podem provocar mau hálito, como a gengivite. Sem falar que o frio é a época do ano favorita de algumas doenças que se espalham mais facilmente em ambientes fechados, como a gripe, que também pode auxiliar na alteração do hálito” fala a periodontista Dra. Bruna.

 

O que fazer para evitar esse problema e manter a saúde bucal no inverno?

- Evite o consumo excessivo de alimentos calóricos e ricos em gorduras; 

- Beber de 1 a 2 litros de água por dia é algo imprescindível, pois como já vimos, 98% da saliva é água. No inverno é normal beber menos água e com isso você poderá ficar desidratado. A desidratação leva a boca seca que pode causar maior incidência de cáries, mau hálito e doenças gengivais; 

- Em casos de gripes e resfriados, evitar a automedicação. A melhor opção é procurar um médico;

- Para evitar problemas de boca seca durante o inverno, beba água o dia inteiro, para isso tenha uma garrafa de água o tempo inteiro com você; 

– Não exagere no consumo de bebidas com açúcar e cafeína; 

– A ingestão de bebidas alcoólicas e o fumo secam a boca, o que aumenta a incidência da gengivite e do câncer bucal; 

– Dê preferência aos enxaguantes bucais sem álcool; 

- Procure manter uma dieta saudável e equilibrada. 

Lábios ressecados e rachados são também problemas frequentes durante o inverno. Para evitar que isso aconteça utilize protetores labiais e a ingestão de água também contribuirá para que os lábios permaneçam hidratados.

“Além das dicas citadas, priorize um estilo de vida saudável, inclua bons hábitos de dieta e de higiene oral na sua rotina diária e visite regularmente o seu dentista. Assim você contribuirá para sua saúde geral, além de garantir um sorriso lindo, saudável e livre do mau hálito!” finaliza a Dra. Bruna Conde.

 

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


Saúde do canal auditivo: melhor maneira de mantê-la é evitar introduzir materiais na região para retirar cerume

Erroneamente associado à falta de higiene, o cerume - encontrado nos ouvidos de qualquer pessoa - é alvo sistemático das mais diversas tentativas de limpeza, seja com uso de hastes flexíveis ou com outros instrumentos, como as velas que ganharam repercussão na internet por prometer limpar todo o canal auditivo. Tamanha preocupação faz sentido? Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eloá Lumi Miranda, não.

“O cerume é um produto derivado da ação do próprio corpo e reúne substâncias capazes de prevenir alguns tipos de infecção. Portanto, sua presença não é sinal de sujeira ou de falta de higiene”, conta a médica. “É essencial, por isso, estar atento a evitar produtos que podem criar uma ilusão de limpeza, como é o caso das velas. Quando elas são aplicadas, muito do conteúdo que depois é eliminado são resíduos da própria vela ao invés de cerume”, diz.

Além disso, a aplicação de produtos no canal auditivo pode implicar risco à saúde, provocando desde cicatrizes até, em casos mais graves, a perda permanente da audição. “Independentemente do material que estamos falando, quando introduzido profundamente no canal auditivo, há riscos sérios à audição. Por isso, nem mesmo o uso sistemático de hastes flexíveis é recomendado”, complementa. “Somente em casos de produção excessiva de cerume é indicado o processo de limpeza, no entanto, sempre no consultório e com supervisão médica”, explica a profissional.

Para quem não convive com quadro de produção de cerume em excesso e quer ter certeza de que o ouvido está limpo, a dica é não deixar a região úmida. Para isso, o ideal é, após o banho, ainda com a tolha, secar a área externamente até onde o dedo consegue alcançar. “Nunca introduza nada no canal auditivo na tentativa de limpá-lo. As hastes flexíveis, embora presentes no dia a dia, retiram a oleosidade natural da pele e podem empurrar o cerume para perto do tímpano, machucando. Ou seja, além de não retirar a substância, pode trazer incômodos e consequências mais graves”, conclui.

 


Hospital Edmundo Vasconcelos

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Saiba quais são os mitos e verdades sobre doenças do aparelho digestivo

Apesar das doenças do sistema digestivo serem bastante comuns e popularmente conhecidas, ainda há alguns mitos disseminados sobre elas. O acesso a informações confiáveis faz parte de um processo fundamental de promoção e segurança à saúde.  

O gastroenterologista Dr. Quelson Coelho, membro da Doctoralia, listou alguns mitos e verdades sobre doenças do aparelho digestivo. Confira:

 

A cirrose é causada apenas pelo alcoolismo. 

Dr. Quelson: Mito! Qualquer coisa que machuque o fígado, causando inflamação por alguns anos pode causar a cirrose. Então, além da bebida alcoólica, a gordura no fígado e hepatites virais e outros tipos de doença do órgão podem ter como consequência a cirrose.

 

Leite é um ótimo remédio para curar a gastrite. 

Dr. Quelson: A realidade é que o leite não melhora em nada a gastrite. O que acontece é que quando bebemos algum líquido, não só o leite, e enchemos o nosso estômago, acabamos diluindo o ácido que está presente no estômago e, então, os sintomas da gastrite podem aliviar momentaneamente.

 

A gastrite pode causar úlcera e câncer.  

Dr. Quelson: A gastrite em sua definição é uma inflamação no estômago, e se essa inflamação ficar alguns anos persistindo sem tratamento pode causar uma úlcera no estômago e, em algumas pessoas, pode evoluir para câncer. Quem tem gastrite deve ser bem avaliado e tratado para não agravar o caso.

 

Chicletes e balas são maléficos para o estômago quando se trata da gastrite. 

Dr. Quelson: A mastigação estimula a produção de ácido no estômago e, quando a gente mastiga, o estômago entende que vai chegar algum alimento e por isso ele produz ácido. Quando a gente mastiga chiclete por exemplo, o estômago vai aumentar muita produção de ácido, mas como não vem nenhum alimento esse ácido pode machucar o próprio órgão, podendo inflamá-lo e causar gastrite.

 

A alimentação pode intensificar a gastrite. 

Dr. Quelson: Isso é verdade! Alguns alimentos podem piorar a gastrite ou até mesmo causá-la. Produtos processados, industrializados, muito gordurosos e até mesmo ácidos podem aumentar a inflamação no estômago levando a uma piora da gastrite.

 

Automedicação pode levar à cirrose.  

Dr. Quelson: Verdade! Alguns remédios são maléficos para o fígado e podem causar uma hepatite aguda e, em alguns casos, o uso crônico de medicamento pode causar cirrose no fígado. As pessoas não devem se automedicar e o uso de medicamentos deve ser acompanhado por um médico.

 

A regra dos cinco segundos. 

Dr. Quelson: A regra dos 5 segundos é uma crença que se algum alimento cai no chão e a gente o pega antes dos 5 segundos e assim, não causaria mal nenhum. Isso é um mito, o alimento, assim que ele toca o chão, já pode ser contaminado por vírus e bactérias. O recomendado é nunca ingerir alimentos que caíram no chão.

 

O aumento de peso pode ocasionar o refluxo.  

Dr. Quelson: O peso pode influenciar no refluxo quando há gordura na região abdominal. O refluxo acontece quando o ácido presente no estômago sobe para o esôfago em um momento de pressão na barriga devido ao excesso de gordura na região.

 

Café, álcool e chocolates podem aumentar o refluxo.  

Dr. Quelson: É verdade. Cada um desses alimentos tem substâncias que aumentam a chance de refluxo. O café, por exemplo, tem cafeína; o álcool por si só aumenta o refluxo podendo também causar gastrite; e o chocolate tem gordura, que faz com que aumente a chance de refluxo.

 

O refluxo está relacionado com alguma doença do coração. 

Dr. Quelson: Mito! O refluxo machuca o esôfago, que fica próximo à região do peito. Então a pessoa pode sentir dor no local por causa de refluxo, mas não necessariamente vai estar relacionada com o coração. A dor no peito deve ser avaliada por um especialista para chegar ao diagnóstico assertivo.
 

 Doctoralia


Estudo da Kantar mostra que mais de 1/3 dos lares brasileiros apresentou casos de Covid-19 no 1° trimestre deste ano

LinkQ Covid-19 revela ainda que a maioria do brasileiros mudou hábitos de consumo e permanece evitando aglomerações após a vacinação

 

A pandemia Covid-19  trouxe impactos sem precedentes para os consumidores e as marcas em todo o mundo, acarretando mudanças de comportamento e de consumo que devem ser mantidas no pós-pandemia. O estudo LinkQ Covid-19 da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, realizado em março deste ano, ouviu 3.400 lares brasileiros com a finalidade de mensurar a correlação do avanço da vacinação  e os novos hábitos de consumo adquirido nesses dois anos.

 

Quase todas as pessoas (90%) ouvidas declararam que ao menos um membro da família tomou pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e 35% afirmaram que ao menos um integrante do domicílio teve a doença nos últimos 3 meses. Destes, 10% disseram que todos do lar foram contaminados. A maior concentração das contaminações de pelo menos um integrante do domicílio no primeiro trimestre deste ano se deu nas regiões Norte e Nordeste (31%) e em donas de casa de 40 a 49 anos (27%), em todas as classes sociais.

 



O relatório revelou ainda que, mesmo após a vacinação, 61% ainda sentem medo de contrair a doença e saem apenas para atividades essenciais, como trabalho, escola, médicos e mercado. Quase metade da população (47%) relata que mudou o comportamento de consumo de alimentos dentro do lar durante a pandemia e 53%  alteraram os hábitos de alimentação fora do lar.

 

Quase metade dos brasileiros se mostraram otimistas com a proximidade do fim da pandemia: 46% acreditam que ela esteja perto do fim e que tudo voltará a ser como antes, mas para 57% as mudanças que vieram com a crise sanitária devem permanecer com o término dela. A maioria dos entrevistados (60%) teve a vida financeira afetada negativamente em algum momento da pandemia, enquanto apenas 22% não foram impactados diretamente em termos financeiros e/ou profissionais durante esses dois anos. Os 10% restantes declaram-se neutros.

 

O LinkQ Covid-19 ouviu 3.400 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país durante o mês de março deste ano. A amostra representa 58 milhões de lares do Brasil. 


 

Kantar

www.kantar.com/brazil


Compra do Twitter: negociação acende importância da due diligence como medida estratégica para venda

 É fato que a falta de respaldo jurídico, financeiro e operacional são fatais para qualquer negócio. Independentemente do valuation da empresa e de sua visibilidade no mercado, a união das inteligências legal, financeira e operacional é essencial para atingir a perpetuidade dos negócios e, acima de tudo, para garantir êxito em operações de compra e venda. Esse é o equilíbrio que vem sendo amplamente discutido no processo de aquisição do Twitter, pelo empresário Elon Musk, o qual suspendeu o processo de aquisição da empresa mediante a ausência de informações determinantes para a operação. Nesse sentido, a due diligence, procedimento que visa compreender se os números, contratos e procedimentos referenciados e adotados por uma empresa refletem a sua realidade, bem como suas potencialidades e riscos para o futuro no curto e longo prazo, se mostra determinante.

Com mais de 1.3 milhões de contas cadastradas, segundo dados da própria rede social, a plataforma entrou no radar do renomado empreendedor, considerado como o homem mais rico do mundo, para integrar sua extensa rede de negócios. Mesmo diante do claro interesse, a falta de prova negativa como garantia de que menos de 5% das contas criadas são falsas, está gerando imenso impasse na negociação e, a consequente discussão internacional perante os próximos passos do caso.

Todo investidor exige uma segurança jurídica e financeira ao integrar ou adquirir um negócio, o que se demonstra por meio de documentos que esclareçam a sua receita perante clientes e parceiros, seu fluxo de caixa, custos da operação como folha de pagamento, endividamento perante bancos, entre tantas outras informações complementares e estratégicas para o bom funcionamento do negócio. A visibilidade destas operações, em sua maior realidade possível, se torna extremamente importante para uma maior clareza aos investidores, reduzindo riscos de contingência e acelerando processos que podem ser entravados por inconsistências de dados ou informações. Por esse motivo, a due diligence se faz tão necessária.

O procedimento, que deve ocorrer de forma periódica e não somente diante de processos de M&A – sigla em inglês para Mergers and Acquisitions, que significa fusões e aquisições, é fundamental para garantir a legitimidade das informações prestadas ao mercado. Afinal, toda empresa, independentemente de porte ou segmento, é um conjunto de entrada de receitas e despesas, valorização de ativos, e muitos outros fatores que definem o seu valor de mercado. Por isso, é preciso construir bases sólidas, com dados que sejam constantemente verificados, checados e quando necessário, auditados, para evitar incongruências que possam comprometer as suas operações como um todo.

Por meio desta análise prévia sobre todos os âmbitos da organização, é possível não apenas desenvolver um olhar mais claro sobre as operações internas e trazer essa objetividade ao investidor, mas também prever cenários favoráveis para o futuro da empresa. Nas operações de compra e venda, a due diligence é ainda mais determinante, garantindo que todos os envolvidos consigam, de forma objetiva e pela materialidade, estarem seguros se devem ou não seguir com o procedimento de compra e, em caso positivo, quais as condições para o pagamento do preço acordado.

Quando não há clareza e confiança sobre as informações em questão, fatalmente a operação não será bem sucedida, podendo ainda, retardar o processo de venda se a empresa tiver a sua credibilidade afetada –  o que pode acontecer se as informações forem divulgadas ao mercado, nestas circunstâncias.

Diante de tamanha complexidade, a necessidade de uma due diligence recorrente e executada por profissionais de alto nível técnico, é essencial. Importante ainda adicionar à esta equação que, em toda operação de M&A, há sempre muita emoção envolvida  – seja pela parte do vendedor, que tem um vínculo com a história do negócio, quanto do comprador, que tem suas ambições e planos para sua nova gestão na empresa. Para o  sucesso desta operação, há necessidade de precisão desse procedimento para garantir um resultado positivo para ambos os interessados.

 


Thais Cordero - advogada e líder da área societária do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br/pt

 

Mulheres em cargos de liderança: onde a maternidade e a carreira se cruzam?


Há não muito tempo comentei nesta coluna como a igualdade de gênero no mercado de trabalho tem se mostrado ainda mais fundamental nos últimos anos, visto que a pandemia evidenciou -- o que convenhamos já era óbvio -- que foram as mulheres que mais acumularam tarefas com a reconfiguração dos modelos de trabalho, tendo que lidar com os cuidados em casa, com filhos, idosos e outros parentes, assim como grande parte dos afazeres domésticos e, claro, ser uma exímia profissional. 

Além da disparidade salarial entre os gêneros, da falta de planos de carreira para o sexo feminino e do acúmulo de funções que certamente impactam o nosso desempenho, também nos deparamos com os desafios da maternidade na vida e na carreira das mulheres. A jornada dupla de mãe e profissional é algo que permeia e aflige o imaginário de muitas colegas. Por vezes, somos colocadas em posição de escolher entre um e outro, uma vez que para muitos não há possibilidade de desempenhar as duas funções de forma plenamente satisfatória. 

E o resultado desse cenário? Apenas 54,6% das mães de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos em casa estão empregadas, segundo o estudo Estatísticas de Gênero, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado. Outro levantamento, este da Catho, destaca que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos, enquanto que entre os homens, essa proporção é quatro vezes menor, de 7%. 

Por mais que a sociedade tenha evoluído para garantir que mulheres tivessem mais direitos, como a licença-maternidade remunerada, o proibimento da demissão durante o período gestacional, assistência médica e sanitária às gestantes, fica claro que ainda não é o suficiente. Sem contar que alguns desses avanços, muitas vezes, não funcionam na prática, já que pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 50% das trabalhadoras que tiram licença-maternidade são demitidas em aproximadamente 24 meses. 

Assim como falei em meu texto publicado em março, as empresas têm um papel fundamental para nos ajudar a mudar este cenário. Como? Alçando mulheres com esse perfil a cargos de liderança, e digo isso por experiência própria. Até a minha chegada na eNotas em 2020, não havia mulheres em cargos de liderança e menos ainda mulheres com filhos. É difícil para qualquer gestão entender como lidar com esse perfil de colaborador se não há nenhum em seu time. 

Por mais que gestores tranquilizem as funcionárias que vão lidar com a maternidade, algumas mães ainda se sentem pressionadas e, a meu ver, isso se dá por uma questão cultural, pois nesses casos mesmo que as pessoas reforcem nossas capacidades, nos cobramos não apenas no trabalho, mas também em casa. Tudo tem de ser impecável, filhos, casa, trabalho, todos perfeitos. 

Assim que assumi à frente do departamento de Marketing, fiz questão de levantar essa bandeira e mostrar o quanto perdemos ao deixar mulheres de fora do nosso radar, em especial às que lidam com a maternidade, que traz responsabilidades e competências que podem e devem ser melhor aproveitadas pelas empresas. Estar em um cargo de liderança implica em muitas questões, entre elas garantir que o ambiente de trabalho seja diverso, justo e receptivo para todos os colaboradores -- Empatia é a palavra. E, para colocar-se no lugar do outro, compreender sua realidade, dificuldades e propor melhorias, precisamos estar minimamente por dentro dessa realidade. 

Hoje, entre nossas colaboradoras, temos 11 mães e três gestantes, e ainda há um longo caminho a percorrer. Contudo, acredito que estamos no percurso certo, já que passamos a atrair e reter talentos com esse perfil. Para garantir a permanência dessas colaboradoras, algumas ações foram essenciais, como oferecer auxílio creche, licença-maternidade estendida e flexibilidade no trabalho, sejam opções de trabalho remoto ou flexibilidade de horário. Esses são fatores que fizeram e fazem a diferença para nós e que, sem sombra de dúvidas, serão bem recebidos na sua empresa.


 

Daniella Doyle - head de Marketing da eNotas. Graduada em Jornalismo e também em Publicidade e Propaganda pela PUC Minas.


Migrar dados para a nuvem não é simplesmente fazer um plugin

Conheça 5 etapas comuns a todos os tipos de migração para cloud


A estratégia das empresas para modernizar as aplicações e migrar para uma ou mais nuvens veio para ficar. Aliás, passou a ser tratada como uma questão de sobrevivência e de vantagem competitiva nas mais variadas indústrias. Ao adotar o modelo de cloud, as organizações buscam aumentar produtividade e eficiência.

Você mesmo deve ter ouvido que os dados são o novo petróleo do mundo, que as empresas que desejam sobreviver na nova economia precisam estar orientadas a dados, ou seja, desenvolver o que chamamos de cultura data-driven. Seguindo esta premissa, a informação tornou-se o maior ativo de uma empresa, que, por sua vez, precisa saber entender os dados para extrair os principais insights para seu negócio. Com a informação certa, no lugar certo, a vantagem competitiva das empresas passa a ser gigante.

Neste contexto, há uma pergunta que sempre me fazem: Quando você migra para uma ou mais nuvens, seus dados também devem migrar? A resposta é sim, principalmente se sua indústria permite a alteração sem grandes travas de compliance. Outro questionamento comum em reuniões com clientes: A migração é tão simples como copiar os dados dos sistemas on-premise e “colar na nuvem”? Neste caso, a resposta é um pouco mais complexa.

A migração dos dados pode ser feita de várias formas. Porém, algumas etapas são comuns a todas elas:

  • Saber se já existe uma boa governança de dados. Essa informação pode permitir um melhor ou pior mapeamento das informações que sua empresa tem, e quais delas devem ser migradas ou abandonadas. Isso significa que o mapeamento dos dados é primordial na estratégia de uma organização que queira se transformar em data-driven;
  • Definir que nuvem (ou nuvens) você vai escolher. Sua decisão pode ser baseada em vários fatores, entre eles o investimento;
  • O próximo passo é desenhar uma arquitetura de dados que funcione bem para o que sua empresa deseja fazer com eles;
  • Realizar a migração dos dados propriamente dita;
  •  Por último e não menos importante, revisar os dados e realizar melhorias contínuas, desde a revisão de ETLs (extração, transformação e carregamento das informações) até a reorientação das fontes dos dados.

Hoje, a demanda pela migração de dados para a nuvem tem crescido em empresas de diversos tamanhos e segmentos. Um dos maiores grupos varejistas do Brasil escolheu, por exemplo, a Azure como sua principal nuvem, dividindo o processo em duas ondas. Na primeira delas, os dados foram levados do jeito que estavam. Na segunda, toda a arquitetura de dados foi revisada quando as informações já estavam na nuvem. O objetivo foi adaptá-las para o novo contexto de cloud.

Já em uma startup da área de telecomunicações nativa digital, toda sua arquitetura de dados foi pensada e construída para funcionar em nuvem. Nosso papel foi sugerir melhorias para a democratização dos dados, que é justamente a possibilidade de todas as áreas da empresa acessarem as informações no modelo “self-service”, ou seja, sem entrarem nas filas da área de dados ou do departamento de TI para montarem seus dashboards descritivos ou rodarem modelos preditivos ou prescritivos.

Alguns passos são comuns, outros mais específicos considerando a estratégia de cada empresa. Mas se a decisão for mesmo pela migração dos dados para a nuvem, é importante que as corporações busquem bons provedores de cloud do mercado e estabeleçam com eles parcerias estratégicas para que o processo ocorra de maneira fluida.

A decisão de uma empresa por fazer a migração sozinha ou em parceria com uma equipe experiente e flexível pode fazer toda a diferença na construção de uma jornada mais eficiente e lucrativa. Afinal, colocar dados a serviço do negócio não é como instalar um plugin: depende do fator humano e da decisão das lideranças de colocar o uso de dados no centro da tomada de decisão.

 

Danielle Franklin - diretora comercial da Scala, empresa do Grupo Stefanini com foco na implantação de abordagens tecnológicas que exigem alto grau de especialização em negócios, como Analytics, Inteligência Artificial, Hiperautomação, Integração e Cloud.


Quantidade de brasileiros que se tornaram cidadãos americanos bate recorde em 2021

Emissões de green card também aumentam e atingem segundo maior patamar da história



A quantidade de brasileiros que se tornaram cidadãos dos Estados Unidos bateu recorde no ano fiscal de 2021. Foram 12.281 pessoas recebendo a naturalização americana – o maior número da história e 47,5% superior a 2020 (8.323). Os dados são de um levantamento realizado pelo escritório de advocacia AG Immigration junto ao Departamento de Segurança Interna do país.

 

Com isso, o Brasil ficou em 15º lugar entre os países que mais requisitaram a cidadania dos EUA. México, Índia, Filipinas, Cuba e China ocuparam as primeiras colocações.

 

Antes de 2021, o ano que registrava o recorde de brasileiros tornando-se cidadãos americanos era o de 2018, com 10.538 naturalizações concedidas a migrantes do País.

 

Green cards: segundo maior número da história

Os dados analisados pela AG Immigration também revelaram que o Brasil foi o 8º país que mais recebeu green cards no ano fiscal americano de 2021. Foram 17.952 emissões do documento, que garante o direito de morar e trabalhar permanentemente nos EUA. Trata-se de um aumento de 7,2% sobre 2020 (16.746) e o segundo maior número da história.

 

De acordo com os dados, 740 mil estrangeiros receberam o green card no ano fiscal de 2021 – aumento de 4,6% sobre o mesmo período anterior. Com isso, o Brasil respondeu por 2,4% do total de emissões do documento.

 

O levantamento aponta que o país ficou atrás de México, Índia, China, Filipinas, República Dominicana, Cuba e El Salvador. Vietnã e Canadá completam as dez primeiras colocações, que juntas respondem por 52,7% dos green cards emitidos no ano.

 

Para Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, a tendência é de que o Brasil alcance, nos próximos anos, as cinco nações que mais recebem o green card. “Temos observado uma curva crescente no interesse do brasileiro pelos EUA. E com uma mudança drástica no perfil. Se antes, nas décadas de 1980 e 1990, eles vinham para cá para ocupar os chamados subempregos, agora temos visto uma fuga de cérebros, com mestres e doutores migrando para os principais centros”, diz Costa, que mora na Flórida e é especialista em mercado de trabalho americano.

 

O ano fiscal é a forma mais comum que o governo dos EUA utiliza para definir orçamentos e, consequentemente, para apresentar resultados dos órgãos públicos e das ações governamentais. Trata-se de um período que começa sempre em 1º de outubro de um ano e termina em 30 de setembro do ano seguinte. O ano fiscal de 2021, portanto, vai de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021.


 

Novo recorde em 2022


A emissão de green cards para brasileiros ao longo do ano fiscal de 2021 cresceu gradativamente. No último trimestre, foram 5.859 autorizações. Se este patamar se mantiver ao longo de 2022, o país facilmente baterá o recorde de green cards recebidos em um único ano, que é de 19.825, em 2019.

 

A tendência, segundo Costa, indica um movimento de fuga de cérebros brasileiros para os EUA, assim como para outros países que vêm adotando amplas políticas imigratórias, como o Canadá.

 

“As barreiras globais estão cada vez menores, especialmente para quem tem habilidades acima da média e diplomas de pós-graduação, sobretudo, das áreas de saúde, engenharia, computação, matemática e ciências em geral”, observa o executivo.

 

Brasileiros que se tornaram cidadãos americanos

ANO QUANTIDADE

2021 12.281

2020 8.323

2019 10.451

2018 10.538

2017 9.701

2016 10.268

2015 10.516

2014 8.625

2013 9.565

2012 9.884

2011 10.251

2010 8.867

 

Brasileiros que receberam o green card

ANO QUANTIDADE

2021 17.952

2020 16.746

2019 19.825

2018 15.394

2017 14.989

2016 13.812

2015 11.424

2014 10.429

2013 11.033

2012 11.441

2011 11.763

2010 12.258

2009 14.428

2008 11.813

2007 13.546

2006 17.741

2005 16.329

 

 

Felipe Alexandre - Advogado de imigração da AG Immigration

 

AG Immigration 

 www.agimmigration.law 

 

Anatel registra mais de 1000 reclamações de serviços de internet

Caso a operadora não esteja cumprindo o proposto o consumidor pode entrar na justiça, explica Rafael Brasil 

 

A Anatel registrou mais de 1000 reclamações dos serviços de internet prestados prestados pelas operadoras de telefonia nos quatro primeiros meses de 2022. 1087 reclamações foram feitas a respeito de banda larga fixa, já outras 204 foram com relação a internet móvel de aparelhos celulares pré pago ou pós pago. 

 

O advogado trabalhista Rafael Brasil defende que o consumidor que esteja com uma situação de precariedade no fornecimento de internet deve fazer a reclamação e fazer valer os direitos. 

 

Rafael conta que  as operadoras costumam responder às reclamações de maneira mais rápida e mais célere via Anatel e explica o passo a passo que deve ser realizado para registrar uma reclamação na agência. 

 

“O primeiro passo é registrar uma reclamação diretamente na operadora e é muito importante anotar todos os números de protocolo. Depois disso, ele pode registrar uma reclamação na Anatel e nesse caso será preciso informar os números de protocolo que foram anotados anteriormente.” 

 

Rafael também explica que caso os consumidores não não tenham uma resposta da operadora e não estejam satisfeitos com os serviços que estão sendo prestados podem romper o contrato, mas com algumas observações. 

 

“Caso o serviço não seja restabelecido poderá romper o contrato por culpa do fornecedor sem prejuízos e sem arcar com possíveis multas de fidelidade. Caso ele tenha sofrido algum transtorno ou algum prejuízo financeiro ou algum transtorno a nível moral ele deverá procurar um advogado ou uma advogada de confiança para ingressar com uma ação judicial.”

 

Além da reclamação feita na própria operadora e na Anatel, o consumidor ainda tem como outra alternativa a plataforma do consumidor.gov.br, que é uma plataforma do governo federal criada para registrar esse tipo de reclamação.


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