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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Sete mitos e verdades sobre depressão e suicídio


Transtorno do humor é a principal causa de suicídio no mundo e pode apresentar forma resistente aos tratamentos tradicionais


Os paradigmas envolvendo a depressão e o risco de suicídio são muitos e, por isso, o assunto ganhou um mês de conscientização para ser amplamente discutido pela população, o Setembro Amarelo. Estima-se que cerca de 11,5 milhões de pessoas no Brasil vivam com depressão[i] e que aproximadamente 11 mil tiram a própria vida, por ano[ii]. No mundo, o número de suicídios é de 11,4 a cada 100 mil habitantes[iii].

“Muitos acreditam que esse é um ato escolhido pelo cidadão, porém, em quase 100% dos casos, o suicídio está associado a uma doença mentaliii, dado que reforça a importância de observar os sinais apresentados pelas pessoas próximas”, explica José Alberto Del Porto, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina.

Apesar dos altos índices, a depressão ainda é uma doença estigmatizada pela população, que, desconhece, por exemplo, que a enfermidade pode apresentar uma forma resistente, quando não responde a pelo menos dois tipos de tratamento. Para esclarecer essas dúvidas, o psiquiatra respondeu uma série de questionamentos sobre o tema, que se configuram em vários mitos e muitas verdades.*


O paciente pode melhorar apenas com a força de vontade.

Mito. É possível atingir a remissão dos sintomas da depressão. Para isso, é essencial que a pessoa que apresente o distúrbio procure o apoio de um profissional de saúde para fazer uma avaliação individualizada, começando imediatamente o tratamento, após o diagnóstico.


O tratamento da depressão e para pessoas em risco de suicídio é o mesmo.

Mito. O diagnóstico final da pessoa deprimida e também o risco de suicídio exige uma investigação criteriosa por parte dos profissionais de saúde, para, então, ser definido qual o protocolo ideal em cada caso. O tratamento da depressão pode ser realizado com a utilização de medicamentos, psicoterapia ou a combinação dos dois. Entre os tipos de terapias atuais no mercado estão os antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. Especificamente para o suicídio, o lítio possui evidências na prevenção em longo prazo, talvez por atuar sobre o estado de ânimo e reduzir a impulsividade inerente a esses atos.
Entretanto, uma parte dos pacientes com depressão pode não apresentar melhoras após o uso de pelo menos dois desses medicamentos. Nesse caso, passam a ser diagnosticados com depressão maior resistente ou depressão refratária.


A pessoa deprimida sempre se apresenta com evidentes manifestações externas de depressão, como estar cabisbaixa.

Verdade. Apesar de a alteração no humor ser um dos sinais relacionados à doença, não é regra que a pessoa com depressão deva sempre estar triste ou desanimada. Não é incomum encontrar casos de pessoas que cometam suicídio e que tenham uma vida socialmente ativa, por exemplo. Apesar disso, é necessário observar os outros sintomas da doença que são perda de interesse nas atividades cotidianas, fadiga, diminuição do apetite, dificuldade de concentração e mudanças no sono.


O tratamento contínuo tem impacto positivo na qualidade de vida do paciente.

Verdade. A pessoa com depressão possui diversas opções de tratamento e os cuidados adequados como uso de terapias médicas e acompanhamento psicológico permitem a retomada das atividades cotidianas e a remissão completa dos sintomas.


A pessoa que pensa em suicídio não ameaça ou fala sobre o assunto.

Mito. A maioria das pessoas que pensam em suicídio dá sinais de que irá cometê-lo. É errada a crença popular de que “quem fala não faz”. O histórico mostra que grande parte dessas pessoas alertou sobre essa intenção dias ou semanas antes do ato. Alguns sinais devem ser observados: cansaço excessivo, falta de interesse pelas atividades rotineiras, aumento no consumo de álcool ou drogas, estresse e isolamento social são alguns deles.


A depressão é uma das principais causas de suicídio.

Verdade. Os transtornos do humor (depressão ou transtorno bipolar) são responsáveis por aproximadamente 36% dos casos de suicídio.[iv] Além disso, os pacientes com a doença apresentam cinco vezes mais chances de cometer o ato[v]. Além disso, existem diversos outros fatores de risco para o suicídio, entre eles: tentativas prévias de cometê-lo, histórico familiar e genética, impulsividade, desesperança e sentimento de desamparo, doenças clínicas não psiquiátricas (doenças graves e sem cura, por exemplo), eventos adversos na infância e na adolescência (como maus tratos e abusos sexuais) e poucos vínculos sociaisiii.


Falar sobre o assunto pode incentivar a pessoa depressiva a cometer suicídio.

Mito. Conversar com a pessoa que apresenta sinais de depressão pode abrir espaço para o paciente falar sobre o tema e servir como ferramenta de prevenção ao suicídio. Abordar o assunto com perguntas mais leves, como “Você tem planos para o futuro?”, também é uma forma de introduzir o tema.



* Respostas concedidas por José Alberto Del Porto, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina.




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[i] Depression and Other Common Mental Disorders – Organização Mundial de Saúde http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf;jsessionid=253A62EA7F2DCD11F69C38616ADD2923?sequence=1
[ii] Sistema de Informação sobre Mortalidade 2017 do Ministério da Saúde
[iii] http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14#page/10
[iv] Suicídio – Informando para prevenir – Associação Brasileira de Psiquiatria https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf
[v] https://www.gmeded.com/gme-info-graphics/major-depression

A Psicoterapia seria um antídoto para a depressão?


O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza) quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).

De acordo com a psicologia, os sentimentos de tristeza e alegria colorem o fundo afetivo da vida psíquica normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades. No entanto, quando isto torna-se um problema de ordem psíquica, é preciso recorrer a formas de tratamento. Mas afinal, no que consiste a depressão e qual seria o antídoto para curá-la?

A neuropsicóloga Roselene Espirito Santo Wagner revela em que consiste a depressão para um melhor entendimento do tema: “Enquanto “sintoma”, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas. Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite). Finalmente, enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotimia, etc”.

Sintomas gerais da depressão


Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, de acordo com a Dra. Roselene nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. No diagnóstico da depressão levam-se em conta: sintomas psíquicos; fisiológicos; e evidências comportamentais”.

Sintomas psíquicos

Segundo a especialista, os principais sintomas psíquicos se manifestam através do que ela chama de humor depressivo, caracterizado pela sensação de tristeza, auto desvalorização e sentimentos de culpa: “os pacientes costumam aludir ao sentimento de que tudo lhes parece fútil, ou sem real importância. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir alegria ou prazer na vida. Tudo lhes parece vazio e sem graça, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Em crianças e adolescentes, sobretudo, o humor pode ser irritável, ou rabugento, ao invés de triste. Certos pacientes mostram-se antes apáticos do que tristes, referindo-se muitas vezes ao sentimento da falta de sentimentos. O deprimido, com freqüência, julga-se um peso para os familiares e amigos, muitas vezes invocando a morte para aliviar os que o assistem na doença e manifestando desejo de suicídio muitas vezes”.

Sintomas fisiológicos

A neuropsicóloga aponta alguns dos principais sintomas fisiológicos da depressão:

Fadiga ou sensação de perda de energia. A pessoa pode relatar fadiga persistente, mesmo sem esforço físico, e as tarefas mais leves parecem exigir esforço substancial. Lentifica-se o tempo para a execução das tarefas.

Alterações do sono (mais freqüentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência). A insônia é, mais tipicamente, intermediária (acordar no meio da noite, com dificuldades para voltar a conciliar o sono), ou terminal (acordar mais precocemente pela manhã). Pode também ocorrer insônia inicial. Com menor freqüência, mas não raramente, os indivíduos podem se queixar de sonolência excessiva, mesmo durante as horas do dia.

Alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite). Muitas vezes a pessoa precisa esforçar-se para comer, ou ser ajudada por terceiros a se alimentar. As crianças podem, pela inapetência, não ter o esperado ganho de peso no tempo correspondente. Algumas formas específicas de depressão são acompanhadas de aumento do apetite, que se mostra caracteristicamente aguçado por carboidratos e doces.


Evidências comportamentais
  • Retraimento social
  • Crises de choro
  • Comportamentos suicidas
  • Queda no interesse sexual
  • Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação psicomotora. 
  • Freqüentemente os pacientes se referem à sensação de peso nos membros, ou ao "manto de chumbo" que parecem estar carregando.

A Psicoterapia como antídoto para a depressão

A Dra. Roselene Espirito Santo Wagner aponta que, embora a psicoterapia não é propriamente um meio de encontrar repostas para as questões que temos, isto ocorre com muita frequência, tornando a psicoterapia um caminho possível para tratar a depressão: “a psicoterapia deve sim ser um instrumento que nos auxilie a fazer as perguntas necessárias para o processo do autoconhecimento, da autopercepção. Uma vez feita a pergunta, podem existir inúmeras respostas possíveis. Todas elas certas. E, principalmente, todas elas fruto de um maior autoconhecimento promovido pela própria formulação da questão. Tudo isso é o que se deve buscar, essencialmente, na psicoterapia. Quando conseguimos um contato genuíno conosco mesmos, quando somos capazes de confrontar nossas crenças arraigadas, quando podemos nos aceitar como somos, quando estamos conscientes de nossas necessidades; aí sim nossas questões emergem com clareza. E esse momento em que estamos conscientes de quem somos e nos aceitamos desse jeito mesmo, é o momento que a mudança é possível”.


Como o profissional atua no tratamento do paciente depressivo?

Através da psicanálise, o profissional resgata a dimensão propriamente do sofrimento como mobilizador e expressão dos processos subjetivos. Nesse sentido, a psicanálise parte de uma abordagem mais propriamente compreensiva do discurso do paciente: "a depressão é uma Neurose Narcísica, tem a ver com o seu eu e a sua relação consigo mesmo. Logo, o objetivo da psicanálise e da psicologia de modo geral para este caso é oferecer ao paciente total sigilo e segurança de eu pode ser quem eu sou, para me tornar quem eu desejo”.

A Dra. Roselene aponta os dez passos para o profissional de psicanálise no tratamento da depressão:

1- Ouvir o paciente,


2- Fazer com que ele falando também se ouça.


3- Ao se ouvir ele mesmo irá refletir sobre sua condição.


4- Articulando palavras, que dão nome a emoções e sentimentos na grande maioria das vezes “egocêntricos”.


5- Quando nos enxergamos pelos olhos dos outros. Nos revelamos à nós mesmos.


6- Desenvolvendo massa crítica, geramos autocrítica e também autorresponsabilidade.


6- O que estou fazendo comigo? Como posso fazer melhor? Onde estão os meus prazeres? Como posso flexibilizar o momento, a vontade, o desejo a necessidade?


7- O que posso usar de razão para buscar motivação?
Na falta de motivação, o que pode ser um estímulo?


8- Onde posso chegar com o que já sei e já fiz?


9- Como posso transmutar o sofrimento em experiência, lição e sabedoria?


10- Onde posso usar esse saber? Como posso modificar e impactar positivamente a vida alheia a partir do que “sei”, sobre o momento que vivi?
Articular o pensamento, com auxílio desse “Ego Auxiliar “, o “Sujeito Suposto Saber”, que me orienta e me organiza para que eu me veja e me revele para mim mesmo, dentro do “setting terapêutico”.

Claro que para todo e qualquer mal, multifatorial, não podemos dispensar a equipe multidisciplinar. Que envolva: os cuidados físicos, medicamentoso (S.O.S) e alimentar .



O resgate do Benzimento em tempo modernos.


“Me lembro que quando criança, eu via minha avó benzer as pessoas e pedia, vó me ensina a benzer... Ela sempre respondia: Não vou te ensinar a mexer com isso menina. Mas, mesmo assim herdei a genética das benzedeiras da família.” Diz Kelida.

Todos os dias a Casa Maria Madalena, recebe cerca de 200 a 250 pedidos de benzimentos de pessoas dos mais diversos lugares entre Brasil e exterior. Isso acontece pois mesmo os benzimentos realizados a distância por Kelida surtem efeitos. Os relatos de pessoas que receberam a cura desde uma dor de cabeça até câncer não param de chegar na casa Maria Madalena, na internet Kelida realiza benzimentos a distância que já foram assistidos por mais de 1 Milhão de pessoas.

Depoimentos seguem como recebidos pela Casa Maria Madalena na integra – 

Cris relata:TInha bócio na garganta devido a tiróide. Começou depois de algum tempo a dar um bolo na garganta. Como que a comida não decesse. Com muita tosse tbm. E Graças a Deus. Com a benzedura passou. GRATIDÃO GRATIDÃO GRATIDÃO. DEUS ABENÇOE! !

Ivana Maciel: Kelida...Estou no segundo dia de benzimento eu tenho fé na minha cura..tenho problema na válvula do CORAÇÃO.. e nesse segundo dia meu coração já está batendo normal sem aceleração a ansiedade já diminuiu.

Beatriz Fragan: “Estava passando mal desdo dia 02/05, entre muitas idas ao pronto socorro, na última o lado direito do meu rosto paralisou, eu não conseguia ficar em pé e nenhum médico descobria o eu tinha. Hoje é o quarto dia de benzimento e já não sinto quase nada, consegui voltar a trabalhar, não vômito mais. Muito obrigada Cigana! Procurei muito uma benzedeira mas não encontrei por aqui, e o esse vídeo seu em específico apareceu para mim, tenho certeza que não foi atoa pois estou quase 100% curada de uma doença que nenhum médico em terra foi capaz de diagnosticar

Os benzimentos são livres de crenças e dogmas religiosos e como a própria Kelida diz com apenas 1 galhinho de erva podemos mudar a vida de uma pessoa. Hoje a casa Maria Madalena ampliou seu espaço de 70 metros quadrados para 200 metros quadrados afim de receber pessoas de todo Brasil para os benzimentos, os mesmos são realizados na caridade e nenhum valor é cobrado. A casa se mantem de doações advindas de todo Brasil e de um canal youtube que hoje conta com quase 500 mil seguidores.

O intuito de benzer tanto presencial quanto a distância é não deixar essa tradição morrer com os mais velhos. Kelida tem 38 anos e após benzer a sí mesma e ser curada resolver fazer dessa missão um estilo e vida.
A casa Maria Madalena abrirá novas oportunidades em breve para formar mais benzedeiras na grande capital.


 Com carinho,
Paz e Luz
Vanessa Gomes


Casa Maria Madalena
Rua Gracianopolis 107 - Agua Fria - São Paulo-Brazil
Whatsapp (11) 97026-7808

Como estes 8 fatores diminuem a libido


Segundo uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio do Hospital Perola Byton, 48% das mulheres procuram ajuda médica por conta de disfunções sexuais - 45% dessas estão entre a faixa etária de 40 a 55 anos; 36,4% entre 25 e 39; e somente 7,9% tem entre 20 e 24 anos. Já o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro aponta que esses problemas independem da idade da mulher, mas variam de acordo com a faixa etária. Falta de desejo é queixa de 5,8% das jovens entre 18 e 25 anos e de 19,9% de quem já passou dos 60. Entre os homens, essa porcentagem diminui bastante: apenas 2,4% dos jovens e 5% dos idosos reclama de baixa libido.

De acordo com a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra; especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa; e especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO, a falta de libido é uma das maiores queixas no consultório, especialmente entre casais que têm dificuldade para engravidar, pois o sexo deixa de ser prazeroso. Além deste, a Dra. Karina Tafner lista outros motivos que resultam na baixa libido e explica por que acontecem:


- Diminuição da testosterona

A testosterona é um hormônio considerado masculino, afinal, sua concentração no corpo do homem é de 20 a 30 vezes maior do que no corpo feminino. Na mulher, quando a testosterona está em seus níveis ideais, é um importante componente regulador das funções biológicas do organismo. Quando os níveis do hormônio na mulher ficam baixos, várias disfunções são ocasionadas, entre elas, a baixa libido. No entanto, a queixa é menor em mulheres na idade reprodutiva. Ela pode acontecer com mais frequência após a menopausa (lembrando que a testosterona nunca deve ser dosada em vigência do uso de contraceptivos hormonais, pois os resultados são mascarados pelo uso de hormônios).


- Álcool

Em pequenas doses, pode levar ao aumento da libido em algumas pessoas, pois diminui a inibição e torna o indivíduo mais “relaxado” e menos inseguro. Entretanto, mais do que quatro doses de álcool por semana podem comprometer a libido da mulher. Isso porque, aparentemente, o álcool pode "imitar" o estrogênio e atrasar ou impedir a ovulação (exatamente no período em que a mulher alcança o auge da sua libido, segundo um estudo australiano). Os especialistas acreditam que o fato de não ovular pode comprometer também a atuação dos hormônios. O ideal é substituir o copo de vinho ou cerveja por água tônica, que contém relaxante natural para o corpo.


- Estresse

Interfere no sistema nervoso autônomo pelo aumento do cortisol (popularmente conhecido como "hormônio do estresse", o cortisol, que é produzido pelas glândulas suprarrenais, é liberado em momentos de nervosismo). Sendo assim, este desequilíbrio acaba alterando o humor, a sensação de bem-estar e, consequentemente, o desejo sexual.


- Hipotireoidismo

A tireoide é uma glândula situada na parte anterior de nosso pescoço, responsável pela produção dos hormônios T4 e T3, fundamentais para o crescimento, metabolismo, para a fertilidade, entre outras funções. O funcionamento insuficiente da tireoide é chamado de hipotireoidismo. Os sintomas relacionados ao hipotireoidismo são consequência, principalmente, dos níveis baixos dos hormônios produzidos pela glândula. Entre eles, a baixa libido. O hipotireoidismo é mais comum em mulheres, especialmente acima dos 40 anos. Se não tratado, além da diminuição da libido, pode causar cansaço excessivo, alteração da função intestinal e até depressão, afetando ainda mais o desejo sexual.


- Pílulas anticoncepcionais

Podem diminuir a libido pois inibem a ovulação e, com essa inibição, não há o pico de testosterona que acontece nessa fase. O efeito se observa principalmente nas pílulas que contêm progesterona com efeito antiandrogênico. Também pode diminuir o desejo sexual das mulheres que usam pílulas com baixíssima dosagem hormonal, de 15 a 20 gramas de etinilestradiol.


- Sedentarismo

Pesquisadores da Universidade do Texas estudaram mulheres entre 18 e 34 anos, e descobriram que aquelas que pedalaram por 20 minutos foram 169% mais animadas sexualmente quando confrontadas a imagens sexuais do que quando não se exercitavam. Um outro estudo indicou que a regra também se aplica aos homens, já que os que se exercitam de 20 a 30 minutos diários diminuem as chances de disfunção erétil em até 50%. Além disso, o aumento do peso corporal afeta a libido devido a diversas alterações hormonais decorrentes do acúmulo de gordura, assim como outros desajustes fisiológicos e psicológicos que afetam a saúde e a autoestima.


- Alimentação inadequada

Uma dieta carregada em açúcar e alimentos processados afeta determinados hormônios e glândulas, privando o corpo dos nutrientes aliados da libido. Aposte em alimentos que levantam o ânimo sexual, como pimenta, abacate, castanha-do-pará, avelãs, cebolinha, aveia, noz-moscada, romãs, morangos e salmão selvagem, além de gergelim esmagado com mel.


- Tabagismo

O hábito de fumar pode danificar o revestimento dos vasos sanguíneos, afetando a musculatura do pênis e inibindo o sangue de fluir. Os homens que fumam são 51% mais propensos a ter disfunção erétil do que os não fumantes, segundo uma meta-análise feita na China. A boa notícia é que um ano após parar de fumar, 25% dos ex-fumantes perceberam uma melhora nas ereções. Já para as mulheres, o tabagismo agride o sistema reprodutor, altera a lubrificação vaginal e aumenta a dificuldade de sentir prazer.

“Mas nada é tão prejudicial para a vida sexual do casal quanto a falta de compreensão e amor do parceiro. Se não há romantismo e companheirismo na vida a dois, dificilmente haverá desejo e prazer na vida sexual”, reforça a ginecologista Dra. Karina Tafner.



O poder da reciprocidade



A tendência do indivíduo a retribuir o bem realizado por outras pessoas é ferramenta importante para ser empregada na vida profissional


Tentando entender quais motivos levam uma pessoa a dizer “sim” a um pedido, o psicólogo norte-americano, Robert Cialdini, escreveu o livro “Armas da Persuasão: como influenciar e não se deixar influenciar”. Na obra, ele detecta a existência de seis leis capazes de transformar o ambiente e fazer com que pessoas se mostrem mais dispostas a serem persuadidas. Uma destas leis é a da reciprocidade. Conforme Cialdini, numa vida em sociedade, o ser humano se sente compelido a retribuir o que outra pessoa proporcionou a ele, mesmo que essa compensação não traga nenhuma vantagem.

Debruçando-se com atenção sobre esse tema, a psicóloga Fernanda Tochetto explica ser a reciprocidade um comportamento que o ser humano pode adotar em sua vida com o objetivo de transformar os seus resultados. Segundo ela, tal prática faz com que o indivíduo exercite a empatia, cuja tendência é tornar mais profunda as relações interpessoais. “Trata-se de um novo conceito de viver o cotidiano, com mais harmonia e segurança, buscando a construção conjunta”, diz.

Nesse sentido, a reciprocidade é ferramenta imprescindível para a vida profissional. Segundo Tochetto, um empresário, alguém que atua no segmento de vendas ou mesmo um prestador de serviços pode se beneficiar bastante se souber como opera este comportamento humano. “Isto porque uma vez que a pessoa consiga entender a necessidade do outro e for além das próprias limitações para ajuda-lo, ela criará um ambiente no qual aquele que foi bem atendido retribuirá essa dedicação de alguma forma”, explica.

De acordo com a psicóloga, se a pessoa pretende consolidar seu negócio no mercado, ela deve ser empática, atenciosa e solícita. “Todas compram as ideias de quem já lhe fez algo de bom”, enfatiza.

Dito de outro modo, em um ambiente profissional a reciprocidade funciona como uma moeda de troca. “Logo, se a pessoa está buscando receber algo, ela deve começar dando”, esclarece a psicóloga. Conforme Tochetto, é questão de endividar-se pensando no retorno em longo prazo. E se este ato de endividamento for realizado com satisfação, a tendência é de que o pagamento seja recebido na mesma medida.

Para ilustrar a eficácia da reciprocidade, Tochetto destaca o funcionamento de grandes empresas do ramo do entretenimento. Estas companhias oferecem experiências com alto poder de encantamento, que moldam o imaginário das pessoas e muitas vezes são responsáveis por inspirá-las e impulsioná-las a ações que fazem a diferença na vida delas e dos outros. Diante dessas experiências, as pessoas inclinam-se a sentir gratidão, o que ocasiona a vontade de retribuir. Nesse caso, a retribuição vem através da compra de algum produto ou serviço oferecido por estas grandes empresas.

Segundo a psicóloga, tal processo opera em todos os aspectos das relações humanas, ou seja, também na vida pessoal. Ao adotar o comportamento altruísta, praticando a gentileza, o respeito, a bondade e boa vontade, a pessoa cria ambientes mais positivos para si mesma e para os outros ao redor. “É o grande segredo para quem busca se destacar e deixar a marca do seu legado”, afirma.

E aquele que retribui o bem que as pessoas lhe fazem, - de modo natural, sem que aquilo pareça uma obrigação – ajudando a si mesmo também ajuda os outros, pois prova que é confiável. “As chances de receber auxílio de alguma pessoa para quem já tenha feito algo positivo serão bem maiores, pois o sentimento de gratidão caminha lado a lado com a reciprocidade”, diz. É um ciclo virtuoso.

O ato da reciprocidade ainda pode ser explicado pelo prazer que causa naquele que retribui. De acordo com Tochetto, ao recompensar experimenta-se uma sensação de bem-estar, de merecimento e pertencimento a algo maior, características comuns aos seres humanos e que norteiam a busca por seu propósito.

A psicóloga explica que do ponto de visto científico, biológico, agir reciprocamente faz com que a dopamina, neurotransmissor responsável pelo humor e pelo prazer, circule pelo corpo. “Logo, uma pessoa que faz algo por alguém é motivada não apenas por suas crenças e pelo ambiente como também pelo instinto de sentir satisfação”, conclui.



O plano B está atrasando sua vida


Karina Pólido, especialista em comportamento, explica o porquê de o plano B não ser o melhor caminho para realizar seus projetos


Vamos direto ao assunto. Tudo o que planejamos, em diferentes áreas da vida, aprendemos que, caso algo não saia exatamente como pensamos ou definimos, o melhor é ter um plano B. Mas o que não é dito, é que muitas vezes, na primeira situação adversa, partimos logo para a resolução que acaba sendo a segunda opção. É um erro, de acordo com a palestrante, especialista em comportamento estratégico e motivação, Karina Pólido.

“Nós desejamos uma vida de sucesso, mas para isso acontecer é preciso tomar o controle de nossas ações. Estou falando de ser protagonista de vida. Ao optar pelo plano B, significa que você está jogando a toalha para o que realmente te fará feliz. Tudo o que realmente queremos está no plano A”, alerta.

E é sobre isso que a especialista tem tratado nas pessoas. De acordo com Karina, imprevisto não é problema, mas iniciar o projeto pensando no segundo plano, sim, é ruim. 

“Por diversas vezes agimos no piloto automático e corremos direto para o plano B”, completa.

Agir no piloto automático é mais comum do que pensamos. E fazemos isso porque já estamos na zona de conforto. Outro grande problema dos dias atuais.
A dica da especialista em comportamento e motivação é focar somente no plano A. Já que muitas pessoas vivem plano B em tudo que fazem na vida.

Faça seus planos acontecerem da forma que você os idealizou e não deixe o piloto automático, a insegurança e o medo de não dar certo travarem o andamento dos seus planos.






Karina Pólido - palestrante, especialista em comportamento estratégico e motivação. São 20 anos de experiência como Treinadora e Mentora, com resultados impactantes na vida de milhares de pessoas. Criadora do Fórmula da Transformação e do Fórmula da Realização, métodos que vão mudar seu status de vida, seja pessoal, profissional, emocional ou financeiro. Karina percebeu desde cedo o quanto as pessoas deixam de atingir grandes conquistas só porque não confiam em seu verdadeiro potencial.É com este olhar que ela vai te conduzir para um caminho que ampliará sua consciência e assim descobrir que você é, sim, capaz de dar grandes saltos rumo a uma vida bem-sucedida.



Qual é o primeiro passo para alcançar um objetivo?



Como pensavam as maiores mentes empreendedoras do século passado e como construíram seus patrimônios?

A grande maioria dos famoso ou empresários de sucesso tinham um sonho de chegar até onde chegaram. Sonhos que podiam desde ser um cantor famoso, um ator prestigiado, sonho de inventar algo ou até mesmo de ser dono de uma corporação gigantesca. Quando essas pessoas são entrevistadas, ou até mesmo em suas biografias, falam um pouco mais sobre o sonho, o objetivo traçado e toda a trajetória até atingirem o sucesso desejado.

No início do século XX, um dos empresários mais bem-sucedidos dos Estados Unidos, Andrew Carnegie, solicitou a um homem chamado Napoleon Hill que pesquisasse o que todos os grandes homens de sucesso daquela época tinham em comum. Hill passou cerca de 20 anos pesquisando e até mesmo entrevistando nomes como Henry Ford, John Rockfeller, Thomas Edson, Theodore Roosevelt, entre outros. Com a pesquisa encerrada, o autor chegou à conclusão de que todos esses homens tinham algumas características em comum e alguns hábitos que praticavam muitas vezes involuntariamente. Com isso, Napoleon criou um curso chamado Master Mind e depois um livro contendo 16 leis baseadas nestas práticas. O livro foi publicado em 1925 e no Brasil recebeu o título de “A Lei do Triunfo”.

Umas das leis presentes no livro, mais especificamente a segunda lei, é sobre como um indivíduo, que deseja crescer e se tornar alguém de sucesso, deve ter o seu principal objetivo definidos. Jairo Ferreira Filho, que faz parte da Master Mind de Curitiba, afirma que ficou claro para o pesquisador que todas as pessoas que realizaram seus sonhos tinham um objetivo principal claramente definido em suas mentes, muitas vezes ricos em detalhes. “É comum ouvirmos pessoas falando que querem mudar de vida, mas, quando questionadas sobre o que realmente querem, geralmente não possuem uma resposta pronta. Sabem que não querem continuar da forma que estão, mas não tem um objetivo claro de onde realmente querem chegar.” afirma

Em seu livro Napoleon Hill escreve que o grande objetivo da vida de uma pessoa deve ser escolhido cautelosamente e que depois de escolhido deverá ser escrito em um local que fique visível àquele que planejou, uma vez que isso tem um efeito psicológico. “Ele afirma que impressionar o subconsciente de pessoa de forma que ela acaba aceitando esse propósito como um projeto, uma ‘planta’ que dominará as suas atividades na vida e a guiará, se tornará um lema e fará passo a passo para a consecução deste objetivo.” conta o curitibano Jairo.

Com a segunda lei de Napoleon Hill é possível entender que definir objetivos, traçar planos e elaborar metas é algo em comum na vida de pessoas que são até hoje admiradas pelos seus feitos e empreendimentos. Com base na pesquisa do escritor estadunidense, foi criado um treinamento chamado Master Mind (Mente Mestra), onde é passado para todos aquele que o procuram, treinamentos de vendas, oratória, liderança, entre outros, que ajudam no crescimento pessoal e profissional do indivíduo.




MasterMind Curitiba e Campos Gerais
Jairo Ferreira Filho - CEO da MasterMind Curitiba e Campos Gerais

A interdisciplinaridade na escola: formação integral do sujeito e atuação crítica na sociedade contemporânea


Ao propormos uma reflexão sobre a temática que circunda a interdisciplinaridade, certamente estamos nos envolvendo em um intenso debate que, obrigatoriamente, entrelaça as relações humanas, a formação inicial e continuada do corpo docente, o currículo escolar e as legislações educacionais voltadas para a educação básica. Entretanto, como um pontapé inicial, antes mesmo da observação (e crítica) à sociedade contemporânea, a conceituação do termo “interdisciplinaridade” é basilar. 

Tomamos aqui como interdisciplinaridade a desfragmentação curricular e disciplinar, envolvendo o diálogo e a coordenação frente ao trabalho docente e as ações com trocas de conhecimento entre as próprias ciências. Assim, os universos, escolar e de conhecimento, se ampliam e as disciplinas não ficam presas em suas especificidades, mas se complementam e enriquecem a escola, os saberes e o processo de escolarização de nossos estudantes. 

Socialmente, e na prática educacional, esse conceito de interdisciplinaridade imbrica, necessariamente, em uma ruptura paradigmática, ou seja, é preciso transformar o ambiente e as ações que lá estão. Nesse contexto, modificar ações torna-se fundamental, bem como transformar o olhar e a maneira de fazer escola e de auxiliar na construção do conhecimento e da formação integral de nossos alunos. 

Comumente nos deparamos com alunos no ensino superior que desconhecem práticas interdisciplinares e mais, apresentam uma relutância em participar de atividades que se apresentam nesse formato. Claramente, tais ações são reflexo da construção do seu processo de escolarização fragmentado. É preciso conscientização, sobretudo, política e docente.

A interdisciplinaridade deve vir para somar, afinal, qual tipo de ser humano desejamos formar? Qual sociedade almejamos? Certamente, precisamos de seres atuantes, pensantes, ativos, com voz e consciência social e política, autonomia e posicionamento. A partir disso é importante refletir sobre o modelo escolar e curricular que possuímos, além das ações docentes que muitas vezes, ainda e infelizmente, são praticadas em um cenário disciplinar. Esse paradigma docente precisa ser quebrado e um exemplo positivo dessa tentativa é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Enfim, somos sujeitos partícipes de uma sociedade que não é disciplinar, ela é a fusão das ciências, dos saberes, das culturas, dos conhecimentos, ou seja, ela é interdisciplinar e precisamos preparar nossos alunos — incluindo o ensino superior — para atuar ativamente nessa sociedade. 




Kellin Inocêncio - professora do curso de Pedagogia nas modalidades Presencial e a Distância do Centro Universitário Internacional Uninter.

Como Auxiliar Seu Filho na Decisão de Qual Profissão Seguir?


 Viva Psicologia 
Divulgação


A escolha da faculdade deve ser feita de forma sensata e sem imposições, de modo a não gerar frustrações.


Chegamos ao segundo semestre do ano e para alguns, este também será o último semestre de aulas, onde muitos jovens deixarão o ensino médio para trás e começarão a trilhar um caminho diferente, projetando o futuro e definindo a sua profissão. Habitualmente os pais costumam auxiliar nesse momento, entretanto vale a pena ressaltar que auxiliar, não é determinar qual caminho este jovem deverá seguir.

Muitas vezes e por diversas questões, os recém-formados demoram a escolher qual faculdade ingressar, e isso pode acabar aborrecendo um pouco os pais. Nesse momento, é importante respeitar essa escolha pessoal e ao invés de impor uma profissão que causará traumas futuros, orientá-lo sobre as inúmeras possibilidades. “Ainda durante o ensino médio, os pais devem conversar sobre o mercado de trabalho e os ofícios que cada segmento exige, além de incentivar os jovens a fazer testes vocacionais e de aptidão. Essa segurança é extremamente importante nesta fase. E mais importante do que isso, é entender os desejos e comportamentos do jovem, de modo que ele não se sinta pressionado nem escolha uma profissão por impulso” – explica Emerson Viana, psicólogo comportamental e diretor clínica da Viva Psicologia.

Infelizmente, muitos pais ainda projetam os seus sonhos, nos filhos, determinando um futuro específico para seus descendentes, seja ele relacionado ao um curso que gostaria de ter feito e não conseguiu, ou para dar continuidade a uma estrutura já construída. Diante disso, é importante ressaltar que essa pressão pode resultar em uma escolha ruim e prejudicar a evolução profissional desse jovem. “A escolha forçada pode causar frustrações e angústias, contribuindo para o desenvolvimento de doenças psicológicas, que impeçam o jovem de ser feliz e realizado ao longo da sua carreira” – resume Emerson Viana.

“O que acabo vendo em meu consultório é que após a conclusão da graduação, os filhos acabam seguindo outro caminho profissional, o que revela que ele simplesmente se manteve em determinado curso pela imposição dos seus pais. E isso pode causar danos desnecessários, sejam eles psicológicos, financeiros e até temporal. Por isso, sempre reforço a importância do diálogo, onde pais e filhos possam apresentar os seus sonhos, medos e insegurança e encontrar no outro, apoio” - finaliza.





Emerson Viana - (CRP 06/148754) é psicólogo formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Neste período, estagiou em importante centros de atendimento psíquico ampliando o seu conhecimento e adquirindo experiência no desenvolvimento pessoal de adolescentes e terceira idade. Atualmente, além de fundador e diretor clínico da Clínica Viva Psicologia também atua no atendimento de tema relevantes, como crises entre casais homo e heterossexuais, convivência e sucesso com trabalhos em grupo, problemas na adolescência como transformação hormonal e da própria mente, escolha vocacional e organização empresarial. Saiba mais em: www.clinicavivapsicologia.com.br


Trabalho em grupo é solução para qualidade e equidade em sala de aula, diz especialista


Rachel Lotan, formadora de educadores da Universidade de Stanford, propaga metodologia em instituições de ensino brasileiras


A dicotomia entre equidade e excelência permeia o debate sobre política educacional e trabalho docente. Ao desafiar a turma, alguns alunos podem não acompanhar a classe. Por outro lado, ao nivelar por baixo, alguns não serão desafiados. Dessa forma, o professor se vê diante da tarefa de ajudar aqueles com mais dificuldades ou apostar nos que sentam nas carteiras da frente. Para Rachel Lotan, autora do livro "Planejando o trabalho em grupo" e professora da Universidade de Stanford, essa dicotomia não precisa e não deve existir.

Segundo Rachel, que foi diretora do Stanford Teacher Education Program (STEP) por quase 20 anos, o trabalho em grupo é a arma mais eficaz para a obtenção de resultados ao mesmo tempo equitativos e rigorosos. "Para isso, é preciso deixar de lado nossa percepção sobre trabalho em grupo como algo artesanal ou intuitivo em que uns poucos fazem tudo, seja porque alguns não conseguem ter voz, seja porque há quem se aproveite dos mais esforçados", explica. 

A educadora veio ao Brasil para um módulo de imersão do Programa de Especialização Docente (PED), que reuniu professores de nove instituições de ensino de todo o país na Universidade Positivo, em Curitiba (PR). No programa, os participantes descobriram que é preciso construir uma nova prática que possibilite um processo de aprendizagem realmente significativo e produtivo para todos os alunos. "Um trabalho em grupo só vai promover a equidade se todos os estudantes participarem ativamente", afirma Marilda de Souza, assessora do PED Brasil no Colégio Positivo.

Na metodologia difundida por Rachel, pautada no Ensino para Equidade, cada integrante do grupo recebe uma função e, juntos, devem buscar soluções para problemas complexos - cada um no seu tempo. "O grupo só acaba quando todos acabam", reforça Marilda. "Em um trabalho em grupo, devemos delegar aos alunos autoridade e, ao mesmo tempo, torná-los responsáveis para desempenharem determinadas funções dentro da equipe, elaborando atividades abertas, em que um dos objetivos é desenvolver o sentimento de pertencimento ao grupo”, completa.


Múltiplos Benefícios

De acordo com a gerente geral do Centro de Inovação Pedagógica do Colégio Positivo (CIPP), Maria Fernanda Suss, o trabalho em grupo é uma técnica eficaz para o aprendizado conceitual e para a resolução criativa de problemas. "Com a prática, o aluno melhora o relacionamento interpessoal, a autoconfiança e o respeito à diversidade - habilidades fundamentais que servem para toda a vida", afirma. 

Ainda segundo ela, com autonomia, os estudantes tornam-se mais envolvidos e engajados no processo de aprendizagem, fazendo com que o conteúdo realmente tenha significado. "Ao discutir e pesquisar o tema com os colegas, eles falam a mesma linguagem, experimentam a mesma fase de vida e, por isso, trazem o conhecimento que faça sentido para aquele momento em que vivem. É muito diferente de quando o professor expõe um assunto do qual tem completo domínio, mas sem conexão com a realidade do aluno", ressalta Maria Fernanda.

Ela explica também que, ao permitir aos alunos que tomem decisões por si mesmos, em vez de dizer a eles exatamente o que fazer, eles aprendem a ser cidadãos ativos na coletividade e protagonistas da sua história. "Estamos falando de um contraponto para os métodos em que o professor faz toda a condução e diz o que os alunos devem fazer, limitando-os a receptores de conteúdos", reforça.


Impulso para o Ensino Bilíngue e Internacional

A metodologia proposta por Rachel é um grande diferencial também para o Ensino Bilíngue e Internacional, de acordo com a professora Caroline Granzoti, que trabalha com alunos do terceiro ao quinto ano do Ensino Fundamental no Colégio Positivo Internacional. "Em uma sala de aula comum, é normal que o professor fale e os estudantes prestem atenção. Já com as atividades em grupo, o debate entre os alunos e a apresentação dos resultados para a turma promovem, de forma muito mais rápida e eficaz, o desenvolvimento de proficiência na segunda língua", explica.


Cada um com seu papel

"Eu achava que trabalho em grupo era colocar alunos juntos e dar uma atividade. E não é isso”, conta a professora Letícia Castro, do Colégio Positivo Internacional. "No PED, a gente aprende que tem que organizar o trabalho em grupo. Na primeira vez, achei que daria muito trabalho e perderia muito tempo dividindo a turma e delegando funções. Depois, percebi que isso se torna automático - é algo que acaba facilitando demais o aprendizado, a motivação e a disciplina", relata.

Em cada grupo, os alunos têm papéis diferentes. O Facilitador é responsável por procurar respostas para as perguntas que surgirem dentro do grupo (o professor é consultado apenas se ninguém na equipe puder ajudar); o Harmonizador facilita a resolução de conflitos interpessoais, mantém a disciplina e a unidade da equipe; o Verificador certifica-se de que todo mundo tenha completado seu relatório individual; o Monitor de Recursos é responsável por obter materiais e recursos e guardá-los adequadamente; e o Repórter organiza o relatório do grupo e faz a apresentação para a turma. "Minhas crianças têm de sete a oito anos e, mesmo assim, elas conseguem desempenhar todos os papéis. É questão de hábito, eles vão se acostumando", garante Letícia.

Para ela, essa divisão de funções garante mais tempo para explicações e mais atenção para cada grupo. "Quando um professor tem cinco facilitadores que vão fazer as perguntas do grupo é muito mais tranquilo que 23 crianças levantando e indo conversar com ele. Com essa organização, eles têm muito mais chance de conversar com a professora", ressalta.


Formação

Desde 2016, quando o PED foi implantado no Brasil, o Colégio Positivo promove a formação de seus professores na especialização. "São cerca de 70 profissionais formados todos os anos e, atualmente, temos 23 professores do Colégio Positivo em formação continuada, sendo que nove deles já estão habilitados a preparar outros colegas para dar andamento nesta missão", afirma o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann. 

Dificuldade para mulher avançar na magistratura independe de região



A presença feminina nos cargos mais importantes do Poder Judiciário brasileiro, assim como o avanço na carreira, não possui relação direta com a região geográfica do país onde a magistrada atua. É o que mostra a atualização do levantamento realizado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre os dados que integram o “Diagnóstico da Participação Feminina no Poder Judiciário”.

O levantamento revela que estados como Santa Catarina (SC), na Região Sul, Pará (PA) e Roraima (RR), na Região Norte, Mato Grosso (MT), no Centro-Oeste e Pernambuco (PE), Nordeste, apresentam percentuais superiores a 43% de desembargadoras nos quadros de seus respectivos tribunais. Em contrapartida, Acre (AC), na Região Norte, Goiás (GO) e Mato Grosso do Sul (MS), no Centro-Oeste, Alagoas (AL), no Nordeste, Espírito Santo (ES), no Sudeste, e Rio Grande do Sul, na Região Sul, registram percentuais inferiores a 16% de ocupação de cargos por desembargadoras.

A primeira versão do diagnóstico mostrou que a magistratura brasileira é composta predominantemente por homens e possui apenas 38,8% de juízas em atividade. O estudo revelou ainda que o desequilíbrio fica mais evidente quando se considera que, nos últimos 10 anos, a participação feminina aumentou apenas 1,2 ponto percentual, quando registrava 37,6% de magistradas nas diferentes cortes do país. O diagnóstico foi divulgado em maio, durante o 1º Curso Nacional A Mulher Juíza – desafios na carreira e atuação pela igualdade de gênero, realizado na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), em Brasília.

Considerando o cargo de juíza titular por unidade da federação, o levantamento do DPJ/CNJ mostra que a distribuição do percentual de representatividade feminina aponta que somente os estados do Pará (PA), Mato Grosso do Sul (MS), Santa Catarina (SC), Paraíba (PB) e Sergipe (SE) têm mais de 41% desses postos ocupados por mulheres. Outros seis estados – Amazonas (AM), Amapá (AP), Tocantins (TO), Maranhão (MA), Rio Grande do Norte (RN) e Rio de Janeiro (RJ) – têm menos de 17% de mulheres como Juízas Titulares.

O diagnóstico avaliou ainda a situação da representatividade feminina no ingresso da carreira de magistrado por unidade da federação e apontou que na Região Nordeste, Sergipe (SE) e Paraíba (PB) se incluem entre os cincos estados com mais de 47% dos cargos de juíza substituta ocupados por mulheres. Já Rio Grande do Norte (RN), Pernambuco (PE) e Alagoas (AL) estão entre os seis estados com os piores percentuais, abaixo de 23%. São Paulo (SP) e Espírito Santo (ES), no Sudeste, e o Distrito Federal (DF), no Centro-Oeste, integram o grupo de estados com índices inferiores de juízas substitutas nos quadros de servidores.

Na versão atualizada do diagnóstico, o DPJ/CNJ comparou o ingresso na magistratura entre homens e mulheres no período compreendido entre 1988 e 2017. Ao longo dos 29 anos analisados, observa-se a predominância do ingresso de homens na carreira. O número de mulheres aprovadas em concursos supera o de homens apenas nos anos de 1995, 2001 e 2005, fato que contribui para a prevalência masculina nas carreiras do Poder Judiciário.







Jeferson Melo
Agência CNJ 



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