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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Programas de estágio e trainees: o primeiro e mais importante passo na carreira profissional

Com o avanço da vacinação no Brasil, temos percebido uma movimentação de empresas trabalhando em formato híbrido, e podemos dizer que, aos poucos, estamos voltando à vida normal, inclusive à tão esperada retomada do emprego no Brasil.

Durante a pandemia, muitas empresas tiveram que se reorganizar, incluindo demissões em suas estratégias de negócios, o que, na maioria dos casos, resultou em acúmulo de funções para alguns profissionais. Agora, com uma expectativa positiva em relação à economia, muitas estão começando a liberar as demandas represadas. Essa disposição tem gerado um aumento no número de processos seletivos para estagiários e trainees.

O segundo semestre sempre foi o período em que as empresas iniciam seus processos para a contratação de jovens profissionais. Esse tipo de processo seletivo demanda muito tempo para ser finalizado – da fase da inscrição até a admissão, alguns processos podem durar de dois a quatro meses. Com otimismo, podemos então vislumbrar que vamos sentir uma melhora nos números do primeiro emprego no país até o final do ano.

Mas deixando de lado as expectativas futuras e sendo realista, o que busco aqui é ressaltar a importância desses processos seletivos para que tanto empresas quanto candidatos deem o real valor a eles. 

Sabemos que alguns programas de talentos são bem disputados, com um volume de inscritos sempre expressivo e uma grande concorrência. Para que os processos ganhem efetividade, é necessário planejá-los e estruturá-los a partir do alinhamento com as estratégias da organização. Com base no número de vagas, áreas envolvidas e pré-requisitos técnicos e comportamentais, são definidas as etapas da seleção e os filtros mais adequados para identificar os melhores perfis.

Para aprimorar a qualidade do processo seletivo, é essencial que as empresas criem métricas objetivas para cada etapa, e utilizem testes psicométricos para avaliação de comportamento e aptidão. Essas ferramentas permitem evitar possíveis práticas de vieses inconscientes nas análises dos perfis e reduzem equívocos na tomada de decisão no momento de selecionar os profissionais.

Com a pandemia, os processos de avaliação para programas de estágios e trainees passaram a ser conduzidos 100% on-line, mas sem perder de vista a importância da relação humana e a qualidade da seleção. Um processo desses tem diversas fases, entre elas a análise de pré-requisitos e habilidades requeridas, como: testes de inglês, raciocínio lógico, atualidades, avaliação de perfil comportamental. Parte do trabalho, que antes era feito presencialmente, teve que ser adaptado também para o formato virtual. Hoje, conseguimos realizar dinâmicas de grupo, painel de negócios e entrevista com os gestores remotamente.

Toda busca por emprego merece grande atenção e dedicação dos candidatos. No caso de estágios e programas de trainees, os desafios são ainda maiores, porque além de se preparar para todas essas etapas já mencionadas, os jovens precisam que suas habilidades comportamentais se destaquem, exatamente por não terem necessariamente um histórico profissional que os diferenciem de outros candidatos – afinal, estamos falando do primeiro emprego.

Já pelo lado das empresas, vemos que atualmente elas estão priorizando a contratação de estagiários e trainees que tenham capacidade para propor soluções inovadoras, agilidade de aprendizado, inteligência emocional, visão estratégica, liderança humanizada e facilidade para o trabalho em equipe, principalmente.  

No que se refere ao preparo para participar dessas seleções, um ponto importante que o candidato deve ter em mente é o foco em sua carreira profissional, ou seja, não é algo positivo se inscrever em qualquer processo aberto. É bastante comum que, no anseio de começar a carreira profissional, o jovem se candidate para vários processos aleatoriamente. Mas esse tipo de atitude pode comprometer tanto seus objetivos quanto a candidatura dele às empresas que estão alinhadas ao propósito que ele busca em sua carreira profissional.

Conhecer a empresa, sua atuação e posicionamento de marca são relevantes em todos os processos seletivos. Outra dica importante é que o candidato verifique os critérios solicitados no anúncio do programa, pois dessa forma evita perder oportunidades mais adequadas às suas qualificações. Um outro ponto de destaque é o autoconhecimento: o candidato deve conhecer seus pontos fortes e aprimorar seus pontos fracos diante de suas escolhas.

Para ser aprovado em um programa de trainee ou de estágio, não é necessário experiência profissional, mas esses processos geralmente se apresentam como uma grande oportunidade de iniciar uma carreira na área em que está se graduando. Assim, ao ser aprovado, o jovem já começa a carreira com um plano de desenvolvimento estruturado, que pode potencializar rapidamente sua trajetória profissional.

Sabemos que a competitividade para uma vaga no mercado de trabalho é alta, tendo em vista os números do desemprego no país. Mas o que todo candidato tem que saber é que a melhor forma de obter sucesso em processos seletivos é ter clareza dos seus objetivos, encarar os desafios com autoconfiança, demonstrar empatia, mostrar seu potencial e, por fim, tornar a experiência uma conexão agradável.

 


Angelina Assis – Psicóloga e gerente de Relacionamento do Grupo Soulan


Período curto em engarrafamento já expõe motorista a altas doses de poluição, indica estudo

Pesquisa internacional realizada em dez cidades relaciona exposição a material particulado fino a custos econômicos e impactos na saúde. Em São Paulo, o motorista inalou 35% do total de partículas do trajeto de uma hora em apenas oito minutos (foto: Agência Brasil/arquivo)

 

Estudo internacional realizado em dez cidades, incluindo São Paulo, revela que um período relativamente curto em locais de alta concentração de poluição é o suficiente para expor motoristas e passageiros de carros a doses significativas de partículas inaláveis finas – aquelas que, por ter diâmetro menor do que 2,5 milionésimos de metro (MP2,5), conseguem chegar aos alvéolos pulmonares e causar ainda mais danos ao organismo. Segundo o estudo, portanto, passar pouco tempo em áreas de engarrafamento já pode ter impacto prejudicial na saúde.

As cidades com maior relação entre tempo de exposição e inalação de poluentes foram Guangzhou, na China, e Adis Abeba, na Etiópia. Esses motoristas e passageiros ficaram em áreas de alta concentração de MP2,5 menos de um terço do tempo da rota (26% e 28%, respectivamente), mas inalaram mais da metade (54% e 56%) da quantidade total de partículas finas inaladas durante toda a viagem. No caso de São Paulo, em 17% do tempo de rota – aproximadamente oito minutos –, o motorista inalou 35% do total no trajeto.

A exposição a essas partículas finas, também chamadas de aerossol, está entre os dez principais fatores ambientais de risco à saúde, segundo o Global Burden of Disease 2019. No estudo, observou-se que as cidades onde as pessoas foram expostas nos carros a níveis mais altos desses aerossóis registraram as maiores taxas de mortalidade por 100 mil passageiros de veículos por ano.

Dar-es-Salaam (Tanzânia), Blantyre (Malawi) e Daca (Bangladesh) apresentaram as mais altas taxas de mortalidade (respectivamente: 2,46 óbitos por 100 mil passageiros de carro ao ano; 1,11 e 1,10). Já os menores índices foram detectados em São Paulo, em Medellín (Colômbia) e em Suleimânia (Iraque) – respectivamente: 0,10 morte por 100 mil passageiros de carro ao ano; 0,07 e 0,02.

A distância das rotas variou entre 10 km e 33 km, mas, em cada uma das cidades, o pesquisador utilizou sempre o mesmo trajeto e o mesmo veículo. No caso de São Paulo, a rota foi de 12,7 km (cerca de uma hora para ser concluída fora do horário de pico), saindo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), passando pelo Parque do Ibirapuera e pelas avenidas 23 de Maio e Paulista.

No trabalho, os pesquisadores analisaram um conjunto de dados de concentrações de PM2,5 medidas durante o trajeto para avaliar a relação entre o excesso de poluentes e condições de tráfego, preços de combustível, problemas de saúde e perdas econômicas.

Nesse caso, constatou-se que, entre os locais pesquisados, quanto mais baixo o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade maior foi a perda econômica, principalmente em decorrência dos encargos com a saúde. Dar-es-Salaam aparece também entre as maiores perdas do PIB, seguida do Cairo (US$ 10,2 milhões e US$ 8,9 milhões ao ano, respectivamente). O trabalho incluiu ainda dados sobre a cidade de Chennai (Índia).

A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto Clean Air Engineering for Cities (CArE-Cities), da Universidade de Surrey (Reino Unido), e os resultados foram publicados na revista Environment International.

No Brasil, teve a participação da professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP Maria de Fátima Andrade, que é parceira colaboradora do CArE-Cities, da doutoranda Veronika Sassen Brand e de Thiago Nogueira. Recebeu apoio da FAPESP por meio de três projetos (16/18438-0, 16/14501-0 e 20/08505-8).

“Ao estudar a exposição a aerossóis no carro em várias cidades diferentes, medidas eficazes de mitigação da poluição do ar e orientações de melhores práticas podem ser desenvolvidas, incluindo o uso de ônibus elétricos, de ações voltadas ao transporte público e para a mobilidade urbana”, escrevem os autores no artigo, que teve a coordenação-geral do professor Prashant Kumar, diretor-fundador do Centro Global de Pesquisa do Ar Limpo (GCARE) de Surrey.

O trabalho cita a necessidade de dar atenção a estratégias de mitigação que atendam aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas, entre eles boa saúde (ODS 3), energia limpa (ODS 7) e cidades sustentáveis (ODS 11).

“Identificando locais de maior tráfego e poluição é possível desenvolver políticas públicas dirigidas e mais eficientes para melhorar a qualidade do ar nessas áreas”, acrescenta Brand, em entrevista à Agência FAPESP.

No relatório “Cidades Mundiais 2020”, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat), ao citar epicentros da COVID-19, afirma que “centros urbanos bem planejados, administrados e financiados ajudam a construir cidades resilientes, com capacidade de se recuperar dos impactos devastadores de pandemias, melhorar a qualidade de vida dos moradores e alavancar a luta contra pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas”.

Nesse contexto, a qualidade do ar desempenha importante papel. Mesmo com a pandemia, que reduziu as atividades econômicas e deslocamentos em 2020, a poluição por PM2,5 foi apontada como responsável por cerca de 160 mil mortes nas cinco capitais mais populosas do mundo, de acordo com ferramenta desenvolvida pelo Greenpeace e IQAir. A maior estimativa é de Nova Déli, na Índia, com 54 mil mortes. São Paulo e Cidade do México aparecem com os menores números – 15 mil óbitos estimados em cada uma delas.

Metodologia

Para analisar os hotspots nas dez cidades (locais com mais engarrafamento), o estudo internacional levou em consideração correlações socioeconômicas, o impacto dos preços dos combustíveis nos níveis de exposição à poluição e os custos econômicos. Os dados foram coletados em 2019.

Foi utilizado um contador de partículas a laser portátil (Dylos OPCs) no banco de trás de um carro de passageiros, que fazia a coleta por minuto, com três configurações para as janelas: abertas, fechadas com ventilador e fechadas com recirculação de ar. As amostras foram coletadas três vezes ao dia: pico da manhã, pico da tarde e fora do pico. A análise descrita no artigo centrou-se nos dados coletados com as janelas abertas, configuração em que foram registradas as concentrações mais altas de poluentes.

Para garantir o controle da qualidade e da harmonização dos dados, o grupo fez medições de intercomparação ao longo de cinco dias, período em que todos os equipamentos de aerossol foram comparados com um espectrômetro portátil de partículas ópticas (modelo GRIMM 11-C).

Ao analisar o efeito da variação de preços dos combustíveis nas concentrações de poluição em cada uma das cidades, computou-se informações como: parâmetros de congestionamento específicos de cada localidade, velocidades médias do trânsito, tamanho da população e número de carros por habitante.

Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre o custo do combustível e a exposição a PM2,5 no carro, indicando que o controle de preços não deve ser considerado como uma política única na mitigação da poluição do ar.

Já para avaliar as perdas econômicas, a metodologia incluiu dados de concentração de aerossóis, taxas de mortalidade de linha de base, tamanho da população de passageiros de automóveis e o valor da vida estatística (VSL, sigla em inglês para Value of Statistical Life).

Monitoramento

Para a professora Maria de Fátima Andrade, um dos pontos inovadores do estudo foi medir a exposição à poluição dentro dos veículos e trazer à luz dados de algumas metrópoles superpopulosas que dispõem de poucas informações, como na África.

“Em geral, os países com piores políticas de controle de emissão acabam não dispondo de dados que considerem as várias fontes de poluição. Medir a exposição dentro do transporte, associando ao tempo e impactos econômicos, é importante”, afirma Andrade.

Em São Paulo, a Cetesb divulga diariamente boletins com a qualidade do ar por tipo de poluente e região da cidade. Esse índice é uma ferramenta matemática, que contempla os seguintes parâmetros: partículas inaláveis (MP10); partículas inaláveis finas (MP2,5); fumaça (FMC); ozônio (O3); monóxido de carbono (CO); dióxido de nitrogênio (NO2) e de enxofre (SO2).

Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma nota (de boa a péssima), identificada por cores. Para as partículas inaláveis finas, o índice varia de 0 a 25 µg/m3 por 24 horas para estar na qualidade boa. Maior que 125 µg/m3 por 24h, a nota é péssima.

O artigo Potential health risks due to in-car aerosol exposure across ten global cities pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412021003135.

 


Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/periodo-curto-em-engarrafamento-ja-expoe-motorista-a-altas-doses-de-poluicao-indica-estudo/36652/


Condomínios e a obrigação da vacinação

Com mais de um ano e meio desde a chegada da pandemia no país, hoje começamos a vislumbrar um retorno gradual à normalidade. Como no resto do mundo, isso só é possível por conta da vacinação em massa.

Hoje, no Brasil, chegamos a quase ¼ da população totalmente vacinada, isso quer dizer, tendo tomado a primeira e a segunda dose ou uma única vacina, como nos casos de dose única.

Tendo isso em vista, a questão que se coloca em várias instâncias é se é possível obrigar as pessoas a estarem vacinadas. Por exemplo, essa é uma questão premente na área trabalhista, onde se discute se as empresas podem obrigar os funcionários a se vacinarem.

Na esteira desse assunto, os condomínios também veem se questionando sobre a legalidade ou não de obrigar funcionários e, principalmente, condôminos a se vacinarem.

Essa é uma questão complexa, pois atinge, nesse caso, dois grupos diferentes. No caso dos trabalhadores, não há consenso entre os especialistas e juristas. Porém, em dezembro de 2020, o STF decidiu que a vacinação contra a Covid-19 é obrigatória e que sanções podem ser aplicadas em relação àqueles que não se vacinarem.

Além disso, a empresa pode usar o argumento de que essa é uma questão de interesse coletivo e, por conta disso, deve garantir um ambiente seguro para todos que ali estão.

Tendo isso em vista, tivemos uma decisão em relação a uma auxiliar de limpeza que atuava em um hospital infantil em São Caetano do Sul/SP e que foi dispensada por justa causa. A funcionária tentou rever a decisão, mas a mesma foi mantida pela juíza Isabela Flaitt, em decisão proferida na 2ª vara do Trabalho de São Caetano do Sul, tendo como justificativa o entendimento do STF disposto no artigo 3º da lei 13.979/20 (ADIs 6.586 e 6.587 e ARE 1.267.897). A juíza também mencionou o guia técnico MPT que prevê em seu ordenamento o afastamento de funcionário e considera falta grave a recusa em se vacinar.

Já em relação aos condôminos, essa é uma questão de maior complexidade pairando a questão do abuso de direito de se fazer tal exigência versus a saúde coletiva. Mesmo tendo a decisão do STF em vista, a Corte completa que:

“(I) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, porquanto facultada sempre a recusa do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e (i) tenham como base evidências científicas e análises estratégicas pertinentes, (ii) venham acompanhadas de ampla informação sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes, (iii) respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas, (iv) atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade e (v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e (II) tais medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”.2 (STF. Plenário. ADI 6586/DF e ADI 6587/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski: Data de julgamento: 17/12/2020. Data de publicação:17/04/2021)

Nesse sentido, por mais que a decisão não tenha sido proferida tendo os condomínios como foco, é possível se fazer essa analogia, dado o fato de a decisão objetivar a coletividade.

Dessa forma, entendo que é possível sim que o condomínio regre o uso das áreas comuns, obrigando a comprovação da vacinação, para que o condômino/morador possa utilizar esse espaço. Isso porque o condômino tem o dever de “dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes”. (artigo 1.336, IV, do Código Civil). Lembrando que a Constituição Federal garante a supremacia dos direitos coletivos sobre os direitos individuais.

Salutar que a decisão de exigência de vacina e restrição do uso de espaços seja tomada em assembleia, alterando a Convenção ou minimamente o Regimento Interno, para constar tal exigência nesses instrumentos que regem a vida condominial.

Porém, nem todas as áreas podem ser cerceadas pois é garantido pela Constituição Federal o direito à locomoção do indivíduo, Art. 5º, XV, que prevê: “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Nesse caso, se enquadraria a questão do elevador, por exemplo. O morador não pode ser impedido de se locomover, podendo usar o elevador para poder sair de casa, assim como a garagem.

Hoje, a pandemia ainda não foi vencida, e só a vacinação em massa será capaz de fazer com que voltemos à normalidade. Além disso, as variantes veem complicando essa situação. No momento, é a variante Delta que preocupa os especialistas.

Tendo todo esse cenário em vista, é preciso que a gestão do condomínio esteja atenta. Antes de tomar atitudes drásticas, é importante conscientizar a comunidade condominial da importância da vacinação. Para isso, a divulgação de informativos, tanto através de meio físico quanto digital, é de extrema importância, dessa forma, a coletividade estará informada e atenta às diretrizes do condomínio.

 


Dr. Rodrigo Karpat - advogado militante na área cível há mais de 15 anos, sendo referência em direito imobiliário e questões condominiais. É Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP. É frequentemente solicitado entre os meios jornalísticos e ministra palestras por todo o Brasil.


Quem são nossos jovens

No século 20, os jovens percebem que suas vidas são dominadas pelo cenário político e vemos as primeiras reações aos governos. Muitos jovens, integrantes de partidos e agremiações de esquerda, divergem da ideia da guerra patriótica e se lançam na política. Porém, o grande salto vem depois da Segunda Guerra Mundial, quando a geração dos Baby boomers chega às Universidades. 

A partir dos anos 1950, os jovens começaram a se interessar e, principalmente, participar do cenário político, dos Estados Unidos, Europa e América Latina. Os movimentos estudantis chegaram a suplantar os movimentos operários durante o período das ditaduras militares na América do Sul. Os jovens entraram definitivamente na luta por melhorias sociais, políticas e econômicas. Manifestações surgiram no mundo todo, e, lembrem: ainda não havia redes sociais. 

Na França, o Maio de 68, promovido pelos estudantes, abalou as estruturas tradicionais do país e influenciou os estudantes brasileiros na luta contra a ditadura em terras tupiniquins. Com a morte do estudante Edson Luís e a Passeata dos Cem Mil, os jovens marcaram seu nome na história do Brasil. “Caminhando e cantando”, “Sem lenço, sem documento”, eles avançavam em suas ideias de sociedade e organização política. 

Nos anos 70 e 80, com o arrefecimento da Guerra Fria, com algumas conquistas ligadas aos direitos civis e devido ao final gradativo das ditaduras latino-americanas, os jovens daquele período, segundo Mário Sérgio Cortella, “perderam” o interesse pelas lutas coletivas e passaram a se dedicar ao seu desenvolvimento e enriquecimento próprio. É o que chamamos na história de geração Yuppie, influenciada pelas diretrizes do neoliberalismo e da Era Reagan/Thatcher. 

Nos anos 90, com o fim da União Soviética (1991) e da Guerra Fria, a geração Z, conhecidos como nativos digitais, perderam ainda mais o interesse pela política, pois as mudanças são muito lentas e o descrédito na classe política é muito grande. 

Nos anos 2000, assistimos a algumas manifestações de jovens, como na Primavera Árabe (2008), quando, por meio das redes sociais, os movimentos pela democracia em países governados por ditaduras há décadas conseguiram derrubá-las. No Brasil, em 2013 e 2014 também tivemos várias manifestações dos jovens estudantes nas ruas exigindo, principalmente, maior honestidade da classe política.

Os mais velhos, como eu, dizem que essa geração atual, chamada pejorativamente de “floco de neve”, é muito “fresca” e cheia de “mimimi”. Mas, basta uma análise superficial para vermos o quanto isso está errado. 

Os jovens dos anos 2020 sabem reivindicar seus direitos, apresentam ideias excelentes para a resolução dos problemas atuais – basta frequentar as feiras de ciências das escolas e universidades do país – além de não aceitarem qualquer forma de intolerância, discriminação ou racismo. Como educador, fico muito orgulhoso quando um jovem em sala de aula, balança a cabeça em sinal de negação ao ouvir uma expressão discriminatória ou piadinhas estilo anos 80. Não precisamos recriar a geração dos anos 60, como muitos dizem... precisamos dar oportunidades a essa geração de participar do cenário político. 

 


André “Bodão” Marcos - especialista em História do Brasil e Gestão Escolar, é professor do Colégio Positivo e Assessor Pedagógico no Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento - CIPP,  do Grupo Positivo.


Emirates expande operações no Brasil à medida que restrições de viagem são flexibilizadas


Companhia aérea passará a oferecer seis voos semanais em setembro e voos diários a partir de outubro, partindo e aterrissando no Aeroporto Internacional de Guarulhos 

 

Com a recente flexibilização das restrições de viagens por diversos países e para atender ao aumento da demanda de passageiros, a Emirates anunciou que irá expandir suas operações no Brasil. Com isso, a companhia aérea passa a oferecer mais opções de viagens aos clientes brasileiros, ampliando o acesso à sua rede de destinos, que está em constante em expansão.

A Emirates passará a oferecer seis voos semanais em setembro e voos diários a partir de outubro, partindo e aterrissando no Aeroporto Internacional de Guarulhos, conforme detalhes abaixo:



Em setembro

● O voo EK 261 sairá do Aeroporto Internacional de Dubai seis vezes por semana às 9h05, horário local, e chegará ao Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo no mesmo dia às 17h00, horário local.

● O voo EK 262 sairá do Aeroporto Internacional de Guarulhos seis vezes por semana à 1h25, horário local, e chegará no mesmo dia ao Aeroporto Internacional de Dubai às 22h55, horário local.



Em outubro

● O voo EK 261 sairá do Aeroporto Internacional de Dubai diariamente às 9h05, horário local, e chegará ao Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo no mesmo dia às 17h00, horário local.

● O voo EK 262 sairá do Aeroporto Internacional de Guarulhos diariamente à 1h25, horário local, e chegará no mesmo dia ao Aeroporto Internacional de Dubai às 22h55, horário local.

Os clientes da Emirates viajando de São Paulo a Dubai como destino final até 30 de setembro de 2021 também estão elegíveis para um teste PCR gratuito antes da viagem. Os clientes podem entrar em contato com o escritório de vendas local da Emirates para obter mais informações.

Além de São Paulo, os clientes da Emirates podem desfrutar da conectividade e acesso a outras oito cidades do Brasil por meio do recém-anunciado codeshare da companhia aérea com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. (Azul).

Com o acordo, os clientes podem, com apenas uma passagem, se conectar de/para os aeroportos de Santos Dumont (SDU) no Rio de Janeiro, Belém (BEL), Belo Horizonte (CNF), Cuiabá (CGB), Curitiba (CWB), Juazeiro Do Norte (JDO), Porto Alegre (POA) e Recife (REC) em voos operados pela Azul para voos da Emirates de São Paulo (GRU) para Dubai e outros destinos. A passagem pode ser comprada online no site emirates.com ou por meio dos escritórios de vendas locais da Emirates e agentes de viagens para viagens a partir de 25 de agosto de 2021.



Dubai

Dubai foi reaberta com segurança para viajantes internacionais no ano passado e permanece um dos destinos mais populares para férias e escala. A cidade é famosa por seus marcos icônicos, hotéis de classe mundial e praias encantadoras. Foi uma das primeiras cidades do mundo a obter o selo Safe Travels do World Travel and Tourism Council (WTTC), que reconhece as medidas abrangentes e eficazes de Dubai para garantir a saúde e a segurança dos visitantes.



Voe para Dubai pela Emirates e ganhe ingresso para a World Expo

A Emirates é a companhia aérea oficial e Premier Partner da Expo 2020 Dubai e lançou uma promoção exclusiva para que seus clientes conheçam a World Expo, que será realizada de 1 de outubro de 2021 a 31 de março de 2022. Os clientes da Emirates que visitarem Dubai, ou fizerem conexão na cidade a qualquer momento durante o megaevento, ganharão um Expo Day Pass para cada passagem aérea reservada com a Emirates.

A promoção se aplica a todos os tipos de tarifas, incluindo Special, Saver, Flex e Flex Plus e é válida para todas as passagens de ida e volta que incluem um voo para Dubai ou conexão na cidade entre 1 de outubro de 2021 e 31 de março de 2022*. Para obter mais informações sobre a promoção, visite este link.



Requisitos de viagem para Dubai

Todos os passageiros que viajam para Dubai a partir de qualquer ponto de origem devem possuir um certificado de teste de PCR COVID-19 negativo para um teste feito no máximo 72 horas antes da partida. O certificado deve ser um teste PCR. Outros certificados de teste não são aceitos em Dubai. Os viajantes devem trazer um certificado oficial impresso em inglês ou árabe para fazer o check-in - SMS e certificados digitais não são aceitos. Os certificados PCR em outros idiomas são aceitáveis se puderem ser validados no embarque. Os passageiros que chegam em Dubai do Brasil serão obrigados a fazer outro teste PCR COVID-19 na chegada ao aeroporto Internacional de Dubai. Para mais informações, clique aqui.



Visto grátis na chegada em Dubai

Os brasileiros que viajam para Dubai podem aproveitar a facilidade do visto grátis na chegada e descobrir tudo o que a cidade tem a oferecer. Dubai foi reaberta para visitantes de negócios e lazer com novos protocolos de viagens aéreas que protegem a saúde e a segurança dos visitantes e comunidades.



1 milha Emirates Skywards para cada 1 minuto em Dubai

Ganhe 1 milha no programa Emirates Skywards para cada 1 minuto que passar em Dubai entre outubro de 2021 e março de 2022. Os associados atuais e aqueles que se inscreverem no programa Emirates Skywards antes de 31 de março de 2022 podem aproveitar a promoção; basta acessar emirates.com. Reserve uma passagem agora e aproveite o melhor de Dubai e ganhe até 5.000 milhas Skywards durante a sua estadia na cidade*.



Voe melhor e com mais segurança na Emirates

A Emirates introduziu um conjunto abrangente de medidas de segurança no ar e no solo para fornecer aos passageiros os mais altos padrões de segurança e higiene em cada etapa da viagem. A companhia aérea também introduziu recentemente a tecnologia sem contato para facilitar a conexão do cliente no aeroporto de Dubai.

Os clientes podem viajar com tranquilidade, pois a companhia aérea ampliou sua cobertura de seguro para múltiplos riscos. Além disso, o Emirates Skywards foi um dos primeiros programas de fidelidade do mundo a oferecer aos seus associados uma extensão do status até 2022. A validade de qualquer milha Skywards com vencimento em abril de 2020 foi prorrogada até 31 de dezembro de 2021, fornecendo aos associados Emirates Skywards mais oportunidades para usar suas milhas em uma ampla variedade de benefícios e privilégios.

Os associados Emirates Skywards podem acumular milhas ao usar serviços de parceiros que incluem companhias aéreas, hotéis, aluguel de carros e serviços financeiros. Os associados também podem acumular milhas ao comprar em mais de 1.300 lojas no maior destino de compras do mundo, The Dubai Mall, e de parceiros Skywards Everyday, que fornecem serviços de lazer, entretenimento, restaurantes e muito mais. As milhas Skywards podem ser usadas em passagens aéreas de companhias aéreas parceiras, estadias em hotéis, ingressos para eventos esportivos e culturais e experiências extraordinárias. Veja mais informações em emirates.com/skywards.

*Verifique os termos e condições.

  

Você sabe a diferença entre marca e patente?

A maioria das pessoas possuem o hábito de se referir ao registro de marca como registo de patente de marca, ocorre que a marca é o nome dado a um produto ou empresa e é sempre utilizado para distinguir um mesmo produto de outro, quando este produto possuir fabricantes distintos, o mesmo, se aplica aos serviços, por exemplo, a marca tem o poder de diferenciar um chocolate do fabricante “A” do chocolate do fabricante “B” ou um serviço por exemplo de um supermercado “A” de outro supermercado “B”.

No caso da Patente, ela se trata de um título conferido pelo governo a todo aquele que, por meio de um depósito de patente que preencha os requisitos legais, de uma inovação, ou seja, todo aquele que criar um produto novo que possa ser industrializado, ou mesmo um processo que proporciona, em geral, uma nova maneira de fazer algo ou oferece uma nova solução técnica para um problema. Para obter uma patente, as informações técnicas sobre a invenção devem ser divulgadas ao público em um pedido de patente cujo depósito brasileiro é feito no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

O registro da patente dá ao seu titular o direito exclusivo de impedir que terceiros explorem comercialmente a invenção patenteada. Em outras palavras, a proteção da patente significa que a invenção não pode ser feita, usada, distribuída, importada ou vendida comercialmente por terceiros sem o consentimento do titular da patente. Já no caso do registro de Marca, o titular do registro, mesmo tendo  a exclusividade de uso do nome em todo o território nacional, terá o direito apenas de impedir que um produto ou serviço idêntico ou semelhante ao seu – em certos casos - seja oferecido no mercado com a mesma marca ou uma marca que à ela se confunda.

Tanto a Patentes quanto o registro de Marca são direitos territoriais. Em geral, os direitos exclusivos são aplicáveis ​​apenas no país ou região em que a marca e a patente foram depositadas e concedidas, de acordo com a legislação desse país ou região. A proteção concedida por uma patente de invenção, geralmente, vale por 20(vinte) anos contados da data do protocolo inicial da patente, cuja fim da vigência decreta o domínio público da matéria revelada na documentação da patente, possibilitando, assim, que todo aquele que se interessar pela tecnologia, possa usufruir-se dela sem ter que pagar Royalty por isso. No Brasil e em alguns países, a lei garante também o direito de obter uma patente de Modelo de Utilidade, para um objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação, cuja proteção é de apenas 15 anos contados da data do protocolo inicial.



No caso do registro de marca, a proteção poderá ser eterna ou, enquanto desejar o titular, pois, o registro é concedido por prazo indeterminado, todavia, com a necessidade de se efetuar a prorrogação do registro a cada 10(dez) anos, sob pena de ser extinto se não for prorrogado, perdendo-se a validade, retornando a marca ao domínio público, para que possa ser objeto de novo pedido de registro. O registro da marca também poderá ser extinto por caducidade se, decorridos 5(cinco) anos de sua concessão, o titular não a estiver utilizando ou, se no mesmo prazo utilizar a marca de maneira distinta daquela conferida no registro.

Patentes não são conceitos abstratos, elas desempenham um papel prático e inestimável na vida cotidiana e se trata de uma compensação ao inventor que se utilizou de seus conhecimentos, práticos, técnicos e científicos, na busca de uma solução para um problema existente, apresentando assim, uma nova solução. A recompensa das ideias materializadas nas patentes, se transforma num estímulo ao desenvolvimento de inovações e novas tecnologias em todos os campos tecnológicos, contribuindo para que as novas tecnologias sejam cada vez mais acessíveis a todo o planeta.

 

Onde encontrar ajuda

Você deve procurar o aconselhamento de um advogado de marcas e patentes para obter ajuda no desenvolvimento ou implementação de sua estratégia de proteção, tanto da marca quanto da invenção (patente). O advogado especialista na matéria poderá orientá-lo durante o processo de seleção e registro da marca bem como, da elaboração e protocolo da patente.

 


Wagner José da Silva - advogado de marcas e patentes há mais de 23 anos, técnico avançado em marcas e patentes, matriculado no INPI desde 1998 e membro da ABAPI - Associação Brasileira de Agentes da Propriedade Industrial. linkedin.com/in/wagnerjosedasilva - facebook.com/wagnerjsilva.adv - instagram.com/wagnerjsilva.

 

Open banking - Perguntas e respostas

Com a proximidade do open banking, surgem muitas dúvidas sobre como ficará o mercado financeiro e qual o impacto ao consumidor.

Para auxiliar, o especialista em regulação José Luiz Rodrigues, da JL Rodrigues & Consultores Associados, respondeu as principais dúvidas do público.

 

1 - Com o open banking, os bancos irão solicitar aos clientes que atualizem suas informações ou essa iniciativa deverá partir dos próprios clientes?

Partindo da premissa de que, com o open banking, os clientes são os donos dos seus dados, a autorização de compartilhamento deve partir deles.

Os bancos e instituições financeiras que já possuem o cadastro do cliente e oferecem serviços a ele não tendem a acionar esse cliente voluntariamente, solicitando sua autorização para a distribuição dos seus dados à concorrência.

O interesse em ter acesso aos dados dos consumidores é de instituições financeiras que não os têm como clientes. Portanto, é esperado que essas instituições concorrentes sensibilizem os consumidores, para que autorizem o compartilhamento de seus dados.

 

2 - Na prática, como isso acontecerá?

A tendência é que tenham cada vez mais produtos e serviços de instituições financeiras e fintechs à disposição. Caso haja interesse, a pessoa deve enviar à instituição em que possui conta/cadastro a autorização de compartilhamento de seus dados, além de autorizar o recolhimento desses dados pela outra instituição.

Então, o que deve acontecer é que o cliente vai ser cada vez mais ativo, na medida em que for impactado por ofertas - e a tendência é que surjam cada vez mais ofertas, porque o mercado estará mais competitivo.

 

3 - Como funciona a autorização de compartilhamento dos dados? O cliente deve autorizar a empresa que hoje detém as informações e também a que irá recebê-los?

Exatamente. Com o open banking, os dados vão trafegar em sistemas com dupla proteção, já que o cliente precisará autorizar a empresa detentora dos dados a fazer o compartilhamento e, também, a que irá receber as informações compartilhadas.

 

4 - Caso ocorra algum vazamento de dados ou outra prática que o cliente considere irregular, como a pessoa deve proceder?

 Primeiramente, é importante dizer que cada empresa deve manter um canal de atendimento ao consumidor voltado exclusivamente à gestão de dados, segundo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). A lei não especifica como deve ser esse canal, se um portal, telefone ou e-mail, por exemplo, mas coloca como obrigatória a criação desse meio. Então, cada pessoa pode acionar esse canal para saber quais dados está compartilhando com determinada empresa, por qual motivo e/ou protocolar alguma reclamação.

Além deste canal, a LGPD não substitui as formas de proteção já existentes e de conhecimento da população. Se o cliente identificar o uso indevido de seus dados, ele pode reclamar acionando tanto os canais da empresa quanto o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) com base no Código de Defesa do Consumidor.

Agora, caso tenha ocorrido um vazamento de dados, que é considerado algo de alta penalização pela LGPD e pelas normas do open banking, deve haver investigação tanto pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), responsável pelas penalizações na LGPD, quanto pelo Banco Central.

 

5 - Quais dados serão compartilhados com outras instituições?

Todos os dados que já estão na instituição financeira do cliente, como os dados pessoais de identificação (nome, CPF, RG, etc.), os dados de correspondência e/ou contato (endereço residencial, endereço comercial, telefone e e-mail) e os dados sobre o perfil econômico, como movimentação financeira, limite, renda, entre outros.

Entretanto, é importante destacar que esse compartilhamento será progressivo, ou seja, ocorrerá em diferentes etapas durante a implementação do open banking. Na segunda fase desta implementação, que foi iniciada no começo de agosto, somente serão compartilhados os dados pessoais. Na próxima fase, prevista para o final do ano, entram os dados transacionais e, por último, os dados correspondentes ao uso de cartões de crédito.

 

6 - O que o consumidor pode ganhar com o compartilhamento de seus dados bancários?

Um dos principais objetivos do open banking é possibilitar que os consumidores tenham maior acesso a produtos e serviços, com melhores taxas e condições de pagamento. Portanto, com seus dados em mãos, bancos e instituições financeiras podem oferecer produtos e serviços mais vantajosos, de acordo com o seu perfil.

 

7 - Uma vez que os dados foram compartilhados, o cliente pode voltar atrás?

Sim, a qualquer momento o cliente pode deixar de autorizar o compartilhamento de seus dados com instituições financeiras das quais ele não seja cliente.

 

 

JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/

 

Novidade no e-Social vai facilitar o registro de funcionário pelo MEI e pelo segurado especial

A modernização do sistema irá permitir que as operações sejam feitas de forma unificada e simplificada, estimulando regularizações de contratações e novos postos de trabalho

 

A partir de outubro de 2021 estará disponível o módulo simplificado do e-Social. A novidade consiste em um ambiente virtual voltado para escrituração digital das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias que irá beneficiar todos os Microempreendedores Individuais e Segurados Especiais que possuem alguma pessoa contratada ou que pretendem contratar.

Com o módulo simplificado do e-Social os empreendedores terão mais autonomia, agilidade e eficiência no processo de contratação de pessoal, prestação de contas de folhas de pagamento e recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de contribuições previdenciárias. A expectativa é que, com a novidade, seja reduzida a burocracia, os empreendedores ganhem mais estímulos para realizarem contratações e, com isso, acabem gerando mais trabalho e renda para o país.

Segundo a analista de políticas públicas do Sebrae, Helena Rego, o e-Social simplificado tem potencial de impactar positivamente milhões de MEI e Segurados Especiais. “Cerca 3,5% dos 13 milhões de MEI têm empregados contratados formalmente. Com o lançamento dessa modernização no processo de regularização é possível que muitos que já possuam empregados ou auxiliares não formalizados optem pela formalização. Isso vai gerar mais postos de emprego e beneficiar mais pessoas com os direitos previdenciários e trabalhistas”, afirma.

Além dos MEI, os segurados especiais que exercem as suas atividades em pequena produção ou familiar, poderão usufruir da nova ferramenta do e-Social.  Dentro do novo sistema do e-Social estará disponível, ainda, a geração unificada e simplificada das guias para recolhimentos de Contribuição Previdenciária (INSS) e FGTS, por meio do Documento de Arrecadação do e-Social (DAE).

Helena Rego acredita que a modernização dos processos de registros trabalhistas representa um grande avanço aos MEI e Segurados Especiais. “São trabalhadores que possuem uma rotina de trabalho intensa. Muitos deles se dedicam sozinhos aos negócios. Com essa facilidade,  aquela pessoa que, por exemplo, faz refeições para vender todos os dias pode contratar uma outra pessoa para ajudar e com essas facilidades ficará mais simples regularizar esta mão de obra”, pontua.


Saiba quais são os principais erros e desafios para se criar uma startup

Sebrae oferece conjunto de soluções para ajudar empreendedores desse segmento

 

Nem a pandemia foi capaz de frear o crescimento do mercado de startups.  De acordo com o estudo Inside Venture Capital, durante o 1º semestre de 2021, o volume de investimentos em negócios dessa natureza, no Brasil, foi de US$ 5,2 bilhões. Esse valor, em apenas seis meses, já ultrapassou em 45% o total investido em todo o ano de 2020. O estudo ainda revela que foram realizados 339 aportes de janeiro a junho de 2021, número aproximadamente 35% superior ao ano passado.

Entretanto, mesmo com o mercado aquecido, os empreendedores de startups precisam ficar alerta em relação aos desafios e erros mais comuns cometidos por quem resolve criar uma empresa desse segmento. Essas pessoas devem ficar atentas também ao que significa uma startup, que de acordo com o Marco Legal de Startups (Lei 182/2021), aprovado nesse ano pelo Congresso Nacional,  é uma organização empresarial com atuação em inovação aplicada a modelo de negócios, produtos e serviços ofertados.

A analista de inovação do Sebrae Natália Bertussi destaca que o primeiro ponto a ser analisado é se a ideia é inovadora e se resolve um problema real, requisito essencial para essa atividade. “Depois disso, é importante desenvolver um protótipo, validar hipóteses no mercado, buscar parceiros e captar recursos e clientes”, comenta a analista.  Ela ressalta que o Sebrae tem diversos programas que ajudam os empreendedores a lançarem suas propostas no mercado.

O Sebrae atua na aceleração do empreendedor e do seu negócio, bem como potencializa conexões de modo a fortalecer o ecossistema. “Desde 2012, possuímos uma atuação estruturada com startups, por meio da realização e apoio de diversas iniciativas como mentorias, capacitações, consultorias, missões e etc, tanto em nível nacional quanto estadual e conseguimos desenvolver e fortalecer os pequenos negócios inovadores atendidos”, revela Natalia.

A instituição ainda oferece cursos online e gratuitos, conteúdos rápidos sobre startup, oportunidades de conexão com programas nacionais de apoio a startups com foco em três grandes eixos: capacitação, conexão e fortalecimento do ecossistema para que os empreendedores consigam superar seus desafios e evitar os erros mais comuns.

Além disso, existem diversas ferramentas disponíveis no mercado e que devem ser utilizadas para ajudar no desenvolvimento da empresa. “Recomendamos, para a modelagem do negócio e para poder validar a proposta de valor, o Canvas de Modelo de Negócios, que permite que a startup desenvolva um mínimo produto viável (MVP) para ter feedback da validação das hipóteses de valor e crescimento”, revela a analista que recomenda ainda o uso do Trello, ferramenta de gestão de projetos ágeis para monitorar as entregas e os progressos da execução.

Saiba quais são os maiores desafios das startups:

  • Os desafios enfrentados por uma startup não são muito diferentes dos enfrentados por empresas tradicionais também. Talvez, a grande diferença esteja na rapidez com que as coisas devem acontecer.
  • Nas startups o ritmo deve ser mais rápido: encontrar uma solução rápida, pivotar rápido...
  • Transformar uma ideia em um produto
  • Burocracia e tempo para abertura de empresa
  • Juros altos na tomada de crédito
  • Definição de uma cultura organizacional
  • Falta de sócios qualificados.


Conheça os principais erros:

  • Achar que sua ideia é de fato a solução para um problema real
  • Não dedicar tempo para executar, pois tempo é fator crucial para o sucesso de uma startup
  • Time sem função complementares
  • Utilizar o recurso sem o mínimo de planejamento e queimar caixa


Mês das startups

Agosto é o mês das startups no Sebrae. Esse segmento de negócios, que vem crescendo rapidamente no país, é representado por pequenas empresas inovadoras que criam soluções tecnológicas para diferentes problemas vividos por consumidores e outros negócios (inclusive grandes corporações). O Sebrae preparou para esse mês uma programação com Trilhas de Conhecimento e orientações que vão ajudar os empreendedores a evitarem os erros mais comuns que levam ao fechamento precoce de muitas startups.


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