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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Como combater o estresse nos altos cargos?


O Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, de acordo com uma pesquisa feita pelo International Stress Management Association. Na nossa frente, apenas os japoneses. O que mais estressa o brasileiro é o trabalho, segundo 69% dos entrevistados. Eles relatam sofrer com as longas jornadas de trabalho, sobrecarga de tarefas e tensão no ambiente corporativo. Com a crise, a situação só se agravou. Quem continua empregado, passou a assumir o trabalho que antes era feito por três, quatro pessoas. E o fantasma da demissão continua assombrando.

Os transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Nos últimos dez anos, a concessão de auxílio-doença desses males aumentou em quase 20 vezes, segundo o Ministério da Previdência Social. Frequentemente, os doentes ficam mais de 100 dias longe de suas funções. No mundo todo, os gastos com essas doenças podem chegar a 6 trilhões de dólares até 2030, mais do que a soma dos custos com diabetes, doenças respiratórias e câncer, de acordo com do Fórum Econômico Mundial. Ainda assim, apenas 18% das empresas brasileiras mantém algum programa para cuidar da saúde mental dos seus colaboradores.

Nos altos cargos, a situação é ainda pior. Gerentes, diretores e presidentes são cada vez mais exigidos. A pressão por resultados é grande e a responsabilidade delegada a esses profissionais chega a ser insana. Muitos acabam criando rotinas desgastantes, buscando superação e um perfeccionismo inatingível. Mesmo quando não estão na empresa, continuam trabalhando em seus smartphones e laptops. Algumas empresas, em busca de resultados audaciosos, chegam a estimular a competição entre os próprios colaboradores, criando ambientes insalubres.

Provar sua capacidade vira uma obsessão para muitos. Na ânsia por melhores resultados, alguns acabam passando por cima de si mesmos e de seus limites. Quem permanece na empresa sente a pressão diária pelo atingimento de metas, gerando um clima de competitividade. Assim, o clima organizacional vai pesando, a comunicação deixa de ser fluida e o estresse toma conta. Os relacionamentos se tornam conflitantes, já que não há mais espaço para uma troca saudável entre as pessoas. Nesses casos, é mais sábio evitar o confronto e apostar no diálogo.

Combater essa situação não é algo fácil. O profissional precisa, primeiramente, desenvolver técnicas para uma melhor gestão do seu tempo. É preciso priorizar as tarefas em vez de achar que dá conta de tudo. Nesse sentido, também é muito importante aprender a dizer não. Nem tudo é possível, e é necessário comunicar isso com clareza e honestidade. Para isso, os profissionais precisam desenvolver inteligência emocional. Infelizmente, costumamos ver excelentes técnicos, mas péssimos gestores emocionais. Terapia e Coaching são técnicas que podem ajudar muito no autoconhecimento.

Outro ponto essencial é buscar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. É preciso quebrar a rotina de trabalho com atividades prazerosas, como uma atividade física, aulas de pintura, culinária, meditação, etc. Em casa, não há espaço para o profissional, e sim para o marido, pai, filho, irmão. Quem leva trabalho para casa constantemente acaba criando conflitos nas relações familiares. Quem não cria válvulas de escape para desacelerar pode ficar doente ou até adotar vícios, como álcool e drogas.  

Por fim, mesmo ao longo da dura rotina no trabalho, é importante que o profissional se permita pequenas pausas. Muitas vezes, um café no meio da tarde ou um almoço em boa companhia podem proporcionar um relaxamento importante para quebrar o estresse. Nosso cérebro precisa de descanso para funcionar a pleno vapor. Profissionais que se permitem ter esses pequenos prazeres ao longo do dia costumam ser mais criativos e produtivos. Muitas vezes, cinco minutos de descanso podem render mais que longas horas de trabalho.







Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.

Jovens sentem-se inseguros no mercado de trabalho por não terem clareza de possibilidades de carreira


Insegurança é uma das consequências da descontextualização da universidade com o mercado de trabalho


Escolher o que cursar na universidade não é uma decisão fácil, principalmente porque é feita enquanto ainda se tem pouca idade. Esta é somente a primeira importante decisão a se fazer quando se trata de vida profissional. Isso também acontece quando os jovens estão perto de concluir o curso de graduação, pois dentro de uma única área são várias as possibilidades de trajetória a se percorrer. 

Grande parte dessa dúvida é consequência da falta de contato das universidades com a realidade do mercado de trabalho. Em geral, as instituições de ensino tendem a passar um conteúdo teórico de qualidade, mas o estudante não consegue fazer a conexão de como realizar isso na prática, dentro do mercado de trabalho. 

“Como nosso público é formado, em sua maioria, por jovens universitários, esse é um ponto que eles sempre pedem aconselhamento, pois não têm muita clareza de como prosseguir”, revela Leonardo Gomes, Gerente de Seleção da Fundação Estudar.  

Confira uma lista de sugestões para ajudar nesta decisão:


E-books

A internet traz um mundo de possibilidades. Entre elas, os e-books que além de serem ricos em conteúdo, são portáteis e podem ser acessados de qualquer lugar, inclusive dos celulares. O e-book Decisão de Carreira, desenvolvido pela Fundação Estudar, traz o que o futuro reserva para o Brasil e como os millennials vão transformar o mercado de trabalho. Foram entrevistados especialistas em recrutamento e analistas para entender melhor quais são as perspectivas para as áreas específicas, abordadas nesta publicação.


TEDs

Esta também é uma excelente opção de se obter conteúdo de qualidade, conhecer pessoas do mercado e se inspirar em grandes líderes que contam boas histórias. É possível encontrar TEDs sobre diversos assuntos, que vão desde criatividade com a Elizabeth Gilbert em Como alimentar a Criatividade, passando por Como ser um líder inspirador com Simon Sinek e chegando a Como ser mais produtivo com Jason Fried. 


LinkedIn

Para saber sobre profissões, o LinkedIn é a rede social. Os principais líderes de todas as áreas possuem perfis repleto de informações que servem para inspirar, esclarecer e discutir sobre os acontecimento e evoluções do mercado de trabalho. Vale a pena seguir os perfis de Marc Tawil, Diretor criativo da Tawil Comunicação; Michel Lent Schwartzman, Sócio na Lent/AG; Matheus de Souza, Growth Hacker e Sócio do Projeto CR.U.SH; Flávia Gamonar | Pesquisadora doutoranda, professora e co-founder da Content Review; Paulo Fernando Silvestre Jr., Executivo de mídias digitais, professor e palestrante; Eden Wiedmann, Head de Planejamento da Cumbuca Serious Business; Taís Targa, Coach de empregabilidade, transição de carreira e recolocação, entre outros grandes líderes.

No LinkedIn, também é possível entrar em contato com esses líderes. Mande suas principais perguntas, mas com a cautela de não ser invasivo. “Mostre-se interessado, mas com cuidado para não ultrapassar os limites”, finaliza Leonardo Gomes.




Fundação Estudar

Estudar Na Prática

Como você tem impulsionado a gestão de conhecimento na sua empresa?


Você já parou para pensar que tudo o que somos e refletimos em nossas ações cotidianas é reflexo dos aprendizados que tivemos? Enquanto seres humanos, nascemos prontos para absorver e reproduzir conhecimento ao longo da vida. Isso é fundamental desde a execução das atividades mais primárias ligadas à sobrevivência – como se alimentar, por exemplo – até o estabelecimento dos laços que nos constitui enquanto sociedade. Afinal, não há evolução sem o compartilhamento de histórias que deram errado e sem referências de sucesso. Ter essa percepção de que hoje podemos ser melhores que ontem, e que amanhã seremos melhores que hoje, nos impulsiona a seguir em frente – em todos os aspectos da vida.  

Outro dia li uma frase do escritor Alvin Toffer que me fez refletir muito sobre o impacto que a busca por conhecimento tem em nossas vidas. Ele diz que “o analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Refletindo sobre a colocação, vi o quão estratégica é a fomentação de atividades que impulsionam a educação e o autoconhecimento dentro do ambiente de trabalho e o impacto delas em nossa evolução profissional e pessoal. 

Mesmo com a ascensão de uma série de recursos e facilitadores, a gestão de pessoas continua sendo um dos maiores desafios em todas as empresas. Isso é reflexo da complexidade que é a relação entre pessoas, especialmente no trabalho, ambiente em que as diferenças de expectativas resultantes da diversidade de personalidades e vivências ficam muitas vezes em evidência. Por isso, acredito que promover o engajamento de um time exige uma percepção macro do negócio e disposição de fazer a diferença. 

É preciso ter bem delimitados os perfis dos seus colaboradores, os objetivos de curto e longo prazo da empresa e acima de tudo suas causas, que nada mais são do que os motivos que nos fazem levantar todos os dias da cama dispostos a entregar o nosso melhor. Estabelecer processos cognitivos entre os colaboradores e a causa da empresa é fundamental para o bom andamento do negócio. Causas estabelecidas e vivenciadas engajam e exponenciam o interesse em otimizar as entregas. 

Para tal, é importante oferecer ferramentas de capacitação e educação corporativa que tragam não somente conhecimento técnico e de campo, como também princípios e teorias mais humanas, que explorem habilidades de comunicação, integração e liderança das pessoas. Sabe aquela sensação de mind-blowing? É ela que devemos buscar ao traçar uma experiência educacional para a empresa. 

Acredito que quando se trata de gestão de conhecimento, precisamos traçar estratégias que permitam focar no que o colaborador está precisando e menos no caminho que o levará até isso. Isso porque cada indivíduo tem suas particularidades e acrescenta de diferentes maneiras às atividades do time. Nesse sentido, vejo que a troca de experiência entre os colaboradores é de extrema importância. Essas experiências podem ser repassadas por meio da gestão de best practices, por exemplo. 

Seja por meio de uma Universidade Corporativa bem estruturada, cursos de capacitação, treinamentos periódicos, imersão de campo ou ainda aplicativos que permitem o acesso instantâneo a informações: o importante é que a estratégia seja de fato útil e complementar aos conhecimentos dos colaboradores.

É cada vez mais evidente que o investimento em ferramentas de capacitação multiplataforma alinhadas aos pilares estratégicos da empresa se faz necessário quando buscamos equipes motivadas e melhores resultados. É por meio delas que conseguimos transformar as ofertas em diferenciais competitivos para o negócio e para o cliente. 

Provando a importância dessas estratégias educacionais, uma pesquisa promovida pela consultoria Deloitte em 2016 apontou um aumento de 42% no número de organizações que aderiram a equipes dedicadas à prática de educação corporativa – quando comparado ao último balanço feito em 2014. O estudo, feito com uma amostra de 178 empresas, ainda conclui que houve um crescimento de 14% das que investiram em Universidades Corporativas e 74% das que apostam em treinamentos presenciais. 

A importância dessas ações fica ainda mais evidente quando pensamos no tempo de vida que gastamos no trabalho. Fazendo um cálculo rápido, podemos concluir que uma pessoa que começou a trabalhar aos 18 anos e que pretende se aposentar aos 55 anos, tendo um emprego formal com jornada de trabalho de oito horas diárias, ao longo desses 37 anos, passará o equivalente a 2960 dias trabalhando, que corresponde a mais ou menos oito anos e quatro meses ininterruptos no ambiente de trabalho. 

O que você espera tirar desses oitos anos e quatro meses da sua vida? Ou melhor: o que você tem feito para que seus colaboradores extraiam o melhor de si mesmos ao longo desse período? 

Aposte na sua equipe e disponha de recursos que a possibilite evoluir junto com o negócio. Isso é fundamental para que as pessoas encontrem um propósito nas suas atividades e, consequentemente, criem mais vínculos com as causas corporativas. No fim das contas, quem faz a diferença no mundo são os que acreditam no que fazem e fazem o que acreditam. 







Odair Castro - gerente de Recursos Humanos da MSD Saúde Animal.


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