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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Leite vegetal x leite animal: Conheça os benefícios para a saúde



Durante toda nossa vida somos instruídos a acreditar que, para mantermos uma alimentação equilibrada e a saúde em dia, é preciso consumir alimentos de origem animal, como a carne, ovos e leite. O leite, principalmente, está sempre presente desde a infância como alimento básico do cardápio. Um dos grandes mitos inseridos em nossa cultura é a de que o leite animal é a única fonte de cálcio e que seu consumo é essencial para a saúde óssea. De acordo com o Guia alimentar para população brasileira, do Ministério da Saúde, a exclusão do leite de vaca na alimentação não é prejudicial para aqueles que seguem uma dieta balanceada.
Dentre o grupo de alimentos vegetais ricos em cálcio, estão os vegetais verde escuro, como couve, agrião, brócolis, entre outros.
Outro ponto importante é em relação ao aproveitamento dos nutrientes. A biodisponibilidade de cálcio em alguns alimentos vegetais chega a ser maior do que a do leite vegetal. Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, alimentos como couve, repolho, brócolis e couve flor, são ricos em cálcio com absorção entre 50 e 60%.

Leite vegetal
O leite de soja é o leite vegetal mais comum e conhecido no mercado. O que poucas pessoas sabem é que dá para fazer uma infinidade de outros leites vegetais, gostosos e nutritivos, que podem ser utilizados com tranquilidade no dia a dia para o consumo direto ou no preparo de receitas.
O leite vegetal vem da extração do suco de alimentos como castanhas, frutos, raízes,  grãos ou farelos, já sendo consumido há séculos em outros países.
Os leites vegetais são muito procurados por pessoas que possuem intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite; ou mesmo aquelas pessoas que por questões éticas, emocionais e/ou de saúde, decidiram parar de consumir alimentos de origem animal, como os veganos e vegetarianos estritos.

Quais os benefícios do leite vegetal?
Os leites vegetais são muito nutritivos. Excelentes fontes de cálcio, potássio, vitamina A, vitaminas do complexo B e vitamina D, explica o diretor da Vida Veg Anderson Rodrigues. Os produzidos com amêndoas, como o Leite de Amêndoas Vida Veg, por exemplo, contém alto teor de antioxidantes, Vitamina E e B2. Além de magnésio e potássio e no auxílio ao aumento dos níveis do considerado “bom colesterol” (HDL) e redução do “mau colesterol” (LDL), auxiliando assim na prevenção de doenças cardiovasculares. Já o Leite de Coco Vida Veg, é rico em vitaminas (c, b, a) e minerais (sódio, potássio, cálcio, manganês, magnésio, fósforo, cobre e ferro), além de possuir ação diurética, evitando retenção de líquidos e inchaço e excelente fonte de energia rápida, ideal para praticantes de atividades físicas.


Leite animal x leite vegetal
Em relação ao cálcio presente nos leites, tanto vegetal quanto animal, podemos comparar seus valores nutricionais. Confira:

Leite Vegetal Vida Veg- 330mg de cálcio em uma porção de 200ml.
Leite animal enriquecido - 234mg de cálcio em uma porção de 200ml.


Dentre os tipos mais comuns de leite vegetal estão:
Leite de aveia
Leite de Coco
Leite de inhame
Leite de Amêndoas

Leite de arroz

 Confira a receita de leite vegetal de aveia




Ingredientes:

1 copo de aveia
4 copos de água

Modo de preparo:
A preparação é similar ao da amêndoa, mas a aveia precisa de 1 hora de molho. Após hidratar coe a aveia e bata no liquidificador com os 4 copos de água até ficar homogêneo. Coe com um coador fino ou um pano.


Alimentação 100% natural


 O chef Thiago Medeiros, do Namu Cursos, ensina como utilizar a alimentação Plant Based no dia a dia de um jeito descomplicado e econômico


Comer de forma saudável, prática e saborosa é o desejo das pessoas que tentam conciliar o dia a dia  agitado e o bem-estar. Muitas vezes, no entanto, imaginam que é difícil abandonar antigos hábitos, como se alimentar em fast-foods, ingerir proteína animal ou utilizar alimentos industrializados. Para mostrar que é possível criar consciência alimentar, sem perder tempo nem prazer à mesa, o Namu Cursos, primeira plataforma de videoaulas voltada exclusivamente para o bem-estar, criou "Descomplicando o Plant Based", com o chef Thiago Medeiros, especializado em gastronomia vegana e vegetariana.

O curso para iniciantes mostra conceitos, dá dicas como organizar a lista de compras,  ensina técnicas de cozinha e como preparar pratos diários com o que tem na geladeira. O Plant Based, alimentação 100% natural à base de plantas, inclui tudo o que vem da terra, como sementes, grãos, frutas, flores, legumes e verduras. “É preciso combater o estigma de que esse tipo de alimentação é sem graça e pouco nutritiva. Ela é rica em vitaminas e minerais, contém proteínas e pode ser muito saborosa”, afirma Thiago. “E ainda reduz os riscos de Diabetes tipo 2, diminui a hipertensão arterial e  contribui para o alcance da longevidade”, completa.

Mas qual é a diferença entre veganismo e o Plant Based? Os dois excluem o consumo de produtos de origem animal, mas o Plant Based propõe um modelo com o uso integral dos alimentos, minimamente processados, frescos e, de preferência, orgânicos. “Ele traz ainda o conceito de comfort food, aquela comida que lembra os pratos preparados pela avó, tia ou mãe na infância e tem a capacidade de despertar emoções”, diz.

Quem aderir ao Plant Based ainda está contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente. O método respeita os conceitos de sustentabilidade, rastreabilidade (conhecimento da origem do alimento), sazonalidade (consumo apenas de produtos de cada estação) e processo orgânico (sem adubo químico nem fertilizante). “A ideia é se alimentar de forma saudável e manter equilíbrio com o universo”, conclui Thiago.

E, para finalizar, Thiago ensina duas receitas deliciosas do seu curso disponível na plataforma Namu Cursos. Lá é possível encontrar um conteúdo exclusivo, com outras receitas e dicas. 



Croquete de grão de bico

Foto Divulgação

 


ingredientes:

·  2 xícaras de grão de bico cozido
·  1 xícara de farinha de trigo integral
·  1 cebolas em cubos
·  2 dentes de alho
·  2 colheres de sopa de tahine
·  2 colheres de sopa de zaatar
·  ½ maço de coentro
·  1 maço de escarola
·  1 colher de sopa de lemon-peppe
·  1 limão
·  ½ xícara de azeite
·  Sal e pimenta do reino a gosto
·  Farinha de linhaça para empanar



Modo de preparo:

Como fazemos com todas as leguminosas, primeiramente é preciso deixar o grão de bico de molho por até 24 horas, trocando a água a cada 8. Em seguida, cozinhe-o em água/caldo de legumes até que comece a desmanchar. Transfira o grão escorrido ainda quente para o processador e bata-o até obter um purê.
Tempere esse purê com tahine, zaatar, coentro, lemon pepper, limão, azeite, sal e pimenta do reino. Em paralelo, refogue o alho e a cebola em um fio de azeite, adicione as folhas de escarolas rasgadas e mexa tudo rapidamente. Adicione a escarola refogada ao purê de grão de bico e processe mais uma vez.
Acerte o ponto da massa com farinha de trigo, lembrando sempre de adicionar a farinha aos poucos para não ressecar a massa. Quando ele estiver em ponto de bolear, está pronto. Molde os croquetes com as mãos, empane-os na farinha de linhaça e disponha-os lado a lado em uma assadeira previamente untada. Leve ao forno pré-aquecido a 200º por 20 minutos, ou até que estejam firmes.



Risoto de tomate e hortelã 



 Foto Divulgação


ingredientes:

·  1xícara de arroz arbóreo
·  1kg de tomate em cubos
·  2 cebolas em cubos
·  4 dentes de alho picados finamente
·  1 maço de hortelã
·  ¼ xícara de açafrão ralado
·  1 colher de sopa de páprica picante
·  2 colheres de sopa de chimichurri
·  Caldo de legumes caseiro
·  Sal a gosto



Modo de preparo:

Comece por fazer um caldo de legumes caseiro bem saboroso. Para isso, coloque uma panela no fogo com água e junte cascas e aparas de legumes, talos de ervas, folhas de louro, especiarias e etc. Deixe ferver por, pelo menos, uma hora, ou até que os sabores tenham passado para o caldo.
Agora, em uma frigideira alta, refogue o alho, a cebola, o açafrão e metade do tomate com um fio de azeite, mexendo bem até ficar bem dourado. Tempere com uma pitada de sal e chimichurri, e, em seguida, acrescente o arroz. Deixe que o grão doure por completo e vá adicionando o caldo de legumes aos poucos, sempre mexendo em sentido horário e, dessa forma, cozinhe o grão.
Toda a vez que o líquido secar, você adiciona mais um pouco do caldo de legumes. Continue sempre mexendo em sentido horário, até que o grão esteja macio. Acerte os temperos com sal e páprica picante e finalize com uma boa dose de azeite e folhas de hortelã rasgadas.




Thiago Medeiros - Chef de cozinha formado pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, especializado em cozinha vegetariana e vegana. Faz viagens de pesquisa para diversos países com o objetivo de agregar ainda mais conhecimento e experiência aos seus pratos



Namu Cursos



Crepioca de Peixe Pirarucu inova sabores na gastronomia Amazônica


Point da Tapioca aposta no gosto original do considerado “Bacalhau Brasileiro” regada ao creme de coco e castanhas do Pará


O Peixe Pirarucu, conhecido popularmente como arapaima ou peixe pirosca, é o maior peixe de escamas de água doce do Brasil e um dos maiores do mundo. Seu nome vem do tupi, e significa peixe vermelho, devido a cor da cauda. Nativo da Bacia Amazônica vive em lagos e rios afluentes, de águas claras, rasas e sem fortes correntezas.

Sua coloração é marrom-esverdeada, escura no dorso a avermelhada nos flancos, sendo a intensidade variável de acordo com o tamanho do individuo e com o tipo de água em que vive. Possui corpo em forma cilíndrica, cabeça achatada e mandíbulas salientes. Seus olhos são amarelados e de pupila azulada, um tanto salientes.

É  uma  espécie  que  tem  respiração  acessória, utilizando-se do oxigênio dissolvido na água, mas principalmente do ar e, por isso, tem que subir frequentemente à superfície d'água. Pode viver mais de 18 anos. Devido à sua excelente carne, é considerado “o Bacalhau Brasileiro”. Pode atingir comprimento máximo de 2,10 m e 112 Kg de peso.

O peixe tem grande potencial gastronômico, e pode ser saboreado fresco, mas também defumado, curado ou como ceviche. Pensando em todos esses aspectos, a chef do Point da Tapioca, Joseclea Pereira, ousou na harmonização, e elaborou a receita Crepioca do Point, que inclusive faz parte da temporada do Circuito Gastronômico Ingredientes da Amazônia. A programação vai até o dia 7 de julho. Iniciativa promovida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ingredientes da Amazônia e Associação Brasileira de bares e Restaurantes (Abrasel).

Em terras que não se encontra o pescado pode utilizar outros peixes de rio. As castanhas do Pará e demais ingredientes são fáceis de achar. Mas também podem ser substituídas por outras mais acessíveis ou de preferência.



Crepioca do Point




Ingredientes:

Massa 

* 2 ovos (quebrar separados) 
* 2 colheres rasas de goma fresca 
* 1 pitada de sal 


Ingredientes:

Recheio – Peixe

*70 gramas de peixe Pirarucu fresco
*1 Dente de alho
*1 Colher de salsa picada
*½ Cebola Picada
*2 Colheres de sopa de azeite português
*150 g de castanha do Pará ralada


Recheio – Creme de coco

*6 Colheres de sopa de coco ralado fresco
*40 ml de água quente
*Colher de chá de amido de milho
*Sal a gosto
* Realçador de Sabor (glutamato monossódico) 




Modo de preparo:

Massa

Em uma tigela coloque os ovos o sal a goma e bata com um garfo até obter uma massa homogenia. Derrame de uma só vez na frigideira de teflon de 20 centímetros de diâmetro, já aquecida a 1500 por dois minutos, e vire para o outro lado por mais dois minutos.
Está pronta a crepioca!


Recheio – Peixe

Em uma panela coloque o azeite português, o alho, a cebola, a salsa e o alho, e doure os ingredientes em fogo aquecido em 1500. Cozinhe o peixe por 20 minutos. Deixe esfriar. Desfie o peixe. Reserve.


Creme de Coco

Em uma panela coloque a água para ferver por 10 minutos em fogo médio, e após a fervura, dissolva o amido de milho com água e acrescentar o coco ralado de uma só vez. Mecha até virar um creme brilhante e reserve.


Montagem - Apresentação

Coloque a crepioca aberta em um prato, adicione o peixe pirarucu desfiado. Em seguida, regue com creme de coco, salpique castanhas do Pará raladas, e enrole a massa. Enfeite creme de coco, castanhas do Pará raladas.  


Dica do chef: Separe umas folhas de manjericão frescas para ornamentar o prato. Deguste o menu com as folhas de manjericão.


Bom apetite!





Point da Tapioca
Av. Alcindo cacela, 1048 – Umarizal Belém- PA
Contato: (91) 3347-4305 / 98232-3770 / 98709-3911
Facebook: @pointdatapioca
Instagram: @pointdatapiocapa



Torresmo gigante vira hit nas mesas dos bares


Chef Melchior Neto dá o passo e os segredos do petisco e incrementa com molho de goiabada trufado


Aposto que você recebeu em algum grupo de mensagem um vídeo do torresmo em rodela...se não recebeu, dá uma busca que você vai encontrar e ficar com água na boca. Mas porque esse petisco viralizou? Porque ele não é um simples torresmo...picadinho que acompanha a cervejinha ou a feijoada...ele é O torresmo! Para chegar ao ponto certo desse tira-gosto o Chef Melchior Neto fez alguns testes, provou, aprovou e agora ensina o passo a passo para seu final de semana ficar ainda mais cheio de sabor!

Para acompanhar a maravilha, a dica do Chef é servir com molho de goiabada trufado que ele também ensina como preparar!

Anota aí:



Torresmo Enrolado Caseiro

 divulgação


Ingredientes:

2k de barriga de porco com carne de costela
1 colher de chá de bicarbonato
2 limões
Sal a gosto



Modo de Preparo:

Corte a barriga em tiras na largura de 3 dedos. Coloque numa forma com a pele para cima, polvilhe com bicarbonato, esprema os limões sobre a pele e espalhe com os dedos. Depois de passar o bicarbonato e o limão na pele, acomode as tiras enroladas na forma, prensando uma na outra. Nesse ponto, você vai perceber também que vai espumar um pouco.
Feito isso, coloque no forno a 180° por 40 minutos e quando retirar vai perceber que ele permanecerá enrolado.
Deixe esfriar e coloque no congelador. Frite congelado em óleo ou gordura vegetal bem quente.
Além de sequinho ele vai pururucar


Sugestão do Chef: Sirva com um molho especial de Goiabada trufada. Para preparar, use goiabada cascão derretida em água com um fio de azeite trufado e voilá.

A combinação perfeita!

Rendimento: 4 porções
Grau de dificuldade: Médio
Tempo de preparo: 24 horas



Para os dias frios, aprenda a preparar um caldo verde cremoso da Água Doce Sabores do Brasil Foto: Bruno Marconato

Foto: Bruno Marconato


Ingredientes :

2 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa de cebola picadinha
1 dente de alho picadinho
½ cubo de caldo de legumes
6 rodelas de linguiça calabresa
400ml de água quente
2 batatas médias descascadas, cortadas em cubos e cozidas
1 xícara de chá de couve lavada e fatiada
2 colheres de sopa de creme de leite
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto



Modo de Preparo:

Em uma panela com óleo, refogue a cebola, o alho, o caldo de legumes e a linguiça calabresa por três minutos. Reserve. No liquidificador, bata com a água quente a batata até ficar homogêneo e formar um creme. Despeje na calabresa misturada com os outros temperos, junte a couve e cozinhe por mais 10 minutos. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Acrescente o creme de leite. Sirva quente.


Rendimento: 2 porções

Crédito: Água Doce Sabores do Brasil


Low carb ajuda no tratamento ao diabetes tipo 1 e 2 - Dia Nacional do Diabetes


 Para marcar o Dia Nacional do Diabetes, celebrado no próximo 26 de junho, a Associação Brasileira LowCarb (ABLC) destaca os benefícios da prática alimentar no tratamento da doença


No próximo dia 26 de junho será celebrado mais um Dia Nacional do Diabetes, data instituída pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de conscientizar os brasileiros sobre a doença que vem crescendo em números alarmantes no país. De acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em 2017 pelo Ministério da Saúde, o número de pessoas diagnosticadas com diabetes aumentou 61,8% entre 2006 e 2016, passando de 5,5% da população para 8,9%.

Diante desse quadro, torna-se evidente que o público em geral e diversos profissionais da área de saúde devem se debruçar com mais afinco sobre a doença. O tratamento do diabetes não deve se resumir à utilização de medicamentos; a mudança simples de hábitos, como prática de atividade física e alimentação saudável, também são importantes no combate à doença. No que se refere à alimentação, merece destaque, conforme a Associação Brasileira LowCarb (ABLC), a prática alimentar low carb, que prioriza a ingestão de comida de verdade (alimentos naturais) e a restrição do consumo de açúcar e carboidratos refinados.

A low carb aparece como uma ótima solução para o combate e tratamento do diabetes, justamente porque a doença caracteriza-se pela elevação dos níveis de açúcar no sangue, seja diabetes tipo 1, em que o corpo é incapaz de produzir insulina, ou seja diabetes tipo 2, em que há resistência à insulina. O médico, diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, explica que em todas as doenças em que o organismo humano é incapaz de metabolizar ou tolerar, total ou parcialmente, uma substância, o tratamento consiste em remover essa substância. “Por que seria diferente com o diabetes?”, indaga. Souto destaca a obviedade de que eliminação da glicose na dieta seja o tratamento para uma doença cuja característica definidora é o acúmulo de glicose no sangue.

De acordo com o médico endocrinologista e diretor científico de Medicina da ABLC, Rodrigo Bomeny, a low carb é vista como mais eficaz no tratamento do diabetes tipo 2, porque o consumo de carboidratos refinados (alimentos ultraprocessados) está intimamente associado ao surgimento dessa doença. Conforme Bomeny, é costume dizer que as pessoas com este tipo de doença não precisam modificar a alimentação, devendo seguir apenas as orientações de uma alimentação saudável para a população geral. “Mas não é tão simples simular esse ajuste de insulina tão minucioso feito pelo pâncreas”, diz.

A insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia, ou seja, pela diminuição da glicose no sangue. Segundo o médico endocrinologista, vários estudos demonstram que manter um controle glicêmico rigoroso é essencial para mitigar as complicações relacionadas ao diabetes tipo 1. No entanto, essa contenção pode ser perigosa por ocasionar excesso de hipoglicemias - diminuição da quantidade de açúcar no sangue em níveis muito baixos -, cujos sintomas são, entre outros, desmaio, fadiga, fome excessiva.

“As pessoas têm uma falsa ideia de que com uma dieta com menos carboidrato terão mais hipoglicemia. Isso não é real. O que causa hipoglicemia é o excesso de insulina e não a falta de carboidrato,” explica Bomeny. Conforme o médico, ao se calcular a dose de insulina a ser aplicada, invariavelmente, erra-se a quantidade necessária. “São muitos fatores envolvidos, tais como quantidade e velocidade de absorção do carboidrato, local de aplicação da insulina, atividade física e estresse”, cita.

Nesse sentido, de acordo com Bomeny, a melhor forma de diminuir a ocorrência de hipoglicemia é reduzir a quantidade de insulina. E, para que o efeito contrário não ocorra, ou seja, a hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue), acaba-se por restringir a quantidade de carboidratos. “Se seu corpo não lida bem com os carboidratos, por que usá-los como base de sua alimentação?”, questiona.

Para exemplificar como a prática low carb pode ser benéfica no tratamento do diabetes tipo 1, o diretor-presidente da ABLC cita estudo recém-publicado pela revista científica Pediatrics. A análise mostra que pacientes (crianças e adultos) que seguiram essa estratégia alimentar durante dois anos, em média, tomando medicamentos em doses menores do que as exigidas em uma dieta normal, apresentaram glicose no sangue em níveis mais controlados.


Extrema eficácia no tratamento do diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 caracteriza-se pela resistência das células à insulina. Como forma de vencer essa resistência, o organismo produz mais hormônio, o que gera um ciclo vicioso: quanto mais insulina mais resistente ao hormônio às células se tornam. Como efeito, o açúcar se acumula no sangue, causando uma intolerância do indivíduo à glicose.

Nesse sentido, a solução não passa apenas pela ingestão de insulina, embora em algumas situações ela possa ser necessária, mas pela diminuição da ingestão da substância mal tolerada, a glicose. O diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, explica que todo carboidrato é digerido no organismo em glicose, sendo natural a melhora no quadro de diabetes tipo 2 com a low carb. Além disso, a prática alimentar produz redução espontânea do apetite e perda de peso, tratando condições que vêm atreladas à doença. “É muito comum que o diabetes ou o pré-diabetes sejam acompanhados de obesidade, sobrepeso ou aumento da gordura visceral”, diz.

A eficácia da prática alimentar low carb no tratamento do diabetes tipo 2 também é corroborado por diversas evidências científicas, tais como ensaio clínico randomizado feito pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, e publicado em dezembro de 2017 no jornal científico Nutrition & Diabetes.  No estudo, pacientes diabéticos e com sobrepeso foram divididos em dois grupos: um com uma dieta composta por 45% a 50% de carboidratos e limitado a ingerir 500 calorias diárias; e outro grupo com uma dieta cetogênica ou very low carb (VLC), podendo ingerir calorias ilimitadas.

Como resultado, mais do que o dobro do grupo que praticou a estratégia com baixo consumo de carboidratos reduziu o valor de hemoglobina glicada para menos de 6,5, saindo da definição de diabetes. Souto explica que a melhor métrica para avaliar a remissão do diabetes com medidas de estilo de vida é a redução da hemoglobina glicada, pois é ela que fornece uma média da glicemia nos últimos 90 dias. Assim, muitos pacientes inseridos no grupo da prática alimentar cetogênica pararam de usar medicamentos para diabetes, enquanto no grupo com ingestão mais alta de carboidratos nenhum paciente conseguir largar a medicação.

Outro estudo recente comprovando a eficácia da low carb foi realizado recentemente pela Universidade de Ohio, nos Estados e Unidos e publicado no Journal of Clinical Investigation Insight. O objetivo era mostrar o que acontece com pessoas obesas com síndrome metabólica, uma doença precursora do diabetes, quando aderem à uma prática alimentar com baixo número de carboidratos.

Foram avaliados, ao todo, 16 homens e mulheres com síndrome metabólica. Após 4 semanas de prática alimentar low carb, mais da metade dos participantes (cinco homens e quatro mulheres) conseguiu reverter o quadro. Lembrando que suas dietas continham calorias para manter o peso estável.

A grande dúvida desse estudo e de outras análises com objetivos semelhantes é saber se a restrição de carboidratos está diretamente ligada a melhoria no quadro do diabetes, por exemplo, ou se trata-se apenas de um efeito colateral da perda de peso, essa assim a grande consequência da prática alimentar low carb. O estudo feito pela Universidade de Ohio trouxe mais evidências para mostrar que a restrição modesta de carboidratos é suficiente para reverter a síndrome metabólica e suas decorrências.

Os benefícios comprovados por diversos estudos clínicos fizeram com que a Associação Americana do Diabetes, em inglês American Diabetes Association (ADA), tida como autoridade no assunto, recomendasse, em suas diretrizes atualizadas para 2019, a prática alimentar como alternativa dietética válida para o tratamento do diabetes tipo 2. Entre as vantagens da low carb, segundo a ADA, estão: perda de peso, redução da pressão arterial, aumento do HDL, o chamado colesterol bom, e redução dos triglicerídeos.


Caso real

Um exemplo que mostra a eficácia da Low Carb no tratamento do diabetes diz respeito à senhora Maria (nome fictício), que contava com 43 anos na época em que adotou a estratégia e compartilhou exames clínicos com seu médico.
Em apenas 45 dias de prática alimentar low carb, alimentando-se basicamente de ovos, carne e bacon, Maria, que é diabética tipo 2, melhorou diversos índices clínicos, o que ainda não havia conseguido adotando uma dieta hipocalórica de 1200 calorias.

Com estatura de 1,64m, Maria pesava 90Kg antes da prática alimentar, conseguindo reduzir seu peso para 80 kg depois de restringir o consumo de carboidratos. O nível de glicose no sangue baixou de 133 md/dL para 86 md/dL e a hemoglobina glicada foi de 6% para 5,1%. As mudanças possibilitaram à Maria reduzir as doses de seus remédios pela metade.




      
ABLC
Dr. José Carlos Souto - diretor presidente da ABLC
Dr. Rodrigo Bomeny de Paulo – médico endocrinologista e diretor de Medicina na ABLC
Patrícia Gomides Ayres – nutricionista da ABLC.

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