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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Voicebot: como a inteligência artificial fortalece o atendimento ao cliente?

 Garantir um atendimento próximo e assertivo é um desafio constante no mundo corporativo. É preciso buscar sempre por alternativas que tragam a melhor experiência possível, através de uma comunicação personalizada, veloz e eficiente. Dentre todos os mecanismos disponíveis no mercado, o agente virtual de voz, que é um voicebot, é, sem dúvidas, um instrumento poderoso a ser investido pelas empresas.

Altamente beneficiado pelos avanços tecnológicos, envolto em inteligência artificial, o desenvolvimento de agentes de voz humanoides já se tornou uma realidade no universo corporativo. Programados para resolver as dúvidas mais presentes dos consumidores, trazem em sua essência uma objetividade extremamente importante para a satisfação dos clientes.


Quais os benefícios do agente virtual de voz para o atendimento ao cliente?

A facilidade e agilidade em solucionar uma demanda são fatores cruciais valorizados pelos usuários. Quando resolvidos com eficácia, a credibilidade na marca e a confiança em seu atendimento se tornam imensamente favorecidos, fazendo com que os clientes se sintam seguros para tirar dúvidas sobre os produtos ofertados, renegociar dívidas, ou qualquer outra solicitação.

Todos esses ganhos podem, ainda, ser conquistados via um excelente custo-benefício – levando em consideração a superação dos gastos de um atendente humano quando comparado com o agente virtual de voz. Mesmo se tratando de um recurso tecnológico, a qualidade na conversação permanece elevada, contribuindo para uma satisfação de relacionamento que, quando não correspondida, pode ocasionar em sérios problemas para a reputação da empresa.

Em um relatório divulgado pelo New Voice Media, cerca de 74% dos clientes afirmam que deixam de procurar pela marca novamente caso tenham uma experiência negativa.  Financeiramente, o estudo identificou uma média de US$ 62 bilhões de prejuízos anualmente, em casos de atendimentos ineficazes. Quanto mais precisa, clara e direcionada for a comunicação e informação ao público-alvo, melhor será sua performance no mercado – demandas que esta tecnologia pode, sem dúvidas, sanar com grande assertividade.


Como implementar o agente virtual de voz?

Migrar do atendimento 100% humano para o de voz não é fácil – tanto para as empresas quanto para seus clientes, que já estavam acostumados a conversar com um profissional para atender suas necessidades. Toda mudança exige um período de adaptação, e o mesmo ocorrerá com a implementação do agente virtual de voz.

Contar com o apoio de uma equipe especializada no ramo será fundamental. A tecnologia precisa ser adaptada para cada negócio, conforme seu segmento de atuação, metas e exigências de seus consumidores. Por isso, estes profissionais deverão compreender a fundo cada um desses pontos, criando um fluxo aderente ao seu público-alvo.

Uma vez entregue, o ciclo de operação deve continuar sendo aprimorado constantemente, em prol de uma entrega de atendimento mais personalizado possível. A companhia deve sempre acompanhar as tendências de seu mercado, o que está sendo exigido e, atualizar o agente virtual de voz para que acompanhe os pedidos de seus consumidores.

Mesmo diante da intensa popularidade dos canais de atendimento por mensageria, o agente virtual de voz se torna uma ótima solução para agilizar e otimizar a resolução de inúmeras dúvidas dos consumidores. Para aqueles que querem finalizar a comunicação em outra plataforma, as empresas podem conciliá-lo com outros canais de atendimento, permitindo que o usuário escolha aquele que lhe for mais confortável.

Vale ressaltar que, até hoje, a voz é um dos meios de comunicação mais inclusivos do mercado, capaz de abordar a maior parte do público com maior desempenho do que diversas outras ferramentas. Sempre vise implementar soluções que tragam um fluxo permanente e amigável na conversa, priorizando uma experiência excepcional – assim, seu cliente, certamente, lembrará e recomendará sua marca para futuras compras.


Leonardo Coelho - Head de Customer Sucess e Product Manager do Voice Bot na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Auxílio-maternidade é um direito de toda a família

Benefício possibilita o fortalecimento do vínculo familiar e pode ser solicitado por todas as mulheres contribuintes


Representando mais de 10% dos benefícios oferecidos pela Previdência Social em 2021, o auxílio-maternidade é um direito cada vez mais abrangente que, mesmo a passos lentos, avança no sentido de oferecer ainda mais estabilidade à família brasileira. Porém, a obtenção do benefício ainda gera muitas dúvidas entre as beneficiárias, sejam elas empregadas ou autônomas. 

Segundo a advogada previdenciária, Tatyane Portes Lantier, as conquistas com relação ao benefício têm relação direta com a tomada de consciência de que ter um tempo remunerado faz muita diferença na criação do vínculo mãe/pai/filho. “O auxílio maternidade abrange dois direitos complementares: a licença-maternidade e o salário-maternidade, ambos concedidos para a pessoa que precisa de afastar do trabalho devido ao nascimento de filho(a), adoção ou guarda judicial, feto natimorto ou abordo espontâneo. E apesar do benefício ser direcionado para mulheres gestantes ou adotantes, também pode ser solicitado por homens, em caso de falecimento da mãe ou adoção homoafetiva”, explica.

A forma de solicitação do auxílio vai depender se a pessoa tem vínculo empregatício ou não, pois as regras são diferentes para quem tem carteira assinada e para quem não tem. Para aquelas que se enquadram nas regras da CLT, basta apresentar um atestado médico ao RH ou ao empregador, confirmando a data prevista para o nascimento. Nessa regra a mãe tem direito a 120 dias de benefício, ganhando durante esse período um salário mensal de forma  integral. “Nestes casos a empresa é responsável por avisar o INSS sobre o benefício e pelo pagamento à beneficiária, sendo, posteriormente, reembolsada pela previdência social”. A empregada também pode solicitar a prorrogação da licença-maternidade caso a empresa empregadora tenha aderido ao programa Empresa Cidadã. Nesse caso a beneficiária pode ter até 6 meses de licença.

Também têm direito ao auxílio-maternidade pessoas que fazem contribuições diretas ao INSS, como, por exemplo, as autônomas. “No caso de pessoas sem carteira assinada existe uma carência de 10 meses para a obtenção do direito. Isso quer dizer que a profissional precisa estar em dia com suas contribuições antes de ter ciência da gravidez, caso contrário não haverá tempo hábil até o nascimento do bebê”, completa Tatyane.

Uma vez que as contribuições estejam em dia, a beneficiária deve fazer a solicitação junto ao INSS. O tempo para o benefício sair pode variar entre 20 dias a um mês, a depender da região onde a beneficiária se encontre, sendo que o pagamento pode acontecer em parcelas ou num montante retroativo. “Caso o pedido tenha sido feito no período de quatro meses após o parto, a pessoa receberá o valor mensalmente por 120 dias, caso ela faça a solicitação depois disso, o valor recebido será integral. Lembrando que a mulher pode solicitar o auxílio-maternidade até cinco anos após o parto”. Já acerca dos valores a que a beneficiária tem direito, Tatyane explica que eles podem variar entre um salário-mínimo e o teto do INSS, a depender do valor da contribuição que a profissional fez nos últimos 12 meses. “Por isso é muito importante que a beneficiária tente fazer um planejamento antes de engravidar, pois dessa forma ela tem a possibilidade de garantir uma quantia adequada e que realmente cubra os gastos”, finaliza. 

 

Tatyane Portes Lantier - advogada especializada em direito previdenciário e direito constitucional e atua como advogada há mais de 20 anos, ajudando pessoas de todo o Brasil a garantirem os seus direitos.


O que considerar ao escolher seu próximo emprego?

Não houve uma única empresa que não adequou seu modelo de negócios durante a pandemia. Importantes processos que, timidamente são discutidos há anos, foram impulsionados durante o isolamento social, abrindo portas para novos critérios de seletividade de vagas e valorização de benefícios complementares – que superam até mesmo o salário ofertado. Dentre tantos requisitos, a escolha do seu futuro emprego deverá ser pautada em uma análise criteriosa e balanceada entre vários pontos.

Obviamente, todos queremos ser recompensados financeiramente por nossos esforços no trabalho. Mas, de nada adianta focarmos apenas no nosso desenvolvimento e crescimento pessoal, se deixarmos de lado o tempo para descansarmos e termos uma melhor qualidade de vida. As progressões de cargo e maiores remunerações logo perderam espaço para um maior desejo pela flexibilidade na jornada, metas mais bem definidas e, acima de tudo, lideranças inspiradoras que estimulem o desenvolvimento constante.

Como prova dessa nova busca, uma pesquisa feita pelo LinkedIn identificou que 78% dos profissionais confirmam que a pandemia despertou seus interesses por mais flexibilidade no trabalho. Ainda, cerca de 30% afirmaram que deixaram seus empregos pela falta de políticas flexíveis e, quase 40% já consideraram essa possibilidade em algum momento de suas carreiras. Um grande alerta para os empregadores.

A ascensão do home-office foi um tremendo contribuinte para esse crescente desejo. Sendo implementado por grande parte do mundo corporativo durante a pandemia, mostrou a possibilidade de profissionais manterem seu desempenho excepcional mesmo à distância, sem prejuízos em sua produtividade ou qualidade do trabalho. Não à toa, cerca de 58% dos brasileiros preferem mudar para o trabalho híbrido ou totalmente remoto neste ano, segundo um estudo feito pela Microsoft.

Toda mudança traz desafios de adaptação para a empresa e os funcionários – mas, com disciplina e organização diárias, é possível se adequar perfeitamente, indo ao encontro destes novos anseios dos profissionais e conseguindo atrair os melhores talentos do mercado para impulsionar um negócio.

Ao iniciar esse estudo, é importante compreender a fundo os reais motivadores destas mudanças, assim como se os desejos dos candidatos estão de acordo com as aspirações da empresa. Em momentos de aquecimento extremo do mercado, um match perfeito entre estes perfis será um grande passo na escolha pelo emprego ideal.

Muitos profissionais estão mudando de emprego em alta velocidade atualmente – atraídos pela possibilidade de benefícios mais flexíveis, oportunidades de crescimento e viabilidade de terem mais qualidade de vida. Mesmo se tratando de um desejo compreensível, tantos benefícios podem até soar como algo negativo para a empresa que o está avaliando. Por isso, é importante compreender exatamente o que a empresa está buscando, a fim de encontrar um alinhamento adequado entre as partes.

Toda companhia necessita de um grupo de pessoas convergindo para um mesmo objetivo e propósito, o que torna este entendimento fundamental em todo processo seletivo. É preciso encontrar o profissional mais preparado e que agregará valor para a companhia, trazendo crescimento e desenvolvimento para ambos no médio e longo prazo.

E, se de um lado a empresa precisa oferecer mais flexibilidade, por outro, os profissionais também precisam fazer por merecer. Aqueles que buscam especialização, cursos e experiências para complementar sua área de atuação, têm cada vez mais se destacado por sua amplitude de conhecimento e visão de negócio. O mais importante é buscar um equilíbrio entre as partes, deixando as expectativas bem alinhadas. Assim, ficará mais fácil encontrar seu próximo emprego.

 

Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/


EDUCAÇÃO DO FUTURO

 O avanço das tecnologias e as mudanças na educação brasileira, como a adoção do novo ensino médio, estimulam a escola do protagonismo real 


O ensino repetitivo, muitas vezes, baseado na memorização de conteúdos está com os dias contados. Afinal, o avanço das tecnologias, cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, como a inteligência artificial, a internet das coisas e os algoritmos, passarão a ser responsáveis por fazer as funções reprodutivas. A tendência, segundo o diretor executivo das unidades escolares do grupo Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi, é que a escola incentive a capacidade de criar dos estudantes, bem como de resolver situações-problemas. Isso ocorre quando o aluno está “colocando a mão na massa” no ensino e não apenas reproduzindo aquilo que é solicitado pelo professor em sala de aula.

Nesse contexto, ao professor está reservada a expressiva responsabilidade de gerir os processos de ensino e implementar o planejamento focado na intencionalidade pedagógica, que prioriza resultados relacionados ao desenvolvimento de capacidades cognitivas e socioemocionais.

“A mudança de ator central na escola se estabelece quando o estudante tem a possibilidade de desenvolver algo que se dá a partir do seu interesse e pode participar ativamente do processo de tomada de decisão”, sublinha Raggazzi, que apresentou a palestra “Atestado de Óbito da Escola Professoral e Certidão de Nascimento da Escola do Protagonismo Real”, durante a Bett Brasil 2022 – maior evento de educação e tecnologia da América Latina, realizado este mês, em São Paulo.

Além do impacto da tecnologia, as mudanças na educação brasileira, com a adoção do novo ensino médio, estimulam a escola do protagonismo real do estudante. Entretanto, ainda há entraves, um deles é que os exames de acesso ao ensino superior primam pelos conteúdos e não pelas habilidades. “Na hora que o estudante vai fazer o Enem e também os vestibulares, eles são avaliados pelo conhecimento que eles possuem, que muitas vezes, é um conhecimento mecânico, reprodutivo”, observa.

 

Marcos Ragazzi - diretor executivo das unidades escolares do grupo Bernoulli Educação.


Por que ESG é para todos (até para pequenos negócios)?

Em tempos de consumidor consciente e em busca de propósito, o especialista em governança Luiz Fernando Lucas mostra como aplicar esse conceito no dia a dia da empresa faz toda a diferença

 

Mesmo estando na pauta principal das grandes empresas e fundos de investimento no mercado financeiro, o ESG, sigla em inglês que está na moda e significa ambiental, social e governança ou, em resumo, sustentabilidade empresarial, hoje faz toda a diferença para qualquer negócio - o que inclui micro, pequenos e até empreendedores individuais.

E isso não depende de gastos exorbitantes com consultorias nem com áreas jurídicas para adaptar a empresa ao mercado, mas sim de mudança de consciência e atitude na cultura da empresa – e que no caso da pequena, é mais fácil ainda pois é centrada na figura do dono, do líder, do fundador, segundo Luiz Fernando Lucas, consultor especializado em governança, compliance e ESG.

Para entender um pouco mais sobre como os pequenos negócios podem aplicar ESG na prática, leia a seguir a entrevista com o especialista, advogado com MBA em Gestão e Marketing e extensão na Kogod Business School, da American University de Washington, e autor do livro "A Era da Integridade" (Ed.Gente). 

 

Os conceitos ESG estão na moda. Faz sentido o pequeno negócio aplicá-los no dia a dia da empresa? 

Há uma confusão no mercado de que ESG seja um modelo de negócio, uma ferramenta de gestão. ESG é uma filosofia de vida, um jeito de fazer as coisas. Não existe ESG sem uma liderança consciente.

Dado esse preâmbulo, o conceito cabe para qualquer empresa. Talvez para uma pequena empresa não seja viável nem faça sentido fazer relatório de sustentabilidade ou social, porque o que ela gastaria para dizer o que faz, talvez fosse maior do que ela consegue fazer.

Vamos pelas siglas: a Governança, por exemplo, faz sentido para qualquer empresa. As startups começaram a entender que, para poder escalar, crescer, é preciso ter governança. Faz sentido ter um conselho consultivo, faz sentido trazer esses conceitos para o dia a dia.

Quanto ao Social e Ambiental, arrisco dizer que, se as grandes empresas estão fazendo isso de maneira organizada e com volume maior, as pequenas empresas, pela minha experiência prática, já fazem isso conectadas com a família, com o bairro, com o cliente que ela conhece pelo nome.

Então, é muito possível aplicar ESG para uma pequena empresa se for encarado como uma filosofia de negócio, de vida e de consciência humana. 

 

Hoje os consumidores querem uma empresa com propósito, uma marca que não agrida o meio ambiente, que trate bem os funcionários... Explique como essa questão de consciência pode fazer sentido para um pequeno empreendedor?  

Se o empreendedor tiver propósito de causar algum impacto positivo na vida das pessoas, fará ainda mais sentido para ele do que pagar contas e viver daquilo.

Mesmo que seja um empresário individual numa microempresa, se tiver governança, métodos que tragam transparência e clareza na gestão que ele possa mostrar para qualquer pessoa, a empresa dele tem maior chance de sobrevivência, de sucesso. 

Até agora, falei do ponto de vista do ser humano consciente do seu papel. Mas tem o da inteligência também. Se uma empresa começa com governança, fazendo seu negócio, produto ou serviço respeitar, proteger e contribuir para o meio ambiente e, além de lucrar, ajude as pessoas do bairro, da comunidade, vai ter um monte de gente querendo que ela cresça.

 

Ou seja: aquele conselho de mudar o tal do mindset faz toda a diferença.

Isso. Índices e pesquisas mostram que empresas listadas na B3 (bolsa de valores), que possuem ESG, têm mais lucro, mais longevidade e crescem mais do que as que não têm. Então, se não é por consciência, e sim por inteligência, a chance de se tornar uma empresa de médio e até grande porte é muito maior.

E num terceiro nível, se não por consciência nem por inteligência, direi que é por necessidade, para sobreviver no mundo de hoje. Os consumidores estão atentos, a comunidade está atenta, as pessoas não querem mais um produto que polua o meio ambiente, desrespeite as pessoas... ou então essa empresa, mesmo pequena, vai causar uma crise de imagem, ninguém vai querer trabalhar lá.

Fazer o certo é o único jeito de dar certo, então adotar ESG como filosofia de negócio faz com que empresas de pequeno porte, por menores que sejam as ações e intenções e capacidades de realizar, têm de entender que ESG não é algo a mais para fazer, mas uma forma de escolher fazer as coisas.

 

Uma das grandes preocupações dos pequenos negócios são os custos. Dá para adotar práticas ESG sem grandes interferências no caixa? 

Antes de ser um assunto para consultorias que estão oferecendo serviços, modelos, implementações, relatórios, por mais que seja necessário para uma grande empresa que vai por essa linha jurídica, de criar políticas de compliance, vale lembrar que o ESG é uma sigla nova, mas os conceitos são antigos.

Antes de consultoria e do jurídico, ESG é cultura, cultura de valores, de desenvolvimento de pessoas, de líderes, de tratar de pessoas e lideranças de maneira consciente, fazendo tudo dentro desses princípios. E aí eu acrescento o compliance, que é estar dentro das regras e leis, para levar para a integridade de uma empresa. Ou seja, tudo no negócio dele pode ter ESG.

 

O senhor pode dar um exemplo prático? 

O papel do empreendedor, dentro dos conceitos ESG, é conhecer fornecedores, a cadeia produtiva, as necessidades dos seus prestadores de serviços e dos seus funcionários, fazer seu produto, marketing e gestão serem o mais sustentável possível do ponto de vista ambiental, social e de governança. 

Há um grande equívoco quando pessoas tentam rotular ESG como ação social ou voltada ao meio ambiente. Não, isso são ações externas da empresa que somam ao ESG, lá no âmago do negócio.

Porque, infelizmente, há empresas que ganham prêmios, publicam relatórios mas, na prática, as pessoas não querem trabalhar lá, há um turnover horroroso, vai nos “Reclame Aqui da vida”, na ANS ou em outros órgãos reguladores e vê um monte de reclamação, ou tem um monte de processos no Judiciário. 

De que adianta ter ESG por fazer ação para o meio ambiente ou de caridade para os outros verem, se seu próprio negócio não respeita nem o meio ambiente nem as pessoas?

 

Tem de tomar cuidado para não incorrer em greenwashing (falsa aparência de sustentabilidade), certo?

Isso. A grande pauta que tenho trazido, repito, é que ESG é cultura, é desenvolvimento de pessoas, de lideranças conscientes. Porque aí tudo o que eu for fazer vai ter como pauta o ESG, e não algo que faço só para mostrar para o mercado e valorizar minha empresa. 

Porque tem gente que é desonesta por natureza. O indivíduo comanda o negócio dele naquela base não porque tem valores, mas porque é obrigado, paga impostos quando exigem... Mas, na prática, faz tudo errado. O problema é o ESG ou a forma desse líder encarar o mundo?

Se o empreendedor tem integridade, consciência do seu papel no mundo, não vai tirar nota fiscal e pagar seus impostos porque alguém obrigou, é porque ele não vê sentido em não fazer assim.

E na pequena empresa isso é muito mais evidente. A grande tem departamentos, gente, estrutura, normalmente está no mercado, tem um grande capital financeiro e intelectual e know how para fazer... Então aquilo passa a ser um processo, uma área, um pedaço de um todo. Já na pequena, o que faz diferença é a cabeça do líder, do dono, do fundador ter ESG como cultura de valores.

 

O senhor pode dar exemplos de pequenos negócios que já aplicam conceitos ESG? 

Tem uma empresa de chocolates chamada AMMA, que nasceu para proteger os produtores de cacau e que tem responsabilidade ambiental com a cadeia de produção. E pequenos restaurantes em São Paulo, como a Enoteca Saint VinSaint (de vinhos veganos e artesanais).

Ou o Banana Verde, cujos donos sabem tudo o que vai no prato: quem é o produtor de cada alface, onde moram, sua família. Ou seja, são exemplos tangíveis de locais em que não há um produto que não tenha uma história de respeito às pessoas e ao meio ambiente por trás.

 

Hoje tem até fundos de investimento ESG. Dá para dizer então que quem não mudar essa cultura vai desaparecer do mercado?

Sim. Essa questão ESG veio do mercado financeiro, foi quem fez a sigla, pois os grandes fundos começaram a falar: só invisto nessa empresa se ela for ESG. Começou pelo Black Rock, o maior fundo de investimentos do mundo, que começou a fazer e pautou todo mundo.

Agora, é óbvio que o pequeno tem mais dificuldade de sobreviver que o grande porque ele não tem capital fácil. Mas, para os negócios sobreviverem hoje é só parar para olhar: os consumidores estão mais exigentes, querem cada vez mais produtos orgânicos, sustentáveis, empresas responsáveis... E está vindo uma troca de geração por aí de olho nisso.

A empresa se envolve num escândalo, perde valor de mercado na B3. Mas no caso de uma pequena, é mais complicado ainda porque não é só a empresa: é a família, é o funcionário... todo mundo está de olho.

Se o dono se envolver num escândalo, perde o cliente imediatamente. Então sim, é uma questão de sobrevivência, em curto prazo para alguns, e médio e longo para outros. E não porque é algo relacionado ao negócio: é uma transformação cultural em toda a sociedade que está cada vez mais consciente. 

Mas vale destacar: se uma empresa apenas contratar consultorias, ela não tem ESG. Não existe ESG sem liderança consciente. Pode ter documentação, relatório, mas não necessariamente ser uma empresa consciente, com integridade. E aí o ESG pode ser só greenwash, mesmo.

 

Qual sua dica para o empreendedor que ainda não adotou esse conceito?

Se não aplicar o ESG em sua mentalidade, ou o pequeno empresário vai quebrar ou ter uma crise existencial. Ainda mais depois dessa pandemia, quantos ficaram com a saúde debilitada, crises depressivas, ansiosos pela dificuldade em dar continuidade aos negócios?

Se ele não mudar esse pensamento, ou vai acabar com a saúde, com o bolso, ou com os dois. Para prosperar, o empreendedor não tem de ter só sustentabilidade do negócio, mas de si próprio. 

Por isso dou uma dica, vinda do Oráculo de Delfos: conhece a ti mesmo, antes mesmo da sua empresa. O pequeno empresário vive à beira de um ataque de nervos pois vivemos num país difícil, com muita burocracia, altos impostos e, nesse caso, o lugar que dói primeiro é o bolso.

Ninguém consegue estar bem emocional e mentalmente com a saúde financeira abalada. Por isso, é bom buscar autoconhecimento para poder sustentar a pressão e as dificuldades, pois elas vão passar. 

 

Karina Lignelli

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/por-que-esg-e-para-todos-ate-para-pequenos-negocios


Prazo para refinanciamento de dívidas pelo Relp termina no dia 31 de maio

Por meio da adesão ao programa de pagamento de débitos no âmbito do Simples Nacional, empreendedores podem quitar dívidas com descontos proporcionais às perdas de faturamento durante a pandemia


Os Microempreendedores Individuais (MEI) e os donos de micro e pequenas empresas têm até o próximo dia 31 para refinanciarem suas dívidas com a União por meio do Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp). A iniciativa permite reduzir e até mesmo liquidar multas, juros e encargos para empresas de forma proporcional às perdas de faturamento durante a pandemia. Ou seja, quanto maior a queda no faturamento, maior o desconto em cima das dívidas. O saldo dos passivos poderá ser parcelado em até 15 anos (180 vezes), com vencimento da entrada a partir de maio de 2022.

Mário Cunho é proprietário do restaurante Salsalito, no Rio de Janeiro. Ele é um dos empresários que já aderiu ao Relp e aguarda a certidão positiva de débitos com a Receita Federal. Durante a pandemia, o faturamento da empresa caiu em torno de 70%, tornando difícil cumprir com as obrigações tributárias. “O Relp vai me ajudar profundamente, porque o movimento do restaurante caiu bastante e, aos poucos, estamos melhorando. Esse desconto de juros e multa somado ao prazo de pagamento em 15 anos será fundamental para me ajudar a colocar as contas em dia”, comenta.

Também chamado de “Refis do Simples”, o Relp permite ainda que os pequenos negócios possam aderir mesmo que não estejam atualmente no Simples Nacional. Ou seja, aqueles que tenham sido excluídos ou desenquadrados do regime poderão participar do programa e parcelar suas dívidas, desde que tenham sido apuradas pelo Simples e inscritas até fevereiro de 2022. Parcelamentos rescindidos ou em andamento também poderão ser incluídos.

Dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontam que há 2,3 milhões de empresas com dívidas ativas, entre elas Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), que contabilizam um montante de mais de R$ 139 bilhões em passivos.

O Relp faz parte de um pacote de medidas emergenciais que o Sebrae articulou junto ao governo federal durante a pandemia. De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a medida é uma vitória para o MEI e a micro e pequena empresa. “Esse refinanciamento faz parte de um pacote de iniciativas que estruturamos para fortalecer as MPE. Sabemos como foi difícil para os pequenos negócios durante a pandemia, e como os empreendedores ainda precisam recuperar as perdas”, analisa.


Como aderir

Para débitos na Receita Federal, a adesão ao financiamento é pelo Portal e-Cac, ou Portal do Simples Nacional. Nos casos de débitos em Dívida Ativa, a negociação é via portal Regularize.

O Sebrae disponibiliza um material completo com cartilhas e vídeos explicativos. Para acessá-lo, basta clicar aqui.


PIX para empresas: você sabe como funciona?

 Divulgação
Techfin que funciona como motor para gestão do fluxo financeiro comenta sobre a modalidade para as B2Bs


A cada dia, o número de empresas no Brasil aumenta. De acordo com o levantamento realizado pelo Mapa de Empresas, existem 18,915 milhões de empresas ativas no país. Visando facilitar as transações financeiras entre pessoas físicas e jurídicas, o Banco Central, lançou o PIX, um meio de pagamento instantâneo que, em pouco tempo, se tornou um dos mais populares meios de pagamento digital do mundo. Muito utilizado entre pessoas físicas, o serviço também pode ser usado para pessoas jurídicas e para empresas (B2B). A techfin que funciona como motor para gestão do fluxo do dinheiro em médias e grandes empresas, Slice, explica como o serviço pode ser utilizado pelos negócios.  

“O PIX é uma ferramenta com impactos extremamente positivos para as empresas, principalmente no que tange agilidade nas suas liquidações financeiras, redução de custos operacionais e também redução do risco de crédito. Em resumo, o PIX já representa uma grande revolução como ferramenta de pagamento e as empresas que souberem aproveitar a mesma nos seus modelos de negócios terão como consequência uma vantagem competitiva e também uma melhora consistente da experiência de seus clientes, aumentando vendas, faturamento, e fidelizando ainda mais a sua base”. Comenta Alexandre Thorpe Sócio-diretor da Slice.

Presente no mercado há dois anos, a ferramenta permite que a empresa transfira qualquer quantia financeira, independente do dia ou horário, e ainda leve poucos minutos para ser finalizada - dor essa muito presente no mercado, tendo em vista que as transações demoravam cerca de dois dias úteis para cair na conta do destinatário. O serviço é oferecido pela maioria das instituições financeiras brasileiras, sem qualquer exclusividade.

Por ser um serviço instantâneo, seu funcionamento se diferencia pela sua agilidade. O responsável pela conta deve criar uma chave para realizar as transações livremente. Diferente das pessoas físicas, as jurídicas têm o direito de possuir 20 chaves diferentes que podem ser o número de telefone, CNPJ, conta do banco, dígito verificador, e-mail e até um token gerado automaticamente.

“O PIX para os consumidores é uma realidade, o desafio, quando falamos das empresas, está no seu aproveitamento nas demais etapas de uso deste dinheiro, como o pagamento a fornecedores, por exemplo”, explica Sérgio Irigoyen, CoFundador da Slice. “Visando dar controle sobre o movimento do dinheiro, a Slice oferece em sua plataforma, a tecnologia para que as empresas tenham gestão completa, conciliação e mais eficiência com seu modelo de negócio”, finaliza. 


Slice - techfin que oferece uma plataforma para gestão do fluxo do dinheiro, que permite ao cliente ter autonomia e controle sobre seu modelo de negócio.


O que muda no auxílio-alimentação e trabalho remoto com a publicação da nova medida provisória?

 

A mudança foi aplicada exclusivamente pelo fato de que os trabalhadores usavam o auxílio para outras finalidades como pagamentos de combustíveis, eletroeletrônicos, entre outros.

 

O governo federal publicou recentemente a Medida Provisória nº 1.108/2022 que promove mudanças no auxílio-alimentação e regulamenta o trabalho remoto. O conteúdo da Medida, reforça que os recursos destinados ao vale-alimentação devem ser efetivamente utilizados exclusivamente para o pagamento de refeições em restaurantes ou para a aquisição de alimentos em estabelecimentos comerciais.

 

Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o motivo da mudança foi pelo fato de que o governo detectou que o auxílio estava sendo usado para outras finalidades como pagamentos de academias de ginástica, TV a cabo, entre outros.


Já em relação ao trabalho remoto, o advogado e sócio-proprietário do BPH Advogados, Rafael Amaral Borba, explica que a pandemia do Covid-19 mostrou a necessidade de regulamentar o trabalho remoto em vários segmentos e foi isso que a nova MP tentou fazer. “A estimativa do IBGE  é que a pandemia levou cerca de 8 milhões de trabalhadores para o trabalho remoto”, destaca. 


 

Mudanças no vale-alimentação


O advogado ainda explica que a Medida Provisória  prevê que o empregador não pode mais exigir ou receber das empresas que operam os benefícios qualquer tipo de desconto sobre o valor contratado. “Além disso, não é mais possível estabelecer prazos de repasse ou pagamento que descaracterizem a natureza pré-paga; receber outras verbas ou benefícios indiretos que não estejam vinculados à promoção de saúde e segurança alimentar do trabalhador”. 

 

“A medida tem como objetivo acabar com o repasse de recursos entre as empresas que operam esse tipo de auxílio por considerar que onera o trabalhador. Importante lembrar que anteriormente à aplicação desta nova medida,  as empresas que operam o auxílio-alimentação, ofereciam descontos para as empresas, mas posteriormente, cobravam taxas dos locais onde o auxílio era recebido, como restaurantes e supermercados, que acabavam sendo embutidas no preço cobrado do trabalhador”, revela Borba. 

 

O advogado ainda informa que o descumprimento das novas medidas acarretará na aplicação de multa no valor de R$5 mil a R$50 mil, aplicada em dobro em caso de reincidência, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades cabíveis pelos órgãos competentes. “Além da multa, a empresa poderá ter abinscrição da pessoa jurídica ou o registro das empresas canceladas e a perda do incentivo fiscal da pessoa jurídica beneficiária. A expectativa do governo é que a MP tenha um impacto no valor das refeições, diminuindo valores do ramo alimentício”.  

 

Mudanças no trabalho remoto


Quanto ao trabalho remoto, Borba explica que a Medida Provisória, regulamenta a contratação de empregados na modalidade de teletrabalho e esclarece pontos importantes que a legislação anterior não previa, principalmente sobre as formas de controle de jornada nessa modalidade. “Além disso, permite a adoção do regime de teletrabalho ou trabalho remoto para estagiários e aprendizes”. 

 

“A adoção desse modelo de trabalho poderá ser acordada entre o empregador e o trabalhador, e deverá seguir regras já previstas na legislação. No caso do controle de jornada, continuam valendo regras como a necessidade de concessão dos intervalos de descanso (intrajornadas e interjornadas), descanso semanal remunerado, e pagamento de horas extras, etc.


Borba ainda lembra que no caso de trabalho remunerado por produção, a MP prevê que não seja aplicado no contrato o controle das jornadas de trabalho. “Nesses casos o acordo individual poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais", reforça. 

 

Outro ponto destacado pelo advogado é que o empregador não será responsável pelas despesas de retorno ao trabalho presencial nos casos em que o empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho remoto fora da localidade prevista no contrato, exceto se estiver previsto em contrato entre as partes. “Por fim, a medida dá preferência para que o regime remoto seja adotado por mães e pais de crianças pequenas de até quatro anos ou com filhos com deficiência”.



Busca por profissionais de saúde em redes sociais deve ser feita com muita cautela

 Quando se acredita apenas no que veem no Instagram, as pessoas têm grandes chances de escolher profissionais nem sempre gabaritados. O médico cirurgião plástico e oncológico, Dr. Wandemberg Barbosa e a social media, Rejane Toigo dão orientações sobre o tema

 

As redes sociais são, na atualidade, um dos meios mais importantes para a divulgação e potencialização de vendas de produtos e serviços. Apesar dos benefícios gerados, também são fontes de muitos problemas quando o assunto é a busca por profissionais de saúde e estética gabaritados. Não raramente, as pessoas “compram gato por lebre” quando acreditam apenas no que veem no Instagram e acabam optando por profissionais responsáveis por procedimentos com alta possibilidade de causarem danos físicos aos pacientes.

Para evitar esse tipo de transtorno, o médico referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa, aconselha pacientes a selecionarem bem as informações que encontram nas redes sociais a respeito dos profissionais aos quais desejam contar com o serviço. “Primeiramente, evite encantar-se com a beleza da clínica e a vida pessoal do cirurgião e procure informar-se sobre o currículo dele. A carreira dele é mais importante do que sua estampa”, enfatiza

Nesse sentido, Dr. Wandemberg orienta que os pacientes busquem saber se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SCBP). Conforme o médico, essa distinção não significa que o profissional seja infalível, mas que pelo menos passou por um filtro técnico, o que minimizará as chances de um trabalho mal feito. Além disso, Dr. Wamdemberg aconselha que os pacientes acessem o Currículo Lattes do médico e se inteirem a respeito dos resultados das cirurgias previamente realizadas a partir de depoimentos de pacientes antigos. “Fazendo essa filtragem já é possível evitar 70% de futuros problemas”, garante.

Além de informar-se a respeito do currículo do cirurgião, Dr. Wandemberg ressalta a importância da consulta presencial com o médico. É nela que o profissional irá informar ao paciente sobre as limitações e os riscos da cirurgia. “Quando o paciente decide pela cirurgia estética, ele entra em um estado de euforia psíquica, uma espécie de encantamento. Assim, é obrigação de quem tem experiência (o médico) trazer essa pessoa para o plano normal novamente”, diz.

Conforme Dr. Wandemberg, na consulta, o médico deve esclarecer ao paciente, entre outros aspectos, que qualquer procedimento cirúrgico está sujeito a complicações, como o surgimento de infecções causadas por vírus ou bactérias, e que o resultado da cirurgia depende de vários fatores, inclusive cicatrização – que no caso de predisposição genética o paciente poderá desenvolver queloide.  Além disso, o médico deve orientar o paciente sobre os cuidados pré e pós-operatório e a respeito da importância de escolher um bom hospital para a realização da cirurgia.

Para o Dr. Wandemberg, se o médico cirurgião tiver uma boa bagagem profissional e se o paciente seguir à risca todas as suas recomendações, as chances de ocorrerem complicações cirúrgicas diminuem drasticamente.


Importância das redes sociais para a divulgação de profissionais de saúde

A importância das redes sociais para a divulgação dos serviços de profissionais de saúde na atualidade é tão grande, que segundo a especialista em mídias sociais, produtora de conteúdo, e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, muitas pessoas têm evitado se consultar com médicos, dentistas, nutricionistas, esteticistas etc. que não divulgam informações a respeito de seu trabalho em canais digitais.

“Ao acreditarem ser essencial inteirarem-se mais a respeito de como estes profissionais encaram seu ofício antes de tomar uma decisão, possíveis clientes preenchem essa lacuna de informação principalmente por meio das redes sociais, que se tornam assim imprescindíveis não só para quem procura, mas para quem oferece serviços”, explica a produtora de conteúdo. Conforme Rejane, através das redes sociais, os pacientes conseguem escolher o médico de acordo com suas expectativas e os profissionais podem captar clientes já mais bem informados sobre sua forma de trabalhar.

Não obstante, na hora de divulgar seus serviços no Instagram, Youtube, ou Facebook, o profissional de saúde deve tomar alguns cuidados, priorizando a ética e o bom-senso, de modo a minimizar as chances de engano de futuros pacientes/ clientes.  Assim sendo, a especialista em mídias sociais sugere que o profissional opte por publicar conteúdo majoritariamente relacionado a sua área de atuação. “Quem almeja ser respeitado precisa falar principalmente sobre o que entende, ou seja, sobre sua profissão e se possível fazer isso de modo científico”, orienta.

A produtora de conteúdo sugere que os profissionais se comportem principalmente como educadores, porque, segundo Rejane, não se faz saúde sem educação. “Educar para a saúde é o que todo profissional que atua nessa área deve fazer em suas redes sociais. Agindo dessa forma o profissional aproxima-se cada vez mais da comunidade e contribui de forma efetiva para a melhoria da saúde das pessoas”, diz.

A fim de auxiliar o profissional de saúde a disponibilizar conteúdo profissional em suas redes sociais de maneira que não prejudique sua reputação, Rejane aconselha que ele busque a consultoria de um profissional. “Este será o responsável por elaborar e validar a estratégia de conteúdo relacionada às redes sociais, analisando a linha editorial e decidindo junto ao profissional quais assuntos e como eles devem ser abordados”, afirma.

 

 Dr. Wandemberg Barbosa - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista. Pela sua experiência e conhecimento, Dr. Wandemberg é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, tendo levado inúmeros trabalhos em congressos. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Brasil, é “fellow” da The International College of Surgeons, “member ship”, na The European Society of Clinical Oncology, "associate member", na The American Society of Plastic Surgeons e médico visitante no Massachuset’s General Hospital Boston, nos Estados Unidos, e The Royal Marsden Hospital, no Reino Unido.


O maior desafio do século XXI: alimentar a população e respeitar o ambiente

 

Vamos começar a nossa conversa com uma boa dose de conhecimento. As plantas precisam de nutrientes para produzir, principalmente nitrogênio, fósforo e potássio. Longe do que costumamos ler, as variedades mais modernas das principais culturas agrícolas não foram projetadas para serem amplamente dependentes dos insumos, como o fertilizante e os agrotóxicos, mas sim, para serem produtivas.

 

Contudo, para isso acontecer, é necessário o uso de elementos fertilizantes e dos agrotóxicos, muitas vezes dando suporte para preservar seu potencial produtivo e aproveitar ao máximo os investimentos e o trabalho dos agricultores.

 

Sem fertilizantes e sem proteção contra pragas e doenças, a produção das seis culturas mais importantes do mundo (arroz, trigo, milho, cevada, soja, batata) cairia mais de 50%. Dentro desse cenário e pensando na atual demanda do nosso planeta, as reservas mundiais para cada um desses alimentos básicos não excederia nem mesmo algumas semanas. Portanto, a adubação das culturas contribui tanto para a quantidade quanto para a qualidade da produção vegetal, na qual se baseia o sistema alimentar global.

 

Segundo dados da FAO, em 2015, 795 milhões de pessoas ainda sofriam de fome, ou seja, uma em cada nove pessoas no mundo. Trinta anos atrás, essa proporção era de uma em cada quatro. A população mundial continuará a crescer e deverá chegar próximo de 10 bilhões de habitantes em 2050. Considerando que os recursos da terra agrícola são limitados e ameaçados pela expansão urbana, o aumento da produtividade é o principal fator para reduzir a fome e a pobreza no mundo.

 

Diante disso, é óbvio que o respeito ao meio ambiente é uma condição necessária para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável. O questionamento é saber se essas realidades são conciliáveis.  Nos últimos anos, termos como “economia circular”, “recuperação e reutilização de nutrientes”, “eficiência de matéria-prima”, “gases do efeito estufa” e “bioeconomia” entraram no vocabulário básico dos formuladores de políticas públicas e da sociedade industrial. Esses conceitos estão no centro dos desafios e oportunidades que encontramos diariamente.

 

No entanto, enquanto os fertilizantes minerais permitem que os agricultores abasteçam suas terras com os nutrientes necessários para o desenvolvimento da vida, seu papel e importância na abordagem de alguns dos desafios globais são ainda pouco conhecidos. Quer um exemplo? A indústria de fertilizantes está comprometida com a inovação, por meio da pesquisa, e se esforça para garantir o uso e a produção segura, sustentável e eficaz de seus produtos.

 

Quantas pessoas você conhece, que têm conhecimento a respeito dessa informação? Atualmente, graças às pesquisas das principais instituições do país e também de produtores, variedades com alto potencial produtivo são capazes de resistir naturalmente às pragas e doenças. Isso permite conciliar colheitas abundantes com uso limitado de agrotóxicos. Para os agricultores, controlar os custos de produção é vital usar menos produtos (fertilizantes, produtos fitossanitários, etc.) como forma de economizar dinheiro.

 

O raciocínio por trás do uso de fertilizantes está no aproveitamento do progresso contínuo trazido pelo melhoramento das variedades, enfatizando a eficácia de todos os insumos de nutrientes (fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais). A nutrição equilibrada da planta com todos os elementos minerais produz alimentos de bom valor nutricional e de alta qualidade organoléptica (sabor, cor, odor, textura).

 

A ausência de um dos nutrientes resulta em uma qualidade degradada e uma diminuição no rendimento da cultura. Sintomas de deficiência revelam distúrbios fisiológicos sofridos pelas plantas, promovendo o desenvolvimento de produtos agrícolas de baixo valor de comercialização.

 

Além de todos esses fatores, os agricultores são particularmente sensíveis à qualidade do ambiente. Afinal, a natureza é ao mesmo tempo sua ferramenta de trabalho e a atmosfera de vida de sua família. Daí os esforços constantes para tornar realidade um conjunto de práticas culturais favoráveis ao ambiente natural. Dentre esses pilares, podemos citar a preservação da mata ciliar ao longo dos cursos dos rios, a cobertura vegetal para evitar solos descobertos, sistema de plantio direto para a microbiologia, a conservação do solo, entre outras.

  



Valter Casarin - Coordenador Científico da NPV



NPV - Nutrientes para a Vida

https://www.nutrientesparaavida.org.br/

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