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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Novas regras na portabilidade para planos de saúde empresariais


Uma nova regra da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) entrou em vigor no último dia 03 de junho e autoriza aos beneficiários de planos coletivos empresariais mudar de plano ou operadora sem cumprir carência, se achar necessário.

A mudança beneficiará 70% do mercado de saúde no país. Os planos empresariais são maioria e todos os consumidores serão alcançados. O período de troca, a chamada janela de portabilidade só poderia acontecer nos quatro meses contados a partir do aniversário do contrato, com a nova regra não há mais janela, ou seja, a portabilidade pode ser feita a qualquer tempo, desde que cumpridos os prazos mínimos de permanência no plano.

Entre as principais modificações, importante ressaltar, que não há necessidade de compatibilidade de cobertura entres os planos, ou seja, se optar por um plano com mais coberturas que o anterior, apenas cumprirá carência das coberturas acrescentadas. Para obter o relatório de compatibilidade o protocolo será enviado de forma eletrônica, através do novo Guia ANS de planos de saúde.

De acordo com a nova regra, para realizar a portabilidade é necessário manter o vínculo ativo com o plano atual, estar com a pagamento em dia e cumprir o prazo mínimo de permanência exigido no plano.

Na primeira portabilidade é necessário permanecer dois anos no plano de origem e três anos se tiver cumprido cobertura parcial temporária. Já na segunda portabilidade em diante, será necessário a permanência mínima de um ano no plano de origem ou dois anos se o beneficiário mudar para um plano com coberturas não previstas no plano de origem.

Para funcionários demitidos que tinham planos de saúde empresarial, esta mudança será vantajosa, anteriormente teriam que mudar de plano e cumprir a carência, agora podem optar por continuar no plano ou aderir outro sem cumprir a carência.





José Santana Junior - advogado especialista em Direito Médico e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados

Como deve ser a gestão que faz o negócio prosperar


A gestão de profissionais é um constante desafio nas empresas. Daí a importância de promover o envolvimento e comprometimento dos funcionários por meio de uma gestão que motive e valorize o profissional. Segundo Marcelo Loiacono, diretor de marketing e novos negócios da XGEN, especializada em plataformas de Inteligência Artificial para canais de atendimento, o ideal é que a empresa enxergue cada colaborador como parte de uma grande engrenagem.

“Desde o estagiário ao presidente, cada um tem a sua importância e precisa entender que se não houver envolvimento, irá comprometer toda essa engrenagem. E aí cabe a empresa oferecer o máximo de motivação para que estes funcionários se sintam parte dos resultados. Quando se cria o hábito de envolver a equipe em decisões estratégicas da empresa, a cumplicidade passa a ser um processo natural. O sucesso de uma empresa não é mérito de uma única pessoa, mas da junção de várias competências que estejam no mesmo nível de comprometimento com o negócio”, afirma o executivo.

Para Marcelo, mesmo que o líder já tenha praticamente tomado a sua decisão com relação a algum assunto, é importante consultar a equipe, não só para confirmar a confiança que se tem nos profissionais, mas para, de fato, coletar opiniões que podem ser decisivas na elaboração de estratégias internas. “É imprescindível ter uma postura de parceria e proximidade, compartilhar visões, experiências, conquistas e, consequentemente, comemorar os objetivos atingidos. Não pode haver adversários, mas parceiros em busca de um mesmo ideal. Neste contexto, a comunicação se torna uma estratégia fundamental para alinhar os objetivos com os funcionários e colocá-los no mesmo timing”.

Em setores cuja exigência é muito grande e, consequentemente, o estresse também, vale deixar a liderança autoritária para promover uma virada, ou ainda para lidar com profissionais mais complicados. “Em momentos de pressão e tensão, o ideal é manter a calma e a racionalidade para não tomar decisões no impulso. Por isso o gestor deve ter equilíbrio e inteligência emocional, pois, mesmo contando com uma equipe qualificada, será ele que deverá conduzir a situação e as decisões a serem tomadas. Respeito não se exige, não se impõe. Respeito se conquista. O líder é uma referência para os colaboradores e sua postura influencia diretamente no comportamento da equipe. É dever do líder criar uma atmosfera propícia para o crescimento e desenvolvimento de sua equipe, favorecendo um ambiente de produtividade e, certamente, de respeito”, explica Loiacono.

O executivo acredita que pressionar ou impor determinadas posturas/atitudes sempre se mostrou ineficaz e até prejudicial à produtividade dos profissionais. “Cito, como exemplos, o socialismo e o totalitarismo. Países que adotaram esses regimes se mostram atrasados em comparação aqueles que optaram pela democracia. Hoje, é evidente a prevalência da democracia no campo político, assim como da meritocracia no campo econômico. Empresas que sempre procuraram estimular seus funcionários, com planos de carreira e participação nos lucros, têm um desenvolvimento muito maior ao longo dos anos do que aquelas instituições, geralmente públicas, que não aplicaram políticas nesse sentido”, aposta Marcelo Loiacono.

Outro requisito importante para adotar uma gestão eficaz, segundo ele, é a obtenção de informação. “Estar sempre munido do máximo de informações possíveis é uma estratégia inteligente. Só assim um líder pode tomar uma decisão firme em situações críticas. Além disso, é preciso manter a clareza dos objetivos e fixar na mente da equipe o que a empresa busca. Neste sentido, a reciclagem das informações torna-se fundamental. E, como dito anteriormente, é importante que este líder tenha equilíbrio e inteligência emocional – características essenciais para agir em situações de maior tensão e que exigem raciocínio rápido. De modo geral, o gestor que possui este perfil consegue ser mais assertivo na tomada de decisões”, finaliza Loiacono.
 

Cinco dicas para melhorar os processos e fazer a inovação acontecer na indústria


A indústria atua como locomotiva do crescimento de um país. Seu papel é central quando falamos de desenvolvimento econômico e empregatício, além de ter importante função nas relações internacionais, graças às exportações. Como um todo, ela representa para o Brasil de hoje 22% de seu PIB (Produto Interno Bruto). São 49% das exportações realizadas e 32% dos tributos federais arrecadados. 

Para cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,40 na economia como um todo. Nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 no comércio e serviços. Como afirma a CNI (Confederação Nacional da Indústria), 67% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado vem da indústria e, por isso, ela pode ser considerada um dos berços de crescimento do país.

É na indústria que, muitas vezes, novas ideias e tecnologias atuarão primeiro, e é por isso que é preciso que esse seja um ambiente que estimule o desenvolvimento e crescimento de novas posturas. É preciso haver colaboração entre formação de profissionais para cargos ainda desconhecidos, e é necessário que haja maior parceria com o setor público. 

Porém, é imprescindível que os processos estejam extremamente afiados dentro da indústria. É preciso aproveitar ao máximo cada proposta de inovação. Maximizar produções, além de abrir espaço para a entrada de novas tecnologias que geram progresso. Tudo começa na melhoria do que já existe, nos processos e gestão que ganharão possibilidades infinitas quando alinhados com posturas que buscam inovar. Abaixo, algumas dicas de como proporcionar essas melhorias.


#1 Preste atenção nas pessoas: As pessoas, sejam clientes, colaboradores ou fornecedores, estão no centro das transformações. Mesmo que na indústria não se lide diretamente com clientes finais, são eles que estão mudando comportamentos e fazendo novas exigências, que posteriormente são repassadas à indústria. Portanto, é para elas que as empresas precisam olhar. É preciso ter canais para ouvir de forma profunda e empática, buscando antever as necessidades e desejos de quem está na outra ponta do processo. É preciso convidar o cliente, o fornecedor, o parceiro, para o processo de pesquisa e desenvolvimento. Grandes insights surgem a partir do momento que damos voz e vez a quem é a grande razão de existir da indústria.


#2 Vá além da qualidade: Qualidade não é mais um diferencial e sim uma obrigação. Num mundo de poucas barreiras, o concorrente mais novo e simples pode quebrar sua “fórmula secreta” e, do dia para a noite, ser igual, ou até melhor que você. É preciso se utilizar de uma melhoria constante, e essa só é possível quando se tem ferramentas de gestão que incentivam a inovação através de cada processo e colaborador. Os produtos e processos são frutos das mentes que os pensam, e quanto mais livres e direcionadas à inovação elas forem, melhores serão os produtos. A ideia é estar à frente no patamar industrial, não por ter a melhor tecnologia, mas as melhores cabeças pensantes.


#3 Invista na gestão da inovação: A maioria das indústrias acredita que inovar é adotar novas tecnologias. Novo maquinário, equipamentos mais avançados, softwares inteligentes. A famosa “indústria 4.0”. Porém, antes de sair comprando um monte de equipamentos novos, é necessário uma gestão focada em dar o “norte” para a empresa, uma verdadeira gestão da inovação. Muitas vezes, todos esses aparatos acabam sendo inutilizados ou subaproveitados por falta de capacitação humana para operá-los ou de direcionamento adequado. Não adianta ter várias tecnologias, mas não ter uma gestão que diga o que fazer com elas, onde elas são mais necessárias, e se são mesmo a melhor alternativa. A aplicação de uma gestão de inovação é indispensável. Assim, a empresa sabe onde investir seus recursos. Se isso for feito de qualquer jeito, só se angaria dívidas. É preciso se perguntar “o que eu ganho com a mudança de equipamentos?”. Não adianta trocar por trocar, para dizer que tem maquinário de ponta, ou que está na indústria 4.0. Toda gestão tem que ser pensada na saúde financeira da empresa. Às vezes, a troca nem é necessária ou há opções mais baratas. Esse investimento só vale se for realmente trazer mais dinheiro e melhorar a empresa. Se não, é custo e não investimento.


#4 É preciso errar: Fomos ensinados que o erro é ruim e deve ser punido. No entanto, grandes inovações surgem a partir de erros. O erro faz parte do processo de maturação de um produto. Precisamos aprender com eles em vez de jogá-los embaixo do tapete e/ou castigar o “culpado”. Quem é mais inovador fala em errar rápido para aprender e acertar mais rápido. Prega-se o erro de baixo risco, que estimula a experimentação, o teste e a aprendizagem. O mindset dos gestores antigos é o da perfeição na primeira tentativa. Isso dava pouco espaço para inovação. Hoje, entendemos que para inovar é preciso ser tolerante à experimentação e até ao erro. Dizemos que estamos em constante estado de beta, onde tudo pode ser alterado de forma ágil. Algumas alterações serão boas, outras nem tanto. Mas, está tudo bem. As ruins sempre deixarão lições importantes, desde que estejamos abertos a elas.


#5 Mente aberta para o futuro: Tudo que falamos é uma questão de mentalidade. Não adianta dirigir uma indústria, tentar levá-la para a frente, olhando apenas para o retrovisor. O gestor precisa ter os olhos voltados ao futuro, tentando antever cenários. Se livrar de crenças limitantes e conceitos pré-estabelecidos é o passo mais fundamental que um gestor deve dar no caminho da inovação. É preciso mudar o modelo de gestão de cima para baixo, num movimento top-down. Dessa forma, quando todos estiverem alinhados, na mesma página, a empresa será capaz de inovar e aproveitar o mar de oportunidades que o amanhã nos reserva. Ela estará, enfim, nos trilhos da inovação e com nova capacidade de ser a locomotiva de todo um país rumo ao crescimento econômico.






Alexandre Pierro - fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia e bacharel em física nuclear aplicada pela USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma/ Black Belt, especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade, ambiental e inovação. Atualmente, cursa MBA em inovação.

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