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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Baixa procura por vacina contra a gripe preocupa especialistas

Shutterstock

Imunizante protege contra o vírus influenza, causador do H1N1, alerta infectologista do CEJAM


Enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) celebra o avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo Brasil, uma outra campanha de imunização tem preocupado os especialistas. Neste ano, a adesão à vacinação contra a gripe está bem abaixo do esperado, mesmo durante o inverno, estação do ano em que a incidência de doenças respiratórias, como rinite, asma e resfriado, é maior.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 72% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, compostos por idosos, crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde e educação, tomaram a vacina. O objetivo é imunizar ao menos 90%.

Além destes grupos, a vacinação já foi liberada para a população geral, e a busca do imunizante por estas pessoas também está baixa.

A dose é responsável pela imunização contra o vírus influenza e é capaz de proteger a população contra os sorotipos A, conhecido como (H1N1) e (H3N2); e B, que não possui subtipos e é considerado mais grave.

A infectologista e coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", Dra. Rebecca Saad, destaca a importância da vacinação contra a gripe para reduzir a gravidade da doença.

"A vacina, além de prevenir, suaviza os efeitos numa eventual infecção, reduzindo consideravelmente a necessidade de internação e evolução de quadro", explica.


Vacina gripe x Vacina Covid-19

De acordo com a Dra. Rebecca, um dos motivos pelos quais as pessoas têm deixado de tomar a vacina contra a gripe este ano é a preocupação de que interfira na imunização contra o Coronavírus.

"Soma-se a isso o fato de, na maioria dos casos, as pessoas terem que ir à unidade de saúde uma terceira vez para tomar a vacina. Isso também tem contribuído para o descuido da população", observa a especialista.

A vacina contra a gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS e o intervalo entre ela e as doses que previnem contra o Coronavírus deve ser de ao menos 14 dias.

"Assim como a vacina contra a Covid-19 e todos os imunizantes disponibilizados para prevenir doenças virais, é importante que o máximo da população esteja imunizado para que haja a diminuição da circulação e propagação dos vírus", alerta a infectologista.


Contraindicação

A campanha de vacinação contra a gripe 2021 foi lançada em 12 de abril e a liberação da imunização à população geral aconteceu no mês de julho, podendo ser realizada em postos e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), enquanto durar o estoque nas unidades.

O imunizante é contraindicado apenas para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação a um alérgeno) nas doses anteriores.

Pacientes alérgicos a ovo podem e devem tomar a vacina normalmente, pois, segundo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), graças aos avanços da ciência, a quantidade utilizada foi reduzida substancialmente na produção das doses, tornando improvável algum efeito colateral por conta componente.

"Se você ainda não tomou a dose da vacina contra a gripe, sendo ou não parte dos grupos de prioritários, vá até uma unidade de saúde próxima e faça a sua parte, imunizando-se também contra esta doença, principalmente neste período em que tantas pessoas tendem a ficar gripadas", finaliza a médica.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Estrabismo na infância não deve ser negligenciado, aponta estudo

Estudo mostrou que 1 em cada 4 casos de estrabismo não é tratado dentro do período considerado crítico para o desenvolvimento visual



Poucas pessoas sabem, mas o desenvolvimento visual ocorre fora do útero. Isso quer dizer que a visão é o último sentido do corpo humano a se desenvolver. Portanto, o sistema visual deve ser acompanhado de perto pelos pais e educadores.

O estrabismo, por exemplo, é uma condição que pode ser congênita, quando a criança já nasce com o desvio, como também pode se desenvolver durante os primeiros anos de vida.

Entretanto, de acordo com uma revisão de estudos, publicada no Journal Français d’Opthalmologie, 1 em cada 4 casos de estrabismo não é tratado dentro do período considerado crítico para o desenvolvimento visual.


Desvio não detectado

Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo, é comum os pais não reconhecerem que existe um desvio do olho da criança. “Isso ocorre, principalmente, quando o estrabismo é o divergente intermitente. Nesse tipo, o olho se desvia para fora, porém de vez em quando”.

“Naturalmente, nos casos congênitos ou muito exacerbados, quando o estrabismo é convergente, em direção ao nariz, as alterações são mais evidentes para os pais. Mas, nem sempre um especialista é procurado de forma precoce”, comenta Dra. Marcela.

Para além disso, no Brasil há um segundo obstáculo: a dificuldade de acesso aos serviços de oftalmologia. Nem todas as cidades possuem especialistas em estrabismo. Mesmo nas que possuem, o caminho para chegar até o serviço de oftalmologia depende do atendimento primário, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).


Período crítico


O estrabismo não é uma questão estética. Na verdade, a condição pode afetar o sistema visual de forma irreversível.

“Isso ocorre quando a criança desenvolve a ambliopia, mais conhecida como olho preguiçoso. Quase metade dos casos de ambliopia está ligada ao estrabismo não tratado, que afeta a visão binocular, aquela que permite visualizar as imagens em 3D”, explica Dra. Marcela.

A retina capta duas imagens (uma de cada olho) e as envia para o cérebro, que as une em uma única imagem. Entretanto, na criança com estrabismo, o cérebro recebe dois estímulos visuais diferentes e escolhe a melhor imagem.

“Essa supressão por tempo prolongado, durante o período considerado crítico para o desenvolvimento visual, que é por volta dos 2 anos de idade, e que se completa por volta dos 7, pode levar à supressão irreversível, ou seja, o cérebro irá continuamente favorecer o olho com a melhor visão, reduzindo a capacidade visual do olho afetado”, explica Dra. Marcela.


Visão é essencial para o desenvolvimento

A visão é essencial para o desenvolvimento global da criança nos primeiros anos de vida. Na escola, uma boa visão garante um processo de aprendizagem mais efetivo.

“É justamente no início da vida escolar que as alterações visuais costumam ser notadas. Contudo, dependendo da idade da criança, pode ser tarde demais para reverter os danos causados pelo estrabismo”, reforça Dra. Marcela.


Avaliação oftalmológica deve ser precoce

A solução para garantir um bom desenvolvimento visual é levar a criança para uma primeira consulta com um oftalmopediatra no primeiro ano de vida. Caso não seja detectada nenhuma condição ocular, a avaliação deve se repetir na idade pré-escolar, por volta dos quatro anos, bem como no início da alfabetização.

Em relação ao estrabismo, até os três meses de idade os bebês podem apresentar algum grau de imaturidade visual. Isso pode levar a um desalinhamento dos olhos.

"Todavia, desvios bem estabelecidos e fixos desde o nascimento não mudam e indicam o estrabismo. Portanto, o ideal é levar o bebê em um oftalmopediatra para uma avaliação mais apurada”, ressalta Dra. Marcela.

De acordo com a especialista, o tratamento do estrabismo, na maioria dos casos, é cirúrgico. "A única exceção é o estrabismo acomodativo, causado pela hipermetropia. Esse desvio é corrigido por meio do uso de óculos. Outro ponto é que o uso do tampão não trata o estrabismo, mas sim a ambliopia. A oclusão serve para favorecer a visão do olho afetado pelo desvio”.

“Portanto, o desvio ocular depende da cirurgia de correção do estrabismo, que irá restabelecer o equilíbrio dos músculos que controlam os movimentos oculares, ou seja, irá alinhá-los para que trabalhem juntos. A cirurgia, preferencialmente, deve ser realizada antes dos 7 anos de idade”, finaliza Dra. Marcela.


Dia Nacional de Combate ao Fumo: hábito e consumo aumentaram durante a pandemia

Divulgação
Pneumologista do Vera Cruz Hospital explica sobre os prejuízos à saúde; fumantes têm mais chances de desfecho fatal caso contraiam o novo coronavírus


"Uma válvula de escape para os momentos de estresse e irritação." Assim Helena Molinari, 39 anos, profissional de relações públicas, resume o vício no cigarro. "Sou fumante há três anos e, durante a pandemia, minha rotina de trabalho tem sido em home office, o que facilita o acesso ao tabaco. Preciso gerir o tempo e a equipe a distância, tenho mais demandas e cobranças, e acabo fumando mais."

O caso de Helena não é isolado. Aliás, pelo contrário, se aplica a muitos brasileiros. Dados do IPC Maps, banco de dados que mede o índice potencial de consumo em todo país, mostra que o consumo do tabaco aumentou 16% em 2021, quando comparado ao ano passado. Na região de Campinas, o crescimento foi de 16,6%, um pouco acima dos parâmetros nacionais, sendo o vício mais presente nas classes C, D e E, que fumaram 20% a mais do que em 2020.

Os dados ganham destaque no próximo domingo (29), que marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Na visão do pneumologista Ricardo Siufi, do Vera Cruz Hospital, o aumento durante a pandemia é multifatorial. "Provavelmente, o maior gatilho está na questão emocional, como coexistência de transtorno de ansiedade e depressão em pacientes tabagistas. Não podemos negar, porém, que novos hábitos desenvolvidos ao longo da pandemia, como o trabalho em home office, por exemplo, exercem uma influência importante, visto que diversos regimes de trabalho presenciais não permitem o tabagismo", exemplifica.

Outra pesquisa, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), já havia monitorado este aumento no ano passado, logo que a orientação à população era pelo distanciamento social para combater a disseminação do coronavírus. Na ocasião, mais de 30% dos homens e 38% das mulheres fumantes passaram a consumir, ao menos, 10 cigarros a mais por dia em média.

A maioria das pessoas acende o primeiro cigarro por curiosidade ou, eventualmente, de forma recreativa. "Comecei por curiosidade. É um vício nocivo para a saúde, quero sempre parar porque não gosto de fumar, me incomoda o cheiro, o gosto, mas ainda não consegui. Tentei no início deste ano, mas achei que estava fazendo bem para meu psicológico, e não encontrei ainda um substituto para esse momento de pausa e reflexão que o cigarro me propõe", adiciona Helena.

Para o médico, as pessoas perpetuam o hábito de fumar pela presença da nicotina. "A substância tem alto poder em causar dependência e gerar uma sensação de bem-estar, com uma ativação importante de nosso sistema de recompensa", explica Siufi.

Segundo o médico, o crescimento no tabagismo durante a pandemia é preocupante, pois o hábito piora os desfechos da Covid-19. "Temos vivido com frequência complicações de pessoas fumantes. O uso do tabaco pode elevar o risco de desenvolver a Covid-19, com quadros mais graves e até mesmo fatais", salienta.


Doenças relacionadas ao consumo do tabaco

O especialista esclarece que o consumo do tabaco deve ser tratado como uma doença, já que causa dependência. "Não apenas a nicotina exerce efeito maléfico para o nosso organismo, tanto que já foram encontradas mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas no cigarro industrial", diz.

O ato de fumar está relacionado a aproximadamente 50 doenças, entre elas as respiratórias (doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções respiratórias e asma), cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial) e diversos tipos de cânceres (pulmão, laringe, faringe e esôfago).

"Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que os não fumantes e têm menor resistência física, menos fôlego e um pior desempenho nos esportes e na vida sexual, além de envelhecerem mais rapidamente", pontua Siufi.


Benefícios de parar de fumar

Cessar o consumo de cigarro traz inúmeros benefícios, segundo o pneumologista. Tais vantagens podem ser observadas logo na primeira hora. "Com 20 minutos, é possível observar melhora na pressão sanguínea. Em duas horas, há uma baixa acentuada nos níveis de nicotina no sangue. Entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido à metade e, finalmente, após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram", classifica.

O primeiro passo para parar de fumar é reconhecer os danos que o hábito causa à saúde e, na sequência, procurar por um pneumologista para uma avaliação adequada e início a tratamentos adequados. "Os cuidados envolvem desde um exame clínico completo, solicitação de exames e avaliação do grau de dependência nicotínica para que, assim, em decisão compartilhada, seja proposta a melhor terapêutica para a cessação", conclui Siufi.



Fonte: Hospital Vera Cruz


Rápida propagação de variante Delta reforça necessidade de medidas de proteção

Especialista explica o que se sabe até o momento sobre a variante e o que fazer para se prevenir


Surgida em dezembro de 2020, na Índia, a variante Delta da COVID-19 tem se espalhado rapidamente por diversas cidades do mundo e trazido urgentes necessidades de aceleração no processo de vacinação e retomada das regras de restrição.  No Brasil, entre 10 de janeiro e 17 de julho, foram notificados 27 casos da doença, que têm sido monitorados de perto pelas autoridades e muitos apresentaram evolução favorável. No entanto, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância e Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS), os dados disponíveis não possibilitam estabelecer consenso sobre sua transmissibilidade, gravidade e potencial de escape imunológico. 

Desde o início da pandemia, quatro variantes de destaque da COVID-19 já foram identificadas: Alfa, Beta, Gama e a já referida Delta. “Já era esperado que aparecessem variantes do SARS-CoV-2, por isso os grupos de vigilância têm realizado ações para monitorá-las”, explica a Profª Drª. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina. “Esse acompanhamento é importante para entendermos a capacidade de transmissão dessas variantes, os números de quadros infecciosos graves, a eficácia dos tratamentos disponíveis e, principalmente, a efetividade das vacinas”. 

Nesse contexto, a Delta acaba por ganhar destaque visto que estudos preliminares apontam maior potencial de transmissão dessa variante quando comparada com as demais, especialmente no que diz respeito a pessoas que estejam com o sistema imunológico comprometido. “Esse grupo pode apresentar evoluções mais desfavoráveis quando infectados pela variante Delta, e nisso se incluem idosos”, completa Raquel.  

É importante lembrar que a vacinação está entre as principais medidas de prevenção contra a doença, e estudos preliminares atestam a eficácia dos imunizantes disponíveis no Brasil na prevenção das infecções. No entanto, a professora lembra que nenhuma vacina tem eficácia de 100%. “Por isso, é muito importante que, mesmo após a imunização completa pelas vacinas, as pessoas sigam fazendo o distanciamento social, a higienização das mãos, sigam com o uso de máscaras e com a limpeza e desinfecção de ambientes”, acrescenta. “Estas medidas, somadas ao isolamento de casos suspeitos e confirmados de infectados, favorecem o controle da transmissão da Covid-19 e suas variantes existentes e novas que possam vir a surgir”. 


Sintomas 

Os sintomas apresentados pela variante Delta são os mesmo da COVID-19 regular, então é importante estar atento para saber reconhecer, identificar e notificar qualquer suspeita da doença para as autoridades responsáveis. “O indivíduo com os sintomas leves da infecção, chamada síndrome gripal, irá apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e distúrbios olfativos ou gustativos”, explica a professora.  

Sobre os sintomas de casos graves da doença, conhecidos como síndrome respiratória, Raquel completa que a pessoa infectada irá sentir um desconforto respiratório, pressão ou dor no tórax, ou coloração azulada nos lábios ou rosto. “Em crianças, além dos itens anteriores, é importante observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência”, finaliza.  

 


Faculdade Santa Marcelina


DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO: ENTENDA A RELAÇÃO DO TABAGISMO COM A ALIMENTAÇÃO

Essa data, comemorada no próximo dia 29 de agosto, tem como objetivo reforçar à população os danos causados pelo tabaco


Algumas pessoas relatam o medo de parar de fumar e engordar, porque já viram isso acontecer com conhecidos. Muitas vezes, o cigarro é uma válvula de escape para momentos de ansiedade e, quando a pessoa para de fumar, ela pode buscar esse escape em alimentos calóricos, por isso o aumento de peso. Nem o cigarro, nem a comida devem ser usados no controle da ansiedade. Encontrar a verdadeira causa desse sintoma é importante e a terapia psicológica pode ajudar.

Além de o cigarro poder desenvolver formas mais graves da covid-19, outro problema que pode ser acarretado por ele é o câncer. Assim como a dieta não saudável e a obesidade, o tabagismo corresponde a, aproximadamente, 30% das causas preveníveis de câncer. A alimentação também tem grande influência no processo daqueles que querem parar de fumar e pode ser peça-chave para quem está passando por ele.

"Esses fatores estão relacionados a diversos tipos de câncer, porém o tabagismo aumenta ainda mais o risco de câncer de pulmão, bexiga, cavidade oral e esôfago. Portanto, dentro das campanhas de prevenção de câncer há um grande incentivo a uma dieta com mais frutas, hortaliças, fibras, menos carne vermelha e álcool, perda de peso para as pessoas com obesidade, dizer não ao sedentarismo e ao cigarro", explica a nutróloga Dra. Andrea Pereira, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Parar de fumar é fundamental para evitar não apenas o câncer, como também problemas cardiovasculares. Essa decisão, ao mesmo tempo necessária e difícil, exige planejamento e ajuda de profissionais de saúde. Pode ser uma oportunidade para que hábitos prejudiciais à saúde sejam revistos e assim, aconteçam mudanças positivas nos hábitos alimentares e na prática de atividade física, o que trará inúmeros benefícios à saúde.



Dra. Andrea Pereira -  édica nutróloga. Doutorado pela Endocrinologia da UNIFESP em Obesidade e Cirurgia Bariátrica, Pós-Doutorado concluído pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa e outro em andamento na Medicina Esportiva da USP. Ela é também médica nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, além de presidente e cofundadora da ONG Obesidade Brasil. Membro da Comunidade Canadense de Terapia Nutricional, membro do Núcleo de Saúde Alimentar da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro do Núcleo de Cuidado Paliativo e Suporte da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. No consultório, atende casos de Nutrologia Esportiva, Geriátrica, Oncológica, Hospitalar, Obesidade, Gestantes e Preventiva.

https://www.draandreanutrologia.com.br/curr%C3%ADculo


Home office e dores nas costas: estresse, sedentarismo ou má postura?

Especialista parceiro da Care Plus explica as origens de uma das principais queixas de quem adotou o formato de trabalho remoto

 

Desde o início da pandemia da Covid-19 no Brasil, em março de 2020, muitas empresas adotaram o formato de trabalho remoto, para preservar a saúde de suas equipes, evitar circulação de pessoas e aglomerações nos ambientes de trabalho. Muitos se adaptaram ao trabalho em casa e não desejam retornar ao escritório. Entretanto, uma queixa se tornou comum entre os indivíduos que estão há um ano e cinco meses trabalhando no próprio lar: as dores nas costas. 

A origem das dores levanta dúvidas em quem as sente: será estresse após uma longa reunião via vídeo na mesma posição? Ou, quem sabe, sedentarismo, já que algumas pessoas evitam sair de casa para praticar exercícios ao ar livre ou em academias? E a má postura, com cadeiras inadequadas ou mesas altas ou baixas demais? As dores nas costas continuam sendo a principal inimiga de quem trabalha sentado ou na mesma posição por longas jornadas, principalmente se não utilizam o aparato de trabalho correto. O Cirurgião de Coluna Rafael Sugino, especialista parceiro da Care Plus, operadora de saúde premium, responde às principais dúvidas das pessoas que sofrem com esse desconforto e explica maneiras de minimizar as dores e corrigir as falhas.

 

Dores nas costas trabalhando em casa

Segundo Rafael, problemas na coluna são influenciados pelo tripé composto da estrutura do organismo (genética), de como a pessoa faz a manutenção da coluna (prevenção) e de como ela faz uso do corpo (esforço). “A genética se refere à combinação dos genes do pai e da mãe e determina a resistência e as características da coluna do indivíduo. A manutenção do corpo é feita pelo fortalecimento de musculatura específica, atividade física na forma de exercícios e vida ativa. O uso da coluna se refere à demanda à qual o organismo é submetido”, explica Sugino. 

Durante a pandemia, com o isolamento social, muitas pessoas passaram a ter hábitos alimentares menos saudáveis, como diminuição de atividades e exercícios físicos no dia a dia, ganho de peso e longas horas em posições inadequadas, com equipamentos menos preparados para a jornada de trabalho. “O resultado desses fatores de risco para a coluna pode ser o aparecimento de novas dores ou a piora de dores que já existiam”, complementa o profissional. 

Trabalhar com posturas extremas que colocam a coluna vertebral em posições de sobrecarga (como sentado no chão, na cama ou no sofá) acabam por submeter o organismo a estresses atípicos ou inadequados, o que pode resultar em novas lesões, ou enfraquecer a estrutura da coluna e acelerar o seu desgaste.

 

A cadeira ideal

Sugino explica que alguns pontos importantes devem ser considerados para a escolha correta da cadeira e do assento para o trabalho e, assim, não prejudicar a coluna. “O primeiro ponto de atenção é escolher uma cadeira com assento de espuma compatível com o peso da pessoa que irá utilizá-la. A altura do indivíduo e o comprimento da coxa devem estar alinhados com o assento: este deve contemplar a região das nádegas até próximo ao joelho dobrado, e ter a largura compatível com as pernas e nádegas. O tamanho do apoio das costas deve ser considerado e acomodar bem a região lombar, assim como a região torácica. 

Ter um apoio para cotovelos e braços também ajuda no suporte dos membros, o que tira a tensão na região dos ombros e consequentemente pode gerar um alívio de dores na coluna cervical e região dorsal. O ajuste de altura da cadeira deve permitir que o indivíduo fique com os pés totalmente apoiados no chão, com os joelhos e os quadris dobrados em aproximadamente 90 graus”, salienta Sugino. 

O fator de conforto que a cadeira oferece também deve ser prioridade. Por isso, é importante experimentar a cadeira antes de comprá-la. E se a compra for via internet, atentar-se às avaliações de quem já comprou e buscar lojas de confiança.

 

Estresse pode piorar as dores?

Segundo o ortopedista, o estresse atua como fator não físico nas dores de forma geral. “Normalmente, ambos os fatores físicos (artrose, degeneração, inflamações) e não físicos (estresse e ansiedade) atuam como coparticipantes das dores nas costas. Em cada caso, é importante entender o grau de participação de cada fator no quadro de sofrimento do indivíduo e buscar tratamento com profissionais especializados”, finaliza Sugino.

 

Enfermeira alerta sobre cuidados no pré e pós-operatório de cirurgias ginecológicas

Para uma boa recuperação é necessário seguir alguns cuidados básicos, como repouso, abstenção sexual e higiene adequada


Todas as cirurgias ginecológicas necessitam de cuidados pré e pós-operatórios e a atenção redobrada leva a uma recuperação mais tranquila e sem complicações trazendo o resultado esperado e bem-estar para o paciente. Pensando nisso, a Vidia, plataforma que conecta hospitais particulares com pacientes que necessitam de cirurgias eletivas, traz dicas sobre os principais cuidados que devem ser tomados.

De acordo com a enfermeira Marilza Barbosa, responsável pelo time de experiência do cliente da startup, intervenções cirúrgicas possuem riscos inerentes e que podem ser evitados. Os procedimentos ginecológicos mais comuns, como perineoplastia, histerectomia total ou subtotal, miomectomia, histeroscopia e bartolinectomia, podem gerar sangramento, presença de náuseas, febre, infecção do trato urinário, dor durante a relação sexual, entre outros.

Além disso, sempre que o paciente realizar um procedimento cirúrgico, seja ele de urgência ou eletivo, é necessário ter atenção aos fatores fisiológicos. "Nós temos cinco fatores, o primeiro é o sistema cardiovascular, no aumento de colesterol, que pode levar a predisposição de trombos nos membros inferiores. No neurológico, causam alterações na diminuição da sensibilidade e aumento da tolerância à dor. Já o sistema metabólico, pode apresentar alterações no hemograma ou nos valores de potássio e volume hídrico, ocorrendo os desequilíbrios eletrolíticos e a lentidão no transporte de oxigênio. No pulmonar, as alterações são na diminuição de oxigenação do sangue. E por fim, o sistema renal leva a uma variação da perfusão sanguínea (extremidades ficando roxinhas, igual quando se está frio) e a bexiga pode apresentar um aumento da frequência de micção ou na vontade de urinar que não aparece. Todas essas podem levar a uma complicação.", conta Marilza.


Confira as dicas de cuidado:

Higiene: Antes do procedimento, realizar depilação simples no aparo de pêlos na região pubiana, com máquinas elétricas próprias para o corte e não laminas, pois aumentam o risco de infecção. Além de lavar com sabonete íntimo antisséptico.

Abstinência sexual: É necessária a abstinência sexual, pelo menos por um tempo após a cirurgia. Por serem procedimentos invasivos e, eventualmente, podem causar infecções, hemorragias e a abertura dos pontos da cicatriz.

Repouso: Depois de uma cirurgia é recomendado o descanso a fim de evitar desconfortos físicos em decorrência dos pontos e da cicatrização.

Autocuidado: O curativo protege a cicatriz e tem o objetivo de evitar uma infecção. É necessário observar no decorrer do dia a evolução da cicatrização e sempre que for trocar, estar com as mãos higienizadas. Caso ocorra inflamação, é recomendado procurar um médico e receber um atendimento correto.

Controle da dor: Por serem procedimentos invasivos, é normal causar desconfortos na região ou nas proximidades operadas. Então nesse caso, é saber controlar o nível de dor e se tiver mais que constante, a febre mais do que 37,5 C° e mal-estar, pode ser um sinal de inflamação. Com a prescrição de analgésicos, medicar conforme a receita.

 

Vidia

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Gravidez ectópica: sintomas e tudo o que você precisa saber

Esta condição, que pode ter várias causas diferentes, precisa de um acompanhamento detalhado


As mudanças no corpo da mulher são esperadas durante a gestação. No entanto, alguns sinais de alerta, como dor intensa e sangramento no início da gravidez, podem significar alguma alteração mais grave, como a gravidez ectópica. Ela acontece quando o embrião se desenvolve fora da cavidade uterina. O obstetra e coordenador do setor de Medicina Materno-fetal da Maternidade Brasília, Matheus Beleza fala mais detalhes sobre o tema.

 

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado em local inapropriado, isto é, fora da cavidade uterina. É necessário procurar tratamento médico imediatamente. O speecialista em medicina fetal que vai conduzir o caso realiza exames para identificar o local exato onde o embrião se fixou e, a partir daí, definir o procedimento mais adequado para cada caso.

Ele pode estar em diversos lugares, entre os mais comuns: nos ovários, nas trompas, no colo uterino e até mesmo no abdômen. Essa é uma condição rara, cerca de 2% das gestações podem ser ectópicas. Conheça os tipos mais comuns:

Ovariana:  é detectada por meio da ultrassonografia e localiza-se próxima a um dos ovários.

Heterotópica:  quando o embrião começa a se desenvolver entre a trompa e o útero;

Ectópica intersticial: acontece quando o embrião se desenvolve no segmento intersticial da tuba;

Cervical: se dá com o desenvolvimento do embrião no colo do útero;

 

Como saber se estou com uma gravidez ectópica?

“A partir da avaliação dos exames laboratoriais que confirmam a gestação, associado ao tempo esperado de desenvolvimento do embrião e o exame de ultrassonografia que precisa visualizar o desenvolvimento dentro da cavidade uterina”, explica Matheus.

 

Sintomas

O médico alerta ainda que, normalmente, quando ocorre uma gravidez ectópica, a mulher sente dor abdominal, sangramento na vagina e cólicas. “Os sintomas podem variar de acordo com cada pessoa e podem acontecer antes ou depois de a estrutura que contém a gravidez ectópica se romper”, completa. E, devido ao fato de a menstruação poder ou não estar atrasada, algumas mulheres ainda não sabem que estão grávidas. Entre os principais sintomas estão:

▪ Dor abdominal;

▪ Sangramento vaginal;

▪ Desconforto, como se fosse um peso na vagina;

▪ Dor forte ao ser apalpado o útero;

▪ Abdômen inchado.

 

O que pode causar uma gravidez ectópica?

A gravidez ectópica pode afetar qualquer mulher, no entanto, alguns fatores podem contribuir para que ela ocorra:

▪ Cicatriz cirúrgica na região pélvica;

▪ Endometriose;

▪ Gestação em uso de DIU;

▪ Gravidez precoce (antes dos 18 anos)

▪ Gravidez tardia (após os 35 anos)

▪ Gestação ectópica anterior;

▪ Deformação ou inflamação nas trompas;

▪ Complicações de ISTs, como gonorreia ou clamícia;

▪ Tabagismo;

▪ Malformação das trompas de falópio;

▪ Gestação após laqueadura das trompas;

▪ Técnicas de reprodução assistida (como a fertilização in vitro);

 

Gravidez ectópica aparece no teste de farmácia?

Não. Por meio do teste de farmácia, há apenas a possibilidade de se constatar a ocorrência ou não de gravidez.

 

Qual exame detecta gravidez Ectópica?

No surgimento de sintomas, o médico deve ser procurado para uma avaliação precisa e a indicação do tratamento adequado. Para detectar se o embrião está em desenvolvimento fora do útero, é realizada uma ultrassonografia depois de feito o exame Beta HCG, que pode dar positivo ou não.

 

Como funciona o tratamento?

O tratamento para gravidez ectópica depende da avaliação médica, podendo ser o cirúrgico ou medicamentoso, a depender do estágio em que a gestação se encontra. Na Maternidade Brasília, contamos com diversos especialistas em obstetrícia e com o suporte do Setor de Medicina Materno-fetal. A partir de um acompanhamento minucioso, é possível tratar os quadros com os mais diversos graus de complexidade.


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