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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Diagnóstico precoce pode reduzir impactos de doenças pulmonares crônicas


A DPOC, conhecida como bronquite crônica e enfisema, é comum entre os idosos, mas adultos de todas as idades devem estar atentos aos seus sintomas


O envelhecimento da população em todo o mundo leva a várias mudanças na sociedade, como alterações no perfil de doenças que atingem as pessoas. Se antes a incidência de doenças infecciosas era maior, hoje, com uma população mais velha, é preciso dar atenção especial para as condições crônicasi, como diabetes, problemas no coração e doenças respiratórias. Uma delas, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é a quarta principal causa de morte no Brasil e, até 2020, deve se tornar a terceiraii.

Os números globais também são alarmantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 3 milhões de mortes foram provocadas pela DPOC, o que corresponde a cerca de 5% de todas as mortes em 2015iii. A DPOC é uma sigla que indica, geralmente, a combinação de doenças que reduzem o fluxo de ar nos pulmões, provocando sintomas como falta de ar, tosse seca e pouca disposição para fazer as atividades do cotidiano. Geralmente, agrupa duas condições: a bronquite crônica, que é a inflamação dos brônquios, e o enfisema, que é a destruição das paredes das células dos pulmões.

A principal causa da DPOC é o tabagismo, mas isso não significa que pessoas que nunca fumaram não devem estar atentas aos sintomas. Poluentes ambientais e gases emitidos pela queima de combustível, também afetam a função pulmonariv e são fatores de risco para desenvolver a doença. Um estudo da publicação The Lancet indicou que, de 1990 a 2015, o número de casos da doença aumentou em 44,2%, embora o número de mortes tenha diminuídov. Nesse período, houve grandes mudanças no comportamento da população, como maior preocupação com alimentação e estilo de vida saudáveis e diminuição do número de jovens fumantes, impactando diretamente na qualidade de vida das novas gerações.

Para o pneumologista Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, os dados revelam a importância de todo o sistema de saúde estar preparado para o tratamento de doenças crônicas e para realizar o diagnóstico precoce. 

"Embora a população mais atingida pela DPOC seja a idosa, a doença pode se manifestar a partir dos 40 anos. Muitas vezes, os pacientes não ficam atentos aos primeiros sintomas, como tosse frequente com catarro, e às pequenas dificuldades para se exercitar e fazer atividades cotidianas como subir escadas. O acompanhamento médico e o diagnóstico precoce são fundamentais para que a progressão da doença seja controlada, evitando limitações na rotina", explica o especialista.

Por essas razões, todas as pessoas devem estar atentas aos sinais da doença. No caso dos idosos, a proximidade da família pode ajudar a identificar rapidamente esses sintomas, que muitas vezes são negligenciados. Por isso, é comum que esses pacientes descubram a doença apenas em estágio avançadoi. Pacientes com exacerbações frequentes possuem 4,3 vezes mais risco de morte do que os que realizam o tratamento adequado e não enfrentam exacerbaçõesvi.

Além do acompanhamento com o especialista, o Dr. Mauro Gomes reforça que o tratamento contínuo é fundamental para manter as atividades habituais. "O uso da medicação adequada é fundamental para evitar complicações pela doença, incluindo a morte. Uma das opções de tratamento é o tiotrópio, que reduz em 16% o risco de morte nos pacientes com DPOC", finaliza o médico. O diagnóstico precoce, com o exame de espirometria e a avaliação médica, é a principal medida para evitar limitações na rotina e na qualidade de vida dos pacientes, principalmente em idade avançada.




Boehringer Ingelheim
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Dia Nacional da Doação de Órgão: crescimento do número de transplantes é insuficiente para reduzir fila


Enquanto um médico exerce o que pode ser a parte mais difícil de sua profissão, notificar familiares de sua perda, um fio de esperança é tecido para outra família. Quando existe a possibilidade e permissão dos familiares, a equipe atua rapidamente para que órgãos e tecidos de um paciente possam virar o marco de uma nova vida para outro. É em busca de maior conscientização e aceitação dos familiares que o Brasil comemora, em 27 de setembro, o Dia Nacional da Doação de Órgão.

Embora o processo para a doação no Brasil tenha apresentado evoluções importantes como sua desburocratização, o último levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), via Registro Brasileiro de Transplante (RBT), aponta que a quantidade de procedimentos no Brasil apresentou números bem próximos no primeiro semestre de 2018 quando comparado ao mesmo período de 2017, um crescimento de apenas 1,7%. Na comparação com anos anteriores (2017/2016) o aumento foi de 3,5%, números que já eram insuficientes para reduzir a fila de pacientes na espera. Mais de 15 mil pessoas passaram a aguardar por algum tipo de transplante no primeiro semestre desse ano, o que culminou em uma lista de espera com 32 mil pessoas ao final de junho deste ano.


O profissional por trás do transplante

Entre a retirada e o transplante de um órgão existem uma série de etapas. Para que isso seja possível, é necessário que o órgão corresponda a uma série de exigências até chegar ao novo corpo. Essas etapas vão desde as mais simples, como a verificação do tipo sanguíneo, até uma série de análises realizadas pelo Médico Patologista. Este profissional é o responsável por verificar se o órgão está em pleno funcionamento para desenvolver sua função em um novo organismo.

“Para que um órgão seja aceito em um corpo diferente, precisamos levar em conta não só a classificação sanguínea, mas o tamanho e a capacidade de desenvolver suas funções, pois em casos de mortes por infecção, por exemplo, o transplante pode ser descartado”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Clóvis Klock. A equipe médica, além desses especialistas, também é responsável por encontrar um destino com critérios de proximidade, considerando o tempo útil do órgão fora do corpo, gravidade do paciente e o tempo na lista de espera.

“Quando há um alerta de possibilidade de doação, tudo tem que acontecer com muita rapidez, partindo da conversa com os familiares, passando pela busca por um paciente compatível. Todo o processo deve acontecer respeitando o tempo limite de sobrevida de um órgão, que pode variar. Um coração pode ficar parado por até 4 horas, já um fígado resiste até 12 horas fora de um corpo e um rim aguenta 36 horas sem circulação sanguínea”, comenta o Dr. Klock.


O transplante além da sala de cirurgia

O processo de transplantar um órgão vai muito além de garantir que ele chegue em boas condições e que seja realizada com sucesso a cirurgia. Para que se possa afirmar com certeza que tudo deu certo, é preciso um processo de meses de acompanhamento. Isso porque é necessária uma atuação constante da equipe médica para garantir que o organismo se acostume e comece a funcionar adequadamente e sem risco de rejeições.

“Não é porque um coração começou a bater em um novo peito que o serviço está completo, o paciente ainda passará por muitos exames, biópsias e medicamentos para evitar a rejeição. O que nós médicos patologistas fazemos é avaliar a qualidade do funcionamento do novo órgão e o quanto ele está adaptado ao corpo e vice-versa”, finaliza o presidente da SBP.


Dados dos Transplantes:

Coração
189 transplantes;
1,8 por milhão de pessoas.

Fígado
1087 transplantes;
85 doadores vivos;
10,5 por milhão de pessoas.

Pâncreas
15 transplantes;
0,2 por milhão de pessoas.

Pâncreas/rim
43 transplantes;
0,4 por milhão de pessoas.

Pulmão
65 transplantes;
0 doador vivo;
0,6 por milhão de pessoas.

Rim
2.858 transplantes;
472 doadores vivos;
27,5 por milhão de pessoas.

Córnea
7.369 transplantes;
71,3 por milhão de pessoas.






 







Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos médicos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais.



Estudo global revela que 60% das pessoas empregadas com enxaqueca grave perdem, em média, uma semana de trabalho por mês


  • Estudo revela que a enxaqueca causa perturbações significativas na vida diária e no trabalho, que poderiam ser gerenciadas com melhores tratamentos preventivos e soluções para o local de trabalho
  • Estima-se que o custo com a enxaqueca chegue a 27 bilhões de euros na Europa e cerca de 20 bilhões de dólares anualmente nos EUA, incluindo os custos indiretos, como perda de produtividade
  • My Migraine Voice é o maior estudo global sobre pessoas que convivem com enxaqueca, envolvendo mais de 11.000 pessoas de 31 países.

A Novartis e a Aliança Europeia para Enxaqueca e Cefaleia (European Migraine and Headache Alliance, EMHA) anunciaram as descobertas do maior estudo global de pacientes com enxaqueca até o momento, envolvendo mais de 11 mil pessoas de 31 países.

A enxaqueca é uma doença neurológica que pode variar em gravidade com sintomas que vão desde dores de cabeça, náuseas, vômitos até sensibilidade à luz. O estudo My Migraine Voice incluiu pessoas que tiveram pelo menos quatro dias de enxaqueca por mês, com quase 90% delas tendo experimentado pelo menos um tratamento preventivo. As descobertas, revelam que a enxaqueca reduz a produtividade no trabalho para metade1. Em média, 60% dos entrevistados empregados perderam quase uma semana inteira de trabalho (4,6 dias) devido à enxaqueca no último mês. 

Além disso, o estudo My Migraine Voice examinou o impacto da enxaqueca no comprometimento geral do trabalho, incluindo redução da produtividade no trabalho e tempo de trabalho perdido devido à enxaqueca (absenteísmo) usando as perguntas do questionário de Incapacidade da Atividade e Produtividade no Trabalho (Work Productivity and Activity Impairment, WPAI). Aqueles que haviam trabalhado na semana anterior relataram que a produtividade total no trabalho foi reduzida em mais da metade (redução de 53%), com esse número subindo para 56% para aqueles com duas ou mais falhas no tratamento preventivo. 

"A enxaqueca é frequentemente descartada como apenas uma dor de cabeça ruim. Esses resultados lançam luz sobre uma doença invisível, ainda que debilitante", explica Elena Ruiz de la Torre, diretora executiva e ex-presidente da Aliança Europeia para Enxaqueca e Cefaleia. "Apesar de conviver com uma condição tão incapacitante, as pessoas que convivem com a enxaqueca se esforçam para ser muito produtivas, mas precisam de um alívio melhor dos sintomas e de apoio no local de trabalho para garantir que possam atingir seu pleno potencial. A EMHA está envolvida em várias iniciativas que estão comprometidas com esta causa."

Apesar do impacto devastador da enxaqueca, os entrevistados compartilharam que embora a maioria de seus empregadores (63%) soubesse sobre seu diagnóstico de enxaqueca, apenas 18% ofereciam apoio2. Além disso, muitos disseram que se sentiam julgados, estigmatizados ou incompreendidos por tirar folgas, ilustrando a necessidade de conscientização e apoio no local de trabalho.

"Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos participantes que compartilharam suas experiências conosco. Na Novartis, é nossa missão ouvir ativamente as pessoas em todo o mundo para atender às suas necessidades", disse Shreeram Aradhye, diretor médico e chefe de assuntos médicos globais da Novartis. "As descobertas do estudo My Migraine Voice ilustram claramente a necessidade de tratamentos mais eficazes e uma abordagem de tratamento holístico para pessoas que convivem com a enxaqueca. Estamos empenhados em fornecer novas terapias preventivas e soluções inovadoras, incluindo educação, treinamento à distância e aplicativos, para ajudar as pessoas com enxaqueca a superar os desafios que podem enfrentar em suas vidas e no trabalho."

A enxaqueca frequentemente ocorre durante o auge dos anos produtivos, entre as idades de 35 e 45 e, muitas vezes, resulta em incapacidade temporária durante os ataques. As pessoas afetadas podem ficar incapacitadas pelos sintomas que podem durar dias. A enxaqueca é onerosa para a sociedade, com custos totais estimados entre 18 e 27 bilhões de euros na Europa3,4 e cerca de 20 bilhões de dólares nos EUA5,6.


Sobre o estudo My Migraine Voice

O estudo My Migraine Voice foi um estudo global que avaliou o impacto mundial da enxaqueca do ponto de vista do paciente1,2. Os dados foram coletados através de um questionário on-line de 30 minutos em 31 países entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018. As perguntas do estudo avaliaram o impacto social, econômico e emocional da doença, a experiência real de um indivíduo que convive com a enxaqueca e sua jornada através do sistema de saúde e do ambiente de trabalho. 
Os participantes do estudo foram 11.266 adultos (com 18 anos ou mais) que tiveram pelo menos quatro dias de enxaqueca a cada mês nos últimos três meses e auto relataram ter sido diagnosticados com enxaqueca por um profissional médico. Dentre os recrutados, 90% tinham experiência de pelo menos um tratamento preventivo e destes, 80% tiveram que mudar o tratamento uma ou mais vezes.

Os participantes foram recrutados através de painéis on-line em todos os países. Em 11 países, alguns participantes foram recrutados por meio de organizações de defesa dos pacientes. Três quartos dos entrevistados do estudo eram mulheres, refletindo um padrão comumente observado da enxaqueca. A idade média dos entrevistados foi de 391. Cinquenta e seis por cento eram casados e 73% relataram que estavam trabalhando em período integral, em meio período, ou eram autônomos ou estavam estudando2. O estudo destacou a natureza crônica da enxaqueca, com mais de um em cada três entrevistados (37%) informando que foram afetados por 16 anos ou mais2.

O estudo foi iniciado e financiado pela Novartis e pela Aliança Europeia para Enxaqueca e Cefaleia, orientado por um comitê diretivo que inclui pessoas que convivem com a enxaqueca, neurologistas e organizações de defesa do paciente. Foi conduzido pela empresa de pesquisa de mercado GfK Health, da Suíça. Os resultados completos do estudo serão divulgados em congressos científicos em 2018 e em publicações revisadas por pares.


Sobre a enxaqueca

A enxaqueca é uma doença neurológica distinta7. Envolve ataques recorrentes de dor de cabeça moderada a grave, tipicamente pulsátil, geralmente unilateral, associada a náuseas, vômitos e sensibilidade à luz, ao som e a odores8. A enxaqueca está associada à dor pessoal, incapacidade e redução da qualidade de vida e custo financeiro para a sociedade9. Ela possui um impacto profundo e limitante sobre as habilidades de um indivíduo para realizar tarefas cotidianas e foi declarada pela Organização Mundial de Saúde como uma das 10 principais causas de anos vividos com incapacidade para homens e mulheres10. Ela permanece reconhecida e tratada abaixo do ideal9,11. As terapias preventivas existentes foram reaproveitadas a partir de outras indicações e estão frequentemente associadas à baixa tolerabilidade e falta de eficácia, com altas taxas de descontinuação entre os pacientes12.






Novartis



Referências
1. Schwedt TJ, Vo P, Fink R et al. Work productivity amongst those with migraine: results from the My Migraine Voice survey. Abstract presented at the 60th Annual Scientific Meeting of the American Headache Society (AHS), San Francisco, CA, EUA, 28 de junho a 1 de julho de 2018.
2. Data on file. Novartis, 2018.
3. Olesen J, et al., and CDBE2010 study group; European Brain Council. The economic cost of brain disorders in Europe. Eur J Neurol. 2012 Jan;19(1):155-62.
4. Stovner LJ, Andrée C; Eurolight Steering Committee. Impact of headache in Europe: a review for the Eurolight project. J Headache Pain. 2008 Jun;9(3):139-46.
5. Hawkins K, Wang S, Rupnow MF. Indirect cost burden of migraine in the United States. J Occup Environ Med. 2007;49(4):368-374.
6. Hawkins K, Wang S, Rupnow MF. Direct cost burden among insured US employees with migraine. Headache. 2007;48(4):553-563.
7. Migraine Research Foundation. Migraine Fact Sheet. 2015. http://www.migraineresearchfoundation.org/fact-sheet.html. Acesso em abril de 2018
8. National Institute for Neurological Disorders and Stroke. http://www.ninds.nih.gov/Disorders/All-Disorders/Migraine-Information-Page (link is external). Acesso em junho de 2018
9. World Health Organisation Factsheet on Headache Disorders. http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/headache-disorders Acesso em junho de 2018.
10. Global Health Estimates 2015: Disease burden by Cause, Age, Sex, by Country and by Region, 2000-2015. Geneva, World Health Organization; 2016.
11. Diamond S et al. Patterns of Diagnosis and Acute and Preventive Treatment for Migraine in the United States: Results from the American Migraine Prevalence and Prevention Study. Headache. 2007;47(3):355-63.
12. Blumenfeld AM et al. Patterns of use and reasons for discontinuation of prophylactic medications for episodic migraine and chronic migraine: results from the second international burden of migraine study (IBMS-II). Headache. 2013 Apr;53(4):644-55.

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