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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Descubra como evitar doenças respiratórias no inverno e a importância das vacinas


O biomédico Rafael Padovani, do Laboratório Rocha Lima, explica quais são os cuidados durante esse período


Com a queda nas temperaturas causada pelo inverno, os casos de doenças respiratórias aumentam em todo o país. A baixa umidade do ar acaba ressecando as vias aéreas superiores, facilitando a entrada de bactérias e vírus, resultando no aumento das doenças durante esse período. “No frio as pessoas costumam ficar em ambientes fechados, sendo que o ideal é sempre locais arejados, então isso acaba sendo um agravante para a propagação não só da gripe, mas também de doenças como pneumonia, conjuntivite e meningite”, afirma o Dr. Rafael Padovani, biomédico do Laboratório Rocha Lima. 

Além da preocupação com a ventilação do ambiente, outros cuidados devem ser adotados como lavar as mãos e evitar o compartilhamento de copos e talheres. “Existem algumas outras precauções que são validas para evitar doenças respiratórias como uma dieta variada e com alimentos ricos em vitamina C como a laranja, ou até mesmo a prática regular de atividades físicas, porém, é importante sempre lembrar que são apenas aliados ao combate do vírus, e não o remédio ideal e a cura definitiva”, explica Padovani.

A forma mais eficaz para combater as doenças típicas dessa estação são as vacinas. Muitos ainda costumam ter dúvidas sobre o assunto, e para esclarecer, o Dr. Rafael listou quais são as mais frequentes:



- Quais são as vacinas mais indicadas para o inverno?
Gripe: a gripe é a doença mais comum, e é causada pelos vírus influenza, sendo que os sintomas mais recorrentes da doença são dor de cabeça, febre e dor no corpo. Como o vírus da gripe é mutável, é necessário se vacinar todo ano.


Pneumonia: Considerada a complicação mais frequente da gripe, a pneumonia  é uma infecção que inflama os sacos de ar em um ou ambos os pulmões, que podem ficar cheios de líquido. Existem dois tipos de vacinas que são a Pneumo 13 (para crianças a partir de dois meses de vida e adultos acima de 50 anos) e a Pneumo 23 (para idosos e pessoas com imunidade baixa). 


Meningite: geralmente causada por uma infecção viral, a meningite pode ser de origem bacteriana ou fúngica. Entre os sintomas estão torcicolo, dor de cabeça e febre. A vacina indicada para a Meningite ACWY pode ser administrada em crianças a partir de 1 ano de idade e o reforço é feito a cada 5 anos. Já a Meningite B pode ser feita nos primeiros meses de vida.

Muita gente costuma ter dúvidas na hora de se vacinar por conta de boatos e notícias falsas sobre o assunto. Uma que costuma ser bastante recorrente é a de que as vacinas podem causar o efeito reverso, ou seja, agravar a doença ou até mesmo desencadear outra. “Antes de chegar até nós, elas são testadas e passam por vários processos rigorosos, então isso é apenas um boato”, ressalta o doutor. 





Rafael Padovani - biomédico formado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), Pós graduado em Administração em Saúde pela Faculdade de Medicina ABC, Especialista em análises clínicas pela ABBM (Associação Brasileira de Biomedicina), Auditor de Qualidade do PALC - Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos pela SBPC (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica), membro da comissão científica do congresso de gestão em laboratórios da feira Hospitalar e membro do comitê de laboratórios do SINDHOSP.



Rocha Lima

Queimada piora doença na córnea


 Metade dos portadores de ceratocone têm problemas respiratórios e 24% olho seco, diz pesquisa. Poluição agrava estas doenças.



O aumento das queimadas está colocando a Amazônia e a saúde em estado de alerta. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier além das vias respiratórias,  os olhos estão entre os órgãso que mais sofrem com a poluição. 

Prova disso, é o resultado de um levantamento realizado pelo médico com 315 portadores de ceratocone, doença degenerativa na córnea, lente externa do olho que capta as imagens.


Conjuntivite alérgica sazonal

Metade dos participantes afirmaram que sofrem com doenças respiratórias como asma, bronquite e rinite. Por isso, devem ter acompanhamento oftalmológico simultâneo ao de um pneumologista.  Queiroz Neto afirma que as doenças nas vias aéreas provocadas pela poluição   provocam conjuntivite alérgica sazonal que não é perigosa, mas precisa ser tratada. Os principais sintomas são irritação nos olhos, visão embaçada e coceira persistente. “Coçar os olhos enfraquece as fibras de colágeno da córnea. Por isso, as alterações nas vias respiratórias em quem já tem ceratocone facilita a progressão da doença”, explica. O tratamento é sempre feito com colírio antialérgico e dependendo do quanto os olhos estão irritados pode se restringir a aplicações de compressas frias, mas sempre após avaliação de um oftalmologista. A dica de Queiroz Neto é usar óculos nas atividades externas para criar uma barreira de proteção na região. O uso de lentes de contato deve ser interrompido durante a conjuntivite alérgica para evitar lesões na córnea, adverte.


Olho seco

O levantamento também mostra que 24% dos participantes têm olho seco, uma disfunção na qualidade ou quantidade da lágrima que tem a função de proteger, lubrificar, oxigenar e limpar a superfície ocular.  O problema é que a poluição agrava o olho seco porque aumenta a evaporação lágrima, explica. Para quem tem ceratocone a situação é ainda pior. Isso porque, afirma, 75% só conseguem boa correção visual usando lente de contato e a diminuição da lubrificação pode provocar reação alérgica aos produtos de higiene associados ao uso das lentes de contato. Para se proteger do corpo estranho a conjuntiva forma pequenas bolinhas chamadas papilas que são bastante doloridas. “Se esta conjuntivite não for bem tratada pode inviabilizar o uso das lentes. O tratamento é feito com colírio de corticóide e geralmente exige a troca do produto de higienização das lentes”, pondera.

 As principais dicas do oftalmologista para qume tem ceratocone e olho seco se adaptar melhor às lentes de contato são: 

·         Lave e seque bem as mãos para não contaminar as lentes com a água.

·         Troque as lentes dentro do prazo de validade .

·         Jamais durma com lente mesmo as liberadas para uso noturno.

·         Use colírio lubrificante sem conservante antes de sentir desconforto nos olhos.

·         Substitua o estojo a cada quatro meses.

·         Troque diariamente o produto de higienização do estojo.

·         Interrompa o uso da lente e passe por exame oftalmológico a qualquer desconforto.

·         Se as suas lentes irritarem seus olhos consulte o oftalmologista sobre lentes esclerais que se apoiam na esclera, parte branca do olho.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que o único tratamento que interrompe a progressão do ceratocone é o crosslinking. A cirurgia que tem cobertura dos planos de saúde associa aplicação de vitamina B12 e luz ultravioleta na camada externa da córnea para fortalecer as ligações de suas fibras de colágeno. O procedimento só pode ser realizado em quem não tem outras doenças na córnea, glaucoma ou córnea muito fina. No dia a dia a principal  recomendação é evitar coçar os olhos.


A asma ainda mata cerca de 2 mil brasileiros por ano



  • A doença é a quarta maior causa de internação no País
  • Desistência do tratamento é um problema a ser resolvido
  • Cerca de 235 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença

A asma é uma doença grave. Responsável pela quarta causa de internação no Brasil e pela morte de duas mil pessoas por ano, a asma é definida como uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo inflamatório. A asma pode ser alérgica e não alérgica. A mais comum e que atinge principalmente as crianças é a asma alérgica, desencadeada pelos alérgenos inalantes como poeira, ácaros, fungos e pólen.

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta. Estudos apontam que a asma é responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo.


Sintomas - Inflamação dos brônquios, provocando falta de ar, sibilância, tosse, dor no peito e opressão torácica. Os sintomas costumam ser desencadeados por infecções respiratórias, exercício e exposição a alérgenos.


Tratamentos - Os dois tipos de asma têm tratamentos muito eficientes. Existe o tratamento sintomático ou de resgate, quando são utilizados os broncodilatadores. Para o tratamento de controle ou anti-inflamatório, as principais medicações são os corticoides inalados isolados ou associados a broncodilatadores de longa duração e ainda os antileucotrienos. Quando o controle não é obtido com estas medicações, geralmente é necessária a utilização dos corticoides orais. Entretanto, devido aos efeitos indesejáveis, esta classe terapêutica deve ser evitada.

Uma pesquisa recente, que contou com a participação da ASBAI, apontou que 73% dos pacientes com asma admitem não seguir todas as recomendações médicas. “Cerca de 47% dos pacientes dizem que não usam a medicação de forma regular. Uma das barreiras é o alto custo dos remédios e a dificuldade de encontra-los na rede pública”, explica o presidente da ASBAI, Dr. Flavio Sano. 
A prática regular de exercícios físicos é fundamental para pacientes com asma sob controle, já que amplia a capacidade respiratória.


Novidades no Tratamento – O Dr. Gustavo Wandalsen, Coordenador do Departamento de Asma da ASBAI, conta que os medicamentos mais novos para asma são destinados para pacientes com as formas mais graves da doença. “Estes medicamentos, denominados imunobiológicos, devem ser utilizados para pacientes refratários ao tratamento farmacológico tradicional. Quando prescritos corretamente, são capazes de reduzir as exacerbações, os sintomas da asma, assim como melhorar a qualidade de vida e a função pulmonar", relata o especialista.

O Dia Mundial da Asma acontece na primeira terça-feira de maio, em colaboração com grupos de assistência médica e educadores de asma em todo o mundo e a ASBAI é uma das entidades participantes.






ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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