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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Como lidar com a infelicidade profissional?


Um estudo realizado em 2017, pelo pesquisador Fredy Machado, mostra que 40% dos executivos brasileiros estão infelizes no trabalho. Além disso, existe o fato que 64% afirmam que gostaria de fazer algo diferente do que faz atualmente para ser mais feliz. A pesquisa foi realizada com mais de 300 profissionais, em 21 estados brasileiros e também fora do país.

A maior insatisfação dos executivos está em “não dar conta” de tudo o que precisam fazer. As jornadas excessivas, reuniões intermináveis, bem como o ritmo frenético de trabalho, faz com que os profissionais não se sintam plenamente realizados. A sensação de estar sempre correndo contra o tempo traz uma grande frustração.

O clima organizacional também é decisivo nessa questão. Empresas que não oferecem boas condições de trabalho, em ambientes muito competitivos ou com pessoas de difícil relacionamento, tendem a ser cercadas de profissionais insatisfeitos. Isso afeta a produtividade e mina as possibilidades de crescimento.

Outro ponto que leva à insatisfação é o profissional não fazer o que realmente gosta. Infelizmente, muitas pessoas não conseguem seguir a carreira que escolheu, se vendo obrigadas a buscar alternativas. Nesses casos, se não houver alguém que apoie a transição de carreira, é importante ter um hobby (plano B) paralelo, ainda que voluntário. Ter esse tipo de realização pode até tornar o trabalho oficial mais prazeroso.  

Logicamente, salário e benefícios são importantes, mas eles não podem nos escravizar. “Existem muitas pessoas inseguras trabalhando além do necessário para comprar o que não precisam e impressionar a sociedade”. Viver nesse ciclo de superficialidade é extremamente desgastante e desmotivador. Profissionais precisam de um propósito, uma razão para desempenharem seu trabalho com qualidade e felicidade.

É importante também manter equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Todos precisamos de tempo para investirmos e cuidarmos  da saúde, dos filhos e até dos estudos. Empresas que demandam que os profissionais fiquem ativos 24 horas por dia, sete dias por semana, acabam impossibilitando a programação de atividades fora da empresa, como frequentar uma academia ou fazer um curso.

Muitos profissionais precisam aprender a ressignificar seu papel, se perguntando se realmente gostam do que fazem, onde fazem e com quem fazem. Todos esses elementos são determinantes para a felicidade no trabalho. Se um deles não estiver bom, talvez seja hora de buscar outra alternativa. A infelicidade no trabalho pode até existir, mas ela precisa ser provisória. Nunca definitiva. Nós temos que ser os protagonistas das nossas carreiras.






Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.
www.nvhhuman.com.br/ 11 4858 3965



Homens também são vitimas de relacionamentos abusivos


A violência contra mulher é um tema amplamente divulgado pelos meios de comunicação. Esta pauta social é de extrema relevância para sensibilizar a sociedade e buscar punição para os agressores. Entretanto, ainda pouco debatido, os homens também sofrem violência física e psicológica, entre estes, a agressão dificilmente toma os mesmo contornos, alguns destes fatores, é o machismo, o mesmo que vitimiza tantas mulheres, mas em um efeito reverso - como vergonha de denunciar sua companheira, chantagens emocionais, e caso envolva filhos ou bens materiais. 

“Todo ser humano está propenso a sofrer relacionamentos abusivos, em sua maioria mulheres e crianças” explica a psicóloga Miriam farias.

Nem sempre as agressoras usam da força física, seria desproporcional. Além de bofetadas, arranhões, e uso de arma branca, como facas e objetos domésticos, muitas se empoem de calúnia, difamação, e fofoca familiar para destruir o companheiro, muitas vezes, motivadas por ciúmes e desconfianças.

"A cultura popular brasileira banalizou os casos de agressões com os homens, inclusive, tornando crimes, meras brincadeiras, como ameaças das esposas de envenenar a comida, jogar óleo ou água quente enquanto o companheiro estiver dormindo, e até mesmo “cortar o pênis” caso, o “cara” “faça algo errado”. É inadmissível qualquer tipo de tortura (física ou psicológica), independente do gênero", reitera a psicóloga.

Alguns países levam a sério o atendimento aos homens vítimas de relacionamentos abusivos, como, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. As ONGs internacionais Men's Advice Line e ManKind Initiative também prestam auxilio. No Brasil, a Lei Maria da Penha, já foi aplicada para proteger homens de suas conjugues, a justiça julgou essa importância, em casos extremos. 10% das denúncias na rede portuguesa de apoio a vitima são de homens.

Assim como os homens, muitas mulheres também não aceitam o final de um relacionamento, e passam perseguir e “infernizar” a vida do ex- companheiro. Inventam falsa gravidez para tentar “manter o relacionamento”.  Se for um casal que tiver filhos “ dificulta visitas,  e, podem até mesmo criar uma imagem negativa do ex companheiro para as crianças. Outras mulheres ameaçam entrar na justiça, como punição, para  conseguir bens materiais, com a famosa frase “ Vou tirar tudo que você tem”.

O American Journal of Preventive Medicine, coordenada pelo médico americano Robert J. Reid, ouviu mais de 400 homens aleatoriamente, por telefone, em 2017, 5%  deles afirmaram terem sido vítimas da violência doméstica no último ano;10% nos últimos cinco anos e 29% em algum momento da vida.


Pesquisa brasileira

Diante da ausência de dados oficiais no Brasil sobre a violência conjugal contra os homens, realizou-se um questionário no google forms, e disponibilizado em redes sociais (páginas e grupos do Facebook), para o público masculino responder, com a participação de 833 homens, entre o dia 14/04/2018 e 24/04/2018. O resultado foi  publicado pela Revista Eletrônica Âmbito Jurídico. Entre as perguntas:

Já sofreu algum tipo de violência nas relações intimas de afeto? 63,6% sim (521 pessoas); 15,6% talvez (128 pessoas) e 20,8% não (170 pessoas)
Justifica tudo o que faz, e quando se  esquece ou não tem tempo, ocorrem brigas? (ou já passou por isso em algum relacionamento?) 78,6% sim (629) e 23,3% não (190)

Não pode estar com amigos ou sua família porque ela tem ciúmes? (ou já passou por isso em algum relacionamento?) 63% sim (516) e 37% não (303).

A mesma mulher praticou mais de uma dessas condutas e em momentos diversos? 81,4% sim (667) e 18,6% não (152) Pode relatar o que sentiu após a violência sofrida, praticada ou retribuída? Recebi só no espaço aberto do questionário 464 relatos, além de outros em redes sociais.

Por meio do questionário verificou-se que os próprios homens não sabem identificar a violência afetiva – na primeira pergunta 63,6% (521) disse que sofreu violência afetiva, já ao final do questionário o número elevou-se para 75,3% (615) – e que um grande percentual naturaliza como comportamento feminino a invasão de privacidade, perseguição, posse, tapas, ser atingido por objetos e destituído de contato com a própria família, amigos e lazer individual.


Desesperança é um importante fator de risco para o suicídio


Depressão, desespero  desamparo e desesperança são sinais que podem demonstrar a intenção de tirar a própria vida.

Estamos no Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção e combate ao suicídio, que só no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, ceifou a vida de 55 mil pessoas entre 2011 e 2015. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora as estatísticas sejam assustadoras, é fundamental ressaltar que na maioria dos casos, o suicídio pode ser prevenido.

Como? Por meio da disseminação do tema e da conscientização sobre os fatores de risco envolvidos nas tentativas de tirar a própria vida. Em mais de 90% dos casos, o suicídio está ligado a algum transtorno mental não tratado ou não identificado. Os mais prevalentes são os transtornos do humor, como a depressão e a bipolaridade, que correspondem a cerca de 36% dos casos. A dependência de álcool e outras drogas está em segundo lugar, com 22%, segundo um estudo.


Anulação do sentido de existir
 
Um dos fatores de risco para o suicídio é a desesperança. Mas, antes de começar a falar da desesperança, é importante entender o que é a esperança. A origem da palavra vem do latim, spes, cujo significado é confiança em algo positivo. A esperança é o sentimento que expressamos quando temos confiança em realizar algo, em esperar, em ter expectativas.

“Quando perdemos essa capacidade de confiar, de acreditar e de ter expectativas sobre nossa vida, presente ou futura, podemos sentir a desesperança. Ela ocorre quando há uma ruptura, uma descontinuidade entre nossa própria existência, um conflito entre o ser e o estar. A desesperança é não enxergar o futuro, é pensar que não vale à pena viver”, comenta a neuropsicóloga Thaís Quaranta.

“A desesperança leva a pessoa a pensar que o amanhã simplesmente não vai acontecer e está intimamente ligada aos quadros de depressão, aos comportamentos autodestrutivos e à ideação suicida. Alguém com sentimentos de desesperança acredita que nunca terá sucesso, que nada de bom vai acontecer e que seus problemas nunca serão resolvidos”, explica Thaís.  


Estudos de Beck
 
O psicólogo Aaron Beck, criador da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), fez um estudo observacional de pacientes deprimidos e identificou que os pensamentos sobre o suicídio eram recorrentes naqueles que pensavam que seus problemas eram impossíveis de serem solucionados, com sentimentos intensos de desesperança.

“As chamadas regras do quatro D (desesperança, desemparo, desespero e depressão) dizem respeito aos sentimentos que as pessoas com ideação suicida expressam. Todos são importantes, porém atualmente a desesperança e a depressão parecem estar mais em evidência e isso é preocupante, pois estudos posteriores a este de Beck mostraram que a desesperança é um fator preditor importante para o suicídio”, acrescenta Thaís.

“A desesperança anula o sentido de existir enquanto pessoa, de estar no mundo. Por isso, é um sinal que deve ser mais bem entendido e percebido pela população para uma possível intervenção”, explica a psicóloga.


Como identificar a desesperança no dia a dia?
 
“Caso você desconfie que uma pessoa esteja pensando em tirar a própria vida, faça algumas perguntas, como: ‘quais são seus planos para o futuro’? ‘Viver vale à pena’? Provavelmente, se há sentimentos de desesperança, a pessoa terá muito dificuldade em respondê-las”, sugere Thaís.

Segundo a neuropsicóloga, as respostas serão negativas e pessimistas. “Mas isso não basta. É preciso também prestar atenção aos outros comportamentos, às frases, como “este problema não tem solução’, nunca vou conseguir resolver isso’;não vejo mais sentido em viver’.

“Isolamento social, mudança no padrão de sono, alimentação, cuidados pessoais e ameaças de suicídio também são importantes sinais de alerta. Lembrando que na maioria dos casos de suicídio, houve pelo menos uma forma de comunicação da intenção de tirar a própria vida. Portanto, uma ameaça sempre deve ser considerada”, ressalta Thaís.


O que fazer?
 
Cada situação irá exigir uma ação. Nos quadros iniciais de um transtorno psiquiátrico, como a depressão, é importante procurar um psiquiatra e um psicólogo para tratamento e acompanhamento. Nas ameaças, sem tentativas efetivas, também é importante procurar ajuda profissional de uma equipe de saúde mental.

“Entretanto, se a pessoa está na iminência de se machucar ou de tirar a própria vida, as medidas são outras. É preciso chamar o SAMU e não deixar a pessoa sozinha nem por um minuto. Também é preciso retirar possíveis objetos ou remédios que poderiam ser usados, assim como fechar janelas. Ou seja, deixar a pessoa em segurança até que a ajuda chegue”, orienta Thaís.

Falar sobre o suicídio é importante, conhecer seus fatores de risco também. Mas, acima de tudo, é preciso derrubar o tabu que envolve o tema. Muitas vezes, quem está pensando em tirar a própria vida tem vergonha de pedir ajuda, não demonstra seus sentimentos, portanto não pode ser ajudado.

"Não há vergonha, não há culpa. Sofrer faz parte da existência humana, ninguém está imune aos revezes da vida. O mais importante é saber que há esperança, que tudo pode ser resolvido e que a morte é uma solução definitiva para um problema temporário”, finaliza Thaís.

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