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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Saúde apresenta relatório com o monitoramento das vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19

O documento faz parte das ações para o enfrentamento à pandemia do coronavírus

 

Diante do dinamismo do cenário, bem como da rápida evolução das pesquisas para uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19, o Ministério da Saúde iniciou, em abril de 2020, o monitoramento das vacinas em desenvolvimento para imunizar a população brasileira. A pasta elaborou relatório que apresenta informações técnicas e científicas, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). 

A partir do cenário mundial de desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19, foram compiladas informações sobre as pesquisas em andamento, bem como o detalhamento de cada candidata em fase clínica de desenvolvimento (desenvolvedor, descrição do ensaio clínico em andamento, país de origem, nome da vacina, plataforma tecnológica, publicações científicas, informações estratégicas, dentre outras). 

Esse trabalho é mais um esforço do Ministério da Saúde, que tem atuado em diversas frentes na tentativa de encontrar uma solução efetiva e segura para o enfrentamento da Covid-19 no Brasil, acompanhando cerca de 270 pesquisas que tem como objetivo imunizar a população. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ressaltou que “o Brasil sempre estará ao lado de qualquer iniciativa que promova o acesso justo e equitativo a diagnósticos, vacinas e tratamentos e o fortalecimento de sistemas de saúde”.


 CENÁRIO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO DAS VACINAS 

Até o momento, foram identificadas 270 vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19, das quais 51 estão na fase clínica. O relatório apresenta o detalhamento das vacinas que estão em pesquisas com seres humanos.

O número de vacinas candidatas, com diferentes abordagens tecnológicas e provenientes de diferentes países, ilustra o esforço global na obtenção de uma tecnologia tão importante e necessária. 

O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19 é uma prioridade diante da pandemia, uma vez que a imunização pode prevenir e conter a transmissão do Sars-CoV-2, reduzindo a morbimortalidade associada à doença.

 

CENÁRIO BRASILEIRO 

O Brasil aponta nesse cenário com 15 candidatas nacionais a novas vacinas contra Sars-CoV-2, todas elas na fase pré-clínica de desenvolvimento. 

Desenvolvedor

Plataforma tecnológica / Tipo de vacina

Fase de desenvolvimento

Bio-Manguinhos/Fiocruz43

Vacina sintética

Pré-clínica

Bio-Manguinhos/Fiocruz43

Vacina baseada em subunidade proteica

Pré-clínica

Instituto René Rachou (Fiocruz/MG) / Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas (INCTV)44

Vacina baseada em vetores virais

Pré-clínica

Instituto Butantan/ Dynavax / PATH7

Vacina de vírus inativado (vacina inativada)

Pré-clínica

Instituto Butantan45

Vesículas de membrana externa (Outer membrane vesicles, OMVs) em plataforma de múltiplos antígenos (Multiple Antigen Presenting System, MAPS)

Pré-clínica

Instituto Butantan*

Vacina baseada em partículas semelhantes a vírus (VLP – Virus-Like Particle)

Pré-clínica

Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)/ Universidade de São Paulo46,47

Vacina baseada em partículas semelhantes a vírus (VLP – Virus-Like Particle)

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Ácido nucléico (DNA)

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Vacinas baseadas proteína recombinante

Pré-clínica

Universidade Federal de Viçosa*

Vacina baseada em proteína recombinante

Pré-clínica

Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP)48

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Universidade Federal do Paraná (UFPR)*

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)*

Ácido nucléico (DNA)

Pré-clínica

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo (USP)*

Vacina baseada em vetores virais

Pré-clínica


ENTENDA AS FASES PRÉ-CLÍNICA E CLÍNICA DAS PESQUISAS 

As etapas de descoberta e de fase pré-clínica se referem à realização de estudos experimentais em células (in vitro) ou em modelos animais (in vivo), desenvolvidos antes de começar as pesquisas em seres humanos para descobrir se um medicamento, procedimento ou tratamento pode ser útil. No caso das vacinas contra o Sars-CoV-2, o desenvolvimento de uma tecnologia inicia-se com a pesquisa aplicada em laboratório, a fim de investigar a estrutura do vírus, o comportamento e possíveis receptores/alvos, a partir dos quais um protótipo de vacina possa ser desenvolvido. 

Obtido sucesso nas etapas anteriores, prossegue-se para a realização da pesquisa clínica, definida como aquela realizada em seres humanos, com o objetivo de avaliar a segurança e a eficácia de um procedimento ou tecnologia em teste. Confira as fases: 

·         Ensaio clínico de fase I: a vacina candidata é administrada em um pequeno número de participantes (adultos saudáveis), a fim de avaliar principalmente a segurança, bem como a dosagem e capacidade inicial de estimular o sistema imunológico. 


·         Ensaio clínico de fase II: a candidata é administrada em centenas de participantes para obter mais dados sobre segurança (avaliações das diferentes dosagens sobre os eventos adversos), bem como avaliar a capacidade da vacina de estimular o sistema imunológico (imunogenicidade). 


·         Ensaio clínico de fase III: a vacina é administrada a milhares de participantes, visando a confirmar a sua eficácia e segurança, conhecendo mais dados sobre imunogenicidade e reações adversas em grupos variados de indivíduos (crianças e idosos, por exemplo). Trata-se da última fase antes da solicitação do registro na Anvisa, que permite que a vacina seja comercializada e disponibilizada no Brasil. 

 


Thais Saraiva
Ministério da Saúde


Precauções que todo o consumidor deve tomar na Black Friday

A Black Friday é popularmente conhecida como um evento, que ocorre geralmente na última semana de novembro, e tem como chamariz a oferta de produtos e serviços com preços atrativos. No entanto, é importante que os consumidores estejam atentos nas propagandas enganosas e, principalmente, reconhecer seus direitos para não caírem nas famosas “pegadinhas”. 

Dentre os principais cuidados que o consumidor deve tomar esta a pesquisa de preços em vários estabelecimentos. O ideal é o consumidor, se possível, em datas anteriores ao evento, realizar uma pesquisa completa de valores do produto ou serviço para verificar, se de fato, a empresa ofertante está praticando os descontos anunciados. 

Caso o consumidor identifique que o produto anunciado no Black Friday está com o mesmo preço das pesquisas realizadas anteriormente, poderá considerar a chamada maquiagem de preços e acionar o estabelecimento por descumprimento das disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a prática de estabelecimentos comerciais de maquiar os preços é considerada propaganda enganosa, passível de penalidades. 

Outra importante precaução que o consumidor deve tomar é com relação as lojas virtuais. Em compras virtuais, o consumidor deve pesquisar se a loja em que está comprando é séria no mercado. Para evitar golpes, o consumidor deve se atentar com preços extremamente abaixo do praticado. Isso porque muitas empresas inidôneas aproveitam a época do Black Friday para enganar os consumidores. 

Outro aspecto de grande relevância é verificar se a oferta não se trata de produtos com defeitos. Vale destacar que algumas empresas colocam à venda produtos com pequenas avarias sem, no entanto, informar claramente ao consumidor. Caso isso ocorra, o estabelecimento deve informar prévia e claramente a avaria do produto. Por outro lado, se o consumidor não foi claramente informado sobre possível defeito do produto, é assegurado o direito de reparação em até 30 dias. Em caso do produto não ser devidamente reparado, o consumidor possui o direito de exigir a troca por um produto em perfeitas condições, a devolução integral do valor ou o abatimento proporcional ao preço. 

Importante ainda destacar que compras efetuadas fora do estabelecimento físico podem ser canceladas em até sete dias após o recebimento do produto, mesmo sem apresentar qualquer defeito. 

Por fim, é de extrema importância que os consumidores exijam que os produtos sejam vendidos exatamente como anunciados. Caso os estabelecimentos descumpram a legislação consumerista, o consumidor lesado poderá acionar a Justiça ou recorrer ao Procon para o cumprimento da legislação.

 



Mayara Rodrigues Mariano - advogada e sócia do escritório Mariano Santana Advogados


Conheça as particularidades da Contabilidade imobiliária

Uma contabilidade imobiliária bem administrada é vital para qualquer proprietário de imóvel. Afinal de contas, trabalhar no mercado imobiliário significa lidar regularmente com grandes somas de dinheiro.

Isso é verdade se você dirige uma imobiliária que emprega vendedores comissionados, se precisa gerenciar imóveis comerciais ou residenciais para clientes ou se tem o dever de lidar com as contas de condomínios.

Mas não é só isso! Se você dirige uma empresa de construção, também precisará gerenciar um fundo de investimento para trabalhar com valores de vendas residenciais, e serviços de venda e financiamento.

Em todas essas funções, uma contabilidade imobiliária bem administrada pode fazer toda a diferença. Os erros podem custar-lhe (ou aos seus clientes) muito dinheiro. Uma das melhores opções, neste caso, é contar sempre com a ajuda de profissionais do ramo, que possuam um bom software de gerenciamento de imóveis.

E isso vale não apenas para imóveis grandes, como também para os pequenos, como uma kitnet em São Paulo – o tamanho não importa: aprenda como você pode economizar tempo e garantir que os dados de seus clientes estejam atualizados e recebimentos em dia. Acompanhe nossas dicas de contabilidade imobiliária neste post!


Entendendo os problemas

 O setor imobiliário constitui uma parte importante da economia nacional e global. Os regulamentos contábeis são projetados para aproveitar ao máximo a contribuição imobiliária para o Imposto de Renda, além de encorajar a criação e distribuição de riqueza por meio de investimentos. As leis em vigor nem sempre alcançam esses objetivos - mas são as regras que você deve seguir.

Em particular, possuímos regras rígidas sobre: transferência de propriedade e identificação, lavagem de dinheiro, avaliação de imóveis comerciais e residenciais, compensação de despesas para impostos sobre terras, propriedade e herança, gestão e contabilidade de fundos de clientes.

Com todas essas diretrizes, é sensato procurar ajuda se você for novo na contabilidade imobiliária. Por isso, antes mesmo de iniciar seu novo negócio no ramo imobiliário, converse com um contador.


Importância de ter um bom contador

Se possível, tente encontrar uma empresa de contabilidade especializada em contabilidade imobiliária e para gerenciar seu aluguel em São Paulo, ou qualquer outra cidade do país. Lembre-se de que existem muitas regras e ter em conta e um contador irá ajudá-lo a segui-las.

Ele também será capaz de estruturar sua empresa da maneira mais eficiente em termos de impostos, fornecer orientações sobre como evitar despesas desnecessárias, usar um software de contabilidade online para compartilhar atualizações, relatórios e previsões com você.

Resumindo, o contador certo economizará mais dinheiro do que custou. Portanto, contrate um contador antes de começar a negociar seu imóvel para compra ou venda! 


Estime o valor do seu imóvel

Em outros tipos de negócios, um estoque “parado” tem um valor claro e específico. Mas, no mercado imobiliário, as transações são menos frequentes. Uma casa ou prédio de escritórios pode permanecer nas mesmas mãos por anos ou mesmo décadas, então pode ser difícil descobrir qual é o seu valor atualizado. Afinal de contas, a maioria das avaliações imobiliárias é baseada em estimativas. Até que uma transação ocorra, o valor real é desconhecido.

Portanto, as estimativas de valor fazem parte da venda ou administração de imóveis para clientes. Geralmente, baseiam-se nas vendas recentes de imóveis semelhantes na mesma área. A avaliação precisa dos ativos é essencial para fins contábeis. Impostos e outras cobranças geralmente são baseados no valor dele. Se você avaliar incorretamente os imóveis que administra ou vende, pode ser que acabe tendo que pagar imposto indevido.

Portanto, siga os regulamentos de avaliação com cuidado e mantenha registros precisos em seu software de contabilidade. Sempre com anuência e acompanhamento de seu contador de confiança!


Você precisa pagar comissão para a sua equipe de vendas?

Se você é pessoa jurídica, ter um contador é imprescindível. As imobiliárias costumam contratar funcionários com base na comissão ou em uma porcentagem da receita de aluguel que administram. Alguns usam uma combinação de salário fixo mais comissão.

Para esse tipo de acordo em particular, faz sentido oferecer uma boa comissão aos vendedores pelas vendas concluídas. Este é um grande incentivo para eles trabalharem duro. No entanto, as comissões podem dificultar a folha de pagamento, uma vez que os pagamentos de sua equipe irão flutuar. Você pode tornar isso mais simples usando um software de contabilidade com recursos integrados de folha de pagamento.

As transações concluídas podem ser atribuídas a determinados membros da equipe, com a comissão calculada automaticamente. Lembre-se de que as comissões estão sujeitas ao imposto de renda. É importante manter o controle dos números para reter a quantia certa de imposto.


Trabalhe de qualquer lugar com software baseado em nuvem

Se sua equipe trabalha remotamente ou conclui tarefas enquanto está trabalhando, considere o uso de software de gerenciamento de propriedade online para seu negócio imobiliário.

Isso significa que seus funcionários podem trabalhar de qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer dispositivo - o que é uma vantagem real no setor imobiliário.

Certifique-se de que sua empresa usa aplicativos de software que se integram ao software de gerenciamento de quaisquer tipos de propriedades. Quando seu software estiver otimizado e sincronizado, você será mais eficiente e poderá oferecer um serviço superior aos seus clientes.


Mantenha seus dados seguros e acessíveis em caso de auditoria

Os negócios imobiliários às vezes são alvo de auditoria por inspetores fiscais do Governo Federal. Este pode ser um momento estressante para sua empresa - e bastante caro se seus números não estiverem em ordem! Funcionários do governo examinarão suas contas em detalhes. Eles estarão procurando anomalias e fazendo perguntas. Você pode ser auditado a qualquer momento pela repartição de finanças, por isso é vital que você mantenha seus registros seguros e acessíveis.

Um bom software de contabilidade o ajudará a fazer isso, com uma trilha de auditoria de cada transação. Isso simplifica o processo de auditoria e você pode chamar imediatamente qualquer registro para inspeção. Também faz sentido conversar com seu contador sobre seguro de auditoria. Isso pode custar um pouco mais, mas significa que você não terá que pagar uma quantia muito maior ao seu contador se for auditado.

Lembre-se: os relatórios financeiros são uma grande parte da contabilidade imobiliária. Se você administra participações de clientes ou propriedades de associações habitacionais, há muito a levar em consideração. O mesmo é verdade se você dirige uma empresa de construção civil. Afinal de contas, é vital ser minucioso ao contabilizar suas despesas operacionais e entradas.

 

 



Fábio Barretta - diretor executivo desde 2018 da COAN- consultoria contábil. É bacharel em ciências contábeis desde 2005 pela PUC/SP.  Também possui especialização em planejamento tributário pela FECAP/SP em 2010. Atua na área contábil desde 1997, onde ingressou na COAN CONTABIL passando pelas áreas contábil, fiscal e legal, acumulando vasta experiência em assessoria contábil. Fábio é sócio diretor desde 2010, período em que marcou o ingresso da COAN CONTABIL nos programas de qualidade e certificação ISO9001. Para saber mais, visite o site https://coancontabil.com.br/, mande e-mail para fabio@coancontabil.com.br ou acesse o perfill no instagram @coan_contabil e pelo facebook CoanContabilidade.

 

Entenda a importação de produtos controlados pela Anvisa

A importação de produtos controlados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é delicada e repleta de processos. Por isso, merece muita atenção e cuidado por parte do importador.

No dia 6 de julho deste ano, a Anvisa promoveu um webinar com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a nova legislação de comércio internacional de produtos controlados, com base na RDC 367/2020.

Mas, antes de tudo: quais são os produtos controlados pela Anvisa? E como está funcionando a nova legislação? Explicamos tudo neste artigo


Categorias dos produtos controlados pela Anvisa

Os produtos que são controlados pela Anvisa são aqueles regidos pela portaria 344/1998. Nessa portaria, há uma lista com uma relação subdividida em categorias por grau de periculosidade.

Entretanto, a lista de produtos controlados pela agência reguladora é bem mais extensa e é definida de acordo com o NCM da mercadoria. Um dos critérios adotados é analisar tudo aquilo que pode ter contato com seres humanos — seja direta ou indiretamente — e que possa oferecer algum tipo de risco.


Em relação à conferência desses produtos, o fluxo é:

O importador faz a solicitação de liberação da licença de importação;

A Anvisa entra analisando toda a documentação atrelada ao embarque;

Se por algum motivo encontrarem algo “suspeito”, pedem a inspeção física da mercadoria no porto/aeroporto.

Produtos novos ou de novos fornecedores também tendem a ter uma chance maior de serem selecionados para inspeção física, mas, geralmente, a conferência é on-line, por meio de dossiê eletrônico.

Todo material importado, seja ele conferido ou não pela Anvisa, precisa ter certos cuidados ao ser transportado — seja com a embalagem, temperatura, rota de transporte, etc.

Em relação aos produtos controlados pela Anvisa, o cuidado deve ser dobrado. Aqueles englobados pela portaria 344, além de precisarem estar identificados como perigosos e viajarem com a documentação completa, quando chegam ao Brasil, ficam no que chamamos de área segregada — que é um local dedicado apenas para eles.

No transporte nacional, também são transportados separadamente e devidamente identificados. Quando chegam ao importador, ficam em área separada no armazém.

Comércio internacional de produtos controlados: nova legislação

Depois da mudança nas regras para essa categoria, o operador de comércio exterior deve ficar atento aos documentos que são necessários para enviar nas solicitações de AIP (Autorização de Importação para fins de ensino, pesquisa ou desenvolvimento) e AIE (Autorização de Importação Específica).

Além da justificativa técnica, agora é também obrigatório o envio dos seguintes documentos por meio do Sistema NDS:

Importação de amostras para fins de análise laboratorial: justificativa técnica detalhada sobre a finalidade de uso, assinada pelo responsável técnico;

Fabricação de lotes-piloto não destinados à comercialização: justificativa técnica detalhada e declaração do importador, assinada pelo responsável técnico, informando que os lotes-piloto a serem produzidos não serão comercializados.

No webinar promovido em julho, os especialistas da Anvisa ainda esclareceram pontos sobre o cálculo de cotas no caso de importações iniciais.

Nesses casos, a empresa deve encaminhar os dados de movimentação das substâncias sempre que houver.

Já em casos de novos produtos — quando a empresa não tiver nenhum dado de movimentação — vai ser necessário informar a estimativa de consumo.

Ainda sobre o cálculo na solicitação de cota inicial ou renovação, o item 2.1 do Anexo II da RDC 367/2020 indica que, para o cálculo da Cota de Importação Inicial ou Renovação de Cota de Importação, será utilizada a média do consumo mensal dos doze meses anteriores ao mês de solicitação.

Sobre a transferência de titularidade de um produto de uma empresa para outra, a Anvisa esclareceu que a cota aprovada pela agência pode ser transferida da empresa A para a B.

A empresa B deverá solicitar uma cota inicial e informar da justificativa — que se trata de transferência de saldo de cota de A para B — apresentando a publicação da alteração de titularidade do produto.

Independente de qual seja seu ramo de atividade, uma empresa que atua na Importação precisa ter um entendimento completo sobre o mercado e processos.

Ainda mais em casos de produtos mais delicados, como os controlados pela Anvisa, estar completamente alinhado com a legislação e com as práticas de outras empresas é imprescindível.

Mas esse alinhamento demanda a atenção para diversos tipos de dados e informações. Como integrar esse mundo de pesquisa em apenas um lugar? Foi pensando principalmente em responder essa pergunta que a LogComex surgiu.

Nossas soluções permitem consultas completas sobre as atividades de Importação. É possível realizar pesquisas com filtros por:

NCM;

Incoterm;

Países de aquisição ou de origem;

Prováveis importadores ou exportadores;

Descrição do produto;

Porto ou aeroporto de origem;

Porto ou aeroporto de destino.

E muito mais tópicos. Tudo isso com a disponibilização dos dados em dashboards interativos, que facilitam a interpretação e o estudo das informações.

 



Helmuth Hofstatter - Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.

 

LogComex

http://www.logcomex.com/

 

Geografia: cinco assuntos mais abordados no Enem nos últimos 10 anos

Há menos de dois meses das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fase final de preparação pode se tornar uma missão complicada. Embora o edital do exame disponibilize a Matriz de Referência, na qual constam os conteúdos do Ensino Médio que podem ser abordados nas provas, a lista de 24 páginas contemplando as quatro áreas do conhecimento, pode deixar qualquer um perdido, sem saber o que priorizar daqui em diante.

"Tem mais chances de se sair bem na prova aquele que estudou com dedicação ao longo de todo o Ensino Médio, a fim de garantir uma boa base de conhecimentos. Mas sabemos que a preparação na reta final exige que o estudante priorize alguns conteúdos que notoriamente caem com mais frequência e também que o estudante possa apresentar mais dificuldade", orienta o coordenador da Assessoria de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Wilson Galvão. 

Para ajudar quem está se preparando nessa reta final, o departamento de inteligência  do Sistema Positivo de Ensino mapeou os assuntos que mais caíram nas provas do Enem nos últimos dez anos. 

 

Geografia

De acordo com o levantamento, os cinco assuntos que mais caíram nas últimas dez edições do Enem em geografia foram: Geografia Agrária (19%), Meio Ambiente (17%), Questões econômicas e globalização (13%), Geografia Urbana (10%) e Geografia Física (10%). Segundo Galvão, os itens da unidade curricular de Geografia que o Enem privilegia analisam a compreensão do estudante acerca do espaço geográfico brasileiro. "Em geografia agrária, por exemplo, são comuns questões que abordam o processo de ocupação do território pelas atividades agrícolas, considerando as áreas de expansão, conflitos agrários, além dos problemas ambientais e sociais no espaço rural brasileiro", explica.

Por sua vez, entre as questões que abordam geografia urbana, Galvão explica que são comuns temas como hierarquia e rede urbana brasileira, adensamento urbano na relação com processos migratórios e a atividade industrial. "Nesse contexto, também são comuns itens que abordam problemas sociais e ambientais, analisando temas como a organização do espaço urbano, gentrificação, moradia e mobilidade, entre outros", descreve o coordenador. 

"Além do destaque para os temas citados, é importante lembrar ao estudante sobre a importância da leitura e interpretação da linguagem cartográfica, dos gráficos e tabelas, assim como das paisagens. Aprofundar o entendimento dessas linguagens são fundamentais para um bom desempenho em relação aos itens de geografia, mas também a outras áreas do conhecimento", finaliza.

 

Quinze pesquisas aplicadas buscam soluções para redução da desigualdade racial na Educação Básica

 Com investimento de R$ 3 milhões, projetos irão se dedicar a temas como educação quilombola, processos de formação docente e lideranças territoriais e práticas pedagógicas para o ensino de relações étnico-raciais

 

Quinze pesquisas aplicadas junto a escolas e/ou organizações da sociedade civil irão buscar  soluções para a redução das desigualdades étnico-raciais na Educação Básica brasileira. Os projetos foram selecionados por meio do Edital Equidade Racial na Educação Básica e receberão aporte financeiro total de R$ 3 milhões para o desenvolvimento. O processo selecionou ainda nove artigos científicos sobre o tema.

São quatro projetos voltados para Educação Infantil, quatro para Ensino Fundamental I (anos iniciais), quatro para Ensino Fundamental II (anos finais) e três para Ensino Médio. Educação quilombola, processos de formação docente e lideranças territoriais, práticas pedagógicas para o ensino de relações étnico-raciais são alguns dos temas que serão desenvolvidos. Cada pesquisa receberá um aporte financeiro de R$ 150 mil cada, além de uma bolsa no valor de R$ 3 mil por mês para o(a) pesquisador(a) coordenador(a) durante o período da pesquisa (18 meses). 

 

 

Na categoria Artigo Científico são nove selecionados(as), três em cada modalidade: doutorado, mestrado e graduação. O(A) primeiro(a) e segundo(a) colocados(as) receberão reconhecimento financeiro (de R$ 3 mil a R$ 8 mil) e o(a) terceiro(a) colocado(a), menção honrosa. Práticas pedagógicas antirracistas, feminismo negro, representatividade na literatura infantil e reprodução de racismo nas escolas estão entre os temas dos artigos vencedores.

 


 

Edital

O edital recebeu 863 inscrições de todo o país. Após a divulgação dos(as) selecionados(as), ocontecem a primeira oficina de trabalho, a apresentação dos projetos e artigos selecionados e a assinatura do termo de outorga. As pesquisas deverão ser desenvolvidas em 18 meses. A iniciativa do Itaú Social contou com a realização do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) e parceria do Instituto Unibanco, da Fundação Tide Setubal e do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). 

Para garantir a transparência em todo o processo seletivo, as cinco instituições realizadoras e parceiras formaram uma estrutura de governança, com o apoio de um conselho consultivo constituído por especialistas da temática racial, educação básica, assim como fomento e organização de editais de pesquisa. 

Confira as(os) selecionadas(os):

 

Projetos Científicos 

Educação infantil

“As contribuições da Pedagogia de Projetos para o ensino da questão étnico-racial”, Fabiana de Oliveira

“Construindo uma escola antirracista: ingresso e permanência de cotistas na educação básica”, Neli Edite dos Santos

“Por uma infância escrevivente: práticas de uma educação antirracista”, Fátima Santana

“Nô bá brinca, vamos brincar, ahi tlangui? Catálogo de jogos e brincadeiras africanas e afro-brasileiras”, Míghian Danae

 

Ensino Fundamental I

“Quilombos e educação: políticas públicas e práticas pedagógicas”, Givania Maria da Silva

“Poronga da Equidade: saberes tradicionais e diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola em práticas escolares de Jambuaçu/PA”, Ana D'Arc Martins De Azevedo 

“Zumbi-Dandara dos Palmares: desafios estruturais e pedagógicos da educação escolar quilombola para a promoção da equidade racial no Brasil do século XXI”, Alan Alves Brito 

 “LitERÊtura: formação em literatura infantil e juvenil com temática da cultura africana e afro-brasileira”, Débora Cristina de Araujo

 

Ensino Fundamental II

“Ancestralidade Griot - Ah! Eu vim da Ilha de Maré Quilombola, mano!”, Nádia Maria Cardoso da Silva (BA)

“O currículo e os processos de formação docente no campo das relações étnico-raciais na educação básica numa perspectiva inter e transdisciplinar”, Cicera Nunes

“Epistemologias Antirracistas e Projeto Político Pedagógico: Uma pesquisa aplicada no âmbito da secretaria de educação de Contagem/MG”, Erisvaldo Pereira dos Santos

“Etnomatemática, Modelagem Matemática e Formação de Professores: possibilidades de implementação da 10639/2003 no ensino de Matemática”, Cristiane Coppe de Oliveira

 

Ensino Médio

“Ressignificando as Relações Étnico-raciais e de Gênero: pensando os conteúdos, conhecimentos, saberes e práticas escolares a partir das africanidades”, Vanderleia Reis de Assis

“AFROIF - Currículo, pensamento decolonial e formação docente”, Caroline Felipe Jango da Silva

“O quilombo na escola: práticas pedagógicas, identidade étnica e ancestralidade”, Gerson Alves de Oliveira

 

Artigos científicos 

Doutorado

“Literatura negra feminista: uma proposta de enfrentamento ao sexismo e ao racismo epistemológico”, Viviane Marinho Luiz 

“O Potencial de Práticas Decoloniais na formação docente”, Priscila Elisabete da Silva 

“O Ensino Médio na Amazônia “Negra”: indicadores e perspectivas de alunos negros  sobre o mercado de trabalho no Amapá”, João Paulo da Conceição Alves

 

Mestrado  

“Eu sô peta, tenho cacho, sô linda, ó”: o que dizem as crianças sobre a literatura infantil de temática da cultura africana e afro-brasileira”,  Sara da Silva Pereira 

“A Potencialidade da Literatura como Prática Pedagógica Antirracista: um estudo de caso”, Vinícius Oliveira Pereira

“Práticas culturais e ensino de História em uma escola quilombola no município de Horizonte-Ceará”, Geimison Falcão

 

Graduação

“O Quilombismo na Literatura Africana e Afro-Brasileira: Uma perspectiva identitária na educação escolar”, Nayane Larissa Vieira Pinheiro

“Olhar Opositor e um futuro negro na educação: possibilidades para uma prática antirracista a partir de novos regimes de visualidade”,  Louise Marinho Costa de Assis

“A reprodução do racismo no contexto escolar: um relato de experiência”, Nairana da Silva Lima do Rozario 

 

WhatsApp dá dicas de vendas e segurança para a Black Friday

O WhatsApp tem conquistado cada vez mais a confiança dos usuários por fornecer uma plataforma segura, intuitiva e com grande potencial para aproximar pessoas e facilitar compras, especialmente entre os 5 milhões de brasileiros que já aderiram ao WhatsApp Business para fazer negócios com suas pequenas e médias empresas (PMEs). 


Muitos comércios já utilizavam o WhatsApp para se comunicar com seus clientes e, durante a pandemia, o aplicativo tem se mostrado cada vez mais importante tanto para os grandes, quanto para os pequenos e médios negócios. Uma recente pesquisa da Accenture revela como o WhatsApp está se transformando em um parceiro relevante para o e-commerce no país: 83% dos entrevistados utilizaram o aplicativo para comprar, sendo que 64% comprou de pequenas empresas e comércios de bairro. Um levantamento recente da Edgar, Dunn & Company indica que 88% das micro e pequenas empresas no Brasil já usam o WhatsApp para seus negócios.

Hoje, no mundo, mais de 175 milhões de pessoas trocam mensagens com uma conta do WhatsApp Business diariamente, e mais de 40 milhões de pessoas acessam um catálogo de negócios todos os meses, sendo mais de 13 milhões só no Brasil.

Como facilitar as vendas pelo WhatsApp

A pandemia global reforçou que as empresas precisam de meios rápidos, seguros e eficientes para atender aos clientes e fechar vendas. Para ajudar as PMEs a venderem mais, o WhatsApp Business conta com uma série de recursos:

Perfis empresariais: Possibilita que as empresas tenham uma presença formal e mais profissional no WhatsApp, além de ajudar os clientes com informações úteis, como descrição da companhia, email, horário de funcionamento, endereço e site.

Catálogo: Padronizado e intuitivo, o recurso facilita o acesso à informações como imagens dos produtos, quantidade disponível em estoque, descrição e preço. Para que as pessoas possam descobrir produtos e serviços com ainda mais facilidade, as empresas podem compartilhar os links do catálogo e de itens individuais com amigos e familiares por meio do WhatsApp, Facebook, Instagram e outras plataformas.

Botão de compras:
o recurso mais recente da plataforma ajuda as pessoas a encontrarem o catálogo de uma empresa, visualizar seus produtos e iniciar uma conversa sobre qualquer item à venda com apenas um toque.

Ferramentas de mensagens: economiza tempo para os comerciantes com
• respostas rápidas para perguntas frequentes
• mensagens de saudação que apresentam os clientes ao negócio
• mensagens de ausência que informam que você está indisponível

Mensagens e figurinhas animadas: As figurinhas são uma das maneiras favoritas pelas quais os usuários se comunicam e bilhões delas são enviadas no WhatsApp diariamente. O WhatsApp Business possui um pacote de figurinhas animadas exclusivo que torna a comunicação de cada loja mais personalizada.

Organização: Os lojistas contam com uma série de etiquetas e filtros para identificar e localizar conversas anteriores, clientes VIPs, mensagens não lidas, grupos específicos e listas de transmissão.

QR code: Cada conta pode criar um código QR exclusivo que encaminha o cliente para o chat com a marca, ao invés de ter que realizar o processo manual de adicionar o número da loja, procurar o contato e iniciar uma conversa.

Como evitar golpes no WhatsApp

Por se tratar de uma data tão importante para compras, a Black Friday também pode ser utilizada por pessoas mal-intencionadas para aplicar diferentes tipos de golpes nos consumidores. É importante que os usuários estejam atentos aos
mecanismos oferecidos pelo WhatsApp para se proteger de golpes na plataforma.

• Para prevenir o roubo de contas, o WhatsApp recomenda que os usuários ativem a
confirmação em duas etapas, que funciona como uma camada extra de segurança para as contas. Esse recurso exige o cadastro de um PIN de seis dígitos, que é solicitado periodicamente para o usuário e é necessário para confirmar seu número no WhatsApp.

• Nunca compartilhe senhas com terceiros e suspeite de contatos que te pedem para fornecer dados bancários, códigos de segurança ou acesso, ou que solicitam transferências bancárias. No caso de uma pessoa conhecida, é recomendável entrar em contato por telefone para confirmar a solicitação.

• Sempre que uma conta de WhatsApp é ativada em um novo aparelho, o sistema envia um código por SMS para verificar o número. É muito importante que o usuário nunca compartilhe esse código de confirmação com outras pessoas, nem mesmo amigos ou familiares.

• Suspeite de pessoas que sugerem transferir a conversa para um local fora das plataformas, como através de um e-mail diferente.

• Grandes empresas que utilizam a API do WhatsApp Business possuem contas comerciais verificadas, identificadas por um selo verde ao lado do nome. Caso receba um contato em nome de uma empresa reconhecida, sem o selo de identificação, redobre a atenção. 



O que fazer caso tenha sua conta roubada/clonada:

Solicite a verificação da conta via SMS. Reinstale o WhatsApp, entre com seu número de telefone e confirme o código de seis dígitos que você receber via SMS. Dessa forma, qualquer indivíduo que estiver usando sua conta será desconectado automaticamente.

Notifique amigos e família. Muitos golpistas usam sua lista de contatos para solicitar informações sigilosas e pedir depósitos em dinheiro. Se a sua conta for violada, entre em contato com pessoas próximas para que ninguém possa se passar por você.

Entre em contato com a equipe de atendimento do WhatsApp. Mande um e-mail para
support@whatsapp.com. O e-mail pode ser enviado em português, com assunto como "Conta clonada/roubada" e deve conter o número em formato internacional (+55 DDD ...). Descreva o ocorrido com o máximo de detalhes possível no corpo do e-mail.

• Amplie sua camada de segurança ativando a confirmação em duas etapas. A confirmação em duas etapas é um recurso opcional que, ao ser ativado, exige um PIN de seis dígitos de verificação se houver uma tentativa de entrada no seu número de WhatsApp. Esse código, assim como o SMS do WhatsApp, não deve ser compartilhado com ninguém, nem com amigos e familiares. Saiba mais em:
https://faq.whatsapp.com/general/account-and-profile/stolen-accounts?category=5245246&lang=pt_pt

Denuncie uma conta suspeita. Sempre que uma conversa com um número desconhecido é iniciada, o usuário tem a opção de denunciar e/ou bloquear este contato diretamente no chat. É possível denunciar um contato ou grupo pelos dados do perfil. Para isso:
1. Abra a conversa.
2. Toque no nome do contato ou grupo para abrir os dados do perfil.
3. Deslize até o final da página e selecione Denunciar contato ou Denunciar grupo.

Em caso de tentativa de roubo de conta, o WhatsApp também ressalta que a criptografia de ponta a ponta do aplicativo não é comprometida. Ou seja, o golpista não tem acesso a conversas anteriores que estão armazenadas no seu telefone.

Além de oferecer recursos de proteção à segurança e de recuperação de contas, o WhatsApp coopera com as autoridades, fornecendo dados disponíveis em conformidade com a lei brasileira.

https://faq.whatsapp.com/21197244

 

Gratificação Natalina e Férias - Efeitos da Lei 14.020/20

A Medida Provisória 936/2020, convertida na Lei 14.020/2020, instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, permitindo a preservação do emprego de muitos trabalhadores brasileiros durante a pandemia do Covid-19, ao passo que também possibilitou aos empregadores a contenção de gastos neste período de crise econômica.

Para tanto, a norma autorizou expressamente a redução proporcional da jornada e de salário, bem como a suspensão temporária dos contratos de trabalho, mediante acordo individual ou coletivo, fixando prazos máximos para cada medida, os quais foram, inclusive, objeto de prorrogação pelo Governo Federal. Do último decreto assinado pelo Presidente da República, houve a prorrogação das medidas em 60 dias, sendo válida, portanto, até 31 de dezembro de 2020.

Contudo, diante das particularidades do Programa, muitas dúvidas surgiram quanto aos efeitos da redução da jornada e da suspensão dos contratos no cômputo de 13º salário e férias, vez que não houve regulamentação expressa nas novas disposições legais quanto ao tema.

Diante dos questionamentos da sociedade, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho emitiu ontem (dia 17), a Nota Técnica nº 51.520/2020, a fim de solucionar a insegurança jurídica vivenciada pelos empregados e pelos empregadores, definindo os seguintes parâmetros:

- Suspensão do contrato de trabalho: Os meses de suspensão do contrato de trabalho não serão computados para fins de cálculo do período aquisitivo de férias e de 13º salário. Excetua-se, contudo, o mês em que a suspensão do contrato for inferior a 15 dias, hipótese esta em que referido mês entrará no cômputo do 13º salário; e

- Redução de jornada e de salário: Os meses de redução de jornada e de salário serão computados para fins de cálculo do período aquisitivo de férias e de 13º salário, devendo ser considerado como base de cálculo o salário integral e não o valor reduzido pelo acordo.

Vale dizer, ainda, que, além dos parâmetros definidos pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o órgão também observou que, em relação aos acordos de suspensão contratual, não há óbice para que as partes negociem, via instrumento coletivo ou individual, ou até mesmo por mera liberalidade do empregador, o cômputo dos meses de suspensão para fins de cálculo do período aquisitivo de férias ou da concessão do pagamento do 13º salário, haja vista que se trata de situação mais vantajosa ao empregado.

Por esta razão, visando mitigar riscos, a recomendação é para que as empresas observem os parâmetros definidos pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho através da Nota Técnica nº 51.520/2020, vez que, embora não possua força de lei, podendo serem adotados posicionamentos jurisprudenciais contrários, os parâmetros utilizados pelo órgão se atêm à proteção do trabalhador, bem como ao princípio da norma mais benéfica.

 

Michelle Rosa - sócia responsável pela área trabalhista do Zucca & Rosa Advogados, formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 2012. Atualmente, é pós-graduanda em Direito do Trabalho na Fundação Getúlio Vargas (FGV), e em Direito Agrário no Instituto de Direito Constitucional e Cidadania (IDCC), além de cursar MBA em Data Science and Analytics na Universidade de São Paulo (USP) e “Justice”, na HarvardX (entidade ligada à Harvard University, nos Estados Unidos). Além de ser especialista em Direito do Trabalho, Michelle tem desenvolvido expertise em Legal Design, aprimorando-se na utilização de ferramentas como infográficos e Power BI.

 

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Especialista dá dicas para se livrar das dívidas e economizar

A crise econômica fez disparar o índice de endividamento e de inadimplência entre as famílias brasileiras. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingimos o maior patamar nos últimos 10 anos. Hoje, cerca de 67% das famílias estão endividadas e 26% estão inadimplentes. A situação é tão drástica que cerca de 4,6 milhões de brasileiros devem a instituições financeiras mais do que podem pagar. Ou seja, estão inadimplentes, têm comprometimento de renda e empréstimos em várias modalidades. Sair do vermelho é o desafio para a maioria dos brasileiros, já que o planejamento financeiro vai muito além de planilhas de entrada e saída.

O especialista em planejamento financeiro e gestão de risco, Yuri Utida, diz que equalizar as finanças não é tarefa muito simples porque as pessoas já sabem que precisam gastar menos do que ganham, poupar nos supérfluos, guardar e, se possível, investir alguma coisa com regularidade. Sabem, também, que é preciso ter clareza do valor total de suas dívidas, renegociá-las, trocar uma divida por outra de juros menores. O problema é que a maioria dos planos não resiste ao campo de batalha, a realidade. “Isso acontece por duas razões: imprevistos como desemprego, doenças, acidentes, crises como o coronavírus, crises políticas e econômicas. Esses imprevistos fazem com que as pessoas queimem reservas ou se endividem cada vez mais”, explica.

O segundo obstáculo são os vícios, necessidades comportamentais, emocionais. “Mesmo endividadas, muitas pessoas não conseguem abrir mão de algumas coisas. São ‘luxos’ conquistados ao longo dos anos que não queremos abrir mão pois ‘merecemos’. Não estamos falando de coisas caras, mas da pizza no final de semana, o combo de TV a cabo e inúmeros itens supérfluos que se tornam sacrifícios muito grandes para abrirmos mão. Isso significaria perder a dignidade conquistada”, comenta.

Cerca de 67% das famílias estão endividadas
e 26% estão inadimplentes


Segundo Utida, um planejamento financeiro efetivo considera os princípios de vida da pessoa. “É preciso avaliar todo o cenário, descobrir o que a pessoa não abre mão, quais sacrifícios está disposta a fazer e por quanto tempo. Só assim o planejamento se torna sustentável e conduz as pessoas a saírem das dívidas”, avalia.

Utida conta que a maioria das pessoas sabe o que precisa ser feito, só não sabe como fazer. Muitos iniciam um controle rígido, se empolgam porque o nosso cérebro é inundado de neurotransmissores nesse início, com dopamina e serotonina. “Essa inundação hormonal, a mesma que ocorre quando nos sentimos apaixonados, é desgastante para o nosso organismo, por isso ela tende a diminuir depois de algum tempo, que varia de um organismo para o outro. A pessoa volta à normalidade, perde a empolgação e desiste. Por isso muita gente não segue um plano rígido de controle financeiro ou atividade física. Sem consciência disso, as pessoas ficam presas nesse ciclo”, orienta.

A solução, reforça Utida, é encontrar o equilíbrio entre a meta desejada e a sustentabilidade disso. “Claro que não dá pra usar isso como desculpa para seguir se endividando. O ideal é contar com ajuda profissional para encontrar seus pontos cegos. Mesmo que isso exija algum investimento, é algo que tende a se pagar e se manter numa progressão positiva”, avalia.

O especialista destaca que a falta de educação é um problema que impede que as famílias com menor renda consigam fazer esse controle. Com uma renda per capita média de R$1.439, guardar 20% representa uma economia de R$ 288 por mês, valor que pode não resolver muita coisa e, ao mesmo tempo, representar um sacrifício inviável. “Uma solução a ser pensada é o aprimoramento desse individuo. Pessoas com curso superior, ganham três vezes mais que aquelas com ensino fundamental. Por questões sociais e falta de tempo, muito brasileiros não têm como acessar esse nível de educação, mas se utilizarem esse raciocínio, podem buscar educação e autodesenvolvimento em outras formas que agreguem valor às suas carreiras e habilidades. Com isso, podem buscar uma segunda renda e ganhar mais, ao invés de cortar o pouco que tem”, finaliza.


Individualidade do consumidor rege o varejo do futuro

 

Se a inovação costumava ser algo que diferenciava um negócio dos demais, hoje passou a ser uma obrigatoriedade para não estar fadado à falência. Walter Longo proferiu uma palestra sobre o assunto na Mercosuper Digital, neste dia 19 de novembro. Toda a programação do evento foi gravada e está disponível para visualização no Auditório Secundário do portal virtual mercosuper.digital.


Muitas pessoas acreditam que a Idade Média acabou em 1453, com a invasão de Constantinopla, mas, segundo o especialista em inovação e transformação digital, o período está acabando apenas agora, pois, até hoje, tudo foi criado baseado “na média”. Ele exemplifica com a educação, que era medida pela média, mas que agora passa a ser pela capacidade individual de cada aluno.


Longo afirma que a sociedade passa a entrar, agora, na Era da Idade Mídia, em que cada pessoa pode escrever e expor a própria opinião. “Cada um de nós virou uma mídia e passou a influenciar a sociedade. Temos uma nova sociedade mimada, pois antes fazíamos pelas médias e, agora, cada um é ciente e consciente do seu poder”, explica.


No caso dos supermercados, isso também é muito evidente, pois os consumidores passaram a fazer exigências de acordo com a sua individualidade. “Não faz sentido eu ser cliente fiel a um supermercado e ser tratado como alguém que comprou alguma coisa em algum dia qualquer”.


Por meio do Big Data e das ferramentas de inteligência artificial, o especialista diz que é possível conhecer o cliente individualmente e que, com uma gestão de todo este conteúdo, as empresas devem se concentrar em oferecer uma experiência única e exclusiva para cada um, pois existem diversos tipos de consumidores nesta nova Era. “Daqui para frente não são as pessoas que se adaptam às empresas, mas o contrário. Daqui para frente você tem que entender de indivíduos. O grande mantra na relação com seus clientes é que eles esperam mais simplicidade dos produtos e serviços, flexibilidade dos processos e mais individualidade na relação ou na comunicação”, destaca.


E esta relação mais personalizada não é e nem deve ser uma exclusividade das grandes redes ou das empresas com grande capital de investimento. Longo explica que a inovação é muito mais uma questão de ótica do que de fibra ótica, é mais a forma de se relacionar com as pessoas do que de investimentos em tecnologia. O especialista conta que com uma pequena mensalidade é possível adquirir um serviço de Big Data, além de diversas ferramentas que permitem ao pequeno empresário ter a mesma competência tecnológica que uma grande rede.


“Daqui para frente o mundo vai querer o equilíbrio entre o High Tech e o High Touch. Esta facilidade e simplicidade, seja no tratamento pessoal e no tecnológico, é o que vai prevalecer. Os supermercados precisam entender que as empresas também morrem por fazerem as coisas certas por um período longo demais. Precisamos criar este desconforto saudável para todos e, cada vez mais, teremos que aceitar a mudança como único estado permanente”, sugere o especialista.


Para incorporar esta tendência nas empresas, Longo afirma que o primeiro passo é ter a consciência desta mudança e deste problema, já o segundo passo é se jogar de maneira entusiasmada no assunto. O terceiro passo é contratar empresas que coletem dados das pessoas e o quarto é começar a atuar em comunicações e em ofertas individualizadas. 



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