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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Em lançamento de campanha sobre obesidade infantil, Ministério da Saúde anuncia R$ 90 milhões para prevenção da doença

Divulgação de ações para o enfrentamento do sobrepeso das crianças também tem lançamento de painel nutricional

 

Uma doença que afeta milhares de crianças no Brasil: a obesidade infantil é motivo de alerta. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) revelou que 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos estão com excesso de peso e 3% estão obesas. Incentivar a alimentação saudável, a diminuição do sedentarismo e ações voltadas para a saúde das crianças é papel de toda a sociedade. Nesta terça-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a destinação de R$ 90 milhões para fortalecer o cuidado e a nutrição dos brasileirinhos.

O lançamento de várias ações para deter o avanço da obesidade infantil no país contou com a assinatura de duas portarias. Os atos foram firmados na cerimônia anual de lançamento da campanha sobre a obesidade infantil, com o lema: “Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!”.

Na ocasião, Queiroga reforçou a importância da valorização da Atenção Primária à Saúde (APS), um dos pilares do SUS. “Vamos melhorar a Atenção Primária. Para isso, precisamos de toda a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) através dos municípios que, na prática, são quem implementam esses programas. A organização tripartite do SUS é a principal arma para que consigamos executar essa tarefa de maneira eficiente”, disse.

A primeira portaria assinada hoje institui a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade infantil (Proteja), que busca articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. A segunda destina três parcelas de R$31,9 milhões por ano, durante três anos, para cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos.

Os municípios que se encaixarem nos critérios estipulados pelo texto podem fazer a adesão ao incentivo financeiro a partir desta quarta (10) até 20 de setembro de 2021. Os eixos principais da medida são a vigilância alimentar e nutricional; o diagnóstico precoce e cuidado adequado às crianças; e a promoção da saúde nas escolas para torná-las espaços que promovam o consumo de alimentos saudáveis e para que elas incentivem a prática de exercícios.

Também nesta terça, o Ministério da Saúde se uniu à Pasta da Educação, entidades profissionais e organismos internacionais para firmar um compromisso social. O objetivo é apoiar a implementação das ações voltadas para a prevenção e atenção à obesidade nos municípios no âmbito da Proteja.

No evento, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, reforçou a importância do trabalho em conjunto para oferecer alimentos de qualidade, seja em casa ou nas escolas. “O que o Ministério da Saúde está fazendo hoje é algo importantíssimo porque somente os que têm conhecimento técnico podem orientar o que o MEC vai colocar nas nossas escolas para as crianças. Todos os anos nós gastamos R$2,5 bilhões com programa de alimentação escolar nas escolas públicas para colocar comida nas mesas das nossas crianças brasileiras. E o que foi decidido hoje vai orientar a como os gestores lá da ponta podem trabalhar”, afirmou.


“Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!”

Neste ano, a campanha contra a obesidade infantil do Ministério da Saúde reforça a responsabilidade de todos por cuidar e incentivar crianças a adotarem uma alimentação saudável e praticar atividades físicas. Também ressalta a atuação da Pasta como líder de ações intersetoriais de promoção da saúde, prevenção e atenção à obesidade infantil.

 

“O número de obesidade vem aumentando cada vez mais e a estratégia lançada hoje tem como objetivo colocar freio nisso. Como médico posso afirmar que a obesidade é uma doença que aumenta o risco de outras doenças. Precisamos conter o problema e combater o sedentarismo”, explicou o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara.

A publicidade, que será divulgada a partir desta terça até o dia 24 de agosto, é composta por um filme para TV, spot para rádio, anúncio de revista, peças de mobiliário urbano, banners em portais diversos e peças para redes sociais.

                                                 https://youtu.be/gnB0dcisYgM

 

Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil

 

Os dados da pesquisa, feita em 2019, mostram uma maior prevalência de obesidade infantil nas regiões Nordeste (3,4%), Sul (3,4%) e Sudeste (3,1%). As regiões Norte apresentaram 1,9% e a Centro-Oeste 2,1%. O estudo revelou ainda que já estão em risco de sobrepeso, 22,2% das crianças da região Sul, 18,4% da região Sudeste, 18,2% da região Nordeste, 16,4% da região Norte e 14,5% da região Centro-Oeste. O levantamento avaliou 14.558 crianças com idade de 0 a 59 meses.

 


Painel nutricional

 

Ainda nesta terça-feira, o Ministério da Saúde lançou um painel para apoiar os estados e municípios no acompanhamento nutricional das crianças menores de 10 anos na Atenção Primária à Saúde (APS). A plataforma traz informações sobre a situação alimentar a partir dos dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, para os anos de 2018 a 2020.

No contexto da Proteja, o painel permitirá que os gestores municipais de saúde façam o acompanhamento das ações e cumprimento de metas relacionadas ao indicador do estado nutricional, conforme descrito em Portaria.

Dentro da plataforma, é possível acessar dados por estado e o percentual de crianças, por faixa etária, que apresentam sobrepeso, obesidade, peso adequado ou abaixo do normal.

O painel está disponível neste link

No evento, a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, Gisele Bortolini, apresentou o cenário epidemiológico atual e a estratégia do Ministério para diminuir os índices de obesidade infantil.

De acordo com ela, os dados do Brasil sobre o cenário nutricional apontam que, em 2020, entre as crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do SUS, 15,9% dos menores de 5 anos e 31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso. Destas, 7,4% e 15,8% apresentavam obesidade, respectivamente (segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para idade). Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2020, 31,9% e 12% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente.

 

Curso sobre obesidade infantil

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) desenvolveu um curso online, voltado para profissionais de saúde, sobre prevenção e controle do excesso de peso. O curso "Obesidade Infantil: uma visão global da prevenção e controle na atenção primária" será disponibilizado na plataforma Avasus (
https://avasus.ufrn.br/) e tem carga horária de 40 horas. Uma das suas propostas é ampliar a discussão sobre o cuidado e a saúde da criança com excesso de peso.



Reconhecimento


Durante a cerimônia, Queiroga condecorou o ministro Milton Ribeiro com a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz no grau ouro. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro já havia distribuído a honraria a outros ministros autoridades que contribuíram para o bem da coletividade no país.

Criada em 1970, com o nome do cientista, médico, sanitarista e um dos fundadores da saúde pública brasileira, a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz é dividida em três graus de condecoração: ouro, prata e bronze.




Mahila Lara e Nathan Victor
Ministério da Saúde


Pessoas fisicamente ativas respondem melhor à vacina contra COVID-19, indica estudo

Mais de mil voluntários imunizados com a CoronaVac foram avaliados por pesquisadores da USP. Desenvolveram mais anticorpos contra o SARS-CoV-2 aqueles que mantinham ao menos 150 minutos de atividade física por semana, sem longos períodos de sedentarismo (foto: Pixabay)

 

Manter um estilo de vida fisicamente ativo pode ser uma estratégia para turbinar a resposta imune induzida por vacinas contra a COVID-19. Essa é a conclusão de um estudo feito com 1.095 voluntários por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores. Os dados foram divulgados ontem (09/08), ainda sem revisão por pares, na plataforma Research Square.

O benefício proporcionado pela atividade física foi observado principalmente entre os participantes que se mantinham ativos ao menos 150 minutos por semana e não apresentavam comportamento sedentário, ou seja, não passavam mais de oito horas diárias sentados ou deitados. Considerou-se como “tempo ativo” tanto aquele dedicado aos exercícios e outras atividades de lazer (caminhada, corrida, dança, natação, passear com o cachorro etc.), como também às atividades domésticas (limpar a casa, cuidar do jardim, lavar a roupa na mão), ao trabalho (carregar pesos, realizar consertos) e aos deslocamentos de rotina (andar a pé ou de bicicleta até o trabalho, o supermercado ou a escola, por exemplo). O nível de atividade física foi mensurado por meio de entrevistas telefônicas. Foram considerados “ativos” os voluntários que relataram ao menos 150 minutos de atividades semanais, somando os vários domínios analisados.

“Uma pessoa que corre durante uma hora todos os dias e passa o resto do tempo sentada em frente a uma tela é considerada ativa e sedentária ao mesmo tempo. Nós combinamos esses dois conceitos diferentes em nossa análise”, explica Bruno Gualano, professor da Faculdade de Medicina (FM-USP) e primeiro autor do artigo. “Quando olhamos para os dados, percebemos claramente que eles formam uma ‘escadinha’: no alto, com a melhor resposta vacinal, estão os ativos não sedentários. Na sequência, vêm os indivíduos ativos e sedentários. Por último, os inativos e também sedentários”, conta.

Todos os participantes da pesquisa foram imunizados com a CoronaVac entre fevereiro e março de 2021. Amostras de sangue para análise foram coletadas logo após a aplicação da segunda dose, bem como 28 e 69 dias depois. A qualidade da resposta vacinal foi avaliada por meio de diversos testes laboratoriais, sendo os principais aqueles que mensuram a produção total de anticorpos contra o SARS-CoV-2 (IgG total) e a quantidade específica de anticorpos neutralizantes (NAb) – aqueles capazes de impedir a entrada do vírus na célula humana.

De acordo com o critério adotado pelos pesquisadores, atingiram a chamada “soroconversão” os voluntários que no exame de IgG total apresentaram pelo menos 15 unidades arbitrárias (UA) de anticorpos por mililitro (mL) de sangue. No caso dos anticorpos neutralizantes, considerou-se uma resposta positiva quando, no ensaio in vitro feito com o plasma sanguíneo, observou-se ao menos 30% de inibição da ligação entre o SARS-CoV-2 e o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2, na sigla em inglês) – proteína existente na superfície de algumas células humanas à qual o vírus se conecta para viabilizar a infecção.


Análise dos dados

Como informa Gualano, o objetivo primordial do projeto de pesquisa de qual seu artigo é fruto era avaliar a segurança e a efetividade da CoronaVac em portadores de doenças reumáticas autoimunes, entre elas artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, artrite psoriática, vasculite primária e esclerose sistêmica. Grande parte desses pacientes faz uso de medicações que reduzem a atividade do sistema imune e, portanto, uma resposta vacinal mais fraca era esperada.

Um primeiro trabalho publicado na Nature Medicine, sob a coordenação da professora da FM-USP Eloísa Bonfá, confirmou a segurança da vacina e mostrou que ela induz uma resposta aceitável, ainda que reduzida, nesse grupo de pacientes (leia mais em: agencia.fapesp.br/36470/).

“Neste segundo estudo, buscamos avaliar a hipótese de que um estilo de vida ativo poderia fortalecer a resposta vacinal tanto na população de imunossuprimidos quanto em indivíduos sem doença autoimune. E de fato é isso que nossos dados indicam”, diz Gualano, que coordena um Projeto Temático financiado pela FAPESP relacionado ao tema.

Foram incluídos na análise final 898 pacientes imunossuprimidos. Desses, 494 foram classificados como ativos e 404 como inativos. Além disso, como uma espécie de grupo controle, participaram 197 voluntários sem doença autoimune – 128 ativos e 69 inativos.

Um modelo matemático foi usado pelos pesquisadores para compensar possíveis distorções que variáveis como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) e uso de imunossupressores poderiam causar. Isso porque, sabidamente, o funcionamento do sistema imune é diminuído em indivíduos idosos e em usuários de corticoides e outros moduladores imunológicos, assim como possivelmente em obesos.

Na comparação ajustada, os pacientes imunossuprimidos fisicamente ativos apresentaram uma chance 1,4 vez maior de atingir a soroconversão.

“Dizendo isso de outra forma: para cada dez pacientes inativos que soroconverteram após a segunda dose da vacina, há 14 pacientes fisicamente ativos que atingiram o mesmo resultado”, compara Gualano.

O fato de ser fisicamente ativo também foi associado a um aumento de 32% na quantidade de anticorpos contra as regiões “S1” e “S2” da proteína spike (S) – usada pelo vírus para se conectar ao receptor ACE2 e entrar na célula humana.

“A atividade neutralizante [NAb] foi, em média, 4,5% maior nos pacientes ativos, mas essa diferença não foi estatisticamente significante”, explica o pesquisador.

Já entre os voluntários sem doença autoimune, a chance de soroconversão foi 9,9 vezes maior entre os fisicamente ativos e observou-se um aumento de 26% na quantidade de anticorpos contra a proteína spike. Como o número de voluntários era menor nesse subgrupo, os dados referentes aos anticorpos neutralizantes também não apresentaram significância estatística.

“Os resultados nos permitem concluir que a atividade física potencializa a resposta vacinal contra a COVID-19 independentemente de fatores como idade, sexo e uso de imunossupressores. Realizar o mínimo de atividade física já produz uma resposta positiva, porém, observamos que quanto mais movimento, melhor. As respostas mais consistentes foram vistas entre os pacientes que realizavam 50 minutos ou mais de atividade física diariamente”, conta Gualano.

Estudos anteriores também mostraram que um estilo de vida ativo protege contra o agravamento da COVID-19 e, de modo geral, reduz internações (leia mais em agencia.fapesp.br/34659/).

“A promoção da atividade física pelos gestores e formuladores de políticas públicas é algo fundamental. É uma intervenção barata, fácil de escalar para toda a população e pode fazer ainda mais diferença no caso de pessoas com sistema imune menos eficiente, como pacientes com doenças autoimunes e idosos”, opina Gualano.

Embora só tenham sido avaliados indivíduos imunizados com a CoronaVac, o pesquisador considera “plausível” que o mesmo efeito seja observado com todas as vacinas contra a COVID-19 e também contra outras doenças.


Booster natural

Evidências da literatura científica dão conta de que uma única sessão de exercícios físicos pode mobilizar bilhões de células responsáveis por fazer a imunovigilância do organismo, “acordando” o sistema imune. São células que percorrem os locais usados como porta de entrada pelos patógenos e, ao detectar uma ameaça, recrutam outras células de defesa para que ataquem o invasor. Quem se exercita regularmente também apresenta níveis mais baixos de inflamação sistêmica e de cortisol (o hormônio do estresse), o que contribui para uma resposta imune adequada.

Como relatam os autores no artigo, há estudos associando a prática de exercícios a uma melhor resposta à vacina contra gripe (vírus H1N1, H3N2 e influenza tipo B), contra o vírus da varicela-zoster e contra a doença pneumocócica.

“Nossos achados já eram esperados, pois a atividade física sabidamente fortalece o sistema imune. De qualquer forma, seria importante confirmá-los em um estudo controlado e randomizado, no qual um grupo de voluntários seria submetido a um protocolo de exercícios antes do período de vacinação, enquanto outro grupo-controle, composto por indivíduos com características semelhantes, permaneceria inativo”, conta o pesquisador.

O artigo Physical activity associates with boosted immunogenicity of an inactivated virus vaccine against SARS-CoV-2 in patients with autoimmune rheumatic diseases pode ser lido em www.researchsquare.com/article/rs-782398/v1.

 

 

Karina Toledo

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/pessoas-fisicamente-ativas-respondem-melhor-a-vacina-contra-covid-19-indica-estudo/36542/


Menopausa E Emagrecimento - Novas Mudanças No Corpo Podem Refletir Em Novas Posturas Diante Da Saúde e da Vida Como Um Todo.

A Dra. Bruna Marisa Nos Fala Sobre O Emagrecimento e Uma Vida Mais Saudável Durante a Menopausa


Embora vista por muitas mulheres de forma negativa devido aos seus sintomas desagradáveis, a menopausa é uma fase natural na vida da mulher, onde, tecnicamente ela deveria se tornar “inativa” , ou seja, a fase em que a mulher passa do estágio reprodutivo para o não reprodutivo e por isso seu corpo produz bem menos hormônios (progesterona e estrogênio), explica a Dra. Bruna Marisa, médica endocrinologista que é defensora da reposição hormonal para aumento da qualidade de vida da mulher.

A menopausa faz parte do ciclo natural na vida da mulher e, por isso, está associada ao envelhecimento. Com isso, há uma perda de qualidade no metabolismo que vai se desacelerando, o que acaba impactando negativamente com a perda de tônus muscular e com o ganho de peso. Essa perda muscular pode ser contornada com exercícios físicos específicos para o ganho de massa muscular.

Segundo a Dra. Bruna Marisa, médica, Membro da SBEM, Pós graduada em Endocrinologia e Medicina Ortomolecular, com diversos cursos na área de medicina esportiva e especialista em emagrecimentoParte do aumento de peso acontece devido ao envelhecimento. A mulher pode ganhar em torno de 5 a 10 kg na meia idade; mulheres nessa fase encontram mais dificuldades para queimar calorias, além da predisposição natural para modificações na tiroide e que vão agir diretamente no metabolismo, deixando-o mais lento.

Para acelerar o metabolismo é necessário priorizar certos hábitos alimentares. Entre eles estão:

  • Escolha os alimentos integrais e orgânicos
  • Alimentos ricos em proteínas
  • É preciso ficar atento ao ferro e a vitamina D
  • Evite alimentos calóricos e beba muita água.

Os sintomas que acompanham a menopausa são a parada das menstruações, ondas de calor e suores noturnos, falta de libido ou diminuição no desejo sexual, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual e diminuição da atenção e da memória, insônia, irritabilidade, depressão e a perda óssea que também acompanha esta fase, pode causar a osteoporose.

A Reposição hormonal é uma terapia que tem a finalidade de diminuir estes sintomas desagradáveis e não parar a menopausa e deve-se investigar tudo a respeito, mas de modo algum deve-se usar a reposição hormonal como método para emagrecer.

Ao contrário do que muitos pensam, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), no período da menopausa, não é responsável pelo ganho de peso e nem pelo Índice de Massa Corporal (IMC), é o que aponta boa parte dos estudos recentes.


A gordura corporal, depois da menopausa, vai se juntando na parte central do corpo, no abdómen. O motivo disso ainda não está bem esclarecido, mas uma das alternativas é que pode ser a falta de tônus muscular.

Praticar exercícios aeróbios para a queima de gordura, alternando com exercícios físicos abdominais para o ganho muscular, ajudará a evitar o ganho de peso e vai aumentar a musculatura abdominal- afirma a Dra. Bruna.

As mudanças em nosso corpo são naturais, pois fazem parte do nosso processo de envelhecimento, o que facilita o acúmulo de gordura, principalmente na região do abdómen. Não podemos culpar apenas a alteração hormonal como responsável pelo ganho de peso. Por isso sempre indico uma alimentação equilibrada, como a dieta low carb, acompanhada de uma prática disciplinada de exercícios físicos. São duas coisas fundamentais para a mulher na fase da menopausa, não apenas para perder a barriga, mas para se manter em forma, como uma proposta de vida mais saudável para o nosso corpo e nossa mente – Finalizou Dra. Bruna Marisa

 


Dra. Bruna Marisa - médica, pós graduada em Endocrinologia, membro da SBEM, pós graduada em Medicina Ortomolecular, especialista em Emagrecimento e Low Carb, com vários cursos na área de Medicina Esportiva, onde também atua. Autora do E-Book: Guia de Emagrecimento Definitivo e Duradouro.

www.drabrunamarisa.com.br

 

Instagram: @drabrunamarisa

Existe hora certa para escovar os dentes?


Entenda como preservar a saúde bucal seguindo as recomendações de um cirurgião dentista


Uma boa higienização é indispensável para manter a boca mais saudável, longe de consequências indesejáveis, como gengivite, cárie, mau hálito e também a perda dos dentes, problema este que afeta 34 milhões de brasileiros acima de 18 anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019.

Mesmo com as informações cada vez mais acessíveis sobre como cuidar da saúde bucal, ainda surgem dúvidas sobre qual é a melhor maneira de escovar os dentes, qual o tempo ideal de escovação e que tipo de escova é mais eficiente.

Entender e respeitar os procedimentos indicados pelo cirurgião-dentista é a melhor forma de otimizar a higiene da boca e evitar problemas futuros. “O ideal é usar escova de cerdas macias e que a escovação se faça dente a dente, tomando o cuidado de observar se as cerdas estão penetrando nos espaços entre os dentes e no vão da gengiva. O mesmo vale para o fio dental, que deve penetrar no sulco gengival para remover as bactérias que se alojam”, explica o Dr. Marcelo Cavenague, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

A escovação deve ser feita ao menos três vezes ao dia, em especial, após as principais refeições e na hora de dormir, isso evita a proliferação de bactérias que podem causar cárie, por exemplo.  É importante também ter atenção ao intervalo de tempo entre a refeição e a higienização da boca. O recomendado é que seja de aproximadamente 20 minutos.

“É preciso entender que não há uma regra, pois, cada pessoa tem suas características, necessidades ou riscos. Escovar os dentes imediatamente após as refeições é indicado desde que o paciente não tenha risco de erosão ácida. Se o risco existe, o melhor é aguardar alguns minutos para que o PH bucal se estabilize e a perda mineral seja menor”, diz o cirurgião dentista.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 www.crosp.org.br


Esclerose Múltipla: Os mistérios acerca da doença e os avanços pós diagnostico

Apesar de componentes autoimunes e degenerativos, é possível viver com a doença controlada.


Receber o diagnóstico de uma doença autoimune, crônica e progressiva pode soar assustador para o paciente no primeiro momento, porém, não significa que não seja possível viver bem. Embora a causa do surgimento da Esclerose Múltipla (EM) e consequentemente sua cura sejam desconhecidas, a medicina tem avançado muito nos últimos anos e garantido muito mais qualidade de vida para os portadores da doença.

De acordo com o Dr. Mateus Boaventura, neurologista do Hospital Sírio Libanês e especializado no tratamento de pessoas diagnosticadas com Esclerose Múltipla,  os mecanismos principais da doença envolvem a perda da bainha de mielina - um material adiposo que reveste os neurônios- responsável pela condução normal e rápida de mensagens elétricas entre o cérebro e o corpo,  além da perda da própria “fibra nervosa” ou axônio, que é o prolongamento do neurônio (mecanismo degenerativo). Essas reações do organismo causam interferências na comunicação entre o corpo e o cérebro. Assim, qualquer sintoma neurológico pode surgir na forma dos chamados “surtos” ou de uma progressão lenta. Infelizmente, ao longo do tempo as lesões podem causar danos irreversíveis em áreas específicas do corpo. Por essa razão, a necessidade de um diagnóstico precoce é fundamental.

Segundo o neurologista, o acesso a informação é de extrema importância para o tratamento e a prevenção de danos mais severos no sistema nervoso. “Veja bem, por se tratar de uma doença crônica, autoimune e progressiva, porém tratável, o quanto antes é descoberta, mais fácil torna-se prevenir o acúmulo de novas lesões e incapacidade neurológica. O problema das formas mais agressivas está no diagnostico tardio” – explica Dr. Mateus.

As campanhas de conscientização são de extrema importância para conhecimento da população. Ao longo do mês de agosto é celebrado o “Agosto Laranja”, uma campanha dedicada à doença, abordando sintomas, diagnóstico precoce, estratégias para melhorar a qualidade de vida, tratamentos, entre outros desafios enfrentados pelos portadores da EM. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas por quase toda a vida, enquanto outras lidam com sintomas crônicos graves que nunca desaparecem, por isso a importância da informação para os já diagnosticados, os que não possuem a doença e os que sentem os sintomas e não sabem que são possíveis portadores. “Pode haver um acúmulo de sequelas, se não houver um diagnóstico e tratamento precoce. O diagnóstico envolve uma avaliação detalhada da história dos sintomas, exame neurológico e exames complementares: realização de ressonância magnética, estudo do líquor (punção lombar) e exames laboratoriais para descartar outras doenças – afirma”.

De acordo com o Dr. Mateus Boaventura, cerca de 85% dos casos da doença manifestam-se na forma de surtos que podem durar dias ou até semanas. É importante ressaltar que os sintomas, gravidade e duração dos surtos variam muito de pessoa para pessoa. Entre os sintomas estão embaçamento visual com dor ao mover os olhos, visão dupla, fraqueza e formigamento, comprometimento da coordenação motora, falta de equilíbrio, entre outros por mais de 24h. “Muitas vezes o paciente sente um dos sintomas e procura outras especialidades médicas, que nem sempre identificam a necessidade de uma investigação neurológica. O ideal é que sentindo algum dos sintomas pelo período citado, a pessoa procure auxílio médico, seja diretamente um neurologista, ou sendo encaminhado por outros colegas” – alerta Dr. Mateus.

Apesar da causa desconhecida, acredita-se que a doença seja considerada multifatorial. Diversos estudos sugerem que a EM ocorre em pessoas com uma predisposição genética, em que a interação com fatores ambientais pode desencadear um processo autoimune. Alguns fatores são a falta de Vitamina D, a infecção pelo vírus da mononucleose infecciosa (vírus Epstein Barr), o tabagismo e a obesidade.

Antes de 1993 não havia nenhum tratamento eficaz aprovado. Hoje, felizmente, existem mais de 10 opções de tratamento para frear doença, principalmente em sua forma remitente-recorrente. São desde drogas autoinjetáveis, orais ou venosas. Para a forma primariamente progressiva, existe um tratamento venoso recentemente aprovado, nos últimos 4 anos. Cada opção de tratamento possui um grau de eficácia e um perfil de efeitos adversos. A escolha é individualizada. O objetivo do tratamento é prevenir novos surtos, novas lesões e o acúmulo de incapacidade.

Ainda não existe um controle 100% da doença. Entretanto, após 28 anos da primeira terapia aprovada, a história e o prognóstico de pacientes com esclerose múltipla melhorou significativamente! Felizmente, um grande percentual destes pacientes pode não evoluir mais para incapacidade neurológica importante, e ter uma boa qualidade de vida, caso recebam um diagnóstico e um tratamento precoces.

 


 

Dr. Mateus Boaventura de Oliveira - Médico Neurologista do HC-FMUSP, Hospital Sirio Libanês e H. Albert Eisntein. Realizou fellow clínico e pesquisa em Esclerose Múltipla em Barcelona -Cemcat- Hospital Vall d’Hebron. Possui título de especialista pela Academia Brasileira de Neurologia e é Membro da Academia Americana de Neurologia. Atualmente realiza pesquisas científicas e acompanha diversos pacientes com EM. O Dr. Mateus Boaventura ainda mantém canais dedicados à disseminação de informações sobre a EM e outras doenças neurológicas de maneira bastante didática.

Instagram: @drmateusboaventura

www.youtube.com/Dr Mateus Boaventura

Facebook: @drmateusboaventura

Cannabis medicinal pode ser alternativa no tratamento de endometriose

Estudos apontam que a planta age na diminuição da dor e do desenvolvimento de células da doença


No Brasil, cerca de 15% das mulheres são acometidas pela endometriose, ou seja, 6,5 milhões de brasileiras por ano. Segundo artigo do Laboratório de Neurofarmacologia da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha, publicado em janeiro de 2020, o efeito do THC em um modelo de endometriose em camundongos reduziu as medições da dor e limitou o desenvolvimento de cistos endometriais.

O tratamento da dor secundária da endometriose constitui um desafio histórico na prática clínica e muitos destes tratamentos são à base de hormônios, com uma série de efeitos colaterais. Dor na parte inferior das costas e do abdômen, dor na pélvis, vagina ou no reto, dor durante a relação sexual, menstruação irregular e outros desconfortos são alguns sintomas da doença.

De acordo com artigo da Medical Cannabis Network, os órgãos pélvicos femininos possuem uma densidade muito alta de receptores canabinóides, fazendo com que o tratamento da endometriose com medicamentos à base de cannabis seja promissor, principalmente nos sintomas desse distúrbio. "Os receptores canabinóides são locais onde as substâncias medicinais da planta se ligam e produzem seus efeitos medicamentosos", explica a Dra. Maria Teresa Jacob, médica que atende pacientes com a cannabis medicinal.

Uma pesquisa online feita na Austrália, entrevistou um grupo de mulheres diagnosticadas com endometriose, avaliando o uso do óleo de CBD para o tratamento da doença. As pacientes relataram que de todas as técnicas alternativas e complementares utilizadas, a cannabis foi uma das mais eficazes, controlando significativamente a dor.

"A endometriose, patologia relativamente frequente entre mulheres na fase reprodutiva, compromete enormemente a qualidade de vida pela dor severa e por complicações genito-urinárias. Estudos demonstram que a cannabis atua na melhora da dor, com recuperação da qualidade de vida e diminuição de complicações", completa a médica, que também é especialista em dor crônica. Já existem dois ensaios clínicos com fitocanabinóides em andamento, a fim de confirmar e trazer evidências mais robustas no uso da cannabis medicinal para um tratamento eficaz contra a endometriose e outras doenças ginecológicas.

 


Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1981. Pós graduanda em Endocannabinologia, Cannabis y Cannabinoides na Universidade de Rosário, Argentina. Realizou residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Society of Cannabis Clinicians (SCC), da International Association for Canabinoid Medicines (IACM), da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS) e da Sociedade Européia de Dor (EFIC). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias na Bem - Centro de Saúde e Bem Estar, Campinas.


Agosto Dourado

 Leite materno evita que bebês tenham infecção no ouvido

Crianças alimentadas com leite artificial têm maior incidência de otites, segundo pesquisas, o que pode causar perda auditiva e afetar o desenvolvimento da fala e do aprendizado


Já se sabe que o leite materno é um alimento indispensável para a criança. E neste mês, conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, é importante ressaltar que doenças crônicas, alergias
- e até a Covid-19 - podem ser evitadas ou terem os riscos reduzidos graças à amamentação. O leite materno aumenta a imunidade. Contém anticorpos e proteínas que reduzem os riscos de infecções e inflamações, como a otite, por exemplo, que causa muita dor ao bebê e noites sem dormir.

Duas pesquisas realizadas no Paraná investigaram a ocorrência de otite em crianças amamentadas e não amamentadas no peito; a alimentação com leites artificiais; e a relação entre otite e a postura do bebê na hora de mamar. Embora seja um tema controverso, muitos pediatras recomendam às mães não dar o peito ou a mamadeira com o bebê deitado porque isso pode facilitar com que tanto o leite ingerido quanto uma possível regurgitação da criança parem na trompa auditiva, podendo servir de transporte para vírus e bactérias até a orelha, causando otites.

Um dos estudos, coordenado pelas pesquisadoras Francis Oliveira; Raquel Colombo e Cristiane Gomes, do Centro Universitário de Maringá, foi feito com 59 mães de bebês com até dois anos de idade. A investigação mostrou que a incidência de otite foi maior em crianças entre 13 e 24 meses, por causa de fatores como a introdução de leite artificial oferecido em mamadeira e em posição deitada. As fonoaudiólogas alertaram para o perigo do desmame precoce.

Outra pesquisa, feita pelas fonoaudiólogas Luciana Marchiori e Juliana Melo, na Universidade do Norte do Paraná, também comprovou a proteção que a amamentação no peito oferece contra as infecções na orelha. O artigo, intitulado Resultados Timpanométricos: Lactentes de Seis Meses de Idade, traz os dados da pesquisa. Dos 46 bebês avaliados, 30 foram submetidos à amamentação exclusiva com leite materno, enquanto 16 não. Todos passaram por exames para detecção de alterações sugestivas de otites na orelha. Entre os que mamaram apenas no peito, a timpanometria foi normal em 90% dos casos. Entre os bebês que não tiveram amamentação exclusiva, apenas 50% deles tiveram timpanometria normal.

A proteção oferecida pelo aleitamento materno é ainda mais importante porque é sabido que na primeira infância muitas crianças apresentam perda auditiva devido às infecções na orelha. O problema é mais grave nos casos das otites de repetição, variados períodos em que as crianças não escutam bem - ora escutam, ora não. Nestes casos, a perda auditiva, mesmo que seja leve e temporária, prejudica a decodificação dos sons, podendo causar prejuízos no desenvolvimento da fala, da linguagem e na aprendizagem.

"O processo de maturação do sistema auditivo central ocorre durante os primeiros três anos de vida. Por isso, a estimulação sonora neste período de maior plasticidade cerebral é imprescindível, já que para o aprendizado da linguagem oral e, consequentemente, o desenvolvimento intelectual, emocional e de habilidades, é preciso que as crianças consigam interagir com seus pais e familiares e, assim, possam estabelecer novas conexões neurais", pontua a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.

A boa notícia é que os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil, de acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

Foram avaliadas 14.584 crianças menores de cinco anos, em todo país, entre fevereiro de 2019 e março de 2020 e os resultados mostraram que a prevalência de amamentação exclusiva em bebês com até quatro meses saltou de 4,7%, em 1986, para 60% neste período. Já entre os menores de seis meses, o índice aumentou de 2,9% para 45,7%; um avanço significativo mas ainda longe do ideal.


Leite materno também protege contra a Covid

Pesquisa recente realizada em São Paulo pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), com 218 mulheres que testaram positivo para a Covid-19 em algum período da gravidez, mostrou que as mamães infectadas não transmitem o vírus para seus bebês.

Em um dos casos, os pesquisadores comprovaram que o colostro de uma mulher, que estava com coronavírus ao dar à luz, tinha anticorpos capazes de anular o ataque do vírus. A pediatra Fabíola Suano de Souza, que participou do estudo, confirma. "A Covid-19 não é transmitida por meio da amamentação nem durante a gestação".

 


Fonte: Telex Soluções Auditivas


Hospital Paulista alerta para aumento de otites durante o inverno

Shutterstock
Dores, sensação de ouvido tapado, diminuição súbita da audição e zumbidos repentinos e duradouros podem ser sinais de doenças mais sérias no sistema auditivo, afirma otorrinolaringologista

 

O Inverno deste ano tem trazido recordes quando falamos de baixas temperaturas. Gripes, resfriados e o agravamento dos quadros de asmas, rinites e sinusites estão entre as patologias mais comuns causadas pela baixa imunidade trazida pela estação.

Além destes males, o otorrinolaringologista Gilberto Gattaz, do Hospital Paulista, alerta para as desconfortáveis otites - infecções e inflamações do ouvido -, que tendem a aumentar com o frio e podem se tornar graves, caso não sejam tratadas precocemente.

"Nunca devemos menosprezar os sintomas de ouvido. Dores, sensação de ouvido tapado, diminuição súbita da audição e zumbidos repentinos e duradouros podem expressar outras doenças mais sérias no sistema auditivo e requerem uma imediata avaliação e tratamento pelo otorrinolaringologista", destaca o especialista.



Otite média

Diferentemente da "otite externa", que costuma atingir apenas crianças de 0 a 6 anos, a "otite média" é uma infecção que pode acometer todas as pessoas, em diversas faixas etárias, e tem o frio como um de seus principais causadores, já que as baixas temperaturas aumentam a prevalência de vírus e bactérias.

Esse tipo de otite é conhecido por atacar o conduto auditivo externo e, eventualmente, a membrana timpânica e porções do pavilhão auricular.

"Ambas cursam com dor, porém podem estar acompanhadas de febre, presença de secreção e plenitude auricular, o que serve para diferenciá-las de uma simples dor de ouvido", afirma o Dr. Gilberto.

O especialista explica que o problema pode se tornar grave, caso não seja tratado precocemente. Além disso, outro fator determinante para o nível de gravidade pode ser a agressividade da bactéria causadora da infecção.

Como exemplo, ele cita a meningite bacteriana que, num passado recente, foi uma das principais e não raras complicações graves, decorrentes de infecções do ouvido.

"A identificação do processo infeccioso e seu combate precoce é fundamental", ressalta o médico.


Pandemia

Além das otites, o inverno é uma estação muito propícia para as infecções das vias aéreas superiores, entre elas sinusites, faringites e laringites; e os processos alérgicos, como as rinites, que também tendem a aumentar devido ao frio e às mudanças de estações.

O especialista acredita que medidas como a higienização das mãos e das superfícies regularmente, além do uso de máscaras e distanciamento social, podem impedir a contaminação por vírus e bactérias comuns da estação.



Fonte:  Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Nova opção de tratamento para Hipertensão Arterial Pulmonar é incorporada no SUS

Decisão de incorporação pela Conitec acontece após Consulta Pública que contou com a participação de sociedade civil e médica

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) anunciou a recomendação favorável para a incorporação de UPTRAVI® (selexipague) no Sistema Único de Saúde (SUS). O início da disponibilização da medicação pelo governo pode ocorrer em um prazo de até 180 dias. A terapia da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, é indicada para pacientes adultos com Hipertensão Arterial pulmonar (HAP) em classe funcional 3 A HAP é uma doença rara, grave e progressiva, que atinge cerca de 5 mil brasileiros, principalmente indivíduos jovens, predominantemente mulheres a partir dos 30 anos e homens com mais de 40.

"A ampliação do arsenal terapêutico é uma grande vitória para pacientes que terão acesso de forma gratuita a mais uma opção terapêutica para o tratamento da doença trazendo benefícios para o controle da HAP e a retomada da qualidade de vida" explica o Dr. Caio Fernandes, pneumologista da Universidade de São Paulo (USP).

A HAP não tem cura, mas os tratamentos podem melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente, além de conter o avanço da doença. As terapias tradicionais incluem abordagens convencionais, como a oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis do paciente a patamares saudáveis), e medicamentos anticoagulantes, diuréticos e/ou vasodilatadores .

Os avanços no tratamento têm se concentrado na terapia combinada. O uso de medicamento atua em uma nova via para dilatar as artérias pulmonares e facilitar a função do coração de bombear sangue, como é o caso do UPTRAVI® (selexipague), tem melhorado os sintomas, reduzido a morbimortalidade em 40% e retardado a progressão da doença em 15%.

Aprovado desde 2018 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento de uso oral age seletivamente, mantendo sua eficácia por mais tempo e reduzindo a chance de eventos adversos. De acordo com estudos realizados pela Janssen, 85% dos pacientes mantiveram ou melhoraram o status de risco após 1 ano de tratamento e 76% tiveram sobrevida em 5 anos.

 

O medicamento tem sua eficácia demostrada tanto em combinação dupla ou tripla, com outras medicações, ou em monoterapia, atuando diretamente como um agonista do receptor IP de prostaciclina induzindo à vasodilatação e inibindo a proliferação de células musculares lisas vasculares. Sua apresentação de uso oral facilita a adesão do paciente,

As reações adversas mais comumente relatadas, relacionadas aos efeitos farmacológicos de selexipague são cefaleia (dor de cabeça), diarreia, náusea (enjoo) e vômito, dor na mandíbula, mialgia (dor nos músculos), dor nas extremidades, rubor (vermelhidão) e artralgia (dor nas articulações). Estas reações são mais frequentes durante a fase de tratamento inicial. A maioria destas reações é de intensidade leve a moderada.


Sobre a HAP

É uma doença rara, grave e progressiva que acomete os pequenos vasos sanguíneos da circulação pulmonar. Faz com que as artérias pulmonares (que realizam a comunicação entre coração e pulmões) estreitem, causando o aumento da pressão arterial nos pulmões e a dilatação do coração, podendo resultar em falha cardíaca e morte. Os primeiros sintomas da HAP são leves e comuns a outras condições respiratórias mais frequentes ou conhecidas, que limitam a capacidade de respirar, por exemplo. Isso dificulta e frequentemente atrasa o diagnóstico. Desde o primeiro sintoma, o paciente pode demorar em média 2 anos para receber o diagnóstico correto 3.

Para chegar ao diagnóstico, além da história clínica (sinais e sintomas que o paciente menciona), é necessário realizar testes, como o ecocardiograma, para avaliar o coração e outros exames que avaliam o pulmão. Finalmente, o cateterismo cardíaco direito é necessário e fundamental para fechar o diagnóstico. Embora seja mais comum em adultos jovens e em mulheres, a HAP atinge pessoas de todas as idades.

 

 

Janssen

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1 Brasília: DOU Diário Oficial da União. Publicado no D.O.U de 09 de agosto de 2021. PORTARIA SCTIE/MS Nº 53, DE 6 DE AGOSTO DE 2021 em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-sctie/ms-n-53-de-6-de-agosto-de-2021-336955771
2 DATASUS, Clinical Protocol Therapeutic Guidelines for Pulmonary Arterial Hypertension, em :https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/03/pcdt-hipertensao-arterial-pulmonar-2014.pdf
3 NORD (National Organization for Rare Disorders), em https://rarediseases.org/rare-diseases/pulmonary-arterial-hypertension
4 Sitbon O, et al. New Engl J Med 2015; 373:2522-33.
5 Galiè et al. Eur Heart J 2016;37:67-119.
6 Marion Delcroix, Luke Howard. European Respiratory Review 2015 24: 621-629; DOI: 10.1183/16000617.0063-2015


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