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terça-feira, 17 de agosto de 2021

OMS projeta que mortes por câncer de pulmão podem aumentar em 66,7% até 2040

Tipo de câncer que mais mata no mundo pode ter sua letalidade anual aumentada de 1.8 milhão para 3.01 milhões nas próximas duas décadas. O maior fator de risco para câncer de pulmão é o tabagismo. Cerca de 85% dos casos estão relacionados ao consumo do tabaco. Portanto, muitas das mortes por câncer de pulmão são evitáveis, alertam especialistas

 

Estamos no Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, doença que ocupa o posto de doença oncológica de maior mortalidade no mundo. Só no ano passado, foram registradas 1.794.144 mortes por câncer de pulmão, segundo o levantamento Globocan 2020, realizado pelo IARC, braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). E se nada for feito, esse número pode alcançar 3,01 milhões em 2040, um aumento de 66,7 % no número de mortes, de acordo com a projeção do mesmo estudo.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registradas cerca de 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão e são esperados para 2021 um total de 30.200 casos (17.760 em homens e 12.440 em mulheres). “Se considerarmos que esse tipo de câncer está fortemente relacionado ao tabagismo, responsável pelo desenvolvimento de 85% dos tumores malignos do pulmão, ou seja, uma causa evitável, a realização de campanhas de conscientização como o Agosto Branco são de extrema relevância no combate à doença”, afirma o cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Alexandre Ferreira Oliveira.

O médico patologista e diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Felipe D´Almeida Costa, explica que o câncer de pulmão é resultado de mutações que levam à doença em longo prazo, por danos causados por fatores de risco, com ênfase para o tabagismo e o etilismo. "Se todas as pessoas no mundo largarem o cigarro hoje, 8 entre 10 casos de câncer de pulmão deixariam de existir nos próximos anos”, diz. Assim, não por acaso, a epidemia de tabagismo é considerada uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, segundo alerta da OMS, em documento que avaliou o impacto global do cigarro, narguilé e outros formas de consumo de tabaco e concluiu que todas as formas de consumo de tabaco são prejudiciais à saúde.


Diagnóstico tardio – Um dos fatores que torna o câncer de pulmão ainda mais grave é o diagnóstico tardio,  situação que ocorre em 75% dos casos. Entre os motivos elencados pelos especialistas da SBP e SBCO está o fato de que, muitas vezes, o fumante naturaliza os sintomas de tosse, pigarro e secreção, associando-os ao ato de fumar e negligência a possível evolução de um tumor. Outra situação que leva ao diagnóstico tardio é que quando um pulmão está afetado pelo tumor, o outro mantém a pessoa viva. Assim, mesmo com um pulmão já comprometido pela doença, a pessoa demora a procurar um médico, atrasando ainda mais o diagnóstico.

É uma situação muito grave porque as chances de sucesso no tratamento aumentam quando a doença é diagnosticada em fase inicial. De acordo com o levantamento SEERs, da American Cancer Society, quando a doença é descoberta ainda restrita ao pulmão a chance é de 59,8% do paciente estar vivo após cinco anos. A taxa de sobrevida em cinco anos cai para 32,9% quando a doença se espalhou para os linfonodos e, quando há metástase, a taxa é de 6,3%.

O câncer de pulmão acomete principalmente pessoas com mais de 65 anos. Porém, a doença pode acometer mais jovens, inclusive, com menos de 45 anos. De acordo com a American Cancer Society, a idade média das pessoas quando diagnosticadas é de cerca de 70 anos.


Evolução do tratamento – Paralelamente ao cenário de diagnóstico tardio e mortalidade, o câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas que mais mostra evidências de se beneficiar de terapias-alvo e de imunoterapias, tratamentos da era da Medicina de Precisão. Ao contrário do início do milênio, quando todo tumor pulmonar era tratado com quimioterapia, hoje os pacientes, antes de iniciar o tratamento, podem receber a indicação de teste de mutação em EGFR, BRAF, ROS-1, KRAS, fusão EML4-ALK, rearranjo em NTRK, dentre outras alterações genéticas para as quais há medicamentos com eficácia comprovada para perfis de pacientes com câncer de pulmão avançado.

Esse arsenal reflete em mais tempo e qualidade de vida para o paciente. Comparativamente, se em 2020, com tratamento restrito à quimioterapia, os pacientes com câncer de pulmão agressivo e metastático tinham sobrevida média de 12 meses, as terapias-alvo e, mais recentemente, as imunoterapias, permitem que os pacientes com câncer de pulmão, que têm indicação e acesso à esta terapia-alvo, tenham média de até 90 meses de sobrevida e com menor toxidade. Por essa razão, o acesso dos pacientes à terapia alvo é essencial. Isso porque a cirurgia não é a opção de escolha para o câncer de pulmão que é diagnosticado em fase avançada (o que representa 75% dos casos).


Combate ao tabagismo – Além do Agosto Branco, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no mesmo mês, dia 29. Importante reforçar que começar a fumar nunca é uma boa decisão. E, para os que fumam, que parar de fumar o quanto antes é o melhor que se pode fazer para diminuir o risco de câncer de pulmão e outras doenças oncológicas.

O caminho que a fumaça do cigarro percorre no corpo humano é devastador. O cigarro contém, entre outras substâncias prejudiciais, a nicotina, o alcatrão e um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas. O tabagismo aumenta o risco de vários tipos de câncer, além do de pulmão. São eles: cabeça e pescoço, bexiga, esôfago, estomago, pâncreas, intestino grosso e reto. O tabagismo também está ligado ao aumento de risco de alguns cânceres ginecológicos e leucemia.

 

 

 

Sobre a SBP - Fundada em 5 de agosto de 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia é responsável por representar seus associados e oferecer-lhes suporte técnico-científico e profissional, incluindo assessoria jurídica, acesso a programas de educação continuada, atualização científica, controle de qualidade e acreditação de serviços. A entidade visa ser reconhecida como uma associação de elevado padrão ético e profissional, com representatividade efetiva junto à sociedade civil, ao governo e a comunidade – assistencial e acadêmica – consolidando-se como referência no exercício da Patologia no Brasil.

Sobre a SBCO - Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Alexandre Ferreira Oliveira (2019-2021).


Saúde mental: 7 terapias integrativas em ascensão para fazer de forma gratuita

 

Divulgação
Em busca de equilíbrio para lidar com toda essa situação, as terapias têm sido uma solução para muitas pessoas. Na Happy Help, mais de 50% do seu público declararam interesse nessa categoria

 

O conceito de saúde vai muito além do corpo, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) já vem falando disso desde 1946, quando definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Em uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou no último ano. A pandemia trouxe uma
explosão nos casos de ansiedade, insônia e depressão — seja pelo luto, pelo isolamento social ou pelas incertezas vivenciadas nesse momento. 

 

Em busca de equilíbrio para lidar com toda essa situação, as terapias têm sido uma solução para muitas pessoas. Além das abordagens tradicionais, como psicoterapia e a medicina ocidental, muita gente encontra um reforço importante com práticas como fitoterapia, reiki e yoga. Essas práticas são chamadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), e não substituem o tratamento tradicional, mas complementam e possibilitam um olhar integrativo na saúde.

 

Nos últimos meses, essas práticas se tornaram recorrentes e as pessoas começaram a buscar por maneiras de incluí-las em suas rotinas. Manuela Schmidt, fundadora da Happy Help — plataforma gratuita que estimula a troca de conhecimentos e habilidades entre as pessoas de todo o Brasil — percebeu um aumento na procura por trocas referentes às terapias de bem-estar na plataforma, e, hoje, mais de 50% de seu público se declara com interesse no assunto. “As terapias alternativas dominam os números, principalmente por ajudar a suprir a falta de contato com outras pessoas, podendo ser feitas no conforto de casa e gratuitamente”, explica. 

 

São inúmeros os benefícios, e muitas opções - e algumas se destacam no volume de busca na plataforma: 

 

1 - Acupuntura

Faz parte da milenar Medicina Tradicional Chinesa e equilibra a energia vital através dos meridianos. Na prática, é aplicada com agulhas bem finas, o que estimula terminações nervosas na pele, liberando neurotransmissores com efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxante muscular, além de modular as emoções. Por isso é indicada para ajudar no tratamento de problemas emocionais e até de algumas doenças físicas como sinusite, asma, enxaqueca ou artrite.

 

2 - Fitoterapia

É uma técnica que aplica as funções terapêuticas das plantas para prevenção e tratamento de doenças. Tanto com o uso da planta inteira, quanto extratos e tinturas, a fitoterapia é usada por todas as culturas e a muitos séculos, e tem cada dia mais seus resultados comprovados pela ciência.

 

3 - Medicina Ayurvédica

Com origem na Índia, e popularizado no Brasil na década de 80, a Ayurveda é o sistema de saúde mais antigo que se tem notícia, com mais de 5 mil anos de história. O nome vem do sânscrito, e significa ciência da vida - e tanto preserva e promove a saúde em pessoas saudáveis quando cura os desequilíbrios de quem está doente, tanto a nível físico quanto mental, através de plantas, óleos, alimentação e algumas outras ferramentas.

 

4 - Yoga

Mais um sistema muito antigo que trabalha o corpo através das posturas (Ásanas), o corpo e a mente através da respiração (Pranayamas), a mente e as emoções através da meditação. Por isso, além de promover o condicionamento físico, funciona na redução do estresse e ansiedade e auxilia no tratamento da depressão.

 

5 - Meditação

Prática que desenvolve habilidades como a concentração, tranquilidade e o foco no presente. Trata-se de uma prática ancestral, com raízes na sociedade oriental. Meditação não é somente praticada por mestres budistas, ou por pessoas com grande disciplina emocional. A técnica é acessível, e é possível incorporá-la de diversas maneiras na rotina.

 

6 - Reiki

Técnica de imposição de mãos de origem japonesa, o reiki (energia vital universal), reestabelece por meio de limpeza, desbloqueio e ativação de seus chakras e meridianos, o equilíbrio energético vital “Ki” da pessoa que recebe o tratamento, harmonizando-a energeticamente para ativar o sistema de auto equilíbrio e restaurar a saúde.

 

7 - Constelação familiar

Também conhecida como “Constelação Sistemica”, é uma técnica subjetiva, empírica, que trabalha com questões do subconsciente, trazendo para o consciente aquilo que de alguma forma influenciou nossa vida e que não lembramos. Se baseia na terapia familiar sistêmica, na fenomenologia existencial e no estudo das relações Zulus em relação à família.


Índice crítico de baixa umidade atinge o Brasi


Ar seco pode levar 24 mil brasileiros ao transplante de córnea. Entenda.

 

Previsão dos meteorologistas do Climatempo mostra que o ar seco esta semana vai atingir índices de 20% a 30% em grande parte do País. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas os olhos, vias respiratórias e pele são os órgãos que mais sofrem com a baixa umidade. Isso porque, a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza a umidade mínima de 40% para o bom metabolismo.   “Abaixo disso, o risco de olho seco, alergia e piora do ceratocone aumentam”, afirma. 

Os sintomas da síndrome do olho seco elencados pelo oftalmologista são: vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. É causada por uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima que tem a função de proteger, alimentar e oxigenar a superfície do olho. “A diminuição da umidade e a maior poluição do ar também aumentam o risco de alergia ocular, vias respiratórias (rinite, asma) e na pele (dermatite atópica)”, pontua. Pior: Um levantamento realizado por Queiroz Neto nos prontuários de 315 portadores de ceratocone, doença que afina e faz a córnea tomar o formato de um cone, mostra que olho seco atinge 24% dos ceratocônicos, o dobro da incidência na população. Significa que a baixa umidade pode levar ao transplante de córnea 24 mil dos 100 mil brasileiros que têm ceratocone, já que coçar os olhos é  o principal fator de risco das evolução desta doença.

 

Tratamentos

Queiroz Neto ressalta que um erro comum é pingar soro fisiológico nos olhos para diminuir o ressecamento. O sal do soro aumenta a irritação. Além disso, a solução não contém conservante e depois de aberta se transforma em campo fértil para o crescimento de bactérias e fungos que contaminam a córnea e a conjuntiva, afirma. O colírio lubrificante é o único indicado para atenuar o desconforto, mas só deve ser instilado no olho sob orientação médica após avaliação de qual camada da lágrima foi afetada.

O especialista afirma que os estudos mostram que em 70% dos casos o olho seco está relacionada a uma redução da camada lipídica que evita a evaporação da aquosa.  Nos casos mais graves, pequenas glândulas na borda interna das pálpebras que produzem a camada lipídica da lágrima ficam obstruídas. O tratamento mais eficaz é a aplicação da luz pulsada que permite desobstruir estas glândulas. São três sessões. O oftalmologista ressalta que as principais vantagens da luz pulsada são: eliminar a causa da disfunção, melhorar a produtividade, diminuir o custo do tratamento a longo prazo e a irritação do olho causado pelo uso compulsivo de colírios lubrificantes que contêm conservante

 

Prevenção

Para prevenir o ressecamento da lágrima Queiroz Neto indica comer cereais integrais cujas fibras  se transformam em ácidos graxos que ajudam combater a obstrução  das glândulas palpebrais; beber bastante água; ingerir alimentos ricos em vitamina A (cenoura, abóbora, mamão); incluir na alimentação fontes de vitamina C (frutas cítricas, tomate, vinho tinto); consumir fontes ômega 3 encontrado na semente de linhaça, castanha do Pará, sardinha e salmão; piscar voluntariamente; desviar os olhos das telas por 5 a 10 minutos a cada horta, proteger os olhos nas atividades externas. A principal recomendação para evitar a progressão é não coçar os olhos, conclui.


Especialista dá dicas sobre a Promoção da Saúde a partir de pequenas atitudes diárias

Drª. Renata Gorjão, vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul, orienta sobre os cuidados e indica pequenos hábitos que promovem qualidade de vida

 

Com uma rotina cheia de afazeres e obrigações, cuidar da saúde muitas vezes fica em segundo plano. Ao contrário do que muitos imaginam, ter uma vida mais saudável não é difícil, e para isso, pequenas atitudes diárias podem ser realizadas.

Para celebrar o Dia Nacional da Saúde, que é comemorado no mês de agosto, a Drª, Renata Gorjão, vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul, separou algumas dicas para melhorar a qualidade de vida. Confira!


Alimentação

Uma boa alimentação pode ajudar diretamente nossa saúde, mas é importante dizer que nossa dieta não precisa ser restritiva, o ideal seria diminuir o consumo de comidas industrializadas e com muita gordura e açúcar. Optar por frutas, legumes e cereais.


Atividade física

A prática de atividade física está diretamente ligada à qualidade de vida e saúde. Prova disso é que a Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society), mostra que quando fazemos exercícios físicos em intensidade vigorosa pelo menos três vezes por semana ou moderada cinco vezes por semana, podemos diminuir as chances de câncer.

“Para quem busca praticidade, indico as caminhadas, videoaulas de pilates ou yoga. O importante é fazer exercício por pelo menos 60 minutos, três vezes por semana”, destaca Renata Gorjão.


Qualidade do sono

O sono tem um papel fisiológico muito importante. Este período de descanso, possibilita a recuperação do desgaste promovido pelas atividades desenvolvidas durante o dia (nosso período ativo). Mas além disso, nesta fase, ocorre a liberação de alguns hormônios importantes, como da melatonina. Este hormônio tem um papel muito importante não só na regulação do início do próprio sono, como também tem um papel antioxidante, combatendo radicais livres, dentre outros efeitos que têm sido estudados.


Hidratação

A ingestão de água é muito importante para o transporte de nutrientes, para o funcionamento do cérebro e do sistema renal. Quando o consumo de água é muito baixo, ocorrem sintomas como dificuldade de concentração nas atividades diárias. Além disso, a desidratação pode ser muito grave promovendo alterações musculares e cardíacas, visto que a água é o nosso principal solvente, sendo responsável por manter o equilíbrio dos eletrólitos no nosso organismo.


Pequenas pausas durante o trabalho

Embora não existam estudos científicos descrevendo exatamente de que forma estas pausas durante o trabalho devem ser realizadas, é um consenso por exemplo, que aqueles que trabalham muito tempo no computador, devem fazer pausas ao longo do dia, longe da tela do computador. Além disso, a postura no trabalho também deve ser alterada, com pequenas pausas para realização de alongamentos, por exemplo. Isto pode melhorar a qualidade de vida e evitar sobrecarga de determinados grupamentos musculares.


Faça algo por você

O lazer é muito importante para a mente e o corpo. Fisiologicamente, atividades prazerosas liberam mediadores como a serotonina, que são importantes por aquela sensação de felicidade. Em um Estudo* recente realizado por nosso grupo, no qual mulheres diabéticas participaram de um programa de aulas de dança, observamos que além da boa adesão ao programa de exercícios, devido à interação social que a atividade promove, elas apresentaram melhora da glicemia, de marcadores inflamatórios e do equilíbrio da resposta imunológica”.

 



Drª. Renata Gorjão - Graduada em Farmácia-Bioquímica. Obteve o título de Doutora em Ciências. Realizou pós-doutorado na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia Celular. Atualmente é professora titular do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul. Desenvolve projetos envolvendo estudos sobre a modulação de linfócitos por compostos bioativos e exercício físico. Além disso estuda os processos envolvidos com a diferenciação de linfócitos no desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes mellitus e câncer.

 

* Passos MEP, Borges L, Dos Santos-Oliveira LC, Alecrim-Zeza AL, Lobato TB, de Oliveira HH, Santos CMM, Diniz VLS, Iser-Bem PN, Manoel R, Murata GM, Hirabara SM, Curi R, Pithon-Curi TC, Hatanaka E, Gorjao R. Recreational Dance Practice Modulates Lymphocyte Profile and Function in Diabetic Women. Int J Sports Med. 2021 Jun;42(8):749-759. doi: 10.1055/a-1309-2037. Epub 2020.

*Borges L, Passos MEP, Silva MBB, Santos VC, Momesso CM, Pithon-Curi TC, Gorjão R, Gray SR, Lima KCA, de Freitas PB, Hatanaka E. Dance Training Improves Cytokine Secretion and Viability of Neutrophils in Diabetic Patients. Mediators Inflamm. 2019

 

Universidade Cruzeiro do Sul 

www.cruzeirodosul.edu.br 

 

Como distinguir resfriados comuns no inverno dos sintomas da Covid-19

Otorrinolaringologista do Hospital Paulista explica diferenças entre as doenças e destaca importância da imunização contra a gripe e o vírus


Se, no geral, o inverno é uma estação que pede mais cuidados com a saúde, especialmente neste ano as baixas temperaturas exigem uma atenção redobrada, já que 2021 aliou a pandemia de Covid-19 e o tempo frio recorde.

Recentemente, a capital paulista registrou sua menor temperatura nos últimos cinco anos, atingindo 4,3ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, em cidades do Sul do Brasil, as baixas chegaram a -8,6°C., números bastante convidativos às doenças de vias aéreas.

O otorrinolaringologista Arnaldo Braga Tamiso, do Hospital Paulista, explica como distinguir uma gripe ou resfriado dos sintomas da Covid, incluindo a variante Delta, que, segundo ele, tem indicativos ainda mais preocupantes e semelhantes à uma gripe forte.


Gripe, resfriado ou Covid-19?

Dr. Tamiso afirma que o resfriado é um tipo de infecção que acomete as vias aéreas superiores, com foco principal no nariz e na garganta. Seu quadro costuma ser mais leve e limitado, variando entre coriza, espirros e mal-estar.

"Na gripe, os sintomas são mais pronunciados, envolvendo febre, dores no corpo, tosses, e, frequentemente, envolvem uso de medicamentos. Ela pode, inclusive, levar crianças, idosos e pacientes com alergias respiratórias e doenças crônicas a internações", explica.

Informações complementares do Ministério da Saúde indicam que a gripe é causada por um grupo de vírus da família Influenza e seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto e cansaço, sinais que tendem a diminuir entre o segundo e o quarto dias, dando lugar a sintomas respiratórios, como a tosse seca.

Com relação à Covid-19, o especialista do Hospital Paulista destaca que a identificação pode ser um pouco mais complexa, tendo em vista que o vírus já sofreu diversas mutações desde o seu surgimento, em decorrência da quantidade de variantes que surgiram nos últimos meses.

Se no início as tosses secas e as perdas de olfato e paladar eram suficientes para ajudar na identificação do Coronavírus, agora é necessário prestar mais atenção, pois os sintomas estão cada vez mais parecidos com os da gripe, sinaliza o médico.

"Com a nova variante Delta, temos um grupo de sintomas diferente da Covid original. Os sinais são muito próximos aos de uma gripe forte e também incluem dores de cabeça. Nestes casos, a testagem é a única forma eficaz de diferenciar o quadro viral", ressalta.


Tratamentos e vacinas

Dr. Tamiso afirma que os resfriados leves podem ser tratados em casa, com a ajuda de analgésicos e antitérmicos, mas alerta para a importância de manter o isolamento social. Caso os sintomas se estendam ou piorem, é necessário buscar um especialista para a realização do teste de Covid. Em caso positivo, o paciente deve permanecer em quarentena.

"É importante que o paciente esteja bastante atento à duração e à severidade dos sintomas. O quadro precisa ser observado e, se eles persistirem ou piorarem em média após dois dias, buscar ajuda médica é imprescindível."

O médico reitera ainda a importância das imunizações contra a Covid-19 e a gripe. Neste último caso, segundo o especialista, a dose funciona entre 3 e 4 tipos específicos de gripe que pertencem ao grupo do vírus H1N1.

"Nos outros diversos tipos de vírus causadores de gripes ou resfriados, como o Adenovírus, por exemplo, a vacina possui pouca ou nenhuma ação. Mas, ainda assim, por mais que o indivíduo vacinado, eventualmente, fique gripado ou tenha sintomas da doença, os riscos de internação por H1N1 são muito baixos", detalha.

Sobre a eficácia das vacinas disponíveis contra a nova variante Delta, Dr. Tamiso ressalta que todos os imunizantes são capazes de abrandar a força do vírus.

"Todas as doses que temos disponíveis no Brasil são capazes de diminuir o aumento do número de casos graves. Por isso, é importante que toda a população seja imunizada o quanto antes", salienta o otorrinolaringologista.

Para que haja a eficácia de ambos os imunizantes, recomenda-se um intervalo de 15 dias entre as aplicações das vacinas. "Verifique a disponibilidade da vacina da gripe na sua região e imunize-se, pois ela é importante. E se a vacinação contra a Covid já tiver chegado à sua faixa etária, não deixe de se imunizar", finaliza o médico.

É essencial destacar também a extrema importância da segunda dose da vacina contra a Covid-19, para uma completa imunização.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

TRATAMENTOS MANUAIS, NÃO INVASIVOS COMO ALIADOS NO COMATE AS DORES

 Fisioterapia manual é usada para diagnosticar e tratar dores locais, referidas, momentâneas e crônicas.


 Muito mais do que uma massagem, a fisioterapia utiliza técnicas manuais para tratar e curar doenças e lesões através de diversos protocolos, sendo a fisioterapia manual um excelente recurso para tratamento de dores articulares, geralmente na região do pescoço, cintura escapular, lombar e cintura pélvica. Associando a fisioterapia manual a progressão de exercícios, os pacientes ganham avanço no tratamento e excelentes benefícios. 

Quando há excesso de exercício, sobrecarga muscular e até mesmo uma noite mal dormida é comum sentir uma redução da capacidade funcional da musculatura e consequentemente, uma região dolorida, fraqueza muscular e até perda da amplitude de movimento. O problema é que estes pontos se tornam dolorosos e cheios de toxinas, irradiando a dor para outras partes do corpo.

O objetivo das técnicas manuais é devolver a funcionalidade e a biomecânica das estruturas sem causar danos ao paciente, restaurando o movimento máximo de maneira ágil, indolor e preservando a sua estrutura. A Trigger Points, por exemplo, é uma técnica muito utilizada dentro da fisioterapia manual, já que ajuda no diagnóstico, principalmente para diferenciar regiões dolorosas e definir o tratamento mais adequado; assim como a técnica de mobilização articular. 

“Vale lembrar que é o ponto mais tenso que reproduz os sintomas e por isso, identificar a raiz da dor, o que chamamos de dor local é o primeiro e mais importante passo. Não dá simplesmente para sair apertando qualquer ponto doloroso, já que algumas partes do corpo podem estar doloridas apenas ao toque (dor referida) e precisamos identificar as áreas de hipersensibilidade dentro dos músculos e começar o tratamento, daí” – alerta o fisioterapeuta e diretor clínico da Unidade de Guarulhos do ITC Vertebral, Bernardo Sampaio.

A partir do diagnóstico, as técnicas manuais e não invasivas entram em cena para gerar alívio imediato. Em alguns casos apenas a fisioterapia manual é capaz de equilibrar e normalizar alterações musculares, osteoarticulares, orgânicas e funcionais; em outros, a fisioterapia manual precisa associada com exercícios e podem envolver manipulação ou mobilização articular, mesa de tração e flexão, exercícios direcionais, pilates, entre outros, de acordo com o caso. Quer saber mais, acesse: www.itcvertebral.com.br

 


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo.

www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br

 

Confira qual é o melhor exercício físico para cada fase do ciclo menstrual

Treino regular pode ser aliado no combate aos incômodos sintomas

 

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2019, 80% das mulheres sofrem mensalmente de um terrível incômodo: a Tensão Pré-menstrual (TPM).

E, acredite, não é frescura: edema abdominal, prisão de ventre, seios doloridos e inchados, acne, aumento ou redução do apetite, alterações bruscas de humor, insônia ou sonolência excessiva são apenas alguns dos principais sintomas relatados pelas mulheres que sofrem deste mal.

A boa notícia é que a TPM pode ser amenizada com algumas mudanças no estilo de vida, o que inclui a prática de atividade física regular. "Os exercícios melhoram a qualidade de vida e aumentam a produção de endorfinas, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. Dessa forma, há melhora nos sintomas da TPM, redução nas cólicas menstruais, melhora do sono e da disposição para as atividades do dia a dia", destaca Vanessa Furstenberger, profissional de educação física.

O corpo feminino passa por uma montanha-russa hormonal todos os meses durante o ciclo menstrual, que é composto por quatro fases:

- a menstruação, que vai do primeiro ao último dia de sangramento (em média, de 3 a 7 dias). Há uma baixa hormonal e da energia do corpo, que pede descanso. "Muitas mulheres sofrem de cólica e ficam bastante indispostas. O ideal é pegar leve com o treinamento e investir em atividades mais leves, como caminhada, pilates, yoga e alongamento", diz Vanessa.

- fase folicular: quando a menstruação cessa, o estrogênio e a noradrenalina voltam a subir, preparando o corpo para a ovulação. A mulher fica mais enérgica e bem-disposta. Segundo a profissional de educação física, este é o momento ideal para aumentar a carga e a intensidade dos exercícios e é quando há a melhor performance.

- ovulação: quando os ovários liberam o óvulo maduro, os hormônios estão em alta, assim como a libido. Há muita disposição e a mulher tem mais vontade de se cuidar. Exercícios explosivos e dança são boas pedidas, pois é quando ela está esbanjando sensualidade.

- fase lútea: antes da menstruação há uma baixa hormonal com a redução da progesterona - facilitando a fadiga. É aqui que aparecem os sintomas da TPM. "As mulheres que ficam mais agressivas, nessa fase suportam treinos mais intensos, enquanto que as que ficam mais emotivas demandam treinos mais tranquilos. Cabe ao profissional que as acompanha compreender o perfil de cada aluna e prescrever a periodização que mais se encaixa ao momento daquela mulher", orienta Vanessa, que sugere exercícios aeróbios para este momento, como corrida, natação, bike e caminhada.


Competição x ciclo menstrual

Quem pratica esporte de forma competitiva pode buscar ajuda multidisciplinar para lidar com os desconfortos menstruais e conseguir treinar para obter a máxima performance.

O médico ginecologista pode prescrever medicamentos que ajudem a controlar a variação hormonal; o nutricionista ajuda a segurar a fome e a ansiedade da TPM para evitar o ganho de peso e a retenção hídrica e o profissional de educação física para indicar o melhor treino para aquele período do mês.

"Cada mulher responde de maneira diferente ao desempenho da atividade física e intensidade durante o período menstrual, portanto não tem problema adequar treinos de alta performance e exercícios de moderados a leve se o corpo da mulher assim pedir", conclui a profissional de educação física.

 


Vanessa Furstenberger - formada em Educação Física desde 1995. Mesmo sendo profissional do esporte sempre sofreu para manter o peso "ideal", não tinha equilíbrio na alimentação e chegou a pesar 98 kg, "Minha vida sempre foi um engorda e emagrece." Em 2009 a profissional começou a praticar corrida e ao preparar uma aluna para a modalidade, realmente enxergou o quão fora do peso e sem saúde estava. Com auxilio de nutricionista e a paixão pela corrida (incentivo principal para mudança) Vanessa passou por uma reeducação alimentar aliada a corrida e musculação leve; ao longo de um ano atingiu um percentual de 15.5% de gordura corporal e atualmente busca os 12%. Sem cirurgia e inibidores de apetite. Além disso, o emagrecimento rendeu 5 pódios de provas de corrida: no asfalto (4º lugar), corrida de obstáculos (2º lugar ) e 3 pódios consecutivos em prova de montanha ( 1º lugar por categoria, 3º lugar por categoria e 2º lugar por categoria). "Uma glória para uma ex-obesa que perdeu 40 kg aos 40 anos de idade." Finaliza Vanessa.


10 Mitos e Verdades sobre o Terçol

O terçol é uma infecção ocular que atinge a borda das pálpebras.  Trata-se de uma condição oftalmológica muito comum e cercada de mitos.

 
O terçol, cujo termo médico é hordéolo, se desenvolve nas margens externas das pálpebras, como resultado de uma infecção bacteriana. Raramente, o terçol é interno, ou seja, se desenvolve na parte de dentro das pálpebras.
 
A lesão do terçol se parece com uma bolinha, que na verdade é um abscesso. Em seu interior, o terçol pode conter secreção purulenta devido à infecção, na maioria dos casos, pela bactéria Staphylococcus aureus. Entre os sintomas estão dor, calor na região, vermelhidão e inchaço.
 
Com a ajuda da oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, especialista em doenças de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa, fizemos uma lista os principais mitos e verdades sobre o terçol.
 
1- O terçol é contagioso. Mito ou verdade?

Mito! O terçol não pode ser transmitido de uma pessoa para outra, nem de um olho para o outro e, muito menos, ao compartilhar roupa de cama e banho.  
 
2- Coçar os olhos pode causar terçol. Mito ou verdade?

Depende. Coçar os olhos é um péssimo hábito. Em relação ao terçol, o risco consiste em manipular os olhos com as mãos sujas. Outros fatores de risco para desenvolver a condição são:
 
• Dormir sem remover a maquiagem
• Ter blefarite, que é uma condição que causa inflamação crônica nas pálpebras
• Não lavar ou desinfetar completamente as lentes de contato antes usá-las
• Usar cosméticos vencidos
• Ter rosácea, um tipo de doença da pele
 
3- Espremer o terçol melhora os sintomas. Mito ou verdade?

Mito! Isso jamais deve ser feito! Embora o terçol lembre uma espinha, nunca deve ser manipulado na tentativa de remover o pus. Pode piorar a infecção, bem como agravar os sintomas de dor e inchaço.
 
4- O terçol pode afetar a visão. Mito ou verdade?

Verdade. O terçol, realmente, pode embaçar a visão. A razão é que o terçol pode comprimir o olho e isso leva a um astigmatismo temporário na córnea. Com isso, a pessoa pode sentir alterações na visão. Além disso, a secreção acumulada na lesão pode causar embaçamento visual.
 
 
5- Passar anel quente faz o terçol desaparecer. Mito ou Verdade?

Mito. Entretanto, a ideia por trás do “anel quente” é que o calor ajuda no amolecimento da secreção.

Contudo, não é recomendado passar o anel, pois isso pode causar queimaduras ou até mesmo levar micro-organismos que podem agravar a infecção.
 
Nesses casos, o indicado é fazer compressas de água morna de 3 a 4 vezes por dia ou conforme a orientação do oftalmologista.
 
6- O terçol não precisa de tratamento. Mito ou verdade?

Depende. Em geral, o terçol é uma doença autolimitada. Isso significa que melhora sem precisar de tratamento. Em média, se resolve de 5 a 7 dias.

odavia, em alguns casos,o terçol pode precisar ser drenado, como também pode ser preciso aplicar pomadas com antibiótico. Portanto, é sempre recomendado procurar um oftalmologista.
 
7- Quem tem terçol não deve usar lentes de contato. Mito ou Verdade?

Verdade. Até que o terçol desapareça, quem usa lentes de contato deve usar óculos para correção do grau. Para prevenir uma recorrência do problema, o ideal é higienizar muito bem as lentes de contato antes de usá-las novamente.
 
8- Maquiagem nos olhos causa terçol. Mito ou verdade?

Verdade. Vale ressaltar que quem costuma usar maquiagem, especialmente lápis de olho, deve redobrar a atenção. O lápis, quando passado na parte interior das margens palpebrais (inferiores e superiores) pode obstruir as glândulas de Meibômio. Essa obstrução pode levar ao terçol.
 
A dica é usar o lápis na parte externa das margens das pálpebras. Contudo, durante o curso do terçol, não é recomendado usar maquiagem na região dos olhos.
 
9- Sol faz mal para o terçol. Mito ou verdade?

Mito. Na verdade, a pessoa com terçol pode ficar mais sensível à luz. Por isso, pode se sentir desconfortável com a claridade. Para melhorar esse sintoma, basta sair com óculos escuros.
 
10- É possível prevenir o terçol? Mito ou Verdade?

Verdade. Sim, há algumas medidas que podem reduzir o risco de desenvolver um terçol
 

  • Não coçar os olhos
  • Não levar as mãos sujas aos olhos
  • Sempre remover a maquiagem, principalmente da região ocular
  • Evitar usar o lápis de olho na parte interior das pálpebras
  • Caso faça uso de lentes de contato, manter a higienização das lentes em dia, de forma rigorosa
  • Para pessoas com blefarite (inflamação crônica nas pálpebras, dermatite seborreica e rosácea), o ideal é procurar um especialista para avaliar a possibilidade de tratar a doença com luz intensa pulsada
 
“O mais importante é procurar um oftalmologista para tratamento e orientações. Para as pessoas que têm terçol de forma frequente, o médico pode avaliar a causa dessa recorrência, que pode estar ligada a outras condições, como a blefarite, por exemplo”, comenta Dra. Tatiana.

Herpes sem crise: como identificar e controlar os gatilhos

Quem sofre de herpes sabe: o controle dos gatilhos é a chave para evitar novas crises. Nos últimos tempos, o estresse e o confinamento por conta da pandemia do novo coronavírus piorou ainda mais as condições de quem sofre desta doença, que pode ter no estresse um desses importantes gatilhos de crises. 

Segundo o Dr. Alexandre Fabris - CRM: 100.643, médico membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos clínicos demostram que o sistema imunológico está intimamente ligado ao sistema psíquico-emocional. “Portanto, é comum observar o aparecimento de crises de herpes em pessoas infectadas em estresse intenso, o que pode ser explicado devido à menor vigilância imunológica desses indivíduos” explica. 

O dermatologista ressalta que outras situações também relacionadas são privação de sono, infecções, alterações hormonais e estado febril. “Nesta pandemia da Covid-19, tem-se observado um aumento dos casos de herpes zoster (vírus varicela zoster, da família do herpes vírus) e parece estar relacionado com aumento da ansiedade e insônia dos indivíduos acometidos”, relaciona. 

Fatores genéticos também podem ser importantes na infecção pelo vírus do herpes e sua forma de apresentação. “Isso explica porque algumas pessoas infectadas não apresentam crises e outras quadros mais intensos e mais reincidentes da doença. Devido ao tipo genético associado à resposta de cada pessoa, nem sempre os filhos de pais que apresentam herpes de repetição são igualmente acometidos”, ressalta Dr. Alexandre. 

A alimentação é outro fator importante para o agravamento de crises em pessoas que têm o vírus. O dermatologista explica que alimentos ricos em aminoácido arginina como, por exemplo, pipoca, gelatina, chocolate e nozes, podem aumentar o número de crises de herpes em indivíduos predispostos. “Isso ocorre porque o vírus, para se replicar, utiliza a arginina para formar as estruturas como seu capsídeo e envelope”, ensina o dermatologista. 

Segundo Dr. Alexandre, a solução para evitar este tipo de crise pode estar no aumento da ingestão do aminoácido lisina, que provoca a redução da quantidade de arginina intracelular e, portanto, menor substrato para a replicação do vírus. “Alguns estudos demonstraram que em indivíduos que apresentam crises de repetição, a suplementação de lisina reduz significativamente o número de crises de herpes, além de acelerar a cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de cura das lesões”, complementa.

 

Índices de aleitamento materno crescem no Brasil, indica Ministério da Saúde

Em apoio ao Agosto Dourado, especialistas falam sobre a importância da amamentação à saúde das crianças

 

Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) 2020, do Ministério da Saúde, indicam que, no último ano, 53% das crianças brasileiras foram amamentadas no primeiro ano de vida, sendo mais de 45% delas alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses.

Os números apontam para um crescimento em comparação aos inquéritos anteriores. Em uma avaliação dos últimos 34 anos, entre 1986 e 2020, houve um aumento de cerca de 1,2% ao ano no índice de amamentação exclusiva em crianças de até seis meses de idade.

Para o Dr. Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o fato reforça a importância de campanhas como a do Agosto Dourado, que incentiva o aleitamento materno por meio de uma série de ações que promovem os benefícios da prática à saúde da mãe e do bebê.

O médico, que também integra o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria São Paulo (SPSP), explica que o leite materno é o alimento mais completo para as crianças, atendendo a todas as necessidades nutricionais necessárias.

“O leite da mãe é a primeira vacina do bebê, contribuindo para reduzir em 13% a mortalidade infantil nos primeiros 5 anos de vida”, frisa.

O especialista destaca, a seguir, as principais vantagens da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê. Confira!

Para o bebê

- Reduz cólicas devido à fácil digestão;

- Previne anemia, sendo rico em ferro;

- Reduz o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, como bronquiolite, asma, gripe e resfriado;

- Fortalece o sistema imunológico, prevenindo quadros de infeções;

- Ajuda no desenvolvimento adequado da arcada dentária, evitando problemas na fala e com a respiração;

- Previne raquitismo e doenças reumáticas;

- Evita problemas gastrointestinais, pois protege a mucosa intestinal;

- Diminui risco de desenvolvimento de alergias alimentares, como à proteína do leite de vaca, por exemplo;

- Contribui para o desenvolvimento intelectual.


Para a mãe

- Ajuda a prevenir doenças como osteoporose e câncer de mama, do endométrio e do ovário;

- Auxilia na perda de peso após o parto;

- Previne hemorragias no útero e anemia;

- Diminui riscos de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.

Além destes benefícios, o pediatra do Hospital São Camilo também explica que o ato de amamentar contribui para o fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

“O leite materno é tão importante que a ONU e a Organização Pan-Americana de Saúde [Opas], apoiadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, como forma exclusiva de alimentação até 6 meses de idade e de maneira complementar, quando possível, até os 2 anos de idade”, destaca.

Com o objetivo de estimular essa prática, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo adere à Campanha Mundial de Amamentação iluminando as fachadas das unidades Santana, Ipiranga e Pompeia de dourado durante todo o mês de agosto.

A Instituição também abordará o tema no decorrer do mês, divulgando conteúdos em suas redes sociais e canais de comunicação interna, promovendo o debate e a informação a todos os seus públicos.



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


10 curiosidades sobre o crânio e o cérebro que irão te surpreender

brain4care: monitoramento não invasivo do cérebro 
Ainda estamos longe de conhecer todo o mistério que envolve a interligação do cérebro com o nosso organismo como um todo, mas já temos importantes achados. Confira a lista abaixo elaborada pelo pesquisador e diretor científico da brain4care, Gustavo Frigieri:


  1. O nosso cérebro pesa mais ou menos 1,5kg. Cerca de 75% de sua massa total é composta por água. O seu peso representa de 2% a 3% da massa corporal e consome cerca de 20% do nosso oxigênio e de 15% a 20% da glicose.
  2. O cérebro tem cerca de 100 bilhões de células nervosas. Além disso, possui mais conexões do que o número de estrelas em nossa galáxia. Ele  pode arquivar o equivalente a 1 mil terabytes de informações. Somos ainda capazes de escanear e processar imagens complexas em até 13 milissegundos. Só para se ter uma ideia, as redes neurais artificiais (RNAs), modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central, precisam de 40 minutos para processar o que o cérebro leva apenas um segundo.
  3. Nosso cérebro pulsa. Isso acontece quando o coração bate e envia o fluxo de sangue carregado de nutrientes para todo o organismo, inclusive o cérebro. Neste exato momento, o cérebro pulsa. E o mais importante: na presença de algumas doenças esse pulso se comporta de modo diferente, indicando que pode ser a hora de investigar mais sobre a saúde do paciente. A Covid-19, por exemplo, muda a forma de como o fluxo sanguíneo chega ao cérebro.
  4. A caixa craniana é expansível. Desde mais de 200 anos atrás, a medicina acreditava que o crânio era totalmente rígido e que o aumento no volume de um de seus componentes (cérebro, sangue e líquido cerebroespinhal) implicaria na diminuição do volume dos outros. Porém, descobertas recentes indicaram que o crânio é capaz de se expandir para acomodar mudanças nesse volume interno. Essa capacidade de ajuste é chamada de complacência intracraniana e seu comprometimento pode levar a um aumento da pressão intracraniana.
  5. Pressão arterial alta pode afetar o cérebro. Quando o coração bate e leva o sangue para o cérebro, se a pressão arterial estiver alta, a força dessa onda pode resultar em hipertensão intracraniana e causar dores de cabeça frequentes, às vezes acompanhadas de náuseas, visão turva e ruídos dentro da cabeça. A hipertensão intracraniana também pode provocar acidentes vasculares cerebrais (AVC), também conhecidos como "derrame".
  6. A obesidade pode trazer complicações para o cérebro. Isso porque o excesso de gordura abdominal comprime as veias da região, prejudicando o retorno do sangue venoso do cérebro para as outras partes do organismo. Esse fato já era previsto, mas apenas com o monitoramento não invasivo foi possível observá-lo.
  7. Doenças como síndrome renal interferem na saúde do cérebro. Pesquisas recentes indicaram que pacientes com síndrome renal em estágios mais graves tinham a complacência intracraniana comprometida. Após o tratamento desses pacientes com hemodiálise, a complacência retornou a um estado normal. Isso é uma importante pista para entender como a o cérebro pode ser afetado pelas mais diversas doenças e como monitorá-lo é essencial para garantir que não surjam mais complicações para um paciente.
  8. Acordando um paciente em coma induzido. Com o monitoramento não invasivo do crânio, o médico pode saber com mais segurança se já está no momento de “acordar” esse paciente. Para isso, ele checa se a complacência intracraniana está normal. Antes, o médico contava apenas com a avaliação do estado clínico do paciente para tomar a decisão.
  9. Pulmão artificial é calibrado pelo cérebro. O ECMO (sigla em inglês para “Oxigenação por Membrana Extracorpórea), ou “pulmão artificial”, tornou-se mais conhecido no Brasil recentemente quando foi utilizado no tratamento do ator Paulo Gustavo, uma das vítimas da Covid-19. A técnica substitui as funções do pulmão quando necessário. Durante esse tratamento, o volume de sangue na máquina e no corpo precisa estar equilibrado. Para isso, a equipe de especialistas observa sinais do paciente, como temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial. Com o monitoramento não invasivo do cérebro, os médicos passaram a acompanhar também a complacência intracraniana e a calibrar com mais segurança a máquina.
  10. É possível monitorar o crânio de forma não invasiva e confiável. Até pouco tempo atrás só era possível monitorar a pressão intracraniana (PIC) com métodos invasivos. Aliás, a monitorização invasiva intraventricular é considerada padrão ouro para essa checagem, mas ela está relacionada a inúmeras complicações. Mais recentemente, métodos não invasivos de monitorização da complacência intracraniana têm sido utilizados com sucesso para avaliar a saúde do cérebro, mostrando que a complacência intracraniana tem relação direta com a PIC e pode até ser um meio mais eficaz para esta avaliação.

 

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