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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Como inovar nas PMEs?

A inovação tem sido a principal estratégia adotada por grande parte das PMEs como forma de garantir sua sobrevivência no mercado. Com uma ampla democratização, as organizações possuem à sua disposição uma gama variada de ferramentas completas e acessíveis, capazes de elevar significativamente os resultados operacionais desejados. Medida que hoje, se torna o grande diferencial competitivo de todas elas.

Com o início da pandemia, a necessidade de transformação digital se tornou ainda mais evidente para que as companhias continuassem atendendo as demandas de seus clientes – além de evitar piores resultados financeiros. Dados divulgados pelo Sebrae, mostram essa preocupação: 41,9% das PMEs passaram a adotar recursos inovadores em seu negócio desde 2020.

Mesmo sendo uma demanda latente, muitos empreendedores ainda cometem um equívoco enorme ao acreditarem que essas ferramentas são caras e apenas para acesso às grandes corporações. Ou ainda, que se faz necessário ter um conjunto completo em uso, desde robôs até softwares sofisticados de inteligência artificial e machine learning.

Ambos os pensamentos são completamente divergentes da realidade. Muitos resultados podem ser obtidos com investimentos simples e insignificantes, se levarmos em consideração os tamanhos avanços tecnológicos que temos atualmente. Dentre tantas ofertas, as pertencentes à Indústria 4.0 são as mais recomendadas para a recuperação econômica no pós-pandemia. Não somente por serem mais acessíveis, mas principalmente por apresentarem uma maior durabilidade quando comparadas à outras disponíveis.

Com elas, não é preciso se preocupar em ter altos gastos para manter uma infraestrutura de TI, por exemplo. Há muitas tecnologias de baixo custo, como Blockchain, Business Intelligence (BI) ou mesmo os dahsboards, que podem mostrar em tempo real como está cada um dos processos da empresa, aumentando significativamente a sua eficiência.

Aquelas empresas que redirecionam seu foco para esse tipo de investimento, certamente conseguem aumentar a vantagem competitiva e crescer mais que seus principais concorrentes. Para isso, é importante que as empresas façam um diagnóstico completo do seu negócio, estabelecendo uma governança que mostre quais os resultados esperados, sem sair simplesmente adotando tecnologias sem um direcionamento estratégico pré-estabelecido.

Somente assim é possível saber onde e como investir os recursos da empresa – não somente os financeiros, mas também pessoas, tempo e a infraestrutura adequada para cada inovação desejada. Com um direcionamento certeiro, as pequenas e médias empresas tem muito mais chances de conquistar resultados inovadores excelentes para a prosperidade do seu negócio.

 


Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e fundador da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO 56002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br 


11 de agosto: Dia do Estudante

Em 11 de agosto de 1927, 100 anos depois do Imperador do Brasil, Dom Pedro I criar, por meio de um decreto, os dois primeiros cursos de ensino superior no Brasil nas cidades de Olinda (PE) e São Paulo (SP), surgiu a ideia de instituir o dia 11 de agosto como data comemorativa para homenagear os estudantes em todo país. 94 anos depois o que podemos celebrar nesta data? Como estão nossos estudantes? Quais seus maiores desafios? Quais suas maiores conquistas? Como os pais estão investindo nos filhos? Qual a qualidade do ensino nas escolas e universidades do Brasil? São perguntas que merecem nossa atenção e certamente essa pastoral não será suficiente para respondê-las. Porém, quero aproveitar para refletir sobre algo que considero tão importante quanto o que já foi mencionado: O que um estudante deseja e espera do futuro?

Durante a minha infância escutei várias vezes minha mãe dizer: "Menino, vai estudar para ser alguém na vida". Talvez eu não tenha sido o único filho que escutou contundente afirmação. Considero que as intenções da minha e de outras mães e pais, eram genuínas. Não tenho dúvida que o desejo da minha mãe era que no futuro eu fosse "alguém na vida" com diploma superior, que conseguiu alcançar o sucesso, especialmente financeiro. Claro que o desejo da minha mãe estava cheio de influências e sentimentos que foram gerados pela vida dura, humilde e algumas vezes amarga que tivemos. Muitas vezes faltava e raramente sobrava. O que eu ouvia da minha mãe, na simplicidade de suas palavras e guardadas as devidas proporções da minha comparação, era o pensamento do economista britânico Sir Arthur Lewis, ganhador do Prêmio Nobel: "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido".

Como capelão do Colégio Mackenzie, mediante a missão educacional e confessional que temos, de educar e cuidar do ser humano, criado à imagem de Deus, para o exercício pleno da cidadania, em ambiente de fé cristã reformada, creio que a expressão "exercício pleno da cidadania" citada na missão da nossa instituição, está intrinsecamente ligada a ideia de preparar nossos alunos para a vida, fazendo com que entendam suas responsabilidades, obrigações, direitos e reconheçam que acima de todo sucesso, fama, dinheiro e prestígio estão a dignidade, os valores, a ética, a família, a fé. Está Deus.

Existe um texto bíblico no Evangelho de Lucas que diz: "… porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem" (Lucas 12:15b). O texto vai na contramão do que ensina a sociedade. Enquanto algumas escolas e academias, mídias, redes sociais, filmes, livros, amigos e até mesmo a família diz que o mais importante para o seu futuro é a riqueza de bens e dinheiro que você conseguir acumular, Deus diz o contrário. Diz que a vida de uma pessoa não pode ser medida ou abalizada por aquilo que ela tem (bens), mas por aquilo que ela é e pretende ser. O Apóstolo Paulo disse ao seu aluno, Timóteo: "... seja um exemplo para os outros, na palavra, na conduta, no amor, na fé e na pureza" (1 Timóteo 4:12b). O grande professor e mestre de Timóteo sabia que o mais importante para aquele jovem aprendiz não era ter um futuro farto de bens e riqueza, e sim, mostrar que seus valores, princípios e sua fé valiam muito mais.

Neste Dia do Estudante, eu convido você que estuda no Mackenzie a celebrá-lo na certeza de que estamos preparando você para o pleno exercício da cidadania onde a dignidade, os valores, o amor, a família, a fé e especialmente Jesus, são suas maiores riquezas. Com essas riquezas o seu futuro será um sucesso. Seu futuro está garantido.

Deus os abençoe!

 

Rev. José Roberto Coelho - Capelão do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré.


Com tecnologias da Microsoft, setor de turismo americano se prepara para responder aos picos de demanda

Com suporte do Microsoft Azure, TravelgateX é responsável por interconectar 1.000 parceiros na indústria, canalizando mais de 3 bilhões de pesquisas e realizando mais de 30.000 reservas diárias

 

A pandemia do COVID-19 afetou profundamente uma infinidade de indústrias, principalmente a de viagens. O setor, que possuía cerca de 60 dias de antecedência para a reserva de viagens e acomodações pelos usuários, atualmente, tem 40% de suas reservas realizadas em menos de uma semana. Com essa alta demanda em um tempo curto, são cada vez mais necessárias plataformas ágeis que proporcionem aos clientes todas as informações correspondentes às suas pesquisas, incluindo disponibilidade e condições, em tempo real. Nesse cenário, destaca-se a TravelgateX, o maior marketplace da indústria de viagens, que foi desenvolvida 100% no Microsoft Azure.  

Esse ecossistema, com suporte da nuvem, é responsável por interconectar 1.000 parceiros da indústria, canalizando mais de 3 bilhões de pesquisas e realizando mais de 30.000 reservas diárias. Desde sua fundação, a TravelgateX é uma empresa 100% voltada à estratégia de cloud, utilizando a nuvem Microsoft Azure por sua escalabilidade e capacidade de implantar suas soluções em qualquer lugar do mundo com as melhores garantias em termos de compliance, tolerância a falhas e capacidade.  

Óscar Pérez, CTO da TravelgateX, explica: “Trabalhamos em três desafios interconectados: simultaneidade, escalabilidade e estabilidade. Com nossa tecnologia, desenvolvida no Microsoft Azure, devemos garantir que nossa plataforma esteja funcionando 99,99% do tempo. Nossos parceiros, tanto compradores quanto vendedores, podem começar a usar nossos serviços em minutos, sem perder tempo. A simplicidade e velocidade de nossas APIs nos permitem dimensionar e manter alta disponibilidade de produtos sustentada ao longo do ano, 24 horas por dia." 

A empresa agora está comprometida com o Azure Kubernetes Service (AKS), que permite fácil implantação e gerenciamento de aplicativos em contêineres, reunindo equipes de desenvolvimento e operações em uma única plataforma. Com o AKS, e o compromisso com uma arquitetura de microsserviços, a TravelgateX consegue ambientes mais flexíveis e escaláveis para garantir o atendimento a fornecedores e clientes, além de uma unificação interna que simplifica o gerenciamento e a manutenção. Como resultado, a empresa reduziu o tempo de implantação de dias para menos de uma hora. 

A TravelgateX também escolheu o .NET Core, uma estrutura de código aberto de alto desempenho para desenvolvimento de aplicativos de plataforma cruzada, que agiliza o trabalho com contêineres. A sua utilização permitiu à TravelgateX melhorar o desempenho dos seus serviços, o que se traduz diretamente numa redução de 20% no consumo de CPU, o que também significa redução de custos. Além disso, a melhoria alcançada nos tempos de resposta também tem impacto direto no serviço prestado aos diferentes atores da cadeia de valor e na satisfação do cliente final. 

A Microsoft é o fornecedor com o maior número de regiões disponíveis em todo o mundo - incluindo a próxima abertura de uma região de data center na Espanha. A proximidade geográfica dos data centers ao cliente permite latências mais baixas, um aspecto particularmente crítico para os negócios da TravelgateX, pois impacta diretamente a experiência do usuário nas plataformas de reservas de viagens. 


Olimpíadas comprovaram a importância do esporte na educação integral

Pesquisa indica que práticas esportivas ampliam habilidades cognitivas, emocionais e sociais de crianças, adolescentes e jovens

Organizações da sociedade civil democratizam o acesso às práticas esportivas, mas também artísticas e culturais, nos territórios mais vulneráveis


Rebeca Andrade, da ginástica artística, Wanderson de Oliveira, do box, Alison dos Santos, do atletismo, e Isaquias Queiroz, da canoagem, são alguns dos atletas olímpicos que iniciaram no esporte por meio de projetos desenvolvidos por organizações da sociedade civil. São exemplos do potencial do esporte como instrumento de transformação social, inclusão e educação integral para crianças, adolescentes e jovens em todo o país.

“Independentemente de virem a se tornar atletas de alta performance, o esporte abre as portas para que todas e todos tenham oportunidade de desenvolver novas habilidades, promove o convívio social, amplia conhecimentos e o desenvolvimento cognitivo. É a chamada educação integral, uma concepção de pedagogia estratégica para a redução das desigualdades existentes em nosso país. É fundamentada na ampliação de repertório e no reconhecimento dos diferentes saberes presentes na escola, na família, na comunidade”, explica Camila Feldberg, gerente de fomento do Itaú Social. “E as organizações da sociedade civil contribuem bastante para democratizar o acesso às práticas esportivas, mas também artísticas e culturais, nos territórios mais vulneráveis”, avalia. 

A meta-análise Artes e Esportes: Relação com desenvolvimento humano integral, realizada pelo Itaú Social em parceria com pesquisadores da Universidade de Cambridge (Inglaterra), apontou que disciplinas de artes e esportes, combinadas no calendário escolar, de forma estratégica, com outras áreas de conhecimento, contribuem para que crianças, adolescentes e jovens se transformem em adultos mais habilidosos nas dimensões cognitivas, emocionais e sociais. 

Atividades esportivas e culturais estimulam o prazer de estar envolvido com a escola. Na rede pública, se tornam ainda mais importantes e têm maior impacto na medida em que ampliam o acesso da população socialmente vulnerável que, via de regra, não tem possibilidade de frequentar clubes ou equipamentos culturais. Apesar de ser uma instituição chave para a educação, a escola não é o único lugar onde se adquire novas competências. As organizações da sociedade civil cumprem um papel essencial em prol do desenvolvimento pleno dos indivíduos em suas próprias localidades.

No Guarujá, litoral de São Paulo, o Projeto Ondas promove a formação integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica por meio do surf. Além da prática esportiva, a iniciativa oferece apoio pedagógico, inclusão digital, ensino de práticas éticas de cidadania e educação ambiental. Desde 2007, já atendeu mais de 500 crianças de 6 a 12 anos e suas famílias.

“Nossa estratégia é simples. A gente usa o esporte como vitrine. As crianças se interessam pelas pranchas, pelas roupas de neoprene, querem aprender manobras com nossos instrutores. E assim a gente vai se aproximando e abrindo novos caminhos. O surf é a nossa linguagem para o aprendizado”, afirma Jojó de Olivença, bicampeão brasileiro e criador da organização. “Falamos das fases da lua para entender o tamanho das ondas. Da importância histórica de algumas cidades a partir de destinos consagrados do circuito mundial de surf. Até a produção de textos é trabalhada em torno do tema”, explica. 

Criatividade, iniciativa, pensamento crítico, persuasão, negociação, atenção aos detalhes, resiliência e flexibilidade são algumas habilidades essencialmente humanas que serão mais valorizadas com a crescente inovação tecnológica e as novas formas de trabalho. Para desenvolvê-las, a pesquisa demonstra que os esportes e as artes devem ser tratados com protagonismo pelas escolas e organizações.

Esporte e inclusão

No projeto WimBelemDon o desafio é a inclusão. Há 20 anos atuando na periferia de Porto Alegre (RS), acolhe crianças e adolescentes em vulnerabilidade social para, por meio do tênis, facilitar o processo de integração social. “Temos o desafio diário de vencer o preconceito de que tênis é um esporte de elite. Por que a criança não pode sonhar em jogar tênis? A gente prova que isso é possível e usa o esporte como forma de inclusão”, ressalta Marcelo Ruschel, fundador e superintendente da WimBelemDon.

A organização recebeu o nome em homenagem ao Grand Slam de tênis Wimbledon, disputado no Reino Unido. Além do tênis, proporciona aos educandos aulas de leitura, arteterapia, oficinas de cinema, yoga, meditação e relaxamento, e oficinas de psicologia. “A missão da organização é dar instrumentos para que as crianças consigam identificar sonhos, quaisquer sonhos, e tenham ferramentas para ir atrás deles”, enfatiza Ruschel.

No Complexo Muquiço, que reúne oito comunidades na zona norte do Rio de Janeiro, o Instituto Bola Pra Frente, fundado há 21 anos pelo tetracampeão mundial de futebol Jorginho, utiliza o esporte e a cultura como ferramentas de aprendizagem. O trabalho da organização, como destaca a diretora executiva Renata Siqueira, é oferecer formação e perspectiva aos milhares de jovens dessas comunidades, para que despertem para o compromisso  com o coletivo, sejam conhecedores da diversidade e do valor da sua própria cultura. “Já atendemos cerca de 16 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e suas famílias, com foco na educação integral, tendo como ferramentas o esporte e a cultura”, explica.

Para 2022, um novo prédio está sendo construído para expandir o atendimento de 430 para mil pessoas. “Em 2016, devido às Olimpíadas no Rio, tivemos a oportunidade de nos aproximar de diversas confederações olímpicas. Ganhamos materiais esportivos, realizamos parcerias e os nossos professores tiveram a oportunidade de aprender novas modalidades e metodologias de ensino. Estamos nos preparando para oferecer à comunidade o novo prédio que estamos montando”, comenta Renata.

*O pluralismo no mundo dos esportes

Atividades

Ações e objetivos

Atividades físicas

Crianças e jovens podem ser mais ativos simplesmente se movendo mais. Jogos, dança, teatro envolvendo performances, atividades ao ar livre (praças, parques) e atividades de relaxamento.

Esportes para o desenvolvimento

Realização de objetivos considerados superiores, como a resolução de conflitos, a justiça de gênero e o desenvolvimento de comunidades.

Esportes competitivos

Lições sobre a importância da dedicação, do trabalho duro e mesmo da cooperação para atingir objetivos específicos.

Educação física

Combina características dos três modelos anteriores, pois parte de uma base da “atividade física como técnicas de esporte” para a promoção de finalidades pedagógicas, cognitivas ou não cognitivas.

*Fonte: Meta-análise Artes e Esportes: Relação com desenvolvimento humano integral


Tendências de empreendedorismo pós pandemia: uma análise sobre as possibilidades de expansão

Sem dúvidas, o setor gastronômico foi um dos mais atingidos pela pandemia. Ainda que a flexibilização das medidas restritivas esteja se tornando maior, para os empresários que dispõe de negócios nesse setor, as coisas ainda estão bem distantes do normal. No entanto, esse período de incertezas e instabilidade também pode dar início a fortes tendências para o setor no pós pandemia, quando tudo se normalizar.

Pensando exatamente nesse período pós pandemia, alguns estabelecimentos aproveitaram a diminuição de clientes no local - tendo em vista que as medidas de restrição fizeram com que menos pessoas saíssem de suas casas para consumir no local e optarem pelo sistema delivery - para realizar obras internas e reformulações de cardápios.


Espaços abertos: forte tendência pós pandemia para todo o setor gastronômico

Entre as principais medidas adotadas durante a pandemia para a fim de evitar aglomerações em espaços fechados está a utilização dos ambientes abertos nos estabelecimentos. Com isso, os proprietários dos locais passaram a se empenhar ainda mais em decorações atraentes e ambientes confortáveis, além de, claro, estipular um distanciamento obrigatório entre as mesas.

Essa medida tem tudo para reforçar ainda mais a cultura de comer "ao ar livre", mesmo dentro de um estabelecimento cuja maior parte parte do espaço fica em local fechado. A tendência, que surgiu a partir de uma restrição, tem tudo para conquistar um lugar de preferência entre as escolhas dos clientes de agora em diante.


Otimização dos serviços de delivery: a grande após pós pandemia

Com a não utilização dos espaços de salão dos estabelecimentos para consumo, o serviço delivery tornou-se mais forte do que nunca. Os profissionais de entregas se arriscaram circulando pelas ruas e tendo contato com inúmeras pessoas diferentes durante o período de pandemia a fim de levar alimento a tantos brasileiros.

Além de toda a dedicação desses profissionais, os serviços do setor precisaram ser otimizados pelos gestores dos estabelecimentos a fim de garantir excelência desde o momento em que o alimento sai do restaurante até seu destino final. Com esse aprimoramento, a tendência do delivery se tornou, sem dúvidas, a mais forte aposta para continuar crescendo mesmo no período pós pandemia.

 


Carla Santos - ex-publicitária e atualmente empresária no setor de alimentação como sócia proprietária da Cá com Fé Padaria Artesanal, localizada na Vila Romana, em São Paulo.


Poupatempo oferece cerca de 10 mil vagas semanais para provas teóricas do Detran.SP na capital paulista

  Cidadãos podem agendar exames em um dos sete endereços disponíveis em diferentes regiões da cidade 

 

O Poupatempo e o Detran.SP ampliaram a oferta de vagas para aqueles que estão em processo de habilitação (primeira CNH ou reabilitação) e precisam fazer a prova teórica em São Paulo. Cinco unidades do Poupatempo (Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé) trabalham em horário estendido exclusivamente para receber essa demanda e dois outros endereços (salas cedidas pela CDHU e na sede do Detran.SP), no centro da capital paulista, começaram a funcionar nos últimos meses para esse serviço. Com isso, já são cerca de 10 mil vagas oferecidas semanalmente na cidade.  

Para agendar data e horário para realização da prova, o interessado deve acessar o portal www.poupatempo.sp.gov.br ou o aplicativo Poupatempo Digital. A aplicação dos exames nas sete localidades conta com o apoio de funcionários do Poupatempo.  

“Com essa ampliação, o Poupatempo e o Detran.SP dobram a quantidade de exames oferecidos por semana na cidade de São Paulo, que passou de 4,7 mil, até maio, para 9,7 mil em agosto, um aumento superior à 100%”, afirma Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo do Estado que administra o Poupatempo.    

Em junho deste ano, o Poupatempo ampliou o horário de funcionamento para oferecer provas teóricas de CNH nas unidades do programa em Itaquera, Santo Amaro e Sé. Em julho, já com horário ampliado, os postos de Cidade Ademar e Lapa começaram a aplicar os exames. No mesmo mês, mais de duas mil vagas semanais foram abertas em salas cedidas pela CDHU e mil na sede do Detran.SP, ambas na região central.  

“O Detran e o Poupatempo têm unido esforços para oferecer mais opções à população que precisa do atendimento para concluir seu processo de habilitação em diversos pontos da capital, sempre pensando em proporcionar facilidade de acesso a quem se desloca pela cidade, e de agendamento para os serviços”, explica Ernesto Mascellani Neto, diretor-presidente do Detran.SP. 

 

Serviço 

*Prédio do Detran.SP: Rua João Brícola, 32 - Centro – São Paulo. 

Horário para agendamento das provas: de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30. 

 

*Prédio da CDHU: Rua Boa Vista, 170 – Centro – São Paulo. 

Horários para agendamento das provas: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, e aos sábados, das 8h30 às 12h30. 

 

Unidades do Poupatempo  

*Poupatempo de Cidade Ademar: Av. Cupecê, 5497 - Jd. Miriam – São Paulo.  

*Poupatempo da Lapa: Rua do Curtume, s/n – Lapa – São Paulo.  

*Poupatempo de Itaquera: Avenida do Contorno, 60 – Itaquera – São Paulo.  

*Poupatempo de Santo Amaro: Rua Amador Bueno, 229, 2º andar, Mais Shopping - Santo Amaro – São Paulo.  

*Poupatempo da Sé: Praça do Carmo, s/n, Sé – São Paulo. 

Horários para agendamento das provas: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 16h. 


Como planejar um intercâmbio pós-pandemia?

Felizmente, as fronteiras de muitos países estão sendo reabertas. Com o avanço da vacinação, muitos já estão voltando a receber brasileiros – ainda, claro, seguindo todas as medidas de segurança necessárias. Isso quer dizer que, agora, os planos de realizar um intercâmbio, que ficaram estagnados por tanto tempo, já podem ser retomados.


Segundo uma pesquisa do The Student World, 83% dos jovens desejam realizar um intercâmbio no pós-pandemia. E, com tantas oportunidades de estudo e trabalho ao redor do mundo, conquistá-las é só uma questão de planejamento e organização.

Então, já é hora de você se preparar. Por isso, listamos aqui cinco passos fundamentais para você começar a arrumar as malas agora mesmo:

#1 Exigência de vacinação: Um dos principais requisitos exigidos pelos países que estão permitindo a entrada de brasileiros é a vacinação completa. Cada um possui sua própria lista de imunizantes aprovados pelo governo local. Antes de viajar, certifique-se dessa regra no destino escolhido e de que você está imunizado com uma das vacinas solicitadas para estrangeiros. O recomendado é apresentar o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 (CNVC) com autenticação por QR Code, que pode ser emitido em inglês ou espanhol no site do Conecte SUS Cidadão após o término do ciclo vacinal. 

#2 Medidas de segurança locais: Além da vacinação, cada país também está adotando medidas de segurança contra a Covid-19, de acordo com a situação na qual se encontram. Enquanto alguns somente exigem a imunização em dia, outros estabelecem uma quarentena mínima para todos os viajantes, assim que chegarem ao seu território. Sem falar no uso de máscaras, que pode estar liberado ou não. É importante estar ciente dessas regras e segui-las, para que não entre em conflito.

#3 Moradia: Uma das questões mais importantes do planejamento do intercâmbio é a escolha de onde você irá morar. Além dos locais oferecidos pelas próprias instituições de ensino, outras opções muito buscadas são as casas de família e albergues. Neste momento, dê preferência por ambientes mais abertos e com uma boa ventilação por questões de saúde. Opte ainda, por moradias próximas ao lugar onde irá estudar – assim, poderá ir a pé, evitando o transporte público, onde deve haver certa aglomeração.

#4 Oferta de cursos online: Enquanto ainda não estamos com um seguro controle do vírus, muitas instituições podem limitar as aulas presenciais ou atrasar seus conteúdos. Aquelas que disponibilizam aulas online são a melhor opção neste momento. Dessa forma, os alunos não serão prejudicados e poderão acompanhar as aulas mesmo à distância, em casos de novos períodos de isolamento social.

#5 Tempo de permanência: Cada programa terá uma duração diferente, que pode ser desde apenas uma semana até mais de dois anos. Ao planejar sua viagem, esteja claro do tempo ideal no qual permanecerá no país escolhido – principalmente para que consiga se organizar financeiramente para arcar com todos os custos necessários. Uma boa opção é optar por um programa com visto de trabalho.

Conquistar sua experiência internacional pode estar mais próximo do que você imagina. Muitas agências e escolas estão com preços e condições de pagamento especiais a fim de acelerar a retomada no mercado. Há programas onde é possível pagar pelos estudos enquanto se trabalha no país, já recebendo na moeda local. Existem ainda programas de financiamento que permitem parcelar os estudos em até 36 meses, pagando durante a viagem. Mesmo que ainda longe da volta ao normal, os planos para intercâmbio não precisam mais ficar engavetados. Ficando atento a todos os detalhes, sua viagem tem tudo para se tornar inesquecível!

 


Erik Barbosa - gerente de produtos da SEDA Intercâmbios.

https://www.sedaintercambios.com.br/

 

86% dos brasileiros dizem que já não se parecem mais com a foto do passaporte

Pesquisa da Booking.com revela que ganho de peso e cabelo mais comprido são as principais mudanças físicas desde o início da pandemia, enquanto 22% não lembra onde guardou seu documento de viagem

 

O longo período em que as pessoas passaram em casa, afastados da família e amigos devido à pandemia, fez com que muitas pessoas começassem a refletir sobre seus valores e o que realmente é importante pra elas. É o que aponta uma pesquisa* realizada pela Booking.com.

Ao menos 1 a cada 5 (21%) brasileiros demonstrou entusiasmo em poder sair de férias sem precisar contar calorias. Em vez disso, eles pretendem aproveitar ao máximo a experiência de suas viagens. Além disso, 77% dos viajantes do país confessaram que vão investir na aparência antes das próximas férias, com idas ao cabeleireiro, manicure, etc.

Essa reflexão surgiu quando boa parte (86%) dos viajantes admitiram que, depois de tanto tempo em casa, já não se parecem mais com a foto do passaporte. As mudanças mais comuns na aparência dos brasileiros foram: ganhar peso (41%) e deixar o cabelo mais comprido (25%). Curiosamente, os brasileiros foram a quarta nacionalidade que diz ter ganhado mais peso em meio aos 28 países consultados, atrás dos tailandeses (43%), coreanos (43%) e argentinos (42%). Quanto ao cabelo mais comprido, os brasileiros empataram com os vietnamitas e estão entre as 15 nacionalidades que mais deixaram as madeixas crescerem.

No geral, como os dados da Booking.com mostram, os viajantes estão determinados a garantir que a próxima viagem tenha tudo a ver com se sentir bem por dentro e por fora. Para isso, porém, 22% dos brasileiros precisam lembrar onde guardaram seu passaporte durante o tempo em que não puderam viajar e 5% afirmam que não têm a menor ideia de onde puseram as malas. O que mais importa agora é, assim que for seguro desbravar o mundo novamente, voltarmos a criar boas lembranças para a vida toda.

 

*Pesquisa encomendada pela Booking.com e realizada com um grupo de adultos que pretende viajar nos próximos 12 meses. No total, 28.042 entrevistados em 28 países e territórios responderam a uma pesquisa on-line em janeiro de 2021.

 

Conheça 11 dicas para conseguir uma renda extra hoje

Segundo pesquisa realizada pela plataforma Acordo Certo, 77% dos entrevistados gostariam de ter uma atividade extra para conseguir mais dinheiro, mas não sabem como fazer


A crise econômica provocada pela pandemia impactou fortemente o bolso das famílias brasileiras. Neste cenário, as pessoas têm feito de tudo para conseguir uma renda extra. Segundo uma pesquisa realizada pela Acordo Certo, plataforma  de renegociação de dívidas com foco no bem-estar financeiro do consumidor, quase metade dos entrevistados venderam algum item de casa para conseguir uma renda extra e poder pagar as contas.

Recentemente, o Governo anunciou  a extensão do auxílio emergencial por mais três meses, até outubro. Atualmente, o benefício atende quase 40 milhões de brasileiros. 

Bruna Allemann, Especialista em Educação Financeira da Acordo Certo, acredita que a pandemia e a necessidade de dinheiro para itens básicos como higiene e alimentação fez com que muitas pessoas acordassem para hábitos financeiros ruins que já vinham levando anteriormente.

“Ao venderem objetos pessoais, podemos observar uma questão comportamental atrelada a compra emocional como, por exemplo, ao ficar triste, comprar uma peça de roupa para se satisfazer emocionalmente. Agora, diante da escassez, a pessoa percebe que aquele item não tinha tanta utilidade assim e agora pode ser vendido e revertido para algo realmente necessário”, avalia a especialista. 

Ainda de acordo a pesquisa da Acordo Certo, 77% dos respondentes gostariam de ter uma atividade extra para conseguir mais dinheiro, mas não sabem como fazer. Mas, afinal, quais são os outros caminhos para se obter uma renda extra hoje? Bruna separou algumas dicas:

Renda extra com Vendas:

1 – Venda o que não usa mais: itens pessoais, alguns móveis, dentre outros;

2 – Marmitas, doces e salgados por encomenda: é uma forma econômica de começar e pode ser mega potencializada com o uso das redes sociais, familiares e amigos;

3 – Transforme seus hobbies e sonhos em dinheiro: aqui vale usar a criatividade e pensar em formas de transformar algo prazeroso em renda;

Renda Extra na Internet:

4 – Seja um assistente pessoal: Já pensou em realizar tarefas para pessoas e empresas? Em plataformas de freelancer como 99Freelas e Workana você encontra oportunidades para atender chats digitais, por exemplo;

5 – Responda pesquisas on-line: uma forma rápida e confortável de adquirir uma renda a mais e que pode ser realizada apenas com o celular;

6 – Trabalhe como afiliado ou tenha sua loja online para ganhar comissões (sem custo): Alguns exemplos desse modelo de negócios são sites como Hotmart, Magazine Luiza, Amazon, dentre outros;

Renda Extra com Serviços:

7 – Ajude com Mudanças: em sites como a OXL você pode publicar seus serviços on-line, além disso, vale abusar da rede de contatos para prestar esse tipo de serviço;

8 – Alugue sua vaga de garagem: no caso de um espaço disponível, esta é uma boa opção para colocar à disposição dos vizinhos, principalmente de prédios sem garagem, por exemplo;

9 – Trabalhe como freelancer com o que você conhece: essa é uma ótima forma de utilizar o seu potencial. Afinal, o seu trabalho diário pode se tornar uma renda extra fora dos horários convencionais e aos finais de semana;

10 – Passeie com cachorros aos fins de semana: nos últimos cinco anos, o setor de acessórios e alimentos para pets cresceu 87%, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. A área de serviços segue na mesma linha e é uma ótima aposta.

11 – Trabalhe como operador de telemarketing freelancer: com carga horária de até 6h, às vagas no segmento seguem em aberto em todo país e pode ser uma boa forma de adquirir renda neste momento.

“De modo geral, não importa a forma, o importante é começar e sair da zona de conforto. Esses são alguns caminhos para as oportunidades que existem no mercado. No mais, não é necessário dispor de muito dinheiro para isso, veja o que faz bem, o que as pessoas a sua volta precisam e possa ser interessante, teste seus serviços com conhecidos e vá crescendo conforme a demanda”, explica Allemann.


Com aumento de brasileiros que estão economizando e cortando gastos, especialista explica o que não cortar para manter saúde física e mental em dia

 

De acordo com uma pesquisa feita pela Toluna em fevereiro desse ano, 70% dos entrevistados disseram que passaram a economizar mais por causa da covid-19


Com o aumento no preço dos combustíveis e a bandeira de conta de luz subindo para 50% nesse mês, os brasileiros já começam a pensar em evitar gastos extras e em economizar dinheiro para não correr o risco de acumular dívidas. Mesmo antes desses reajustes, a pandemia já tinha sido um dos motivos para incentivar as pessoas a poupar dinheiro. De acordo com uma pesquisa feita pela Toluna em fevereiro desse ano, 70% dos entrevistados disseram que passaram a economizar mais por causa da covid-19.

Porém, na hora de cortar os gastos, é importante ficar de olho com o que é descartado do orçamento, principalmente nesse período, onde as pessoas estão mais fragilizadas emocionalmente. “É preciso cautela, pois algumas atividades que fazemos no dia a dia podem ser essenciais para manter nosso equilíbrio mental, então tudo precisa ser avaliado para não se tornar algo prejudicial”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, fundador da Cespe Educação Financeira.

Alguns gastos proporcionam bem-estar e até mesmo melhoram a qualidade de vida, pois não são apenas prazeres momentâneos, são experiências que fazem toda a diferença na rotina de qualquer pessoa. Para quem quer se planejar para conseguir manter as contas em dia e ao mesmo tempo não cortar atividades essenciais do dia a dia, o educador financeiro explica o que deve ser mantido nesse período para não prejudicar a saúde mental, confira:


- Educação

A educação é fundamental em qualquer momento da sua vida e é justamente nos momentos mais desafiadores que você vai poder utilizar de todo conhecimento que você adquiriu. Então renunciar à sua educação não é a melhor saída para sair da crise. O ideal é realmente o contrário, nos momentos mais desafiadores, buscar adquirir novos conhecimentos para poder superar os desafios. Isso vale para você, seus filhos e sua família.

 

Cultura

Crise não significa que você precisa virar um monge recluso, preso em uma caverna meditando dia e noite sem acesso à informação. Os principais museus e teatros do mundo contam com tour virtual, cursos culturais gratuitos, apresentação de peças teatrais e até mesmo exposições de obras ao vivo.

 

Coisas que mantém seu equilíbrio mental

Realizar atividades físicas, mesmo que em sua casa é algo que você não pode abrir mão. Atualmente existem diversos canais no Youtube e aplicativos com aulas gratuitas de exercícios, Yoga e meditação. São atividades fundamentais para manter seu equilíbrio mental, foco nos seus objetivos e o corpo saudável.

 

Saúde e Alimentação saudável

Em momentos como esse é bem natural que você tenha a sensação de estar de férias e relaxar com sua alimentação, abusando de lanches rápidos e prejudiciais à saúde. Então o que você pode cortar nesse momento, já que o mais indicado é justamente evitar aglomeração social, são os gastos com bares e restaurantes. O importante é que você mantenha uma alimentação saudável e balanceada, rica em legumes, verduras e frutas. Aproveite também para cozinhar em família.

 

Investimentos

Hoje em dia, ter uma reserva de emergência é essencial. Isso porque imprevistos acontecem a todo momento.

Na maioria das vezes, são pequenas coisas do dia a dia que não tem tamanha proporção como uma pandemia, mas, acontecem coisas como um carro que quebra, um cano que estoura, ficar desempregado e coisas que fazem parte da vida. Se você já está preparado, você não cai na armadilha de ter que tomar um empréstimo sempre que um imprevisto acontecer. Vale lembrar que seus sonhos e objetivos continuam existindo, com ou sem pandemia. Você não deve adiar seus sonhos porque está passando por uma crise, então continue investindo.

Caridade e doações

Manter a disciplina com seu dinheiro logo vai te proporcionar bons frutos. Além da realização dos seus sonhos, seus objetivos, acesso à educação e cultura, você poderá ajudar aqueles que são menos afortunados. Imagina que nesse momento de crise, se a situação está desafiadora para você, existem creches e orfanatos que necessitam de doações. Como elas estão sobrevivendo nesse momento? Portanto, reserve uma quantia para ajudar quem mais precisa nesse momento.

 

Cespe Educação Financeira


15 anos da publicação da Lei Maria da Penha


No sábado, dia 07 de agosto, comemorou-se 15 anos da publicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) - a primeira lei para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, praticada pelas mais diferentes formas (física, psíquica, sexual, patrimonial, moral). Essa violência, mesmo sendo uma das mais comuns, era praticamente impune, justamente porque praticada por pessoas que, integram as relações pessoais de convivência da mulher e sobre ela exercem o poder intimidatório.

Marcos emblemáticos dessa transformação do nosso ordenamento iniciaram com a positivação nacional do comprometimento do Brasil ao ratificar, anos antes, tratados internacionais como a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Violência contra a mulher (1983) e a Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher (1994).

Porém, não se pode olvidar que a criação da própria lei aconteceu por conta de uma omissão estatal na proteção de uma mulher, Maria da Penha, que teve uma trajetória de mais de 19 anos em busca de justiça e proteção, tornando-se um símbolo de resistência e luta por uma vida livre da violência. Segundo informações oficiais, "no ano de 1983, Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de Marco Antonio Heredia Viveros. Primeiro, ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão, Maria da Penha ficou paraplégica devido a lesões irreversíveis na terceira e quarta vértebras torácicas, laceração na dura-máter e destruição de um terço da medula à esquerda - constam-se ainda outras complicações físicas e traumas psicológicos. No entanto, Marco Antonio declarou à polícia que tudo não havia passado de uma tentativa de assalto, versão que foi posteriormente desmentida pela perícia. Quatro meses depois, quando Maria da Penha voltou para casa - após duas cirurgias, internações e tratamentos -, ele a manteve em cárcere privado durante 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho".

Mesmo com essas provas e evidências constatadas no processo, o agressor só foi condenado, em primeiro grau apenas, oito anos após o crime. O agressor foi sentenciado a 15 anos de prisão, mas, devido a recursos solicitados pela defesa, saiu do fórum em liberdade. Depois de uma série de prorrogações na justiça, o caso ganhou repercussão internacional. Então, em 2001 e após receber quatro ofícios da CIDH/OEA (1998 a 2001) − silenciando diante das denúncias −, o Estado brasileiro foi responsabilizado por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras. Foi assim que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos deu uma série de recomendações ao Estado brasileiro, dentre elas o dever de proceder às investigações contra a mulher de maneira séria, imparcial e exaustiva.

A lei foi criada por conta da falta de medidas legais e ações efetivas na proteção específica das mulheres, quando um consórcio de ONGs Feministas se uniu para a elaboração de uma lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Após muitos debates com o Legislativo, o Executivo e a sociedade, o Projeto de Lei n. 4.559/2004 da Câmara dos Deputados chegou ao Senado Federal (Projeto de Lei de Câmara n. 37/2006) e foi aprovado por unanimidade em ambas as Casas.

Assim, em 07 de agosto de 2006, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha.

Motivos há para celebrar? Sim, com certeza. Após sua publicação, houve a criação de estruturas protetivas (como a Delegacia da Mulher e programas sociais) e a divulgação informativa que propiciou a conscientização, no âmbito social, para milhares de mulheres que não eram únicas e não estavam sós, plantando a semente da coragem, ainda que em terreno extremamente contaminado pelo medo.

Das mais recentes, impõe destacar o denominado SINAL VERMELHO, criado pela Lei 14.188/21, ou seja, um código - o sinal em X colocado na mão de uma mulher, de preferência vermelho - indica que é vítima de violência. Um importe alerta às mulheres e à sociedade.

Mas, os números conhecidos de mulheres atingidas, inclusive num aumento durante o período de pandemia de covid-19, ainda são chocantes e estão a demandar medidas mais contundentes protetivas para prevenção e estímulo à denúncia e respostas mais efetivas voltadas à repressão. Que nos próximos anos seja possível celebrar não o tempo decorrido da Lei mas a significativa redução da violência que acomete as mulheres no território nacional.

 

Larissa Dias Puerta dos Santos é Mestre em Direito Político e Econômico, membro Conselho Municipal da Mulher em Barueri e coordenadora do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em Alphaville.


Carolina de Gioia Paoli - mestre em Direito Político e Econômico, membro Conselho Municipal da Mulher em Barueri e professora de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em Alphaville. 


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