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terça-feira, 17 de agosto de 2021

Pedidos de empréstimos por PMEs de saúde aumentam 175% no primeiro semestre de 2021

Levantamento da BizCapital mostra que o empreendedorismo cresceu no setor de saúde durante a crise

 

De acordo com uma pesquisa feita pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para pequenas e médias empresas, as solicitações de empréstimos por PMEs de saúde aumentaram 175% no primeiro semestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados também revelam que o crescimento foi mais acentuado na região sudeste do país, totalizando um aumento de 254% nos pedidos. Bruno Israel, head de marketing da BizCapital, explica essa mudança.

"O aumento nos empréstimos dentro dessa área é reflexo direto do comportamento influenciado pela pandemia. Percebemos que as pessoas estão viajando menos, e, consequentemente, economizando dinheiro e investindo mais em saúde e no bem-estar físico e emocional. A classe média, por exemplo, está consumindo cada vez mais procedimentos estéticos dentro do Brasil e, com isso, os profissionais precisam de mais capital para garantir insumos que atendam à demanda crescente", afirma o executivo.

No começo da pandemia, as cirurgias plásticas sofreram uma redução considerável por conta do medo e incerteza dos pacientes em relação ao cenário da doença. Não à toa, diversos hospitais cancelaram ou adiaram procedimentos cirúrgicos eletivos, ou seja, aqueles que não são considerados fundamentais para a saúde. Logo, as pessoas passaram a se interessar, cada vez mais, pelos procedimentos estéticos não invasivos.

Vale destacar que o tempo em home office tornou-se uma oportunidade para a recuperação mais segura e sem exposição desses procedimentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a procura por procedimentos estéticos teve um aumento de 50% no início de 2021. Por isso, é nesse momento, em que o mercado está aquecido, que os empreendedores da área da saúde devem aproveitar para investir em materiais e recursos e estarem prontos para atender a essa demanda.

"A tendência é que o boom dos procedimentos estéticos não invasivos continue. Por isso, esse é o momento certo para apostar em investimento e crescimento, o que explica o aumento na demanda por crédito empresarial. Desde que seja sempre bem planejado e estruturado para caber nas contas, ele pode ser um grande facilitador para que as PMEs modernizem seus negócios, ampliem os estoques e invistam no crescimento", conclui Israel.




BizCapital

 

Estágio remoto é opção para empresas

Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, o teletrabalho, não previsto na Lei de Estágio, ganhou força e espaço durante a pandemia

 

O modelo de trabalho que será adotado após a pandemia entra em debate também no Dia do Estagiário, comemorado nesta quarta-feira, 18. O teletrabalho, que foi viabilizado pelo Ministério Público do Trabalho por meio de uma nota técnica em parceria com a COORDINFÂNCIA - publicada em maio de 2020,  não está previsto na Lei de Estágio (nº11.788/08). 

Enquanto a legislação sugere a supervisão presencial do estudante, o alongamento da pandemia e o teletrabalho provaram que é possível o desenvolvimento do estagiário mesmo à distância. Segundo pesquisa do Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, encomendada ao IBOPE, 46% dos estagiários passaram a trabalhar remotamente. Enquanto 54% seguiram presencialmente. 

Para Luiz Gustavo Coppola, superintendente Nacional de Atendimento do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, "é necessário aproveitar todo o potencial e desenvolvimento do programa de estágio no “novo normal” em que as relações de trabalho e estudo a distância se fortaleceram”. 

Assim, a instituição filantrópica sem fins lucrativos tem buscado disseminar conhecimento e informação a respeito do teletrabalho e incentivo de oportunidades para inclusão dos jovens, colaborando para o surgimento de novos modelos de trabalho.

 

Avaliação do estágio

De acordo com o levantamento realizado pelo CIEE, 90% dos estudantes consideram o estágio fundamental para o desenvolvimento profissional. Esse índice é ainda maior na região Norte do País, onde alcança a marca de 93%. 

A pesquisa apontou que os estagiários têm em média 25 anos, 65% são oriundos de instituição de ensino particular, e a renda familiar está concentrada entre as faixas de dois a três salários mínimos. Foram ouvidos mais de 6 mil estudantes.

 

Sinistros graves com ciclistas cresceram 30% nos primeiros meses de 2021


Sustentável e módico, a bicicleta muitas vezes é apontada como o veículo do futuro: cada vez mais presente no trânsito brasileiro, é também protagonista de sinistros graves. Análise da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) registra aumento relevante no registro de sinistros que exigem atendimento médico envolvendo ciclistas traumatizados nos primeiros cinco meses de 2021: comparado ao mesmo período de 2020, foram 30% a mais. Os números foram divulgados às vésperas do Dia Nacional do Ciclista (19/8), data em que é celebrada também a fundação da Abramet e dia do especialista em Medicina do Tráfego.

"Esses dados demonstram a importância de termos atenção e iniciativas focadas nesse público. O uso da bicicleta cresceu no Brasil e exige uma abordagem de prevenção ao sinistro", avalia o dr. Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet. "A Abramet está atenta a esse tema e vamos discuti-lo em nosso Congresso no mês de setembro", informou. A entidade realizará o XIV Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego nos dias 16 a 18 de setembro, mobilizando os mais renomados especialistas do Brasil e do exterior para debater diversos temas, entre eles os efeitos da pandemia na mobilidade.

Em janeiro de 2019, foram registrados 1.100 sinistros graves com ciclistas, contra 1.451 em janeiro de 2021, mês com o mais alto nível de sinistros compilados no período estudado. Os dados mostram uma oscilação suave nas ocorrências, que mantiveram média de registro de 1.185 casos mensais nos últimos dois anos. Preparado com o suporte da agência 360° CI, o estudo da Abramet apropriou dados oficiais do Datasus, do Ministério da Saúde, relativos aos sinistros de trânsito envolvendo ciclistas.

 

 

Panorama nacional - Os dados avaliados pela Abramet mostram a evolução dos sinistros graves com ciclistas em todo o Brasil, com um mapeamento por Região, Estado e Município. Chama a atenção a escalada no registro de sinistros no estado de Goiás: em 2021, houve um aumento de 240% em relação a 2020, com 406 casos a mais.

Merecem destaque, ainda, os Estados em que a incidência de sinistros graves acumulou crescimento de 100% ou mais, como Rondônia (113%) e Sergipe (100%). Entre os municípios, o estudo identifica panorama preocupante nas capitais, especialmente Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza.


O mapeamento preparado pela Abramet avaliou, ainda, o perfil dos ciclistas envolvidos em sinistros graves: cerca de 80% eram homens e a faixa etária predominante está entre 20 e 59 anos - que corresponde a 60% dos casos. Segundo Flavio Adura, diretor científico da Abramet, a entidade aproveitará o conhecimento produzido para propor ações e procedimentos que aprimorem o atendimento de sinistros envolvendo o ciclista, assim como o reforço de políticas públicas que protejam essas vidas.

"A superioridade numérica dos acidentes envolvendo pedestres e motociclistas fez com que os ciclistas fossem negligenciados enquanto objeto de políticas de prevenção. Percorrem ruas e estradas, partilhando espaço com veículos pesados e, muitas vezes, sequer sendo percebidos. Comparada a alguém que se desloca em um automóvel, uma pessoa que circula em uma bicicleta tem uma probabilidade de óbito 8 vezes maior", ressaltou.

Ações específicas - Para a entidade, os dados corroboram a preocupação com o atendimento e acompanhamento desse público. Em 2019, a Abramet já havia se mobilizado para conhecer melhor o tema e publicou estudo avaliando a incidência de atropelamentos envolvendo ciclistas - a entidade preparou uma série histórica mostrando o que aconteceu entre os anos de 2009 e 2019. CONFIRA AQUI .

"Nossa tarefa é produzir o conhecimento necessário para tornar o trânsito brasileiro mais saudável, olhando para todos os usuários do sistema", avalia Carlos Eid, coordenador do Departamento de Atendimento Pré-Hospitalar da Abramet. "O ciclista está cada vez mais presente nas ruas do Brasil e isso exige uma abordagem médica específica".

 

O trabalho liberta as mulheres do patriarcado?

 

Em primeiro lugar, quando analisamos as mulheres no mercado de trabalho, é necessário estudar a origem do movimento feminista. 


Mulheres de classe média e alta foram responsáveis ​​por moldar o pensamento feminista na origem do movimento; por isso, o plano majoritário da campanha era a ascensão das mulheres ao mercado de trabalho como forma de libertação. 


No entanto, essas mulheres representavam apenas uma pequena parte das mulheres oprimidas. Além disso, estavam tão imersas em suas próprias experiências que ignoraram que a maioria das mulheres já ocupava o mercado de trabalho. 

Essas mulheres que já ocupavam o mercado de trabalho não sentiam que o trabalho as libertava, mas colaboravam com mais opressão e exploração, pois viviam péssimas condições de trabalho e pouca remuneração.

 

No caso da mulher branca de classe média, prisioneira do espaço doméstico, a ideia era aceitar todas as condições de trabalho acomodadas a baixos salários para melhorar a renda familiar e romper com o isolamento pessoal.

 

Essa ideia perpetuada pelo movimento feminista branco de que o trabalho liberta as mulheres e que a libertação das mulheres vem de sua inserção no mercado de trabalho é uma premissa que alienou muitas mulheres negras, pobres e proletárias do próprio movimento feminista.

 

Mulheres e homens negros foram os primeiros a mostrar medo da inserção das mulheres brancas no mercado porque isso significava menos espaço geral para os negros em um mundo que valoriza a supremacia branca.

 

A grande questão que as feministas negras e feminista interseccional trazem à mesa é como a ascensão das mulheres do mercado veio a ser entendida - reduziu a agenda do movimento feminista aos interesses das mulheres brancas que limitam sua liberdade de entrar e ocupar espaços no mercado.

 

Mas esta não deve ser a única agenda do movimento feminista; o movimento feminista deve buscar a libertação olhando para a pobreza, o racismo, a violência institucional e um sistema econômico que explora grupos minoritários.

 


Mayra Cardozo - advogada especialista em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide (UPO) – Sevilha. A professora de Direitos Humanos da pós-graduação do Uniceub - DF, é palestrista, mentora de Feminismo e Inclusão e Coach de Empoderamento Feminino. Membro permanente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB e do Comitê Nacional de Combate à Tortura do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.


Brasileiros estão entre os que mais gastam com roupas no mundo

Pesquisa revela o hábito do consumo de vestuário no Brasil

 

De um total de 195 países, o Brasil tem o nono maior mercado de roupas e acessórios no mundo. Considerando somente os países emergentes, o Brasil fica em quarta posição, só atrás da Rússia, Índia e China.

É o que releva um estudo divulgado pela plataforma de descontos CupomValido.com.br que reuniu dados da Statista, sobre o consumo de vestuário no Brasil.

Segundo a pesquisa, o estado de São Paulo é o que mais gasta com roupas e acessórios, com um gasto quase quatro vezes maior que o segundo colocado. Um dos principais motivos que explica esta diferença, é que o estado de São Paulo é o estado mais populoso, com cerca de 22% do total de habitantes do Brasil. O estado de Minas Gerais e Rio de Janeiro ficam na segunda e terceira posição, com 10% e 7% respectivamente.

 

Preferência de compra pelos brasileiros

A Lojas Renner é a maior loja de vestuários do Brasil, com R$9 bilhões em volume de vendas. Além de atuar no segmento de vestuário adulto, a Lojas Renner também atua com a marca Youcom para público mais jovem, e a marca Ashua no segmento de plus size. C&A fica na segunda posição, com R$5 bilhões em vendas. E Alpargatas, dona da Havaianas, Osklen e Dupé, fica na terceira posição com R$3 bilhões em vendas. Seguido pela Lojas Marisa e Beira Rio, ambas com R$2 bilhões em volume de vendas.

Apesar do recente crescimento e da adoção da compra online, grande parte dos brasileiros ainda tem preferência de comprar vestuários em lojas físicas. Segundo a pesquisa, 79% dos brasileiros preferem comprar nas lojas físicas, contra 17% pela internet e 3% através da venda direta.

Um dos principais problemas enfrentado na compra online ainda é a falta da padronização dos tamanhos e numeração. Uma alternativa encontrada pelos e-commerce, é a adoção de políticas de troca grátis, a fim de minimizar este problema.

 

Fatores decisivos para escolha de uma loja

O que chama a atenção é que os brasileiros são muito sensíveis aos preços. Possuir preços baixos é o fator número um para a escolha do consumidor de uma determinada loja, com 38% da preferência. A variedade e a qualidade dos produtos, são o segundo e terceiro fatores mais importantes. Por fim, o serviço pós-venda e possuir bons descontos, também são levados em consideração para a escolha.

De acordo com a distribuição socioeconômica, as classes B e C (classes com renda entre R$3.085 e R$5.642) são as que mais gastam com roupas, com 31% e 21% respectivamente. A classe D (com renda acima de R$720), fica em terceira posição, com 16% do consumo total.

 


Fonte: Statista, Cupom Válido

Brasil atinge 50 milhões de brasileiros com a vacinação completa contra a Covid-19

31,9% do público-alvo de 160 milhões de adultos acima de 18 anos já receberam a duas doses ou dose única da vacina

 

Mais uma importante marca foi alcançada na luta contra a Covid-19 nesta terça-feira (17). Mais de 50 milhões de brasileiros já estão totalmente vacinados contra a Covid-19. Isso significa que 31,9% da população acima de 18 anos já tomaram as duas doses ou a vacina de dose única.

Para que as vacinas atinjam a efetividade esperada, é necessário tomar as duas doses (ou a dose única). O Ministério da Saúde reforçou a campanha para incentivar os brasileiros que ainda não completaram o ciclo vacinal a procurarem uma unidade de saúde para a segunda dose.

A orientação é que a segunda dose seja aplicada no período recomendado: 12 semanas para as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Astrazeneca/Fiocruz e 4 semanas para a Coronavac/Butantan. No entanto, mesmo pra quem perdeu o prazo, a orientação é procurar um posto de vacinação para completar o ciclo vacinal.

Com o avanço da campanha de vacinação, em ritmo acelerado, a meta é imunizar com as duas doses toda a população adulta até o fim do ano. O Brasil já aplicou mais de 168 milhões de doses, no total. Mais de 70% (117 milhões de pessoas) da população acima de 18 anos já está com a primeira dose no braço. Desde o início da campanha no País, em janeiro, o Ministério da Saúde já entregou mais de 207 milhões de doses de vacinas para todos os estados.


Queda nos números

O ritmo acelerado da vacinação no Brasil já reflete no cenário epidemiológico nacional. Além da redução no número de casos e óbitos pela doença, todos os estados e Distrito Federal registraram taxa de ocupação de leitos Covid-19 abaixo de 80% na última semana.

É a primeira vez no ano que o Brasil atinge esse índice, reforçando a importância da imunização para acabar com o caráter pandêmico no País.

O andamento da vacinação contra a Covid-19 pode ser conferido na plataforma LocalizaSUS, atualizada diariamente. Acesse aqui localizasus.saude.gov.br.

 

 

Ministério da Saúde


É hora de realinhar os ponteiros da cultura de que o passageiro "tudo pode" no setor aéreo

Opinião


Para que uma companhia aérea possa operar no nosso país, hoje, ela terá que se inteirar de uma infinidade de leis, decretos, resoluções, portarias, dentre outros tantos regulamentos internacionais, a depender da extensão da sua operação.

Existem, nada menos, que 17.442 regulamentos nacionais editados especificamente para o setor aéreo, conforme informações extraídas da Plataforma RegBR lançada pela ENAP – Escola Nacional de Administração Pública. Em termos de resoluções editadas pela ANAC, agência reguladora do setor, existem 519 resoluções, das quais permanecem em vigor 471. O setor de transporte – aéreo e terrestre –  é disparado o mais regulado em nosso país.

Para o passageiro fica a impressão de não existirem regras, o que fica evidente e sacramentado quando avaliamos a jurisprudência dos processos judiciais e administrativos que envolvem companhias aéreas em nosso país, já que grande parte das decisões ignoram as legislações especiais sobre o tema e aplicam as regras gerais previstas no Código de Defesa do Consumidor, indo de encontro ao que prevê nosso ordenamento jurídico quanto à hierarquia das normas e a prevalência da legislação específica.

Um excelente exemplo disso é a questão envolvendo as modalidades de passagens aéreas comercializadas. Vejam que, conforme previsão e autorização regulamentar, temos bilhetes oferecidos pelas empresas que não são reembolsáveis em caso de desistência da viagem, e justamente por isso, eles são comercializados por valores mais baixos, já que possuem condições específicas. Isso não exclui, por outro lado, que as companhias apresentem outras opções de passagem, claro, com um custo mais elevado, mas que preveem o direito ao reembolso em caso de desistência da compra.

O passageiro, aparentemente atento ao que vem acontecendo no Judiciário, e com plena ciência de sua escolha, muitas vezes opta pela passagem mais barata e depois bate nas portas da Justiça sob a alegação de cláusula abusiva, em clara afronta à regra do pacta sunt servanda, que cai por terra com o acolhimento da tese pouco amistosa.

Na prática, agora quem define as sanções e obrigações que deverão ser impostas às companhias aéreas é o Poder Judiciário, que quase sempre acolhe o argumento do passageiro, reconhecendo uma abusividade na condição daquele contrato, ignorando o amplo dever de informação cumprido pelas empresas e alterando as regras de um relacionamento extremamente e rigorosamente regulado. Ignoram, inclusive, que o passageiro escolheu, por livre e espontânea vontade, e tendo total ciência das condições que lhe foram apresentadas, contratar uma passagem sem possibilidade de reembolso, mesmo inequivocadamente ciente dessa regra.

Ou seja, o que se vê aqui é uma intervenção abusiva do Estado numa relação particular, prática que é vedada pelo nosso ordenamento jurídico, que preconiza, por sua vez, a mínima intervenção do Poder Público nas relações contratuais privadas.

A impressão que sem tem é que o Poder Judiciário desconhece a complexidade da operação aérea e as especificidades do setor, bem como protege o passageiro demasiadamente, criando a cultura de que o passageiro “tudo pode”. Mas não deveria ser assim. Ora, as regras estão sempre dispostas de forma clara e assertiva. Não há que se falar em desconhecimento, tampouco abusividade, quando se oferecem diversas modalidades de passagem e o passageiro opta por uma delas. A comercialização de modalidade de passagens aéreas sem reembolso é prática comercial mundial de todo o setor, por diversos fatores, e ela é inclusive benéfica para ambas as partes. Fato é que diminuir o valor da passagem possibilita que mais pessoas tenham acesso ao transporte aéreo, entretanto, isso parece ser desprezado por nossos julgadores.

E o que dizer das regras de no-show? O posicionamento atual do STJ é pela abusividade da norma que autoriza o cancelamento automático por parte da companhia aérea do trecho de retorno, quando o passageiro não comparece ao seu primeiro trecho de viagem. Veja que essa prática é regulada por normas específicas do setor aéreo, mas que não são “aceitas” pelo Judiciário brasileiro. Tal entendimento acaba por interferir nas regras de mercado, já que, ao repreender tal prática, se impede a comercialização de passagens e, consequentemente, ignora os altos custos envolvidos numa operação aérea e toda a sua complexidade e especificidade, colocando em risco, inclusive, a viabilidade da operação.

O que se pede, apenas, neste caso, é que o passageiro que decida não embarcar em determinado trecho de sua viagem, seja por qual motivo for, avise a companhia aérea e, assim, ela manterá seu trecho de retorno ativo. Mas para que avisar, já que basta bater as portas do Judiciário que ele concederá, além do reembolso integral da passagem, juros, correção monetária e, eventualmente, indenização por dano moral? O passageiro não só é dispensado de cumprir regras, como é premiado com vultuosas indenizações.

Percebe-se que o passageiro brasileiro já está atento ao fato de conseguir tudo no Poder Judiciário, de modo que não segue nenhuma regra e, ainda, é premiado, quase como em uma loteria. É vantagem, para o passageiro, processar a companhia aérea em nosso país, mesmo que o descumpridor das regras tenha sido ele próprio.

Um adendo interessante é o fato de o Brasil estar entre um dos países mais custosos para uma companhia operar no mundo. Seja por conta dos altíssimos impostos, seja pelo custo dos insumos, pesa contra nós o volume gigantesco de ações judiciais que envolvem o setor. Aqui, tirando raríssimas exceções, se despreza a Convenção de Montreal, em que pese sermos um de seus países signatários. Culturalmente se protege o passageiro além da medida, equiparando-o ao consumidor padrão de um mercado não regulado, prolatando sentenças protecionistas, quebrando princípios básicos do direito e instaurando uma verdadeira insegurança jurídica para quem decide investir e operar em nosso país.

E aonde chegaremos com isso? Hoje temos apenas três grandes companhias operando nacionalmente. Considerando a magnitude do nosso território, não era para termos mais? O Brasil é um país continental, extremamente turístico, de modo que, em tese, qualquer companhia deveria ter o interesse de operar por aqui. Mas, por conta dos custos envolvidos na operação, das excessivas regulamentações e do desprezo das normas internacionais e nacionais específicas do setor, temos pouquíssimas opções. Quem perde somos todos nós.

Sendo o setor aéreo um dos mais regulados no Brasil, não há razão para se ignorar a legislação específica que regulamenta a operação aérea. Regras devem valer e ser cumpridas por todos. Sejam passageiros, sejam fornecedores, todos devem seguir a legislação, sem distinção, antes que a escassez de companhias seja tão alta, que os custos das passagens se tornarão acessíveis, apenas, para as classes mais elevadas, como um dia foi a nossa realidade.

Não existe outra saída, é preciso que representantes das empresas, dos passageiros, o Poder Judiciário e ANAC sentem à mesa com urgência para realinhar os ponteiros e ajustar o curso das decisões, respeitando as regulamentações nacionais e internacionais. 

 

Renata Martins Belmonte - líder de equipe da área de Recuperação de Créditos do escritório Albuquerque Melo Advogados, graduada pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduanda em Processo Civil pela EPD - Escola Paulista de Direito (SP).


Brasileiro quer ver dinheiro gasto em férias retornando para comunidades locais, aponta pesquisa

Relatório de Viagens Sustentáveis da Booking.com revelou que o turista brasileiro quer impactar positivamente comunidades dos destinos que visita em suas próximas viagens

 

Devido à pandemia do coronavírus, passamos mais tempo em casa do que estávamos acostumados, e o período nos fez refletir sobre o que mais gostamos nas experiências de viagem, com muitos viajantes percebendo que as culturas locais têm um papel essencial nisso. No mundo todo, as comunidades se uniram como nunca antes, e o Relatório de Viagens Sustentáveis* da Booking.com mostra que as pessoas estarão mais conscientes quando forem conhecer outros locais além da própria comunidade.

De acordo com o levantamento, os brasileiros são a segunda nacionalidade dentre os 30 países pesquisados que mais querem ver o dinheiro gasto em suas viagens voltando para a comunidade local (81%), atrás apenas dos tailandeses. E 92% dos viajantes do país dizem que farão atividades/visitarão pontos turísticos para garantir que o impacto econômico de sua viagem seja distribuído igualmente por todos os níveis da sociedade - seja por meio de compras em pequenas lojas independentes ou pela participação em experiências autênticas representativas da cultura local. Entre os viajantes mais comprometidos com essa ideia estão os brasileiros (85%), italianos (84%) e espanhóis (82%). Esse é um bom indicador de que, quando for seguro viajar novamente, as pessoas pensarão em como suas viagens podem ter um efeito regenerativo de longo prazo para ajudar as comunidades locais.

Além disso, a pesquisa mostrou que muitas pessoas desejam ter uma compreensão mais profunda da cultura dos seus destinos de viagem, assim como ajudar as comunidades locais a se reerguerem. É o caso de 76% dos viajantes brasileiros, por exemplo, que dizem que estão determinados a ter experiências genuínas e que reflitam a cultura local na sua próxima viagem. Isso se traduz em jantares em restaurantes autênticos ou na participação em atividades organizadas pelas comunidades.

Inclusive, 78% dos entrevistados do país revelaram que o impacto da pandemia do Coronavírus os encorajou a fazer viagens mais sustentáveis no futuro. E para 94%, aumentar a compreensão cultural e a preservação do patrimônio cultural é um aspecto importante das viagens sustentáveis.

Iniciativas sustentáveis de viagem que têm como base a comunidade não são novidade. Já há empresas de todos os tamanhos trabalhando nesse setor, e a Booking.com está procurando maneiras de integrar mais dessas opções em seus anúncios. Além disso, a empresa já apoia e oferece mentoria a iniciativas desse tipo, como start-ups e organizações do mundo todo, cujo foco é conectar viajantes com experiências locais autênticas que beneficiem as comunidades dos destinos. 

 

* Pesquisa encomendada pela Booking.com e realizada com 29.349 entrevistados em 30 países. Para participar, todos deveriam ter mais de 18 anos, terem viajado pelo menos uma vez nos últimos 12 meses e estarem planejando uma viagem em 2021, e serem responsáveis pela decisão ou estarem envolvidos no processo de tomada de decisão da viagem. A pesquisa foi feita on-line e ocorreu em março de 2021.

 

 

Vendas no comércio eletrônico crescem mais de 150% desde o início da pandemia

Até mesmo produtos como carnes, motos e carros são adquiridos pela internet, segundo a Receita Federal

 

As vendas no comércio eletrônico, o e-commerce, dispararam em 2021 até maio, com crescimento de 153,5% no país, em relação ao período anterior à pandemia. A alta nos cinco meses de 2021, se comparado ao mesmo período de 2020, chega a 74,4%. Os dados são da Receita Federal, que monitora as operações de comércio eletrônico por meio de notas fiscais eletrônicas. 

Para o diretor de marketing da MyPharma, startup paranaense que auxilia farmácias nas vendas e-commerce com ferramenta especializada para loja virtual, Carlos Henrique Soccol, os dados mostram uma necessidade que já havia antes mesmo da pandemia, de as empresas se adequarem para vendas online. “E a demanda trouxe essa necessidade de adequação. O consumidor é quem dita o futuro do mercado e do varejo. Todos os indicadores mostram que o e-commerce no Brasil cresceu muito, mas ainda está no começo. Nos próximos 5 a 10 anos, é provável que toda experiência de compra, mesmo no varejo físico, seja feita de forma online e sob encomenda”, avalia. 

A necessidade de isolamento por conta da pandemia do novo coronavírus, somada ao próprio medo das pessoas saírem de casa, fez com que a população percebesse o quanto é confortável comprar pela internet. “Esse cenário obrigou as pessoas que ainda não tinham comprado online, a comprarem. Uma vez que se conhece uma experiência melhor, dificilmente o consumidor volta atrás nos hábitos”, considera Carlos. 

Carlos reforça ainda que as empresas que não se adequaram ao digital precisam fazer isso para não perder dinheiro. “Quem ainda não se adaptou ao e-commerce já perdeu muito dinheiro, mas pode evitar perder ainda mais. Ainda dá tempo de se adequar já que mesmo depois da pandemia, a tendência é que o comércio online continue crescendo. As novas gerações estão crescendo habituadas às telas e a fazer tudo online, e isso vai ditar, mais ainda, o sucesso ou o fracasso dos negócios que estiverem ou não adaptados aos novos canais de compra”, finaliza o diretor da MyPharma

De acordo com a Receita, o valor das vendas no e-commerce atingiu R$ 114,8 bilhões de janeiro a maio deste ano. Comparado apenas ao mesmo período de 2020, a alta é de 78%. Além da venda de produtos eletrônicos, que já ganhava destaque no e-commerce desde antes da pandemia, chama a atenção a comercialização de alimentos, de veículos e, também, de produtos farmacêuticos e médicos.


Especialista destaca previsões financeiras para o 2º semestre

Saiba mais sobre os investimentos que merecem atenção, como está o apetite dos estrangeiros no Brasil e o recorde das IPOs

 

“O 2º semestre de 2021 já começou com preocupações no avanço dos casos da variante Delta da covid-19. Desta forma, os investidores ficaram mais reticentes e interromperam o ciclo de aportes na bolsa brasileira, que vinha em um fluxo positivo desde março”. A afirmação é do assessor de investimentos da iHUB, escritório credenciado XP,  Diogo Santos. 

“Essa preocupação acontece de forma global, pois o receio é que novas medidas de restrições sejam implementadas e isso pode atrapalhar diretamente o crescimento das economias”, explica Silva.

A expectativa dos agentes econômicos é de forte retomada da economia brasileira, devido a estimativa que o PIB cresça acima de 5% ainda esse ano. O ponto de esperança para esse cenário positivo é o fluxo da vacinação, que está sendo grande aliada dos sistemas de saúde e, consequentemente, da economia. 

Mas, um ponto de atenção está no radar dos investidores: caso novas cepas surjam e as vacinas não sejam eficazes, o jogo pode virar. 

 

Investimentos que merecem atenção na 2ª metade do ano

Quando o assunto é investimentos, sempre é importante levar em consideração o perfil do investidor e o balanceamento da carteira, pois são dois fatores imprescindíveis para a escolha de investimentos. 

De acordo com Silva, no campo da renda fixa tem se observado muitas opções de títulos como CDB, LCI e LCA com taxas atrativas, como o IPCA+6%, ou 120% do CDI. Já nos títulos pré-fixados, com o aumento da taxa Selic de 4,25% para 5,25% a.a, é possível encontrar títulos que estão pagando 11% a.a. 

“Na renda variável o cenário é de volatilidade, pois temos no campo político as reformas e estamos às vésperas de eleições. Mas, quem está disposto e se sente confortável com esse nível de volatilidade ainda há muitas oportunidades na bolsa brasileira. Setores como o varejo, locação de automóveis, papel e celulose, shoppings e commodities estão atrativos, conforme a carteira recomendada pela XP”, comenta Silva.

 

Como ficam as commodities? 

Atualmente, o momento é do “boom” das commodities, que vem da recuperação das economias da China e Estados Unidos. Com a retomada da economia, dada pelo avanço das vacinações, a demanda de commodities disparou em relação a 2020.

Outro fator que contribuiu para essa evolução é o excesso de liquidez global, causado pelos pacotes de estímulos trilionários. Um exemplo é o minério de ferro que bateu sua máxima histórica ao atingir U$191 a tonelada. Os índices de commodities que englobam uma cesta de produtos também operam em suas máximas, como o Refinitiv. 

Silva explica que uma commodity importante e que está sob atenção é a energia, devido à forte crise hídrica, onde o Brasil registra o menor nível de chuvas em 91 anos. O setor elétrico, por ter sua principal matriz nas usinas hidrelétricas, está em estado de alerta, por conta do risco de apagão. 

“Isto fez o preço da energia disparar, o que impacta diretamente na renda das famílias. Hoje, a energia é comercializada na bandeira vermelha, faixa de preço da energia que pune o consumo com o objetivo de diminuir a demanda doméstica, mas também afeta setores como a agricultura e indústria”, explica. 

Como a energia é driver de inúmeras atividades e setores, o aumento no preço gera forte pressão inflacionária, contribuindo para que o Banco Central seja obrigado a subir os juros. 

 

Reforma tributária x investimentos 

Para o investidor é possível segmentar os impactos da reforma tributária em três frentes: Fundos Imobiliários, Fundos e Ações. Abaixo, o assessor de investimentos da iHUB lista os principais pontos positivos e negativos: 

Começando pelo lado positivo, os dividendos dos fundos imobiliários, por exemplo, não serão impactados, portanto, o imposto de renda continuará a incidir apenas sobre a valorização das cotas, outro ponto positivo para os FIIs é que deve haver uma equiparação da alíquota com à das operações com ações. 

Atualmente, os FIIs pagam 20% sobre o lucro obtido com a venda das quotas, com a nova regra passarão a pagar 15% sobre o lucro, assim como ocorre com as ações.

Já para os fundos de investimentos são previstas mudanças muito positivas como a fixação da alíquota de IR em 15%, independente do prazo em que o investidor permanece no fundo, o que acabaria com o escalonamento que temos hoje, que começa em 22,5% e chega em 15%, sobre o lucro, de acordo com o tempo de permanência do cotista no fundo. A reforma prevê ainda o fim do come-cotas em maio, mantendo apenas a cobrança em novembro.

Para as empresas da bolsa de valores, o ponto positivo será que a alíquota de IR também diminuirá gradualmente, passando a ser de 25%, como é cobrado hoje, para 20% a partir de 2023. Caso seja aprovada, essa mudança vai aumentar o lucro das empresas em 6%.

Um ponto positivo para o investidor pessoa física que pratica day-trade é que a alíquota para este tipo de operação, que hoje é de 20%, passará a ser de 15%, assim como as ações e os FIIs e, além disso, a apuração passaria a ser trimestral e não mais mensal.

Na esteira dos pontos negativos, o que se destaca é a tributação dos dividendos, o governo pretende taxar em 20% os dividendos distribuídos aos acionistas provenientes de empresas da bolsa independentemente do valor recebido.

A proposta sugere ainda extinguir os Juros sob Capital Próprio (JCP). Como hoje as empresas alocam os JCPs como despesas em seus balanços, eles diminuem a base tributária. Com a extinção deste mecanismo o lucro das empresas será impactado. 

Os bancos são os maiores utilizadores deste mecanismo contábil. Com sua extinção seus balanços podem sofrer, porém esta queda será parcialmente absorvida pela redução na alíquota de IR.

O investidor estrangeiro enxerga esse movimento com muito bons olhos, à medida em que a reforma visa simplificar a legislação tributária, esse movimento atrai mais investidores e esse ingresso de capital estrangeiro tende a gerar uma valorização da moeda brasileira. 

 

Aumento das IPOs na B3  

O mercado de capitais está aquecido este ano, cerca de 38 empresas entram na bolsa de valores, com um valor aproximado de R$112 bilhões, considerando IPOs e Follow-ONs. Sendo que em 2020, a bolsa de valores registrou 28 IPOs. 

Atualmente, 20 empresas estão com seus pedidos de IPO em análise na CVM, são elas: Vix Logística, Ammo Varejo, Topico, Althaia Indústria Farmacêutica, Conasa, Agribrasil, CSN Cimentos, Nova Harmonia, Invest Tech, Madero, Bluefit Academias de Ginástica, Athena Saúde Brasil, São Salvador Alimentos, Grupo Avenida, Rio Energy Participações, Hortigil Hortifruti, Nadir Figueiredo, Monte Rodovias, Rio Branco Alimentos e Librelato.

 

Apetite dos estrangeiros por investimentos no Brasil 

Quando comparado com o exterior, a bolsa brasileira está barata, tanto em reais, quanto em dólar e o investidor estrangeiro sabe disso. A conexão entre a entrada e saída de capital estrangeiro na bolsa em 2021, já está positiva em R$41 bilhões, de acordo com dados da B3. 

“O investimento estrangeiro deve seguir com esse fluxo positivo de entrada no país, porém, muito atento ao avanço das reformas, aos riscos políticos que vieram da presidência, do congresso e também ao cenário pré-eleitoral, levando em consideração que o ambiente global permaneça constante”, comenta Santos. 

 

Ibovespa e Taxa Selic 

Neste ano, a XP está trabalhando com um alvo que o Ibovespa pode chegar a 145 mil pontos. De acordo com os analistas da corretora, esse seria o valor justo da bolsa, quando avaliamos as empresas por seus múltiplos. 

Já com a taxa Selic a previsão é que ela alcance 8% a.a, mas isso não significa um movimento de retorno para a poupança, quem saiu deste investimento dificilmente vai voltar, pois existe um investimento mais seguro e rentável, o tesouro direto, de acordo com Santos. 

“O caso das pessoas que retornam à poupança é devido a uma experiência ruim com o mercado financeiro, onde provavelmente investiram em produtos inadequados aos seus perfis. Quanto à taxa Selic certamente é possível que ela atinja o patamar de 8% a.a. Vemos esta preocupação na última ata do COPOM onde foi reafirmado o compromisso da instituição com o controle da inflação”, comenta o especialista. 

A maioria dos economistas ainda apostam na Selic por volta de 7% a.a, mas não há uma tendência de fuga para a poupança, porém,  pode haver uma migração de parte dos investidores da bolsa para a renda fixa. Isto porque com a elevação da taxa Selic, a relação risco x retorno pode ser mais atrativa na renda fixa para alguns investidores, à depender do perfil.

 

Moedas de emergentes frente a vacinação

O valor de uma moeda entre tantas outras variáveis é composto pela capacidade de geração de riqueza do país. Comparado a outras moedas emergentes como do México, Colômbia e Turquia, o real foi a moeda que mais se desvalorizou durante a crise do coronavírus. Na mesma época, o dólar era cotado um pouco acima dos R$4,60 e disparou para quase R$6,00 em um curto espaço de tempo. 

“Esse movimento é natural em crises, onde o capital dos investidores migram para as moedas mais fortes, mas isso já vem se corrigindo e gradualmente o dólar vem cedendo”, explica Santos. 

O avanço da vacinação traz normalidade e desenvolvimento econômico, fortalecendo a saúde financeira das empresas, o que leva ao crescimento econômico do país e consequentemente da moeda. Há alguns entraves que impedem um avanço maior da nossa produtividade como a elevada e burocrática carga tributária, carência em infraestrutura, leis trabalhistas engessadas, risco político, entre outros.  

Vale salientar que os Estados Unidos estão passando por um momento pouco típico, momento este de elevada inflação. Provavelmente levará o FED (banco central americano) a realizar dois movimentos, o primeiro é interromper os pacotes de estímulo e o segundo é elevar os juros, já isso pode influenciar os fluxos financeiros globais e impactar na nossa taxa de câmbio.

 

Diogo Silva- assessor de investimentos na iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada à XP Investimentos. Possui mais de 2,5 mil clientes, somando mais de R$1 bilhão ativos sob custódia. É formado em economia pelo Mackenzie e possui experiência em assessoria private na XP Investimentos.


MAPA aposta em big data para o RH do futuro

'O RH do futuro já faz parte do presente', ressalta a gerente técnica, Nayara Teixeira

 

Não há dúvidas, a crise causada pelo novo coronavírus transformou as relações trabalhistas e, consequentemente, o departamento de Recursos Humanos e a gestão de pessoas. “Mesmo nas dificuldades geradas pela crise, foi preciso redesenhar e criar o futuro do nosso trabalho, fazendo da disruptura uma oportunidade de elevar o nível da nossa atuação e, claro, dos nossos resultados”, explicou a psicóloga e gerente técnica da MAPA, Nayara Teixeira.

Segundo a especialista, é nítido que a necessidade de implantar novas tecnologias já eram sentidas por muitos gestores, mesmo antes da pandemia.

Exemplo disso, em 2017, ao entrevistar mais de 10 mil líderes de RH, a Deloitte descobriu que 73% já consideravam a temática “RH digital” como algo importante ou muito importante. Além disso, a pesquisa apontou que 56% das empresas estavam reformulando seus programas de RH para aproveitar as ferramentas digitais.

“Na verdade, o RH do futuro já faz parte do presente, mas com a velocidade das transformações, os diretores e líderes precisam ter em mente, de forma bem definida, o propósito da empresa, aplicando da melhor forma todos esses recursos”, pontuou.

Recentemente, em um levantamento realizado pela KPMG, com 1200 executivos de Recursos Humanos, ficou claro que quem acredita no papel estratégico do setor está mais disposto a investir em transformação digital, sendo 67% contra 48% dos demais grupos.

Como exemplo das novas metodologias, Nayara explica que, na MAPA, o uso da big data tem auxiliado no trabalho, evitando a paralisação de processos. De acordo com ela, com a utilização dessas ferramenta, durante um processo seletivo, por exemplo, a mudança acontece desde a triagem do currículo até a entrevista de contratação.

“Entre as inúmeras vantagens, conseguimos otimizar os processos de seleção, evitando que as etapas fiquem paralisadas. Com o uso de big data, é possível fazer as avaliações necessárias e manter o contato com os envolvidos no processo, atualizando todos os passos de forma online”, completou.

“Contamos, ainda, com um novo DashBoard, onde é possível visualizar resultados individuais e grupais de maneira dinâmica e automatizada, comparando o resultado de diferentes colaboradores e líderes, de acordo com aquilo que é essencial para cada vaga e perfil almejado”, exemplificou a gerente.

Por fim, Nayara explica que, independentemente do tipo de tecnologia implementada, o uso não diz respeito apenas à inclusão de uma nova ferramenta no rotina da organização, mas de uma mudança cultural por completa.

“Cada vez mais, o foco das equipes estará concentrado nas operações realizadas de maneira online, exigindo um novo olhar da gestão de pessoas. É preciso desenvolver as habilidades necessárias para oferecer o suporte adequado à execução dos serviços, atendendo as demandas exigidas no chamado RH do futuro”, finalizou.

 

Como se sair bem em uma entrevista técnica?

A entrevista técnica é uma das etapas mais importantes de um processo seletivo, onde será avaliado como o candidato aborda, reage e soluciona problemas e situações corriqueiras da empresa. Muitos encaram esta fase com nervosismo e ansiedade, prejudicando seu desempenho perante os recrutadores. Se sair bem em uma entrevista técnica pode ser determinante para a contratação, se alguns cuidados forem levados em consideração.

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo – cerca de 33% da população sofre deste problema. Quando não administrado, esse sentimento pode impactar negativamente diversos aspectos de nossa vida, inclusive, em situações tensas como em entrevistas de emprego.

Já se tornou comum entre os candidatos encararem este momento como uma avaliação intensa, feita somente pelo recrutador, em uma dinâmica focada em perguntas e respostas. Porém, a real proposta de uma entrevista – especialmente a técnica – é completamente o oposto. Ela deve ser encarada como um bate papo entre duas pessoas, onde não somente o responsável pela seleção da companhia irá conhecer melhor o candidato, como ele também irá entender melhor o que está sendo buscado e, se possui interesse na vaga.

O entrevistador trará situações reais vividas na empresa, para descobrir de que forma os interessados iriam resolvê-las – informações que não são identificadas meramente no currículo. É o momento de mostrar tudo o que sabe, seus conhecimentos e experiências. Para que essa entrevista ocorra da melhor forma possível, é indispensável estudar a fundo a organização antes desta conversa. É inadmissível avançar com um candidato em uma entrevista, sem que ele saiba a área de atuação da empresa e o perfil exigido pela vaga em questão.

Por mais que seja uma avaliação voltada às habilidades técnicas, se engana quem acredita que as soft skills não são analisadas em conjunto. Muito mais do que ter o conhecimento necessitado, são as habilidades comportamentais que auxiliarão fortemente na resolução dos desafios da organização de forma eficiente.

Com isso, não deixe de demonstrar interesse pela vaga ofertada. Uma entrevista ativa, onde o candidato interage com o recrutador e alinha suas expectativas, pode ser muito mais marcante do que as de seus concorrentes. Inclusive, aproveite o momento para perguntar tudo o que será esperado do novo profissional. Conte todas as suas experiências, de que forma contribui para as empresas conquistarem os resultados e, mesmo que não tenha alguma experiência ou habilidade demandada, deixe claro que está disposto a aprender e evoluir.

A preparação é a chave do sucesso em uma entrevista técnica. Assim, tudo funcionará como um ciclo: mostrando seu interesse pela empresa, seu interesse por meio da interação ativa e, os caminhos percorridos durante suas conquistas profissionais. Nunca minta sobre sus habilidades, pois, eventualmente, elas serão cobradas no trabalho e podem dar-lhe uma imagem extremamente negativa no mercado. Ao invés disso, inverta a situação e evidencie sua boa vontade para crescer e aprender com a companhia. Confie em si mesmo e explore suas grandes qualidades.

 

 

Vanderlei Abrantes - cofundador da StarHire.

 

SEDA Intercâmbios

https://www.sedaintercambios.com.br/

 

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