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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Cuidados para o retorno presencial às escolas

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Governo de São Paulo anunciou volta às aulas presenciais a partir de 2 de agosto, sem percentual limite de capacidade, mas estudantes devem manter distanciamento de ao menos 1 metro


O Governo de São Paulo, por meio do Plano São Paulo, anunciou o retorno às aulas presenciais a partir do dia 2 de agosto. A iniciativa foi apresentada após a antecipação da imunização dos profissionais da educação, bem como do calendário vacinal de boa parte da população do Estado, e prevê a volta total dos alunos, sem percentual limite para a capacidade.

O cenário, no entanto, ainda gera preocupação em muitos pais, que temem pelo aumento do risco de contágio aos filhos, especialmente quando se trata dos alunos mais novos.

Uma das principais recomendações adotadas durante toda a pandemia permanece: o distanciamento físico. Mesmo sem limitar a quantidade de alunos em sala de aula, a orientação é que crianças e adolescentes cumpram a distância de pelo menos 1 metro.

Além disso, todas as demais regras sanitárias, como uso de máscara de proteção, continuam sendo válidas e precisam ser respeitadas pelos estudantes e pelos profissionais de ensino. Vale ressaltar que as atividades presenciais continuam não sendo obrigatórias e os alunos podem seguir fazendo apenas as aulas remotas.

A seguir, a otorrinolaringologista Leila Tamiso, do Hospital Paulista, esclarece as principais dúvidas de pais e educadores para aqueles que optem por retornar ao convívio escolar presencial.


- Que cuidados os pais devem observar neste retorno às aulas? Quais materiais não devem ser compartilhados, por exemplo?

Os pais e responsáveis devem ter o cuidado em orientar bem as crianças e adolescentes não apenas para o uso do álcool em gel nas mãos, mas também para que não se esqueçam de trocar as máscaras no tempo correto e não compartilhem nenhum tipo de material com o colega. Além disso, é necessário reforçar com os filhos para que retirem o equipamento de proteção apenas em ambiente arejado e somente na hora do lanche ou da troca.

Obviamente, nenhum material deve ser compartilhado. Cada aluno deve ter o seu material próprio, que não deve ser dividido, assim como outros objetos, evitando o contato indireto entre os estudantes.


- No caso de irmãos em idade escolar distinta, se um deles contrai algo na escola, o que não deve ser compartilhado de jeito nenhum em casa?

Além dos itens escolares, esses irmãos não devem dividir copos, talheres, toalhas e roupas. Recomenda-se também não ficarem muito próximos e, principalmente, não compartilharem a máscara.


- Além da Covid-19, que outras doenças são geralmente transmitidas por crianças em idade escolar?

Há várias e, geralmente, a transmissão ocorre via oral e pelas mãos. Entre as mais frequentes estão estomatite, infecção de garganta - tanto a viral quanto a bacteriana -, caxumba, catapora, gripe, resfriado e diarreia.

Nos casos de caxumba e catapora, importante frisar que a contaminação pode ser evitada a partir da imunização através de vacina. Para a gripe, também temos à disposição o imunizante contra influenza, além de medidas básicas de higiene, como a lavagem frequente e correta das mãos, que funcionam para evitar diversas doenças.


- Caso a criança apresente sintomas da Covid-19, qual protocolo os pais devem seguir?

O ideal é que os pais testem a criança que apresentar sintomas para confirmar ou eliminar o diagnóstico de Covid-19, já que estes sintomas são bastante parecidos com os de gripe e resfriado.

Caso a criança teste negativo para Covid-19, mas esteja gripada, ainda assim a recomendação é mantê-la em casa, sem frequentar a escola, festinhas ou encontros de amigos, no intuito de evitar a transmissão do vírus influenza. E, para a recuperação, pode ser administrado um antigripal líquido, que ajudará a aliviar febre, coriza e dores na garganta e no corpo, além de melhorar a imunidade neste momento de indisposição.


- Que orientações daria para os professores e profissionais de educação que lidarão com dezenas de crianças ao mesmo tempo neste retorno? Quais são os principais cuidados?

O uso do face shield em cima da máscara tradicional é uma boa estratégia para ampliar a proteção, além do cumprimento do distanciamento seguro. Também será necessário dedicar esforço para que não haja manipulação de nenhum material dos alunos, deixando cadernos e todos os outros itens escolares com cada um deles, sem levar nada para casa para correção.

Os educadores devem ficar atentos ainda para evitar o compartilhamento de objetos entre as crianças e adolescentes no ambiente escolar, além do uso do álcool em gel nas mãos constantemente, já que haverá toque constante nas portas, maçanetas e corrimãos.

Importante também promover a correta ventilação das salas de aula, mantendo portas e janelas abertas para melhorar a circulação do ar, e orientar a troca de máscaras a cada três horas ou após o lanche/intervalo.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Pesquisa da Ipsos aponta que manter foco e concentração será um dos grandes problemas de crianças e adolescentes no retorno às aulas

Brasileiros acreditam que alunos não conseguirão compensar perdas da falta de educação formal durante a pandemia


A maior parte das escolas brasileiras deve reabrir em agosto, após um longo período de fechamento das instituições de ensino devido à pandemia. O retorno às aulas presenciais será desafiador. Para 41% das pessoas entrevistadas pela Ipsos em 29 países – incluindo o Brasil –, manter o foco e a concentração é visto como o grande desafio que afetará a vida de crianças e adolescentes a partir de 11 anos neste processo de retorno. Entre os brasileiros, o número é ainda maior, de 44%. O tema lidera um ranking de preocupações que, no país, inclui ainda lidar com questões relacionadas à Covid-19 (39%) e se ajustar às mudanças no ambiente escolar (37%).

Para os entrevistados, os impactos da pandemia para crianças e adolescentes serão duradouros. O principal deles é a piora na saúde mental e estado de bem-estar, segundo 37% das pessoas ouvidas pela Ipsos. No Brasil, o mesmo item fica em segundo lugar, com 40%, perdendo para a possibilidade de as crianças serem incapazes de compensar a falta de educação formal, resultando em piores qualificações – escolha de 42% dos entrevistados no país. Em terceiro, com 34%, aparecem as maiores taxas de desemprego e perdas salariais.

A maioria dos entrevistados, no entanto, considera aceitável o fechamento das escolas para reduzir a transmissão de Covid-19. O índice de aprovação das medidas no Brasil é igual à média global, de 62%. A pesquisa também avaliou quais são as medidas mais importantes para melhorar a educação. Para os brasileiros, apoiar as famílias que precisam de recursos para despesas com uniformes, livros, transporte e outras (47%), investir em treinamento para professores (39%) e proporcionar o acesso à conexão de internet de alta velocidade para todos (38%) são as principais medidas.

A Ipsos ouviu 20.010 adultos em 29 países entre 21 de maio e 4 de junho de 2021. No Brasil, foram entrevistadas 1.000 pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para o Brasil.

 

Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Advogada destaca vantagens dos contratos Built to Suit em live

Essa modalidade contratual é um modelo de negócio extremamente interessante para o mercado, porque possibilita às empresas a utilização de prédio totalmente adequado às suas necessidades, preservando recursos para serem investidos em suas atividades fim

 

A advogada Marina Amari, mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná, participou de live, coordenada pela professora Camila Bottaro, e abordou o tema “Contratos Built to Suit”, traduzido, em português, como “construído para servir”. Em sua apresentação, a advogada explicou qual seria o enquadramento do built to suit na Lei das Locações, acentuando que é um contrato com características particulares. 

Nesses negócios, o usuário (locatário) encomenda ao empreendedor (locador) a construção ou reforma de um imóvel. Cabe ao empreendedor realizar a adequação ou construir o imóvel. Para que seja vantajoso ao empreendedor, essa modalidade contratual costuma ser firmada por um prazo longo de 10 a 20 anos. De outro vértice, “o usuário tem a vantagem de começar a pagar apenas quando a obra acabar”, afirma Marina, advogada do escritório Assis Gonçalves, Kloss Neto Advogados Associados. 

Marina destaca que esse contrato beneficia o usuário porque ele não precisa despender recursos financeiros para ter instalações adequadas à sua atividade logo no início da contratação, porque delega a responsabilidade pela obra ao empreendedor. Segundo a advogada, o contrato built to suit é um modelo de negócio extremamente interessante para o mercado, porque possibilita às empresas a utilização de prédio totalmente adequado às suas necessidades, preservando recursos para serem investidos em suas atividades fim. O empreendedor que investe na construção tem o retorno do capital ao longo do contrato, além do valor relativo à locação. 

Os contratos built to suit possuem características peculiares, devendo-se ter cautela na aplicação da Lei de Locações, de modo a conferir segurança jurídica às partes. É preciso verificar, na redação desses contratos, se foram respeitados as normas e princípios norteadores da matéria contratual. 

Ainda em sua apresentação, Marina explicou que a Lei de Locações prevê duas regras importantes para o contrato. A primeira é a de que pode ser convencionada a renúncia ao direito de revisão do valor dos alugueres durante o prazo de vigência do contrato. A segunda é a de que em caso de desistência antecipada do vínculo locatício pelo usuário, ele se compromete a cumprir a multa convencionada, que poderá corresponder à soma dos valores dos aluguéis a receber até o termo final da locação.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

30% dos pacientes graves de Covid- 19 apresentam sintomas neurológico

Depois desses meses todos, não há dúvidas que o Covid-19 afeta vários órgãos do organismo, entre os quais o cérebro, podendo causar sintomas como tontura, dor de cabeça, perda de memória, convulsão e até mesmo AVC.  Algo que vem sendo chamado de Neurocovid. O neurologista Dr. Saulo Nader ressalta a importância de entender melhor as sequelas dessa doença: 

“Pelo menos 30% dos pacientes graves podem ter sintomas neurológicos, sendo vários, principalmente a tontura: 16% das pessoas com Covid-19 podem apresentar esse sintoma. Dor de cabeça, confusão mental, problemas de memória, sonolência, convulsão, sendo uma situação mais alarmante, acidente vascular cerebral (AVC) e trombose venosa cerebral (TVC) foram relatados também”, ressalta o neurologista. 

 

Como o vírus chega ao cérebro? 

Segundo Nader, existem duas hipóteses. A primeira pelo sangue – o vírus contaminando o sangue também contaminaria, secundariamente, o cérebro. A segunda hipótese é pelo nervo do nariz, pois o Covid-19 acomete o olfato e o paladar, de forma que o vírus poderia entrar em contato com o nervo do olfato presente no nariz e invadir o cérebro através desse caminho. 

Existe um estudo bastante atual realizado pela UNICAMP, o qual confirma que existe fragmentos do vírus nos astrócitos, células do nosso cérebro, mostrando que de alguma forma o vírus consegue se locomover e chegar até essa região.

 

E as pessoas conseguem se recuperar?  

“Na maioria das vezes sim, mas está acontecendo com uma certa frequência o que chamamos de síndrome pós-covid, caracterizada pela dificuldade que o indivíduo tem de passar os sintomas, sendo que em alguns casos os sintomas não passam. Ou seja, algumas pessoas que antes não sofriam com dor de cabeça, após a covid começaram a sentir esse incômodo e continuam sentindo com uma certa frequência, ou que tenham sofrido um AVC e não tenham recuperado mais a parte do cérebro afetada”, explica Dr. Dr. Saulo. 

O médico, que é especialista em tontura, enfatiza ainda que muitos indivíduos que não sofriam com “labirintite” ou vertigem, após o Covid passaram a ser acometidos com esses problemas, podendo variar entre pequenas crises até casos mais severos. No entanto, ele ressalta que não é para se desesperar, caso o paciente apresente algum desses problemas, como a labirintite, isso não o torna mais fragilizado ao adquirir Covid-19.  

“Outra dúvida bastante frequente é se a Covid-19 pode aumentar as chances de uma pessoa sofrer com Alzheimer, uma vez que muitos pacientes estão apresentando perda de memória durante o quadro de coronavirus. Por enquanto, não existe nenhuma comprovação acerca disso, uma vez que os estudos necessitam de observar os pacientes por um período maior para que seja possível observar se há a existência de sequelas. Mas fato já que, após o COVID, uma grande porcentagem de pessoas apresentam problemas de desatenção, perda de concentração e probleminhas de memória que antes não tinham”, finaliza Dr. Saulo Nader.

 

Varizes: há como evitar?

Mudanças nos hábitos de vida são importantes para evitar varizes?

 

Doença que acomete mais as mulheres na proporção de três mulheres para cada homem, as varizes são veias, dilatadas e tortuosas, que surgem nos membros inferiores e podem ser facilmente observadas. Além de afetarem a parte estética também causam dor, cansaço e peso nas pernas.

O Cirurgião Vascular Dr. Josualdo Euzébio relata que é uma doença multifatorial, não podendo ser atribuído apenas uma causa. Os fatores de risco mais conhecidos para o surgimento das varizes são pessoas acima da terceira década de vida, sedentarismo, gravidez, permanência por longos períodos na posição de pé, obesidade, histórico familiar, fístulas arteriovenosas e passado de trombose venosa profunda.

Além da aparência incômoda, as varizes trazem consigo uma série de sintomas, como ardência, dormência, sensação de peso e inchaço nas pernas, mudanças na cor da pele e até coceira na região sobre a veia varicosa. "Ao contrário do que se pensa, o problema das varizes não é apenas a aparência ou o mal estar. Estas veias doentes podem se romper e causar hemorragia em casos avançados", esclarece o médico Dr. Josualdo Euzébio da Silva.

É importante buscar a ajuda de um especialista para avaliação, diagnóstico e tratamento adequado e minimizar o desconforto e evitar complicações.

Dr. Josualdo Euzébio enfatiza que uma alimentação balanceada e a prática de atividade física, são muito importantes. A atividade física melhora a bomba muscular da panturrilha, melhorando o retorno venoso, o uso de meias de compressão graduada com indicação médica também é um grande aliado.

Em relação ao tratamento O Cirurgião Vascular informa que cada paciente precisa ser avaliado com exame físico e se necessário exames auxiliares para complementar o diagnóstico. Existem várias modalidades de tratamento sendo escleroterapia, escleroterapia a laser, escleroterapia com espuma, cirurgia com retirada de varizes, endolaser, radiofrequência...

Além disso existem alguns medicamentos que podem apresentar alivio dos sintomas e sempre lembrando que as meias de compressão são um grande aliado.

O especialista lembra que é fundamental seguir algumas recomendações importantes para que o tratamento tenha eficácia e consultar um Cirurgião Vascular ou angiologista para uma avalição e orientação especifica para cada pessoa.

 


Dr. Josualdo Euzébio da Silva - CRM-MG 26.128

RQE 17502/RQE 31642


Veja dicas de como cuidar da saúde das suas pernas no inverno

Hidratação, exercício físico e meias de compressão podem auxiliar no cuidado com as pernas durante a estação

 

Muitas pessoas só lembram de cuidar da saúde das pernas quando o verão chega e o clima fica propício para usar vestido, bermuda ou shorts. Porém, aproveitar a época do frio para se cuidar e investir em tratamentos é importante para a saúde, além de ser mais confortável manter as pernas escondidas e protegidas do sol em temperaturas mais baixas.

O inverno pode favorecer o aparecimento de doenças cardiovasculares, como a trombose, pois nesse período do ano pode ocorrer a hemoconcentração (sangue mais concentrado) devido a menor ingestão hídrica e a vasoconstrição (fechamento dos vasos pela temperatura fria). Por isso é tão importante cuidar da saúde das pernas, principalmente em baixas temperaturas.

Segundo o médico Dr. Marcelo Zanoni, especialista em Cirurgia Vascular e parceiro da SIGVARIS GROUP, empresa líder mundial em produtos de compressão graduada, outro fator que pode prejudicar a circulação venosa nas pernas é não se movimentar. Devido ao frio, muitas pessoas deixam de praticar exercícios físicos e preferem ficar mais em casa e paradas. "Há o risco do agravamento de doenças vasculares, porque a posição dificulta o retorno do sangue venoso, favorecendo o aparecimento de dor e edema nas pernas. A ativação da circulação sanguínea local é essencial para prevenir doenças venosas, como varizes e trombose. Por esse motivo é importante ao longo do dia parar e se movimentar, a fim de prevenir os sintomas citados (dor e inchaço), assim como casos de tromboflebites, trombose venosa profunda e piora das varizes e microvarizes em casos mais avançados", diz Zanoni.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as doenças cardiovasculares estão entre as maiores causas de morte prevenível no planeta. Por isso, o especialista elenca algumas dicas importantes para manter a saúde das pernas mesmo em baixas temperaturas:

• Movimente-se: se exercitar é fundamental para evitar a sensação de cansaço nas pernas. Movimentar os tornozelos pode aliviar o desconforto.

• Use meias de compressão graduada: a compressão graduada promove conforto e bem-estar, além de auxiliar no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático. Com isso, não ocorre o acúmulo de sangue na região inferior das pernas, permitindo uma nítida melhora na circulação.

• Adote hábitos saudáveis: além de evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, mantenha uma alimentação balanceada, reduzindo o consumo de sal e alimentos gordurosos que são ricos em sódio.

• Hidrate-se: beba água com frequência, de 1,5 a 2 litros por dia, pois ajuda a manter a pele hidratada e o organismo mais saudável.

 


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Você sabe o que é disfagia?

 Esse é um distúrbio comum em pessoas com condições neurológicas especiais como Parkinson, Alzheimer, AVC, Paralisia Cerebral, entre outras

 

Disfagia neurológica é como se chama a dificuldade para engolir, seja devido a dor ou desconforto. É a sensação de que a comida ou bebida está presa e machucando a garganta durante a sua passagem. Além dessa dificuldade e/ou dor para engolir, a disfagia pode ter outros sintomas, como tosse, engasgo, excesso de salivação atrapalhando a deglutição e alteração na voz e fala, sendo esse um sintoma bastante comum em pessoas com tais condições neurológicas. Dados do periódico Dysphagia estimam que 8 em cada 10 indivíduos com Parkinson e 2/3 dos doentes com Alzheimer desenvolvem essa condição.  

De acordo com a coordenadora de fonoaudiologia do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA), Karine Camargo, o processo de deglutição é complexo e, por isso, as causas da disfagia podem ser variadas e identificá-las é fundamental para o tratamento. É muito comum pessoas com condições neurológicas apresentarem esse distúrbio. É como se fosse um sufocamento ou tosse ao tentar engolir, dando a sensação de alimento ou líquido descendo pela traqueia ou subindo pelo nariz.  

Se não tratada adequadamente, disfagia pode levar a doenças mais sérias, como a pneumonia. “Quando não tratamos a disfagia adequadamente ela pode desencadear outros sintomas como desnutrição, perda de peso, desidratação, e até um problema mais grave, como a pneumonia por aspiração – quando o alimento vai para no pulmão do paciente”, esclarece.  

Ainda segundo a fonoaudióloga, existem algumas estratégias para facilitar durante a alimentação: Faça com que a pessoa coma lentamente e mastigando bem os alimentos; opte sempre por alimentos mais macios e evite dar a ela alimentos muito secos; estimule-a a dar pequenas mordidas, comer sentada e com calma; evite que ela vá se deitar logo após a refeição, o que pode causar refluxo e a aspiração.  “Se você notar qualquer dificuldade durante a alimentação como tosses, engasgos, perda de apetite e até medo de comer, é fundamental procurar apoio profissional. Consulte um médico e faça uma avaliação específica com fonoaudiólogo. Só assim será possível realizar o tratamento mais adequado e oferecer mais qualidade de vida ao paciente”.

 


Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA)

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Home-office a longo prazo gera alerta para a incidência de doenças que afetam a saúde "da cabeça aos pés"

Segundo especialistas da Rede Santa Catarina, a adoção de determinados hábitos no regime de trabalho à distância pode contribuir para o surgimento de diferentes problemas físicos e psicológicos, que podem ser prevenidos com atenção, cuidado e disciplina


Um levantamento divulgado pelo Ipea, em 2020, identificou que cerca de 7,3 milhões de brasileiros trabalham remotamente, contabilizando cerca de 9,1% da população ocupada e não afastada. Em adição, dados de uma das maiores plataformas de busca de vagas do país demonstraram que, no ano passado, as ofertas de trabalho para regimes flexíveis aumentaram 309%. Com a adoção a longo prazo do home-office, a Rede Santa Catarina alerta sobre os novos hábitos que podem levar a incidência de complicações físicas e psicológicas envolvendo áreas do corpo.


Visão

A exposição por longos períodos a monitores está entre as principais mudanças de hábito adotadas no trabalho à distância e, segundo Dr. Victor Cvintal, oftalmologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, esta prática pode levar a determinadas repercussões oculares. "A utilização dos monitores leva a uma eventual diminuição na frequência do piscar dos olhos e isso pode acarretar uma instabilidade da qualidade de visão", adiciona o Dr. Cvintal. O especialista aponta que este fenômeno diminui a lubrificação dos globos oculares e, por isso, sintomas como a secura e ardor podem surgir como consequência.

Além disso, quando utilizados por períodos prolongados, estes dispositivos podem, até mesmo, alterar determinados aspectos da visão como a capacidade de enxergar de perto e, nas crianças, estimulam a miopia. Quando o assunto é a prevenção deste desconforto, o especialista recomenda um piscar voluntário ocasional para garantir um nível de lubrificação adequado, além do uso de lubrificantes para estabilizar a lágrima, pausas a cada 20 minutos no trabalho, evitando o uso da visão para perto por 20 segundos, e atividades diárias ao sol. É importante lembrar que a posição do monitor é fundamental para a saúde ocular: a pessoa deve estar sentada a um braço de distância, com o monitor ligeiramente abaixo da linha dos olhos, e seu brilho não deve competir com a luz ambiente.


Ergonomia e sedentarismo

A falta de atividades físicas e a adoção de determinadas posições inadequadas no trabalho à distância também são fatores que levantam certa preocupação em relação aos cuidados durante o home-office. O cenário pandêmico eliminou temporariamente a necessidade de locomoção ao trabalho que, para muitos, envolvia breves caminhadas que contribuem para a manutenção do sistema musculoesquelético.

De acordo com o Dr. Renato Sorpreso, ortopedista do Hospital Santa Catarina - Paulista, além da extinção destes pequenos momentos de atividade física, a utilização de ambientes residenciais como escritório gera situações ergonomicamente desfavoráveis. "A posição sentada é a mais adotada nos ambientes de trabalho, porém a manutenção prolongada deste hábito ocasiona a adoção de posturas inadequadas e a sobrecarga de determinadas estruturas corporais, o que pode levar à dores no pescoço, lombar, dorsal, braço, antebraço, mãos, entre outras regiões. Por isso, permanecer sentado por longos períodos trabalhando no computador é uma das principais causas das dores posturais durante o home-office", salienta o especialista. Para prevenir esse possível mal-estar e compensar a falta de exercício, o Dr. Sorpreso recomenda a adoção de uma rotina de atividades físicas na proporção de 5 a 7 dias por semana, acumulando 210 a 400 minutos no período indicado.


Lesões em membros superiores

De acordo com o médico coordenador do serviço de cirurgia da mão da Casa de Saúde São José, Adalto Lima, o número de pacientes com problemas nos membros superiores decorrentes do excessivo volume de trabalho e falta de estrutura adequada ainda é grande, podendo resultar até mesmo em casos cirúrgicos. Segundo ele, houve um aumento significativo, cerca de 40%, na incidência de tendinopatias em membros superiores devido ao home office.

"É fundamental ter uma atenção especial em relação à ergonomia, pois a falta de cuidados gera posições viciosas que afetam a carga tendinosa, causando dor, dormência e perda da capacidade funcional. A pausa para o cafezinho era um momento importante na rotina do escritório, mas isso não acontece no home office, ao contrário, a carga de trabalho tem sido maior e quando há essa pausa, acabamos fazendo alguma tarefa doméstica", explica.

Outra questão que também tem sido frequente nos consultórios é o estresse e fadiga muscular, problema que também aumentou durante a pandemia, especialmente no punho e nas mãos. De acordo com Lima, a diminuição dos cuidados médicos durante esse período, aliada à redução dos exercícios físicos e ao aumento da ansiedade, geram um estresse e um aumento de esforço, causando o desconforto e a dor. Como forma de prevenir lesões e até eventuais tratamentos cirúrgicos, o cirurgião da mão recomenda alongamentos, fortalecimento muscular, ajuste nas posições ergonômicas, divisão adequada na carga de trabalho e de funções domésticas e avaliação periódica do médico especialista. "O ajuste da estação de trabalho é fundamental, assim como a prática de exercícios laborais. Ao surgirem sintomas, não se automedique. Procure um profissional de Saúde para avaliação", alerta o médico.


Alimentação

Quando o assunto é a alimentação durante o trabalho a distância, surge um alerta em relação ao consumo excessivo de determinados tipos de carboidrato. Os chamados carboidratos simples, que incluem mel, açúcar, xarope de milho e farinhas são os que mais merecem atenção no dia a dia, pois são práticos e, ao contrário dos carboidratos complexos, não possuem um nível relevante de nutrientes, vitaminas e fibras. Uma pesquisa conduzida em 2020 pela Fiocruz demonstrou que o consumo de doces e chocolates, que fazem parte deste grupo alimentício, aumentou 63% entre jovens adultos em meio à pandemia.

Segundo o Dr. Ricardo Rienzo, endocrinologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, uma das primeiras repercussões da ingestão exacerbada desta categoria alimentícia é o risco de aumento das triglicérides, que contribuem para o armazenamento de energia. "Quando os triglicerídeos se encontram em alto nível no sangue, a probabilidade para o desenvolvimento de doenças cardíacas aumenta", completa o Dr. Rienzo. Entre as ações que podem ser adotadas para evitar o desenvolvimento de complicações relacionadas a este fenômeno estão a prática de atividades físicas e a manutenção de uma dieta balanceada, garantindo que os carboidratos respondam por, no máximo, 60% das refeições individuais. No caso dos açúcares, a Organização Mundial da Saúde recomenda que estes devem compor 5% das refeições. Segundo o especialista, anotar os hábitos alimentícios pode contribuir para este monitoramento.


Cardiopatias

Vale notar que o sistema cardiovascular também pode ser impactado pelos hábitos desenvolvidos nesta nova modalidade de trabalho e, por isso, os cuidados relacionados ao coração são de extrema relevância neste cenário. Embora o regime de home-office contribua positivamente para evitar a circulação de pessoas na rua em meio à pandemia, a permanência em casa por longos períodos pode levar ao sedentarismo, facilitando a incidência de complicações que geram maior vulnerabilidade frente às cardiopatias.

Para o Dr. Nilton Carneiro, cardiologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, esta inatividade pode levar ao sobrepeso, descontrole dos níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol. "Todos estes itens são fatores de risco para desfechos cardiológicos mais graves como infarto, arritmia ou acidente vascular cerebral. Vale notar que além da falta de exercícios, o trabalho à distância pode causar a mudança de certos hábitos dietéticos que devem ser monitorados, pois o consumo em excesso de determinados alimentos também pode incitar o surgimento de complicações desta natureza", completa. Em relação à prevenção destas condições, o especialista indica uma rotina organizada, que contemple a prática de atividades físicas e, além disso, uma dieta balanceada, monitorando o consumo de bebida alcoólica e alimentos gordurosos. O Dr. Carneiro também indica a utilização de recursos digitais para o agendamento de consultas periódicas, por meio da telemedicina, que pode ser utilizada para diversas especialidades, inclusive a Cardiologia.


Saúde mental

Além das repercussões físicas, a permanência no regime de home-office por longos períodos, sem atenção para os cuidados adequados, pode facilitar a incidência de comorbidades psicológicas. A chefe da equipe de psicologia do Hospital Santa Catarina - Paulista, Giovana Rossi Lenzi, aponta que este fenômeno causa uma sensação de confinamento e, por isso, é comum que indivíduos submetidos a estas circunstâncias apresentem quadros de estresse agudo.

"Por permanecerem em um único ambiente, acabam trabalhando com uma carga horária superior em comparação com o cenário pré-pandemia, gerando um esgotamento maior. Muitas pessoas alteram a rotina de sono e alimentação, o que impacta diretamente no estado de saúde física e emocional, e na produção de hormônios que regularizam e geram bem-estar no organismo", adiciona. Para prevenir estas complicações, a especialista recomenda a manutenção de uma rotina regrada, com foco no equilíbrio entre atividades profissionais e recreativas, além da adoção de estratégias de autocuidado. "Também é indicado a segmentação de determinados ambientes no espaço residencial, a fim de separar e organizar fisicamente, e mentalmente, as tarefas laborais dos momentos de trabalho, lazer e descanso. Desta forma, torna-se mais simples atingir certa harmonia na hora de investir tempo em atividades distintas", finaliza.


Frio aumenta risco de infecção urinária

Divulgação
Muito comuns entre mulheres, problemas no aparelho urinário crescem durante o inverno; especialista lembra da importância de tomar dois litros de água diariamente


Na estação mais fria do ano, tomar água ao longo do dia torna-se um hábito muito menos frequente. Essa mudança de comportamento pode afetar uma parte importante do organismo, o aparelho urinário. Durante o inverno, o risco de desenvolver infecção urinária aumenta de forma significativa, principalmente entre as mulheres. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, de 50% a 80% delas serão afetadas por esse problema em algum momento da vida.

A chegada de uma nova frente fria ao Brasil reacende o alerta de especialistas para os cuidados com o corpo e a saúde. Ingerir ao menos dois litros de água por dia é um dos primeiros passos para evitar a infecção urinária. A nefrologista e professora de Clínica Médica do curso de Medicina da  Universidade Positivo (UP), Mariane Rigo Laverdi, explica que a redução no consumo de água durante os meses mais frios do ano contribui para que as pessoas urinem com menor frequência. “Isso faz com que a urina fique por mais tempo na bexiga e essa estase aumenta a chance de uma infecção”.

Para as mulheres, o problema é ainda maior. No corpo feminino, a uretra é mais curta, o que favorece a ascensão de bactérias para a bexiga. “É muito comum que as mulheres segurem a urina por muito tempo porque não encontram um banheiro adequado para urinar, por exemplo. Isso, combinado com a baixa ingestão de água, cria um ambiente ideal para a proliferação bacteriana”, completa.

Por isso, os casos de infecção são extremamente comuns entre elas. Segundo a especialista, é considerado normal que a mulher tenha de três a seis episódios de infecção urinária por ano. No caso dos homens, ao contrário, esse tipo de evento é bem menos frequente. “Normalmente, quando o homem tem infecção urinária, a reação imediata do médico é começar a investigar as causas. Mas, com as mulheres, isso só ocorre se houver sinais persistentes da doença”. Mariane lembra que nem todas as infecções, no entanto, são causadas por bactérias. Alguns vírus, e até mesmo o estresse, podem prejudicar o trato urinário. Para descobrir a causa e determinar o melhor tratamento, é necessário realizar um exame de urina.


Como evitar as infecções urinárias?

Em geral, os sintomas da infecção urinária são muito parecidos em todos os episódios. “As manifestações mais registradas são: ardência, dor ao urinar, sensação de não conseguir esvaziar a bexiga, idas ao banheiro diversas vezes ao dia e urinar de pouquinho em pouquinho. Mulheres com quadros um pouco mais graves também podem apresentar sangue na urina”, enumera a nefrologista.

Para evitar o problema, as dicas são simples. É preciso manter-se hidratado, ingerindo muito líquido - principalmente água -, fazer a higiene íntima usando sabonetes com PH adequado e não segurar a urina. Depois que o frio passar e o verão chegar, as mulheres também precisam ficar atentas ao uso do biquíni. Não ficar com a peça molhada quando estiver na praia ou na piscina ajuda a se manter longe das infecções.

 


Universidade Positivo

up.edu.br/


SAÚDE: Campanha alerta para tratamento do AVC na pandemia

Queda na busca por atendimento preocupa; Rede Brasil AVC faz alerta


A Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization -WSO), entidade global voltada exclusivamente para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), apresentou recentemente dados preocupantes relacionados à pandemia: houve uma queda global de mais de 60% nos atendimentos por AVC. No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou não ter informações sobre incidência ou casos de AVC, “apenas registros de procedimentos hospitalares que necessitam de internação” e, nesse sentido, também houve redução. 

De acordo com a Pasta, em 2019 foram registrados 205.070 procedimentos hospitalares relacionados ao AVC e, em 2020, o número foi de 192.681. “Não é possível afirmar que esses procedimentos dizem respeito a pessoas, uma vez que o mesmo paciente pode ter sido submetido a vários procedimentos”, destaca o Ministério.

O AVC é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e a principal causa de incapacidade no mundo, com impacto social e econômico importantes. Estudos indicam que uma em cada quatro pessoas terá a doença ao logo da vida e, diante de todos esses fatos, a Rede Brasil AVC lança a campanha “Combatendo o AVC”, para reforçar a conscientização, orientação e prevenção da doença junto à população.

“É notória a menor procura por atendimento, o que poderá provocar sequelas mais graves e, por consequência, piora na qualidade de vida dos pacientes pós-AVC. Em outubro, estaremos engajados na campanha mundial, liderada pela WSO, mas o alerta precisa ser agora”, ressalta a neurologista, presidente da Rede Brasil AVC e presidente-eleita da World Stroke Organization, Sheila Cristina Ouriques Martins.

A ação da Rede Brasil AVC é feita em conjunto com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e a Academia Brasileira de Neurologia. “Precisamos reforçar o alerta sobre os riscos da demora da população em reconhecer e buscar o atendimento especializado, principalmente durante a pandemia da Covid-19. Os pronto-atendimentos, hospitais e unidades de saúde estão voltados para o atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus, mas o atendimento aos pacientes com AVC está assegurado nos centros especializados e é urgente esclarecer a população”, salienta a especialista.

 

O AVC e seus sinais de alerta 

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro; e o hemorrágico, quando um vaso (do tipo artéria, raramente uma veia) rompe. “Durante um evento desse tipo, cerca de 1,9 milhões de neurônios morrem por minuto”, explica a neurologista.

Entre os sinais de alerta mais comuns estão fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar, tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 

“A identificação precoce dos sintomas de AVC e o tratamento médico imediato em um Centro de AVC intensifica consideravelmente a recuperação”, ressalta Sheila.

No inverno, atual estação, há maior probabilidade de ocorrência de AVC, ligada à tentativa do corpo de manter uma temperatura corporal alta para lidar com o frio. Para isso, o organismo libera algumas substâncias, como as catecolaminas, que têm a função de comprimir o vaso sanguíneo. Quando reduz o calibre do vaso, aumenta a pressão arterial e isso favorece o aparecimento de AVC. Outro mecanismo de aquecimento é a mudança na composição do sangue, que fica mais grosso e viscoso. Essas características facilitam a formação de coágulos, que servem como barreiras e entopem o vaso sanguíneo.

“O socorro ágil, imediato, evita o comprometimento mais grave que pode deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória, prejuízo à fala e diminui drasticamente o risco de morte”, conclui a especialista.

 


Rede Brasil AVC

http://www.redebrasilavc.org.br/

 

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