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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mioma atinge cerca de 50% das mulheres dos 30 aos 50 anos


Períodos menstruais com fluxo excessivo e dolorosos, peso no baixo ventre e  infertilidade podem ser alguns sinais da doença


Miomas são nódulos benignos que se formam na parede interna ou externa do útero e que costumam se manifestar principalmente durante a fase fértil, isto é, o período em que a mulher menstrua. Estão bastante associados com os hormônios femininos e geralmente regridem após a menopausa (período em que cessa a menstruação). São mais frequentes em mulheres negras (não se sabe ainda por qual motivo tal ocorrência) e naquelas em que há alguma familiar também acometida por miomas. A ginecologista e obstetra Dra. Kelly Alessandra da Silva Tavares, da capital paulista, alerta para os sinais e indica como tratar o problema.

“O mioma se desenvolve a partir do tecido muscular liso do útero, no qual uma única célula se divide repetidamente e desenfreadamente, até criar uma massa distinta dos tecidos próximos. Eles podem se desenvolver de forma lenta, rapidamente ou permanecer do mesmo tamanho”. diz.

 “Há 3 tipos de miomas: os subserosos que se localizam na parte externa do útero e geralmente crescem para fora e não costuma afetar o fluxo menstrual. Outro tipo são os intramurais, aqueles miomas que crescem no interior da parede uterina e se expandem, fazendo com que o útero possa aumentar seu tamanho. São os tipos de miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso no baixo ventre. Os miomas submucosos são aqueles que se localizam dentro da cavidade uterina (local onde o bebê cresce durante a gestação) e podem provocar intensos e prolongados períodos menstruais, ensina a médica.

O diagnóstico é feito a partir dos sintomas apresentados seguido de exame físico e exames complementares como ultrassonografia pélvica, ressonância nuclear magnética e histeroscopia. "Já o tratamento varia muito de acordo com os sintomas e a época da vida reprodutiva (se a mulher deseja ou não ter filhos) e pode ser cirúrgico (retirada dos miomas e/ou do útero) ou conservador (com medicamentos que controlam o sangramento e preservando o útero e os miomas)", finaliza.






Dra Kelly Alessandra da Silva Tavares -  Médica ginecologista e obstetra com pós graduação em nutrologia com enfoque na saúde da mulher em todas as fases da vida, promove a orientação sobre hábitos saudáveis de vida, prevenção de doenças, seguimento de rotina ginecológica e pré natal.
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) em 2004 com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição em 2007. Especialista em Endoscopia Ginecológica pela FEBRASGO/AMB em 2009 e mestre em Ciências da Saúde em 2016 e pós graduanda em nutrologia pela Associação Brasileira (ABRAN).

Pesquisadores desenvolvem ovário artificial


Dinamarqueses anunciam criação de órgão que receberá os folículos ovarianos até que a paciente possa recebê-los de volta


Pesquisadores dinamarqueses divulgaram o desenvolvimento de um ovário artificial que permitirá a gestação em mulheres inférteis devido à quimioterapia e radioterapia. O anúncio ocorreu durante encontro anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana, em Barcelona, na Espanha.

“A proposta dos estudiosos da Dinamarca é retirar o folículo ovariano e estimulá-lo fora do útero para obter óvulos. Quando retirados, eles ficam em uma estrutura majoritariamente de colágeno, obtida a partir de células ovarianas. Isso é o que eles chamam de ovário artificial”, explica o ginecologista Rui Alberto Ferriani, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada de Reprodução Humana, da FEBRASGO. Desta forma, prossegue o médico, quando reimplantados, a mulher poderá uma gravidez normal, sem a necessidade de fazer fertilização in vitro.

O tratamento para combater o câncer pode causar a infertilidade. Atualmente para mulheres que serão submetidas a quimioterapia ou radioterapia recomenda-se o congelamento de óvulos e  quando  querem engravidar precisam fazer fertilização in vitro.

Outra opção é remover parte do tecido ovariano e congelá-lo antes do início do tratamento. Quando a paciente estiver curada, é reinserido no organismo para viabilizar uma gravidez natural.

“A lesão do ovário pela quimioterapia é um problema. Então dispomos da fertilização ou da remoção do tecido para que essa mulher possa ser mãe. A dificuldade dessa última técnica é que o tecido pode conter células cancerígenas e quando reinserimos existe a possibilidade de o câncer reincidir”, ressalta Ferriani.

O médico ainda alerta: a infertilidade depende do tipo de quimioterapia e da idade da paciente.

“Não são todos os tratamentos com quimioterapia que deixam a mulher infértil. A idade mais avançada e alguns tipos de quimioterapia podem ter um impacto maior sobre a função do ovário”.

A técnica poderá beneficiar também mulheres com esclerose múltipla e beta-talassemia, que passam por tratamentos agressivos, e aquelas com menopausa precoce.

Ainda na fase inicial de desenvolvimento, o ovário artificial deverá ser testado em humanos dentro de 5 a 10 anos, segundo informação dos pesquisadores.


10 fatos que você precisa saber sobre a cirurgia bariátrica


Aprenda mais sobre uma das cirurgias mais realizadas do país


O número de intervenções realizadas por meio de cirurgias de redução de estômago cresceu consideravelmente nos últimos 10 anos no Brasil. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a tendência é que esse número aumente cada vez mais. Em conjunto ao crescimento das operações, também deve ser expandido o alcance de informações sobre a intervenção. 

Dr. Luiz Vicente Berti, cirurgião bariátrico e um dos principais especialistas do país, alerta que por mais que seja um procedimento notoriamente seguro é necessário estudar suas condições antes de realizá-lo. O médico faz alguns alertas a quem deseja fazer a gastroplastia. Veja:


1. A cirurgia bariátrica não é feita exclusivamente para fins estéticos. Apesar de alterar a aparência física do paciente, esse não é o motivo pelo qual a intervenção é procurada. Através do emagrecimento, a redução do estômago resulta em melhorias na saúde e qualidade de vida. Por isso consulte sempre um profissional especializado.


2.Não é qualquer pessoa que pode se submeter à cirurgia. Existem pré-requisitos que o paciente deve seguir para poder ser operado. Alguns exemplos:
- Ser maior de 18 anos (ou 16 anos em casos específicos);

- Realizar avaliações clínicas e exames pré-operatórios;

- Apresentar um histórico de dificuldade em perda de peso;

- Apresentar o índice de massa corporal (IMC) acima de 40 kg/m² ou 35 kg/m² se houver problemas de saúde relacionados ao excesso de peso como diabetes, colesterol, esteatose hepática etc.


3.Existem vários métodos diferentes para realizar a intervenção. A conduta feita pela banda gástrica é considerada a mais simples e menos invasiva, porém seu resultado não é tão considerável quanto aqueles realizados por outros meios. A gastrectomia vertical remove uma parte do estômago do paciente, diminuindo a quantidade de comida armazenada no estômago. Assim, o paciente consegue eliminar até 30% do seu peso inicial. A cirurgia do bypass gástrico, por sua vez, além de reduzir o estômago, cria um desvio no intestino do paciente, possibilitando a perda de até 40 % do peso do operado.


4.Acompanhamento psicológico é indicado no período pós-operatório. Um profissional da psicologia pode ajudar o paciente a fim de deixar a recuperação mais tranquila. Além de se adaptar com sua nova fisionomia, o operado precisa de ajuda para lidar com as dificuldades pós-operatórias e com as restrições alimentares.


5.Os pacientes deverão ser orientados por nutricionistas pelo resto da vida. Aqueles que se submeteram à redução de estômago devem procurar e, principalmente, seguir orientações nutricionais para a elaboração de uma dieta que mantenha os benefícios da operação. Reposições vitamínicas são regularmente indicadas no processo pós-operatório, em especial o uso de ferro de alta absorção.


6.Cirurgias estéticas são ocasionalmente necessárias. Em pacientes em que a perda de peso foi muito grande, é provável que a operação resulte em excesso de pele. Em todo caso, cirurgias de retirada de pele poderão ser feitas após o peso estar totalmente estabilizado, ou seja, aproximadamente dois anos depois da redução.


7.É possível que o paciente engorde novamente após a cirurgia. A cirurgia é apenas uma parte do tratamento de mudança de vida através do emagrecimento. O paciente deve seguir rigorosamente as indicações médicas por toda a vida, a fim de manter o resultado a longo prazo.


8.É necessário que mulheres esperem 24 meses após a cirurgia para engravidar. Depois de aproximadamente dois anos da cirurgia, o organismo está equilibrado para suportar as necessidades de um bebê. De qualquer forma, é importante que a grávida receba atendimento médico durante toda a gestação para verificar uma possível carência de vitaminas na criança.


9.O paciente não deve ingerir alimentos sólidos durante um mês após o procedimento. Nas primeiras semanas, o paciente deve alimentar-se de alimentos líquidos e pastosos, podendo voltar à dieta sólida após o trigésimo dia de pós-operatório. A dieta deve ser feita em conjunto com a ingestão de vitaminas, para que, por exemplo, não ocorram complicações devido à falta de nutrientes, como anemia e queda de cabelo.


10. A colelitíase pós-cirurgia bariátrica, doença popularmente conhecida como pedras na vesícula, acomete 36% dos pacientes recém-operados. De acordo com o cirurgião bariátrico Dr. Luiz Vicente Berti, a doença se dá por cálculos biliares ocasionados pela rápida perda de peso ou por dietas com baixa caloria. Para evitar a colelitíase, os pacientes devem se informar com seus médicos sobre como reduzir o risco de formação de cálculo biliar após a redução de estômago.

Para finalizar, Dr. Berti alerta que a cirurgia bariátrica, assim como qualquer outra cirurgia, traz riscos especialmente àqueles que não seguem as recomendações médicas à risca. Por mais que seja uma intervenção invasiva, é um meio seguro e garantido de atingir o emagrecimento, ao contrário de diversos métodos de perda de peso que são popularizados hoje em dia.



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