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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O drama venezuelano na fronteira


A crise política sem precedentes na Venezuela vem causando reflexos dramáticos em Roraima. Um estado com cerca de 500 mil habitantes, com atividade econômica pouco intensa, que enfrenta as dificuldades impostas pela distância, vê-se, de hora para outra, demandado por milhares de estrangeiros em busca de refúgio.

No último dia 15, visitamos Roraima com a Caravana de Prerrogativas da OAB. Embora nossa missão fosse debater esse tema institucional, logo no aeroporto pudemos sentir o drama causado pela entrada repentina de tantos refugiados – boa parte deles já a caminho do Centro Oeste e do Sudeste brasileiros.

Nas visitas que fizemos ao Tribunal de Justiça e ao governo estadual, percebemos grande preocupação com essa questão. Nas audiências de custódia, os venezuelanos já representam 50% das demandas. O sistema prisional de Roraima encontra-se em colapso: a principal unidade prisional foi depredada durante rebelião no ano passado, não existem barreiras de separação interna entre os aprisionados e a as facções dominam as duas unidades prisionais da capital. O preso que entra no sistema carcerário sequer tem como evitar a imediata filiação a um dos grupos faccionados – que, agora, já começam a utilizar a “mão-de-obra” venezuelana na ponta do crime.

Cruzar a fronteira é visto pelos venezuelanos como uma questão de sobrevivência. Nos abrigos, encontramos uma população esperançosa por encontrar um caminho de alento com suas famílias. Quando perguntamos as razões pelas quais estavam no Brasil, a primeira resposta era sempre a fome, a miséria e a falta de perspectivas no vizinho país.

Todavia, o acolhimento que buscam esbarra em dificuldades imensas, pois o estado de Roraima não está preparado e a precariedade na fronteira é enorme. Inexiste um controle mínimo de imigração e tampouco se conhecem os antecedentes de quem cruza a fronteira.  Não há controle de vacinação – ouvimos relatos em Boa Vista de doenças que antes não existiam no Brasil. Armas que estavam em poder da população venezuelana, também segundo as informações, são trazidas pela fronteira e caem nas mãos do crime organizado.

São relatos preocupantes, pois os ouvimos tanto de autoridades como de populares da região.

O sentimento é de que Roraima foi esquecido pelo restante do país e de que as autoridades fecham os olhos, confiando que esse problema ficará confinado ao longínquo estado. Essa, porém, não é a realidade. O problema merece a atenção de todo o País. Não podemos imaginar que um estado, sozinho, resolverá essa situação, especialmente pelas dificuldades sociais que já enfrenta em relação à sua população.

O que mais ouvimos dos amigos roraimenses foi um pedido para que relatássemos a todo o país a crise humanitária e social daquele estado, de modo a despertar nas autoridades nacionais a necessária atenção.

E é o que estamos buscando fazer, esperando que providências sejam realmente tomadas em nome da solidariedade e do estado democrático de direito.






 Cassio Lisandro Telles, advogado - presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB

 

7 Mitos da Segurança Cibernética


ESET desvenda crenças que podem colocar segurança do usuário em risco


O computador fica mais lento quando tem vírus? Malwares afetam um sistema operacional mais do que o outro? Para responder à essas e outras perguntas que circulam por aí, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, preparou uma lista desmistificando algumas das principais lendas da segurança digital.


Atualizações automáticas prejudicam o desempenho do meu aparelho

Antigamente, realmente era possível que um sistema ficasse lento ao ser atualizado, ou mesmo que o computador travasse. No entanto, este inconveniente foi ficando no passado e hoje os updates ajudam o usuário a manter seu computador seguro e funcionando normalmente. Estas atualizações geralmente corrigem possíveis falhas do sistema, que deixariam o dispositivo vulnerável, isso vale para celulares, PCs e outros.


Os vírus deixam meu dispositivo lento ou danificado

Mais uma lenda fundamentada em informações do passado, quando as infecções causavam lentidão nos sistemas. Atualmente, os malwares buscam mostrar propagandas ou conseguir dados sigilosos dos usuários. Para conseguir isso, muitas vezes, o invasor não deseja que seu vírus seja notado, portanto, as ameaças são desenvolvidas para passarem despercebidas, provocando o mínimo de mudanças possível. Já nos dispositivos móveis, ter um vírus instalado pode fazer com que a bateria acabe mais rápido, mas dificilmente o aparelho será danificado, já que ninguém ganha nada com isso.


Não tenho nada que interesse a um cibercriminoso

É bastante comum as pessoas acharem que somente famosos sofrem vazamentos de informações ou roubo de dados sigilosos, pois são pessoas que despertam a curiosidade da população e, geralmente, possuem boa condição financeira. No entanto, o mais comum são pessoas desconhecidas sofrerem com malwares, roubo ou vazamento de dados, já que o acesso a dados simples como nome e número de CPF são suficientes para que um criminoso faça um empréstimo em nome da vítima, por exemplo. Um dado que comprova isso é que o Brasil é um dos países mais atingidos por golpes no Whatsapp na América Latina.


Se recebi a mensagem de um amigo, não é golpe

Mesmo ao receber uma informação de alguém conhecido, o link pode ser uma ameaça. Muitas vezes, as pessoas compartilham informações sem verificar a fonte e, com isso, podem propagar notícias falsas, que o manterão desinformado, ou mesmo algo mais perigoso. Em um ataque de phishing, por exemplo, as pessoas são levadas a uma página falsa, na qual serão incentivadas a compartilhar dados pessoais, como nome completo, e-mail, telefone e até dados bancários em troca de prêmios, brindes ou resgate de dinheiro. 


Malwares atacam somente Windows

Este é mais um mito das antigas. Ele existe pelo fato de que até alguns anos atrás, o Windows era o sistema operacional mais utilizado, portanto, os atacantes virtuais desenvolviam muitas ameaças para essa plataforma. No entanto, atualmente, outros sistemas muito utilizados possuem diversas ameaças detectadas. De acordo com pesquisa da ESET, no primeiro semestre de 2018, o Android teve um total de 322 falhas de segurança, sendo que 23% delas foram críticas. Enquanto isso, o iOS, foi teve 122 vulnerabilidades detectadas, sendo 12% delas críticas.


Posso instalar um vírus assistindo vídeos?

Muitas mensagens circulam por aí alertando sobre um vídeo que estaria espalhando vírus. Porém, hoje em dia, a maioria dos vídeos são hospedados em plataformas como YouTube e Vimeo e não representam riscos se assistidos diretamente de lá. Porém, se o vídeo tiver que ser baixado no computador ou celular, aí sim a ameaça pode existir. Vale ficar de olho no formato do arquivo para saber se de fato é um vídeo, já que o arquivo pode ser um trojan ou possuir extensão dupla, contendo código malicioso, deve-se ter em mente que isso não ocorre somente com vídeo, pode ocorrer com uma foto ou mesmo com aplicativos relacionados. Extensões como .mp4, .mov, .avi e .wmv são as mais comuns para vídeos.


Posso ter meu celular clonado apenas por atender uma ligação?

Outra mensagem comum é o alerta para não atender à ligações de um determinado número, pois seu celular será clonado. Trata-se de mais um boato, talvez um dos mais antigos que circulam desde a popularização dos aparelhos móveis. A ESET esclarece que a clonagem de um número é sim possível por meio de outras formas mais complexas, mas não ao simplesmente atender uma ligação. 

"Para aproveitar a internet com segurança, é necessário que o usuário se livre de antigas crenças e se conscientize da melhor maneira de proteger seus dispositivos contra malwares, phishings e outras ameaças. O melhor caminho é sempre o bom senso na hora de navegar, evitando o preenchimento de informações em sites desconhecidos, e possuir um antivírus robusto instalado, para melhorar a proteção contra as principais ameaças que qualquer dispositivo pode enfrentar", aconselha Camillo Di Jorge, country manager da ESET no Brasil.

Para mais informações, acesse: http://www.welivesecurity.com/br/






ESET



Como usar o cartão de crédito e manter as finanças em dia?


 O cartão de crédito é, para 49% dos brasileiros, o meio de pagamento mais utilizado para financiar compras, segundo dados do SCPC. Mas, apesar de ser um recurso interessante para muita gente, ele divide opiniões, já que também é um dos grandes responsáveis pelo endividamento.  

A inadimplência tem como uma das origens a confusão entre crédito e receita, que faz com que as pessoas “gastem o que não têm”. E, em muitos casos, o crédito oferecido pelas instituições é bastante incompatível com a capacidade financeira do consumidor, que normalmente encontra dificuldade para administrar essa situação. 

Diante do excesso de dívidas com o cartão de crédito, algumas pessoas optam por outras soluções para pagar a conta, como cheque especial e empréstimos. Essa decisão deve ser muito bem avaliada; caso contrário, o acúmulo de juros pode render ao devedor a famosa “bola de neve”. 

Afirmar que o cartão de crédito é um vilão, no entanto, é exagero. Se usado com sabedoria, o recurso pode ser um aliado das finanças e facilitador da concretização de planos. Para quem vai viajar, por exemplo, o cartão pode ser interessante, pois permite que, por meio do parcelamento, você chegue ao período do passeio com grande parte das despesas pagas. Planejar-se para adquirir um bem é válido. Contudo, o que temos percebido é o aumento do uso do cartão até para o pagamento de despesas básicas e valores quase inexpressivos, como pequenas compras na feira. 

Hoje, há uma infinidade de cartões de crédito, e são oferecidos em todos os tipos de estabelecimento: além dos bancos, hipermercados e lojas de departamento têm disponibilizado esse recurso aos consumidores. O meu conselho é: resista à tentação. Quanto mais dinheiro tem disponível, mais o indivíduo se sente compelido a gastar, e as chances de perder o controle com tantos cartões são enormes. 

Outro hábito que merece atenção é o cadastro de cartões de crédito em aplicativos. Muitas vezes, essa facilidade faz com que as pessoas só tenham consciência do que gastam quando a fatura chega. 

Se o cartão tem consumido muito da sua renda e você acha que nunca sobra dinheiro para poupar ou desfrutar de alguns momentos de lazer, é hora de encarar as suas finanças e entender a sua realidade: pegue seu holerite e cheque o salário líquido, que é sua verdadeira receita. Depois, registre seus gastos para identificar com o que o seu dinheiro está sendo gasto e o que pode ser cortado. Isso exige coragem e não necessariamente será confortável, mas certamente te ajudará a organizar o orçamento e, consequentemente, ter uma vida mais tranquila.





Dora Ramos - orientadora financeira e diretora responsável pela Fharos Contabilidade. 

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