Pesquisar no Blog

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Você sabe quanto realmente está pagando pelo combustível?


Como aplicativo faz com que você controle seus gastos com combustíveis e saiba para onde vai seu dinheiro na hora de abastecer


Fundamental para qualquer motorista, o combustível está entre os itens que não podem faltar quando o assunto é veículo automotivo. A oscilação de preços e a diferença praticada pelos postos em todo o país faz o consumidor se questionar: por que a gasolina e o álcool são tão caros?

Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas grande parte do valor pago a cada litro de combustível é composto por tributos estaduais e federais, como o ICMS, PIS/COFINS e CIDE. Na gasolina, por exemplo, os impostos abocanham 45% do valor de venda ao consumidor, no etanol, 27% e no diesel, 24%.

“Independente do modelo, ano de fabricação ou marca do veículo, todas as pessoas que possuem automóvel, independente da renda, pagam o mesmo valor em tributos. E disso não há como escapar”, diz o presidente-executivo do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, João Eloi Olenike.


Na ponta do lápis

Para saber quanto você realmente pagou por litro de combustível, uma conta simples pode ser feita. Se você abasteceu R$ 100, por exemplo, com o litro da gasolina custando R$ 4,09, destes, R$ 45 foram direto para os cofres do governo, e você abasteceu aproximadamente 24 litros, pagando R$2,24 o litro. “Se o consumidor não tivesse que pagar esses R$ 45 de impostos, para onde ele destinaria esse dinheiro?” a pergunta é curiosa e desperta a atenção do cidadão para onde, de fato, seu dinheiro está indo. Com o que foi pago de imposto, no exemplo citado, seria possível abastecer mais 20 litros.

“É muito importante que o cidadão, ao efetuar qualquer compra, solicite a inserção do seu CPF na nota fiscal, pois dessa forma, ele ajuda a combater a sonegação fiscal, confirmando que este valor de imposto ele está realmente ‘devolvendo’ ao governo, evitando que ele seja desviado. A inserção do CPF na nota é tão importante quanto a informação do valor dos tributos embutidos a cada produto. É obrigação do comerciante, por lei, apresentar essa informação”, afirma Olenike.


Bomba furada

Independente do valor abastecido, o consumidor deve ficar de olho na oscilação de preços dos combustíveis, bem como nos tributos que incidem sobre eles. Para facilitar esse controle, recentemente o IBPT criou o Citizen – Cidadão Contribuinte, aplicativo disponível nas plataformas Android e iOs. Por meio dele, o usuário tem acesso ao preço do litro de combustível, o que facilita o comparativo, feito pelo aplicativo, entre outros postos em que já tenha abastecido.

“O aplicativo divide os gastos do consumidor por categorias. No caso da gasolina, depois de suas notas escaneadas, basta consultar essa categoria que o aplicativo reúne todos os gastos efetuados em postos de combustível, por exemplo. Essa é uma maneira de educar o cidadão quanto à sua vida financeira e aos impostos que paga a cada compra, da mesma maneira que fica mais fácil pesquisar onde é mais barato, de acordo com os estabelecimentos em que o usuário fez as suas compras”, diz Olenike.


Controle de gastos a um clique

De interface simples e intuitiva, o Citizen está disponível nas plataformas Android e iOS. Após baixar o aplicativo e fazer o cadastro inicial, o usuário faz a leitura do QR Code da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) ou do código de barras do DANFE da NFe (Nota Fiscal Eletrônica) de cada compra, podendo também lançar notas fiscais de meses anteriores. Por meio do app é possível controlar os gastos por categoria, data, valor total, estabelecimento onde comprou e pesquisar a evolução do valor unitário de cada bem ou mercadoria. Após seis meses de uso constante, registrando compras em supermercados, farmácias, lojas, postos de combustíveis e restaurantes, o aplicativo identifica a inflação do usuário.



Sobre o IBPT

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT atua desde 1992 na área de inteligência tributária ao realizar pesquisas, estudos e análises para gerar conhecimento e esclarecer a população sobre o complexo sistema tributário brasileiro. Ao mesmo tempo, vem transmitindo informações e dando consultoria estratégica sobre carga tributária setorial, implementando sistemas de governança tributária e desenvolvendo ferramentas e métodos a fim de incrementar a lucratividade das empresas. Seus projetos sociotecnológicos tem ampla utilização, como o Impostômetro, De Olho No Imposto, Lupa Nas Compras Públicas E Empresômetro.


Colaboração: a riqueza da diversidade


Somos seres sociais. Precisamos dos outros do momento em que nascemos ao que morremos. Crescemos sempre rodeados de pessoas. Nessa estrada da vida, alguns se vão antes do que gostaríamos. Outros, somos nós mesmos que preferimos que desembarquem.

Entre chegadas e partidas, estamos sempre rodeados por grupos, seja no trabalho, na universidade, no clube. Isso é não só saudável, como muito necessário ao nosso próprio desenvolvimento. O problema é que, normalmente, estamos sempre rodeados de pessoas muito parecidas com a gente.

Nos aproximamos por afinidades, classe social, preferências. Nos acostumamos a conviver com pessoas que pensam e acreditam no mesmo que nós. E assim, vamos vivendo dentro de perfeitas bolhas impenetráveis, sendo muitas vezes, quase impossível ver o que está além, do lado de fora.

A tecnologia chega e reforça ainda mais essas muralhas invisíveis. Os algoritmos, que se julgam muito espertos, nos trazem só aquilo que eles pensam que queremos ver. Dessa forma, como num ciclo sem fim, constituímos ideias dentro de paredes imagináveis que separam o “nós” e o “eles”.

Cada vez mais fechados em nossos próprios círculos, ficamos dentro de redomas de vidro, blindados a tudo o que é diferente de nós. Ao menor sinal de contato com outras versões, nos armamos de argumentos sem nem ao menos sermos capazes de ouvir outras partes.

Nesse contexto “emsimesmado”, deixamos de lado a riqueza da diversidade. Ficamos colecionando figurinhas repetidas em vez de partir em busca da amplitude do álbum. Quem tem mais idade do que nós, é velho demais. Quem tem menos, é infantil. Quem tem mais dinheiro, é esnobe. Quem tem menos, é miserável. Quem pensa diferente é, simplesmente, esquisito. 

Esse é um movimento tão limitante que até as empresas já se atentaram. Não é à toa que muitas estão criando um novo cargo: o chefe de diversidade. Esse profissional tem a missão de garantir que a empresa tenha pessoas de vários gêneros, idades, classes sociais e principalmente experiências muito diversas. É essa mistura de olhares e visões que garante um ambiente realmente fértil para o novo.

A questão é tão séria que, recentemente, criaram o processo seletivo às cegas. A empresa descreve as características de uma vaga e entrevista os candidatos de forma virtual, distorcendo sua imagem e voz. Não é possível julgar e nem ser preconceituoso com nenhuma informação que não esteja contida apenas na comunicação com o candidato.

Os diplomas também estão sendo deixados de lado. A escola da vida, muitas vezes, ensina muito mais do que universidades de renome. O passado profissional importa pouco. A capacidade de construir um futuro alinhado com as perspectivas da empresa é muito mais importante do que o histórico. Trata-se de uma contratação projetada para o amanhã, não para o ontem.

Nesse ambiente, as chamadas soft skills, ou habilidades comportamentais, ganham ainda mais relevância. Do que adianta dezenas de formações técnicas e uma alta capacidade de entrega, se o profissional é incapaz de trabalhar e colaborar com o grupo?

Pesquisas mostram que profissionais de diferentes cargos e níveis são contratados por suas habilidades técnicas e demitidos por suas inabilidades comportamentais. E, num contexto de grandes e profundas revoluções tecnológicas, onde as tarefas técnicas estão ficando cada vez mais automatizadas, as capacidades comportamentais devem continuar se sobressaindo.

A colaboração, dentro de um contexto de ampla diversidade, livre de pré-conceitos e pré-julgamentos, promete ser uma maneira muito mais proveitosa de vivermos em grupos. A construção de uma nova sociedade depende de novas e nobres atitudes.






Marília Cardoso - jornalista, com pós-graduação em comunicação empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em inovação. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, professora de inovação em universidades e consultora na PALAS, consultoria de inovação e gestão. Ama aprender e é adepta da mentalidade de crescimento.

Política de Segurança da Informação: Como proteger os dados de sua empresa de maneira clara e eficiente


Em um mundo cada vez mais conectado, que leva à utilização de vários recursos digitais, as empresas têm a necessidade de lidar com crescente e variada estrutura de TI. Neste novo contexto, a Política de Segurança da Informação, PSI, deve se tornar prioritária para mitigar riscos e atuar de maneira preventiva.

Considerado um documento imprescindível para orientar e hierarquizar o acesso aos dados, essa política garante efetividade na hora de proteger informações. Portanto, saber elaborá-la é um fator que vai garantir a continuidade do negócio.

Afinal, o que é PSI?

A política de segurança da informação (PSI) é o conjunto de ações, técnicas e boas práticas relacionadas ao uso seguro de dados. Ou seja, é documento ou manual que determina as ações mais importantes para garantir a segurança da informação.

Para um melhor entendimento, vamos pensar em, por exemplo, um código de ética dentro de uma empresa. Ele estabelece como os funcionários devem agir, o que é ético e como atuar se eventualmente houver uma “quebra de confiança” por parte de algum colaborador. A PSI tem a mesma função e seu desenvolvimento e aplicação são fundamentais para o sucesso de uma empresa. Segundo algumas pesquisas de mercado, 73% dos funcionários afirmam que o motivo de vazamento de dados se deve a falhas em procedimentos internos, negligência e ações mal-intencionadas.

Nesse sentido, as Políticas de Segurança da Informação garantem que os dados sejam protegidos, especialmente de concorrentes e outras pessoas não autorizadas, sendo, portanto, uma forma de manter elementos estratégicos longe de vazamentos.

Esta política cria processos para homogeneizar a atuação dos colaboradores, de modo que todos saibam o que fazer e o que evitar. Também ajuda a administrar corretamente emergências, sempre que acontecerem. Com o desenvolvimento de um plano de contingência, é possível saber como agir para prevenir danos maiores nos dados.

Como elaborar uma PSI?

Para criação deste documento, é importante contemplar a elaboração de um diagnóstico prévio. Devemos elaborar um processo contendo um Assessment para que todos tenham um entendimento sobre quais são os ativos de informação do negócio. Sem saber quais dados devem ser protegidos, é impossível ter sucesso nesta jornada.

Portanto, faça uma análise de quais são os dispositivos utilizados, o comportamento, as informações protegidas e os níveis de acesso que serão empregados. Ao reconhecer as principais necessidades, a política se tornará mais efetiva. Além disso, oriente sua equipe sobre os três princípios básicos de segurança corporativa: confidencialidade, integridade e disponibilidade. O primeiro deles determina que os dados só podem ser acessados por pessoas autorizadas. A integridade reforça que só aqueles que têm permissão poderão alterar as informações. E, por último, a disponibilidade prevê que os dados estejam sempre disponíveis para aqueles que podem acessá-los.

Aposte na criação colaborativa

Embora a PSI deva incluir níveis de acesso à informação, hierarquização de permissões e controles de acesso, é importante que ela não seja definida de forma isolada.

O ideal é que a empresa contrate uma consultoria ou eleja um comitê interno para o tratamento desta questão. O comitê deve ter o engajamento de todos os setores e livre acesso aos colaboradores, sendo possível atender às necessidades e reconhecer padrões de atuação.

Quando a PSI for aprovada, o ideal é que seja comunicada aos colaboradores para engajá-los na proteção dos dados, com definições claras do que deve ser observado e evitado.

Para que o processo seja bem-sucedido, nada melhor do que desenvolver campanhas educativas, que envolvam palestras, workshops e treinamentos. Um fator importante que devemos considerar são as sanções e punições em caso de descumprimento da mesma. Sabendo da importância da PSI e como planejá-la, sua empresa terá todas as condições de maximizar a segurança da informação. 





Claudio Tadeu Lima Filho e Longinus Timochenco - são, respectivamente, coordenador de Segurança da Informação e diretor de Cyber Defense da Stefanini Rafael na América Latina.


Posts mais acessados