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terça-feira, 17 de agosto de 2021

Confira qual é o melhor exercício físico para cada fase do ciclo menstrual

Treino regular pode ser aliado no combate aos incômodos sintomas

 

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2019, 80% das mulheres sofrem mensalmente de um terrível incômodo: a Tensão Pré-menstrual (TPM).

E, acredite, não é frescura: edema abdominal, prisão de ventre, seios doloridos e inchados, acne, aumento ou redução do apetite, alterações bruscas de humor, insônia ou sonolência excessiva são apenas alguns dos principais sintomas relatados pelas mulheres que sofrem deste mal.

A boa notícia é que a TPM pode ser amenizada com algumas mudanças no estilo de vida, o que inclui a prática de atividade física regular. "Os exercícios melhoram a qualidade de vida e aumentam a produção de endorfinas, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. Dessa forma, há melhora nos sintomas da TPM, redução nas cólicas menstruais, melhora do sono e da disposição para as atividades do dia a dia", destaca Vanessa Furstenberger, profissional de educação física.

O corpo feminino passa por uma montanha-russa hormonal todos os meses durante o ciclo menstrual, que é composto por quatro fases:

- a menstruação, que vai do primeiro ao último dia de sangramento (em média, de 3 a 7 dias). Há uma baixa hormonal e da energia do corpo, que pede descanso. "Muitas mulheres sofrem de cólica e ficam bastante indispostas. O ideal é pegar leve com o treinamento e investir em atividades mais leves, como caminhada, pilates, yoga e alongamento", diz Vanessa.

- fase folicular: quando a menstruação cessa, o estrogênio e a noradrenalina voltam a subir, preparando o corpo para a ovulação. A mulher fica mais enérgica e bem-disposta. Segundo a profissional de educação física, este é o momento ideal para aumentar a carga e a intensidade dos exercícios e é quando há a melhor performance.

- ovulação: quando os ovários liberam o óvulo maduro, os hormônios estão em alta, assim como a libido. Há muita disposição e a mulher tem mais vontade de se cuidar. Exercícios explosivos e dança são boas pedidas, pois é quando ela está esbanjando sensualidade.

- fase lútea: antes da menstruação há uma baixa hormonal com a redução da progesterona - facilitando a fadiga. É aqui que aparecem os sintomas da TPM. "As mulheres que ficam mais agressivas, nessa fase suportam treinos mais intensos, enquanto que as que ficam mais emotivas demandam treinos mais tranquilos. Cabe ao profissional que as acompanha compreender o perfil de cada aluna e prescrever a periodização que mais se encaixa ao momento daquela mulher", orienta Vanessa, que sugere exercícios aeróbios para este momento, como corrida, natação, bike e caminhada.


Competição x ciclo menstrual

Quem pratica esporte de forma competitiva pode buscar ajuda multidisciplinar para lidar com os desconfortos menstruais e conseguir treinar para obter a máxima performance.

O médico ginecologista pode prescrever medicamentos que ajudem a controlar a variação hormonal; o nutricionista ajuda a segurar a fome e a ansiedade da TPM para evitar o ganho de peso e a retenção hídrica e o profissional de educação física para indicar o melhor treino para aquele período do mês.

"Cada mulher responde de maneira diferente ao desempenho da atividade física e intensidade durante o período menstrual, portanto não tem problema adequar treinos de alta performance e exercícios de moderados a leve se o corpo da mulher assim pedir", conclui a profissional de educação física.

 


Vanessa Furstenberger - formada em Educação Física desde 1995. Mesmo sendo profissional do esporte sempre sofreu para manter o peso "ideal", não tinha equilíbrio na alimentação e chegou a pesar 98 kg, "Minha vida sempre foi um engorda e emagrece." Em 2009 a profissional começou a praticar corrida e ao preparar uma aluna para a modalidade, realmente enxergou o quão fora do peso e sem saúde estava. Com auxilio de nutricionista e a paixão pela corrida (incentivo principal para mudança) Vanessa passou por uma reeducação alimentar aliada a corrida e musculação leve; ao longo de um ano atingiu um percentual de 15.5% de gordura corporal e atualmente busca os 12%. Sem cirurgia e inibidores de apetite. Além disso, o emagrecimento rendeu 5 pódios de provas de corrida: no asfalto (4º lugar), corrida de obstáculos (2º lugar ) e 3 pódios consecutivos em prova de montanha ( 1º lugar por categoria, 3º lugar por categoria e 2º lugar por categoria). "Uma glória para uma ex-obesa que perdeu 40 kg aos 40 anos de idade." Finaliza Vanessa.


10 Mitos e Verdades sobre o Terçol

O terçol é uma infecção ocular que atinge a borda das pálpebras.  Trata-se de uma condição oftalmológica muito comum e cercada de mitos.

 
O terçol, cujo termo médico é hordéolo, se desenvolve nas margens externas das pálpebras, como resultado de uma infecção bacteriana. Raramente, o terçol é interno, ou seja, se desenvolve na parte de dentro das pálpebras.
 
A lesão do terçol se parece com uma bolinha, que na verdade é um abscesso. Em seu interior, o terçol pode conter secreção purulenta devido à infecção, na maioria dos casos, pela bactéria Staphylococcus aureus. Entre os sintomas estão dor, calor na região, vermelhidão e inchaço.
 
Com a ajuda da oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, especialista em doenças de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa, fizemos uma lista os principais mitos e verdades sobre o terçol.
 
1- O terçol é contagioso. Mito ou verdade?

Mito! O terçol não pode ser transmitido de uma pessoa para outra, nem de um olho para o outro e, muito menos, ao compartilhar roupa de cama e banho.  
 
2- Coçar os olhos pode causar terçol. Mito ou verdade?

Depende. Coçar os olhos é um péssimo hábito. Em relação ao terçol, o risco consiste em manipular os olhos com as mãos sujas. Outros fatores de risco para desenvolver a condição são:
 
• Dormir sem remover a maquiagem
• Ter blefarite, que é uma condição que causa inflamação crônica nas pálpebras
• Não lavar ou desinfetar completamente as lentes de contato antes usá-las
• Usar cosméticos vencidos
• Ter rosácea, um tipo de doença da pele
 
3- Espremer o terçol melhora os sintomas. Mito ou verdade?

Mito! Isso jamais deve ser feito! Embora o terçol lembre uma espinha, nunca deve ser manipulado na tentativa de remover o pus. Pode piorar a infecção, bem como agravar os sintomas de dor e inchaço.
 
4- O terçol pode afetar a visão. Mito ou verdade?

Verdade. O terçol, realmente, pode embaçar a visão. A razão é que o terçol pode comprimir o olho e isso leva a um astigmatismo temporário na córnea. Com isso, a pessoa pode sentir alterações na visão. Além disso, a secreção acumulada na lesão pode causar embaçamento visual.
 
 
5- Passar anel quente faz o terçol desaparecer. Mito ou Verdade?

Mito. Entretanto, a ideia por trás do “anel quente” é que o calor ajuda no amolecimento da secreção.

Contudo, não é recomendado passar o anel, pois isso pode causar queimaduras ou até mesmo levar micro-organismos que podem agravar a infecção.
 
Nesses casos, o indicado é fazer compressas de água morna de 3 a 4 vezes por dia ou conforme a orientação do oftalmologista.
 
6- O terçol não precisa de tratamento. Mito ou verdade?

Depende. Em geral, o terçol é uma doença autolimitada. Isso significa que melhora sem precisar de tratamento. Em média, se resolve de 5 a 7 dias.

odavia, em alguns casos,o terçol pode precisar ser drenado, como também pode ser preciso aplicar pomadas com antibiótico. Portanto, é sempre recomendado procurar um oftalmologista.
 
7- Quem tem terçol não deve usar lentes de contato. Mito ou Verdade?

Verdade. Até que o terçol desapareça, quem usa lentes de contato deve usar óculos para correção do grau. Para prevenir uma recorrência do problema, o ideal é higienizar muito bem as lentes de contato antes de usá-las novamente.
 
8- Maquiagem nos olhos causa terçol. Mito ou verdade?

Verdade. Vale ressaltar que quem costuma usar maquiagem, especialmente lápis de olho, deve redobrar a atenção. O lápis, quando passado na parte interior das margens palpebrais (inferiores e superiores) pode obstruir as glândulas de Meibômio. Essa obstrução pode levar ao terçol.
 
A dica é usar o lápis na parte externa das margens das pálpebras. Contudo, durante o curso do terçol, não é recomendado usar maquiagem na região dos olhos.
 
9- Sol faz mal para o terçol. Mito ou verdade?

Mito. Na verdade, a pessoa com terçol pode ficar mais sensível à luz. Por isso, pode se sentir desconfortável com a claridade. Para melhorar esse sintoma, basta sair com óculos escuros.
 
10- É possível prevenir o terçol? Mito ou Verdade?

Verdade. Sim, há algumas medidas que podem reduzir o risco de desenvolver um terçol
 

  • Não coçar os olhos
  • Não levar as mãos sujas aos olhos
  • Sempre remover a maquiagem, principalmente da região ocular
  • Evitar usar o lápis de olho na parte interior das pálpebras
  • Caso faça uso de lentes de contato, manter a higienização das lentes em dia, de forma rigorosa
  • Para pessoas com blefarite (inflamação crônica nas pálpebras, dermatite seborreica e rosácea), o ideal é procurar um especialista para avaliar a possibilidade de tratar a doença com luz intensa pulsada
 
“O mais importante é procurar um oftalmologista para tratamento e orientações. Para as pessoas que têm terçol de forma frequente, o médico pode avaliar a causa dessa recorrência, que pode estar ligada a outras condições, como a blefarite, por exemplo”, comenta Dra. Tatiana.

Herpes sem crise: como identificar e controlar os gatilhos

Quem sofre de herpes sabe: o controle dos gatilhos é a chave para evitar novas crises. Nos últimos tempos, o estresse e o confinamento por conta da pandemia do novo coronavírus piorou ainda mais as condições de quem sofre desta doença, que pode ter no estresse um desses importantes gatilhos de crises. 

Segundo o Dr. Alexandre Fabris - CRM: 100.643, médico membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos clínicos demostram que o sistema imunológico está intimamente ligado ao sistema psíquico-emocional. “Portanto, é comum observar o aparecimento de crises de herpes em pessoas infectadas em estresse intenso, o que pode ser explicado devido à menor vigilância imunológica desses indivíduos” explica. 

O dermatologista ressalta que outras situações também relacionadas são privação de sono, infecções, alterações hormonais e estado febril. “Nesta pandemia da Covid-19, tem-se observado um aumento dos casos de herpes zoster (vírus varicela zoster, da família do herpes vírus) e parece estar relacionado com aumento da ansiedade e insônia dos indivíduos acometidos”, relaciona. 

Fatores genéticos também podem ser importantes na infecção pelo vírus do herpes e sua forma de apresentação. “Isso explica porque algumas pessoas infectadas não apresentam crises e outras quadros mais intensos e mais reincidentes da doença. Devido ao tipo genético associado à resposta de cada pessoa, nem sempre os filhos de pais que apresentam herpes de repetição são igualmente acometidos”, ressalta Dr. Alexandre. 

A alimentação é outro fator importante para o agravamento de crises em pessoas que têm o vírus. O dermatologista explica que alimentos ricos em aminoácido arginina como, por exemplo, pipoca, gelatina, chocolate e nozes, podem aumentar o número de crises de herpes em indivíduos predispostos. “Isso ocorre porque o vírus, para se replicar, utiliza a arginina para formar as estruturas como seu capsídeo e envelope”, ensina o dermatologista. 

Segundo Dr. Alexandre, a solução para evitar este tipo de crise pode estar no aumento da ingestão do aminoácido lisina, que provoca a redução da quantidade de arginina intracelular e, portanto, menor substrato para a replicação do vírus. “Alguns estudos demonstraram que em indivíduos que apresentam crises de repetição, a suplementação de lisina reduz significativamente o número de crises de herpes, além de acelerar a cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de cura das lesões”, complementa.

 

Índices de aleitamento materno crescem no Brasil, indica Ministério da Saúde

Em apoio ao Agosto Dourado, especialistas falam sobre a importância da amamentação à saúde das crianças

 

Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) 2020, do Ministério da Saúde, indicam que, no último ano, 53% das crianças brasileiras foram amamentadas no primeiro ano de vida, sendo mais de 45% delas alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses.

Os números apontam para um crescimento em comparação aos inquéritos anteriores. Em uma avaliação dos últimos 34 anos, entre 1986 e 2020, houve um aumento de cerca de 1,2% ao ano no índice de amamentação exclusiva em crianças de até seis meses de idade.

Para o Dr. Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o fato reforça a importância de campanhas como a do Agosto Dourado, que incentiva o aleitamento materno por meio de uma série de ações que promovem os benefícios da prática à saúde da mãe e do bebê.

O médico, que também integra o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria São Paulo (SPSP), explica que o leite materno é o alimento mais completo para as crianças, atendendo a todas as necessidades nutricionais necessárias.

“O leite da mãe é a primeira vacina do bebê, contribuindo para reduzir em 13% a mortalidade infantil nos primeiros 5 anos de vida”, frisa.

O especialista destaca, a seguir, as principais vantagens da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê. Confira!

Para o bebê

- Reduz cólicas devido à fácil digestão;

- Previne anemia, sendo rico em ferro;

- Reduz o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, como bronquiolite, asma, gripe e resfriado;

- Fortalece o sistema imunológico, prevenindo quadros de infeções;

- Ajuda no desenvolvimento adequado da arcada dentária, evitando problemas na fala e com a respiração;

- Previne raquitismo e doenças reumáticas;

- Evita problemas gastrointestinais, pois protege a mucosa intestinal;

- Diminui risco de desenvolvimento de alergias alimentares, como à proteína do leite de vaca, por exemplo;

- Contribui para o desenvolvimento intelectual.


Para a mãe

- Ajuda a prevenir doenças como osteoporose e câncer de mama, do endométrio e do ovário;

- Auxilia na perda de peso após o parto;

- Previne hemorragias no útero e anemia;

- Diminui riscos de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.

Além destes benefícios, o pediatra do Hospital São Camilo também explica que o ato de amamentar contribui para o fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

“O leite materno é tão importante que a ONU e a Organização Pan-Americana de Saúde [Opas], apoiadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, como forma exclusiva de alimentação até 6 meses de idade e de maneira complementar, quando possível, até os 2 anos de idade”, destaca.

Com o objetivo de estimular essa prática, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo adere à Campanha Mundial de Amamentação iluminando as fachadas das unidades Santana, Ipiranga e Pompeia de dourado durante todo o mês de agosto.

A Instituição também abordará o tema no decorrer do mês, divulgando conteúdos em suas redes sociais e canais de comunicação interna, promovendo o debate e a informação a todos os seus públicos.



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


10 curiosidades sobre o crânio e o cérebro que irão te surpreender

brain4care: monitoramento não invasivo do cérebro 
Ainda estamos longe de conhecer todo o mistério que envolve a interligação do cérebro com o nosso organismo como um todo, mas já temos importantes achados. Confira a lista abaixo elaborada pelo pesquisador e diretor científico da brain4care, Gustavo Frigieri:


  1. O nosso cérebro pesa mais ou menos 1,5kg. Cerca de 75% de sua massa total é composta por água. O seu peso representa de 2% a 3% da massa corporal e consome cerca de 20% do nosso oxigênio e de 15% a 20% da glicose.
  2. O cérebro tem cerca de 100 bilhões de células nervosas. Além disso, possui mais conexões do que o número de estrelas em nossa galáxia. Ele  pode arquivar o equivalente a 1 mil terabytes de informações. Somos ainda capazes de escanear e processar imagens complexas em até 13 milissegundos. Só para se ter uma ideia, as redes neurais artificiais (RNAs), modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central, precisam de 40 minutos para processar o que o cérebro leva apenas um segundo.
  3. Nosso cérebro pulsa. Isso acontece quando o coração bate e envia o fluxo de sangue carregado de nutrientes para todo o organismo, inclusive o cérebro. Neste exato momento, o cérebro pulsa. E o mais importante: na presença de algumas doenças esse pulso se comporta de modo diferente, indicando que pode ser a hora de investigar mais sobre a saúde do paciente. A Covid-19, por exemplo, muda a forma de como o fluxo sanguíneo chega ao cérebro.
  4. A caixa craniana é expansível. Desde mais de 200 anos atrás, a medicina acreditava que o crânio era totalmente rígido e que o aumento no volume de um de seus componentes (cérebro, sangue e líquido cerebroespinhal) implicaria na diminuição do volume dos outros. Porém, descobertas recentes indicaram que o crânio é capaz de se expandir para acomodar mudanças nesse volume interno. Essa capacidade de ajuste é chamada de complacência intracraniana e seu comprometimento pode levar a um aumento da pressão intracraniana.
  5. Pressão arterial alta pode afetar o cérebro. Quando o coração bate e leva o sangue para o cérebro, se a pressão arterial estiver alta, a força dessa onda pode resultar em hipertensão intracraniana e causar dores de cabeça frequentes, às vezes acompanhadas de náuseas, visão turva e ruídos dentro da cabeça. A hipertensão intracraniana também pode provocar acidentes vasculares cerebrais (AVC), também conhecidos como "derrame".
  6. A obesidade pode trazer complicações para o cérebro. Isso porque o excesso de gordura abdominal comprime as veias da região, prejudicando o retorno do sangue venoso do cérebro para as outras partes do organismo. Esse fato já era previsto, mas apenas com o monitoramento não invasivo foi possível observá-lo.
  7. Doenças como síndrome renal interferem na saúde do cérebro. Pesquisas recentes indicaram que pacientes com síndrome renal em estágios mais graves tinham a complacência intracraniana comprometida. Após o tratamento desses pacientes com hemodiálise, a complacência retornou a um estado normal. Isso é uma importante pista para entender como a o cérebro pode ser afetado pelas mais diversas doenças e como monitorá-lo é essencial para garantir que não surjam mais complicações para um paciente.
  8. Acordando um paciente em coma induzido. Com o monitoramento não invasivo do crânio, o médico pode saber com mais segurança se já está no momento de “acordar” esse paciente. Para isso, ele checa se a complacência intracraniana está normal. Antes, o médico contava apenas com a avaliação do estado clínico do paciente para tomar a decisão.
  9. Pulmão artificial é calibrado pelo cérebro. O ECMO (sigla em inglês para “Oxigenação por Membrana Extracorpórea), ou “pulmão artificial”, tornou-se mais conhecido no Brasil recentemente quando foi utilizado no tratamento do ator Paulo Gustavo, uma das vítimas da Covid-19. A técnica substitui as funções do pulmão quando necessário. Durante esse tratamento, o volume de sangue na máquina e no corpo precisa estar equilibrado. Para isso, a equipe de especialistas observa sinais do paciente, como temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial. Com o monitoramento não invasivo do cérebro, os médicos passaram a acompanhar também a complacência intracraniana e a calibrar com mais segurança a máquina.
  10. É possível monitorar o crânio de forma não invasiva e confiável. Até pouco tempo atrás só era possível monitorar a pressão intracraniana (PIC) com métodos invasivos. Aliás, a monitorização invasiva intraventricular é considerada padrão ouro para essa checagem, mas ela está relacionada a inúmeras complicações. Mais recentemente, métodos não invasivos de monitorização da complacência intracraniana têm sido utilizados com sucesso para avaliar a saúde do cérebro, mostrando que a complacência intracraniana tem relação direta com a PIC e pode até ser um meio mais eficaz para esta avaliação.

 

Por que é importante cuidar da saúde bucal das crianças?

A Presidente da Associação Brasileira de Halitose explica porque os cuidados nessa fase da vida são tão essenciais


A infância é um momento de muitas brincadeiras, alegrias e aprendizados. É nessa fase que as crianças aprendem o seu espaço no mundo, descobrem como se comunicar e desenvolvem habilidades essenciais para o convívio em sociedade. Apesar disso, essa época exige também muito cuidado com a saúde da criança. 

No que se refere à saúde bucal, “cuidar dos dentinhos e da higiene bucal das crianças garante uma dentição perfeita e uma melhor qualidade de vida aos pequenos”, afirma a Presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, cirurgiã-dentista. A profissional explica que a boca é uma estrutura bastante favorável ao aparecimento de bactérias que podem ser nocivas à saúde da criança. Por isso, cabe aos pais o cuidado diário neste sentido. 

“Criar uma rotina que insira a escova de dentes e o fio dental é muito importante”, explica a especialista. Sempre, após todas as refeições, é indispensável a escovação dos dentes, e, uma vez ao dia, a utilização dos fios. Para isso, deve ser estimulado na criança o prazer em cuidar. “Com musiquinhas, brincadeiras e outros meios, os pais devem colocar essa rotina de cuidado não como uma tarefa, mas sim como algo divertido”. 

Outro ponto a se ressaltar é referente ao exemplo dos pais. Nos primeiros anos de vida, as crianças são fortemente influenciadas pelo comportamento dos adultos mais próximos, assim, tendem a repetir padrões. Por isso, se os pais não têm o costume de escovar os dentes no mínimo 3 vezes ao dia, bem como usar corretamente o fio dental, dificilmente a criança adotará esse comportamento. Desse modo, cabe aos responsáveis a mudança nos próximos hábitos para que os pequenos possam enxergar também a necessidade desse cuidado. 

Com os menores, a rotina deve prevalecer, mas com algumas adaptações. “Desde o nascimento do primeiro dentinho é essencial o cuidado com a dentição. Por isso, nesses primeiros meses é aconselhável a utilização de gaze ou uma escova bem macia”, alerta a dentista. Outrossim, é válido lembrar também quanto à alimentação. O consumo desenfreado de doces e outros alimentos industrializados pode desencadear cáries e outras bactérias. 

Independentemente da idade, cuidar da saúde bucal é importante a vida toda. Uma boa saúde bucal é responsável por uma boa qualidade de vida. Por isso, estimular esse cuidado é importante desde a infância é essencial para um futuro saudável.

 

Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Presidente da Associação Brasileira de Halitose

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

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Planos de saúde: interesse pela portabilidade de carências segue em alta

Busca por planos mais baratos continua sendo principal razão para consulta dos beneficiários

 

O interesse pela portabilidade de carências - que é a possibilidade de trocar de planos de saúde levando consigo os períodos de carência e de cobertura parcial temporária para doenças, ou lesões preexistentes, já cumpridos - aumentou 42% nos primeiros sete meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra o relatório de acompanhamento de protocolos de portabilidade emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde, ferramenta de consulta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a contratação e troca de planos de saúde.

De janeiro a julho de 2021, foram gerados 206.302 protocolos de consultas sobre portabilidade de carências, 60.859 a mais que os gerados no mesmo período em 2020 (145.443). O principal motivo informado pelos usuários do Guia ANS é a busca por planos de saúde mais baratos.

Importante esclarecer que o número de protocolos emitidos representa o total de consultas finalizadas no Guia ANS e não o número de portabilidades efetivadas.


Considerando o período de março de 2020 a julho de 2021, as principais motivações informadas pelos beneficiários quanto ao interesse na portabilidade de carências foram:
a busca por um plano mais barato (44%), cancelamento de contrato (17%) e a procura por melhor qualidade da rede prestadora (16%), como pode ser visto no gráfico abaixo.



Percepção do usuário sobre o Guia de Planos

A percepção dos usuários sobre o Guia de Planos da ANS tem sido mensurada pela ANS com o objetivo de aprimorar, de forma permanente, a ferramenta. Dessa maneira, após o relatório ter sido gerado, é feita uma pesquisa com os usuários.

No período de março de 2020 a julho de 2021, 68% das pessoas que acessaram o Guia não tiveram dificuldades, enquanto 14% informaram dificuldade de encontrar planos disponíveis, o que pode estar relacionado ao fato de não existir opções de planos que atendam a região do usuário.



Na Análise de Satisfação com o Guia de Planos, a ANS solicita que o usuário atribua notas de 0 a 10 para o serviço. No gráfico abaixo, observa-se que a ampla maioria das pessoas que navega pela ferramenta a avalia com a nota máxima.

 


Como fazer a portabilidade de carências

A portabilidade de carências é um direito garantido a todos os beneficiários de planos de saúde contratados a partir de 01/01/1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98 . Essa opção está disponível aos beneficiários de qualquer modalidade de contratação (planos individuais, coletivos empresariais e coletivos por adesão), mediante o cumprimento dos seguintes requisitos gerais:

  • O plano atual deve ter sido contratado após 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98);
  • O plano de destino deve ter faixa de preço compatível com o plano atual;
  • O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar cancelado;
  • O beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidades;
  • O beneficiário deve ter cumprido o prazo mínimo de permanência no plano:

1ª portabilidade: 2 anos no plano de origem ou 3 anos se tiver cumprido Cobertura Parcial Temporária (CPT) para uma Doença ou Lesão Preexistente.

2ª portabilidade: Se já tiver feito portabilidade antes, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano; ou de 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anterior.

A ANS disponibiliza aos beneficiários uma cartilha com informações completas sobre o tema para orientar sobre prazos e critérios para realização da portabilidade.

Clique e confira aqui.


Guia ANS de Planos de Saúde

Para consultar os planos disponíveis no mercado e compatíveis para fins de portabilidade, o beneficiário deve consultar o Guia ANS de Planos de Saúde. Depois de preencher as informações requisitadas sobre o plano de origem e sobre os critérios desejados na contratação do novo plano, ao final da consulta serão retornados os planos disponíveis para portabilidade.

O beneficiário deve escolher o plano que mais lhe convier e emitir o protocolo de Relatório de Compatibilidade. Depois de escolher o novo plano ao qual deseja aderir, deve procurar a operadora munido da documentação exigida e solicitar a proposta de adesão. A operadora do plano de destino tem até 10 dias para analisar o pedido de portabilidade. Caso a operadora não responda ao pedido após esse prazo, a portabilidade será considerada válida.

Há ainda situações específicas, em que não é exigida a compatibilidade de preço ou o cumprimento do prazo de permanência no plano (veja situações específicas de portabilidade), são os casos em que o beneficiário tem que mudar de plano por motivos alheios à sua vontade, como, por exemplo, morte do titular, cancelamento do contrato e falência da operadora.


Situações em que há carência no novo plano contratado:

Caso o beneficiário exerça portabilidade para um plano com coberturas não previstas no plano de origem, estará sujeito ao cumprimento de carências, mas somente para as novas coberturas. Por exemplo: um beneficiário que possui um plano ambulatorial poderá fazer portabilidade para um plano ambulatorial + hospitalar cumprindo carências apenas para a cobertura hospitalar.

Com isso, a ANS ampliou as opções de escolha do beneficiário, permitindo que ele encontre um plano de saúde que atenda suas necessidades, sem cumprir carências para as coberturas que já tenha cumprido, preservando, por outro lado, o equilíbrio do setor, ao manter a lógica prevista em Lei de exigência de carências para as novas coberturas.

Clique aqui e saiba mais sobre portabilidade.


Brasil atinge 700 mil consumidores com geração própria de energia solar, informa ABSOLAR

Segundo mapeamento da entidade, segmento já agregou R$ 32 bilhões em investimentos e gerou mais de189 mil empregos acumulados no País
 

 
 
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 700 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar. A modalidade representa mais de 6,3 gigawatts de potência instalada operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 32 bilhões em novos investimentos ao País, agregando mais de 189 mil empregos acumulados no período, espalhados pelas cinco regiões nacionais. 

Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 87,5 milhões de consumidores de eletricidade do País, apenas 0,8% já faz uso do sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva. Segundo análise da ABSOLAR, a tecnologia fotovoltaica em telhados e pequenos terrenos deve ganhar um impulso importante neste e nos próximos anos.
 
Importante acordo celebrado entre o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica e representantes do setor solar, das distribuidoras e da geração distribuída estabeleceu o texto de consenso do Projeto de Lei n° 5.829/2019, que cria o marco legal para a geração própria de energia a partir de fontes renováveis no Brasil. A iniciativa contribuirá para aliviar os problemas da crise hídrica ao setor elétrico, ajudando a reduzir as contas de luz de todos os brasileiros. Segundo avaliação da ABSOLAR, o acordo viabilizará o marco legal nas próximas semanas, incluindo sua votação e aprovação na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e sua sanção presidencial.
 
O texto de consenso garante segurança jurídica aos mais de 700 mil consumidores pioneiros que já possuem sistema de geração própria instalado, para os quais as regras atuais serão mantidas até o final de 2045. Também entrarão nessas mesmas condições os novos pedidos feitos em até 12 meses da publicação da lei, trazendo estabilidade ao mercado.
 
Em número de unidades consumidoras que utilizam a geração própria de energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,5% do total. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,8%), produtores rurais (7,2%), indústrias (2,1%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).
 
A geração própria de energia solar já está presente em 5.083 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Teresina (PI), Uberlândia (MG) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.
 
“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
 
“A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros com a redução do uso de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes e responsáveis pela bandeira vermelha. Adicionalmente, ela ajuda a reduzir as perdas elétricas e novos gastos com infraestrutura, que seriam cobrados nas faturas de energia elétrica”, comenta o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk.



Marcas próprias são opção na hora de economizar nas compras

De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), 

a venda de produtos de marcas próprias cresceu 30% no primeiro semestre
Créditos: Eldinhoid/Istock

Venda desse tipo de produto em supermercados cresceu durante a pandemia. Segundo especialista em finanças, é possível economizar até 25% fazendo essa escolha

 

A pandemia da covid-19 não só impactou todos os setores da sociedade, como também provocou diversas mudanças na economia e na forma de consumo do brasileiro. A crise afetou inclusive a escolha dos produtos que o consumidor coloca no carrinho do supermercado. Com preços de alimentos básicos como carne, arroz e feijão em alta, foi necessário se adequar na hora das compras para fechar o orçamento mensal da família.

Com essas mudanças todas é possível notar um movimento também das redes de supermercados diante dessa nova realidade. De acordo com dados da Associação Paulista de Supermercados (Apas), no primeiro semestre deste ano foi registrado um aumento de 30% nas vendas de produtos de marcas próprias em relação ao mesmo período de 2020. Para o consultor financeiro e gerente de agência da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, Denilson Silva, esse crescimento é consequência do impacto da crise no bolso do consumidor. 

“Os preços da maioria dos alimentos tiveram reajustes no último ano, muitos com alta superior a 10%. Portanto, com inflação acima do esperado, aumento do desemprego, e reduções salariais causadas pela crise sanitária, o poder de compra também reduziu. Por isso, sempre que temos um cenário como esse, o consumidor acaba optando por marcas mais baratas, que é o caso das marcas próprias vendidas nos supermercados”, explica.

Mais competitivas e com um custo-benefício melhor em relação às outras marcas, essa opção acaba sendo mais vantajosa para o consumidor. Mesmo que as marcas próprias ainda sejam uma estratégia principalmente de grandes redes, esse é um movimento que vem crescendo também em lojas menores.

“Essa é uma tendência de mercado que ganhou destaque durante a pandemia por uma necessidade do consumidor, mas que, por outro lado, é um movimento que chegou para ficar. A partir do momento que a empresa passa a oferecer produtos de marca própria, como, por exemplo, produtos de panificação fabricados por ela mesma, reduz alguns custos como logística, por exemplo, e consegue entregar um produto com mais qualidade e com preços mais acessíveis”, conta.

Segundo o especialista, a maior vantagem em escolher produtos de marcas próprias nas redes de supermercados está na economia final. “Quando o supermercado vende produtos básicos, como é o caso dos alimentos de fabricação própria, a conta final pode ficar até 25% menor em comparação a outras marcas tradicionais”, ressalta.

Porém, além de fazer essas escolhas é importante também organizar o orçamento familiar. “Tem algumas dicas importantes na hora de fazer as compras e que fazem muita diferença nos gastos mensais, como, por exemplo: procure sempre estar atento às datas e aos dias da semana com promoções; pesquise preços em outras lojas antes de comprar; evite ir ao mercado com fome ou com a família toda; anote tudo o que é necessário e que não pode faltar no carrinho de compra, assim, você evita os supérfluos”, aconselha.

 


Sicredi

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Qual o Destino das Mulheres Afegãs?


Acredito que todos nós assistimos assustados e estamos preocupados com a nova dominação e controle do território Afegão pelo conhecido Talibã.

Recordo-me que em meados de setembro de 2019, me surpreendi com a notícia que o Presidente Trump “tricotava” com os militantes do Talibã para uma retirada pacífica de seus soldados e de outros participantes da OTAN, que gerou em seguida um acordo formal.

Na época, pensei que se houvesse algum retorno do movimento político Talibã ao Poder, as mulheres seriam totalmente escravizadas pelo grupo, pois notório o extremismo e desumanidade deste governo, pelo qual mulheres quase não têm direitos.

Em seguida, me surpreendi de novo, mas agora com o novo Presidente Biden que ratificou a ideia e a colocou como promessa de campanha, ratificada em seus discursos já como Presidente.

As falas de Biden são desapontantes, pois sabia que a retirada das tropas geraria um enorme problema humanitário, sendo que no dia de hoje (16-08-21), defendeu: “Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar”.

Desde o primeiro momento de diálogo entre EUA e Talibã, a interpretação apresentada à sociedade era a de que a medida seria um ato para encerrar a guerra mais longa da história americana e o fim do intervencionismo dos Estados Unidos em todo o mundo.

Contudo, o que já estamos vendo não é uma dominação e retomada do território pelo grupo extremista de forma tão pacífica e protetora dos mínimos direitos humanos frente aos homens e principalmente às mulheres.

Após o Talibã tomar o poder em Cabul, algumas imagens de publicidade com fotos de mulheres começaram a ser retiradas das fachadas das lojas.

Nas regiões dominadas antes de Cabul, algumas mulheres conseguiram fugir dessas áreas controladas pelo Talibã, e relataram que os militantes exigiam que as famílias entregassem meninas e mulheres solteiras para se tornarem esposas de seus combatentes. Exigiram também a retomada da utilização da burca.

O que se inicia nada mais é do que a retomada de uma interpretação literal, violenta, desumana e extremista da “sharia” pelo governo Talibã que inclui apedrejamento por adultério, amputação de membros por roubo e proibição de meninas com mais de 12 anos de ir à escola.

Infelizmente, o regime brutal do movimento deve ser progressivo e poderemos voltar a assistir vídeos de mulheres sendo presas, torturadas, forçadas a casar com militantes, açoitadas publicamente ou até executadas.

A escravidão sexual é crime contra a humanidade, e limitar direitos mínimos humanos às afegãs, também deve ser interpretado como atos criminosos humanitários.

O retrocesso dos direitos conquistados pelas mulheres afegãs é uma consequência natural e absurda diante desta dominação.

Notório que as afegãs perderão seus direitos à educação, a ensinar e a trabalhar, e serem consideradas como objeto e suscetíveis às violências de todas as formas.

Assim, podemos afirmar que houve um fracasso da missão americana no Afeganistão, pois houve a perda da liberdade e da autonomia, e dos mínimos direitos humanos das mulheres afegãs.

A deterioração das liberdades para as mulheres e meninas afegãs é um míssil que explodiu no colo dos EUA, e que gerou esse fracasso militar.


Esperando estar errado em minha sustentação nas linhas pretéritas, na data de hoje (16-08-21), o Conselho de Segurança da ONU “expressou profunda preocupação” com as violações de direitos humanos e “destacou a necessidade urgente e imperativa de levar os perpetradores à Justiça”.

Todavia, entendo que uma simples manifestação do referido Conselho não será acatada pelo Talibã, e as afegãs sofrerão muito com essa nova dominação.

Indispensável um movimento mundial de tutela das mulheres afegãs, um movimento social jurídico internacional, gerador de um perfume de esperança com inúmeras denúncias junto ao Tribunal Penal Internacional de Haia, sendo que o Afeganistão é um país-membro do Estatuto de Roma e, portanto, o TPI tem jurisdição para investigar e processar qualquer crime de guerra ou crimes contra a Humanidade que ocorram nesse território, independentemente de serem cometidos pelo Estado ou por um Estado terceiro.

 

  

Professor Marcelo Válio - graduado em 2001 PUC/SP,  especialista em direito constitucional pela ESDC, especialista em direito público pela EPD/SP, mestre em direito do trabalho pela PUC/SP, doutor em filosofia do direito pela UBA (Argentina), doutor em direito pela FADISP, pós doutor em direito pelo Universidade de Messina (Itália) e pós doutorando em direito pela Universidade de Salamanca (Espanha), e é referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiência, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos e doentes).


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