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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Apropriação de renda via Previdência Social


Parecemos uma decorrência simples de nós mesmos. Descreio da linearidade da História, mas às vezes me fica a impressão que somos, nos privilégios de certas castas de hoje, um simples desdobramento das desigualdades do passado.

Com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, em fuga apressada de Napoleão Bonaparte, aqui aportaram regalias de nobreza. Aos nobres, então, se reservou o que havia de melhor na Colônia. E o melhor era trabalhar no aparato estatal real, ou seja, em algum emprego público.

Entre 15 e 25 mil, é o número estimado de cortesãos que atravessaram o Atlântico. Deduzindo-se as mulheres, as crianças e alguns serviçais, supõe-se que foram criados, para acomodar quem concernia à Corte, algo entre 5 e 10 mil empregos públicos.

Empregos para pôr em disposição adequada a gente que se confundia com a máquina administrativa do Estado português sediado, por circunstâncias forçosas, nestas terras além-mar. Não obstante fugido às pressas para a Colônia, Portugal teve tempo de trazer na bagagem os modos portugueses de ser.

Dessa forma, a nossa Coisa Pública nos caiu empacotada, lançada faustosa sobre o que tínhamos de uma incipiente Sociedade. Não fomos construindo, conforme os desdobramentos das necessidades, a nossa burocracia estatal; o Reino trasladado deitou-se pronto sobre o Brasil.

No andar dos acontecimentos, o lugar nobre do emprego público foi inaugurado pelos áulicos e, depois, se tornou recinto dos filhos dos coronéis da política.  Por fim, resultou em prêmio para os indicados partidários, que souberam ser mantidos por “direitos adquiridos”.

Oriundo desse quadro, está aí, ainda hoje, a nobreza do emprego no Estado. Um corporativismo que compartilha vantagens majestáticas, ao contrário do trabalho na iniciativa privada, que não as possui, embora indiretamente as sustente. As repartições públicas, enfim, permanecem fato ou são consequência das partilhas partidarizadas da sua gerência e dos penduricalhos de “vantagens asseguradas”.

Tudo isso, é claro, desembocou na Previdência.  Atualmente, temos dois regimes: o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que tem por responsabilidade o adimplemento da aposentadoria e outros benefícios previdenciários da maioria dos funcionários públicos, e o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), responsável pela gestão da aposentadoria e outros benefícios previdenciários dos trabalhadores do setor privado (empregados e autônomos).

Até onde a internet nos pôde informar, essa separação entre trabalhadores é uma exclusividade nacional. Nesse contexto, trazemos dados apresentados e discutidos no programa Canal Livre levado ao ar em 10 de abril de 2017, apresentado por Ricardo Boechat, com Fernando Mitre e Eduardo Oinegue, recebendo José Márcio Camargo e José Roberto Savoia (https://bit.ly/2ZEgml8).

Gastamos 13% do PIB com previdência com pessoas acima dos 60 anos, assim como a Alemanha. Temos, todavia, 11% da população acima de 60 anos; a Alemanha, 23%. Países com população de mais de 60 anos equivalente à nossa gastam em média 4% do PIB.

No setor público há paridade de vencimentos entre o servidor que está trabalhando e o aposentado (também este “benefício” parece ser prenda nacional).  A média de aposentadoria nesse setor é de R$ 9.000,00. Por sua vez, no setor privado é de R$ 1.600,00. Ou seja, exatamente o setor produtivo, que arca com os custos da burocracia administrativa, é o castigado (descomedidamente menos aquinhoado) pelo nosso sistema.

Entre os Poderes da República, o gasto médio no Legislativo é R$ 28.000,00; no Judiciário é R$ 25.000,00. No Ministério Público é acima de R$ 30.000,00. A média do Executivo é mais reduzida, inclusive pela discrepância de salários dentro do próprio Poder.

O setor público gasta R$ 115 bilhões com 1 milhão de aposentados. De outro lado, o setor privado gasta 500 bilhões com 33 milhões de aposentados. A quantidade de aposentados com a média de R$ 1.600,00 é de 33 milhões de indivíduos. Em clara desproporção, contudo, um milhão de pessoas alcança média de R$ 28.000,00.

Não obstante haver 33 aposentados no setor privado para cada um no setor público, o déficit acumulado do público de 2001 a 2015 foi de R$ 1,3 trilhão; o do privado foi de R$ 450 bilhões.  Para efeito de comparação, registra-se que, nesse mesmo período, o Bolsa Família custou aos cofres da Nação R$ 250 milhões, atendendo a 30 milhões de pessoas.

A Previdência tem R$ 450 bilhões de crédito. Deles, R$ 300 bilhões tornaram-se incobráveis por diversos motivos. Ademais, esse crédito é um estoque, mesmo que se o realizasse, seria uma entrada única. O problema da Previdência, todavia, é de fluxo. Ainda que em um momento se cobrisse o “furo”, ele atuarialmente se repetiria.

O sistema de aposentadoria do setor público – isso é mostrado pelos números – resta como o maior programa brasileiro de transferência permanente de renda de pobre para rico. Esse setor formou para si um formidável acervo de direitos em aposentadorias e pensões.

Enquanto um trabalhador de iniciativa privada recebe do INSS um benefício que, no máximo, pode chegar ao valor de R$ 5.645,80, o servidor público desfruta de aposentadoria integral. Quem, por exemplo, ganhar R$ 50.000,00 mensais se aposentará com a mesma quantia que recebia em atividade.

A previdência dos regimes próprios (funcionários públicos), portanto, é direcionada à população mais bem remunerada e mais rica do País. Essa é a conclusão alcançada por Medeiros e Souza (2012), do IPEA, em artigo intitulado Previdências dos trabalhadores dos setores público e privado e desigualdade no Brasil (https://bit.ly/2WXYorZ).

A pesquisa permitiu apurar que não há outro fator de composição, em termos de desigualdade no Brasil, tão concentrador de riqueza quanto as rendas advindas dos RPPS (Regimes Gerais Próprios da Previdência Social).

Para os pesquisadores, a maior parcela dessa concentração tem origem nos benefícios previdenciários, cujos valores são bem mais altos do que o do teto do regime geral, que abrange o setor privado (empregados e autônomos).

O estudo explicita que, nada obstante a previdência dos funcionários públicos compor menos de 1% da renda familiar da população brasileira, essa previdência (pública) acentuadamente acima do teto da previdência privada (INSS) é de tal maneira concentradora de renda que se torna responsável por cerca de 7% de toda a desigualdade existente no Brasil.

Apontando na mesma direção, Roberto Amaral C. P. Santos, do Centro de Estudos em Processos de Investimento – FGV/EESP, em estudo publicado em março de 2017, Reforma da Previdência e Desigualdade (https://bit.ly/2X1cgGI), explica que o sistema previdenciário vigente no Brasil atua como mecanismo propiciador e perpetuador de desigualdade.

Assim é, conclui, porque, apesar de ocorrer alguma progressividade, ainda prevalecem efeitos regressivos contrários, destacando-se as disparidades entre as regras de aposentadoria dos funcionários públicos em comparação com os privados (autônomos e empregados). Referidas regras resultam na captação e desproporcionada redistribuição de renda em favor dos indivíduos mais ricos.

Em Textos para Discussão – 210 (https://bit.ly/2Ldhwjp), o consultor legislativo Pedro Fernando Nery estampa que a aposentadoria do RPPS da União (trabalhador público) paga em média benefícios de R$ 7.550,00, o que corresponde a mais de 5 vezes a média dos benefícios do RGPS (trabalhador privado) e a mais de 6 vezes a renda per capta nacional.

Conforme Nery, a aposentadoria por tempo de contribuição é o benefício de maior valor médio do RGPS, estando 73% acima da média de outros benefícios da Previdência (R$ 2.280,00 contra R$ 1.320,00), e é o dobro da renda per capta nacional calculada pelo IBGE, de R$ 1.140,51. Comparativamente, tal valor se situa 13 vezes acima da linha de pobreza do País e 26 vezes acima da de extrema pobreza, que balizam benefícios assistenciais como o Bolsa Família.
É pertinente destacar que, no ano de 2012, a Lei 12.618/2012 culminou por eliminar essa vantagem – aposentadoria integral – para os novos servidores. Mas, por um longo período, até a lei efetivamente começar a surtir seus efeitos financeiros, os servidores públicos, que recebem acima do teto da Previdência e compõem somente 5% dos beneficiados do INSS, ficarão com quase 20% dos recursos da Previdência Social.

No apanhado dos fatos, o pobre aposenta-se por idade, aos 65 anos; 60% dos aposentados por idade são de baixa renda. Classe média e alta é que se aposentam por contribuição, alcançando o teto do INSS. À maioria dos aposentados toca a aposentadoria mínima, que é o salário mínimo.

Resta, pois, que o nosso sistema previdenciário, se é efetivamente um problema para o Brasil, é uma solução para as castas que se situaram bem nas entranhas do Estado e dele ou por meio dele sugam tudo o que podem, inclusive a renda de final de vida dos desfavorecidos da Nação.



Léo Rosa de Andrade - escritor, professor, psicólogo e jornalista.

5 dicas de gestão para sua empresa não entrar na lista dos 5,3 milhões de pequenos negócios inadimplentes do país


Mais um dado assombra o brasileiro. Novo levantamento realizado pela Serasa Experian mostra que a inadimplência de micro e pequenas empresas atingiu um patamar recorde de 5,3 milhões no país. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma alta de 6,9%. O estudo aponta ainda que o resultado foi motivado pela alta da inflação, somada ao fraco desempenho da atividade econômica, mas a verdade é que há diversos fatores que implicam na inadimplência e que vão além de uma economia instável. Entre todos eles, um merece destaque: a má gestão dos recursos.

E contra esse fato, não há argumentos que revertam a situação. Isso porque, uma empresa pode ter como ponto alto, e até mesmo estratégico, um time de vendas arrebatador. Pode ter um método de produção extremamente ágil ou ainda um custo de produção baixo, que são fatores bem característicos de pequenas empresas de serviço. Ainda assim, sem gestão e organização financeira ela vai ter problemas e pode se tornar inadimplente. E pior ainda: quebrar, porque isso é só uma questão de tempo.

Existe um ditado que diz que uma empresa pode não dar lucro, mas tem que ter fluxo de caixa para não falir. E eu defendo essa lógica. Porque não há fintech com crédito em excelentes condições, juros baixos ou qualquer outro incentivo que resolva um problema de falta de controle do capital que entra e sai de um negócio. Com má gestão, tais soluções só vão tapar o sol com a peneira, pois é o mesmo que pegar dinheiro para vê-lo ir pelo ralo.

Ousaria até mesmo a dizer que, se não gosta de controlar o fluxo de caixa, não tenha uma empresa. É que um negócio, independentemente de seu tamanho, é como um organismo vivo. Ninguém consegue viver no limite de suas forças ou energias, pois certamente terá uma crise de ansiedade, um burnout e vai parar. Do mesmo modo, pois vale a analogia, uma empresa é um organismo vivo que não pode andar no limite seus gastos, sem ter onde cortar, pois vai parar.

Outra comparação também ajuda. Se uma pessoa tem com o carro, com o convênio médico ou ainda com a escola das crianças terríveis custos escondidos, não previstos, uma empresa também os tem, e eles devem ser identificados e controlados.  Por isso, algumas dicas são fundamentais para quem quer fazer uma melhor gestão, evitar a bola de neve da inadimplência e o pesadelo de um possível “bankrupt”:
  • Cuide do seu orçamento – Mesmo em crise e com as vendas abaixo da meta, as despesas continuam as mesmas. Só que isso não pode acontecer. É preciso investir tempo para analisar o orçamento e identificar o que pode ser cortado, postergado ou economizado.
  • Se você não tem todo o conhecimento em gestão, contrate um especialista da área – é muito comum, principalmente em pequenos negócios, que o dono seja aquele jogador que ataca, defende e faz o meio de campo. Só que isso é letal quando se trata de gestão. Fluxo de caixa não é para amador, é para profissional. Deixar essa atividade sob a responsabilidade de quem nunca gerenciou um negócio não dá certo. Investir em um profissional experiente ou ainda na terceirização desse serviço por empresa competente pode parecer um “alto custo”, mas com o tempo trará retorno.
  • Visão de futuro – trabalhe sempre com três cenários, um otimista, um realista e um pessimista. Mire no lucro do otimista, mas controle seus custos como no cenário de um resultado pessimista, que necessita ser muito prudente. Em outras palavras, se o resultado de um mês foi ruim, tome as providências imediatamente. Não espere que o amanhã trabalhe para resolver a situação.
  • Dívida, renegocie – Pague sempre primeiro todas as contas que têm os maiores juros ou que certamente vão te dar dor de cabeça como impostos, cartão de crédito, empréstimos ou financiamentos. Para as demais, evite o descontrole, mas na urgência renegocie prazos e valores e evite obter créditos com bancos e financiadoras.
  • Se a saída for o crédito, pesquise – Se buscar um crédito for mais interessante do que os juros de uma conta, vá em frente. Porém, busque sempre opções mais baratas e prazos mais longos do que os da dívida. Mas lembre-se, para uma empresa que está endividada, o crédito é sempre caro. Cuidado.
E lembre-se uma empresa sem fluxo de caixa, está doente. Medique antes que ela vá para a UTI. Reorganizar as finanças de um negócio pode ser demorado, já que em média leva até dois anos e apresenta muitas dificuldades. Nessas horas, toda a atenção com os custos fixos é válida, pois são eles que costumam ruir uma empresa. E acredite, no final das contas, todo esforço valerá a pena quando a empresa voltar a ter saúde financeira.





Dora Ramos - consultora e orientadora financeira, além de contadora e CEO da Fharos Contabilidade (www.fharos.com.br)


SECONCI-SP alerta sobre a prevenção e combate aos escorpiões


Na última década os registros de ataques do animal cresceram 460%


Os casos de acidentes com escorpião cresceram cerca de 460% nos últimos 10 anos no Estado de São Paulo, passando de 6.519 incidentes, em 2009, para mais de 30 mil em 2018, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Diante destes números, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil) traz orientações de como eliminar os criadouros do animal e os principais procedimentos a serem realizados em caso de picada. 

A assistente social do Seconci-SP, Flávia Lopes Augusto Sampaio, comenta que na região Sudeste a espécie Tityus Serrulatus, popularmente conhecida como escorpião-amarelo, é a mais comum. Com tamanho médio de sete centímetros de comprimento quando adulto, o animal possui reprodução partenogenética (sem a necessidade de um parceiro) e tem aproximadamente dois partos com, em média, 20 filhotes cada, por ano.

Flávia explica que os escorpiões possuem hábitos noturnos e costumam ficar em locais úmidos, quentes e escuros. “Na área urbana é muito comum encontrar estes animais dentro de botas, sapatos e em locais com acúmulo de entulhos”, destaca.

As baratas e pequenos insetos são os principais alimentos dos escorpiões. Por isso, para evitar a proliferação do animal, é muito importante não acumular lixo e entulhos nas obras. A assistente social também destaca que, como o escorpião costuma procurar alimentos em áreas próximas de onde está instalado, é preciso ficar atento a terrenos baldios que podem ser um criadouro.

“Se a pessoa identificar um local próximo à sua residência que pode ser um criadouro em potencial, basta acionar a prefeitura da cidade para que o proprietário do terreno seja notificado e intimado a realizar a limpeza”, recomenda.

Flávia destaca que as reações mais comuns ao ataque do animal são dor, vermelhidão e inchaço leve no local da picada, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor). Estes sintomas podem variar de uma pessoa para outra, mas a recomendação é lavar a região atingida com água e sabão, manter uma compressa morna no local ferido e buscar atendimento médico imediato. Nunca deve ser colocado gelo no ferimento ou tentar sugar o veneno.

O tratamento é realizado por meio do soro antiescorpiônico. “A picada deste tipo de animal pode levar uma pessoa a óbito em algumas situações, razão pela qual é indispensável o atendimento especializado para acompanhamento dos sintomas”, salienta a assistente social do Seconci-SP.


Prevenção

A eliminação dos ambientes que facilitam a existência do animal é a principal forma de combater a proliferação do escorpião. Por isso, manter a rotina de retirar entulhos da obra e usar luvas e botas neste processo pode evitar acidentes.

É muito importante sempre verificar o interior dos sapatos antes de calçá-los e evitar colocar as mãos em troncos de árvores e buracos no jardim. Em casa, é recomendável manter a cama e os móveis separados da parede e colocar protetores embaixo da porta.  

Mais informações sobre as espécies de escorpiões presentes no Brasil, tratamentos e formas de prevenção podem ser encontradas na cartilha elaborada pelo Instituto Butantan, disponível no link: http://www.seconci-sp.org.br//midia/132059584089689778.pdf


Colaboração: a riqueza da diversidade



Somos seres sociais. Precisamos dos outros do momento em que nascemos ao que morremos. Crescemos sempre rodeados de pessoas. Nessa estrada da vida, alguns se vão antes do que gostaríamos. Outros, somos nós mesmos que preferimos que desembarquem.

Entre chegadas e partidas, estamos sempre rodeados por grupos, seja no trabalho, na universidade, no clube. Isso é não só saudável, como muito necessário ao nosso próprio desenvolvimento. O problema é que, normalmente, estamos sempre rodeados de pessoas muito parecidas com a gente.

Nos aproximamos por afinidades, classe social, preferências. Nos acostumamos a conviver com pessoas que pensam e acreditam no mesmo que nós. E assim, vamos vivendo dentro de perfeitas bolhas impenetráveis, sendo muitas vezes, quase impossível ver o que está além, do lado de fora.

A tecnologia chega e reforça ainda mais essas muralhas invisíveis. Os algoritmos, que se julgam muito espertos, nos trazem só aquilo que eles pensam que queremos ver. Dessa forma, como num ciclo sem fim, constituímos ideias dentro de paredes imagináveis que separam o “nós” e o “eles”.

Cada vez mais fechados em nossos próprios círculos, ficamos dentro de redomas de vidro, blindados a tudo o que é diferente de nós. Ao menor sinal de contato com outras versões, nos armamos de argumentos sem nem ao menos sermos capazes de ouvir outras partes.

Nesse contexto “emsimesmado”, deixamos de lado a riqueza da diversidade. Ficamos colecionando figurinhas repetidas em vez de partir em busca da amplitude do álbum. Quem tem mais idade do que nós, é velho demais. Quem tem menos, é infantil. Quem tem mais dinheiro, é esnobe. Quem tem menos, é miserável. Quem pensa diferente é, simplesmente, esquisito. 

Esse é um movimento tão limitante que até as empresas já se atentaram. Não é à toa que muitas estão criando um novo cargo: o chefe de diversidade. Esse profissional tem a missão de garantir que a empresa tenha pessoas de vários gêneros, idades, classes sociais e principalmente experiências muito diversas. É essa mistura de olhares e visões que garante um ambiente realmente fértil para o novo.

A questão é tão séria que, recentemente, criaram o processo seletivo às cegas. A empresa descreve as características de uma vaga e entrevista os candidatos de forma virtual, distorcendo sua imagem e voz. Não é possível julgar e nem ser preconceituoso com nenhuma informação que não esteja contida apenas na comunicação com o candidato.

Os diplomas também estão sendo deixados de lado. A escola da vida, muitas vezes, ensina muito mais do que universidades de renome. O passado profissional importa pouco. A capacidade de construir um futuro alinhado com as perspectivas da empresa é muito mais importante do que o histórico. Trata-se de uma contratação projetada para o amanhã, não para o ontem.

Nesse ambiente, as chamadas soft skills, ou habilidades comportamentais, ganham ainda mais relevância. Do que adianta dezenas de formações técnicas e uma alta capacidade de entrega, se o profissional é incapaz de trabalhar e colaborar com o grupo?

Pesquisas mostram que profissionais de diferentes cargos e níveis são contratados por suas habilidades técnicas e demitidos por suas inabilidades comportamentais. E, num contexto de grandes e profundas revoluções tecnológicas, onde as tarefas técnicas estão ficando cada vez mais automatizadas, as capacidades comportamentais devem continuar se sobressaindo.

A colaboração, dentro de um contexto de ampla diversidade, livre de pré-conceitos e pré-julgamentos, promete ser uma maneira muito mais proveitosa de vivermos em grupos. A construção de uma nova sociedade depende de novas e nobres atitudes.






Marília Cardoso - jornalista, com pós-graduação em comunicação empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em inovação. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, professora de inovação em universidades e consultora na PALAS, consultoria de inovação e gestão. Ama aprender e é adepta da mentalidade de crescimento.

Mudança de comportamento: cresce três vezes o interesse de crianças por sites de e-commerce


AliExpress, Amazon e Ebay são as lojas mais acessadas. Entre os produtos mais procurados, estão roupas esportivas (Nike, Adidas), equipamentos eletrônicos (Apple, Samsung) moda (Gucci, Vans, Supreme, Zara, Bershka



Em comparação com o ano passado,  o interesse das crianças por compras online cresceu de 2% para 9% na América Latina, de acordo com dados da Kaspersky. Tal comportamento deve ser acompanhado pelos pais, que precisam fornecer orientações para garantir uma experiência online positiva e evitar que as crianças compartilhem indevidamente informações pessoais ou bancárias com hackers ou que elas acabem sendo vítimas de fraudes financeiras. Desta forma, torna-se fundamental que os pais, e outros adultos da família, se mantenham atentos às principais mudanças no comportamento online das crianças.

                   

De acordo com as estatísticas do estudo realizado pela Kaspersky, o crescente interesse das crianças em sites de e-commerce é uma tendência mundial, mas a sua extensão varia em função da localização geográfica. A comparação abaixo revela os registros de pesquisas de compras online, sendo que o maior crescimento ocorreu na Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes, (23%), seguido pela América do Norte (15%), a Europa, o Oriente Médio (11%), a Ásia e a América Latina (9%).

Embora existam algumas diferenças regionais, as lojas mais procuradas pelas crianças, a nível mundial, são o AliExpress, Amazon e Ebay. Quando se trata de marcas chinesas em particular, as visitas crescem, constantemente, ano após ano. Roupas esportivas (Nike, Adidas), equipamentos eletrônicos (Apple, Samsung) e marcas de moda (Gucci, Vans, Supreme, Zara, Bershka) são os sites mais procurados pelo público mais jovem.

Importante reforçar que a pesquisa de produtos online, bem como a visita à páginas de marcas específicas, não significam necessariamente gastos reais. Esta atenção crescente das crianças para compras online não deve ser interpretada como uma necessidade de proibir tais atividades, mas sim que os pais prestem atenção aos hábitos e conversem com os seus filhos sobre os riscos e as precauções necessárias, estabelecendo algumas regras básicas.

A internet oferece muitas oportunidades e as crianças e jovens já são uma audiência relevante para as lojas online. Independentemente de realizarem a compra ou não, eles precisam do apoio e orientação dos adultos para estarem seguros durante a navegação. Embora um software de controle parental possa evitar conteúdo impróprio, roubo de dinheiro ou compartilhamento desnecessário de dados pessoais, é fundamental que os adultos estejam cientes daquilo que os filhos estão fazendo online e garantam que eles estejam protegidos em todos os dispositivos. Além disso, esta é uma boa oportunidade para os pais passarem mais tempo com os filhos, criando e compartilhando listas de produtos favoritos, ao mesmo tempo que explicam o funcionamento da internet”, afirma Roberto Rebouças, diretor-executivo da Kaspersky Brasil.

Para que as crianças permaneçam em segurança na internet, a Kaspersky aconselha as seguintes medidas de prevenção:

•    Alertar sobre o uso de redes wi-fi não confiáveis – como as públicas – para pagamentos online. Os pontos de acesso à internet podem ser facilmente “hackeados” para interceptar e roubar os dados dos usuários;

•    Todos os pagamentos devem ser feitos na presença de um adulto até que os mais novos estejam suficientemente à vontade para fazerem sozinhos. Não se deve inserir informações do cartão de crédito em sites suspeitos ou desconhecidos;

•    Ensinar as crianças a importância de se evitar o compartilhamento de dados pessoais, seja por telefone ou online. Certifique-se sempre que elas têm confiança para pedir ajuda, sempre que existir um problema ou se não tiverem a certeza de alguma operação;

•    Proíba o compartilhamento de dados de pagamento (por exemplo, número de cartão de crédito, data de validade, CVV) com desconhecidos, incluindo amigos ou outros adultos. Certifique-se sempre que elas entendam que ninguém tem o direito de exigir essa informação da parte deles;

•    Restringir a gravação automática de informações de pagamento nos dispositivos que, se roubados ou perdidos, podem cair em mãos erradas;

•    Ativar a funcionalidade de controle parental no
Kaspersky Security Cloud, no Kaspersky Total Security ou utilizar a solução Kaspersky Safe Kids, que permite aos pais acompanharem o que os seus filhos fazem, acessam ou pesquisam online, incluindo nos dispositivos móveis. Ele também fornece conselhos úteis sobre segurança familiar na internet. Importante levar em consideração que, antes de usar soluções como essas, os pais expliquem seus benefícios de forma clara para que os seus filhos se sintam confortáveis com o envolvimento dos adultos.

Para saber mais sobre segurança infantil online, consulte o relatório de controle dos pais 2018/2019 da Kaspersky no
Securelist.



Kaspersky

O momento é de diálogo !


Especialista indica que um bom alinhamento estratégico passa pela harmonia

A falta de alinhamento estratégico atinge a maior parte das empresas, as vezes, algum departamento, uma diretoria ou profissionais individualmente. Isso porque alguém acredita, ou passa acreditar que trabalha numa empresa diferente dos demais profissionais da mesma empresa. Mas por que isso acontece ? Porque em algum momento a pessoa se perdeu na comunicação! O que foi alterado, o que foi modificado no objetivo inicial passou despercebido ou de forma distorcida por falta de entendimento, clareza, distanciamento ou até exclusão. Entender equivocadamente acontece com todo mundo. A questão é manter a ignorância sobre o que é correto por opção ou por falta do saber.

Vivemos um momento em que o diálogo está raro e difícil. A polarização está em todos os cantos Os ânimos estão alterados e nossas posições pessoais estão interferindo no trabalho e no desempenho coletivo. Por isso, o professor de MBA da FGV e da ESIC Internacional, Luciano Salamacha identificou que falta de alinhamento acontece quando o diálogo nas empresas não é estimulado.

Salamacha afirma que é urgente o momento de falar e de ouvir e orienta alguns passos para fazer um bom alinhamento com os colegas de trabalho e chefia.

* Perceba o seu isolamento. A falta de comunicação pode ter partido de você. As pessoas não te ouvem mais é uma questão de causa e efeito. Talvez você tenha insistido em uma mensagem que precisa se renovar, que não funciona como antes. Avalie se os seus argumentos estão ultrapassados, se precisam de uma nova roupagem. Lembre-se que o mundo está se renovando rapidamente.

* Entenda o processo, os interesses e objetivos individuais. Para criar um novo diálogo, uma nova roupagem na fala, é necessário comprender . Analise, estude, experimente novas estratégias dessa comunicação.

*Mantenha a harmonia acima de tudo. Quando há harmonia , há compreensão e as pessoas ficam dispostas a ajudar. Quando há discórdia em nível de disputa ou pessoalidade, há preconceito, julgamento e cada um julga a luz da própria história, do conhecimento adquirido individualmente, do que acham certo e errado. Sua mensagem poderá ser distorcida propositalmente para te prejudicar ou emperrar o seu processo. Não alimente inimizades.

* Peça ajuda. "Talvez eu precise de ajuda para me comunicar melhor”, “não quero criar atrito”, “quero que entenda que minha intenção é me fazer entender e compreender o que acontece com a empresa”. São frases que transmitem humildade, que podem desarmar o receptor e colocar nos trilhos um relacionamento ou situação que estava se desalinhando.

* Assuma que a culpa é sua, quando for o caso. Quando a falta de alinhamento gera desculpas todo mundo quer sair do foco. A palavra “Desculpas” – vem do latim, DES significa afastar e é assim que acontece quando há uma crise.
Então, se a comunicação está ruim assuma que você pode ter errado no caminho da compreensão. E que isso pode ter gerado o dissabor, o desencontro.

* Elimine os pré julgamentos equivocados . Deixe claro que não quer entrar em confronto. Que a intenção é saber se se perdeu os objetivos iniciais e retomar.

*Escute. Se desarme e coloque a bola no chão. Frases como “ Não quero questionar sua posição “ e  “ Quero ouvir “ , podem levar a verdade. Esteja preparado para ela, se a verdade que ouvir, não for exatamente a que você quer ou concorda. Não se precipite . Avalie com calma, reflita antes de qualquer medida, divida com pessoas de confiança e mais experientes.

* Elimine a ignorância do saber. Segundo o filósofo Jonh Rawls, para se alcançar o bem comum ou a liberdade individual temos que tirar “véu da ignorância” da nossa frente. Muitas vezes, o mantemos para nos autossabotar . Para o professor Salamacha, o pior é manter a mentira. A verdade, por pior que seja, nos liberta.

Luciano Salamacha, que é consultor de grandes empresa no Brasil e no exterior, especialista em estratégia, afirma: “bem alinhado o resultado vem, o prazer de trabalhar se renova e novas oportunidades de relacionamento surgem podendo melhorar a carreira. Não meça esforços em se alinhar com a vida . “





Luciano Salamacha - doutor em Administração e mestre em Engenharia de Produção. Preside e integra conselhos de administração de empresas brasileiras e multinacionais, Atua como consultor e palestrante internacional. É professor da Fundação Getúlio Vargas em programas de pós-graduação. Recebeu da FGV o prêmio de melhor professor em Estratégia de Empresas nos MBA’s, por sete anos seguidos. É um dos raros professores que fazem parte do “Quadro de Honra de Docentes”, da FGV Management. Também é professor de mestrado e doutorado no Brasil, na Argentina e nos EUA. Salamacha é coordenador de MBA de neurociências na ESIC Internacional, uma das mais importantes escolas de negócios da Europa. Luciano Salamacha é autor de livros e artigos científicos publicados no Brasil e no exterior. Foi pioneiro na América Latina em pesquisas sobre neuroestratégia e neurociência aplicada ao mundo empresarial.
Mais informações sobre Luciano Salamacha no site www.salamacha.com.br e no seu canal www.dicadosalamacha.com.br.

Big Data e Internet das Coisas: como as profissões do futuro podem economizar R$ 73 bilhões ao ano na produção do país


Levantamento recente feito pelo Senai projeta, nesta década, o surgimento de 30 novas ocupações no mercado de trabalho por conta da Indústria 4.0


Com o avanço da tecnologia, diversas profissões podem ser extintas nos próximos anos. Na contramão disso, surgem também novas oportunidades e a exigência por profissionais cada vez mais qualificados. Um levantamento recente feito pelo Senai projeta, nesta década, o surgimento de 30 novas profissões no mercado de trabalho graças à Indústria 4.0 - conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico.

Dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) indicam que a migração do setor para o conceito 4.0 pode trazer uma redução de custos de produção na ordem de R$ 73 bilhões ao ano. Essa economia envolve ganhos de eficiência, diminuição de gastos com manutenção de máquinas e consumo de energia.


Uma dessas tecnologias que pode alavancar oportunidades econômicas no Brasil é a chamada Internet das Coisas, que possibilita a conexão entre objetos físicos com a internet, como é o caso de carros que se locomovem sem a presença de motorista. Para Daniel Plotrino, especialista que atua na área, o profissional do futuro precisa ter algumas habilidades para se destacar no mercado.

“O profissional do futuro precisa ser, acima de tudo, muito curioso, explorador, tem que, constantemente, se atualizar, estudar, sem depender somente da formação acadêmica. Precisa ser um pouco autodidata e saber compartilhar, isso é muito importante”, ressaltou.

Os segmentos de automóveis; alimentos e bebidas; máquinas e ferramentas; petróleo e gás; têxtil e vestuário; química e petroquímica; tecnologias da informação e comunicação, além da construção civil, devem ser responsáveis por abrir a maioria das novas vagas.


Veículos

No segmento de produção de veículos automotores, quatro novas ocupações devem ser criadas: mecânico de veículos híbridos, mecânico especialista em telemetria, programador de unidades de controles eletrônicos e técnico em informática veicular. A projeção é que, em 10 anos, até 50% das empresas do ramo necessitem desses profissionais, segundo dados do Senai.

Na visão do presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais do Brasil (ASTEPS), Hugo Giallanza, as profissões do futuro no mercado de carros, por exemplo, vão exigir domínio de novos conhecimentos, como programação e aplicativos de software.

“Ninguém imaginava que essas coisas se tornariam realidade na velocidade em que elas estão se tornando. Então, a manutenção de um veículo desse é totalmente diferente. Ele é todo inteligente, ele informa. Um veículo desse vai ter menos problemas de manutenção técnica do que um carro a combustão, que você tem que trocar o óleo, trocar várias peças a todo o instante. Então, essa eficiência também vai ser convidativa para atrair novos entusiastas para esses veículos”, explicou.


Na era dominada por smartphones, tablets e aplicativos, profissões ligadas à tecnologia da informação, como analista de Internet das Coisas (IoT), especialista em Big Data (conjuntos de dados que precisam ser processados e armazenados), vão se tornar comuns. No mundo digital, a segurança das informações é uma das maiores preocupações de empresários e consumidores. 

A tendência é que, com isso, haja uma demanda por engenheiros de cybersegurança e analistas de segurança e defesa digital.

Para o escritor Sidnei Oliveira, autor do livro “Profissões do Futuro”, a inteligência artificial pode ser uma boa ferramenta de trabalho para suprir essa necessidade.

“O engenheiro de hoje tem os dias contados. Boa parte do trabalho de um engenheiro do passado ou do presente é facilmente resolvido pela inteligência artificial. A máquina, agora, está aprendendo. Qualquer profissão do futuro que seja ligada a uma atividade que eu precise aprender ou a uma atividade em que eu possa ensinar, esta é uma profissão boa para o futuro”, ponderou.


Mercado bilionário

Indústria que tem a tecnologia como matéria-prima, o mercado de eSports deve alcançar uma marca expressiva em 2019. Dados da Newzoo, agência especializada em análises de games e esportes eletrônicos, estima um faturamento recorde de 1,1 bilhão de dólares, com audiência de 453,8 milhões de pessoas no mundo.

O presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, ressalta que, por ser um setor com alto potencial econômico e que é consumido em qualquer lugar do mundo, o mercado de games já compete com modalidades tradicionais, como futebol e basquete.

“eSports são estas competições de games e vão precisar de mão de obra, pessoas que sejam especializadas em esportes eletrônicos”, afirmou.

Com o avanço das profissões do futuro, milhões de brasileiros temem pela expansão do desemprego, que já atinge mais de 13 milhões de pessoas no país. O diretor comercial e de marketing da Inbenta Brasil, Cassiano Maschio, acredita que certas ocupações devem desaparecer.

“São profissões mais operacionais, mais repetitivas, que exigem mais esforço físico: atendentes de telemarketing, caixa de banco, na verdade estas profissões já estão desaparecendo. Motorista também, por conta dos carros autônomos”, exemplifica.

Outra área que deve sofrer alterações nos próximos anos é o mercado financeiro. Os traders, nome dado aos investidores que buscam ganhos com compra e venda de ações ou ativos negociados em bolsa de valores, podem ter o trabalho potencializado por robôs.

“Tem robô de alta performance, que opera no mercado Forex, que é um mercado que movimenta 5 trilhões de dólares, de alta liquidez. Ele entra na operação de compra ou venda e realiza a compra da moeda, pode ser euro ou dólar, depende da nossa estratégia, do que nós vamos passar. É possível obter com o robô, de forma agressiva, até 50% do seu capital investido e, com certeza, será uma das profissões do futuro pela alta lucratividade”, avalia a trader Glaucia Pétri.

Do mercado de ações aos consultórios. Para o especialista em cybersegurança Leonardo Moreira, os médicos também terão que se habituar com mudanças no exercício da profissão por conta da tecnologia.

“Esses algoritmos matemáticos (de Inteligência Artificial) vão ajudar os médicos a conseguirem um laudo mais preciso. Não vai acabar com o médico, mas acho que vai transformar a forma com que a medicina é exercida”, declarou.


Diferencial

A especialista em comportamento humano Daniela Galhardo considera que o profissional do futuro, para se tornar competitivo no mercado, terá que ter um diferencial: as habilidades socioemocionais.

“As mudanças estão muito rápidas. Então, o que vai ser - além da profissão que você vai desenvolver - o grande diferencial para um profissional se tornar competitivo? São as habilidades socioemocionais. A gente está falando da própria habilidade de cooperar, empatia, criatividade, saber ouvir, resiliência, autoconhecimento, ou seja, a habilidade que ele (trabalhador) tem para exercer aquela função ou o que vai fazer no futuro. Não é o que ele faz, mas sim como faz”, alerta Daniela.







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