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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Refluxo gastroesofágico na gravidez: o que fazer?

 

Comum durante a gravidez, o quadro também é conhecido por seu principal sintoma: a azia ou queimação


A digestão, assim como todos os processos do corpo humano, precisa de uma engrenagem complexa para acontecer corretamente. Quando o músculo e os esfíncteres que impedem que o ácido do estômago saia do seu interior não funcionam de forma adequada, acontece o chamado refluxo gastroesofágico.

O retorno do ácido gástrico para o esôfago em direção à boca, pode causar azia, queimação e uma inflamação constante na parede do esôfago, trazendo grande desconforto. Este quadro pode ser acentuado quando a mulher já tem o refluxo antes engravidar, pois existem mais chances de ter durante a gestação.

“A causa comum nesse período acontece por dois fatores: aumento da pressão abdominal e o efeito da progesterona – hormônio que prepara o endométrio (tecido de revestimento do útero) para a gestação”, explica, Zuleica Barrio Bortoli, gastroenterologista e coordenadora do Núcleo de Doenças Intestinais Complexas – Nedic, do Hospital Brasília, empresa da mesma rede de saúde integrada da Maternidade Brasília, a Dasa.


Entenda melhor o que é refluxo gastroesofágico

Quando os alimentos são mastigados, eles passam pela faringe, depois esôfago e finalmente vão para o estômago. Justamente entre o esôfago e o estômago encontra-se uma válvula que abre para a passagem do alimento e se fecha logo em seguida para evitar que o suco gástrico reflua para o esôfago, que não está preparado para receber esse material.

Como durante a gravidez ocorrem mudanças no corpo da mulher, o útero ocupa mais espaço e pressiona o estômago e o intestino, fazendo com que uma pequena porção de alimento já seja suficiente para “encher” o estômago. Isso, associado ao aumento da progesterona durante a gravidez – hormônio que, de acordo com Zuleica, relaxa a válvula que separa o esôfago do estômago, podendo fazer com que o suco gástrico reflua ao esôfago provocando a sensação desconfortável de queimação.

“Normalmente, as gestantes sentem mais azia e têm má digestão na segunda metade da gravidez, podendo começar antes. E o quadro só irá passar após o nascimento do bebê”, explica a médica.  


É comum ter refluxo gastroesofágico na gravidez?

A resposta é sim. O refluxo gastroesofágico é muito comum durante a gravidez, sendo a azia o sintoma mais comum. A maioria das mulheres começam a sentir os sintomas, normalmente, no final do primeiro trimestre e estes vão aumentando ao longo da gravidez.

O quadro, de modo geral, não oferece riscos para a gestante e os sintomas cessam após o nascimento do bebê, sendo possível que retornem em gestações futuras.


Como prevenir o refluxo na gravidez?

“Ainda que existam essas causas ligadas à gestação, é possível a mamãe evitar este desconforto adotando uma alimentação equilibrada e evitando o excesso de aumento de peso”, continua a médica. Ela pontua ainda que não há alimentos específicos que comprovadamente ajudem a prevenir esse quadro.

Outras orientações da especialista são: evitar se deitar com o estômago cheio, evitar tomar líquido durante as refeições, evitar bebidas gasosas, evitar ingerir volumes grandes de alimentos e preferir dieta fracionada em várias refeições ao dia.


O que fazer em casos de sintomas?

Os sintomas de refluxo gastroesofágico costumam ser desconfortáveis, mas comumente não apresentam gravidade. Eles se intensificam mais a partir da 27ª semana de gestação. Os principais são:

  • Azia e queimação;
  • Arrotos frequentes;
  • Regurgitação;
  • Tosse de difícil controle.

Caso esses sinais fiquem intensos e recorrentes, busque orientação médica. O especialista poderá indicar antiácidos para neutralizar o ácido produzido no estômago e aliviar o desconforto. Não use medicamentos sem orientação médica.


Quando a grávida deve se preocupar com os sintomas de refluxo?

Apesar de a azia e o desconforto provocado pelo refluxo gastroesofágico não apresentarem riscos, como já mencionado, quando está acompanhada de outros sintomas, a atitude correta é buscar orientação médica. A especialista alerta para os seguintes sintomas:

Azia com dor intensa — isso pode indicar gastrite, úlcera ou algum problema digestivo;

Dor do lado direito e no alto da barriga — quando está acompanhada de enjoo pode indicar problema no fígado ou vesícula biliar.


Tratamento

As pacientes da Maternidade Brasília também podem contar com a infraestrutura do Hospital Brasília. Com uma equipe multidisciplinar preparada para tratar doenças do sistema digestivo, o Núcleo Especializado de Doenças Intestinais Complexas (NEDIC), dispõe de profissionais especializados e equipamentos de última geração para o tratamento do quadro.


Trombose na gravidez: o que saber e como se cuidar?

Especialistas explicam os fatores que podem causar essa doença e como identificá-la


A gravidez e o pós-parto são o período de maior risco para o surgimento de um quadro de tromboembolismo venoso (TEV) na vida de uma mulher, com taxa cerca de quatro vezes maior que em uma pessoa não gestante da mesma faixa etária. A trombose acontece quando um coágulo de sangue interrompe a circulação de alguma veia ou artéria, comprometendo a irrigação e a função regular daquele órgão ou tecido. 

A alta ocorrência de casos entre gestantes se dá, a princípio, por uma maior tendência de hipercoagulabilidade do sangue durante esse período da vida da mulher, algo que pode ser fruto da evolução, como um mecanismo de sobrevivência. “Durante o período de periparto, as gestantes estão mais propensas a sofrer hemorragias. Estudos indicam que essa maior tendência de coagulabilidade do sangue pode ter sido a resposta evolutiva para proteção da mãe e dos bebês”, explica Dr. Marcelo Melzer Teruchkin, cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). 

Porém, o mesmo mecanismo de proteção, unido a outros fatores adversos, pode ser o causador de trombos, que podem causar desde tromboses de veias superficiais, à trombose venosa profunda até à embolia pulmonar.  

Pacientes que precisam ficar em repouso no leito por mais de quatro dias, e ainda a presença de obesidade, elevam o risco para o desenvolvimento de uma trombose venosa. “Nesses casos, o coágulo pode obstruir o vaso responsável por trazer o sangue que está voltando de um órgão ou de um membro para o coração e pulmão. O mais comum é a trombose das pernas e, nesse caso, pode ocorrer uma inflamação local”, esclarece a Dra. Joyce Annichino, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp, Vice-presidente da SBTH.  

Pacientes que apresentaram hemorragia superior a um litro de sangue no período de pós-parto também apresentam risco aumentando de trombose. “Se a paciente tiver a necessidade de realizar uma transfusão, já pode ser um fator de risco para a formação de coágulos” afirma o Dr. Teruchkin.  

A idade também é um fator de ameaça para trombose, já que naturalmente o risco de desenvolvimento de um coágulo venoso aumenta com o envelhecimento do corpo. “Gestantes que estejam acima dos 40 anos precisam estar atentas, pois, em muitos casos, com a idade, aparecem outros fatores de risco, como a obesidade e cardiopatias”, completa o cirurgião. “Há ainda fatores, como desidratação, procedimentos cirúrgicos durante a gestação ou puerpério, varizes, diabetes e tabagismo, que completam um quadro de maior predisposição à trombose”.  


Sintomas, prevenção e tratamentos 

É importante ressaltar que não há motivos para pânico, já que existem medidas eficazes de prevenção e tratamentos. “A gestante e a puérpera devem estar atentas a sintomas como dores em pernas, coxas, braços e abdômen, inchaço, endurecimento, mudança de coloração (azulada ou avermelhada) e calor no local, pois esses podem apontar para uma possível trombose venosa profunda”, ressalta a Dra. Joyce Annichino. “E a dor torácica, falta de ar e elevação da frequência cardíaca e respiratória podem ser sintomas da embolia pulmonar”. 

“A prevenção do TEV periparto tem seus pilares no acompanhamento obstétrico regular, controle de peso, prática de atividade física orientada, boa hidratação, uso de meias de compressão e profilaxia medicamentosa em situações específicas. Já a base do tratamento está no uso de anticoagulantes, repouso, meias de compressão e acompanhamento com cirurgião vascular”, salienta Dr. Marcelo Teruchkin. 


Prevenção da trombose no pós-parto 

Após o nascimento do bebê, existe um aumento de risco de trombose, muitas vezes superior a 30 vezes.  “Em geral, é o momento de maior risco de trombose na vida da mulher”, comenta a Dra. Venina Barros, presidente da Comissão Nacional de Tromboembolismo e Hemorragia na Mulher da FEBRASGO, médica da Clínica Obstétrica do Setor de Trombose e Trombofilias na Gravidez do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e membro da SBTH. “Nessa fase, os fatores de risco para trombose precisam ser avaliados em todas as pacientes. Desta forma, as mulheres de alto risco para trombose devem receber, quando necessário, tratamento preventivo com anticoagulantes, ou, quando não for possível, devem ser orientadas para o uso de meias elásticas e a iniciar movimentação o mais precoce possível após o parto”, completa.  

O risco de trombose também deve ser avaliado quando a gestante precisa ficar internada no hospital por outro motivo além da concepção, visto que mesmo após o parto normal, o risco de trombose é grande – especialmente se o processo tiver sido muito prolongado ou muito difícil. “A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) publicou neste ano um manual de como prevenir trombose na hospitalização de gestantes e puérperas, que está disponível para todos os ginecologistas. É muito importante que a gestante peça uma avaliação do seu risco de trombose na gravidez e no seu parto para o seu obstetra”, finaliza. 

 

Dia Nacional de Luta por Medicamento: Doenças raras e medicamentos órfãos

Nem todas as doenças raras possuem remédios específicos para controlá-las, e quando existem, frequentemente não estão disponíveis na rede pública de saúde


Hoje, dia 8 de setembro, é lembrado como o Dia Nacional de Luta por Medicamentos, que retrata o esforço de pacientes, associações e ONGs para garantir que os cidadãos tenham acesso a medicamentos, principalmente pacientes com doenças raras. Muitas dessas pessoas dependem de remédios para ter qualidade de vida, porém, na maioria dos casos eles são de alto custo, e sua obtenção só é viabilizada por meio do SUS.

Ocorre que, em muitos casos, a indisponibilidade de oferta destes medicamentos pelo SUS força os dependentes de medicamentos, tratamentos, exames e cirurgias a apelarem às ações judiciais, com base no direito fundamental de todo brasileiro à saúde, estabelecido pela Constituição. Essas ações têm gerado grandes debates, pois nos últimos anos o número dos processos e gastos dos governos aumentaram tanto a nível federal quanto em estados e municípios.

Doenças que se constituem em um grave risco de vida muitas vezes necessitam de medicamentos órfãos, para os quais a indústria farmacêutica enfrenta a dificuldade de sua viabilização comercial, por serem destinados a um grupo muito reduzido de pacientes. Além disso, esses remédios são altamente inovadores, sendo produtos de biotecnologia e outras tecnologias mais avançadas, como engenharia genética e de tecidos, o que muitas vezes também traz a dificuldade adicional de demonstração da eficácia clínica, em escala, deste tipo de terapia.

Um exemplo de doença na qual os pacientes lutam pelo acesso ao medicamento é a fenilcetonúria, também conhecida como PKU, caracterizada por ausência ou falha da enzima responsável pelo processamento do aminoácido fenilalanina. Com isso, ocorre o acúmulo dessa substância, que é tóxica ao sistema nervoso e pode causar lesões permanentes, tais como deficiência intelectual, sintomas comportamentais ou convulsões. Pacientes com fenilcetonúria necessitam de significativa restrição dietética, devendo evitar o consumo de leite e derivados, carnes, peixes, ovos, aves e grãos com elevado teor proteico, dieta que nem sempre é fácil de se seguir, tanto pela aderência, como pelo valor de compra dos alimentos.

Recentemente, a CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) analisou o pedido de expansão de utilização do dicloridrato de sapropterina para pacientes com fenilcetonúria acima de 5 anos. Esta medicação ajuda no controle da doença em aproximadamente 30% dos casos, e evita comprometimento das funções executivas que vem sendo observado mesmo nos pacientes tratados com a única terapia existente no Brasil, que é a restrição dietética. Tem sido observado que o uso da medicação pode também regredir o déficit de atenção, muito comum na população fenilcetonúrica, como estabilizar as alterações de humor e reduzir os quadros de depressão altamente incidente nesses pacientes, além de facilitar a restrição dietética, tendo grande impacto na qualidade de vida.

Este tratamento já foi disponibilizado em 2018 no SUS, porém, exclusivamente para mulheres grávidas ou em período periconcepcional. Essa submissão da sapropterina para o tratamento da PKU na CONITEC teve parecer negativo para a incorporação no Sistema Único de Saúde, sendo esse resultado contraditório, pois quando se descobre uma doença, o tratamento é o primeiro passo a se pensar, sendo incoerente disponibilizar um diagnóstico sem um recurso terapêutico eficiente.

A diretora da Associação Mães Metabólicas, Simone Arede, explica que o tratamento para fenilcetonúria, embora recentemente submetido à CONITEC para revisão, não foi atualizado no âmbito do SUS, rechaçando terapias mais modernas e eficazes para o controle da doença. Ainda, Simone afirma que a justificativa para não ter sido aprovada a incorporação do medicamento para os pacientes foi a falta de estudos e o seu custo elevado. Porém, em se tratando de enfermidade rara, de forma geral, os estudos da literatura compreendem população pequena de pacientes, sendo impossível de se ter uma grande quantidade de evidências científicas como em outras doenças crônicas, tais como câncer ou diabetes que acometem grande parte da população.

Para Maitê Moreira, mãe da pequena Catarina, de 4 anos e portadora da fenilcetonúria, a utilização da medicação sapropterina, adquirida por meio de processo judicial, foi um divisor de águas e mudou totalmente a qualidade de vida da sua filha. Antes da medicação, toda alimentação era sempre minuciosamente calculada, principalmente para ela não se sentir diferente ou excluída socialmente. Maitê recebia o cardápio da escola e tentava fazer o uso de alimentos parecidos com os dos amigos, mas, apesar do esforço, muitas vezes não sabia o que seria oferecido, já que uma característica marcante da dieta desses pacientes é a monotonia.

Quando Maitê conseguiu a medicação, a qualidade de vida de Catarina mudou totalmente. A tolerância à proteína de sua filha dobrou em 6 meses do uso da medicação, ela conseguiu introduzir farinha de trigo, ovos, leite, macarrão e pão e, principalmente, ainda mantendo o bom controle da fenilcetonúria, o que é importante para se evitar o dano neurológico ou manifestações psiquiátricas ao longo da vida. Todavia, Catarina é uma exceção, pois a maioria dos pacientes não consegue o acesso à esta medicação e nem mesmo à alimentação hipoproteica, a qual consiste em alimentos médicos específicos sem proteína, que são muito caros e precisam ser importados, pois não existe fabricação no Brasil.


Conheça mais sobre os cinco principais tipos de escova de dente

Freepik/ por karlyukav
Há disponível no mercado diversos tipos de escova de dente com objetivos e eficácia diferentes. A escolha do acessório influencia diretamente na saúde bucal, pois uma que seja inadequada não promove a limpeza e, ainda, pode causar danos aos dentes. Com tantas opções, fica difícil saber qual escolher na hora de comprar e, pensando nisso, o presidente e fundador da OdontoCompany, o cirurgião-dentista Paulo Zahr, explica os cinco principais tipos de escovas de dentes e de cerdas.

 


Escova manual


É a mais conhecida, simples e barata. O modelo varia no tamanho, na qualidade e no formato e, por isso, é importante ficar atento a esses pontos, principalmente no que se refere à cabeça, região onde está localizada às cerdas. Nesse sentido, os dentistas recomendam que seja arredondada, pois, dessa forma, ela alcança os cantos da boca. No mais, vale a dica: as cerdas devem ser macias para não danificar as gengivas.


Escova à pilha

Como o próprio nome diz, esse tipo de escova de dente funciona à pilha. O objeto promove a limpeza dos dentes por meio de vibração, o que diminui o esforço na hora da escovação, mas vale lembrar que você deve realizar o movimento para que a escova cumpra seu propósito. Por ser mais moderna do que a escova manual, esta tem um custo mais alto. A vantagem é que as só cerdas devem ser trocadas quando ficam desgastadas, o que a longo prazo pode ser vantajoso.


Escova unitufo

Esse modelo é o mais indicado para quem usa aparelho dentário fixo. Suas cerdas têm formato em V, o que permite uma limpeza mais eficiente entre os dentes e peças do aparelho. Dessa forma, há menos acúmulo de resíduos, o que diminui os riscos de cáries e doenças nas gengivas.



Escova interdental


Já este modelo é outro aliado para quem precisa de correção ortodôntica e usa o aparelho fixo. É formado por um tufo de cerdas finas e macias preso a um cabo anatômico e é ótima para escovar as partes mais estreitas da arcada dentária. Ela também é indicada para complementar a limpeza depois de usar a versão normal, em casos de perda óssea causada por doenças nas gengivas.



Escova elétrica

A escova elétrica é um dos acessórios voltados para a higiene bucal mais modernos atualmente. Além de recarregável, é uma excelente aliada para quem tem dentes sensíveis e ainda oferece uma massagem nas gengivas. O acessório é prático e facilita a higienização correta, pois tem um controle de tempo de escovação, vibração das cerdas e força da aplicação. Os movimentos rotatórios da escova ainda ajudam a remover a placa bacteriana e o tártaro em locais de difícil acesso.

Além dos tipos de escova de dente, há variações também entre suas cerdas. Apesar de muitas pessoas não darem a devida atenção, a maciez da cerda faz toda a diferença para a saúde bucal.


Cerdas macias e extra macias

Trata-se das opções mais recomendadas pelos dentistas, já que as escovas de cerdas macias e extra macias são mais suaves e proporcionam mais conforto na hora da higiene bucal. Ainda removem os resíduos alimentares e a placa bacteriana de toda cavidade bucal sem causar danos aos dentes e gengivas. No entanto, é fundamental que as cerdas sejam arredondadas, para que consigam alcançar todos os cantos da boca.


Duras e médias


As escovas de cerdas duras devem ser evitadas, pois, além do desconforto na hora da escovação, elas ainda podem danificar o esmalte dos dentes e machucar as gengivas. Assim, você corre o risco de sofrer com infecções, doenças periodontais e sensibilidade devido à corrosão do esmalte dentário. Mas, apesar de não serem indicadas para quem tem dentes naturais, a escova de cerdas duras é uma excelente aliada para quem usa próteses e implantes dentários.


Cerdas especiais

Já as escovas com cerdas especiais geralmente têm um custo mais alto do que os modelos comuns, mas o investimento vale a pena, já que elas têm alguns recursos interessantes, como: indicam quando devem ser trocadas, têm cerdas antibacterianas que ajudam a remover a placa bacteriana e impedem o crescimento de bactérias na escova por três meses, cerdas que ajudam a reter o creme dental e promover uma limpeza mais eficiente, além de serem mais flexíveis, o que permitem alto potencial de remoção de placas bacterianas. O nível de eficácia chega a 93%.

Vale ressaltar que a única forma de saber qual a melhor opção para seu caso é consultar um dentista e, lembre-se que, independentemente de qual tipo de escova de dente escolher, o acessório deve ser trocado a cada três meses. Depois desse período, ele perde sua eficácia e se continuar utilizando a escova, corre-se o risco de danificar o esmalte dos dentes e machucar as gengivas, além de facilitar a proliferação de bactérias.


OdontoCompany

https://odontocompany.com/


Por que algumas pessoas sofrem com o colesterol alto mesmo mantendo hábitos saudáveis?

 Hipercolesterolemia familiar é uma doença hereditária que causa a inabilidade do fígado em retirar o colesterol ruim do sangue, elevando suas taxas, afirma especialista do São Camilo SP

 

Considerada uma das principais causas de doenças cardiovasculares, o colesterol afeta cerca de 40% da população brasileira, de acordo com dados divulgados pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Apesar de ser facilmente controlado por meio da adoção de hábitos saudáveis, ou seja, com alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, muitas pessoas ainda encontram dificuldade em manter baixas as taxas de colesterol.

O problema preocupa os especialistas, uma vez que, somente neste ano, já foram registrados mais de 200 mil óbitos por problemas cardíacos, que continuam figurando entre as principais causas de morte no país.

O cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Luiz Guilherme Velloso explica que o colesterol é uma gordura produzida pelo fígado, dividida em dois tipos: o HDL, também chamado de “colesterol bom”, e o LDL, considerado “colesterol ruim”.

Ele ressalta que o colesterol é fundamental para o bom andamento do organismo, mas que, para que isso aconteça, é necessário manter seus níveis sempre controlados. Uma parcela da população pode encontrar alguns desafios a mais para manter este controle, devido à uma doença hereditária chamada hipercolesterolemia familiar. Além de não ter cura, a ausência de sintomas impede que muitas pessoas obtenham o diagnóstico e iniciem o tratamento adequado.

Dr. Luiz afirma que a doença causa a inabilidade do fígado em retirar o colesterol ruim do sangue, elevando suas taxas mesmo quando a pessoa mantém bons hábitos alimentares e se exercita regularmente. “Se há histórico da doença na família, os riscos de desenvolvimento são de 50%”, alerta.

Portanto, é fundamental realizar checagens periódicas dos níveis de colesterol. Esses exames poderão indicar a presença da doença, que só poderá ser confirmada por meio de testes genéticos.

Com o intuito de minimizar os efeitos da hipercolesterolemia familiar, a SBC divulgou uma edição atualizada das diretrizes de diagnóstico e tratamento da doença, incluindo uma nova maneira de categorizar os riscos cardiovasculares entre os portadores da doença: Muito Alto Risco, Alto Risco e Risco Intermediário.

A mudança afetou também as metas terapêuticas, que irão variar de acordo com a categoria do paciente, considerando fatores de risco adicionais, como tabagismo, hipertensão arterial, excesso de peso e diabetes, entre outros.

De qualquer forma, ao receber o diagnóstico, o médico frisa que os cuidados deverão ser redobrados. “A atenção aos hábitos saudáveis deve ser ainda maior nestes casos, pois isso contribuirá para aumentar os níveis do HDL, ajudando a combater o colesterol ruim geneticamente elevado.”

Isso significa reduzir o consumo de carnes, alimentos gordurosos, derivados de ovos e leites, além de aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras, evitando os ultraprocessados. A rotina de exercícios também está entre as principais medidas para reduzir os níveis de colesterol ruim do sangue.  

“Quando em excesso, o LDL faz com que se acumulem placas de gordura nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e causando inúmeros problemas, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aterosclerose, trombose e outras doenças graves”, ressalta o médico.


 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Linha do tempo das Infecções urinárias

Saiba que homens e mulheres, desde a infância à maturidade, alternam a propensão destas infecções ao longo da vida

 

As infecções urinárias não são apenas frequentes em idosos. Desde o nascimento à fase madura, as infecções urinárias visitam as pessoas, mas, curiosamente, a predisposição costuma trocar de sexo de acordo com a faixa etária.

De acordo com diversas publicações da área de urologia, na primeira infância, os meninos têm mais propensão por conta das malformações do trato urinário. Posteriormente, a tendência empata até a adolescência. Já as meninas, quando iniciam a vida sexual, costumam apresentar mais estas infecções e isso vai até os 50 anos.

“Na fase adulto maduro, estas predisposições, entre homens e mulheres, empatam, no entanto, a partir de um dado momento, os homens começam a apresentar mais as infecções urinárias por conta dos problemas de próstata”, comenta o urologista Dr. Danilo Galante.  


Medidas para evitar as infecções urinárias

Dr. Danilo Galante enumera algumas posturas e hábitos que devem ser tomados para se esquivar do risco:

  • Ingestão de líquidos saudáveis – para manter o trato urinário em constante atividade. Os líquidos ajudam a evitar a prisão de ventre, que pode causar infecções;
  • Cardápio alimentar com bastante fibra como frutas, verduras e grãos integrais;
  • Urinar com frequência, de preferência, a cada três horas;
  • Evitar sabonetes muito fortes;
  • Preferir calcinhas de algodão, fugir dos tecidos sintéticos;
  • Postura higiênica em meninas e mulheres: limpar a área da frente para trás para não levar bactérias do bumbum para a vagina.

 

Por fim, o urologista adverte que as infecções urinárias frequentes, tanto em homens como mulheres, devem ser investigadas pelos médicos.

 

 

Dr. Danilo Galante – formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP. Doutorado em urologia pela USP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery. Membro Titular da Sociedade Brasileira  de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica.
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Pesquisa ajuda a entender relação entre doença renal diabética e problemas cardiovasculares

        Grupo da USP mostra que alterações metabólicas observadas nesses pacientes favorecem o acúmulo de colesterol nas células (imagem: acervo dos pesquisadores)

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 Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) investigaram como determinadas alterações metabólicas observadas em indivíduos com doença renal diabética podem favorecer o acúmulo de colesterol nas artérias e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Com apoio da FAPESP, foram acompanhadas 49 pessoas com diabetes tipo 2 (há pelo menos dez anos) e doença renal em diferentes estágios, mas com controle glicêmico parecido.

As análises mostraram que, nesses pacientes, a proteína albumina produzida pelo fígado é mais suscetível a um processo chamado carbamoilação, uma reação espontânea não enzimática que modifica a molécula.

“As albuminas dos indivíduos com doença renal diabética sofrem maior carbamoilação e [em decorrência dessa alteração] prejudicam a remoção de colesterol da célula pelas lipoproteínas de alta densidade [HDL], também chamadas de partículas que transportam o ‘bom’ colesterol. As HDL têm a função de retirar o excedente de colesterol depositado nos vasos sanguíneos por meio do transporte reverso. Quando esse transporte é prejudicado, o colesterol se acumula nos macrófagos e favorece a aterosclerose”, escreve o grupo em artigo publicado no Journal of Diabetes and Its Complications.

Estima-se que haja no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal decorrente de várias causas, sendo cerca de 10 milhões no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença afeta entre 20% e 40% dos pacientes com diabetes.

Segundo a professora Márcia Silva Queiroz, uma das orientadoras do trabalho, a literatura já aponta que indivíduos com diabetes e doença renal têm mais risco de hipertensão e alteração do colesterol, além de maior probabilidade de morte por problemas cardiovasculares. Porém, ainda há uma série de lacunas na compreensão de como se dá essa ligação e como ocorre o acúmulo de placas de gordura nas artérias desses indivíduos.

“É um quebra-cabeça. Colocamos mais uma pecinha no mecanismo fisiopatogênico, buscando contribuir para o melhor entendimento do motivo de esses pacientes terem mais eventos cardiovasculares”, afirma Queiroz, que à época da pesquisa estava na Faculdade de Medicina (FM) da USP e agora é professora na Universidade Nove de Julho (Uninove).

O organismo de pessoas com doença renal retém substâncias tóxicas, como a ureia, pois o rim perde a capacidade de eliminá-las na urina. A ureia em excesso modifica várias proteínas por carbamoilação e isso aumenta de acordo com a gravidade da doença renal. Um processo semelhante ocorre quando o excesso de glicose nos indivíduos com diabetes modifica proteínas por glicação – processo em que as moléculas de açúcares e carboidratos unem-se a uma proteína, fazendo com que ela não consiga mais desempenhar seu papel no organismo.

Tanto a carbamoilação como a glicação favorecem o acúmulo da lipoproteína de baixa densidade (LDL, também chamada de “mau” colesterol) e diminuem a quantidade e a função da HDL, contribuindo para doenças cardiovasculares. A aterosclerose é uma das principais causas de infarto do coração e acidente vascular cerebral, que, na maioria das vezes, ocorre quando há o rompimento de uma das placas, levando à formação de coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.

Doenças cardiovasculares afetam muito as pessoas com diabetes, cujos organismos não produzem ou não conseguem utilizar adequadamente a insulina para controlar a quantidade de glicose no sangue. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 13 milhões de pessoas vivem com a doença no país, o que representa cerca de 7% da população.


Metodologia

Os 49 participantes da pesquisa, selecionados no Hospital das Clínicas (HC) da FM-USP, tiveram amostras de sangue coletadas após jejum de 12 horas. Foram medidos frutosamina, glicemia, triglicerídeos, colesterol total, HDL colesterol, creatinina e ureia.

Eles foram divididos em cinco grupos, de acordo com as taxas de filtração glomerular – medida padrão para avaliar a função renal. As faixas são: acima de 60 mililitros por minuto (mL/min); entre 60 e 45; de 45 a 30; entre 30 e 15; e abaixo de 15, estágio avançado da doença. Para adultos jovens saudáveis, a taxa de filtração glomerular fica em torno de 90 a 100 mL/min.

“Um dos objetivos dessa divisão foi analisar se o fato de o paciente ter diabetes e alterar a taxa de filtração glomerular piorava a glicação ou a carbamoilação, bem como o impacto provocado no transporte reverso do colesterol”, explica Queiroz.

O estudo, resultado do doutorado do médico endocrinologista Aécio Lopes de Araújo Lira, também usou um grupo de controle, formado por oito pessoas sem as duas doenças.

No artigo, os pesquisadores concluem que: “a carbamoilação foi maior em albuminas isoladas dos indivíduos com taxas de filtração glomerular reduzida. E a albumina carbamoilada prejudicou a função de HDL de remover colesterol de macrófagos”.

A professora Marisa Passarelli, coorientadora do estudo, destaca que outros trabalhos estão sendo realizados para analisar os efeitos do processo da glicação e como alterações no controle glicêmico afetam o desfecho cardiovascular no diabetes mellitus e na doença renal diabética.

“Nossos resultados apontam para alteração da função da HDL em remover colesterol celular, em decorrência da glicação e da carbamoilação da albumina. A albumina modificada induz estresse celular, prejudicando a saída de colesterol para as HDL e seu transporte ao fígado, que garante sua eliminação do corpo pela bile e pelas fezes. Isso não é aparente nos exames médicos de rotina, mas contribui para o risco de aterosclerose”, afirma à Agência FAPESP.

No âmbito de um Projeto Temático, Passarelli participa de pesquisa que procura desvendar os mecanismos envolvidos no controle glicêmico e nas complicações crônicas do diabetes.

Vice-coordenadora do Laboratório de Lípides do HC da FM-USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Medicina da Uninove, Passarelli também lidera um estudo conduzido na cidade de São Paulo com 400 mulheres para investigar se o colesterol e seus derivados podem ser usados como biomarcadores de gravidade para o câncer de mama. A ideia é avaliar a relação entre a concentração de óxidos de colesterol na circulação das voluntárias e o risco de o tumor crescer e formar metástase (leia mais em: agencia.fapesp.br/35916/).

O artigo Serum albumin modified by carbamoylation impairs macrophage cholesterol efflux in diabetic kidney disease, de Aécio Lopes de Araújo Lira, Monique de Fátima Mello Santana, Raphael de Souza Pinto, Carlos André Minanni, Rodrigo Tallada Iborra, Adriana Machado Saldiba de Lima, Maria Lúcia Correa-Giannella, Marisa Passarelli e Márcia Silva Queiroz, está disponível em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1056872721001665?via%3Dihub.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-ajuda-a-entender-relacao-entre-doenca-renal-diabetica-e-problemas-cardiovasculares/36606/


Quem é que aguenta as mudanças climáticas repentinas?


Amanhece frio, à tarde faz sol e à noite geada. Quem é que aguenta? Esse inverno está ainda mais confuso que os demais e sem contar com a pandemia de tira-a-colo.  

Vacina contra a gripe e contra Covid-19. Remédios, vitaminas. Como será que dá para se prevenir e cuidar da imunidade com esse tempo tão instável? O Dr. Alexandre Colombini não tem a receita mágica não, mas ele elencou 11 dicas para o dia a dia e alerta sobre os cuidados essenciais para crianças, jovens e idosos, sem contar aquele grupinho que tem alergias e problemas crônicos respiratórios o ano todo.

“É bastante comum no inverno, com as sucessivas frentes frias, muitas pessoas sofrerem com alergias respiratórias, que aumentam em 40% a incidência, por conta das oscilações climáticas e do que o corpo humano tem que fazer para equilibrar sua temperatura interna. O grande vilão aqui não é só o vírus, mas o ar frio e a poluição do ar. Tomar as vacinas é fundamental, por que diminui o risco de complicações como pneumonia ou fatalidades e agora de problemas mais sérios do coronavirus,  mas são a frente fria, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. O que leva à redução dos mecanismos de defesa do organismo, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma e bronquite”, alerta o otorrinolaringologista.
 
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. Porém, durante o inverno a atenção deve ser ainda maior. Por conta da inversão térmica, quando uma camada de ar frio, que é mais pesada, acaba descendo à superfície terrestre e impedindo que o ar quente, mais leve e que por isso fica retido acima, promova a circulação deste ar, aumentando a concentração de poluentes bem próximos de nós, o que resulta na irritação das vias respiratórias. 

Dr. Alexandre explica que, como a temperatura interna do nosso corpo deve ser em torno de 37 graus, em dias muito frios ocorre a vasoconstrição que desloca o sangue para o centro, deixando as extremidades mais frias, a fim de manter os órgãos e músculos em funcionamento, mais aquecidos. Já, através da respiração, há grande perda de água e calor.  Segundo o médico, quando as vias respiratórias são atingidas por um ar mais seco e frio há uma piora do sistema respiratório por que ele deve trabalhar sempre úmido para que haja a correta produção de muco no qual estão as enzimas e anticorpos protetores. 


Segundo ele, estima-se que cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica.

11 Recomendações do Dr. Alexandre Colombini. Confira: 

1- Beba bastante água: o ideal é ingerir dois litros por dia para manter o organismo hidratado. Isso vai ajudar muito a hidratar as vias respiratórias também.


2- Faça limpeza nasal com solução fisiológica ao menos duas vezes ao dia. Caso trabalhe em ambiente com ar condicionado, redobrar o uso por que ele resseca ainda mais as vias respiratórias.


3- Umidifique o ar seja com aparelhos próprios para isso ou mesmo com toalhas úmidas e/ou grandes bacias para que haja uma grande superfície a ser evaporada para tornar o ar mais úmido.


4 – Guarde os brinquedos de pelúcia em embalagens à vácuo depois de higienizados.


5 - Procure manter os ambientes arejados.


6 - Evite usar vassouras para limpar a casa, pois elas podem espalhar a poeira. Prefira panos úmidos.


7 - Troque a roupa de cama a cada semana.


8 – Tente ter uma boa alimentação balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.


9 - Lave as mãos com álcool gel e evitar o contato com a boca, nariz ou olhos,  por são portas de entradas dos vírus e bactérias.


10- Tenha um bom sono e um bom descanso, se possível.


11- Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar. Ao espirrar, coloque um lenço ou a mão só se puder lavá-la em seguida, ou vai transmitir a doença assim que tocar qualquer superfície.
- Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
 

Os vírus da gripe podem ficar até cerca de três dias em superfícies impermeáveis como corrimão, metrô, trem, uma maçaneta de uma porta, sabia? Mouses, touchpads e teclados de todo o tipo também armazenam vírus, por isso ele recomenda evitar usarmos de outras pessoas, ou sempre lavar as mãos com álcool gel após utilizarmos.
 
“Já aqueles que são alérgicos ou que têm rinite alérgica, bronquite ou asma são mais sensíveis nessa época do ano e sofrem mais. Devem previamente consultar o médico para poderem se fortalecer, evitando quadros mais graves", finaliza o especialista.




Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.


DIA NACIONAL DA HABITAÇÃO| Moradia: uma faísca para a transformação social

 “Uma cidade é sempre uma concentração de oportunidades, não uma aglomeração de casas.

Sua vida é a quantidade de oportunidades de trabalho, educação, transporte, lazer.

A vida é a cidade, ou melhor, o direito à cidade.”


Essa análise do arquiteto chileno Alejandro Aravena nos permite uma reflexão muito oportuna neste Dia Nacional da Habitação, celebrado em 21 de agosto. A moradia tem um papel fundamental na vida das pessoas: as condições e a localização da casa impactam diretamente na saúde, na qualidade de vida e no acesso a oportunidades de desenvolvimento como educação e empregabilidade. Nessa ótica, a moradia – como direito humano fundamental – tem uma abrangência maior do que o acesso a uma residência; interfere, diretamente, na relação da pessoa com a cidade e outros setores estruturantes.

Uma casa em condições inadequadas e precárias impacta negativamente na vida do cidadão. Ao transformar positivamente o morar – tornando-o um espaço dotado de segurança, dignidade e conforto –, provocamos um impacto transversal e positivo não apenas no cotidiano das famílias como em toda a sociedade. Se antes da pandemia o tema da habitação já era urgente, hoje é de extrema relevância, sobretudo por contribuir para melhorar a vida de um contingente de pessoas, que reside em condições inadequadas. 

Em uma análise mais acurada, notamos que nas diversas dimensões que envolvem a casa – tanto subjetivas, relacionadas a valores afetivos e culturais, quanto práticas, abarcando segurança e renda – está a chave para entender que morar é afeto e refúgio (valor emocional da casa, local de recolhimento e convívio); ascensão social (a realização do sonho da casa própria é um dos símbolos de ascensão social); segurança financeira (pode ser um ativo que possibilita trabalho e potencial de renda com aluguel e revenda); e geração de renda (fonte para atividades profissionais como salão de cabelereiro, produção artesanal). Readequar uma moradia insalubre é uma faísca para a transformação social.

Lidar com o problema habitacional do Brasil é um enorme desafio, que deve ser enfrentado por diferentes atores sociais dada a complexidade do problema. E esse problema tem muitas nuances. Reúne, por exemplo, desafios de regularização fundiária, do déficit qualitativo e quantitativo, ônus excessivo com o aluguel; envolve, ainda, demandas urgentes de ampliação do acesso ao crédito imobiliário e a soluções de aluguel social. Dados revisados pela Fundação João Pinheiro, com base em 2019, apontam que o país necessita de 5,8 milhões de novas moradias, mostrando que há tendência de aumento. Quando a análise recai para algum tipo de inadequação, o número ultrapassa os 24,8 milhões. Uma das regiões com elevado índice de problema é a Nordeste, que conta com mais de 42% do total de habitações precárias.

É urgente atuarmos para alcançar, juntos, um Brasil mais habitável para todos e todas. Diante desse cenário – e na perspectiva do empreendedorismo de impacto socioambiental –, penso que devemos dar suporte para potencializar o enorme talento que empreendedores e empreendedoras têm de desenvolver soluções inovadoras para atuar, em especial, no combate ao déficit qualitativo. Já temos, no Brasil, empresas com bons resultados e forte comprometimento em tornar as moradias da população em situação de vulnerabilidade social e econômica mais seguras e dignas. 

Há mais de uma década, a Artemisia – organização pioneira no fomento e na aceleração de negócios de impacto social – passou a estudar o setor e a liderar um movimento que enxerga a habitação como uma faísca para a transformação social. Com essa premissa propositiva de mudar o cenário de escassez de dignidade para abundância de soluções, a organização reuniu parceiros; esse encontro resultou na Coalizão Habitação, que atua em prol da melhoria habitacional para a população em situação de vulnerabilidade econômica. Gerdau, Tigre, Instituto Vedacit, Votorantim Cimentos e Leroy Merlin – com apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), da CAIXA, do negócio de impacto social Vivenda e da Habitat para a Humanidade Brasil – estão construindo uma nova narrativa para um antigo problema social.  

 


MAURE PESSANHA - Empreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.

www.artemisia.org.br

 

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