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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Especialista dá 7 dicas de inteligência emocional para candidatos nas eleições de 2020


Autor da livro “A Fórmula do Voto”, Osmar Bria afirma que postulantes a cargos eletivos precisam ser proativos, ter foco, aprender a ouvir e aponta outras habilidades socioemocionais essenciais para ter êxito no processo


As eleições municipais de 2020 prometem movimentar ainda mais o cenário político brasileiro. Mesmo que a votação só aconteça no segundo semestre do ano, a preparação dos partidos e candidatos já começaram. Pensando nisso, o analista comportamental, master political coach e autor do livro “A Fórmula do Voto”, Osmar Bria, selecionou sete dicas de inteligência emocional que podem ajudar na hora de conquistar o voto do eleitor.

Confira os 7 hábitos do líder político eficaz, segundo Osmar Bria:

1 - Seja proativo
É necessário agir ao invés de apenas reagir ao ambiente ao seu redor. Um líder eficaz sabe a hora certa de entrar em ação e liderar as ações, sabendo dividir o que é importante e o que é urgente em todo o processo de uma campanha.

2 - Tenha foco
Sempre tenha o seu objetivo em mente. No caso das eleições, o principal objetivo é o voto. Então, foque em como suas ações podem conquistar esses votos. Em um café com amigos, por exemplo, você pode pensar na melhor forma de otimizar o relacionamento com eles e motivá-los a compartilharem seus ideais.

3 - Estabeleça prioridades
Perceba onde você está investido o seu tempo. Nosso cérebro sempre procura, de forma inconsciente, ações mais fáceis. Afinal, esse tipo de iniciativa gasta menos energia. Mas ações simples geram menos resultados. Comece pelo mais difícil! 

4- Desenvolva uma relação “ganha-ganha”
Esta é a principal habilidade a ser desenvolvida. Como diz o nome, este tipo de relação é caracterizada pelo fato de as duas partes serem beneficiadas por uma mesma ação. Ou seja, é necessário mostrar para o apoiador qual o benefício concreto de apoiar sua candidatura. A pergunta “o que vou ganhar com isso?” provavelmente será muito ouvida por você durante a campanha. Então, é necessário ter a resposta na ponta da língua. Descubra quais são os  interesses dos apoiadores e desenvolva uma estratégia que possa atendê-los.

5 - Mais do que falar, aprenda a escutar
Este hábito também complementa a quarta dica. É necessário escutar os eleitores para saber os seus anseios. Muitos políticos acham que têm a solução para todos os problemas do mundo. Mas, como resolver um problema que você nem sabe que existe ou está fora da sua vivência? O diálogo é a chave. Saiba escutar!

6- Gerencie e engaje os seus relacionamentos
É preciso deixar os relacionamentos aquecidos na medida certa. Ou seja, é fundamental que o político mantenha e administre seus contatos de forma que eles não sejam esquecidos. É preciso manter criar um ecossistema fiel de conquistadores de votos e mantê-lo engajado durante todo o processo. O candidato não consegue chegar sozinho a todos os eleitores que ele precisa alcançar. Na hora certa todos devem estar alinhados!

7- Cuide da sua saúde mental e física
A eleição deve ser encarada como uma batalha, no bom sentido, é claro. Por isso, é necessário estar preparado para todas as possibilidades. Estar com a mente e corpo enfraquecidos pode ser um fator prejudicial no seu projeto eleitoral. Vigie o seu bem estar físico, mental e social para que seja possível exercer sua liderança da melhor forma. Seguindo esta e as outras dicas, o caminho para a vitória pode ficar ainda mais viável e acessível!

Essa e outras dicas podem ser conferidas de forma mais detalhada na obra “A Fórmula do Voto, por meio do link: https://www.sbapcoaching.com.br/. A primeira edição do livro, lançada no segundo semestre de 2019, esgotou em menos de dois meses. A segunda edição foi lançada em janeiro de 2020, com exemplares limitados.
 

OS ECONOMISTAS E A REFORMA INSTITUCIONAL


          Os economistas são um grupo profissional com expressiva atuação em atividades essenciais ao desenvolvimento do país. Estão presentes e são influentes em decisões empresariais. São consultores, membros de conselhos de administração, orientam investidores, estudam e elaboram relatórios sobre conjuntura, oportunidades de negócio e os respectivos riscos. Estão no ambiente acadêmico, nas entidades empresariais e de trabalhadores. São assíduos em órgãos da mídia que informam e influenciam opiniões. Atuam no setor público e no setor privado. Apontam erros e acertos. Em seu ramo de atividade, interpretam o passado para vislumbrar o futuro mais provável. Sua aritmética é rigorosa porque, via de regra, envolve dinheiro.

        Não estou afirmando isto para atiçar a vaidade de tantos economistas que tenho o privilégio de contar entre meus amigos. O trabalho deles é valioso ao país. Ponto.

        Parte importante de sua atividade implica proteger dinheiro contra perigos e ameaças, e essa tarefa é essencial às decisões significativas para a formação de um ciclo virtuoso na economia. Alcançar esse ciclo é imperioso ao Brasil para alavancar seu desenvolvimento econômico e social. O risco é inerente aos empreendimentos privados, claro, mas apenas tolos não cuidariam de minimizá-lo.

        Dito isso, registro, sem surpresa alguma, que as muitas avaliações presenciadas por mim nos últimos meses, expostas por economistas, incluem, como não poderia deixar de ser, o risco político entre as nuvens negras no horizonte da pátria. Só muda a natureza da crise, mas o risco está ali. O Brasil é, historicamente, um ambiente instável. O modelo institucional brasileiro é uma referência de má qualidade e de irracionalidade. Nosso presidencialismo é um sistema onde se espera que o presidente compre todo mundo para não apanhar de todo mundo. Inclusive da grande imprensa. O presidencialismo é um lamentável fetiche nacional, depositário formal e espiritual das esperanças comuns, mas quem manda são os ocupantes dos outros dois lados da praça.

        Causa surpresa, então, o fato de não haver por parte dos economistas brasileiros, com raríssimas exceções, qualquer reflexão sobre a indispensabilidade de uma reforma institucional para acabar com o charivari e a instabilidade que caracteriza a relação entre os poderes de Estado no Brasil. 

A fusão entre chefia de Estado e chefia de governo, a partidarização da administração pública, a eleição proporcional para o parlamento e, de uns tempos para cá, o descaso com que foram sendo providas as vagas abertas no STF, criaram uma enorme insegurança jurídica e política no Brasil. O impeachment e a eleição de 2018 nos livraram de alguns males do presidencialismo nas décadas anteriores, mas remanesceram outros. Se não mudarmos isso, nossos economistas terão que continuar para sempre, ponderando riscos desnecessários e o custo Brasil continuará sendo acrescido de fundadas suspeitas, incertezas e instabilidades nacionais.

Se os economistas, com a influência que têm entre pessoas que decidem, dedicassem uma parte de seu esforço para colocar a reforma política no cronograma e nos devidos termos, muito nosso país teria a lhes agradecer. Que Bolsonaro encerre, em 2026, o último mandato do presidencialismo brasileiro.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra
o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Acessibilidade Digital: por que o futuro tem tudo a ver com inclusão?


Imagine que você é uma mãe com uma criança de colo e precisa pagar uma fatura do banco. Assim que abre o aplicativo pelo celular, a ferramenta exige que você vire o aparelho na diagonal. Difícil, não? Agora, pense que seu smartphone está com a tela rachada e você precisa clicar em um botão bem onde está a falha. Podemos ir além: e se você perdesse a visão de um dia para o outro e precisasse de um leitor de telas para utilizar o computador?

Falar em acessibilidade significa ter empatia, colocar-se no lugar do outro - não como um gesto de bondade, mas reconhecendo no outro alguém como você, que precisa se comunicar, estar conectado com o mundo e ter as mesmas oportunidades. E mesmo sabendo que, uma em cada sete pessoas no mundo possui algum grau de deficiência, acessibilidade digital não é só para esse grupo de pessoas, como você já deve ter percebido.

O artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão, instituída em julho de 2015, diz que os sites devem ser acessíveis para todos. Entretanto, um levantamento realizado pela BigData Corp, empresa especializada em Big Data, e o Movimento Web Para Todos (MWPT), apenas 1% dos domínios que estão ativos no Brasil são compreensíveis para grupos com deficiência.

Mesmo com essa obrigatoriedade, boa parte das empresas ainda é resistente à implementação de projetos de acessibilidade. Os motivos são variados, mas, de modo geral, existe um consenso de que essa tarefa é mais difícil (e cara!) do que é realmente. Na verdade, se apenas seguirmos os princípios básicos da programação, já estaremos bem adiantados, mas há algumas diretrizes em que podemos nos basear, como é o caso das WCAG (Web Content Accessibility Guidelines).

Quer um bom exemplo de tecnologia inclusiva e que pode inspirar muitos projetos? O YouTube Kids. Com interfaces conversacionais, imagens de fácil identificação e mecanismos de busca intuitivos, até uma criança que ainda não aprendeu a ler sabe procurar e encontrar o que quer na plataforma.

É importante lembrar que o conceito de acessibilidade deve fazer parte de todo o planejamento de conteúdo e programação em todos os canais de comunicação que a companhia irá disponibilizar. Não adianta pensar no assunto somente na fase final, exigindo uma reformulação de diversos setores.

Outra medida simples é elaboração das heading titles, que hierarquizam as informações. Mesmo para quem não possui nenhuma deficiência, a hierarquização da informação permite compreender o conteúdo de uma maneira mais fácil. Para deficientes visuais, por outro lado, isso ajuda os leitores de tela. Com uma simples alteração na programação, é possível incluir a descrição do link no próprio link, como por exemplo “clique aqui para fazer o download do e-book”. Pense no quanto você estará facilitando a vida de quem navega pelo seu site. Além de, claro, isso ser ótimo para dar mais relevância para o seu site nas ferramentas de busca.

Não se esqueça de que há potenciais consumidores atrás das telas que esperam ter a melhor experiência no seu site. Torná-lo mais acessível é fundamental para transmitir segurança, confiança e estabelecer uma relação mais próxima com o cliente. Assim, acessibilidade digital tem tudo a ver com um futuro mais próspero e inclusivo!





Marcelo Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de formação, escultor nas horas vagas, trabalha com Design aliado à Tecnologia há mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de tecnologia, inovação, design, UX e transformação digital.
Neotix Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/

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